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11 TÉCNICAS DE TERAPIA
COGNITIVo-COMPORTAMENTAL
MAIS UTILIZADAS
e-book
CONTEÚDO
INTRODUÇÃO
O QUE FAZ O TERAPEUTA
COGNITIVOCOMPORTAMENTAL
QUAIS SÃO AS TÉCNICAS MAIS UTILIZADAS PELO
5TERAPEUTA COGNITIVO-COMPORTAMENTAL
• PSICOEDUCAÇÃO
• REGISTRO DE PENSAMENTOS DISFUNCIONAIS
• QUESTIONAMENTO SOCRÁTICO
• TÉCNICAS DE EXPOSIÇÃO
• DESSENSIBILIZAÇÃO SISTEMÁTICA
• TÉCNICAS DE RELAXAMENTO
• TÉCNICAS DE HABILIDADES SOCIAIS
• ENFRENTAMENTO DO ESTRESSE
• ESPECTADOR OU OBSERVADOR DISTANTE
• TROCA DE PAPÉIS
• PARADA DO PENSAMENTO E AUTOINSTRUÇÃO
DE QUE FORMA ESSAS TÉCNICAS CONTRIBUEM
PARA O PROGRESSO DO TRATAMENTO?
COMO IDENTIFICAR A NECESSIDADE DE UTILIZAÇÃO
DE UMA TÉCNICA ESPECÍFICA?
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INTRODUÇÃO
Entre as abordagens existentes na Psicologia, as
técnicas de terapia cognitivo-comportamental se
destacam por apresentar ótimos resultados tanto
na prática clínica quanto em outras áreas de
atuação.
Sua base científica e suas estratégias de
intervenção direta sobre os problemas são
aspectos muito atrativos tanto para o profissional
quanto para quem busca a terapia.
Entretanto, muitas vezes, a faculdade não é
suficiente para o aprofundamento clínico.
Isso faz com que alguns psicólogos recém-
formados busquem mais informações sobre a
atuação nesse campo com TCC em cursos de
pósgraduação ou mesmo em leituras
independentes sobre o assunto.
Você é um deles? Quer saber mais sobre a
utilização da TCC nos atendimentos de Psicologia
clínica?
Então, continue a leitura deste post para conhecer
as técnicas de terapia cognitivo-comportamental e
saber como trabalhar com essa abordagem no
consultório!
3
TCC é uma abordagem clínica, ou seja, é uma das
teorias que podem basear o atendimento
psicoterapêutico.
Ela se destaca por sua base científica — os
precursores da terapia cognitivo-comportamental
partiram do método científico e consideraram os
conhecimentos sobre comportamento e
neurociência.
O primeiro objetivo dele é conhecer quais foram
os problemas que levaram a pessoa a buscar
terapia e entender quais pensamentos, emoções e
comportamentos estão envolvidos nessas
situações.
O foco da terapia são as dificuldades vivenciadas
nessa relação entre emoção, pensamento e
comportamento. Assim, são feitas
intervenções diretas para a modificação de
aspectos disfuncionais e a sua substituição por
processos mais saudáveis.
O QUE FAZ O TERAPEUTA
COGNITIVO-COMPORTAMENTAL
4
Por isso, as técnicas de terapia cognitivo-
comportamental são partes fundamentais da
atuação na clínica. Essas partcularidades fazem
com que a TCC ofereça resultados mais rápidos e
efetivos.
Dessa forma, ela tem sido muito indicada para
tratar distúrbios como ansiedade, depressão,
transtorno alimentar, entre outros.
Também é bastante procurada por pessoas que
querem superar medos ou melhorar suas
habilidades sociais.
5
Depois de fazer a identificação dos problemas e
compreender o que está por trás deles, o
terapeuta cognitivo -comportamental faz uso das
técnicas de intervenção.
Para isso, ele considera tanto as particularidades
das demandas quanto o grau de sofrimento do
paciente. Conheça a seguir algumas das técnicas
mais utilizadas na TCC.
QUAIS SÃO AS TÉCNICAS MAIS
UTILIZADAS PELO TERAPEUTA
COGNITIVO-COMPORTAMENTAL?
6
Essa técnica se baseia na explicação de questões
importantes do tratamento
psicológico ao paciente. Ela deve ser feita da
forma mais simples e didática possível, de acordo
com a linguagem de cada pessoa.
A psicoeducação trata tanto de dados sobre o
diagnóstico quanto de explicações sobre as
atividades que são utilizadas durante as
sessões.Realizar a psicoeducação traz bons
resultados na adesão da pessoa à terapia, pois
oferece informações relevantes para que ela se
envolva no tratamento ativamente.
Além disso, a técnica contribui também para
diminuir a ansiedade do paciente diante de um
diagnóstico difícil ou mesmo do desafio de fazer
terapia. Essa é uma estratégia muito utilizada
também na Psicologia hospitalar.
