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História Social do
Conhecimento (PARTE 1)
2 Capítulo: O ofício do saber
Peter Burke
A Idade Média
• Foi nessa época que os letrados europeus se tornaram visíveis no
mundo fora dos mosteiros pela primeira vez desde a Antiguidade
Tardia.
• A criação de universidades estava relacionada à fundação de cidades
e à crescente divisão do trabalho.
• Os letrados incluíam um grupo de estudiosos leigos cultos, em geral
médicos e advogados.
História Social do Conhecimento - Capítulo 2.pptx
Do pergaminho ao livro
• A maioria dos professores e dos alunos eram membros do clero,
muitas vezes de ordens religiosas (dominicanos com S. Tomás
Aquino).
• Os estudantes frequentemente iam de universidade em
universidade, formando um grupo internacional com
consciência de suas diferenças em relação aos demais
habitantes das cidades.
• Os professores eram filósofos e teólogos, que referiam-se a si
mesmo como homens de letras, clérigos, mestres ou filósofos.
• A baixa remuneração dos professores (queixas).
Universitá di Bologna
• A Universidade de Bolonha (Università di Bologna, em italiano) é considerada a universidade mais antiga da Europa[1], tendo sido fundada em
Bolonha, na Itália, em 1088.
• A sua história entrelaça-se com grandes personagens da história e da ciência. Na Idade Média, foi famosa em toda a Europa por suas escolas de
Humanas e Direito Civil. Os primeiros professores que se têm registro são Pepone e Irnerio. Este último foi denominado pela história do Direito como
"Lucerna Iuris" (a luz do Direito). Em 1158, o Imperador Federico I promulga uma "Constitutio Habita" (lei orgânica da universidade) que transforma
praticamente a Universidade de Bolonha em uma Cidade Estado.
• Em 1364, vários teólogos começaram o ensino de Teologia. Em Bolonha passaram períodos de estudo Dante Alighieri, Francesco Petrarca, Guido
Guinizzelli, Cino da Pistoia, Cecco d'Ascoli, Re Enzo, Salimbene de Parma e Coluccio Salutati.
• No século XV se destacaram os ensinamentos de grego e hebraico, e no século XVI, os da "magia natural", que hoje seria a ciência experimental. O
filósofo e professor Pietro Pomponazzi apoiou o estudo das leis naturais, apesar dos pontos de vista conservadores da Teologia e da Filosofia. Uma
figura representativa deste período é Ulisse Aldrovandi, que estendeu a sua contribuição para o estudo da química, de fósseis de animais, e naturezas
diversas que ele coletou e classificou.
• No século XVI, Gaspare Tagliacozzi leva os primeiros estudos de cirurgia plástica. A idade de ouro da medicina em Bolonha coincide com os
ensinamentos de Marcello Malpighi, no século XVII, que trabalha arduamente na pesquisa anatômica.
• É enorme o prestígio da Universidade de Bolonha em toda a Europa e consequentemente tornou-se um destino para pessoas famosas, como Thomas
Becket, Paracelso, Raimundo de Penaforte, Albrecht Dürer, São Carlos Borromeu, Torquato Tasso, Carlo Goldoni entre outros.
• Também estudou em Bolonha Pico della Mirandola e Leon Battista Alberti, no curso de Direito Canônico (Direito da Igreja Católica). Nicolau Copérnico
estudou Direito Pontifício, e ali iniciou suas observações astronômicas.
• Com a Revolução Industrial no século XVIII, a Universidade promove o desenvolvimento da ciência e da tecnologia. A este período pertencem os
grandes Luigi Galvani que, juntamente com Alessandro Volta, Benjamin Franklin e Henry Cavendish, são os fundadores da ciência moderna.
• O período após o nascimento da Itália como estado unitário é para a Universidade de Bolonha um tempo de grande avivamento, em que se destacam
as figuras de Giovanni Cappellini, Giosuè Carducci, Giovanni Pascoli, Augusto Righi, Federico Enriquez, Giacomo Ciamician e Augusto Murri.
Sorbonne – Universidade de Paris
• A Sorbonne deve o seu nome ao seu fundador, Robert de Sorbon, Chapelain e confessor do rei da França Saint Louis (Louis
IX).
• Sua história ao longo dos séculos esteve tão intimamente ligada à da Universidade de Paris que se tornou seu símbolo.
