SlideShare uma empresa Scribd logo

Psicologia Experimental
Aula 8
Memória e aprendizagem
P R O F. D R . C A I O M A X I M I N O
C M A X I M I N O @ U N I F E S S PA . E D U. B R
Objetivos
1. Conceituar e diferenciar os diferentes tipos de memória
2. Discutir alguns métodos para o estudo dos diferentes tipos de
memória
3. Analisar criticamente a teoria estrutural e a teoria dos níveis de
processamento
4. Discutir o modelo de memória de trabalho de Baddeley
Funes, o Memorioso
•O conto narra a história de um rapaz
com memória prodigiosa, incapaz de
esquecer
•"Havia aprendido sem esforço o
inglês, o francês, o português, o
latim. Suspeito, contudo, que não era
muito capaz de pensar. Pensar é
esquecer diferenças, é generalizar,
abstrair. No mundo abarrotado de
Funes não havia senão detalhes,
quase imediatos.“
Memória
•“Podemos afirmar que somos aquilo que recordamos,
literalmente (...). O acervo de nossas memórias faz com
que cada um de nós seja o que é, com que sejamos, cada
um, um indivíduo, um ser para o qual não existe outro
idêntico. Alguém poderia acrescentar àquela frase: “... e
também somos o que resolvemos esquecer. Sem dúvida;
mas não há como negar que isso já constitui um processo
ativo, uma prática da memória: nosso cérebro ‘lembra’
quais são as memórias que não queremos ‘lembrar’, e
esforça-se muitas vezes inconscientemente para fazê-lo.”
(Izquierdo, 2002 p. 9)
O que é memória?
• Izquierdo: “Memória é a aquisição, a formação, a conservação e a evocação
de informações”
• Aquisição equivale à aprendizagem; evocação à recordação, lembrança, recuperação
• O termo é um rótulo para uma grande variedade de fenômenos!
• As variedades do recordar são marcadas por diferenças gramaticais,
fenomenológicas, psicológicas, e neurais.
• Foster e Jelicic (1999): Discordâncias importantes sobre o que se quer dizer
com “sistema de memória” e sobre a utilidade de taxonomias desses
sistemas
Memória e representação
• “Recordar” é um exemplo particular de uma capacidade
geral e flexível de pensar sobre eventos e experiências
que não estão presentes, de forma que a vida mental não
é totalmente determinada pelo ambiente atual e pelas
necessidades imediata do organismo.
•Realismo representativo ou ‘indireto’: um traço adquirido
pela experiência passada de alguma forma ‘representa’
essa experiência, ou contém alguma informação sobre ela
Operações da memória
• Codificação: transformação dos dados sensoriais em
uma forma de representação mental
• Armazenamento: Manutenção das informações
codificadas na memória
• Recuperação / Evocação: Acesso das informações
armazenadas
Tarefas de recordação vs. Tarefas de reconhecimento
• Tarefas de recordação: Fato, palavra ou outro item de
memória deve ser evocado
•Recordação serial: Recordar itens na ordem exata em que
foram apresentados
•Recordação livre: Recordação de itens independente de
ordem
•Recordação em pares associados: Recordar um item
previamente treinado a partir da apresentação de seu par
• Tarefas de reconhecimento: Item aprendido previamente
deve ser selecionado ou identificado
O Modelo de
Atkison-Shiffrin
Informações
do ambiente
Registros
sensoriais
• Visuais
• Auditivos
• &c
Memória de
Curto Prazo
• Tentativa
• Estratégias de
recuperação
• &c
Memória de
Longo Prazo
• 3 sistemas de
armazenamento
• Construtos hipotéticos
(variáveis intervenientes)
que descrevem como a
memória opera
• Armazéns são passivos
Armazenamento sensorial
•Repositório inicial de informações que farão parte da armazenagem
de curto e de longo prazo
•Equivalente à memória de trabalho
•Armazenamento icônico: Registro sensorial de natureza visual e
descontínua que retém informações por períodos muito breves
•Sperling (1960): Informações desaparecem rapidamente do
armazenamento icônico
Sperling (1960)
Averbach e Coriell (1961): Ocultação visual traseira
•Quando o estímulo era
apresentado após uma letra-alvo
na mesma posição que esta havia
ocupado, poderia “apagá-la”
• Ocultação visual traseira
(backward masking): Eliminação
mental de um estímulo causado
pelo posicionamento de um
estímulo em que outro havia
aparecido anteriormente
Armazenamento de curto prazo
• Caracterizado por um limite pequeno no número de itens
(7 ± 2; Miller, 1956) e por processos de controle que
regulam o fluxo de informações de e para o armazém de
longo prazo (Atkison-Shiffrin)
• Memória visuo-espacial: cerca de 4 itens (objetos, não
características)
• Sistema unitário com pouco processamento
Armazenamento de longo prazo
• Não sabemos o limite de itens armazenáveis, e não
sabemos como descobrir
• Também não sabemos o limite temporal (i.e., quanto
dura uma informação no armazenamento de longo prazo)
•P. Ex., com estimulação elétrica de regiões do cérebro
(Penfield, 1955, 1969), alguns pacientes relatam
reminiscências da infância que não eram rememoradas
durante muito tempo
•Oliver Sacks, O Homem Que Confundiu Sua Mulher com um
Chapéu, cap. 15
Pressupostos do modelo de Atkison-Shiffrin
1. A memória é um processo serial, com a transferência
da informação ocorrendo entre armazéns
2. Cada tipo de memória apresenta um armazém
separado
3. Existe um armazém unitário e único para cada tipo de
memória
Modelo de niveis de processamento
• Craik e Lockhart (1972): Aproximação funcionalista, e não
estruturalista – “Memória” é aquilo que resulta da
“profundidade” do processamento da informação, e não
um conjunto de estruturas (armazéns)
•Profundidade: o significado extraído do estímulo, e não o
número de análises que são feitas (Craik, 1973)
•Sugere que a memória de longo prazo (principalmente)
não é somente uma unidade de armazenamento, mas é
um sistema complexo de processamento
Estrutura dos níveis de processamento
• Processamento superficial: Envolve o ensaio de manutenção
(repetição que nos ajuda a manter algo na memória); leva à retenção
de duração curta
• Processamento estrutural / físico (aparência), que codifica só as
propriedades físicas dos estímulos
• Processamento fonético, a forma como codificamos os sons verbais
•Processamento profundo: Envolve ensaio de elaboração, que utiliza
análise do significado da informação; leva à retenção de melhor
qualidade
• Processamento semântico, que ocorre quando codificamos o significado
de uma palavra ou a relacionamos com palavras de significado similar
Craik & Tulving (1975)
•Apresentação de listas de 60 palavras