PSICOEDUCAÇÃO
1
7
Algumas pessoas são
encaminhadas ao psicólogo depois
de serem identificadas com algum
transtorno emocional, como a síndrome
do pânico ou o transtorno obsessivo-compulsivo
(TOC).
Muitas vezes, esses pacientes chegam à terapia
com poucas informações sobre o problema que
enfrentam. Assim, a postura do terapeuta
cognitivo-comportamental faz toda a diferença no
acolhimento que eles recebem e na perspectiva
de melhora que podem ter.
8
Essa é outra atividade muito comum na terapia
cognitivocomportamental.
Como o foco da abordagem é a relação entre
pensamento e comportamento, é essencial
identificar os elementos disfuncionais.
Ao utilizar essa técnica, o terapeuta pede que o
paciente registre os pensamentos desagradáveis
que surgem em determinadas situações.
Por exemplo, se a pessoa tem fobia social, ela
deve escrever o que pensa quando está com
medo ou ansiosa diante da possibilidadede se
expor.
REGISTRO DE
PENSAMENTOS
DISFUNCIONAIS
2
9
Algumas vezes, também é pedido que se
registrem sentimentos, reações físicas e
comportamentos envolvidos na situação. Essa
tarefa ajuda o paciente a tomar consciência de si.
O registro de pensamentos disfuncionais tem
diversas utilidades na clínica. A primeira delas é
para que o paciente se dê conta do que pensa e
sente quando enfrenta um problema, já que, em
muitos casos, as pessoas reagem de forma
automática e não conseguem entender asituação.
Além disso, o terapeuta faz uso desse registro
para encaminhar as sessões e utilizar outras
técnicas que auxiliem no processo de modificação
dos padrões negativos.
10
Essa também é uma das técnicas de terapia
cognitivo-comportamental mais utilizadas.
A atuação clínica da TCC se baseia bastante no
questionamento socrático.
Na prática, isso significa que o terapeuta vai fazer
uma série de perguntas com o objetivo de ajudar o
paciente a aprofundar sua compreensão sobre os
próprios pensamentos.
Como falamos, muitas pessoas se comportam de
forma automática, sem perceber os pensamentos
e emoções que estão por trás disso.
Na terapia, o paciente é colocado diante de
perguntas que aprofundam a reflexão e o fazem
pensar sobre as relações complexas que a mente
dele estabelece. Assim, é possível perceber e
modificar distorções cognitivas.
QUESTIONAMENTO
SOCRÁTICO
3
11
A função do psicólogo não é oferecer respostas ou
direcionar a forma como as pessoas pensam e se
comportam.
Ao fazer perguntas, ele constrói possibilidades
para que os pacientes compreendam melhor seus
pensamentos e tomem suas próprias decisões.
Com essa técnica, os elementos disfuncionais
podem ser questionados e colocados em xeque.
12
As técnicas de terapia cognitivo-comportamental
são muito eficientes para intervir diretamente em
problemas específicos, como fobias. Esse é o
caso das atividades de exposição, que podem ser
utilizadas para tratar medos e traumas que limitam
a vida do paciente.
É muito comum que pessoas procurem terapia por
terem um medo excessivo. Na maioria das vezes,
isso acontece pela generalização da ansiedade
vivenciada em determinada situação.
Por exemplo, alguém que ficou preso em um
elevador há alguns anos pode enfrentar muita
dificuldade em se expor a essa realidade de novo.
Quando o medo atrapalha a vida do paciente —
caso ele deixe de lado momentos de trabalho ou
lazer por não conseguir encarar o elevador, por
exemplo, a questão precisa ser mediada na
terapia.
As técnicas de exposição são muito úteis para a
resolução do problema, pois transportam a pessoa
para o que lhe causa ansiedade, ao mesmo tempo
em que a ensina modos de controlar as emoções
negativas e lidar com a situação de outra forma.
TÉCNICAS DE
EXPOSIÇÃO
4
13
Essa atividade é um tipo de técnica de exposição
muito utilizada no tratamento de fobias e síndrome
do pânico.
Ela consiste em expor a pessoa aos elementos
que lhe causam medo de maneira gradual, segura
e guiada pelo terapeuta. Ao fazer isso na terapia,
o paciente tem a possibilidade de substituir os
sentimentos de tensão por relaxamento.
A exposição, nesse caso, não é física. Em geral, o
terapeuta conduz o paciente na sua imaginação.
Enquanto pensa na fonte de ansiedade, ele coloca
em prática as técnicas de relaxamento que
aprendeu. Quando já estiver mais seguro, a
pessoa pode repetir esse exercício em sua rotina
fora da clínica.
Nos últimos anos, tem crescido muito o número de
casos de transtornos ligados à ansiedade ou ao
medo, como o transtorno de ansiedade
generalizada.
As pessoas que têm esse problema e vivenciam
situações de crise enfrentam muita dificuldade
para conseguir acalmar as emoções e pensar
racionalmente nos momentos extremos.