• A Universidade nasceu no século XIII da organização corporativa de professores e alunos de Paris. Originalmente
estabelecido na Ile de la Cité, estes vieram do século XII, no futuro "Quartier Latin", margem esquerda do Sena, onde
teologia, direito, medicina e artes são ensinadas, em ao ar livre, aos jovens das 4 nações (francês, Picardia, normando e
inglês), conferindo à Universidade, desde o início, um prestígio internacional.
• O colégio de Robert de Sorbon, fundado em 1253, é, então, uma das muitas faculdades que abrigam os estudantes pobres
da montanha Sainte-Geneviève.
• Logo, essas faculdades fazer parte das disciplinas acadêmicas de Paris e da Faculdade de Sorbon famosa Faculdade
Teológica "SORBONNE" vai tomar parte activa nos debates e políticas de seu tempo Filosóficas, balançando o arenito de
uma história abundante entre o conservadorismo ciumento e o liberalismo esclarecido.
• No século XVII, a Sorbonne foi reconstruída pelo arquiteto Jacques Lemercier a pedido do cardeal Duc de Richelieu, que se
tornou diretor em 1622.
• Fechada pela revolução em 1791, tornou-se então oficina de artistas em 1801, a Sorbonne, sob a Restauração, novamente
transferido para o ensino pelo Rei Luís XVIII também instalar a Academia de Paris e da Escola Cartas em 1821.
• No final do século XIX, a Terceira República irá reconstruí-la, tornando a Nova Sorbonne o santuário do Espírito, o lugar
privilegiado do Conhecimento.
• Centro de mobilização do protesto em maio de 1968, a Universidade é reorganizada desde em Universidades Autônomas:
Oxford University
• Em 1188, o historiador Gerald de Gales deu uma leitura pública aos doutores reunidos de Oxford
e, por volta de 1190, a chegada do Emo da Frísia, o primeiro estudante estrangeiro conhecido,
pôs em marcha a tradição universitária de ligações acadêmicas internacionais. Por volta de 1201,
a universidade era dirigida por um magister scolarum Oxonie, a quem o título de chanceler foi
conferido em 1214, e em 1231 os mestres foram reconhecidos como universitas ou corporações.
• No século 13, tumultos entre a cidade e o gown (pessoas da cidade e estudantes) apressaram o
estabelecimento de residências primitivas. Estes foram sucedidos pela primeira das faculdades de
Oxford, que começaram como "residências" medievais ou casas dotadas sob a supervisão de um
Mestre. As faculdades de University, Balliol e Merton, que foram estabelecidas entre 1249 e 1264,
são as mais antigas.
Cambridge University
• Os estudantes que se reuniram em Cambridge logo organizaram seu esquema de
estudo seguindo o padrão que se tornara comum na Itália e na França, e que eles
teriam conhecido em Oxford. Eles estudaram primeiro o que agora seria chamado
de 'curso básico' em artes - gramática, lógica e retórica - seguido mais tarde por
aritmética, música, geometria e astronomia, levando aos graus de bacharel e
mestre. Não havia professores; o ensino era conduzido por mestres que haviam
passado pelo curso e que haviam sido aprovados ou licenciados por todo o corpo
de seus colegas (universitas ou universitários). O ensino tomou a forma de ler e
explicar textos; os exames eram disputas orais nas quais os candidatos avançavam
uma série de perguntas ou teses que disputavam ou discutiam com opositores um
pouco mais velhos para si mesmos e, finalmente, com os mestres que os haviam
ensinado. Alguns dos mestres, mas não todos, passaram a estudos avançados em
divindade, cânone e direito civil e, mais raramente, medicina, que foram ensinados
e examinados da mesma forma por aqueles que já haviam passado pelo curso e
tornam-se médicos. Os médicos se agruparam em faculdades específicas.
Universidade na América Latina
• 16th century
• Recognized University Modern country
• 1551 Lima Peru
• 1551 Mexico City Mexico
• 1552 La Plata Bolivia
• 1538 Santo Domingo (Santo Tomás) Dominican Republic
• 1558 Santo Domingo (Santiago de La Paz) Dominican Republic
• 1580 Bogotá (Santo Tomás) Colombia
• 1586 Quito (San Fulgencio) Ecuador
As consequências da impressão tipográfica
• O uso crescente da palavra “humanista” e o ensino das
humanidades nas universidades gerou uma identidade comum entre
os professores. Assim como entre as sociedades e as academias
fundadas pelo humanistas.