para as quais os participantes
deveriam responder perguntas
• Apresentação de listas com 180
palavras; os participantes deviam
identificar as que haviam aparecido
na lista anterior
•Os participantes evocaram mais
palavras processadas
semanticamente
Críticas à teoria dos níveis de processamento
• Não explica como o processamento profundo resulta em
memórias melhores
• O processamento profundo exige mais esforço do que o
processamento superficial, e pode ser isso, ao invés da
profundidade de processamento, que faz com que as
pessoas lembrem melhor
•O conceito de profundidade é vago e não pode ser
objetivamente mensurado
Modelo teórico de Baddeley e Hitch (1974)
• Argumentam que a descriçao da memória de curto prazo (MCP) do Modelo
de Atkison-Shiffrin é simples demais, porque postula um único sistema
• Sugerem a existência de sistema diferentes para tipos diferentes de
informação em uma memória de trabalho:
• Executiva central: Controla todo o sistema, alocando dados para os subsistemas
• Esboço visuo-espacial: Armazena e processa informação visual e espacial
• Alça fonológica: Armazena e processa informação verbal
•Anteparo episódico: Age como um armazém de “backup” que comunica-se
tanto com a memória de longo prazo quanto com componentes da memoria
de trabalho
Previsões do modelo de memória de trabalho
1. Se duas tarefas fazem uso do mesmo componente
da memória de trabalho, não podem ser
desempenhadas com sucesso ao mesmo tempo
2. Se duas tarefas fazem uso de componentes
diferentes, deve ser possível desempenhá-las tão
bem em separado quanto ao mesmo tempo
Baddeley & Hitch (1976)
• Participantes deviam realizar duas tarefas simultâneas
• Digit span: Repetir lista de números
• Raciocínio verbal: Responder “verdadeiro ou falso” a questões
• Conforme o número de dígitos aumentava, os participantes
demoravam mais a responder as questões de raciocínio, mas
não muito mais; e não cometiam mais erros
• Conclusão: a tarefa de raciocínio verbal faz uso da executiva
central, e a tarefa de digit span faz uso da alça fonológica
Métodos para o estudo da memória de trabalho
a) Tarefa de adiamento de retenção: Item mostrado
e seguido de um intervalo de retenção,
preenchido ou não, e o participante deve dizer se
um S posterior é novo ou não
b) Carregamento da memória de trabalho ordenada
temporalmente: Série de itens mostrados
seguidos de um sinal; o participante deve dizer se
um S posterior é novo ou não
Métodos para o estudo da memória de trabalho
Métodos para o estudo da memória de trabalho
c) Tarefa de ordem temporal: Série de itens
apresentada, seguida de um sinal; o teste mostra
dois itens apresentados anteriormente, e o
participante deve identificar qual dos dois
apareceu mais recentemente
d) Tarefa n itens anteriores: S são apresentados e,
em pontos específicos, o participante deve repetir
o S que ocorreu n apresenações anteriores
Métodos para o estudo da memória de trabalho
Métodos para o estudo da memória de trabalho
e) Tarefa de carregamento de memória de trabalho
ordenada temporalmente: Apresenta-se uma
série de S, que deverão ser repetidos na ordem
em que foram apresentados
f) Tarefa de carregamento de memória de trabalho
ordenada temporariamente: Apresenta-se uma
série de problemas aritméticos simples; ao final,
os resultados devem ser repetidos em sua ordem
correta
Métodos para o estudo da memória de trabalho
Comparação: Baddeley-Hitch vs. Atkison-Shiffrin
Tipos de memória: Função
• Memória de trabalho: Breve e fugaz, serve para “gerenciar a
realidade”
• Não deixa traços; mantém durante alguns segundos, no máximo
poucos minutos, a informação que está sendo processada no
momento
• Base do digit span
• Obedece à atv neural de células do córtex pré-frontal em resposta
imediata ou levemente retardada
• Ao receber qualquer tipo de informação, deve determinar se esta é nova ou não e se é útil
para o organismo ou não
• Memória “propriamente dita” (Recordação)
Tipos de memória: Conteúdo
• Memória de procedimento
• Bergson (1908), Russell (1921): “Memória de hábito”
• De formas simples de aprendizagem associativa a memórias cinestésicas, de habilidade, e de sequência
• Referência gramatical: “lembrar como”
• Memória semântica
• Broad (1925), Furlong (1948): “Memória proposicional”
• Memória para fatos
• Referência gramatical: “lembrar que”
• Memória episódica
• “Memória pessoal”, “memória experiencial”, “memória direta”
• Memória de eventos e episódios experienciados
• Expressada com objetos diretos
Declarativo vs. não-declarativo
Explícito vs. implícito
• Memórias declarativas representam o mundo ou o
passado; memórias não-declarativas não o fazem
• Memórias explícitas podem ser acessadas
verbalmente ou conscientemente pelo sujeito,
enquanto memórias implícitas não necessitam de
consciência
Memórias associativas e não-associativas
• Memórias podem ser adquiridas por meio de uma
associação de um S com outro S ou com uma R
• Condicionamento clássico e operante
• A apresentação repetida de um S leva à supressão
gradual de respostas eliciadas (principalmente
orientação): habituação
• Sensibilização: A apresentação de um S de baixa
intensidade pode aumentar a resposta a um S posterior
Priming
• Facilitação, pré-ativação, indução
• Memória evocada por meio de “dicas” (fragmentos de uma
imagem, um som, uma palavra, etc)
• Melhora na capacidade do sujeito de identificar estímulos após uma
breve experiências com estes
• Facilitação de processos perceptuais a estímulos encontrados
recentemente, permitindo o seu reconhecimento de maneira mais
rápida e eficaz
Tarefas de memória implícita vs. Tarefas de memória explícita
• Tarefas de recordação e de reconhecimento testam memória
explícita
• A memória implícita pode ser estudada através do priming
• Tarefa de complementação de palavas: Participantes recebem
palavras incompletas, e a completam com a primeira palavra que
vem à mente
•Em laboratório, a memória de procedimentos pode ser
estudada por meio de tarefas com aprendizagem de
coordenação motora fina
Tipos de memória: Duração
• Memória de curto prazo / de curta duração: Memórias
(usualmente explícitas) com duração de poucas horas
• Memória de longo prazo / de longa duração: Levam
tempo para serem consolidadas; lábeis e susceptíveis a
interferência logo após a aquisição
• Memórias remotas: Memórias que duram muitos meses
ou anos
Memória e aprendizagem

