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Neste trabalho vamos falar sobre as mudanças que se fizeram sentir no âmbito da expressão da religiosidade e da expansão do ensino na Idade Média. A nível das mutações na expressão da religiosidade vamos definir o papel das ordens mendicantes e das confrarias. Em relação à expansão do ensino elementar, vamos referenciar as circunstancias que levaram à criação das primeiras escolas urbanas e, mais tarde, à fundação das primeiras Universidades.
 
Tal como hoje, na Idade Média, a cidade era um lugar de muitos contrastes. Os ricos, tornavam-se mais ricos com a prosperidade das actividades económicas e os pobres tornavam-se cada vez mais pobres.
Como a Igreja Católica se identificava  com os ricos e levava uma vida muito luxuosa, foi em contestação a este luxo que nasceram movimentos de retorno à humildade e pobreza originais, como as  ordens mendicantes , criadas por S. Francisco e S. Domingos.
S. Francisco nasceu em  1182 , em Assis. Era filho de um dos mais ricos mercadores da cidade . Foi uma grave doença que o fez cair em si, renunciar aos bens terrenos e dedicar a vida aos outros.  Fundou a ordem dos Frades Menores, que vivia numa pobreza absoluta, trabalhando e pedindo esmola para sobreviver.  Em Portugal, a ordem estabeleceu-se muito cedo, salientando-se o convento de Leiria. A renuncia de Francisco de Assis a todos os seus bens. Os Franciscanos
A ordem fundada por Domingos de Gusmão partilhava os mesmos ideais da ordem Franciscana, no entanto, os dominicanos davam mais importância à pregação, pelo que se dedicavam muito ao estudo da Teologia.  Os mosteiros beneditinos tornam-se assim centros culturais e vão desempenhar um papel decisivo na história da civilização ocidental.  Os monges copistas contribuíram para salvar do esquecimento as obras literárias da Antiguidade. Os Dominicanos
Em que contexto se formaram os novos laços de solidariedade referidos no texto? Por que razão, na cidade, os contrastes sociais se tornam mais visíveis?
Estas remontam à Idade Média, uma época em que os mestres de cada ofício (mester) se organizavam nas chamadas irmandades mesteirais. Hoje em dia, integram um conjunto de personalidades que se comprometem a defender um determinado sector. Confraria da Broa de Avintes Entre associações de solidariedade da época medieval destacaram-se: CONFRARIAS   que eram associações de entreajuda, de carácter religioso, que se organizavam sob a protecção de um santo.
Confrarias du Franc Pineau e Consulat de la Vinée (França) Estas e ram formadas por  homens que se associavam, geralmente pela vizinhança, pelo ofício ou apenas pela  devoção ao mesmo santo  e  desejo de praticar a caridade .  . Essa  caridade  era realizada de duas formas: através de uma pequena  quotização anual , obrigatória para todos os “irmãos”, e pelas  generosas ofertas  dos confrades mais ricos.
As confrarias ligadas aos ofícios eram muito vulgares já que, nas cidades medievais, os diversos grupos operacionais se organizavam em corporações.  Sapataria e artesanato
∙  Donos da oficina; ∙  Muita experiência no ramo em que actuava. ∙ Boa experiência na área de actuação; ∙  Recebiam salário pela função exercida. Hierarquização das corporações de ofícios: Mestres Oficiais Aprendizes ∙  Jovens em começo de carreira;  ∙  Não recebiam salário, mas ganhavam uma espécie de ajuda.
Competia também à corporação promover a solidariedade social entre os seus membros, pelo que era vulgar associar a si uma confraria onde, sob a égide do respectivo santo , os colegas de profissão ajudavam-se entre si em caso de dificuldades.  Cada actividade tinha o seu santo protector que se tornava o padroeiro da corporação (São José para os carpinteiros, São Marcos para os sapateiros, etc). S. José S. Marcos
 
Até ao século XI, a  leitura   e a   escrita , aprendidas nas escolas, eram privilégio quase exclusivo dos clérigos e dos monges. Os mosteiros mais conceituados eram verdadeiras livrarias (bibliotecas)  que eram  as suas  escolas monacais , destinadas à preparação de jovens candidatos a monges. Mosteiro dos Jerónimos Mosteiro da Alcobaça Biblioteca no Mosteiro de  Malk, na Áustria, de  1089.
