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Um Grito de Loucura - as doenças silenciosas.pdf
Um Grito de Loucura
1
Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)
(Câmara Brasileira do Livro, SP. Brasil)
ISBN 978-65-00-95253-7 - 1ª- edição
Vilasboas, Duarte (Espírito)
Um Grito de Loucura – As doenças silenciosas / Duarte
Vilasboas (pela psicofonia do médium Arthur Ângelo), 2024.
1. Doutrina Espírita 2. Mediunidade 3. Depressão
Todos os direitos reservados.
Reprodução total ou de trechos deste livro serão
permitidos após autorização dos autores.
Um Grito de Loucura
2
Um Grito de Loucura
As doenças silenciosas
Espírito Duarte Vilasboas
Médium Arthur Ângelo
Moderador Olívio Cezar
2024
Um Grito de Loucura
3
Dedicatória
Esta obra é dedicada a todos nós, que sofremos das
denominadas doenças invisíveis como a ansiedade, a
depressão, a esquizofrenia, o Alzheimer, os múltiplos
transtornos mentais e aos nossos familiares, que
compartilham de nossos sofrimentos, ainda
necessários para o encontro do equilíbrio e da
felicidade.
Um Grito de Loucura
4
“Vinde a Mim todos vós que estais cansados e
fatigados sob o peso dos vossos fardos, e Eu vos darei
descanso. Tomai sobre vós o Meu jugo e aprendei de
Mim, porque Sou manso e humilde de coração, e vós
encontrareis descanso. Pois o Meu jugo é suave e o
Meu fardo é leve”.
(Mt 11,28-30)
Um Grito de Loucura
5
“Que o veio sólido do perdão esteja presente nas
nossas vidas ampliando a reverberação do amor.”
Duarte Vilasboas
“O conflito não é entre o Bem e o Mal, mas entre o
conhecimento e a ignorância.”
Buda
Um Grito de Loucura
6
Índice
Apresentando Duarte
Introdução
Prefácio
Capítulo 1 - A titularidade dos sentimentos
Capítulo 2 - A guerra nas Trevas
Capítulo 3 - Do final para o começo
Capítulo 4 - O veio sólido do perdão
Capítulo 5 - O paradoxo entre a cura e a loucura
Capítulo 6 - Violência estrutural
Capítulo 7 - Mediunidade e resgate
Capítulo 8 - O espectro do campo morfogenético
Capítulo 9 – O plasma dos pensamentos
Capítulo 10 – Domínio da mente
Capítulo 11 – Domínio do bem x materialismo
Capítulo 12 – Recomeço
Capítulo 13 – Deus conosco
Capítulo 14 – Um caso de obsessão complexa
Capítulo 15 – Despertar da consciência
Capítulo 16 – Semeando o presente
Capítulo 17 – Vícios
Capítulo 18 – Reverberação do campo harmônico
Um Grito de Loucura
7
Capítulo 19 – Necessidade versus realidade
Capítulo 20 – Receita para o desapego
Capítulo 21 – O espelho dos sentimentos
Capítulo 22 – A refração do espelho
Capítulo 23 – Religiões, uma panela de pressão
Capítulo 24 – O ruído da frustração
Capítulo 25 – Intenção versus necessidade
Capítulo 26 – O vício da dependência
Capítulo 27 – Universos paralelos
Capítulo 28 – Medo e ansiedade
Capítulo 29 – Compreendendo a rotina
Capítulo 30 – Organizando a rotina
Capítulo 31 – Engajamento e integração
Capítulo 32 – Ninguém solta a mão de ninguém
Capítulo 33 – Limitação versus necessidade
Capítulo 34 – Mnvyt
Capítulo 35 – Células de Misericórdia
Capítulo 36 – Paz e libertação
Capítulo 37 – A chave da concretização: olhe com outros olhos
Capítulo 38 – Epílogo
Um Grito de Loucura
8
Apresentando Duarte
Duarte Vilasboas foi pastor evangélico em meados do
século 20, vivendo no Rio de Janeiro. Casado, pai de 2 filhos,
afastou-se da família e acabou desencarnando após a amputação
das pernas devido à diabete. Chegou muito debilitado no Umbral
Grosso 1
e lá viveu por muitos anos, até ser resgatado pelos
samaritanos de Aruanda 2
. Apesar da condição precária em que se
encontrava, buscou aplicar os ensinamentos de Jesus naquele
lugar de desespero, sempre ajudando outros espíritos sofredores.
Sua saga na busca pelo resgate da família e de si mesmo
está no livro “Os Planos Sutis ao Redor da Terra” em coautoria
com outros espíritos que vivem naquela cidade ecumênica. Sua
recuperação perispiritual, com a intervenção do Dr. Bezerra de
Menezes, ocorreu no Hospital Esperança 3
, instituição onde
também passou a conviver.
Atualmente, na condição de mentor, trabalha em casas
espíritas e espiritualistas no resgate de espíritos sofredores e na
orientação aos encarnados pelo atendimento fraterno, em
parceria com o espírito Danilo Codegroza.
Sua aparência é de um preto velho, magro e de cabelos
grisalhos, se comunicando sempre com humildade e com muita
paciência para ouvir e repassar seus conselhos e conhecimentos,
como poderá ser verificado no decorrer deste livro.
Suas palavras sempre nos encorajam para enfrentarmos
nossas dificuldades e traumas, incentivando a reforma íntima e o
auto-perdão, à luz da eterna mensagem de Jesus.
Em suas comunicações, sempre usa o termo – Glória a
Deus – que praticava constantemente em suas pregações na
Assembleia de Deus, na última encarnação.
1
O Umbral Grosso é a última "camada" do astral da Terra, região densa que ocupa
um espaço invisível aos nossos sentidos.
2
Populosa cidade espiritual, localizada no Umbral Médio, entre a África e a
América do Sul.
3
Hospital espiritual localizado na região astral de Uberaba, fundado por Eurípedes
Barsanulfo em 1920.
Um Grito de Loucura
9
Introdução
A ressignificação é uma palavra forte e poderosa, que se
bem aplicada, é capaz de ajudar uma pessoa a enxergar e
conduzir sua vida de uma maneira totalmente
diferente. Ressignificar é dar outro significado, ou seja, outro
sentido a algum acontecimento, principalmente ao se referir a
algo negativo. Ressignificar é transformar o que nos parece ruim
em algo agradável. É ter múltiplos olhares, perceber outros
pontos de vista, outros ângulos, dar um novo sentido a alguma
coisa, transformar uma experiência ruim em uma força motriz
que nos leve a algo positivo.
Este livro aborda a ressignificação das chamadas
doenças silenciosas, como a depressão, a esquizofrenia e o
Alzheimer que podem facilmente nos levar aos caminhos da
loucura e do suicídio.
A depressão pode ser analisada sob o aspecto clínico
como uma doença crônica, com sintomas psíquicos (humor
depressivo, desmotivação, desânimo, diminuição da concentração
e do raciocínio), sintomas fisiológicos (alterações do sono, do
apetite e do interesse sexual) e alterações de comportamento
(crises de choro, retraimento social, agitação, movimentos
comprometidos, autoflagelamento).
Atualmente ocupa o 2º lugar no mundo como problema
mental, perdendo apenas para os transtornos ansiosos e
representa 30% de todas as consultas médicas em qualquer
especialidade. É uma doença muito frequente (2 a 19% da
população) e tende a aumentar progressivamente ao longo dos
próximos anos. Segundo a OMS (Organização Mundial da Saúde),
desde 2020 a depressão já é a segunda causa de incapacitação
social, só perdendo para as doenças coronarianas. Precisamos
compreender suas causas mais profundas e as possibilidades
terapêuticas mais eficazes, entendendo-a claramente como uma
doença da alma.
Na abordagem espiritual a depressão pode ter origem
cármica (onde há um importante fator genético) e na vida
presente (causada por fatores ambientais, experiências de vida
pobres ou distorcidas escolhas). A obsessão espiritual também
Um Grito de Loucura
10
causa a depressão, com espíritos obsessores atuando
diretamente no material genético, seja no momento da
fecundação (na escolha do óvulo e do espermatozoide), na
mutação do zigoto, provocando a predisposição à depressão ou
posteriormente, na vida do indivíduo, aumentando a sua carga de
estresse.
Ela também pode se instalar a partir de um processo
auto-obsessivo, quando ocorre uma situação de rebeldia ou
resistência do espírito, cuja energia destrutiva é voltada contra si.
Apesar do avanço da tecnologia moderna, que
proporciona conforto e bem estar, a humanidade permanece
carente dos valores espirituais, da fé e da confiança em Deus,
mergulhando em consumismo desenfreado, na busca de “ter”
cada vez mais, se esquecendo da necessidade de “ser” feliz
através do cultivo da harmonia interior.
Para o tratamento da depressão e seus desdobramentos,
a doutrina espírita oferece diversos recursos, que se iniciam com
uma maior compreensão de Deus e de Suas Leis. A simples
constatação da existência de Deus já alivia e conforta o homem,
sustentando sua esperança, para encontrar sua força interior e
combater os sintomas depressivos.
“Orar é identificar-se com a maior fonte de
poder de todo o universo, absorvendo-lhe as reservas”.
Emmanuel (Pensamento e vida, psicografia de Chico Xavier).
Nas obras psicografadas pelo grande médium, o Espírito
André Luiz, se referiu à técnica da fluidoterapia (passes e água
fluidificada) como sendo “uma transfusão de energia alterando o
campo celular”. Através da mediunidade, o paciente deprimido
também pode receber esclarecimento e tratamento
desobsessivo. Considerando que a obsessão é um processo de
sintonia mental e que o paciente com crise depressiva se
encontra com a estrutura emocional e os pensamentos
desequilibrados e distorcidos, este tratamento atenua a
depressão.
Finalmente, os trabalhos de auxílio fraterno aos
necessitados oferecem tarefas de aprendizado e o contato com a
Um Grito de Loucura
11
dor do outro pode nos sensibilizar, dando-nos a verdadeira
dimensão do nosso mal. Estas atividades podem despertar o
deprimido, fazendo com que modifique seu comportamento.
Olívio Cezar
Moderador
Um Grito de Loucura
12
Prefácio
Um Grito de Loucura - um grito aos loucos. Porque aos
loucos? Louco é aquele que decide se distanciar de sua missão.
Louco é aquele que profere inverdades contra si mesmo. Louco é
aquele que maltrata a si próprio. Na frase: Tu és louco 4
identificamos essa mensagem.
Nosso objetivo nesse livro é abordar essa loucura, na
busca da ressignificação da pureza e do amor. Respeitar todas as
chagas é entender a dor do outro de forma compassiva, vendo
nele nosso semelhante, agregando a essa dor nossa capacidade
de empatia para absorver e aceitar suas necessidades.
Hoje, o mundo lentamente desperta seu interesse para
tratar as chamadas doenças silenciosas. Dentre elas, a ansiedade,
a depressão, a esquizofrenia e a loucura, que culminam no
suicídio. Observando essas doenças silenciosas, adentramos a
realidade da rota da somatização das dores, como por exemplo, o
uso das drogas para anestesiar os sentidos. O vício nos induz à
culpa e esta aos conflitos psicossomáticos. O auto-perdão se inicia
a partir da quebra de um vínculo nefasto, mas na ausência do
perdão, é através da culpa que somatizamos a ideia que mais
mancha nossos pensamentos para com nossos irmãos através da
fascinação. Tudo começa com uma turva mistura de pensamentos
que no decorrer do tempo se vinculam com as incertezas nos
levando à dúvida, à ansiedade e finalmente à depressão.
Nosso foco é prevenir que tudo isso aconteça,
evidenciando a necessidade da reforma íntima, pois torna-se
muito difícil recuperar aquilo que se perdeu por completo.
Quando chegamos para algum atendimento socorrista junto a
alguém em depressão e verificamos que essa pessoa já não possui
mais seu próprio alicerce psicológico para se recuperar,
precisamos ajudá-la a recriar um novo alicerce, um novo conceito
do amor.
4
Contida nos Evangelhos, no sentido de insensatez.
Um Grito de Loucura
13
A missão deste nosso despretensioso trabalho é ajudar
as pessoas a reencontrarem o amor - o amor perdido, o amor
esquecido, lembrando que, assim como numa construção se
busca a rocha mais forte, no acesso ao registro akáshico 5
podemos identificar novas possibilidades para o caminho do
amor.
Nos estudos de caso que vamos abordar, usaremos os
recursos das próprias lembranças de vidas passadas das
personagens envolvidas em nossa narrativa, através da hipnose.
Estudaremos o drama daqueles que se perderam em diversas
reencarnações sob a mesma trilha do erro, conceituando-o como
uma decepção através do sentimento. Serão momentos difíceis,
abordando situações delicadas, sempre sujeitas à análise e
discussão com o respeito e a ética que o assunto merece.
A amabilidade é a condição fundamental para
desenvolver esse trabalho. Durante a narrativa, a solução sempre
virá nos capítulos seguintes, com uma história se conectando à
outra e no limiar do final com seu desdobramento no plano astral.
Seguindo esse raciocínio, verificamos que todos os
envolvidos se perderam no cumprimento da programação
reencarnatória. O condicionamento de certas habilidades
adquiridas pelo espírito culmina em vícios que o complicam na
jornada evolutiva. Sobre isso, vamos citar o exemplo daquele ser
que era um guerreiro no passado e manteve a força e a violência
dentro de si. Na próxima vida ainda busca sua realização como
soldado e entre os vários canais reencarnatórios, a possibilidade
da diagramação do mesmo caminho se torna facilitada através do
pensamento intrínseco em se realizar através de uma atividade
bélica, negando a existência do próximo como um irmão em
Cristo. As relações afins desse espírito formarão os cordões
energéticos 6
que definirão os encontros que teve ao longo de
muitas vidas.
5
Os Registros Akáshicos são os arquivos de todas as informações de nossas vidas
passadas. Memória viva de tudo o que foi vivenciado em nossas existências.
6
Cordões energéticos são fios astrais que conectam duas ou mais pessoas. Temos
os cordões luminosos que unem pessoas pelo amor e temos os cordões tóxicos
que unem as pessoas que têm relacionamentos conflituosos e destrutivos.