Mais conteúdo relacionado

Mais procurados (20)

ODP
Introdução ao estudo dos processos psicológicos básicos
Caio Maximino
 
PPT
Psicologia do desenvolvimento
Thiago de Almeida
 
PPTX
Behaviorismo
Profissão Professor
 
PPTX
Teoria da Aprendizagem Social - Albert Bandura
Eduardo Manfré
 
PPTX
Percepção - Psicologia
Saul Marques da Silva
 
PPT
A memória
psicologiaazambuja
 
ODP
Atenção e desempenho
Caio Maximino
 
PPTX
sensação e percepção
Roberto Nobre
 
PPTX
Psicologia objeto e método.
Nuno Pereira
 
PPT
Teorias da Inteligência
Instituto Consciência GO
 
PPTX
Sensação e Percepção
Nilson Dias Castelano
 
PPS
Introdução a Cognição
Sergio Luis dos Santos Lima
 
PPTX
Psicologia do desenolvimento
Ana Larissa Perissini
 
PPT
slides da história da psicologia
joaovitorinopolacimatos
 
PPTX
O comportamento humano e a aprendizagem - v1
Nilson Dias Castelano
 
PPTX
Psicopatologia I - Aula 1: Introdução aos Conceitos da Psicopatologia.
Alexandre Simoes
 