No séc. XI , organizaram-se as primeiras  escolas urbanas .  Os professores das escolas mantêm-se ( Clérigos e monges ) mudando apenas os seus destinatários e locais.
Algumas  escolas catedrais   que vieram a ganhar autonomia e importância, deram origem às  universidades  ou  studium generale . Este agregava mestres e discípulos dedicados ao ensino superior de algum ramo específico do saber.
As Sete Artes Liberais, figura do 'Hortus  deliciarum' de 'Herrad von Landsberg' (século XII)  As disciplinas ditas  superiores  formavam a parte central e preparatória do currículo das universidades medievais, preparando o para as disciplinas como Medicina, o Direito e a Teologia (e a Filosofia).
A partir do século XIII, as universidades tomaram uma feição mais nacional, mais ligadas ao Estado, e fundar universidades tornou-se uma tarefa régia. Esta funcionava  com as  Faculdades de Artes ,  Direito Canónico ,  Leis  e  Medicina .  A  primeira universidade portuguesa , o  Estudo Geral de Lisboa , por D. Dinis e um grupo de prelados, em  1290 , no dia 1 de Março. Foi mais tarde transferida em  1308 para Coimbra. D. Dinis (O Lavrador, o Trovoresco e o Poeta (1279-1325) Universidade de Coimbra
Identifica as cidades mais antigas da Europa. Será que a Península Ibérica acompanhou o surto universitário Europeu?
Foi na Idade Média que se começou a sentir um novo espírito de entreajuda por parte das ordens religiosas, levando à criação das confrarias. Assim, as pessoas que na época eram desprezadas e excluídas da sociedade (mendigos, leprosos, pedintes) foram protegidas e assistidas por estas ordens, que também tentavam combater o excesso de luxo do Clero. Em relação à educação, a leitura e a escrita intensificaram-se, surgindo novas escolas que, devido à sua autonomia e fama internacional, deram origem a uma organização mais rígida, as Universidades.
Ana Serralha nº5 Bernardo Reys  y Souza nº8 Clara Morais nº11 Marta Tavares nº20 10º E 2010/2011

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Mudanças na religiosidade e expansão do ensino

  • 1.  
  • 2. Neste trabalho vamos falar sobre as mudanças que se fizeram sentir no âmbito da expressão da religiosidade e da expansão do ensino na Idade Média. A nível das mutações na expressão da religiosidade vamos definir o papel das ordens mendicantes e das confrarias. Em relação à expansão do ensino elementar, vamos referenciar as circunstancias que levaram à criação das primeiras escolas urbanas e, mais tarde, à fundação das primeiras Universidades.
  • 3.  
  • 4. Tal como hoje, na Idade Média, a cidade era um lugar de muitos contrastes. Os ricos, tornavam-se mais ricos com a prosperidade das actividades económicas e os pobres tornavam-se cada vez mais pobres.
  • 5. Como a Igreja Católica se identificava com os ricos e levava uma vida muito luxuosa, foi em contestação a este luxo que nasceram movimentos de retorno à humildade e pobreza originais, como as ordens mendicantes , criadas por S. Francisco e S. Domingos.
  • 6. S. Francisco nasceu em 1182 , em Assis. Era filho de um dos mais ricos mercadores da cidade . Foi uma grave doença que o fez cair em si, renunciar aos bens terrenos e dedicar a vida aos outros. Fundou a ordem dos Frades Menores, que vivia numa pobreza absoluta, trabalhando e pedindo esmola para sobreviver. Em Portugal, a ordem estabeleceu-se muito cedo, salientando-se o convento de Leiria. A renuncia de Francisco de Assis a todos os seus bens. Os Franciscanos
  • 7. A ordem fundada por Domingos de Gusmão partilhava os mesmos ideais da ordem Franciscana, no entanto, os dominicanos davam mais importância à pregação, pelo que se dedicavam muito ao estudo da Teologia. Os mosteiros beneditinos tornam-se assim centros culturais e vão desempenhar um papel decisivo na história da civilização ocidental. Os monges copistas contribuíram para salvar do esquecimento as obras literárias da Antiguidade. Os Dominicanos
  • 8. Em que contexto se formaram os novos laços de solidariedade referidos no texto? Por que razão, na cidade, os contrastes sociais se tornam mais visíveis?