• A imprensa ampliou as possibilidades de trabalho e de carreira para
os letrados: editores-impressores; letrados-impressores; corretores
de provas; tradutores, elaboradores de dicionários.
• Erasmo teve sucesso com seus livros (+ liberdade).
História Social do Conhecimento - Capítulo 2.pptx
História Social do Conhecimento - Capítulo 2.pptx
Do sagrado para o profano
Vendedor de livretos, uma
livraria ambulante do século
XVI.
Fonte: Alberto Manguel,
Uma história da leitura.
A leitura em público cumpria
uma função social na França
do século XVIII, como esta
gravura de Merillier.
Fonte: Alberto Manguel,
Uma história da leitura.
Hans Holbein, o Moço.
Georg Gisze, um mercador alemão em Londres, 1532.
Óleo sobre mandeira, 96,3 x 85,7 cm, Gemäldegalerie, Staaliche
Museem, Berlim
Sir Joshua Reynolds.
Joseph Baretti, 1773
Óleo sobre tela, 73,7 x 62,2 cm, coleção particular
Oportunidades em Igrejas e Estados
•A Reforma – Lutero (teólogo e professor universitário)
defendeu a formação de um clero culto que pregasse o
evangelho para o povo. Sendo seguido por Calvino e outros
líderes protestantes.
•A fundação de seminários pela Igreja Católica no século XVI
mostra cuidado semelhante com a educação dos párocos.
•As Igrejas podem ser consideradas como fundadoras da vida de
estudos como carreira.
•O crescimento do número de estudantes nas
universidade nos séculos XVI e XVII estava ligado com a
necessidade de formação do clero e de funcionários
formados em direito para a administração dos novos
Estados.
•Estudos Universitários eram obrigatórios para postular
bons cargos em Veneza no séc. XVI.
•A oferta de estudantes excedeu a demanda no século
XVII. Eles participaram de movimentos políticos como a
Revolução Inglesa.
O acesso público e a leitura privada
•Alguns homens de letras foram secretários de governantes,
aristocratas e eruditos.
•Leonardo Bruni e Lorenzo Valla foram secretários de papas. Seu
papel consistia em dar bons conselhos, que era a principal
função política dos letrados em muitas culturas.
•Em meados dos séc. XVII, alguns intelectuais conseguiam se
manter com uma mistura de patrocínio e publicações.
•Os subsídios reais continuavam sendo uma fonte importante
de renda.
•Luís XIV patrocinou teatrólogos, historiadores (Racine), poetas,
etc.
•Porém, o número de escritores que pertenciam ao clero era
muito significativo e pode ter sido ainda a maioria do que
temos conhecimento.
A proteção e a danação
Diferenciação estrutural
•Por volta de 1600, observa-se um processo de diferenciação
entre os letrados europeus.
•Os escritores tornaram-se um grupo semi-independente.
•Diferenciação entre um “autor” e um “escritor”.
•Administradores do conhecimento com um papel de coletar e
organizar o material.
•Os professores formam um grupo distinto – 40 universidades
na Alemanha no século XVII.
•Os letrados passaram a ver o seu trabalho como uma vocação
ou chamamento – encontrar a verdade ou alcançar o
conhecimento.
•Diferenciação social no mundo do saber geraram conflitos
entre os grupos:
•Ataques ao clero.
•Ataques aos privilégios de advogados e médicos.
•Alemães pedantes e franceses superficiais.
•Nobres amadores ou virtuosi olhavam com certo desdém aos
escritores e professores.
Identidades de grupo
•A publicação de livros como:
•O homens de letras (Daniele Bartoldi, 1752);
•“Gens de lettres” (D´Alambert na Enciclopédia) ainda que não
fossem especialistas estritos eram “pessoas capazes de abordar
diferentes campos ainda que não possam cultivá-lo em sua
totalidade”.
•Na Alemanha os letrados/doutores eram considerados como
uma ordem ou classe social.
• Letrados europeus consideravam-se como cidadãos da República das
Letras
• Criação de Revistas e periódicos como o Nouvelles de la Républiques
des Lettres (1684)
• 1700 os “jornalistas” eram pessoas cultas que escreviam nessas
revistas e periódicos.