PPT
Matrizes abordagens da psicologia moderna
Jonia Lacerda
 
PPT
Erikson e o desenvolvimento psicossocial
psicologiaazambuja
 
PDF
Behaviorismo
Andréa Forgiarni Cechin
 
Introdução ao estudo dos processos psicológicos básicos
Caio Maximino
 
Psicologia do desenvolvimento
Thiago de Almeida
 
Behaviorismo
Profissão Professor
 
Teoria da Aprendizagem Social - Albert Bandura
Eduardo Manfré
 
Percepção - Psicologia
Saul Marques da Silva
 
A memória
psicologiaazambuja
 
Atenção e desempenho
Caio Maximino
 
sensação e percepção
Roberto Nobre
 
Psicologia objeto e método.
Nuno Pereira
 
Teorias da Inteligência
Instituto Consciência GO
 
Sensação e Percepção
Nilson Dias Castelano
 
Introdução a Cognição
Sergio Luis dos Santos Lima
 
Psicologia do desenolvimento
Ana Larissa Perissini
 
slides da história da psicologia
joaovitorinopolacimatos
 
O comportamento humano e a aprendizagem - v1
Nilson Dias Castelano
 
Psicopatologia I - Aula 1: Introdução aos Conceitos da Psicopatologia.
Alexandre Simoes
 
Matrizes abordagens da psicologia moderna
Jonia Lacerda
 
Erikson e o desenvolvimento psicossocial
psicologiaazambuja
 

Semelhante a Memória e aprendizagem (20)

PDF
Bases neurais da memória e aprendizagem
Faculdade Metropolitanas Unidas - FMU
 
PDF
Memória e Aprendizagem
Mauricio Volkweis Astiazara
 
PDF
Mente Humana 5
Jorge Barbosa
 
PPT
Memoria armazenagem
Beatriz Ligabue
 
PPTX
Memória
Dilza Amaral
 
PDF
Memoria de trabalho 4.pdf
RabeloRaquel
 
PDF
Cognicao humana para sala de aula
Amyris Fernandez
 
PPTX
Memória 2014
Pedro Alcario
 
PPTX
Memória e aprendizagem tudo sobre essa temática
esteralves70
 
PDF
PROCESSOS PSICOLOGICOS BASICOSMEMÓRIA PPB.pdf
vilcielepazebem
 
PPTX
psicologiaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa
RafaelaQueiros
 
PPTX
Memória & Memorização
Sergio Manjate
 
PPSX
Pro cog a_memória
Lucia Carvalho
 
PPTX
Final.conceção e desenvolvimento de ambientes de aprendizagem online
Guilhermina Miranda
 
PPTX
COMO O CÉREBRO APRENDE - Cómo Aprende el Cerebro
IFRS - Campus Sertão
 
DOC
A memória a curto prazo
Maria Bernadete Lizareli Wippich
 
PPTX
Memoria e o esquecimento
Pedro Alves
 
PPTX
Como aprende o cerebro
Leonardo Faria
 
Bases neurais da memória e aprendizagem
Faculdade Metropolitanas Unidas - FMU
 
Memória e Aprendizagem
Mauricio Volkweis Astiazara
 
Mente Humana 5
Jorge Barbosa
 
Memoria armazenagem
Beatriz Ligabue
 
Memória
Dilza Amaral
 
Memoria de trabalho 4.pdf
RabeloRaquel
 
Cognicao humana para sala de aula
Amyris Fernandez
 
Memória 2014
Pedro Alcario
 
Memória e aprendizagem tudo sobre essa temática
esteralves70
 
PROCESSOS PSICOLOGICOS BASICOSMEMÓRIA PPB.pdf
vilcielepazebem
 
psicologiaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa
RafaelaQueiros
 
Memória & Memorização
Sergio Manjate
 
Pro cog a_memória
Lucia Carvalho
 
Final.conceção e desenvolvimento de ambientes de aprendizagem online
Guilhermina Miranda
 
COMO O CÉREBRO APRENDE - Cómo Aprende el Cerebro
IFRS - Campus Sertão
 
A memória a curto prazo
Maria Bernadete Lizareli Wippich
 
Memoria e o esquecimento
Pedro Alves
 
Como aprende o cerebro
Leonardo Faria
 
Anúncio

Mais de Caio Maximino (20)

PDF
Papel de receptores 5-HT2CL en la socialidad del pez cebra
Caio Maximino
 
PDF
Efectos de fluoxetina sobre la agresión del pez cebra dependiente del fenotipo
Caio Maximino
 
PDF
Impacto del pez cebra en biología y neurociencias
Caio Maximino
 
PDF
El pez cebra en el estudio de psicofarmacos
Caio Maximino
 
PDF
Minicurso "Primeiros socorros: Em caso de ataque de pânico"
Caio Maximino
 
PPTX
A cerebralização do sofrimento psíquico
Caio Maximino
 
PDF
Human physiological response in perspective: Focus on the capitalocene
Caio Maximino
 