Um Grito de Loucura
14
A ideia primária contida no inconsciente através desses
cordões tenderá a levá-lo para um caminho de luz, mas se este for
rejeitado ele excluirá a razão e buscará na emoção os caminhos
tortuosos.
Esse guerreiro retorna como um soldado e torna-se
agora um assassino e o que se repete no meio dessas três
reencarnações? A violência, refletindo o patrimônio da realidade
vivida. Nessas reencarnações, o despertar espiritual ainda não
aconteceu, pois a sua estrutura mental se apoia no
acobertamento dos erros. Apesar de o cordão energético forçá-lo
a seguir evoluindo, seu livre arbítrio optará pela guerra, objeto de
seus desejos.
Com essa escolha, retorna em nova vida como assassino
de si mesmo, somatizando os cordões energéticos e tornando-se
co-dependente das drogas. Seguindo sua trajetória
reencarnatória, nos deparamos com mais um suicídio na vida
subsequente, fugindo do sofrimento, resultante de uma vida
desregrada.
Naturalmente que o apoio do Alto sempre existirá para
este ser que adentra o plano espiritual através do suicídio pela
segunda vez e então é proporcionada a ele a oportunidade de
reencarnar em um corpo defeituoso, que ainda mantém a
necessidade da violência, conectando-se a cordões energéticos
deletérios emitidos pela frequência vibratória de encarnados e
desencarnados. A somatização desse campo conduz à
esquizofrenia, seu cérebro sente compulsivamente surtos
emocionais e o leva mais uma vez ao suicídio.
A partir desse ponto, não há mais opção de escolha e o
determinismo divino atua levando-o a uma reencarnação
compulsória, mas ainda ligada ao mundo das Trevas. Nesta sétima
reencarnação, os traumas de infância se refletem na vida adulta,
levando esse ser a viver nas ruas, sem obrigação ou condições de
se ajustar ao sistema social. Absorvendo o desespero dessa
situação, a somatização do ódio acumulado nas vidas anteriores
mal aproveitadas cria uma redoma que o envolve nos braços do
Mal, obrigando-o a perpetuar o mal dentro de si e reverberá-lo a
todos que estão próximos. Esse espírito carrega em si as ligações
Um Grito de Loucura
15
dos cordões energéticos das doenças invisíveis e já está
comprometido com os Magos Negros, sendo usado como
instrumento de fascinação, irradiando rancor e maldade de forma
extrema.
A inveja, a raiva e o ódio tão intrínsecos, tornaram
aquele ser alguém difícil de ser ajudado. Desta vez, desencarna
por overdose e depois de muitos anos no Umbral Grosso, se
transforma em vampiro. A semente do amor foi plantada naquele
ser desde sua criação, mas infelizmente o mal estava nele de
forma tão intrínseca que a realidade da dor e do sofrimento
ocupou toda a sua mente.
Muito tempo depois, foi acolhido numa sessão
mediúnica e levado para tratamento no Hospital Esperança, mas
foge de lá várias vezes até que finalmente percebe que não pode
suportar mais aquela condição de sofrimento e acaba voltando
definitivamente.
O drama desse espírito nos levou a um passado anterior
à era cristã. Pela aplicação da hipnose nos ambulatórios do
Hospital Esperança, obtivemos sua regressão de memória ao
momento em que os magos incutiram em sua mente o paradigma
de que não havia nenhum problema em matar, que não existia
nada de errado com esse ato. Ele tinha o livre arbítrio e, portanto,
assumiu a culpa pela decisão errada e sua vida tomou um rumo
diferente, que no futuro traria o complexo da culpa e a
necessidade da ressignificação.
A culpa é o braço direito do perdão, pois para
que este aconteça é preciso aceitá-lo como objeto de
tratamento. Ele vem inicialmente na forma de auto-
perdão, reverberando o alicerce do amor, pois somente
se perdoando você se torna capaz de se amar e
encontrar uma base sólida para se reformar.
Nessa reforma, a culpa é ressignificada e como numa
bandeira flamejante, se estira ao pilar do amor. Refletindo
sempre o perdão, essa bandeira contempla a influência dos
cordões energéticos reverberando o sentimento do amor que
Um Grito de Loucura
16
volta a colorir a vida, convidando-o para a inevitável reforma
íntima.
- Se a vida perde suas cores é necessário explicar
novamente o que cada cor representa para que o Espírito
recupere sua capacidade de enxergar. Quando um cego de
nascença começa a ver, como ele vai identificar as cores se você
não explicar?
- Dentre as várias linhas de ressignificação o que
aconteceu com esse vampiro?
- A culpa, inserida em sua memória pela interferência de
uma entidade do mal, o tornou incapaz de se abrir a uma
ressignificação induzindo-o à regressão para a fase ovoide 7
.
- Nesse caso, vamos usar um exemplo - um Mago Negro 8
encontra um vampiro que se mostra arredio e não aceita ser
subjugado. O que faz o Mago Negro?
- Adentra um pensamento hipnótico de culpa reduzindo-
o a um ovoide e submetendo-o à sua vontade. Mas a
evidencialização da culpa, consequentemente trará uma visão de
volta ao passado e a ressignificação permitirá encontrar uma
forma de cuidar desse erro.
No caso em questão ele renasceu como uma criança já
com muita mediunidade, acelerando a necessidade inconsciente
de fazer o bem.
Um Grito de Loucura é um grito de alerta aos
desesperados.
Desesperados pela ação do tempo, resgatando em si um
conhecimento esquecido, um desejo por mudança, mas também
um grito de basta, de reconhecimento da culpa e sua
ressignificação. Aquele que só vê o problema deixa passar os
7
Espíritos que entraram num estado de perturbação tão profunda, que perderam
a consciência de sua natureza humana e regrediram a forma de seu perispírito
para um ovo.
8
São entidades milenares especializadas em manipulação de fluídos da natureza
e exímios conhecedores das leis que os regulam com fins maléficos.
Um Grito de Loucura
17
detalhes que definem o futuro, o presente e o passado, mas
aquele que anseia por melhorar, enxerga no problema o início da
solução.
Duarte Vilasboas
Um Grito de Loucura
18
Capítulo 1 – A titularidade dos sentimentos
Como começa um dogma 9
? Com a represália de um ser
induzindo o seu próximo a um paradigma. A vida se inicia
primeiramente no plano astral, influenciando diretamente o
plano físico.
Temos o exemplo de uma mãe que aprendeu a abraçar
seu filho e de outra que não consegue praticar este sentimento.
Surge então um dogma, um padrão, que gera uma aura vibratória
expressando a amabilidade e o sentimento no primeiro caso e
rejeição no segundo.
A partir desse conceito, ocorrem muitos
desdobramentos para as duas crianças, uma que recebeu muito
carinho e a outra, nenhum; uma que ouviu palavras amorosas e
outra apenas maledicência; a mãe que diz amar o filho e a que
não queria tê-lo. Nesse dogma de desafeto a segunda criança não
se sente representada pelo amor daquela pessoa que a colocou
no mundo e o vínculo afetivo já está rompido desde o
nascimento, formando uma personalidade distinta. Uma criança
encontrará no seio familiar uma resposta positiva para seu
desenvolvimento enquanto a outra irá procurar encontrar algum
significado para sua necessidade afetiva nas ruas, criando muitas
vezes um senso comum direcionado para a violência. Surge
então, um ser violento, que pratica essa atitude em suas
atividades rotineiras.
Estamos falando da personagem aludida no Prefácio, que
reflete no plano físico uma linha cronológica que já existia no
plano astral. Sob a influência do livre arbítrio inicia-se a
internalização de um ser violento, que escolhe uma família
também violenta para reencarnar. Um atrai o outro e nessa
permissibilidade, a violência passa a se tornar a única forma de
sobrevivência, situando este ser no caminho de pessoas violentas
no decorrer do tempo.
Criam-se os laços violentos que formam um dogma, um
preconceito, intimamente ligado ao lado mais inconsciente do
ser, numa sobreposição do pensamento e fazendo de sua vida
9
Podemos entender dogma como um preceito estabelecido.
Um Grito de Loucura
19
uma busca permanente pela violência. Desde o início da
caminhada evolutiva ele será um guerreiro, focado na violência,
agredindo e impondo sua vontade de vibração mais baixa, usando
a palavra e a força, gerando nas sucessivas reencarnações um laço
energético muito apropriado, substituindo sua carência
emocional não suprida pela necessidade de vingança.
Veja que são várias reencarnações refletindo a mesma
realidade, passando sucessivamente do astral para o físico,
sempre fomentado pela necessidade de expressar a violência.
Após três reencarnações este ser não terá mais vidas
programadas sendo obrigado a renascer compulsoriamente,
buscando o tratamento para a violência enraizada através das
gotas do amor divino e da dedicação dos pais. Contudo, o dogma
implícito no íntimo deste ser, torna-se a chave do bloqueio e
nasce então uma raiva a tudo e a todos, criando uma irreverência
ao sistema evolutivo, gerando padrões vibratórios de autodefesa,
como o racismo estrutural, situando o indivíduo como lixo,
criando a depressão.
Surge neste ser a doença silenciosa implícita, pois
querendo ou não ele vai sentir que sua vida não vale nada. Essa
mancha energética titulariza esses laços de afinidade com
pensamentos violentos, situando esse indivíduo como um agente
compulsório à dor. Essa somatória de sofrimento, dor, raiva e
violência culminam em um quadro depressivo. Esse sentimento
define uma carga energética resistente à dissolução, dificultando
a cura da depressão.
As densas vibrações da sociedade terrena colaboram,
incentivando pensamentos violentos, potencializando essa
somatização, levando o ser ao pânico da sobrevivência, que
decorre de todas as agressões sofridas, pois cada ser resulta da
somatória de seus traumas, imprimindo em sua indumentária
física seus desejos e meios de se expressar. Daí decorre seres com
olhares vazios, sem brilho pela vida.
No meio desse sofrimento, os dogmas e as barreiras da
evolução de cada ser definem o pragmatismo que dispara o
gatilho das emoções que se sobrepõem ao tempo, criando uma
associação ou dissociação aos traumas.
A assinatura energética de um assassinato somatiza-se
nos seus laços energéticos criando manchas nas futuras
Um Grito de Loucura
20
reencarnações. Essa pessoa, com depressão, pânico e carregando
as marcas espirituais de vários assassinatos torna-se
esquizofrênica.
O ser então renasce com predisposição para a
esquizofrenia, patologia que fomenta sua autodestruição. Com as
marcas dos dogmas e associações emocionais do próprio íntimo
criando defasagens no cérebro e disparando ligações emocionais,
perderá a lucidez, criando um mundo paralelo e intensificando
seus traumas.
Este ser viverá em um círculo de recordações de outras
vidas criando um processo psicótico, um estado em que,
dormindo se levanta semi acordado e começa a delirar, tendo
lembranças de outras vidas que vão se sobrepondo rapidamente,
formando pequenos relapsos mentais e perdendo o controle do
consciente.
Devemos manter a compaixão, mas sem descuidar das
influências espirituais que fomentam seus traumas.
Depois da esquizofrenia, vamos nos defrontar com o
suicídio, chave principal da definição da violência e autodefesa,
finalizando aquela reencarnação. O desencarne aciona a chave
seletora da exemplificação da sua vontade, definindo sua
condição violenta, origem da depressão e da esquizofrenia e
posterior suicídio.
Ele já se encontra sob o domínio do Mal, que o obriga a
disseminar o sofrimento e combater o amor. Os responsáveis por
criar essas reencarnações compulsórias são os Magos Negros,
trabalhando no submundo das Trevas 10
.
Muitas cidades do plano astral realizam processos
reencarnatórios programados com núcleos de esquecimento,
como Aruanda, Nosso Lar e Hospital Esperança, mas no caso dos
magos, não há esse interesse, obrigando os espíritos submetidos
a se lembrarem de seus dogmas com preconceitos que não são
úteis para a nova jornada. Esses tipos de reencarnações são muito
frequentes, infelizmente.
10
O Plano das Trevas localiza-se abaixo da crosta terrestre, sendo dominado pelos
magos negros e seus seguidores.
Um Grito de Loucura
21
Mnvyt (pronuncia-se Minivite) foi a primeira
reencarnação deste ser aqui no orbe 11
, na África selvagem,
subjugado pela maledicência e falta de senso, gerado por uma
mãe também desequilibrada, chamada Att (Atiti) exilados de
outro mundo para cá, por volta de 7 mil a.C.
Viveu em tribo nômade, buscando a sobrevivência
naqueles tempos primitivos, onde as doenças e as batalhas com
tribos rivais levavam à morte em tenra idade. Desencarnou aos 17
anos, já gerando no seu código genético perispiritual os germens
da violência que chegaram até o corpo causal 12
. Veio para cá
estimulado pela fé, ou seja, pelo impulso da espiral evolutiva para
ajudar na colonização do orbe assim como outros milhões de
espíritos, atendendo ao chamado inconsciente do nosso Cristo,
tendo no livre arbítrio a oportunidade da busca do perdão e do
conhecimento.
A finalidade da vida em sociedade é trabalhar o
perdão, aprender a perdoar o outro, pedir perdão pelos
nossos erros e ressignificar o perdão em nosso ser, ou
seja, nos perdoarmos.
Esse é o dogma mais sedimentado no corpo causal que
usa o livre arbítrio para os caminhos da cólera e da violência,
maltratando os outros e a si mesmo.
A vida em sociedade girava em torno de aldeias, com
habitações adequadas ao clima e de fácil montagem e transporte,
sempre obrigando os clãs a procurarem melhores terras com água
e caça abundante. Visualizar esse cenário é importante para
compreendermos as implicações de violência e ódio de uma era
tão primitiva.
A marca de um assassino deixou uma cicatriz profunda
que atingiu os corpos sutis 13
, chegando ao plano causal, afetando
11
Designação para morada de seres, sinônimo de planeta, tanto material quanto
astral.
12
O corpo causal é a fonte de nossa conexão com a mente divina e, por isso, é
responsável por canalizar o que chamamos de intuição pura: o conhecimento real
e instantâneo, global, sem passar pelos laboriosos processos do intelecto.
Um Grito de Loucura
22
o livre arbítrio do ser e provocando um desencarne prematuro,
embora a expectativa de vida naquela época fosse de 30 anos.