• Gazetiers – de menor status que escreviam nos jornais diários ou
semanais.
• Em meados do séc. XVIII existia um grupo de homens de letras mais ou
menos independen-tes, com idéias políticas próprias, concentrados em
Paris, Londres, Amsterdã, Berlim.
A Consolidação do Conhecimento: Antigas e Novas Instituições.
• As universidades e a transmissão/reprodução do conhecimento e não
em sua descoberta.
• Conhecimentos eram transmitidos principalmente de maneira oral
(cavaleiros, camponeses, parteiras, donas de casa e outros).
• Alfabetização de leigos (século XVI e XVII).
• A multiplicação de universidades e de grupos de hereges, descritos
como “comunidades textuais”.
• Bacon e a necessidade de reforma das Instituições de ensino e saber.
O Renascimento e o Humanismo
•Retorno ao pensamento clássico.
•A maioria dos humanistas estudara nas universidades que
criticavam.
•Os humanistas desenvolviam suas idéias na discussão, mas
seus debates tinham lugar fora das universidades, onde as
instituições eram mais tradicionais e hostis às suas idéias.
•A academia inspirada em Platão (simpósio ou banquetes).
Eram mais formais e duradouras que um círculo, mas menos
formais que um departamento universitário.
Autor Rafael Sanzio
Data 1509–1511
Técnica Afresco
Dimensões 500 × 700
Localização Palácio Apostólic
o
, Vaticano
•A Academia era o lugar ideal para a inovação.
•Aos poucos os grupos se institucionalizaram com membros
fixos, estatutos e horários regulares de encontro.
•A discussão de idéias não era monopólio dos acadêmicos.
•Em Florença, Alberti tinha conversas com Donatello e Filipo
Brunelleschi e Toscanelli.
•Em Paris, os humanista apelam ao Rei Francisco I contra a
Faculdade de Teologia para criar o Collège de Lecteurs Royaux
visando incentivar o estudo do grego e do hebraico.
Nota:
• Filippo Brunelleschi (nascido Filippo di ser Brunellesco di Lippo di Tura; Florença,
1377 — Florença, 1446) foi um arquiteto e escultor renascentista. Começou a vida
como ourives e foi, posteriormente, um arquitecto, o pioneiro desta arte na
Renascença. Entrou para a história ao concluir a Santa Maria del Fiore, em
Florença, uma das primeiras catedrais em estilo renascentista.
• Paolo dal Pozzo Toscanelli (Florença, 1397 — Florença, 10 de Maio de 1482) foi
um matemático, astrónomo e geógrafo italiano. Terá influenciado Cristóvão
Colombo na formação do seu projecto de atingir o Extremo Oriente viajando para
ocidente a partir da costa atlântica europeia.
• Donato di Niccoló di Betto Bardi, chamado Donatello (Florença, c.1386- 13 de
dezembro de 1466) foi um escultor renascentista italiano. Trabalhou em Florença,
Prato, Siena e Pádua, recorrendo a várias técnicas para a confecção de esculturas
em baixo-relevo (tuttotondo, stiacciato) com o uso de materiais diversos.
Igreja Santa Maria del
Fiori. Cúpula. 1420-
1436.
•Criação da Casa das Índias em Lisboa (Portugal) e da Casa de
Contratación em Sevilha (Espanha) como fundos de
conhecimento sobre o Novo Mundo (mapas, cartas, relatos,
pinturas etc.).
•Escola de treinamento de navegadores (piloto mayor Américo
Vespúcio e Sebastião Cabot).
•As novas universidades: Wittenberg (1502), Alcalá (1508) –
famosa pela Bíblia poliglota de 1514-17 - , Lieden (1575 -
Política e História – Justus Lipsius) e Louvain (1575 - calvinista).
•Criação de cátedras de retórica em Louvain e Salamanca.
•Criação de lectureships em História em Oxford e
Cambridge no início do século XVII.
•Infiltração gradual nas universidades para influenciar os
regimentos e os currículos.
•Wittenberg, fundada em 1502, em linhas tradicionais por
professores vindos de Leipiz e Tünbingen abrigou muitos
humanistas e foi onde Lutero deu aulas e iniciou a Reforma
(1517), quando a nova instituição tinha apenas 15 anos (logo,
mais propicia a inovações).