PDF
Vertebrate stress mechanisms under change
Caio Maximino
 
PDF
The nervous system: an evolutionary approach
Caio Maximino
 
PDF
O monstruoso do capital: Ansiedades culturais e subjetividade
Caio Maximino
 
PDF
Por um cérebro histórico-cultural: Uma introdução à neurociência crítica
Caio Maximino
 
PDF
Genética dos transtornos mentais: Cultura, genética e epigenética em uma pers...
Caio Maximino
 
PDF
Métodos quantitativos na pesquisa em educação e ensino
Caio Maximino
 
PDF
Aula 2: Um pouco de filosofia da ciência
Caio Maximino
 
PDF
Inferência estatística nas ciências experimentais
Caio Maximino
 
PDF
Aprendizagem baseada em problemas: Adaptações ao ensino remoto
Caio Maximino
 
PPTX
A importância das práticas corporais para a saúde mental
Caio Maximino
 
PDF
Transtornos do neurodesenvolvimento
Caio Maximino
 
PDF
Evidências científicas de eficácia em farmacoterapia
Caio Maximino
 
PDF
Transtornos alimentares
Caio Maximino
 
Papel de receptores 5-HT2CL en la socialidad del pez cebra
Caio Maximino
 
Efectos de fluoxetina sobre la agresión del pez cebra dependiente del fenotipo
Caio Maximino
 
Impacto del pez cebra en biología y neurociencias
Caio Maximino
 
El pez cebra en el estudio de psicofarmacos
Caio Maximino
 
Minicurso "Primeiros socorros: Em caso de ataque de pânico"
Caio Maximino
 
A cerebralização do sofrimento psíquico
Caio Maximino
 
Human physiological response in perspective: Focus on the capitalocene
Caio Maximino
 
Vertebrate stress mechanisms under change
Caio Maximino
 
The nervous system: an evolutionary approach
Caio Maximino
 
O monstruoso do capital: Ansiedades culturais e subjetividade
Caio Maximino
 
Por um cérebro histórico-cultural: Uma introdução à neurociência crítica
Caio Maximino
 
Genética dos transtornos mentais: Cultura, genética e epigenética em uma pers...
Caio Maximino
 
Métodos quantitativos na pesquisa em educação e ensino
Caio Maximino
 
Aula 2: Um pouco de filosofia da ciência
Caio Maximino
 
Inferência estatística nas ciências experimentais
Caio Maximino
 
Aprendizagem baseada em problemas: Adaptações ao ensino remoto
Caio Maximino
 
A importância das práticas corporais para a saúde mental
Caio Maximino
 
Transtornos do neurodesenvolvimento
Caio Maximino
 
Evidências científicas de eficácia em farmacoterapia
Caio Maximino
 
Transtornos alimentares
Caio Maximino
 
Anúncio

Último (20)

PDF
Rotina diáriaA1-A2.pdfrotina para todos.
biblioteca123
 
PDF
Boletim informativo Contacto - julho 2025
Bibliotecas Escolares AEIDH
 
PPT
AVALIAÇÕES DE SISTEMA DE ENSINO.ppt reformas
SANDRAMENDES689114
 
PDF
'Emoções Caixinha dos Sentimentos' .pdf para leitura
IolandaFerreiraLima
 
PDF
Lei seca PDF no Brasil material completo
sandyromasukita
 
PPTX
slide de historia sobre o descobrimento do brasil
speedgames391
 
DOCX
Mapa da Oceania - Países e Dependências.docx
Doug Caesar
 
PPTX
Slides Lição 4, Betel, O Primeiro Milagre de Jesus, 3Tr25.pptx
LuizHenriquedeAlmeid6
 
PDF
A história da Maria Un1aula1.pdfe do Manel
biblioteca123
 
PDF
🧑Entrevista de trabalho.pdf para um lugar
biblioteca123
 
PDF
Visita ao museu.pdf, museu marítimo de Ílhavo
biblioteca123
 
PPTX
Bandeira dos Países do Mundo África.pptx
Doug Caesar
 
PDF
Alunos_RETA_FINAL_AULA_3_TCU_EOF_AFO_Prof_Leandro_Ravyelle.pdf
Henrique220411
 
PDF
Almanach Trivulzio, 2025: Guia Genealógico da Casa Principesca de Trivulzio G...
principeandregalli
 
PDF
A festa de anos da avó.pdfe também dos netos
biblioteca123
 
PDF
DiálogoRedes sociais.pdfinstagram, tik tok
biblioteca123
 
PDF
O sonho do campo.pdf, com animais e pessoas
biblioteca123
 
PPTX
Slides Lição 5, CPAD, Uma Igreja Cheia de Amor, 3Tr25.pptx
LuizHenriquedeAlmeid6
 
