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Módulo 3   a arte românica
• Este termo foi aplicado pela primeira vez em 1824, pelo arqueólogo
francês De Caumont, para designar toda arte da Europa Ocidental a
partir da Alta Idade Média.
• Pretendia-se assim exprimir dois conceitos:
• a semelhança com o processo de formação das língua românicas
(francês, italiano, espanhol e português);
• a aproximação, em extensão e grandeza, à arte da Antiga Roma.
Igreja de Santiago das Antas Vila Nova de Famalicão
• A arte românica foi o primeiro estilo
artístico com alguma uniformidade que
surgiu na Idade Média, apesar de
apresentar variedades regionais.
• Existiu entre o séc. IX e o séc. XII por
toda a Europa. Tem como influências:
• A cultura romana,
• o oriente bizantino,
• os povos bárbaros/germânicos.
• O sentimento de fé e de fervor
religioso, marcado pelas
peregrinações e pelas cruzadas,
favoreceu o aparecimento de
construções dentro deste estilo.
• A Igreja foi a grande
impulsionadora da maioria
destas construções, de que o
espaço – igreja – é o mais típico.
• A arte românica serviu o poder
religioso e o político.
Arquitetura religiosa
Tipos de construções fundamentais:
• Capelas rurais,
• Igrejas (nos centros de peregrinação),
• As primeiras catedrais,
• Mosteiros.
Tipos de Plantas:
• planta centrada: em cruz grega, hexagonal, octogonal ou circular, de
influência oriental e pouco usada.
• planta do tipo basilical, em cruz latina.
Capela de Burgos
Módulo 3   a arte românica
Módulo 3   a arte românica
Módulo 3   a arte românica
Módulo 3   a arte românica
Módulo 3   a arte românica
Módulo 3   a arte românica
Módulo 3   a arte românica
Módulo 3   a arte românica
Módulo 3   a arte românica
Módulo 3   a arte românica
 As igrejas são maiores, devido a uma evolução dos métodos
construtivos e dos materiais.
 A pedra, natural da região, é o principal material de construção,
reforçando o aspeto pesado dos edifícios.
 O telhado de madeira é substituído por abóbadas de berço e de
aresta, mais de acordo com uma igreja que representa a “fortaleza
de Deus”.
• Abóbadas de berço em pedra;
• Naves laterais com abóbadas de
aresta (cruzamento de duas
abóbadas de berço);
• Utilização dos tramos para aliviar
a carga.
Os principais sistemas de cobertura das igrejas de influência oriental
são as cúpulas, agora em pedra e não em madeira. Estas podiam ser
assentes sobre:
• Trompas – elementos que fazem a transição da forma quadrada da
base para a circular;
• Pendentes - formas triangulares côncavas que transformavam o
quadrado numa circunferência onde a cúpula assentava, graças à
forma de construção a partir dos ângulos do quadrado.
• Os tramos suportam a
descarga de forças. São
formados por:
• Dois arcos formeiros:
separam a nave central
das laterais;
• Dois arcos torais: situam-
se perpendicularmente às
paredes laterais.
• Dois arcos cruzeiros.
• O arco de volta inteira é o elemento estruturante, construído com o
auxílio de cimbres.
• A pressão exercida pelas abóbadas é
descarregada através dos arcos para os
pilares e colunas. Estes estão localizados
na charneira de dois tramos e,
normalmente, possuem um colunelo ou
pilastra adossado, por cada arco definidor
de um tramo.
• Dos pilares, a força é transmitida sobre as
naves laterais e para as paredes do exterior
da igreja;
• As paredes exteriores são grossas,
reforçadas por contrafortes adossados e
chanfrados, situados no alinhamento dos
pilares interiores.
contraforte
Clerestório
Trifório
Tribuna
Arcada
Arco formeiro
Pilar
• Pouca iluminação, por ter paredes
compactas:
• Janelas em seteira,
• frestas;
• clerestório;
• Torre lanterna;
• Janelões das fachadas
(caso italiano);
• Rosáceas…
• Luz focal e rasante, o que origina
fortes contrastes de luz/sombra.