•Leiden torna-se um centro de estudo de línguas, história e
política. A História estava a cargo de importante humanista
Justus Lipsius.

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  • 1. História Social do Conhecimento (PARTE 1) 2 Capítulo: O ofício do saber Peter Burke
  • 2. A Idade Média • Foi nessa época que os letrados europeus se tornaram visíveis no mundo fora dos mosteiros pela primeira vez desde a Antiguidade Tardia. • A criação de universidades estava relacionada à fundação de cidades e à crescente divisão do trabalho. • Os letrados incluíam um grupo de estudiosos leigos cultos, em geral médicos e advogados.
  • 5. • A maioria dos professores e dos alunos eram membros do clero, muitas vezes de ordens religiosas (dominicanos com S. Tomás Aquino). • Os estudantes frequentemente iam de universidade em universidade, formando um grupo internacional com consciência de suas diferenças em relação aos demais habitantes das cidades. • Os professores eram filósofos e teólogos, que referiam-se a si mesmo como homens de letras, clérigos, mestres ou filósofos. • A baixa remuneração dos professores (queixas).
  • 6. Universitá di Bologna • A Universidade de Bolonha (Università di Bologna, em italiano) é considerada a universidade mais antiga da Europa[1], tendo sido fundada em Bolonha, na Itália, em 1088. • A sua história entrelaça-se com grandes personagens da história e da ciência. Na Idade Média, foi famosa em toda a Europa por suas escolas de Humanas e Direito Civil. Os primeiros professores que se têm registro são Pepone e Irnerio. Este último foi denominado pela história do Direito como "Lucerna Iuris" (a luz do Direito). Em 1158, o Imperador Federico I promulga uma "Constitutio Habita" (lei orgânica da universidade) que transforma praticamente a Universidade de Bolonha em uma Cidade Estado. • Em 1364, vários teólogos começaram o ensino de Teologia. Em Bolonha passaram períodos de estudo Dante Alighieri, Francesco Petrarca, Guido Guinizzelli, Cino da Pistoia, Cecco d'Ascoli, Re Enzo, Salimbene de Parma e Coluccio Salutati. • No século XV se destacaram os ensinamentos de grego e hebraico, e no século XVI, os da "magia natural", que hoje seria a ciência experimental. O filósofo e professor Pietro Pomponazzi apoiou o estudo das leis naturais, apesar dos pontos de vista conservadores da Teologia e da Filosofia. Uma figura representativa deste período é Ulisse Aldrovandi, que estendeu a sua contribuição para o estudo da química, de fósseis de animais, e naturezas diversas que ele coletou e classificou. • No século XVI, Gaspare Tagliacozzi leva os primeiros estudos de cirurgia plástica. A idade de ouro da medicina em Bolonha coincide com os ensinamentos de Marcello Malpighi, no século XVII, que trabalha arduamente na pesquisa anatômica. • É enorme o prestígio da Universidade de Bolonha em toda a Europa e consequentemente tornou-se um destino para pessoas famosas, como Thomas Becket, Paracelso, Raimundo de Penaforte, Albrecht Dürer, São Carlos Borromeu, Torquato Tasso, Carlo Goldoni entre outros. • Também estudou em Bolonha Pico della Mirandola e Leon Battista Alberti, no curso de Direito Canônico (Direito da Igreja Católica). Nicolau Copérnico estudou Direito Pontifício, e ali iniciou suas observações astronômicas. • Com a Revolução Industrial no século XVIII, a Universidade promove o desenvolvimento da ciência e da tecnologia. A este período pertencem os grandes Luigi Galvani que, juntamente com Alessandro Volta, Benjamin Franklin e Henry Cavendish, são os fundadores da ciência moderna. • O período após o nascimento da Itália como estado unitário é para a Universidade de Bolonha um tempo de grande avivamento, em que se destacam as figuras de Giovanni Cappellini, Giosuè Carducci, Giovanni Pascoli, Augusto Righi, Federico Enriquez, Giacomo Ciamician e Augusto Murri.