PPTX
Apresentação de slide Grécia Antiga 2025 .pptx
KatielleCSouza
 
DOCX
Mapa da Nova Zelândia - Mapa dos Países do Mundo .docx
Doug Caesar
 
Rotina diáriaA1-A2.pdfrotina para todos.
biblioteca123
 
Boletim informativo Contacto - julho 2025
Bibliotecas Escolares AEIDH
 
AVALIAÇÕES DE SISTEMA DE ENSINO.ppt reformas
SANDRAMENDES689114
 
'Emoções Caixinha dos Sentimentos' .pdf para leitura
IolandaFerreiraLima
 
Lei seca PDF no Brasil material completo
sandyromasukita
 
slide de historia sobre o descobrimento do brasil
speedgames391
 
Mapa da Oceania - Países e Dependências.docx
Doug Caesar
 
Slides Lição 4, Betel, O Primeiro Milagre de Jesus, 3Tr25.pptx
LuizHenriquedeAlmeid6
 
A história da Maria Un1aula1.pdfe do Manel
biblioteca123
 
🧑Entrevista de trabalho.pdf para um lugar
biblioteca123
 
Visita ao museu.pdf, museu marítimo de Ílhavo
biblioteca123
 
Bandeira dos Países do Mundo África.pptx
Doug Caesar
 
Alunos_RETA_FINAL_AULA_3_TCU_EOF_AFO_Prof_Leandro_Ravyelle.pdf
Henrique220411
 
Almanach Trivulzio, 2025: Guia Genealógico da Casa Principesca de Trivulzio G...
principeandregalli
 