Ábside com seteira
Janela
seteira
Janelão da fachada
fresta
• No exterior do edifício, a decoração escultórica estava limitada ao
portal e à cornija:
• As cornijas (remate logo a seguir ao telhado) eram decoradas
com arcos cegos e cachorradas (conjunto de cachorros, isto é,
peças salientes esculpidas), que podiam ter também uma
função de suporte da cornija.
Cachorradas da
cornija
• A fechar os algeroses (caleiras)
existiam gárgulas, que serviam
para escoar a água da chuva e
podiam ter uma forma simples
ou motivos animalistas e
míticos.
• Na decoração da fachada, as
rosáceas, trabalhadas com
motivos geométricos e florais e
os grandes janelões (que
possuíam as mesmas funções
da rosácea).
• O portal era outro elemento, que tanto podia ser simples como
encaixado num pórtico saliente. O mais vulgar possui:
• uma entrada chanfrada, ou ombreira, ornamentada com
colunelos;
• uma porta simples ou
dupla com mainel, que
sustenta a arquitrave
(lintel ou dintel),
decorada com relevo;
• um tímpano, semi
circular com arcos ou
arquivoltas, sustentado
pelo lintel.
Tímpano
arquivoltas
Arco de volta perfeita
colunel
os
capitel
Unidade e diversidade da
arquitetura românica religiosa
Pág. 145
• Devido às características que apresentam, podemos distinguir cerca
de 17 escolas regionais.
• As mais significativas são:
• as da Normandia, sóbrias e de origem beneditina;
• as da Aquitânia – Notre Dame La Grande; Fontevrault ou Saint-
Front de Périgueux;
• as de Borgonha – Basílica de
Santa Madalena de Vézelay;
• As do Languedoc – Sainte-Foy
de Conques e Saint-Sernin de
Toulouse.
Módulo 3   a arte românica
• A que melhor caracteriza o românico é a escola renana.
• Seguindo a regra beneditina, as igrejas românicas alemãs são pobres
na decoração, mas com mais torres e, por vezes, duplo transepto,
influencia de Otão I.
• São exemplos as igrejas de São Miguel de Hildesheim e a de Santa
Maria de Laach.
• As mais famosas construções românicas situam-se na Lombardia
(como a Igreja de Santo Ambrósio, em Milão) e na Toscânia, onde
ficam a Igreja de San Miniato al Monte, em Florença, e a Catedral
de Pisa.
• Aqui, o românico caracteriza-se pela grande sobriedade das
volumetrias, sem qualquer decoração esculpida.
• Exemplo disso, são as catedrais de Ely e Durham.
• O românico sofreu influências francesas e lombardas que foram
combinadas com elementos decorativos visigóticos e árabes, de
influência local.
• O monumento românico mais característico, em Espanha é a
Catedral de Santiago de Compostela, mas destacam-se também as
igrejas de São Pedro de Roda, do Mosteiro de Ripoll, de São
Clemente e de Santa Maria de Tahull, e a Catedral de Jaca, na
Catalunha; e, em Leão, as igrejas de Santo Isidoro de Sevilha
(séculos XI-XII) e de San Martin de Frómista.
Arquitetura militar
Módulo 3   a arte românica
• Os castelos surgem em finais do
séc. X.
• Eram erguidos em locais
estratégicos: num ponto alto, junto
às fronteiras ou próximo de rios.
• Existiam os castelos para
residência e os que tinham funções
defensivas.
• Em Portugal, acompanharam o
movimento de reconquista cristã.
Características típicas:
• Terminados em ameias e merlões;
• Possuíam sempre torre;
• Tinham uma ou duas cintas de muralhas;
• Eram formados por blocos de pedra aparelhados sem uso de
argamassa.
Muralha circundada pelo
adarve, caminho estreito
que acompanha o topo das
muralhas dos castelos,
com a função de ronda dos
sentinelas e de distribuição
dos defensores.