  • 7. Sorbonne – Universidade de Paris • A Sorbonne deve o seu nome ao seu fundador, Robert de Sorbon, Chapelain e confessor do rei da França Saint Louis (Louis IX). • Sua história ao longo dos séculos esteve tão intimamente ligada à da Universidade de Paris que se tornou seu símbolo. • A Universidade nasceu no século XIII da organização corporativa de professores e alunos de Paris. Originalmente estabelecido na Ile de la Cité, estes vieram do século XII, no futuro "Quartier Latin", margem esquerda do Sena, onde teologia, direito, medicina e artes são ensinadas, em ao ar livre, aos jovens das 4 nações (francês, Picardia, normando e inglês), conferindo à Universidade, desde o início, um prestígio internacional. • O colégio de Robert de Sorbon, fundado em 1253, é, então, uma das muitas faculdades que abrigam os estudantes pobres da montanha Sainte-Geneviève. • Logo, essas faculdades fazer parte das disciplinas acadêmicas de Paris e da Faculdade de Sorbon famosa Faculdade Teológica "SORBONNE" vai tomar parte activa nos debates e políticas de seu tempo Filosóficas, balançando o arenito de uma história abundante entre o conservadorismo ciumento e o liberalismo esclarecido. • No século XVII, a Sorbonne foi reconstruída pelo arquiteto Jacques Lemercier a pedido do cardeal Duc de Richelieu, que se tornou diretor em 1622. • Fechada pela revolução em 1791, tornou-se então oficina de artistas em 1801, a Sorbonne, sob a Restauração, novamente transferido para o ensino pelo Rei Luís XVIII também instalar a Academia de Paris e da Escola Cartas em 1821. • No final do século XIX, a Terceira República irá reconstruí-la, tornando a Nova Sorbonne o santuário do Espírito, o lugar privilegiado do Conhecimento. • Centro de mobilização do protesto em maio de 1968, a Universidade é reorganizada desde em Universidades Autônomas:
  • 8. Oxford University • Em 1188, o historiador Gerald de Gales deu uma leitura pública aos doutores reunidos de Oxford e, por volta de 1190, a chegada do Emo da Frísia, o primeiro estudante estrangeiro conhecido, pôs em marcha a tradição universitária de ligações acadêmicas internacionais. Por volta de 1201, a universidade era dirigida por um magister scolarum Oxonie, a quem o título de chanceler foi conferido em 1214, e em 1231 os mestres foram reconhecidos como universitas ou corporações. • No século 13, tumultos entre a cidade e o gown (pessoas da cidade e estudantes) apressaram o estabelecimento de residências primitivas. Estes foram sucedidos pela primeira das faculdades de Oxford, que começaram como "residências" medievais ou casas dotadas sob a supervisão de um Mestre. As faculdades de University, Balliol e Merton, que foram estabelecidas entre 1249 e 1264, são as mais antigas.
  • 9. Cambridge University • Os estudantes que se reuniram em Cambridge logo organizaram seu esquema de estudo seguindo o padrão que se tornara comum na Itália e na França, e que eles teriam conhecido em Oxford. Eles estudaram primeiro o que agora seria chamado de 'curso básico' em artes - gramática, lógica e retórica - seguido mais tarde por aritmética, música, geometria e astronomia, levando aos graus de bacharel e mestre. Não havia professores; o ensino era conduzido por mestres que haviam passado pelo curso e que haviam sido aprovados ou licenciados por todo o corpo de seus colegas (universitas ou universitários). O ensino tomou a forma de ler e explicar textos; os exames eram disputas orais nas quais os candidatos avançavam uma série de perguntas ou teses que disputavam ou discutiam com opositores um pouco mais velhos para si mesmos e, finalmente, com os mestres que os haviam ensinado. Alguns dos mestres, mas não todos, passaram a estudos avançados em divindade, cânone e direito civil e, mais raramente, medicina, que foram ensinados e examinados da mesma forma por aqueles que já haviam passado pelo curso e tornam-se médicos. Os médicos se agruparam em faculdades específicas.
  • 10. Universidade na América Latina • 16th century • Recognized University Modern country • 1551 Lima Peru • 1551 Mexico City Mexico • 1552 La Plata Bolivia • 1538 Santo Domingo (Santo Tomás) Dominican Republic • 1558 Santo Domingo (Santiago de La Paz) Dominican Republic • 1580 Bogotá (Santo Tomás) Colombia • 1586 Quito (San Fulgencio) Ecuador
  • 11. As consequências da impressão tipográfica • O uso crescente da palavra “humanista” e o ensino das humanidades nas universidades gerou uma identidade comum entre os professores. Assim como entre as sociedades e as academias fundadas pelo humanistas. • A imprensa ampliou as possibilidades de trabalho e de carreira para os letrados: editores-impressores; letrados-impressores; corretores de provas; tradutores, elaboradores de dicionários. • Erasmo teve sucesso com seus livros (+ liberdade).