Nosso irmão foi ferido mortalmente em batalha tendo a
derrota como a pior das humilhações. Decidiu matar-se,
introduzindo uma lança no diafragma, misturando o sangue nos
pulmões, causando uma morte lenta e dolorosa, após longas
horas de sofrimento, intensificando sua revolta contra tudo e
todos.
Seu compromisso como espírito imortal era aproveitar
aquela reencarnação para adaptar-se ao novo orbe, aprendendo
noções morais, mas optou por repetir os mesmos erros do antigo
mundo natal, aumentando seu karma.
No Vale do Cilício 14
, cai nas garras dos Magos Negros
que o escravizam e em poucas semanas o induzem a uma nova
reencarnação. Vamos reencontrá-lo no mundo árabe, ao norte da
África, na condição de escravo, sendo tratado como um animal,
desenvolvendo rancor e violência desde a mais tenra idade.
Torna-se uma sentinela da cidade em que vivia,
aprimorando suas habilidades bélicas, matando impiedosamente,
com uma incontrolável sede de sangue, sem medo de nada, com
uma vida sem sentido, em completa escuridão, bloqueando todas
as oportunidades de remissão ou evolução e desafiando a morte
a todo o momento.
Naquele tempo, escravos improdutivos ou rebeldes eram
degolados, para exemplificar obediência aos comandados. Aquela
encarnação foi impulsionada por muita determinação, focada
sempre na violência, que iria fazê-lo ascender na hierarquia do
Mal para a condição de vampiro no seu retorno ao mundo astral,
adquirindo asas, garras e olhos negros. Uma espécie zoantrópica,
mas com particularidades sedimentadas em seu perispírito devido
ao excesso de fluido cósmico, fortalecendo sua nova estrutura
astral.
13
São os 7 corpos que compõem o ser, compreendendo: corpo físico, duplo
etérico, astral (ou perispírito), mental inferior, mental superior ou causal, búdico e
átmico ou espírito puro.
14
Região das Trevas, onde predomina a dor e o sofrimento.
Um Grito de Loucura
23
Inicia seu domínio astral na terra e no ar, ficando com
visão restrita devido à maldade em seu coração. Naturalmente o
ambiente hostil ajudou a formatar seu pensamento na atitude
que mais o fortalecia - a violência e o sangue se tornam seu
objeto de desejo fundamental.
O Mago Negro tutor de suas reencarnações compulsórias
já consegue visualizar em seu pupilo o fruto da semeadura. Nessa
estadia no Umbral Grosso, o nosso Mnvyt retém as recordações
de suas duas vidas anteriores, tendo consciência do seu poder de
dominação junto a outros adversários, despertando neles o
sentimento de vingança. O mago aproveita esse momento para
transformar esses desafetos em ovoides, aumentando em seu
pupilo a sensação de poder e de impunidade, que encobre a
honra, a verdade e principalmente bloqueia o sentimento do
amor, tornando o livre arbítrio uma pseudo verdade.
Excluído da sensação e da capacidade de amar, vive só
pensando em benefício próprio, sentindo-se um ser detentor de
poder.
Imaturidade e poder são defeitos morais que
podemos observar nos tempos atuais, nas questões
sociais que afetam a humanidade, tornando esses
seres incapazes de viver em sociedade e constituindo
falanges do mal, facções de grupos extremistas.
Naquela época, a Mesopotâmia era considerada uma
região em desenvolvimento, no Ocidente, enquanto a China, no
Oriente, estava mais avançada em civilização e as primeiras
batalhas entre esses mundos se iniciaram. Foi nesse período que
ocorreu a grande migração de espíritos violentos de Capella 15
subordinados ao comando dos Magos Negros, vindos
anteriormente de outros orbes.
15
Planeta situado na Constelação do Cocheiro, na Via Láctea, que passou por um
processo de regeneração moral a milhares de anos atrás.
Um Grito de Loucura
24
Não podemos nos esquecer de que esses milhões de
exilados vinham com a permissão dos emissários do Cordeiro para
novas oportunidades de resgate de erros do passado.
A humanidade se constituía em inúmeras tribos que
guerreavam entre si. Era ainda um orbe primitivo onde as
batalhas faziam parte da necessidade de violência intrínseca
desses seres e cujo ciclo se finalizaria com a chegada do Cristo.
Mais uma vez nosso irmão desencarna em campo de
batalha, com um sentimento de vingança muito forte,
direcionado para seus inimigos, tornando-se obsessor dos
mesmos. Assume uma indumentária no plano astral mais
degradada, carregada de ódio e loucura, devido à somatória das
maldades das últimas encarnações. Torna-se um líder das hordas
do mal, uma espécie de capataz do Mago Negro, intitulando a si
mesmo de paladino.
Decorrido um século, retorna ao plano físico imbuído de
poder, fascinado pelos objetivos de insuflar o rancor aos seus
subordinados, se distanciando da saúde espiritual e da felicidade
que poderia trazer paz ao seu espírito.
Suas lembranças, armazenadas no corpo causal, ficam
totalmente bloqueadas, afetando o chacra cardíaco e com isso
acionando uma chave de acesso para suas intenções malévolas. Já
renasce com muitas facilidades materiais, com posturas egoístas
de desrespeito ao próximo e ainda adolescente extermina toda
sua família, tornando-se imperador aos 11 anos de idade nas
montanhas da Mongólia, província da China.
Refugia-se no pico mais alto da região, onde cresce sob a
orientação de seres violentos, formando poderoso exército, que
apavora as aldeias circunvizinhas e sequestra as crianças do sexo
masculino para serem preparadas para a luta. Memórias latentes
dos sofrimentos de vidas passadas perpetuam o sentimento de
raiva para seus liderados.
Já estamos próximos à era de Jesus, da Boa
Nova, mas relembro que a vinda dos avatares para a
ressignificação da mensagem crística começara mil
anos antes.
Um Grito de Loucura
25
Inicia-se o embrião do futuro exército de Gengis Khan
que dominaria China e Ásia por muitos séculos, fazendo da
violência um esporte sanguinário. A política do pão e circo vem
dessas eras remotas, com práticas de esportes violentos para
todas as idades. Surge um estado totalitarista destruindo tudo por
onde passava, gerando a degradação da civilização, matando sem
piedade todos que não pertenciam àquele clã. Praticam o estupro
como substituto do amor, aplicando a estratégia de que a
procriação traria mais soldados, gerando crianças a partir da
violência desde o útero materno.
Esse ser falece aos 42 anos com câncer no cérebro,
afetando os olhos e gerando a cegueira física e espiritual. Isso foi
provocado pelo Mago Negro, para evitar o arrependimento de
seu pupilo. Esse câncer foi o resultado de um sentimento
acumulado no chacra frontal, impedindo o ser de visualizar as
maldades que fez.
Fico muito triste ao narrar esses acontecimentos, pois
também participamos de atos semelhantes a esse no passado.
Esses laços energéticos só podem ser rompidos com o perdão
incondicional de todos os seres envolvidos, vitimas e algozes.
Em sua quarta reencarnação ele teve 21 filhos, todos
gerados por estupro, sendo que o vigésimo assumiria a herança
do exercito e formaria a árvore genealógica de Gengis Khan. Um
tabuleiro de poder foi criado pelo Mago Negro que recebe seu
pupilo, no plano astral, chamando-o de filho, coroando-o de
muito júbilo por ter cumprido sua tarefa.
Esse ser tenebroso se chamava Aldebaran e pertencia a
um grupo de 13 espíritos que vieram para nosso orbe desde
épocas remotas, usando a energia Yang 16
, simbolizando o signo
do Touro. Yin e Yang são forças complementares necessárias para
o equilíbrio do ser.
No plano astral, ele se sente pertencente ao mundo das
Trevas, pleno de poderes, assumindo a liderança de uma horda,
16
A energia Yang ou masculina é essencialmente objetiva, extrovertida, forte,
direta, assertiva e agressiva. É uma energia que usa a força para controlar, às
vezes subjugar e dominar, especialmente quando se sente ameaçado, usando a
mente para planejar e a vontade para realizar.
Um Grito de Loucura
26
sendo respeitado e só aceitando as ordens do mago que o coloca
como comandante de uma guerra secular contra os dragões 17
,
pela posse do Vale do Cilício. A intensificação do desespero
amplia a formação de uma camada extensa de pensamentos
sombrios, que impedem o acesso de resgates pelos espíritos
benfeitores às regiões de escuridão.
Posteriormente, Jesus cria trilhas de luz para esse acesso
pelos emissários do Alto.
Mnvyt nessa época se chamava Troya, sinônimo de uma
arma de tecnologia mortífera inventada nas Trevas,
disseminadora da lepra, contaminando os perispíritos e se
transmitindo de forma assustadora. Esse conceito de
indestrutibilidade iria inspirar os futuros fundadores da famosa
cidade grega.
17
Seres que vivem nas camadas astrais mais profundas da Terra chamadas de
Abismo. Inimigos do Cordeiro, vieram para cá em épocas remotas e são
conhecidos pelas religiões da Antiguidade como demônios.
Um Grito de Loucura
27
Capítulo 2 - A guerra nas Trevas
No meio dessa batalha nas Trevas, a violência semeada
atinge seu momento crítico, gerando caos e confusão. Em seguida,
após as muitas intempéries geradas nas camadas mais densas do
Umbral e do plano físico, vamos observar um momento de
calmaria que abranda as energias negativas, preparando a vinda
dos avatares, precursores do Cristo, prenunciando a chegada de
novos conhecimentos morais e éticos.
As guerras trazem avanços tecnológicos não só nos
armamentos, mas também nas comunicações, disseminando
mensagens que se contrapõem à violência. Surge a necessidade
imperativa de organizar e controlar o crescimento das grandes
cidades, tanto no plano físico como no astral, contribuindo com o
progresso da civilização, permitindo tréguas às rixas do passado.
Nessa expansão, o Mal também precisa de tréguas entre
as facções dos dragões e magos negros, sendo que estes últimos
usam a magia para efetivar no plano físico o espelho do astral,
mantendo seus objetivos de poder.
A luta pela dominação sempre foi o estopim das guerras e
o saldo dessas batalhas leva à divisão, com um grupo sempre
querendo dominar o outro, distanciando-se da lei de igualdade e
tendo na violência seu objetivo final.
O uso do livre arbítrio, até nesse momento de divisão do
poder, se desdobra em ganância e inveja gerando a possibilidade
de novos conflitos. Mas, neste momento, a espiritualidade maior
cria uma calmaria existencial direcionada não apenas para uma
trégua do Mal com o Mal, mas influenciando a sequência de poder
diante do plano astral, estabilizando as energias entre os dois
planos da vida.
É o determinismo divino atuando para frear essas
guerras, abrindo as oportunidades das reencarnações
compulsórias. Vamos explicar melhor - a guerra se consolidou no
plano físico com os adversários obtendo os louros da vitória e
fazendo prevalecer a vontade do vencedor. A partir desse ponto a
força bruta é imposta para manter os territórios ocupados, não
havendo mais necessidade de novas batalhas, pois os objetivos
dos comandantes do plano astral foram atingidos e inicia-se uma
Um Grito de Loucura
28
fase de submissão dos povos vencidos. Estabelece-se um período
de calmaria de 50 a 80 anos permitindo a implantação das escolas
de sabedoria, a chegada de vertentes como a filosofia, o
surgimento da medicina e de outras correntes de sabedoria 18
.
Essa reviravolta permite a abertura de novos canais de
aprendizagem, ressignificando um conhecimento seletivo, para
toda a população.
Contudo, no astral as facções continuam lutando,
gerando polos de putrefação oriundos de espíritos subjugados
nas minas de trabalho escravo, ampliando os tentáculos do Vale
do Poder 19
, na região do Oriente, onde está situada atualmente a
exploração do petróleo, as jazidas do chamado sangue negro,
gerando energias ectoplásmicas deletérias no astral, a matéria
prima que movimenta aquele plano. Surgem os avanços
tecnológicos através da tecnologia de extração do petróleo. O
sangue negro tem a grande função de estabilização térmica da
geologia do planeta e se o mundo moderno soubesse da
importância dessas mantas de magna no centro da Terra, não
abusaria dessa extração, que repercute também no plano astral,
pois quando removemos esse liquido criamos um caos ambiental
que repercute nos dois planos.
Esse avanço trabalha para o Mal no plano astral e esses
espaços vazios na crosta da Terra se relacionam com a própria
expansão do Vale do Poder, que cresce para as profundezas
avançando cada vez mais com a remoção do petróleo. O Vale do
Poder está relacionado com o sangue negro e o Vale do Cilício ao
vale dos suicidas. Este último situa-se na linha invisível do Trópico
de Câncer, na América do Norte, formando um imã desde a
origem da Terra, como um lugar de assepsia, imantando aqueles
que se somam às suas singularidades. Se um espírito suicida
18
O autor se refere ao grande movimento filosófico e científico que surge na
Grécia, no século V, com Sócrates e outros grandes espíritos que viveram na
época.
19
Comunidade localizada no Abismo, dominada pelos dragões. Geograficamente
situa-se no submundo da Palestina e região, estendendo tentáculos subterrâneos
para todo o orbe.
Um Grito de Loucura
29
adentrou esse vale mais de uma vez, já criou uma forte afinidade
com o local. Para entender os motivos de atração para lá,
precisamos conhecer um pouco da influencia dos 13 Magos
Negros que vieram para nosso orbe, em eras remotas,
fomentando o ódio e a violência no Vale do Poder, sedentos por
sangue.
Eles induzem os espíritos que não conseguem agredir o
próximo, a se ferirem, finalizando no suicídio, uma forma extrema
de violência. Câncer é o nome deste Mago Negro que impera no
Vale do Cilício, induzindo os seres à depressão e a essa doença
que leva o seu nome, criando nos seus perispiritos a incapacidade
de perdoar.
Nessa narrativa já conhecemos dois Magos Negros e suas
formas distintas de trabalho, mas destacamos uma terceira força
que é a dos dragões. A guerra fomentada por esses seres chegou
até os dias atuais. O manto vermelho cor de sangue dos dragões
reptilianos simboliza a bandeira desses seres contrastando com o
preto usado pelos magos das Trevas. As batalhas entre eles
formam uma mistura de cor vinho escuro, um sangue velho,
pútrido, poluindo os planos do Umbral Grosso, somando-se aos
pensamentos negativos da humanidade encarnada, formando um
nevoeiro que prejudica a evolução do planeta.