DESSENSIBILIZAÇÃO
SISTEMÁTICA
5
14
O paciente ansioso ou com crise de pânico vive
situações de medo extremo e sofre de sintomas
físicos, como falta de ar, taquicardia, tremores no
corpo e agitação psicomotora.
As técnicas de relaxamento são usadas durante a
terapia e servem como aprendizado para que a
pessoa conquiste o autocontrole em períodos
críticos.
O terapeuta cognitivocomportamental ajuda o
paciente a respirar pausadamente, seguindo
determinados ritmos para aumentar a oxigenação
do corpo e regularizar as sensações.
Além disso, as técnicas de relaxamento muscular são
úteis para potencializar a percepção de si durante a
crise, aumentar a concentração e gerar sentimento de
bem-estar, diminuindo, assim, a tensão.
TÉCNICAS DE
RELAXAMENTO
6
15
Essas também estão entre as técnicas de terapia
cognitivocomportamental mais usadas. Não é
difícil entender os motivos quando consideramos o
quanto nossa sociedade expõe as pessoas ao
julgamento de outras.
Muitos pacientes procuram terapia para tratar a
timidez ou o pavor vivido em situações de
exposição social.
Essa dificuldade atrapalha a vida em muitos
aspectos, distanciando o sucesso em avaliações
educacionais ou em situações de trabalho, por
exemplo.
Assim, é um problema que precisa ser tratado o
quanto antes, pois costuma trazer consequências
mais sérias na vida adulta.
O terapeuta da abordagem cognitivo-
comportamental é capacitado para ajudar a
pessoa a desenvolver mecanismos de superação
da timidez por meio do treino de habilidades
sociais em terapia individual ou de grupo.
TÉCNICAS DE
HABILIDADES SOCIAIS
7
16
Ele consiste em simular cenários
na relação com o terapeuta para
que o paciente consiga desenvolver
e expressar competências sociais
primeiro na clínica e depois na sua rotina.
Além de casos de fobia social, essa técnica
também é muito válida para pacientes que
enfrentam dificuldade em desenvolver aspectos
como empatia e capacidade de comunicação.
Muitas pessoas têm dificuldade para expressar
suas emoções de forma eficiente — algumas
choram ao primeiro sinal de uma conversa mais
tensa, por exemplo. Assim, as técnicas não
servem apenas para ter mais segurança ao falar
em público, mas também para iniciar e concluir
diálogos particulares ou íntimos.
17
Muitos pacientes estão expostos a situações
estressantes e não conseguem mobilizar esforços
saudáveis para lidar com as emoções geradas
nesses momentos.
É preciso construir estratégias de enfrentamento
quando o contexto externo apresenta poucas
possibilidades de mudança para a diminuição da
sobrecarga.
Essa pode ser a realidade de profissionais com
alto nível de estresse ou de pessoas que precisam
cuidar de entes queridos doentes.
Podem ser desenvolvidas estratégias voltadas ao
problema, como modificar o evento estressor,
realizar atividade física ou aumentar as horas de
descanso para diminuir a tensão e encontrar
alternativas de enfrentamento.
Podem ser desenvolvidas estratégias voltadas ao
problema, como modificar o evento estressor,
realizar atividade física ou aumentar as horas de
descanso para diminuir a tensão. Também existem
aprendizagens voltadas às emoções, com objetivo
de controlar as respostas negativas às situações
externas que não podem ser modificadas.
ENFRENTAMENTO
DO ESTRESSE
8
18
Muitas vezes, os pacientes têm grande dificuldade
em superar seus problemas por não conseguir
analisá-los de forma eficiente.
Afinal, para quem está vivendo uma situação
complicada, a solução pode parecer muito longe e
até mesmo impossível.
Um pensamento popular afirma que quem não
está passando pelo problema consegue enxergar
aspectos que a pessoa envolvida não vê. Você
provavelmente já ouviu alguém falar sobre isso,
não é?
De fato, é comum que a visão de amigos ou
familiares ajudem a ampliar as possibilidades e
encontrar caminhos para superação das
dificuldades.
ESPECTADOR OU
OBSERVADOR DISTANTE
9
19
Podemos dizer que a mediação do psicólogo
também se insere nesse cenário, especialmente
quando falamos da estratégia do espectador ou
observador distante.
Essa é uma das técnicas de terapia
cognitivocomportamental e consiste em estimular
que o paciente utilize sua imaginação para
visualizar seus problemas como se fossem uma
peça ou representação.
Ao fazer isso, é possível diminuir as reações
emocionais e proporcionar uma análise mais
lúcida das experiências de vida.
Como o paciente passa a narrar a situação como
se não acontecesse com ele, novas visões sobre
um mesmo acontecimento podem surgir, tornando
mais fácil driblar os obstáculos.
20
Essa é outra técnica que faz uso da imaginação
ou visualização criativa para proporcionar maior
tomada de consciência sobre determinadas
vivências — principalmente conflitos interpessoais.
Na troca de papéis, o terapeuta incentiva o
paciente a se colocar no lugar de outra pessoa,
tentando avaliar o contexto pelo ponto de vista
dela.