  • 14. Do sagrado para o profano
  • 15. Vendedor de livretos, uma livraria ambulante do século XVI. Fonte: Alberto Manguel, Uma história da leitura. A leitura em público cumpria uma função social na França do século XVIII, como esta gravura de Merillier. Fonte: Alberto Manguel, Uma história da leitura.
  • 16. Hans Holbein, o Moço. Georg Gisze, um mercador alemão em Londres, 1532. Óleo sobre mandeira, 96,3 x 85,7 cm, Gemäldegalerie, Staaliche Museem, Berlim
  • 17. Sir Joshua Reynolds. Joseph Baretti, 1773 Óleo sobre tela, 73,7 x 62,2 cm, coleção particular
  • 18. Oportunidades em Igrejas e Estados •A Reforma – Lutero (teólogo e professor universitário) defendeu a formação de um clero culto que pregasse o evangelho para o povo. Sendo seguido por Calvino e outros líderes protestantes. •A fundação de seminários pela Igreja Católica no século XVI mostra cuidado semelhante com a educação dos párocos. •As Igrejas podem ser consideradas como fundadoras da vida de estudos como carreira.
  • 19. •O crescimento do número de estudantes nas universidade nos séculos XVI e XVII estava ligado com a necessidade de formação do clero e de funcionários formados em direito para a administração dos novos Estados. •Estudos Universitários eram obrigatórios para postular bons cargos em Veneza no séc. XVI. •A oferta de estudantes excedeu a demanda no século XVII. Eles participaram de movimentos políticos como a Revolução Inglesa.
  • 20. O acesso público e a leitura privada
  • 21. •Alguns homens de letras foram secretários de governantes, aristocratas e eruditos. •Leonardo Bruni e Lorenzo Valla foram secretários de papas. Seu papel consistia em dar bons conselhos, que era a principal função política dos letrados em muitas culturas. •Em meados dos séc. XVII, alguns intelectuais conseguiam se manter com uma mistura de patrocínio e publicações.
  • 22. •Os subsídios reais continuavam sendo uma fonte importante de renda. •Luís XIV patrocinou teatrólogos, historiadores (Racine), poetas, etc. •Porém, o número de escritores que pertenciam ao clero era muito significativo e pode ter sido ainda a maioria do que temos conhecimento.
  • 23. A proteção e a danação
  • 24. Diferenciação estrutural •Por volta de 1600, observa-se um processo de diferenciação entre os letrados europeus. •Os escritores tornaram-se um grupo semi-independente. •Diferenciação entre um “autor” e um “escritor”. •Administradores do conhecimento com um papel de coletar e organizar o material. •Os professores formam um grupo distinto – 40 universidades na Alemanha no século XVII.
  • 25. •Os letrados passaram a ver o seu trabalho como uma vocação ou chamamento – encontrar a verdade ou alcançar o conhecimento. •Diferenciação social no mundo do saber geraram conflitos entre os grupos: •Ataques ao clero. •Ataques aos privilégios de advogados e médicos. •Alemães pedantes e franceses superficiais. •Nobres amadores ou virtuosi olhavam com certo desdém aos escritores e professores.
  • 26. Identidades de grupo •A publicação de livros como: •O homens de letras (Daniele Bartoldi, 1752); •“Gens de lettres” (D´Alambert na Enciclopédia) ainda que não fossem especialistas estritos eram “pessoas capazes de abordar diferentes campos ainda que não possam cultivá-lo em sua totalidade”. •Na Alemanha os letrados/doutores eram considerados como uma ordem ou classe social.
  • 27. • Letrados europeus consideravam-se como cidadãos da República das Letras • Criação de Revistas e periódicos como o Nouvelles de la Républiques des Lettres (1684) • 1700 os “jornalistas” eram pessoas cultas que escreviam nessas revistas e periódicos. • Gazetiers – de menor status que escreviam nos jornais diários ou semanais. • Em meados do séc. XVIII existia um grupo de homens de letras mais ou menos independen-tes, com idéias políticas próprias, concentrados em Paris, Londres, Amsterdã, Berlim.