Essa situação permanece por um século no plano astral e
a partir da chegada dos primeiros avatares se forma uma trégua,
limitando o domínio do Mal no plano físico. Com as guerras, vem
a exploração indevida da mediunidade, surgindo a bruxaria, para
satisfazer os desejos mais mundanos possíveis, desde a violência
até a negação absoluta do amor puro e da fraternidade. Esses
feiticeiros se espalharam pelos grandes povos, ligados
diretamente ao comando de Troya e seus desejos.
O principal objetivo dos magos é o domínio da Terra,
através das guerras, enquanto o interesse dos dragões está na
extinção do planeta. Contudo, naquela época eles tinham um
acordo comum de incentivar e de manter a guerra entre os povos.
Os magos trabalham em surdina, sempre usando prepostos para
a realização de seus objetivos, dominando através do poder,
delegado aos líderes da humanidade. Na atualidade eles atuam
com prepostos na política e nas religiões. Alguns dragões ainda
encarnados continuam com parcerias com os magos para
Um Grito de Loucura
30
transportar do astral para o físico, diversas epidemias que
assolam a humanidade. Criam as doenças e depois oferecem a
cura, para manter o controle.
Estamos na época do apogeu do império romano, sob o
comando dos dragões, que finalizam essa era de feitiçaria dos
magos, ou seja, o banimento da mediunidade, principalmente na
Babilônia. Troya reencarna pela quinta vez, como um grande
general do exército de Júlio César, um dragão da mais alta
patente, impondo o controle absoluto do plano astral ao físico,
ajudando na construção do maior império que já existiu.
A demanda por armas incentivou a exploração
dos metais e o desenvolvimento de tecnologia bélica.
Com a dominação, surge no ser humano a necessidade
de libertação, germinada nos povos mais distantes, mais ligados à
natureza e começam as revoltas. Contudo, Roma mantém seu
domínio, dividindo o mundo em romanos e estrangeiros,
censurando as comunicações para garantir o poder, mantendo a
distância entre os povos para evitar a disseminação do
conhecimento e do surgimento de novas ideias. O maior objetivo
da guerra a partir do plano astral é a consolidação desse preceito,
buscando separar os povos, criando o estigma da superioridade
racial e consequentemente a escravidão.
Somente com a tolerância, respeitando cada
povo, conseguiremos viabilizar o amor, com o perdão
resgatando as transgressões passadas.
Troya ficou preso no plano astral por um século, se
abstendo da vida terrena e começando sua ressignificação,
percebendo que era usado como um cavalo de guerra pelo mago
e uma revolta inicia-se em seu ser.
Com essa insubmissão silenciosa, descobre a força de sua
mediunidade e começa a formar um exército de simpatizantes
que o ajudarão na próxima reencarnação. O ponto de mudança
ocorre quando ele adentra no Vale do Poder e os dragões lhe
proporcionam uma visão do futuro da Terra, oferecendo uma
Um Grito de Loucura
31
parceria. Reencarna novamente, nos povos vândalos da Europa,
consciente da necessidade de conhecer o meio em que vivia e
desperta para a necessidade da egregora familiar.
Nesse ínterim, o Mago Negro percebe essa
transformação em seu pupilo e o induz a uma severa subjugação
como castigo por não atender seus comandos. Envolto nessa
obsessão, ainda assim ele busca novos espaços para viver,
sentindo o despertar da mediunidade e obtendo respostas sobre
seu passado. Mas o descontrole mental torna-se inevitável e ele
se suicida novamente aos 16 anos, desta vez com acentuada
esquizofrenia que já o impede de disputar as batalhas. Internaliza
a culpa, iniciando uma nova fase de reconstrução de seu
pensamento, somatizando no cordão energético, o remorso pelos
atos praticados. É a sua sétima reencarnação, carregando as
lembranças das vidas em que era um algoz, levando-o a fixações
mentais e surtos de loucura.
Procura viver em contato com a natureza, buscando a
auto cura, ajudando os semelhantes, usando conhecimentos
medicinais antigos, praticando a mediunidade, que na época era
baseada na consulta aos ancestrais, coexistindo com a consciência
oscilando entre dois mundos.
Vive como um feiticeiro, no norte da Europa, buscando
se reformar interiormente. Ao longo da jornada, em momentos
distintos de sua vida, presta auxílio a três homens, feridos de
guerra, líderes de hordas distintas, que no futuro serão seus
guardiões. Buscando reparar a violência que tinha praticado no
passado, cuida desses soldados e inicia uma doutrinação pacífica,
formando sólida amizade em prol de acabar com as guerras.
Procuram novas terras para se estabelecerem, mas acabam
desencarnando num naufrágio no Mediterrâneo. Nesse
momento, consciente de seus erros, ele roga para ter os novos
companheiros na próxima vida, para fazer diferente.
Sua oitava reencarnação vem com muito sofrimento,
pois embora não tenha lembranças das vidas anteriores, sente a
necessidade imperativa de praticar boas ações através da
mediunidade de cura.
Já estamos na Palestina, no século III da nossa era e
nosso irmão torna-se um feiticeiro do Bem. Entendendo a
mediunidade como sua porta de salvação, ele começa a
Um Grito de Loucura
32
ressignificação de seus atos com o apoio dos benfeitores
espirituais para realizar uma jornada mais longa. Contudo, as
maldades do passado continuam somatizadas em seu ser,
provocando uma predisposição para a esquizofrenia.
Mãos invisíveis o amparam criando uma barreira para
bloquear o ato suicida, trazendo o esquecimento necessário para
sua ressignificação através do mal de Alzheimer.
Após três reencarnações, já tinha conseguido se libertar
do jugo do Mago Negro, da condição perispiritual de vampiro,
evoluindo para a condição de esquizofrenia e Alzheimer - não
chamemos esse mal de loucura e sim de cura - pois veio em prol
de sua melhoria. Aos 46 anos, em idade avançada para a época, é
acusado de feitiçaria e enforcado, retornando ao plano astral
onde tem a rara oportunidade de assistir a uma conferência
holográfica de Jesus, no Umbral Grosso e esse se torna o
momento mais importante de sua vida, relembrando suas
reencarnações passadas, como os guerreiros Mnvyt, Troya e
Búlgaro e depois na personalidade do feiticeiro Magno.
Tem a oportunidade de visualizar o cenário de mais um
exílio caso persistisse no Mal e apesar de suas limitações morais,
valoriza a mensagem amorosa de Jesus, compreendendo que seu
sofrimento não era sinônimo de evolução ou de degradação do
seu ser.
Após muitos séculos no Astral, ganha finalmente a
oportunidade de mais uma reencarnação, desta vez com total
esquecimento do passado, para reconstruir seu trabalho para o
Bem, levando a mensagem do Alto para os povos nômades, na
condição humilde de um andarilho, despojado de todos os bens
materiais, praticando a mediunidade de cura, sempre amparado
pelos benfeitores espirituais.
Podemos afirmar que essa foi sua primeira vida saudável
e feliz. Desencarna tuberculoso, em idade avançada e é resgatado
pelos três amigos do passado, sendo acolhido no Liceu da
Mediunidade, onde trabalha até hoje.
Um Grito de Loucura
33
Capítulo 3 – Do final para o começo
Vamos interromper nossa narrativa entre a sétima e
oitava reencarnação do nosso irmão e voltar no tempo.
A atmosfera fluídica em que vivia no passado nosso
Mnvyt se aproxima muito do que vemos hoje na Faixa de Gaza, na
Etiópia, na Somália, com guerras geradas por conflitos,
sedimentando uma egregora vibratória de violência.
Os dirigentes do planeta tinham o objetivo de usar a
mediunidade como alicerce para dissolver essa vibração, intuindo
os sacerdotes das religiões primitivas a se conectarem com as
energias puras da natureza. Surgem os cultos e preces por chuva,
sol, para a fertilidade da terra e abundância das colheitas, com a
mediunidade se manifestando para esse objetivo primordial de
sobrevivência.
Tudo se encadeia na natureza, do mineral ao vegetal,
deste ao animal e finalmente ao Homem. A mediunidade alicerça
o conhecimento da terra, pois a conquista da tecnologia do solo
oferece novas condições de vida em sociedade, surgindo
pequenas vilas sob o comando dos líderes mais velhos,
detentores de maior conhecimento.
A estabilidade dos laços afetivos entre o homem e a
mulher consolida o conceito de família, avançando para uma
comunidade, determinando papéis distintos, com o homem
voltado para as atividades que envolviam a força física e a mulher
dedicada ao lar e cuidado dos filhos. Essa condição pode ser
considerada a causa da violência encontrada no homem e da
docilidade na mulher. O conceito de família naquela época estava
mais ligado à terra do que aos laços consanguíneos enquanto o
amor germinava no coração desses seres primitivos.
A terra, agora fértil e cobiçada, torna-se centro dos
conflitos causados por invasões de tribos rivais. Nos dias atuais
ainda encontramos essas guerras entre civilizações, sob influência
das religiões, inviabilizando a integração de diversas culturas e
impedindo a ideia ecumênica da fraternidade. Para entender o
presente precisamos conhecer o passado, onde a sociedade se
impôs pelo domínio, com espadas, flechas e fogo, gerando um
mundo violento.
Um Grito de Loucura
34
Estamos há 5 mil a.C. num momento histórico em que o
mundo começava uma grande transformação com a chegada dos
capelinos, espíritos violentos que contudo iniciam a implantação
da fase agrária, transformando as florestas selvagens em grandes
plantações de raízes e grãos, ensinando a humanidade primitiva a
manusear as plantas úteis para a alimentação e a medicina.
Os grãos em questão eram o trigo e o centeio que,
juntamente com a raiz do tubérculo que hoje é conhecido como
inhame, formou a base da alimentação daquela civilização.
Encontraram inicialmente muita dificuldade para o
cultivo, pois o solo não era adequado e não havia utensílios de
boa qualidade – plantar, armazenar e alimentar o povo era um
grande desafio - e ainda precisavam sobreviver às invasões.
Sobrevivência e defesa em um mundo hostil criaram as atitudes
extremas do matar ou morrer, passar fome ou conquistar lugares
férteis.
Não estou dizendo que isso é correto, apenas
explicando a realidade da sobrevivência daquela
época, onde os mais fortes impunham sua vontade aos
demais.
Nos bastidores dessa realidade, no plano astral, vamos
observar a ação dos Magos Negros induzindo o homem ao uso do
livre arbítrio em prol da violência, criando totens 20
de viabilização
do mal. A necessidade de impor sua vontade sobre o outro
quebra o ciclo do livre arbítrio, onde o homem detém a escolha
de seu caminho. A obstinação desse conceito acontece ainda
hoje, com a disseminação da fome, da maledicência, ou seja, uma
família está com fome e cobiça a comida da outra. Esse
sentimento de violência legitima o conceito de totem
estimulando prazeres violentos, como o estupro. Surge o dogma
20
Símbolo sagrado de um grupo social (clã, tribo) e pode ser considerado como
seu ancestral ou divindade protetora.
Um Grito de Loucura
35
de dominação dos mais velhos sobre o mais novos, até que estes
adquiram novas habilidades e assumam o poder.
Nessa narrativa podemos deduzir que o mais novo é
menos sábio, mas impõe sua vontade pela força.
Como podemos quebrar esse padrão?
- Quando todos tiverem passado por essa vivência, se
sentindo impotentes, sem conseguir impor sua vontade.
Essa submissão fomenta a vingança e a repetição do
padrão. Em que momento o oprimido se reconhece no mesmo
papel do opressor?
- Quando repete o padrão.
Induzido por Aldebaran, nosso personagem sentia a
necessidade de criação de um padrão, desconhecendo que a
partir dele surgiria o princípio de sua cura. Na Sua infinita
bondade Deus escreve certo por linhas tortas. O resultado da
magia de Aldebaran acabou se virando contra ele. O
desdobramento do ódio se interiorizou em Mnvyt, instalando em
sua assinatura energética o gérmen da própria cura, que ocorreria
ao longo das muitas vidas.
Na construção do caráter emocional de Mnvyt surge o
despertar da quebra do padrão. Desencarnado, ele aceita o
comando do mago, mas mesmo como seu vassalo já compreende
que era um joguete e percebe o lado tóxico dessa ligação. Com a
quebra do padrão Mnvyt pode ser classificado como um médium
das Trevas.
Isso tudo nos leva ao autoconhecimento e a ver o dogma
como a essência da quebra do padrão. Afinal, no decorrer dessa
história, na 8ª reencarnação, ele vai encontrar no registro
akáshico a origem de todos os seus problemas.
Começa a sua jornada de ressignificação,
compreendendo onde tudo começou. Entender que o culpado
também pode ser a fonte da cura induz a jornada a recomeçar do
ponto de partida - do final para o início. Naquele momento se
viabiliza a cura para a mediunidade desvirtuada.
A relação entre a religião e a mediunidade nessa luta
incessante por batalhas estabelece um dogma, distanciando este
ser cada vez mais da sua natureza divina e o direcionando para
uma conquista individual e egoísta.
Um Grito de Loucura
36
O egoísmo leva à posse, à separação de grupos, criando o
distanciamento dos povos, procurando proteger o seu patrimônio
e ampliando as linhas de defesa e de poder. Essa necessidade de
dominação divide os povos e suas culturas fazendo prevalecer
uma necessidade de conquista e de posse em oposição ao bem
coletivo.
Surge um pensamento de fé na humanidade e os
difusores desse pensamento desenvolvem um ideal superior para
quebrar o padrão negativo. A utopia é relacionar essa dominação
com a conquista dos valores e constatar que desde aquele mundo
primitivo observamos os mais fortes subjugando os indefesos. O
que muda ao longo dos tempos são os dogmas, mas a luta contra
a dominação continua como sinônimo de libertação, criando,
novos dogmas, pois os valores morais de uma época precisam ser
atualizados nas gerações seguintes.