Assim, o paciente deve se manifestar na terapia
como se fosse essa pessoa, avaliando o que ela
pensaria e o que falaria em relação ao conflito
existente.
Esse exercício pode ser muito útil no
desenvolvimento da empatia e na melhoria de
relações sociais.
Assim, é muito utilizado nos treinos de habilidades
sociais.
TROCA DE PAPÉIS
10
21
Há, ainda, outra estratégia clínica
relacionada a esses
aspectos — o role-playing.
O funcionamento dessa técnica é semelhante à da
troca de papéis, mas, nesse caso, a atividade vai
além da imaginação.
É feita uma espécie de simulação, em que o
terapeuta participa imitando o comportamento de
uma pessoa próxima ao paciente.
22
Controlar os próprios pensamentos e ações pode
ser uma tarefa muito complexa, principalmente
quando as pessoas apresentam alguma condição
que dificulta esse processo — como depressão,
ansiedade ou transtornos de personalidade.
Existem técnicas de terapia cognitivo-
comportamental que podem ajudar muito nesse
ponto.
Uma delas é a da parada do pensamento e
autoinstrução, em que o paciente é orientado a
identificar ideias que o fazem mal e dar um
comando de “pare” sempre que elas surgirem.
Como a TCC intervém na relação entre
pensamentos e comportamentos, essa é uma
maneira de identificar distorções cognitivas e
exercer maior autocontrole sobre elas, diminuindo
seus efeitos negativos.
PARADA DO PENSAMENTO
E AUTOINSTRUÇÃO
11
23
A utilização eficiente dessa estratégia traz ótimos
resultados, já que a pessoa aumenta a
consciência sobre o que pensa e exercita seu
poder de interromper e modificar os pensamentos.
Ela costuma ser utilizada, principalmente, em
casos relacionados à ansiedade e ao estresse
pós-traumático.
24
A abordagem cognitivo-comportamental acredita
que as crenças e pensamentos disfuncionais são
a base das dificuldades e transtornos do paciente.
Logo, as intervenções que o psicólogo utiliza
permitem superar esses problemas por meio da
reestruturação da cognição e do comportamento.
Ao passar por essas técnicas, o paciente
compreende a relação entre o que ele acredita,
sente e como se comporta.
É possível identificar as crenças distorcidas que
sustentam seu sofrimento e, então, questionar
esses pensamentos, fazendo com que cedam
espaço para cognições mais saudáveis. Com a
mudança nas representações mentais, as crenças
se tornam mais flexíveis e realistas.
Dessa forma, o paciente deixa de ser controlado
por pensamentos irracionais e conquista mais
equilíbrio emocional.
Como resultado, ele integrará com mais saúde
sua cognição, comportamento e emoções.
DE QUE FORMAESSAS
TÉCNICAS CONTRIBUEM PARA
O PROGRESSO DO TRATAMENTO?
25
O objetivo da terapia cognitivo-
comportamental não é apenas
fazer com que a pessoa melhore dos sintomas
que a fizeram procurar o psicólogo. Também
existe o propósito de instrumentalizar o paciente
com as técnicas a fim de que ele seja capaz de
mediar sozinho seus processos mentais no futuro.
Além disso, ele aprende a relaxar, a questionar os
próprios pensamentos e a se comportar de forma
mais saudável.
26
Com tantas técnicas de terapia cognitivo-
comportamental disponíveis, sua utilização pode
se tornar um desafio para o terapeuta.
Afinal, não basta somente conhecer as opções, é
preciso saber identificar a utilidade delas em cada
sessão, assim como perceber se o paciente está
em condições de trabalhar com elas.
Uma técnica pode perder sua validade e até
mesmo atrapalhar o processo terapêutico
caso não seja utilizada em um momento
adequado ou o paciente não consiga lidar
com ela.
Por isso, cabe ao terapeuta ter
conhecimento para entender quais
atividades são indicadas para a respectiva
situação, considerando, ainda, as
especificidades do atendimento (é diferente
atender adultos, crianças ou famílias, por
exemplo).
COMO IDENTIFICAR A
NECESSIDADE DE UTILIZAÇÃO
DE UMA TÉCNICA ESPECÍFICA?
27
Para desenvolver sua capacidade
de análise, é muito útil que, além
do que aprendeu na graduação em
Psicologia, o profissional busque
conhecimento em outras áreas.
Dominar a psicopatologia e os modelos
integrativos (biológico, cognitivo, comportamental
e social), por exemplo, é indispensável para um
bom terapeuta na TCC. Isso gera a necessidade
de estudar elementos da Psiquiatria e das
Ciências Cognitivas.
Por fim, é importante que o psicólogo construa um
bom vínculo com o paciente e observe com
atenção todo o processo clínico. Dessa forma, fica
mais fácil analisar as demandas e perceber
quando determinada técnica pode ser utilizada
para agregar à terapia.