Torre de Menagem, Castelo de Melgaço
Castelo rodeado por um fosso
portaria e ponte/porta levadiça
• Por cima das entradas, possuíam
mata-cães, abertura nas muralhas,
passadiços ou varandas dos
castelos por onde se
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Módulo 3 a arte românica

  • 2. • Este termo foi aplicado pela primeira vez em 1824, pelo arqueólogo francês De Caumont, para designar toda arte da Europa Ocidental a partir da Alta Idade Média. • Pretendia-se assim exprimir dois conceitos: • a semelhança com o processo de formação das língua românicas (francês, italiano, espanhol e português); • a aproximação, em extensão e grandeza, à arte da Antiga Roma. Igreja de Santiago das Antas Vila Nova de Famalicão
  • 3. • A arte românica foi o primeiro estilo artístico com alguma uniformidade que surgiu na Idade Média, apesar de apresentar variedades regionais. • Existiu entre o séc. IX e o séc. XII por toda a Europa. Tem como influências: • A cultura romana, • o oriente bizantino, • os povos bárbaros/germânicos.
  • 4. • O sentimento de fé e de fervor religioso, marcado pelas peregrinações e pelas cruzadas, favoreceu o aparecimento de construções dentro deste estilo. • A Igreja foi a grande impulsionadora da maioria destas construções, de que o espaço – igreja – é o mais típico. • A arte românica serviu o poder religioso e o político.
  • 6. Tipos de construções fundamentais: • Capelas rurais, • Igrejas (nos centros de peregrinação), • As primeiras catedrais, • Mosteiros. Tipos de Plantas: • planta centrada: em cruz grega, hexagonal, octogonal ou circular, de influência oriental e pouco usada. • planta do tipo basilical, em cruz latina. Capela de Burgos
  • 17.  As igrejas são maiores, devido a uma evolução dos métodos construtivos e dos materiais.  A pedra, natural da região, é o principal material de construção, reforçando o aspeto pesado dos edifícios.  O telhado de madeira é substituído por abóbadas de berço e de aresta, mais de acordo com uma igreja que representa a “fortaleza de Deus”.
  • 18. • Abóbadas de berço em pedra; • Naves laterais com abóbadas de aresta (cruzamento de duas abóbadas de berço); • Utilização dos tramos para aliviar a carga.
  • 19. Os principais sistemas de cobertura das igrejas de influência oriental são as cúpulas, agora em pedra e não em madeira. Estas podiam ser assentes sobre: • Trompas – elementos que fazem a transição da forma quadrada da base para a circular; • Pendentes - formas triangulares côncavas que transformavam o quadrado numa circunferência onde a cúpula assentava, graças à forma de construção a partir dos ângulos do quadrado.
  • 20. • Os tramos suportam a descarga de forças. São formados por: • Dois arcos formeiros: separam a nave central das laterais; • Dois arcos torais: situam- se perpendicularmente às paredes laterais. • Dois arcos cruzeiros. • O arco de volta inteira é o elemento estruturante, construído com o auxílio de cimbres.
  • 21. • A pressão exercida pelas abóbadas é descarregada através dos arcos para os pilares e colunas. Estes estão localizados na charneira de dois tramos e, normalmente, possuem um colunelo ou pilastra adossado, por cada arco definidor de um tramo. • Dos pilares, a força é transmitida sobre as naves laterais e para as paredes do exterior da igreja; • As paredes exteriores são grossas, reforçadas por contrafortes adossados e chanfrados, situados no alinhamento dos pilares interiores. contraforte
  • 23. • Pouca iluminação, por ter paredes compactas: • Janelas em seteira, • frestas; • clerestório; • Torre lanterna; • Janelões das fachadas (caso italiano); • Rosáceas… • Luz focal e rasante, o que origina fortes contrastes de luz/sombra. Ábside com seteira
  • 25. • No exterior do edifício, a decoração escultórica estava limitada ao portal e à cornija: • As cornijas (remate logo a seguir ao telhado) eram decoradas com arcos cegos e cachorradas (conjunto de cachorros, isto é, peças salientes esculpidas), que podiam ter também uma função de suporte da cornija. Cachorradas da cornija
  • 26. • A fechar os algeroses (caleiras) existiam gárgulas, que serviam para escoar a água da chuva e podiam ter uma forma simples ou motivos animalistas e míticos. • Na decoração da fachada, as rosáceas, trabalhadas com motivos geométricos e florais e os grandes janelões (que possuíam as mesmas funções da rosácea).