A guerra se estabeleceu na África em uma extensa linha
de pobreza. O domínio era feito pelo poder daqueles que davam
o pão, desencadeando o racismo estrutural, pelo domínio de um
povo invasor sobre o nativo, embora esse também tenha criado
outras condições de preconceito nos seres ainda mais fracos.
Nesse racismo estrutural, surge uma espécie de rodízio de
reencarnações compulsórias, com a alternância do poder, criando
o arquétipo das raças.
Precisamos de uma reflexão à luz da essência mais pura
do cristianismo para quebrar esses padrões repetitivos e criar
novas possibilidades de transformação da humanidade. Jesus veio
à Terra, para nos relembrar da necessidade de nossa
transformação interior e no caso de Troya, essa máxima se
relaciona com seu despertar interior, para uma nova visão do
mundo.
No tempo certo, surge uma trégua, um momento de
reflexão interior, uma pausa para contabilizar ganhos e perdas
nessa guerra e o saldo se apresenta como uma indulgência divina,
permitindo o progresso com a expansão das vilas para cidades,
dos países para continentes e a aproximação das nações. A
linearidade da evolução de cada povo, através dos campos
energéticos criados pelos laços afins atrai espíritos para as
reencarnações compulsórias, proporcionando-lhes a noção de
aldeia global.
Um Grito de Loucura
37
Nesse tempo, Troya já está desencarnado e vamos
presenciar a passagem do Cristo pela Terra. Mas, os senhores das
Trevas não desistem e o induzem a uma espécie de fé cega, com a
imposição de mais dogmas que chegaram até os dias atuais.
Desenvolvem o conceito - “o meu é melhor do que o seu”
- com verdades relativas de cada povo criando distanciamento,
confusão e desunião. Um Grito de Loucura é um grito de quebra
desse padrão. Vamos observar em Troya o despertar de sua
mediunidade, associada ao livre arbítrio para ajudá-lo na quebra
do padrão negativo. Com a queda de um líder, as possibilidades
de encontrar a verdade se abrem para aquele povo.
Do fim para o começo - tudo nessa historia relembra uma
origem violenta – de um ser nascido de um estupro que impõe
sua vontade e inicia seu domínio, agregando espíritos afins desse
padrão que precisará ser quebrado.
Esse Capítulo mostrou a influência do padrão negativo no
corpo causal onde o final de um ciclo reencarnatório impulsiona o
ser a um novo recomeço, formando a espiral evolutiva, tendo no
tempo a realidade aplicável ao mundo físico. Com seu
desencarne, encontramos as pontas da mola superior e inferior
da espiral e excluindo o tempo vamos identificar vários anéis se
sobrepondo criando um vórtice de espaço-tempo, de passado e
futuro. Nesse vórtice Troya encontrou a trégua com a quebra do
padrão e através do seu livre arbítrio encontrou o momento certo
de seguir adiante, através da ressignificação de suas vivências.
Sua posição de liderança o faria conduzir milhares de outros para
a ascensão ou mesmo uma nova queda.
Um Grito de Loucura
38
Capítulo 4 – O veio sólido do perdão
A conotação Deus conosco significa a união de Deus com
os seres humanos e com o universo, resultando em tudo o que
conhecemos. Acrescente também nessa frase a vertente do livre
arbítrio.
Até agora analisamos a mediunidade como salvaguarda
de encaminhamento e desenvolvimento do ser. Quem assume o
compromisso da mediunidade também aceita o resgate da
própria ressignificação no decurso do tempo e a definição da
loucura induz à contaminação de um ideal, ou seja, o abandono
do livre arbítrio e a opção por aquilo que era mais importante
para aquele ser, naquele momento de sua vida.
A finalidade da vida necessita da adaptação ao plano
astral, onde os conceitos se formam e os direcionamentos se
somam formando os cordões energéticos.
A soma dessas histórias e a complexidade intrínseca em
cada uma justificam a trajetória de cada caso levando a pontos
extremos, antes de sua libertação. A análise daquilo que
consideramos polêmico vem exatamente dessa própria reflexão.
Durante a narrativa nos defrontamos com vários pontos vazios, já
que ao abordar a história dos outros muitos detalhes são
omitidos, pois a narrativa segue o nosso ponto de vista.
Precisamos entender a complexidade que envolve nosso
personagem, pois a solidificação de um pensamento fixo
determina a relevância em torno de muitas jornadas que
englobam uma violência extrema. Para conhecer seus bastidores,
precisamos abordar os temas da violência e da submissão através
do domínio implacável dos seres do Mal para então aplicar o
determinismo divino para dissolvê-las sutilmente. São várias as
barreiras que aparecem na vida material impedindo o
desenvolvimento de novas possibilidades. Aquilo que chamamos
de bloqueio é um caminho que não devemos mais cursar. Podem
ser notados na vida em sociedade induzindo as pessoas a se
adaptarem a tarefas simples ou complexas. A missão vem na
predisposição da capacidade de atuação de cada ser. No tocante à
mediunidade, surge a necessidade da empatia, de se colocar no
lugar do outro, colocando-o em evidência.
Um Grito de Loucura
39
- Mas onde fica a solução dos nossos próprios
problemas?
- Na compreensão do problema do próximo.
Essa análise sugere uma metodologia de autoajuda
permitindo enxergar o problema do outro.
Quem aplica essa sugestão?
- O próprio ser envolvido no problema. Perceba que em
quase todos os trabalhos mediúnicos em que nos envolvemos,
existe uma ligação direta com essa determinação, apesar da
particularidade de cada um, todos são muito representativos para
os envolvidos.
Na vida no plano astral, observamos a complexidade do
bloqueio dessa determinância, pois no plano material, a
identificação dos inimigos é muito mais nítida.
Que conceito nos leva à autoproteção?
Condicionar um pensamento fixo que libera uma
assinatura energética. Estar fortalecido no plano astral protege e
amplia o meio de busca daquela ideia fixa por novas aspirações,
distintas das fixadas no passado.
A partir do momento de cristalização de um pensamento
fixo, decorre a ideia principal de um trabalho, dentre o próprio
conceito de esquecimento, permitindo então uma nova existência
que acaba se sobrepondo, criando o vórtice da mudança, a
quebra conceitual do padrão negativo, se concentrando na
formação de um pensamento de “ponta solta”, e, portanto,
aquilo que é dominado vira uma “ponta fixa”, uma corda tesa
mantendo uma continuidade e a partir do momento que as
cordas se soltam, segue uma continuidade e se instaura a
instabilidade proveniente de um momento de readaptação da
forma de domínio.
No momento da dissolução desses nós, observamos que
o Mal perde sua organização, mas diante desse determinismo,
lembro que tudo depende de uma única escolha. Quando
achamos que está tudo ruim, sempre haverá a possibilidade de
ficar ainda pior. A desorganização instalada acaba ampliando a
perspectiva do pior, pois a dissolução instala o caos, formado pela
Um Grito de Loucura
40
falta de ordem, mas não pela falta de controle, o que pode ser
aplicado até os dias atuais através do pensamento fixo nas várias
formas de alienação.
O mundo já é outro, mas as formas de alienação
continuam as mesmas, tirando a necessidade de convivência para
se aprender sobrepondo a ideia de criações formadas através das
influências digitais e até de terceiros.
Ao observarmos a triste realidade dos pais que pouco se
empenham em educar seus filhos, transferindo essa tarefa para
as escolas, como praticado nos liceus da Antiguidade da Grécia,
por volta do século III a.C. quando surgiram as grandes
universidades de conversação e o pensamento político
desenvolveu a ideia de dissertar sobre muitos assuntos.
Como diferenciar sobre algo que não vem do
seu pensamento original e sim dos outros?
Amplia-se então uma vasta possibilidade de discussões
até atingirmos um ponto de equilíbrio que nos induz a um ideal
maior. Na metáfora – dê-me uma alavanca e um ponto de apoio e
eu moverei o mundo 21
– encontramos um recurso que nos
possibilita a construção de novos ideais, através da solidificação
de nosso pensamento e ampliando-o para os demais
companheiros de jornada, nos tornando fortes e unidos, sem
necessidade de domínio ou controle.
Surgem as oportunidades de crescimento na vida social
com a formação das várias ocupações e a própria mediunidade
sendo entendida na época como profissão, quando na verdade
sempre foi um compromisso. Todos somos médiuns e esse dever
pode ser exemplificado pelas várias engrenagens de uma
máquina, cada uma com sua função, umas maiores, outras
menores, mas todas importantes para girar o mecanismo. A
21
Frase de Arquimedes (287 a.C. – 212 a.C), matemático, filósofo, físico,
engenheiro, inventor e astrônomo grego.
Um Grito de Loucura
41
responsabilidade de promulgar a ideia de continuidade segue
exatamente esse princípio, com cada ser consciente do seu
trabalho e seu valor, através da canalização de energia boa para o
próximo. Compreender a loucura significa oferecer a mão ao
outro, conhecendo sua história no decurso do tempo.
A propagação do amor é a síntese da Boa Nova que veio
com a jornada do Cristianismo, mas antes da vinda Dele também
existia amor, que naqueles tempos remotos, baseava-se na
educação, com a compreensão do respeito ao progenitor e à
escala social, sugerindo um pensamento reto, criando a própria
linearidade evolutiva que não nos deixa presos a um pensamento,
sobrepondo-se às várias reencarnações, permitindo a avaliação
dos vários caminhos da complexidade de onde podemos chegar.
Vivemos, coexistimos e aprendemos, mas o que se faz a
partir daí?
- Resgatamos nas novas reencarnações os pontos que
ficaram em aberto, nossos compromissos registrados no córtex
cerebral e a partir destes, a vontade de atuar por nossa melhoria.
Mas como fazer isso se renascemos com o
esquecimento?
- Com predisposição diretamente ligada aos
cordões energéticos e à intensa ligação familiar,
formando um padrão familiar e social, que se sobrepõe
às nossas escolhas.
Nessa ótica, observe que o erro não está só na questão
moral, mas fundamenta sua origem no passado, aonde aquele ser
ainda inconsciente de seus atos não vê seus erros, necessitando
do esquecimento para iniciar uma nova jornada.
Contudo, essa predisposição para o Bem vai sendo
relegada com o tempo e nos leva a uma condição moral errônea,
impedindo-nos de transpassar os próprios limites. Sucedem-se as
várias doenças que nos freiam, entre elas, as emocionais,
influenciadas pelo desdobramento espontâneo, pois o sono é a
maior vertente para isso. A esquizofrenia e o Alzheimer
Um Grito de Loucura
42
representam um sono lúcido, ou seja, uma vida em constante
sonambulismo, funcionando como proteção para o ser.
A ajuda vem por um protetorado de terceiros, mas pode
trazer um bloqueio emocional rejeitando o livre arbítrio.
A própria depressão consiste em um bloqueio emocional
disfarçada de um sonambulismo consciente, com a negação da
própria condição física viabilizando um aspecto mental doentio,
com a sobreposição das realidades, aumentando o ato
sonambúlico e induzindo ao desdobramento.
O restante fica à mercê das vibrações recebidas,
conectando o ser a uma simbiose que se imanta ao redor
daqueles que têm afinidade com sua assinatura energética.
Como é a assinatura energética de um
depressivo?
- Aquela que procura amizade com outros
iguais, criando uma falsa correlação de equidade.
Todos aqueles que saem de um ponto A não vão se
conectar de forma tranquila com os que saíram do ponto B ou do
ponto C. A conexão com seus canais de ruptura segue uma
sobreposição familiar, onde os que estão inseridos em pontos
distintos se adaptam a uma convivência comum.
O que entendemos como convivência pode ser
interpretada como educação e sobrevivência.
Sempre teremos alguém como referência em nossos
caminhos para nos ensinar uma base de educação e mesmo
aquele que não aprende receberá noções de sobrevivência
adaptando-se ao ambiente com força e adequação. A palavra
“força” e não “resiliência” é mais bem aplicada neste caso, pois o
ser acaba “empurrando com a barriga”, esperando que tudo se
conserte com o tempo, criando esse paradigma de destino.
Um Grito de Loucura
43
Contudo, o destino não existe, pois nossas vidas
estão em constante mutação, a partir de cada escolha
e nada é permanente.
O conceito de destino nos leva a profundas
reflexões.
As doenças do perispírito vêm de uma
complexidade de escolhas, não somente de uma
determinância através do tempo, mas de uma escolha
fixa somada a este.
O ato de se negar consiste num pensamento conciso,
formando uma ideia fixa, nos levando à segunda morte 22
, na
condição de ovoide. Quando criamos a ideia de perpetuar o amor
e a inteligência através de formas sadias de comunicação,
evitamos esse caminho, usando o conceito da alavanca citada
antes. Portanto, não existe destino e sim opções por caminhos
que somam os aprendizados daquela trajetória.
O senso de religiosidade preenche os vazios daquilo que
não compreendemos e as diversas religiões contribuem com esse
fim. O que eu enxergo não necessariamente é o que você vê e
esses vazios formam uma camada envolvente de mistérios,
criando o Karma.
Karma e Dharma são palavras associadas ao
destino.
Ambas agem como uma espécie de corrimão para que o
ser se apoie na sua trajetória. Quando a escolha é ruim, o
pensamento sugere que aquilo é um Karma.
22
A segunda morte só é possível, porque o perispírito é um fluido semi-material,
portanto, perecível. Esse conceito é descrito no livro Libertação de André Luiz pela
psicografia de Francisco Cândido Xavier.
Um Grito de Loucura
44
A quebra do padrão consiste na analogia de entender o
Karma como uma via de ajuda, oferecida para aquela situação,
levando à noção do Dharma 23
.
Podemos mudar o caminho a cada instante,
legitimando a própria complexidade de
permissibilidade dos acontecimentos, interpretando
isso como um milagre.
Mas milagre e destino realmente não existem.
O Karma vem com o pensamento solidificado da
sobreposição dessas duas palavras, com a materialização de uma
fé cega e de preconceito, assim como o Dharma com a
ressignificação.
Na concretização de um pensamento negativo, cria-se a
possibilidade da depressão, da ansiedade, da maledicência
fomentada pela fé cega, formando as camadas das doenças
silenciosas que no passado eram interpretadas como destino ou
Karma.