Como você viu, a utilização das técnicas de
terapia cognitivocomportamental vai além de
saber quais são e como funcionam.
O psicólogo precisa de muito conhecimento e
responsabilidade para fazer um manejo clínico de
qualidade.
Para isso, além do conhecimento teórico, a
capacidade de compreender as demandas
trazidas pelos pacientes e a vivência de cada um
deles é fundamental.
28
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  • 1. 11 TÉCNICAS DE TERAPIA COGNITIVo-COMPORTAMENTAL MAIS UTILIZADAS e-book
  • 2. CONTEÚDO INTRODUÇÃO O QUE FAZ O TERAPEUTA COGNITIVOCOMPORTAMENTAL QUAIS SÃO AS TÉCNICAS MAIS UTILIZADAS PELO 5TERAPEUTA COGNITIVO-COMPORTAMENTAL • PSICOEDUCAÇÃO • REGISTRO DE PENSAMENTOS DISFUNCIONAIS • QUESTIONAMENTO SOCRÁTICO • TÉCNICAS DE EXPOSIÇÃO • DESSENSIBILIZAÇÃO SISTEMÁTICA • TÉCNICAS DE RELAXAMENTO • TÉCNICAS DE HABILIDADES SOCIAIS • ENFRENTAMENTO DO ESTRESSE • ESPECTADOR OU OBSERVADOR DISTANTE • TROCA DE PAPÉIS • PARADA DO PENSAMENTO E AUTOINSTRUÇÃO DE QUE FORMA ESSAS TÉCNICAS CONTRIBUEM PARA O PROGRESSO DO TRATAMENTO? COMO IDENTIFICAR A NECESSIDADE DE UTILIZAÇÃO DE UMA TÉCNICA ESPECÍFICA? 3 4 6 7 9 11 13 14 15 16 18 19 21 23 25 27
  • 3. INTRODUÇÃO Entre as abordagens existentes na Psicologia, as técnicas de terapia cognitivo-comportamental se destacam por apresentar ótimos resultados tanto na prática clínica quanto em outras áreas de atuação. Sua base científica e suas estratégias de intervenção direta sobre os problemas são aspectos muito atrativos tanto para o profissional quanto para quem busca a terapia. Entretanto, muitas vezes, a faculdade não é suficiente para o aprofundamento clínico. Isso faz com que alguns psicólogos recém- formados busquem mais informações sobre a atuação nesse campo com TCC em cursos de pósgraduação ou mesmo em leituras independentes sobre o assunto. Você é um deles? Quer saber mais sobre a utilização da TCC nos atendimentos de Psicologia clínica? Então, continue a leitura deste post para conhecer as técnicas de terapia cognitivo-comportamental e saber como trabalhar com essa abordagem no consultório! 3
  • 4. TCC é uma abordagem clínica, ou seja, é uma das teorias que podem basear o atendimento psicoterapêutico. Ela se destaca por sua base científica — os precursores da terapia cognitivo-comportamental partiram do método científico e consideraram os conhecimentos sobre comportamento e neurociência. O primeiro objetivo dele é conhecer quais foram os problemas que levaram a pessoa a buscar terapia e entender quais pensamentos, emoções e comportamentos estão envolvidos nessas situações. O foco da terapia são as dificuldades vivenciadas nessa relação entre emoção, pensamento e comportamento. Assim, são feitas intervenções diretas para a modificação de aspectos disfuncionais e a sua substituição por processos mais saudáveis. O QUE FAZ O TERAPEUTA COGNITIVO-COMPORTAMENTAL 4
  • 5. Por isso, as técnicas de terapia cognitivo- comportamental são partes fundamentais da atuação na clínica. Essas partcularidades fazem com que a TCC ofereça resultados mais rápidos e efetivos. Dessa forma, ela tem sido muito indicada para tratar distúrbios como ansiedade, depressão, transtorno alimentar, entre outros. Também é bastante procurada por pessoas que querem superar medos ou melhorar suas habilidades sociais. 5
  • 6. Depois de fazer a identificação dos problemas e compreender o que está por trás deles, o terapeuta cognitivo -comportamental faz uso das técnicas de intervenção. Para isso, ele considera tanto as particularidades das demandas quanto o grau de sofrimento do paciente. Conheça a seguir algumas das técnicas mais utilizadas na TCC. QUAIS SÃO AS TÉCNICAS MAIS UTILIZADAS PELO TERAPEUTA COGNITIVO-COMPORTAMENTAL? 6
  • 7. Essa técnica se baseia na explicação de questões importantes do tratamento psicológico ao paciente. Ela deve ser feita da forma mais simples e didática possível, de acordo com a linguagem de cada pessoa. A psicoeducação trata tanto de dados sobre o diagnóstico quanto de explicações sobre as atividades que são utilizadas durante as sessões.Realizar a psicoeducação traz bons resultados na adesão da pessoa à terapia, pois oferece informações relevantes para que ela se envolva no tratamento ativamente. Além disso, a técnica contribui também para diminuir a ansiedade do paciente diante de um diagnóstico difícil ou mesmo do desafio de fazer terapia. Essa é uma estratégia muito utilizada também na Psicologia hospitalar. PSICOEDUCAÇÃO 1 7
  • 8. Algumas pessoas são encaminhadas ao psicólogo depois de serem identificadas com algum transtorno emocional, como a síndrome do pânico ou o transtorno obsessivo-compulsivo (TOC). Muitas vezes, esses pacientes chegam à terapia com poucas informações sobre o problema que enfrentam. Assim, a postura do terapeuta cognitivo-comportamental faz toda a diferença no acolhimento que eles recebem e na perspectiva de melhora que podem ter. 8