  • 9. Estas remontam à Idade Média, uma época em que os mestres de cada ofício (mester) se organizavam nas chamadas irmandades mesteirais. Hoje em dia, integram um conjunto de personalidades que se comprometem a defender um determinado sector. Confraria da Broa de Avintes Entre associações de solidariedade da época medieval destacaram-se: CONFRARIAS que eram associações de entreajuda, de carácter religioso, que se organizavam sob a protecção de um santo.
  • 10. Confrarias du Franc Pineau e Consulat de la Vinée (França) Estas e ram formadas por homens que se associavam, geralmente pela vizinhança, pelo ofício ou apenas pela devoção ao mesmo santo e desejo de praticar a caridade . . Essa caridade era realizada de duas formas: através de uma pequena quotização anual , obrigatória para todos os “irmãos”, e pelas generosas ofertas dos confrades mais ricos.
  • 11. As confrarias ligadas aos ofícios eram muito vulgares já que, nas cidades medievais, os diversos grupos operacionais se organizavam em corporações. Sapataria e artesanato
  • 12. ∙ Donos da oficina; ∙ Muita experiência no ramo em que actuava. ∙ Boa experiência na área de actuação; ∙ Recebiam salário pela função exercida. Hierarquização das corporações de ofícios: Mestres Oficiais Aprendizes ∙ Jovens em começo de carreira; ∙ Não recebiam salário, mas ganhavam uma espécie de ajuda.
  • 13. Competia também à corporação promover a solidariedade social entre os seus membros, pelo que era vulgar associar a si uma confraria onde, sob a égide do respectivo santo , os colegas de profissão ajudavam-se entre si em caso de dificuldades.  Cada actividade tinha o seu santo protector que se tornava o padroeiro da corporação (São José para os carpinteiros, São Marcos para os sapateiros, etc). S. José S. Marcos
  • 14.  
  • 15. Até ao século XI, a leitura e a escrita , aprendidas nas escolas, eram privilégio quase exclusivo dos clérigos e dos monges. Os mosteiros mais conceituados eram verdadeiras livrarias (bibliotecas) que eram as suas escolas monacais , destinadas à preparação de jovens candidatos a monges. Mosteiro dos Jerónimos Mosteiro da Alcobaça Biblioteca no Mosteiro de Malk, na Áustria, de 1089.
  • 16. No séc. XI , organizaram-se as primeiras escolas urbanas . Os professores das escolas mantêm-se ( Clérigos e monges ) mudando apenas os seus destinatários e locais.
  • 17. Algumas escolas catedrais que vieram a ganhar autonomia e importância, deram origem às universidades ou studium generale . Este agregava mestres e discípulos dedicados ao ensino superior de algum ramo específico do saber.
  • 18. As Sete Artes Liberais, figura do 'Hortus deliciarum' de 'Herrad von Landsberg' (século XII) As disciplinas ditas superiores formavam a parte central e preparatória do currículo das universidades medievais, preparando o para as disciplinas como Medicina, o Direito e a Teologia (e a Filosofia).
  • 19. A partir do século XIII, as universidades tomaram uma feição mais nacional, mais ligadas ao Estado, e fundar universidades tornou-se uma tarefa régia. Esta funcionava com as Faculdades de Artes , Direito Canónico , Leis e Medicina . A primeira universidade portuguesa , o Estudo Geral de Lisboa , por D. Dinis e um grupo de prelados, em 1290 , no dia 1 de Março. Foi mais tarde transferida em 1308 para Coimbra. D. Dinis (O Lavrador, o Trovoresco e o Poeta (1279-1325) Universidade de Coimbra
  • 20. Identifica as cidades mais antigas da Europa. Será que a Península Ibérica acompanhou o surto universitário Europeu?
  • 21. Foi na Idade Média que se começou a sentir um novo espírito de entreajuda por parte das ordens religiosas, levando à criação das confrarias. Assim, as pessoas que na época eram desprezadas e excluídas da sociedade (mendigos, leprosos, pedintes) foram protegidas e assistidas por estas ordens, que também tentavam combater o excesso de luxo do Clero. Em relação à educação, a leitura e a escrita intensificaram-se, surgindo novas escolas que, devido à sua autonomia e fama internacional, deram origem a uma organização mais rígida, as Universidades.
  • 22. Ana Serralha nº5 Bernardo Reys y Souza nº8 Clara Morais nº11 Marta Tavares nº20 10º E 2010/2011