Aceitar a continuidade da vida é entender que
as nossas escolhas interferem no aqui e no agora. O
passado cria o momento do agora e o presente plasma
o futuro.
Nessas diversas interfaces de influência, note que elas se
subdividem e formam a noção de alavanca.
Viver em várias interfaces é um desdobramento
natural de vários conceitos aprendidos na vida.
23
Os sábios orientais pregam que a forma mais fácil de uma pessoa se conectar
com o universo e a energia cósmica é seguir as leis da própria natureza, e não ir
contra elas.
Um Grito de Loucura
45
Precisamos estar em constante mudança para nossa
melhor adaptação.
Um Grito de Loucura
46
Capítulo 5 – O paradoxo entre a cura e a loucura
É preciso saber reconhecer a realidade de um mundo
que se apresenta pouco amistoso, que emana agressividade e
complexidade pelos seres envolvidos no meio.
A depuração moral consciente é uma virtude que está
interligada aos acontecimentos prévios e evidenciada na
roupagem do corpo físico e no subconsciente, ligada ao corpo
causal. Através dela identificamos a oportunidade da cura
existencial. Essa vibração forma um novo cordão energético,
ligado ao registro akáshico, fornecendo uma linguagem de
comunicação com nosso ser interior.
Já abordamos o Karma e o Dharma, reconhecendo suas
tarefas e necessidades. Precisamos, contudo, ampliar cada vez
mais o conceito da própria revitalização do ser, no alinhamento
de sua própria missão, aliviando o Karma e o Dharma e buscando
sua adaptação a uma nova realidade. Esse ajuste carrega uma
nova formulação mental e corporal, que libera substâncias
benéficas no organismo físico, reduzindo a ansiedade e
melhorando a capacidade de comunicação.
Esse Capítulo aborda a missão do ser, constituído pela
quebra de um padrão no campo morfogenético 24
, visando a
formação de um novo ideal. Quando abordamos a depressão, a
esquizofrenia e o Alzheimer, identificamos uma predisposição
genética que segue uma conotação de um campo de atuação
formado após os 7 anos de idade, quando o espírito atua na
renovação das células de seu corpo biológico.
Tudo o que é registrado no córtex pré-frontal se expande
pelo corpo através dos prótons e nêutrons se misturando com a
convecção dos elétrons e o corpo se reorganiza em sua estrutura
24
Campo morfogenético é uma teoria formulada pelo biólogo inglês Rupert
Sheldrake para explicar padrões de atitudes individuais que se tornam hábitos
pela repetição, que vão envolvendo várias pessoas e terminam se consolidando
como um comportamento coletivo e, portanto uma força maior, como se existisse
um padrão invisível que funciona para dar ordem a um sistema de organismos
vivos.
Um Grito de Loucura
47
molecular, seguindo uma orientação genética para se readaptar a
uma nova condição mental, criando uma condição energética que
dissolve essa organização.
Essa predisposição caminha ao lado dessa organização,
orientada pela vibração que o ser emite e recebe, dividindo sua
função motora celular, vibratória e energética. A condição de
vencer uma fase ruim vem dessa correlação de sobreposição do
pensamento.
Tudo vem do espírito, como uma consequência
do momento experimentado.
Aos 7 anos, o espírito já tem condições de formular o
pensamento. A partir dessa idade a depressão pode se apresentar
germinando o mal de Alzheimer. Caminhando para os 14 anos, a
depressão começa a se formar com a influência social. O planeta
forma várias manchas agrupando muitos jovens com
pensamentos afins, induzindo-os para essa condição de
degradação de sua juventude, fomentando instintos depressivos,
carregando essa tendência de pensamentos negativos,
influenciados pelos meios sociais e pela globalização.
Chegamos aos 21 anos com esse novo condicionamento
vibratório intensificado, conectando todos esses jovens a um
grande cordão energético ligado aos Magos Negros, assimilando
magias deletérias, manipuladas no espaço-tempo pela vontade do
ser. Ao anularmos a vontade dos obsessores, criamos um
transporte vibracional no campo em evidência, quebrando o
padrão negativo e desestabilizando o cordão energético,
resultando no efeito dominó, pois ao desestruturar uma peça, as
demais perdem sua força.
Quando trabalhamos diretamente com a
depressão, identificamos muitos obstáculos.
Essa doença se propaga pelo cérebro, degradando a
readaptação do pensamento, solidificando uma ideia fixa de
negação e autodestruição.
Um Grito de Loucura
48
Em contrapartida, o próprio corpo biológico
naturalmente assume suas defesas, ajudando para que isso não
aconteça, forçando as células a se mobilizarem por todo o corpo e
impedindo a co-criação dessa ideia de aniquilamento.
Avançamos para os 28 anos ampliando o arquétipo da
esquizofrenia e o consequente bloqueio celular. O ser assimila
uma nova roupagem biológica, buscando se adaptar para não
perder sua identidade.
Esse paradoxo de cura e loucura amplia o
pensamento fixo, interferindo no vórtice do chakra
frontal, o chamado terceiro olho, confundindo o
mundo material com o espiritual. A cura vem por uma
chave de acesso ao sofrimento, exteriorizado de várias
formas, intensificando a dor do ser que nos momentos
mais lúcidos sente a quebra do padrão.
Com a chegada do Alzheimer o padrão se quebra,
despertando a consciência ou aprofundando a instabilidade.
Já estará então na faixa dos 35 anos e o pensamento
imprime manchas no perispírito, trazendo ondas magnéticas
ligadas aos Magos Negros. Nesse ponto delicado, os cordões
energéticos que se formaram desde a origem do ser, se fixam em
pensamentos negativos, deslocando qualquer noção de
pertencimento, evidenciando o padrão e a vibração magnética
negativa dos magos. Essa condição, construída ao longo de
muitos séculos, pode ser desestabilizada pelo efeito dominó, pois
atuando nessa vibração, interferimos nessa energia obtendo
resultados efetivos.
Derrubando a peça maior do dominó, todas as
demais caem.
É muito triste abordar esse assunto, mas por outro lado o
resultado positivo nos alegra. A aplicação dessa técnica é
fundamental com o advento da nova era. Com a quebra de
apenas um elo, conseguimos dissolver todo o cordão energético
Um Grito de Loucura
49
que liga esse pensamento fixo do plano sutil ao físico, obtendo
um verdadeiro milagre de cura existencial sobre o mal causado
pelas doenças silenciosas.
Os atos impensados pela influência do Mal
criaram uma simbiose ligada diretamente ao
pensamento, deixando marcas no perispírito que só
podem ser curadas pela prática do auto-perdão.
Observe que desde sua origem, que se perde nas brumas
do tempo, alguns espíritos tem mais predisposição para a
depressão, devido à somatização, à influência do meio ambiente,
ao condicionamento de um pensamento fixo.
Como podemos dar vazão aos nossos melhores
pensamentos para mudar essa vibração?
- A partir do livre arbítrio, que interfere na
quebra do padrão e libera uma nova opção,
condicionando esse rompimento, a partir da sugestão
do pensamento.
Sem a inspiração para mudar suas escolhas, a
somatização do pensamento fixo acarreta a condição de negação,
impedindo novas experiências e pensamentos positivos, criando o
paradigma de que nada é válido e que nada novo se co-cria.
O ser humano segue uma ideia tendenciosa de
movimento linear, buscando a partir de uma escolha, a
sobreposição de pensamento para ter mais convicção.
Vamos usar como exemplo 3 pessoas ligadas a uma
religião, tentando impor seu pensamento a outros que não
comungam dessa fé. Com isso, forma-se um padrão que amplia o
dogma já existente e surge o construtivismo através de um
dogma, que segue as sugestões para a formação de um padrão.
Se na faixa dos 21 anos esse padrão não é quebrado, seu elo fica
mais fortalecido, pela sobreposição das células, formando um
pensamento intrínseco à sua própria vontade onde a somatização
Um Grito de Loucura
50
foi tão impactante que além da simbiose o indivíduo estará
totalmente contaminado.
Você se transforma naquele pensamento,
solidificado até no corpo astral, renascendo uma vida
após a outra com uma predisposição e aquele
pensamento do passado se torna um elo mais forte de
autodestruição.
Nosso propósito maior é dissolver padrão por padrão,
desde a primeira infância, aproveitando a oportunidade do
esquecimento para que na nova roupagem o espírito utilize as
formas mais sutis possíveis para novas escolhas.
Um Grito de Loucura
51
Capítulo 6 - Violência estrutural
Estamos no final do ano (2021) e é oportuna uma
reflexão para o próximo, conceituando mudança e reparação,
focando na retirada daquilo que está doente e repondo uma
condição mais sadia ao ser.
A cura é uma mudança que só se concretiza
com a permissão do pensamento.
Quando adentramos nos momentos mais difíceis de
nossas vidas, acreditamos que uma situação não pode ficar pior
do que já está e que tudo acontece para testar nossa fé. Mas se
sobrepondo a essas próprias palavras, precisamos acreditar que a
conjunção de uma nova ideia ajudará a encontrar o perdão no
pensamento anterior, excluindo o medo e nos tornando
receptivos ao desejo de mudança.
Ao visualizarmos essa realidade, constatamos que essas
possíveis mudanças nos ajudam a solucionar o problema com
brevidade.
Num mundo com tantos problemas corriqueiros, nos
esquecemos de reservar um tempo para pensar no que sentimos,
permitindo uma subjugação que vem através do nosso atraso
moral. Criar o hábito de pensar diariamente num futuro otimista
gera uma mudança gradativa, que nos ajuda nas vicissitudes da
vida.
Quando adentramos na realidade das doenças
silenciosas é fundamental analisar os fatos que são registrados no
decorrer da vida. Para acessar esse campo de mudança gradativa
é necessário compreender o anti-negacionismo, enxergar e
entender os fundamentos da vida em sociedade, para adquirir a
empatia, que se torna o mais puro remédio para a melancolia.
Habilitar esse sentimento abrirá os canais da comunicação,
permitindo o bloqueio dos caminhos tortuosos. A transformação
vem de dentro para fora, através de poucas palavras e grandes
atitudes, nos posicionando como um ser importante na trajetória
da vida.
Um Grito de Loucura
52
Quando narramos a história de Mnvyt, citamos o mago
Aldebaran, que iniciou sua jornada terrena criando essa ideia da
violência da guerra com a intenção de disseminar os conflitos
entre os povos.
Quem não gosta da violência não aceita a
guerra, mas acaba sendo afetado por ela de uma
forma ou de outra. Nela não existem vencedores, todos
perdem - uns mais, outros menos.
Nesses períodos de transformação os confrontos se
sucedem, formando um pensamento negativo, descortinando a
realidade do Bem e do Mal. Tudo é relativo e cada um enxerga a
verdade pela sua visão estreita. Os ganhos e as perdas se
desdobram em uma batalha corporal e mental.
Um corpo lesionado cria feridas profundas, mas
um pensamento ferido por raiva e vingança contamina
o tempo, o espaço e tudo neles inserido, trazendo uma
saga que remonta aos primórdios do planeta.
A violência acompanha a trajetória de astros e galáxias,
construindo sua história nos mundos, até culminar na
necessidade da reparação daquilo que precisa ser ressignificado.
Os mundos são criados e destruídos, as civilizações desaparecem,
dando lugar a outras, mantendo pequenos conflitos acesos nas
almas dos quase 30 bilhões de seres que orbitam neste orbe,
trazendo uma pseudo ilusão de paz.
Cada ser se encontra em um estágio evolutivo distinto e
com os novos conflitos ressurgem as doenças invisíveis que nos
levam a caminhos indeterminados, escolhidos pela influência
dessas vibrações negativas. Com boa vontade e determinação,
poderemos transformar essas energias aplicando a indulgência,
de forma gradativa, liberando as amarras que nos prendem aos
pensamentos ilícitos.
Aldebaran chegou aqui, exilado da Constelação do Touro,
acompanhado de outros espíritos afins, carregando a derrota
Um Grito de Loucura
53
sofrida em seu antigo mundo, se adaptando ao nosso orbe ainda
primitivo. Após adequarem seus corpos astrais à condição de
humanoide, tiveram a permissão do Alto para atuar na
transformação do planeta, reencarnando na Lemúria e na
Atlântida, cerca de 70 mil anos atrás.
Toda batalha tem um causa, que proporciona
uma mudança drástica, exigindo um reparo no meio
social pela lei do determinismo.
A ideia da violência está disseminada em muitos orbes
para agir no núcleo da célula, no chamado Complexo de Golgi 25
.
Dentro da membrana da célula está a manifestação do
princípio inteligente que libera vibrações de energia densa,
despertando a violência e contaminando aquele espírito e os
demais envolvidos em seu cordão energético.
Essas guerras continuam até hoje, provocando crises nos
indivíduos envolvidos, resultando em uma teia de sofrimentos,
com corpos físicos debilitados e estrutura moral abalada.
Cria-se o arquétipo do mago das sombras, trazendo
pensamentos negativos que nos distanciam da verdade,
induzindo os seres a um pensamento fixo, em prol da violência. O
estopim da guerra é sempre pela posse de um território, seguido
da dominação daquela sociedade, com o objetivo de estabelecer
um estado unificado. A ideia que a guerra uniria os povos é um
pensamento antigo que infelizmente permanece até os dias
atuais, exterminando pessoas e destruindo culturas.
25
Complexo de Golgi é uma estrutura das células que possui um papel muito
importante no organismo dos seres vivos. O termo é uma homenagem ao
citologista italiano Camillo Golgi que descobriu essa estrutura. Caso o aparelho de
Golgi não exerça as suas funções adequadamente por alguma deficiência do
organismo, poderá resultar consequências significativas aos seres vivos. Algumas
dessas implicações podem ser doenças como a de Wilson, por conta da retenção
de proteínas, a distrofia muscular de Duchenne e a síndrome de Aarskog.
Portanto, qualquer deficiência no funcionamento do complexo de Golgi pode ser
extremamente danosa ao organismo, podendo causar, inclusive, doenças
hereditárias, até mesmo colapso ou morte celular.
Um Grito de Loucura
54
Nos planos sutis encontramos cidades repletas
de espíritos na condição de ovoides, sequelados por
esses conflitos. Somam mais de 1 bilhão de almas em
processo de hibernação, aguardando o determinismo
divino para um novo recomeço.