  • 9. Essa é outra atividade muito comum na terapia cognitivocomportamental. Como o foco da abordagem é a relação entre pensamento e comportamento, é essencial identificar os elementos disfuncionais. Ao utilizar essa técnica, o terapeuta pede que o paciente registre os pensamentos desagradáveis que surgem em determinadas situações. Por exemplo, se a pessoa tem fobia social, ela deve escrever o que pensa quando está com medo ou ansiosa diante da possibilidadede se expor. REGISTRO DE PENSAMENTOS DISFUNCIONAIS 2 9
  • 10. Algumas vezes, também é pedido que se registrem sentimentos, reações físicas e comportamentos envolvidos na situação. Essa tarefa ajuda o paciente a tomar consciência de si. O registro de pensamentos disfuncionais tem diversas utilidades na clínica. A primeira delas é para que o paciente se dê conta do que pensa e sente quando enfrenta um problema, já que, em muitos casos, as pessoas reagem de forma automática e não conseguem entender asituação. Além disso, o terapeuta faz uso desse registro para encaminhar as sessões e utilizar outras técnicas que auxiliem no processo de modificação dos padrões negativos. 10
  • 11. Essa também é uma das técnicas de terapia cognitivo-comportamental mais utilizadas. A atuação clínica da TCC se baseia bastante no questionamento socrático. Na prática, isso significa que o terapeuta vai fazer uma série de perguntas com o objetivo de ajudar o paciente a aprofundar sua compreensão sobre os próprios pensamentos. Como falamos, muitas pessoas se comportam de forma automática, sem perceber os pensamentos e emoções que estão por trás disso. Na terapia, o paciente é colocado diante de perguntas que aprofundam a reflexão e o fazem pensar sobre as relações complexas que a mente dele estabelece. Assim, é possível perceber e modificar distorções cognitivas. QUESTIONAMENTO SOCRÁTICO 3 11
  • 12. A função do psicólogo não é oferecer respostas ou direcionar a forma como as pessoas pensam e se comportam. Ao fazer perguntas, ele constrói possibilidades para que os pacientes compreendam melhor seus pensamentos e tomem suas próprias decisões. Com essa técnica, os elementos disfuncionais podem ser questionados e colocados em xeque. 12
  • 13. As técnicas de terapia cognitivo-comportamental são muito eficientes para intervir diretamente em problemas específicos, como fobias. Esse é o caso das atividades de exposição, que podem ser utilizadas para tratar medos e traumas que limitam a vida do paciente. É muito comum que pessoas procurem terapia por terem um medo excessivo. Na maioria das vezes, isso acontece pela generalização da ansiedade vivenciada em determinada situação. Por exemplo, alguém que ficou preso em um elevador há alguns anos pode enfrentar muita dificuldade em se expor a essa realidade de novo. Quando o medo atrapalha a vida do paciente — caso ele deixe de lado momentos de trabalho ou lazer por não conseguir encarar o elevador, por exemplo, a questão precisa ser mediada na terapia. As técnicas de exposição são muito úteis para a resolução do problema, pois transportam a pessoa para o que lhe causa ansiedade, ao mesmo tempo em que a ensina modos de controlar as emoções negativas e lidar com a situação de outra forma. TÉCNICAS DE EXPOSIÇÃO 4 13
  • 14. Essa atividade é um tipo de técnica de exposição muito utilizada no tratamento de fobias e síndrome do pânico. Ela consiste em expor a pessoa aos elementos que lhe causam medo de maneira gradual, segura e guiada pelo terapeuta. Ao fazer isso na terapia, o paciente tem a possibilidade de substituir os sentimentos de tensão por relaxamento. A exposição, nesse caso, não é física. Em geral, o terapeuta conduz o paciente na sua imaginação. Enquanto pensa na fonte de ansiedade, ele coloca em prática as técnicas de relaxamento que aprendeu. Quando já estiver mais seguro, a pessoa pode repetir esse exercício em sua rotina fora da clínica. Nos últimos anos, tem crescido muito o número de casos de transtornos ligados à ansiedade ou ao medo, como o transtorno de ansiedade generalizada. As pessoas que têm esse problema e vivenciam situações de crise enfrentam muita dificuldade para conseguir acalmar as emoções e pensar racionalmente nos momentos extremos. DESSENSIBILIZAÇÃO SISTEMÁTICA 5 14