  • 28. A Consolidação do Conhecimento: Antigas e Novas Instituições. • As universidades e a transmissão/reprodução do conhecimento e não em sua descoberta. • Conhecimentos eram transmitidos principalmente de maneira oral (cavaleiros, camponeses, parteiras, donas de casa e outros). • Alfabetização de leigos (século XVI e XVII). • A multiplicação de universidades e de grupos de hereges, descritos como “comunidades textuais”. • Bacon e a necessidade de reforma das Instituições de ensino e saber.
  • 29. O Renascimento e o Humanismo •Retorno ao pensamento clássico. •A maioria dos humanistas estudara nas universidades que criticavam. •Os humanistas desenvolviam suas idéias na discussão, mas seus debates tinham lugar fora das universidades, onde as instituições eram mais tradicionais e hostis às suas idéias. •A academia inspirada em Platão (simpósio ou banquetes). Eram mais formais e duradouras que um círculo, mas menos formais que um departamento universitário.
  • 30. Autor Rafael Sanzio Data 1509–1511 Técnica Afresco Dimensões 500 × 700 Localização Palácio Apostólic o , Vaticano
  • 31. •A Academia era o lugar ideal para a inovação. •Aos poucos os grupos se institucionalizaram com membros fixos, estatutos e horários regulares de encontro. •A discussão de idéias não era monopólio dos acadêmicos. •Em Florença, Alberti tinha conversas com Donatello e Filipo Brunelleschi e Toscanelli. •Em Paris, os humanista apelam ao Rei Francisco I contra a Faculdade de Teologia para criar o Collège de Lecteurs Royaux visando incentivar o estudo do grego e do hebraico.
  • 32. Nota: • Filippo Brunelleschi (nascido Filippo di ser Brunellesco di Lippo di Tura; Florença, 1377 — Florença, 1446) foi um arquiteto e escultor renascentista. Começou a vida como ourives e foi, posteriormente, um arquitecto, o pioneiro desta arte na Renascença. Entrou para a história ao concluir a Santa Maria del Fiore, em Florença, uma das primeiras catedrais em estilo renascentista. • Paolo dal Pozzo Toscanelli (Florença, 1397 — Florença, 10 de Maio de 1482) foi um matemático, astrónomo e geógrafo italiano. Terá influenciado Cristóvão Colombo na formação do seu projecto de atingir o Extremo Oriente viajando para ocidente a partir da costa atlântica europeia. • Donato di Niccoló di Betto Bardi, chamado Donatello (Florença, c.1386- 13 de dezembro de 1466) foi um escultor renascentista italiano. Trabalhou em Florença, Prato, Siena e Pádua, recorrendo a várias técnicas para a confecção de esculturas em baixo-relevo (tuttotondo, stiacciato) com o uso de materiais diversos.
  • 33. Igreja Santa Maria del Fiori. Cúpula. 1420- 1436.
  • 34. •Criação da Casa das Índias em Lisboa (Portugal) e da Casa de Contratación em Sevilha (Espanha) como fundos de conhecimento sobre o Novo Mundo (mapas, cartas, relatos, pinturas etc.). •Escola de treinamento de navegadores (piloto mayor Américo Vespúcio e Sebastião Cabot). •As novas universidades: Wittenberg (1502), Alcalá (1508) – famosa pela Bíblia poliglota de 1514-17 - , Lieden (1575 - Política e História – Justus Lipsius) e Louvain (1575 - calvinista).
  • 35. •Criação de cátedras de retórica em Louvain e Salamanca. •Criação de lectureships em História em Oxford e Cambridge no início do século XVII. •Infiltração gradual nas universidades para influenciar os regimentos e os currículos.
  • 36. •Wittenberg, fundada em 1502, em linhas tradicionais por professores vindos de Leipiz e Tünbingen abrigou muitos humanistas e foi onde Lutero deu aulas e iniciou a Reforma (1517), quando a nova instituição tinha apenas 15 anos (logo, mais propicia a inovações). •Leiden torna-se um centro de estudo de línguas, história e política. A História estava a cargo de importante humanista Justus Lipsius.