Precisamos nos conhecer interiormente para
compreender melhor a necessidade do próximo. Muitos de nós
estamos condenados pela negação, espalhando uma energia que
nega o amor, colocando o egoísmo em detrimento do direito do
próximo, intensificando a violência. Podemos chamar esse
pensamento de violência estrutural, que faz parte do consciente e
do inconsciente coletivo, desassociando o sentimento sublime do
amor.
Porque Aldebaran fez essa escolha, se nela só
encontramos dor e sofrimento?
- Não estamos na condição de julgá-lo, apenas
analisamos os fatos e seus desdobramentos.
Nosso intuito é ajudar na separação do joio e do trigo,
como nos ensinou Jesus, na Sua parábola inesquecível - buscando
a sabedoria para entender o que podemos ou não mudar.
Esse espírito traja hoje uma armadura tão espessa que
não nos permite distinguir seus olhos e boca, apenas manchas
escuras e nada que se assemelhe a um ser humano. Com seus
conhecimentos de magia, conseguiu fracionar seus pensamentos
para contaminar uma grande quantidade de seres,
principalmente líderes políticos e religiosos. Muitas hordas do
plano astral inferior são pequenas parcelas de seu poder,
trazendo a destruição através das guerras, formando uma teia
invisível que une os continentes do planeta aos planos sutis.
Essa é a técnica dos Magos Negros, com um poder de
alcance que não conseguimos mensurar. Dominam o processo de
bi corporeidade, contaminando muitos seres que estão distantes
de sua localização, impondo sua vontade.
Um Grito de Loucura
55
Seu eu maior se encontra nas regiões da Somália e da
Ásia Central, atuando indiretamente em todos os lideres
religiosos, incitando a violência e o fanatismo, com a ajuda de
outros Magos Negros, atingindo os planos sutis próximos ao
Abismo.
Que esse novo êxodo que se inicia ajude esses seres a
olhar para seus atos praticados e sintam arrependimento para sua
transformação moral.
Que possam contribuir positivamente no progresso de
outros orbes e que esse tempo não demore mais do que o
necessário para se concretizar.
Somente através do perdão conseguiremos
transformar nossa existência numa batalha onde
somente o amor vencerá.
Um Grito de Loucura
56
Capítulo 7 – Mediunidade e resgate
As doenças silenciosas se instalam desde o momento da
infância onde a sugestão está implícita no subconsciente,
tornando os mesmos afins, com a solução de traumas antigos e a
formulação de outros.
Melhorias através da comunicação oral e da influência do
pensamento, ressignificaram a questão da fé do tamanho de um
grão de mostarda, da mensagem de Jesus.
A soma dos laços energéticos nutridos pela violência se
desdobra na formulação do arquétipo familiar, com a
intensificação das rixas entre famílias, de pais que odeiam seus
filhos e irmãos que não se entendem. Em todo esse arquétipo
encontramos um ponto culminante que se dissocia deste estado
violento e diante dessa própria compreensão titularizamos o que
entendemos como família de poder, que resultou nas famílias da
nobreza, impondo sua vontade aos seus súditos. Resulta daí as
primeiras reencarnações de poder absoluto de alguns Magos
Negros.
Veja o exemplo do império romano, uma chance
oferecida para a busca da ressignificação com a permissibilidade
de conceituar no ambiente existente uma forma dessa condição
de poder, constituindo uma família e determinando a violência
intrínseca a ela. Todos interagindo entre si por uma predisposição
cármica de se reencontrarem na condição de parentes. Se eles
tivessem a compreensão da alavanca social que poderia ser feita
por esta ressignificação, o Karma poderia ser transmutado para
Dharma e permitiria a união dos povos.
Contudo, o que presenciamos foram novas guerras de
poder, impostas pela formulação do pensamento fixo, com
séculos de dominação. A formação daquele império teve grande
interferência de Aldebaran, co-criando a permissibilidade e o
comando do Mal, surgindo a conotação euro-centrista.
Precisamos entender quando acontece o rompimento
desse ciclo, com a ideia da dominação de um povo sobre o outro,
de um pensamento fixo negativo governando essa egregora da
Terra e somente aceitar o determinismo divino não é o suficiente.
Um Grito de Loucura
57
Uma verdade imposta não traduz a necessidade
evolutiva de cada um.
A sobreposição da verdade e dos seus contingentes
define a permissibilidade e atratividade relacionada a essa
interação, com a imposição de um domínio que explica as
decisões inseridas na sociedade.
Desde o início dos tempos, a técnica da oratória é
utilizada para a definição dessas ações, completando o conceito
de que todos os indivíduos aceitam a sugestão desses
pensamentos. Todos os seres envolvidos em matanças familiares
formam um arquétipo social próximo, criando a possibilidade de
uma ressignificação.
O determinismo não cria uma situação conflituosa ou
mesmo amorosa. Precisamos entender o conceito de
determinismo e excluir a interpretação das variáveis provocadas
pelas muitas possibilidades.
Imagine que você pode ter 100 pensamentos por
minuto. Quantos podem se materializar? Talvez nenhum. Estenda
esses conceitos para todos os membros da família e note que em
1 minuto milhares de pensamentos podem acontecer, mas
provavelmente nenhum se concretizará. Seus pensamentos
interferem numa egregora de vibração, criando uma onda que se
irradia no ar e no magnetismo da atmosfera, se deslocando para
os polos da Terra através dos rios e oceanos, se fundindo com a
energia do planeta.
A água constitui 70% dos organismos vivos e sem ela a
dissolução dessas energias seria muito difícil. O próprio fluido
cósmico universal é líquido e está contido na água, sendo
fundamental para a manutenção da vida.
Infelizmente, nossa imprevidência contamina e destrói os
ecossistemas afetando a vida, beneficiando somente os Magos
Negros. Essa batalha interna que travamos com nosso ego,
vinculada aos nossos pensamentos nos deixa à mercê dos magos,
nos afastando da ressignificação, do perdão incondicional.
Precisamos mudar nossa faixa vibratória, buscando novos meios
de transformar o mundo, criando novas vibrações, refazendo
nossos passos a partir do núcleo familiar.
Um Grito de Loucura
58
Com a contribuição da mediunidade podemos
direcionar nossos pensamentos para a busca do
perdão.
Toda família consiste de um ponto inicial onde se
formula a sua conjuntura pelos cônjuges e filhos, representando a
construção de uma ressignificação de pensamentos, quando
antigos algozes se reúnem por afinidade, possibilitando uma nova
oportunidade de convivência.
Diante dessa condição, surge a faculdade mediúnica,
contribuindo para aqueles que aceitam essa necessidade de
mudança, através da sugestão do pensamento mais livre das
influências perniciosas. Mas com essa imposição, a questão da
violência se evidencia, prejudicando a recuperação do ser.
Conceituando que a perfeição está presente em todas as
coisas - quando acordamos de manhã e ouvimos o canto dos
pássaros, temos uma mensagem da natureza - quando olhamos
para o céu azul, sentimos um convite para cuidar da natureza.
Quando acompanhamos o nascimento de uma criança -
despertamos a necessidade de cuidar de uma nova vida, para
desfrutar de suas maravilhas.
O mundo se forma através do cuidado que temos com as
pequenas coisas, da dedicação e da observação de nossas
atitudes, refletindo mais e falando menos. Isso nos permitirá uma
compreensão mais profunda do nosso ser, com melhor utilização
da oratória.
A mediunidade nos oferece um dinamismo que
abre uma interface para a permissibilidade e as
vibrações vinculadas a ela.
Surge o conceito de resgate, atuando no núcleo da
ressignificação das mentes dos envolvidos. Veja a quantidade de
médiuns inconscientes que existem ao redor do globo e a
importância das boas vibrações chegarem até eles. Mediunidade
é oportunidade de fazer o bem sem olhar a quem, é a condição
de atuar anonimamente respeitando o livre arbítrio de cada um.
Um Grito de Loucura
59
Apoio ou alavanca, que cada um use essa
ferramenta para atender suas maiores necessidades.
Um Grito de Loucura
60
Capítulo 8 – O espectro do campo morfogenético
Vamos abordar a relação do tempo com a existência
humana e seus conflitos, introduzindo o assunto da Teoria da
Relatividade 26
de uma forma simples, para entender os traumas
das vivências. Imagine 3 relógios simbolizando 3 pessoas - 3
espectadores - que estão inter relacionados em um plano, sendo
um relógio fixo no meio, outro girando em torno de seu vórtice e
o terceiro mais distante, atuando como um observador, todos
convivendo com suas experiências, aplicando suas habilidades e
respondendo pelas consequências de suas ações. Assumindo a
hipótese de estarem inicialmente no mesmo horário, verificamos
que o relógio 2 orbita em torno do relógio 1, que está no centro
do vórtice e recebe o magnetismo deste através da força da
gravidade. Nesta representação esses dois relógios possuem o
mesmo ponto de referência, mas aquele que orbita presencia um
tempo maior daquele que está no centro.
Podemos fazer uma analogia com o movimento de órbita
da Terra, onde o plano material representa o relógio 1, o plano
astral, que envolve o planeta, o relógio 2, enquanto o relógio 3
está localizado em pontos mais distantes do Universo. Observe
que todos estão em movimento, mas em condições diferentes,
pois enquanto o tempo para os relógios 1 e 3 está no plano
material, o relógio 2 se desloca no tempo do plano espiritual,
mais acelerado. Além disso, cada relógio gira em torno de si
mesmo. Estando na posição do relógio 1, atuamos como
espectadores inertes olhando para cima, esperando que as
26
A Teoria da Relatividade Geral é uma generalização da Teoria da Relatividade
Restrita. Einstein provou que os fenômenos físicos acontecem de forma diferente
para observadores que se movem com velocidades relativas constantes e que a
velocidade da luz é a mesma para todos esses observadores. Mostrou-se, além
disso, uma equivalência entre tempo e espaço. Em termos práticos, essa teoria
indica que eventos que ocorrem simultaneamente para um observador podem ser
assíncronos para outro. Por exemplo: a duração de um evento, como a queda de
um corpo, quando medida por uma pessoa no planeta Terra, pode ser diferente se
medida por um observador externo que se move com uma velocidade comparável
à velocidade da luz.
Um Grito de Loucura
61
respostas para nossos problemas venham de fora e não de
dentro.
Nesse conceito, a nossa movimentação no plano astral
continua incessantemente visando despertar novos aprendizados
e reduzir a ansiedade em vocês. Cada movimento assume um
tempo diferente atendendo aos chamados da vida, mas se
ignorarmos o tempo, o foco será na vivência de cada um.
O tempo em que você está inerte é importante para a
observação de tudo o que gira em sua volta. É fundamental que
nenhum desses relógios saia de seu movimento e se choque, com
o equilíbrio sendo feito de forma natural, através da
mediunidade. Quando isso ocorre, o tempo do relógio 1 se
mistura com o do relógio 2 criando uma refração no tempo,
confirmando o conceito da relatividade exposto pelo cientista
Albert Einstein.
Queremos associar esse assunto ao resgate no tempo -
mesmo o relógio que está supostamente parado pode receber a
influência magnética daquele que está em movimento ou vice-
versa. Essa comunicação entre esses 3 relógios consiste
exatamente na comunicação entre os vários planos e demonstra a
importância do resgate ao receber essa troca de vibrações. Nessa
mesma comunicação, a própria necessidade do resgate
compreende a recepção dessa vibração exponencial de um campo
magnético, expresso pela própria gravidade em seu movimento
contínuo, análogo ao sangue que circula no seu corpo, com as
partículas de oxigênio entrando em cada uma de suas células.
Dentro de cada um desses sistemas está o Modelo Organizador
Biológico 27
, atuando no epicentro em cada célula, com o
Complexo de Golgi provocando a explosão celular da energia
magnética.
Conscientes desse movimento, constatamos a realidade
de que nenhum dos relógios está parado e com o passar do
tempo compreendemos como ele se organiza, mantendo a
27
Espécie de fôrma que elabora a forma somática e tem funções e propriedades
específicas e importantes para a manifestação da Alma (Princípio Inteligente) na
nova encarnação. Conceito criado pelo pesquisador espírita Hernani Guimarães
Andrade.
Um Grito de Loucura
62
singularidade da existência, despertando nos observadores a
necessidade de enxergar o movimento que cria um padrão de
sugestão do próprio caos.
Essa chave seletora da fomentação da evolução
constitui-se no braço singelo do resgate através das várias
oportunidades inseridas no meio do próprio espaço-tempo,
situando-os como minutos, segundos ou em outras palavras,
como pensamentos, palavras, frases - construindo novas ideias.
Aquilo que se intitula como um pensamento um dia se torna uma
ação e esta, um resgate.
A física quântica tem a ver com tudo isso, pois
se relaciona com a convergência entre espaço e tempo.
A vida é um movimento cinestésico de aprendizado
com o espaço-tempo.
Quando estudamos a cinestesia, buscamos o ato de
aprender sem um tutor, com o condicionamento daquilo que nos
é ofertado. No meio desse movimento, as ligações são múltiplas
diante desse espaço-tempo, nos conectando com outros
indivíduos, criando em cada ser uma matriz, um novo
pensamento, uma variação da própria realidade. A interpretação
sugerida por cada matriz conecta os vários traumas às várias
vivências sugestionadas no meio do espaço-tempo,
condicionando esse movimento ao resgate de um tempo perdido,
sofrido, decorrente da própria condição vibratória. Essa condição
colabora com os vários meios de tratamento da depressão,
provocando o desligamento das energias negativas que nos
movem, desconectando a matriz que nos liga a essa teia do
tempo. Esse condicionamento induz ao sono, ao desânimo,
induzindo o corpo físico para o distanciamento da vontade,
desligando o próprio cordão de prata 28
sugerindo uma visão de
mundo com ideias de estimulação.
28
Conduto energético que interliga o corpo perispiritual ao corpo físico durante as
experiências fora do corpo.
Um Grito de Loucura
63
Para atingir esse objetivo, precisamos da ajuda dos
remédios alopáticos e homeopáticos que facilitam os canais do
sono, mantendo essa ligação do desdobramento do corpo físico
de uma forma mais tênue, criando o conceito de sugestionar mais
tempo para a interpretação e compreensão desse próprio espaço-
tempo de ressignificação e resgate através do próprio
desdobramento que funciona como uma proteção para o espírito
combater a depressão.