  • 15. O paciente ansioso ou com crise de pânico vive situações de medo extremo e sofre de sintomas físicos, como falta de ar, taquicardia, tremores no corpo e agitação psicomotora. As técnicas de relaxamento são usadas durante a terapia e servem como aprendizado para que a pessoa conquiste o autocontrole em períodos críticos. O terapeuta cognitivocomportamental ajuda o paciente a respirar pausadamente, seguindo determinados ritmos para aumentar a oxigenação do corpo e regularizar as sensações. Além disso, as técnicas de relaxamento muscular são úteis para potencializar a percepção de si durante a crise, aumentar a concentração e gerar sentimento de bem-estar, diminuindo, assim, a tensão. TÉCNICAS DE RELAXAMENTO 6 15
  • 16. Essas também estão entre as técnicas de terapia cognitivocomportamental mais usadas. Não é difícil entender os motivos quando consideramos o quanto nossa sociedade expõe as pessoas ao julgamento de outras. Muitos pacientes procuram terapia para tratar a timidez ou o pavor vivido em situações de exposição social. Essa dificuldade atrapalha a vida em muitos aspectos, distanciando o sucesso em avaliações educacionais ou em situações de trabalho, por exemplo. Assim, é um problema que precisa ser tratado o quanto antes, pois costuma trazer consequências mais sérias na vida adulta. O terapeuta da abordagem cognitivo- comportamental é capacitado para ajudar a pessoa a desenvolver mecanismos de superação da timidez por meio do treino de habilidades sociais em terapia individual ou de grupo. TÉCNICAS DE HABILIDADES SOCIAIS 7 16
  • 17. Ele consiste em simular cenários na relação com o terapeuta para que o paciente consiga desenvolver e expressar competências sociais primeiro na clínica e depois na sua rotina. Além de casos de fobia social, essa técnica também é muito válida para pacientes que enfrentam dificuldade em desenvolver aspectos como empatia e capacidade de comunicação. Muitas pessoas têm dificuldade para expressar suas emoções de forma eficiente — algumas choram ao primeiro sinal de uma conversa mais tensa, por exemplo. Assim, as técnicas não servem apenas para ter mais segurança ao falar em público, mas também para iniciar e concluir diálogos particulares ou íntimos. 17
  • 18. Muitos pacientes estão expostos a situações estressantes e não conseguem mobilizar esforços saudáveis para lidar com as emoções geradas nesses momentos. É preciso construir estratégias de enfrentamento quando o contexto externo apresenta poucas possibilidades de mudança para a diminuição da sobrecarga. Essa pode ser a realidade de profissionais com alto nível de estresse ou de pessoas que precisam cuidar de entes queridos doentes. Podem ser desenvolvidas estratégias voltadas ao problema, como modificar o evento estressor, realizar atividade física ou aumentar as horas de descanso para diminuir a tensão e encontrar alternativas de enfrentamento. Podem ser desenvolvidas estratégias voltadas ao problema, como modificar o evento estressor, realizar atividade física ou aumentar as horas de descanso para diminuir a tensão. Também existem aprendizagens voltadas às emoções, com objetivo de controlar as respostas negativas às situações externas que não podem ser modificadas. ENFRENTAMENTO DO ESTRESSE 8 18
  • 19. Muitas vezes, os pacientes têm grande dificuldade em superar seus problemas por não conseguir analisá-los de forma eficiente. Afinal, para quem está vivendo uma situação complicada, a solução pode parecer muito longe e até mesmo impossível. Um pensamento popular afirma que quem não está passando pelo problema consegue enxergar aspectos que a pessoa envolvida não vê. Você provavelmente já ouviu alguém falar sobre isso, não é? De fato, é comum que a visão de amigos ou familiares ajudem a ampliar as possibilidades e encontrar caminhos para superação das dificuldades. ESPECTADOR OU OBSERVADOR DISTANTE 9 19
  • 20. Podemos dizer que a mediação do psicólogo também se insere nesse cenário, especialmente quando falamos da estratégia do espectador ou observador distante. Essa é uma das técnicas de terapia cognitivocomportamental e consiste em estimular que o paciente utilize sua imaginação para visualizar seus problemas como se fossem uma peça ou representação. Ao fazer isso, é possível diminuir as reações emocionais e proporcionar uma análise mais lúcida das experiências de vida. Como o paciente passa a narrar a situação como se não acontecesse com ele, novas visões sobre um mesmo acontecimento podem surgir, tornando mais fácil driblar os obstáculos. 20
  • 21. Essa é outra técnica que faz uso da imaginação ou visualização criativa para proporcionar maior tomada de consciência sobre determinadas vivências — principalmente conflitos interpessoais. Na troca de papéis, o terapeuta incentiva o paciente a se colocar no lugar de outra pessoa, tentando avaliar o contexto pelo ponto de vista dela. Assim, o paciente deve se manifestar na terapia como se fosse essa pessoa, avaliando o que ela pensaria e o que falaria em relação ao conflito existente. Esse exercício pode ser muito útil no desenvolvimento da empatia e na melhoria de relações sociais. Assim, é muito utilizado nos treinos de habilidades sociais. TROCA DE PAPÉIS 10 21