A festa de anos da avó.pdfe também dos netos
biblioteca123
 
DiálogoRedes sociais.pdfinstagram, tik tok
biblioteca123
 
O sonho do campo.pdf, com animais e pessoas
biblioteca123
 
Slides Lição 5, CPAD, Uma Igreja Cheia de Amor, 3Tr25.pptx
LuizHenriquedeAlmeid6
 
Apresentação de slide Grécia Antiga 2025 .pptx
KatielleCSouza
 
Mapa da Nova Zelândia - Mapa dos Países do Mundo .docx
Doug Caesar
 

Memória e aprendizagem

  • 1.  Psicologia Experimental Aula 8 Memória e aprendizagem P R O F. D R . C A I O M A X I M I N O C M A X I M I N O @ U N I F E S S PA . E D U. B R
  • 2. Objetivos 1. Conceituar e diferenciar os diferentes tipos de memória 2. Discutir alguns métodos para o estudo dos diferentes tipos de memória 3. Analisar criticamente a teoria estrutural e a teoria dos níveis de processamento 4. Discutir o modelo de memória de trabalho de Baddeley
  • 3. Funes, o Memorioso •O conto narra a história de um rapaz com memória prodigiosa, incapaz de esquecer •"Havia aprendido sem esforço o inglês, o francês, o português, o latim. Suspeito, contudo, que não era muito capaz de pensar. Pensar é esquecer diferenças, é generalizar, abstrair. No mundo abarrotado de Funes não havia senão detalhes, quase imediatos.“
  • 4. Memória •“Podemos afirmar que somos aquilo que recordamos, literalmente (...). O acervo de nossas memórias faz com que cada um de nós seja o que é, com que sejamos, cada um, um indivíduo, um ser para o qual não existe outro idêntico. Alguém poderia acrescentar àquela frase: “... e também somos o que resolvemos esquecer. Sem dúvida; mas não há como negar que isso já constitui um processo ativo, uma prática da memória: nosso cérebro ‘lembra’ quais são as memórias que não queremos ‘lembrar’, e esforça-se muitas vezes inconscientemente para fazê-lo.” (Izquierdo, 2002 p. 9)
  • 5. O que é memória? • Izquierdo: “Memória é a aquisição, a formação, a conservação e a evocação de informações” • Aquisição equivale à aprendizagem; evocação à recordação, lembrança, recuperação • O termo é um rótulo para uma grande variedade de fenômenos! • As variedades do recordar são marcadas por diferenças gramaticais, fenomenológicas, psicológicas, e neurais. • Foster e Jelicic (1999): Discordâncias importantes sobre o que se quer dizer com “sistema de memória” e sobre a utilidade de taxonomias desses sistemas
  • 6. Memória e representação • “Recordar” é um exemplo particular de uma capacidade geral e flexível de pensar sobre eventos e experiências que não estão presentes, de forma que a vida mental não é totalmente determinada pelo ambiente atual e pelas necessidades imediata do organismo. •Realismo representativo ou ‘indireto’: um traço adquirido pela experiência passada de alguma forma ‘representa’ essa experiência, ou contém alguma informação sobre ela
  • 7. Operações da memória • Codificação: transformação dos dados sensoriais em uma forma de representação mental • Armazenamento: Manutenção das informações codificadas na memória • Recuperação / Evocação: Acesso das informações armazenadas
  • 8. Tarefas de recordação vs. Tarefas de reconhecimento • Tarefas de recordação: Fato, palavra ou outro item de memória deve ser evocado •Recordação serial: Recordar itens na ordem exata em que foram apresentados •Recordação livre: Recordação de itens independente de ordem •Recordação em pares associados: Recordar um item previamente treinado a partir da apresentação de seu par • Tarefas de reconhecimento: Item aprendido previamente deve ser selecionado ou identificado
  • 9. O Modelo de Atkison-Shiffrin Informações do ambiente Registros sensoriais • Visuais • Auditivos • &c Memória de Curto Prazo • Tentativa • Estratégias de recuperação • &c Memória de Longo Prazo • 3 sistemas de armazenamento • Construtos hipotéticos (variáveis intervenientes) que descrevem como a memória opera • Armazéns são passivos
  • 10. Armazenamento sensorial •Repositório inicial de informações que farão parte da armazenagem de curto e de longo prazo •Equivalente à memória de trabalho •Armazenamento icônico: Registro sensorial de natureza visual e descontínua que retém informações por períodos muito breves •Sperling (1960): Informações desaparecem rapidamente do armazenamento icônico
  • 12. Averbach e Coriell (1961): Ocultação visual traseira •Quando o estímulo era apresentado após uma letra-alvo na mesma posição que esta havia ocupado, poderia “apagá-la” • Ocultação visual traseira (backward masking): Eliminação mental de um estímulo causado pelo posicionamento de um estímulo em que outro havia aparecido anteriormente
  • 13. Armazenamento de curto prazo • Caracterizado por um limite pequeno no número de itens (7 ± 2; Miller, 1956) e por processos de controle que regulam o fluxo de informações de e para o armazém de longo prazo (Atkison-Shiffrin) • Memória visuo-espacial: cerca de 4 itens (objetos, não características) • Sistema unitário com pouco processamento
  • 14. Armazenamento de longo prazo • Não sabemos o limite de itens armazenáveis, e não sabemos como descobrir • Também não sabemos o limite temporal (i.e., quanto dura uma informação no armazenamento de longo prazo) •P. Ex., com estimulação elétrica de regiões do cérebro (Penfield, 1955, 1969), alguns pacientes relatam reminiscências da infância que não eram rememoradas durante muito tempo •Oliver Sacks, O Homem Que Confundiu Sua Mulher com um Chapéu, cap. 15
  • 15. Pressupostos do modelo de Atkison-Shiffrin 1. A memória é um processo serial, com a transferência da informação ocorrendo entre armazéns 2. Cada tipo de memória apresenta um armazém separado 3. Existe um armazém unitário e único para cada tipo de memória
  • 16. Modelo de niveis de processamento • Craik e Lockhart (1972): Aproximação funcionalista, e não estruturalista – “Memória” é aquilo que resulta da “profundidade” do processamento da informação, e não um conjunto de estruturas (armazéns) •Profundidade: o significado extraído do estímulo, e não o número de análises que são feitas (Craik, 1973) •Sugere que a memória de longo prazo (principalmente) não é somente uma unidade de armazenamento, mas é um sistema complexo de processamento
  • 17. Estrutura dos níveis de processamento • Processamento superficial: Envolve o ensaio de manutenção (repetição que nos ajuda a manter algo na memória); leva à retenção de duração curta • Processamento estrutural / físico (aparência), que codifica só as propriedades físicas dos estímulos • Processamento fonético, a forma como codificamos os sons verbais •Processamento profundo: Envolve ensaio de elaboração, que utiliza análise do significado da informação; leva à retenção de melhor qualidade • Processamento semântico, que ocorre quando codificamos o significado de uma palavra ou a relacionamos com palavras de significado similar