  • 27. • O portal era outro elemento, que tanto podia ser simples como encaixado num pórtico saliente. O mais vulgar possui: • uma entrada chanfrada, ou ombreira, ornamentada com colunelos; • uma porta simples ou dupla com mainel, que sustenta a arquitrave (lintel ou dintel), decorada com relevo; • um tímpano, semi circular com arcos ou arquivoltas, sustentado pelo lintel.
  • 28. Tímpano arquivoltas Arco de volta perfeita colunel os capitel
  • 29. Unidade e diversidade da arquitetura românica religiosa
  • 30. Pág. 145 • Devido às características que apresentam, podemos distinguir cerca de 17 escolas regionais. • As mais significativas são: • as da Normandia, sóbrias e de origem beneditina; • as da Aquitânia – Notre Dame La Grande; Fontevrault ou Saint- Front de Périgueux; • as de Borgonha – Basílica de Santa Madalena de Vézelay; • As do Languedoc – Sainte-Foy de Conques e Saint-Sernin de Toulouse.
  • 32. • A que melhor caracteriza o românico é a escola renana. • Seguindo a regra beneditina, as igrejas românicas alemãs são pobres na decoração, mas com mais torres e, por vezes, duplo transepto, influencia de Otão I. • São exemplos as igrejas de São Miguel de Hildesheim e a de Santa Maria de Laach.
  • 33. • As mais famosas construções românicas situam-se na Lombardia (como a Igreja de Santo Ambrósio, em Milão) e na Toscânia, onde ficam a Igreja de San Miniato al Monte, em Florença, e a Catedral de Pisa.
  • 34. • Aqui, o românico caracteriza-se pela grande sobriedade das volumetrias, sem qualquer decoração esculpida. • Exemplo disso, são as catedrais de Ely e Durham.
  • 35. • O românico sofreu influências francesas e lombardas que foram combinadas com elementos decorativos visigóticos e árabes, de influência local. • O monumento românico mais característico, em Espanha é a Catedral de Santiago de Compostela, mas destacam-se também as igrejas de São Pedro de Roda, do Mosteiro de Ripoll, de São Clemente e de Santa Maria de Tahull, e a Catedral de Jaca, na Catalunha; e, em Leão, as igrejas de Santo Isidoro de Sevilha (séculos XI-XII) e de San Martin de Frómista.
  • 38. • Os castelos surgem em finais do séc. X. • Eram erguidos em locais estratégicos: num ponto alto, junto às fronteiras ou próximo de rios. • Existiam os castelos para residência e os que tinham funções defensivas. • Em Portugal, acompanharam o movimento de reconquista cristã.
  • 39. Características típicas: • Terminados em ameias e merlões; • Possuíam sempre torre; • Tinham uma ou duas cintas de muralhas; • Eram formados por blocos de pedra aparelhados sem uso de argamassa. Muralha circundada pelo adarve, caminho estreito que acompanha o topo das muralhas dos castelos, com a função de ronda dos sentinelas e de distribuição dos defensores.
  • 40. Torre de Menagem, Castelo de Melgaço Castelo rodeado por um fosso portaria e ponte/porta levadiça
  • 41. • Por cima das entradas, possuíam mata-cães, abertura nas muralhas, passadiços ou varandas dos castelos por onde se arremessavam projéteis sobre os atacantes. Mísul a Castelo de Almourol