  • 22. Há, ainda, outra estratégia clínica relacionada a esses aspectos — o role-playing. O funcionamento dessa técnica é semelhante à da troca de papéis, mas, nesse caso, a atividade vai além da imaginação. É feita uma espécie de simulação, em que o terapeuta participa imitando o comportamento de uma pessoa próxima ao paciente. 22
  • 23. Controlar os próprios pensamentos e ações pode ser uma tarefa muito complexa, principalmente quando as pessoas apresentam alguma condição que dificulta esse processo — como depressão, ansiedade ou transtornos de personalidade. Existem técnicas de terapia cognitivo- comportamental que podem ajudar muito nesse ponto. Uma delas é a da parada do pensamento e autoinstrução, em que o paciente é orientado a identificar ideias que o fazem mal e dar um comando de “pare” sempre que elas surgirem. Como a TCC intervém na relação entre pensamentos e comportamentos, essa é uma maneira de identificar distorções cognitivas e exercer maior autocontrole sobre elas, diminuindo seus efeitos negativos. PARADA DO PENSAMENTO E AUTOINSTRUÇÃO 11 23
  • 24. A utilização eficiente dessa estratégia traz ótimos resultados, já que a pessoa aumenta a consciência sobre o que pensa e exercita seu poder de interromper e modificar os pensamentos. Ela costuma ser utilizada, principalmente, em casos relacionados à ansiedade e ao estresse pós-traumático. 24
  • 25. A abordagem cognitivo-comportamental acredita que as crenças e pensamentos disfuncionais são a base das dificuldades e transtornos do paciente. Logo, as intervenções que o psicólogo utiliza permitem superar esses problemas por meio da reestruturação da cognição e do comportamento. Ao passar por essas técnicas, o paciente compreende a relação entre o que ele acredita, sente e como se comporta. É possível identificar as crenças distorcidas que sustentam seu sofrimento e, então, questionar esses pensamentos, fazendo com que cedam espaço para cognições mais saudáveis. Com a mudança nas representações mentais, as crenças se tornam mais flexíveis e realistas. Dessa forma, o paciente deixa de ser controlado por pensamentos irracionais e conquista mais equilíbrio emocional. Como resultado, ele integrará com mais saúde sua cognição, comportamento e emoções. DE QUE FORMAESSAS TÉCNICAS CONTRIBUEM PARA O PROGRESSO DO TRATAMENTO? 25
  • 26. O objetivo da terapia cognitivo- comportamental não é apenas fazer com que a pessoa melhore dos sintomas que a fizeram procurar o psicólogo. Também existe o propósito de instrumentalizar o paciente com as técnicas a fim de que ele seja capaz de mediar sozinho seus processos mentais no futuro. Além disso, ele aprende a relaxar, a questionar os próprios pensamentos e a se comportar de forma mais saudável. 26
  • 27. Com tantas técnicas de terapia cognitivo- comportamental disponíveis, sua utilização pode se tornar um desafio para o terapeuta. Afinal, não basta somente conhecer as opções, é preciso saber identificar a utilidade delas em cada sessão, assim como perceber se o paciente está em condições de trabalhar com elas. Uma técnica pode perder sua validade e até mesmo atrapalhar o processo terapêutico caso não seja utilizada em um momento adequado ou o paciente não consiga lidar com ela. Por isso, cabe ao terapeuta ter conhecimento para entender quais atividades são indicadas para a respectiva situação, considerando, ainda, as especificidades do atendimento (é diferente atender adultos, crianças ou famílias, por exemplo). COMO IDENTIFICAR A NECESSIDADE DE UTILIZAÇÃO DE UMA TÉCNICA ESPECÍFICA? 27
  • 28. Para desenvolver sua capacidade de análise, é muito útil que, além do que aprendeu na graduação em Psicologia, o profissional busque conhecimento em outras áreas. Dominar a psicopatologia e os modelos integrativos (biológico, cognitivo, comportamental e social), por exemplo, é indispensável para um bom terapeuta na TCC. Isso gera a necessidade de estudar elementos da Psiquiatria e das Ciências Cognitivas. Por fim, é importante que o psicólogo construa um bom vínculo com o paciente e observe com atenção todo o processo clínico. Dessa forma, fica mais fácil analisar as demandas e perceber quando determinada técnica pode ser utilizada para agregar à terapia. Como você viu, a utilização das técnicas de terapia cognitivocomportamental vai além de saber quais são e como funcionam. O psicólogo precisa de muito conhecimento e responsabilidade para fazer um manejo clínico de qualidade. Para isso, além do conhecimento teórico, a capacidade de compreender as demandas trazidas pelos pacientes e a vivência de cada um deles é fundamental. 28
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