  • 18. Craik & Tulving (1975) •Apresentação de listas de 60 palavras para as quais os participantes deveriam responder perguntas • Apresentação de listas com 180 palavras; os participantes deviam identificar as que haviam aparecido na lista anterior •Os participantes evocaram mais palavras processadas semanticamente
  • 19. Críticas à teoria dos níveis de processamento • Não explica como o processamento profundo resulta em memórias melhores • O processamento profundo exige mais esforço do que o processamento superficial, e pode ser isso, ao invés da profundidade de processamento, que faz com que as pessoas lembrem melhor •O conceito de profundidade é vago e não pode ser objetivamente mensurado
  • 20. Modelo teórico de Baddeley e Hitch (1974) • Argumentam que a descriçao da memória de curto prazo (MCP) do Modelo de Atkison-Shiffrin é simples demais, porque postula um único sistema • Sugerem a existência de sistema diferentes para tipos diferentes de informação em uma memória de trabalho: • Executiva central: Controla todo o sistema, alocando dados para os subsistemas • Esboço visuo-espacial: Armazena e processa informação visual e espacial • Alça fonológica: Armazena e processa informação verbal •Anteparo episódico: Age como um armazém de “backup” que comunica-se tanto com a memória de longo prazo quanto com componentes da memoria de trabalho
  • 21. Previsões do modelo de memória de trabalho 1. Se duas tarefas fazem uso do mesmo componente da memória de trabalho, não podem ser desempenhadas com sucesso ao mesmo tempo 2. Se duas tarefas fazem uso de componentes diferentes, deve ser possível desempenhá-las tão bem em separado quanto ao mesmo tempo
  • 22. Baddeley & Hitch (1976) • Participantes deviam realizar duas tarefas simultâneas • Digit span: Repetir lista de números • Raciocínio verbal: Responder “verdadeiro ou falso” a questões • Conforme o número de dígitos aumentava, os participantes demoravam mais a responder as questões de raciocínio, mas não muito mais; e não cometiam mais erros • Conclusão: a tarefa de raciocínio verbal faz uso da executiva central, e a tarefa de digit span faz uso da alça fonológica
  • 23. Métodos para o estudo da memória de trabalho a) Tarefa de adiamento de retenção: Item mostrado e seguido de um intervalo de retenção, preenchido ou não, e o participante deve dizer se um S posterior é novo ou não b) Carregamento da memória de trabalho ordenada temporalmente: Série de itens mostrados seguidos de um sinal; o participante deve dizer se um S posterior é novo ou não
  • 24. Métodos para o estudo da memória de trabalho
  • 25. Métodos para o estudo da memória de trabalho c) Tarefa de ordem temporal: Série de itens apresentada, seguida de um sinal; o teste mostra dois itens apresentados anteriormente, e o participante deve identificar qual dos dois apareceu mais recentemente d) Tarefa n itens anteriores: S são apresentados e, em pontos específicos, o participante deve repetir o S que ocorreu n apresenações anteriores
  • 26. Métodos para o estudo da memória de trabalho
  • 27. Métodos para o estudo da memória de trabalho e) Tarefa de carregamento de memória de trabalho ordenada temporalmente: Apresenta-se uma série de S, que deverão ser repetidos na ordem em que foram apresentados f) Tarefa de carregamento de memória de trabalho ordenada temporariamente: Apresenta-se uma série de problemas aritméticos simples; ao final, os resultados devem ser repetidos em sua ordem correta
  • 28. Métodos para o estudo da memória de trabalho
  • 30. Tipos de memória: Função • Memória de trabalho: Breve e fugaz, serve para “gerenciar a realidade” • Não deixa traços; mantém durante alguns segundos, no máximo poucos minutos, a informação que está sendo processada no momento • Base do digit span • Obedece à atv neural de células do córtex pré-frontal em resposta imediata ou levemente retardada • Ao receber qualquer tipo de informação, deve determinar se esta é nova ou não e se é útil para o organismo ou não • Memória “propriamente dita” (Recordação)
  • 31. Tipos de memória: Conteúdo • Memória de procedimento • Bergson (1908), Russell (1921): “Memória de hábito” • De formas simples de aprendizagem associativa a memórias cinestésicas, de habilidade, e de sequência • Referência gramatical: “lembrar como” • Memória semântica • Broad (1925), Furlong (1948): “Memória proposicional” • Memória para fatos • Referência gramatical: “lembrar que” • Memória episódica • “Memória pessoal”, “memória experiencial”, “memória direta” • Memória de eventos e episódios experienciados • Expressada com objetos diretos
  • 32. Declarativo vs. não-declarativo Explícito vs. implícito • Memórias declarativas representam o mundo ou o passado; memórias não-declarativas não o fazem • Memórias explícitas podem ser acessadas verbalmente ou conscientemente pelo sujeito, enquanto memórias implícitas não necessitam de consciência
  • 33. Memórias associativas e não-associativas • Memórias podem ser adquiridas por meio de uma associação de um S com outro S ou com uma R • Condicionamento clássico e operante • A apresentação repetida de um S leva à supressão gradual de respostas eliciadas (principalmente orientação): habituação • Sensibilização: A apresentação de um S de baixa intensidade pode aumentar a resposta a um S posterior
  • 34. Priming • Facilitação, pré-ativação, indução • Memória evocada por meio de “dicas” (fragmentos de uma imagem, um som, uma palavra, etc) • Melhora na capacidade do sujeito de identificar estímulos após uma breve experiências com estes • Facilitação de processos perceptuais a estímulos encontrados recentemente, permitindo o seu reconhecimento de maneira mais rápida e eficaz
  • 35. Tarefas de memória implícita vs. Tarefas de memória explícita • Tarefas de recordação e de reconhecimento testam memória explícita • A memória implícita pode ser estudada através do priming • Tarefa de complementação de palavas: Participantes recebem palavras incompletas, e a completam com a primeira palavra que vem à mente •Em laboratório, a memória de procedimentos pode ser estudada por meio de tarefas com aprendizagem de coordenação motora fina
  • 36. Tipos de memória: Duração • Memória de curto prazo / de curta duração: Memórias (usualmente explícitas) com duração de poucas horas • Memória de longo prazo / de longa duração: Levam tempo para serem consolidadas; lábeis e susceptíveis a interferência logo após a aquisição • Memórias remotas: Memórias que duram muitos meses ou anos