No desdobramento, você entra no relógio que se
movimenta mais rápido onde o tempo continua girando na
mesma velocidade, mas o movimento gerado por esse campo faz
com que você sinta a vida como se estivesse parado,
presenciando outras vivências simultâneas. Observe que os 3
relógios não marcarão o mesmo tempo e os que estiverem
parados serão condicionados ao mesmo referencial, na mesma
condição dos minutos que se passam em cada um - aquele que se
movimenta dará mais voltas e cada volta gera mais uma vivência
- e para cada uma delas o tempo continua o mesmo, mas o
percurso relacionado ao ser será maior.
Esse tempo, definido por Albert Einstein como “delta T”,
se refrata ao conceito da gravidade e do magnetismo exercidos
pelos campos em comunicação criando sua relação com a Lei da
Relatividade. A refração do tempo explica que ele não existe e
com isso entendemos a necessidade do desdobramento, pois
nesse estado o indivíduo conhece a sua maior finalidade em
relação ao tempo na vida física.
A referência da continuidade da vida é o próprio tempo,
que interliga os próprios tratamentos das doenças silenciosas
interagindo com o tempo proporcionado pela experiência no
plano físico, criando um paradoxo onde o espaço-tempo não tem
o mesmo valor para essas duas situações. Tratar as doenças
silenciosas somente com medicamentos é um erro - a meditação
e a adaptação ao meio em que vivemos se fazem necessárias para
facilitar o desdobramento do tempo e ajudar os mais indefesos e
desatentos.
A saída do corpo não se dá por uma linha reta e sim por
um vórtice que se movimenta através de sua própria vibração
para obter um ganho. As doenças provêm dos corpos mais sutis,
deixando marcas no perispírito, traumas sobrepostos de nossos
Um Grito de Loucura
64
erros, criando a perspectiva de uma mola, com vários anéis,
formando a espiral evolutiva que permite o movimento de onda,
um padrão, com vários vórtices, chegando até o corpo causal. Nos
picos dessas ondas, como nos icebergs, vamos encontrar as várias
espirais representando as vivências passadas se sobrepondo e
formando o arquétipo da vida atual. Lá estão registradas as
primeiras vivências no plano astral e até em outros mundos. Tudo
começa no plano crístico e vai descendo para os outros corpos
sutis, testemunhando o princípio da criação.
A partir da subdivisão celular, a fagulha divina
se desdobra por uma sugestão, ganhando em cada
plano mais amplitude de vivência e de escolha a partir
do livre arbítrio e se direcionando para o local mais
adequado à sua necessidade. Sua posição com relação
ao tempo-espaço nos fala mais do que podemos
imaginar.
Podemos entender o momento da criação como a
liberação de gás em um corpo, com suas micro partículas se
subdividindo para a formação de um corpo de luz - o princípio
inteligente. O meio ambiente então irá influenciar o tecido inicial
desse campo de espaço-tempo. Os pontos externos ou picos
representam os nossos excessos, nossos erros ou acertos, que
fazem parte do processo evolutivo e a sombra desse espectro
define quem é você, tangenciando o movimento em relação ao
objeto.
A única tangente fixa em relação à velocidade, ao
transporte e à existência nos vários universos sugestionados a
essa teia de pensamento é a velocidade da luz condicionada como
um pensamento, pois se o pensamento é luz, esta também é
pensamento.
A luz é um pensamento que ganha irradiação
criando uma força tangente que vai se somando e
Um Grito de Loucura
65
criando o conceito de relatividade, inter-relacionando
todos os seres em relação ao universo.
Falamos da soma dos ideais, da soma dos espectros, da
soma das vivências, do tempo e da velocidade. Criamos uma
fórmula de relação, de comunicação e de resgate, adaptando no
meio das várias condições das doenças silenciosas à inclusão da
necessidade de cada um, formando um desenho de espectro
único, cada um negando os vários vórtices ou elos, enxergando
somente o desenho de sua sombra. Precisamos enxergar cada elo
do desenho e excluí-lo como um vetor ou mancha preta e
entender o complexo das vivências através do esquecimento.
Nesse desenho da depressão podemos visualizar só as
pontas da linearidade evolutiva da vida. É preciso desenvolver o
autocontrole das emoções enxergando o que realmente nos afeta
de dentro para fora, compreendendo através das várias vivências
a melhor forma de se comunicar consigo mesmo, entendendo
como as doenças silenciosas aparecem para provocar essas
feridas.
Para tangenciar os movimentos, tanto positivos como
negativos, precisamos estudar cada elemento, cada elo, cada
vivência, cada sobreposição que cria o seu espectro.
Um Grito de Loucura
66
Capítulo 9 – O plasma dos pensamentos
Vamos abordar a questão do plasma (quarto estado da
matéria) 29
que forma um gás no núcleo das células, aquecido sob
determinada temperatura, atuando no nível subatômico dos
nêutrons e prótons e criando uma camada de íons ativos. Plasmar
um pensamento é atuar no âmbito microscópico do núcleo das
células criando a noção de ligamento ou ruptura, permitindo a
formação de um feixe energético que chamamos de canhão de
plasma. Na visão macro, podemos fazer uma analogia com os
buracos - negro e branco. A diferença entre eles é que o buraco
negro suga tudo ao seu redor enquanto o branco repele. Dentre
essas duas forças, o que facilita o fenômeno de contração e
expansão é o próprio movimento de impulso, criando o conceito
de plasma. Forças que se repelem ou se atraem criam o
distanciamento dos elétrons formando o plasma, cuja origem está
no fluido cósmico universal.
A quebra desse padrão vibratório envolve os planetas
dos planos físico e sutis e cria um arquétipo de teia, um tecido
onde se misturam as diversas realidades, os vários pensamentos,
com sua capacidade de co-criação. A partir daí se desenvolvem as
várias doenças silenciosas, como agentes de solução, mas
também de bloqueio, atrapalhando a auto-cura. A cura se
processa do micro para o macro, do interior para o exterior,
respeitando a origem dos traumas e suas complexidades.
Quando analisamos o aquecimento das moléculas
verificamos a solidificação de um pensamento, formando o
canhão de plasma. Observando esse sentimento, identificamos no
aquecimento das partículas a complexidade daquele caso e a
partir daí podemos atuar no processo da cura. Nesse contexto, a
29
Apesar de não ser fácil a obtenção do plasma na superfície do nosso planeta,
ele constitui 99% de tudo o que existe no universo. Isso porque grande parte dos
astros celestes é formada por substâncias nesse estado de agregação. Embora
raros, podemos citar alguns exemplos da presença do plasma, como no fogo, nas
lâmpadas fluorescentes, na televisão, nos raios, entre outros.
Um Grito de Loucura
67
febre (elevação da temperatura) se encontra dentro do composto
celular do ser levando-o a um enfraquecimento.
Quando essa febre não é de origem física e sim
emocional, temos a oportunidade de trabalhar diretamente com
o perdão em sua magnitude. O perdão é um movimento que
nunca cessa e a partir do momento que a engrenagem que o
movimenta começa a girar, nos conecta com um mecanismo
maior do nosso ser, ampliando nossa interação com os campos
morfogenéticos e chegando até o corpo causal.
Fizemos essa introdução para abordar um novo caso,
sobre o momento certo de girar a roda do perdão, que se inicia
no nosso campo morfogenético, se expandindo para as diversas
reencarnações que registram a repetição do padrão na escala
evolutiva. A necessidade do perdão é mais subconsciente do que
consciente e a sensação que domina o pensamento forma a ideia
desse canhão de plasma. O aquecimento do núcleo das células
irradia em cada nêutron e próton criando um campo de
dissociação interna, alinhando os Chakras e permitindo ao ser a
disposição de caminhar rumo ao perdão.
Nosso caso aborda a historia de uma pessoa que se
vingou e em seguida buscou o suicídio, se maltratando
intimamente na esperança de encontrar uma forma de
neutralizar essa sensação implícita desse campo do perdão.
Ayacam foi um ser que viveu na Áustria por volta de 201 a.C.,
consciente da retomada da necessidade do perdão, vindo de um
êxodo planetário para buscar numa nova constituição física a
ferramenta emocional voltada ao perdão. A dissipação térmica
dessa sensação vai se neutralizando na dependência do campo
onde o mesmo se insere na condição da própria sobrevivência. A
formação dessa permissibilidade decorre diretamente da saída
daquela condição anterior, com a movimentação dessa
ferramenta na busca pela sobrevivência, tendo como foco a
permissibilidade do amor, mas encontra na cobiça a construção
de pensamentos entre conforto e ganância.
A adaptação desses conceitos naquela época se distancia
muito do entendimento atual. A formulação dessa situação
agrega a condição de abertura do próprio ser na permissibilidade
do amor, pois amando nos permitimos adentrar outros espaços
de convivência, nos ligando a novos campos morfogenéticos e
Um Grito de Loucura
68
criando condições de formação de bons pensamentos, de
construção de sentimentos sadios.
Se adaptando nessa egregora, ele se apaixonou por uma
linda mulher, mas o sentimento não foi correspondido,
despertando em seu ser uma necessidade de destruição.
O amor é um sentimento fundamental, que
quando não compreendido se transmuta em um
plasma estagnado que reage por dentro, induzindo à
depressão, alterando sua assinatura energética.
Vencendo essa reencarnação, com o passar do tempo, a
deterioração de seu corpo físico gerou a negação e
consequentemente a tentativa de destruição forçando-o a uma
maior necessidade do perdão.
Na próxima reencarnação, ele reencontra novamente a
necessidade de acessar o campo do perdão mais intensamente,
mas podemos constatar que esse ser já renasce com a assinatura
da depressão mais acentuada, com a ideia fixa de não conseguir
ter a correspondência do amor. A complexidade desse
sentimento atrapalha a vibração que permitiria a reciprocidade.
Com isso, condiciona-se nele a raiva contra o amor, direcionando
aquela encarnação para a prostituição, lucrando com o comércio
do sexo sem controle.
Nessa condição, quando detemos o controle mental e
emocional sobre outros seres envolvidos no nosso campo,
afetamos o Karma, introduzindo amarrações energéticas de
vingança. Ayacam, envolvido nessa complexidade de sentimentos
sente um conflito entre o subconsciente, que amplia o campo da
necessidade do perdão e o consciente que o distancia desse
sentimento.
Até que ponto lidamos com as doenças silenciosas e a
influência de suas vibrações somadas com as próprias energias
que nos fixam? A condição dessa fixação acontece graças a essa
condição de plasmar esse pensamento através da condição
vibratória permitida pelo ser, mas isso não dura muito, pois o
próprio subconsciente em detrimento desse sentimento liga o
Um Grito de Loucura
69
condicionado a vibrar para essa forma negativa com todos
aqueles que o mesmo prejudicou.
Na essência dessas palavras, desdobra-se uma nova
condição dos que foram prejudicados, recriando a oportunidade
inserida dentro de seu lar com o nascimento de uma filha. Essa
criança renasce com a lembrança dos traumas causados pelo seu
genitor, ao seu antigo corpo físico. Aos 6 anos, a menina dessa
historia, de nome Aveya, filha de Ayacam, se coloca de joelhos na
frente do pai e fala que não suporta mais presenciar a
manipulação da prostituição e se suicida, colidindo a cabeça em
um pedra.
Enquanto o sangue escorria, suas últimas palavras foram:
“Se perdoe hoje para eu não precisar voltar amanhã e ao invés de
tirar a minha vida, tenha que tirar a sua”. Esse ato de desespero
proporciona o momento de plasmar o sentimento da
ressignificação, do auto-perdão.
Naquele momento, num ato de desespero e
inconformação, Ayacam segura o corpo da filha no colo e com um
movimento brusco, remove sua própria vida, na tentativa de ir
atrás daquela que seria o brilho de seus olhos, negando tudo o
que tinha construído ao longo das jornadas evolutivas. Golpeando
sua cabeça várias vezes com a mesma pedra para encontrar a
morte da mesma maneira que a filha, ele perde a oportunidade
da permissibilidade do perdão, formando um novo Karma.
No plano astral, ambos se reencontram trajando a
roupagem de reencarnações anteriores, expondo suas feridas
impressas em seus perispíritos e Ayacam visualiza sua primeira
reencarnação na Terra, vendo na filha o antigo amor não
correspondido. Entre ambos se forma um elo de protetorado
criando uma condição vibratória de se permitir perdoar, de viver
sem atrapalhar o curso contínuo da vida, consciente dos delitos
praticados.
Veja que a violência abriu posteriormente os canais do
perdão e aquela alma enraizada em tanta brutalidade só
encontrou uma forma de ressignificar seus sentimentos quando
ocorreu uma desgraça em seu próprio campo afetivo, diante de
seus olhos.
Um Grito de Loucura
70
“Enquanto Dimas é o primeiro ladrão a se
perdoar diante de Jesus, Ayacam é um dos primeiros
suicidas a ressignificar esse sentimento”.
Evidenciamos a necessidade do envolvido nesse drama
conviver com as doenças silenciosas como uma forma de
ressignificação. Com a depressão, encontramos um mecanismo
facilitador para ajudar o outro.
Essa doença pode ser neutralizada, mas não se extingue
pela própria condição de sua proximidade com esse sentimento.
A única solução para essa sensação vem do trabalho contínuo da
aceitação, interagindo com o próximo como se fosse com ele
mesmo e ampliando a necessidade da ressignificação para
plasmar um sentimento de mudança.
Que essa transformação esteja em nossas telas
mentais permitindo sempre a quebra do padrão e, no
contexto desse sentimento, que todas as verdades
possam ser expostas sem que o sofrimento exija mais
reparações.
Precisamos ressignificar nossos atos e
principalmente, reformular os próximos que precisam
ser mudados.
Ambos, conectados ao Karma do suicídio ampliaram a
possibilidade do resgate e hoje se encontram no Mundo Maior,
trabalhando como bons samaritanos no Vale do Cilício, a região
dos suicidas.
Um Grito de Loucura
71
Capítulo 10 – Domínio da mente
O domínio do pensamento é um assunto que merece
muita reflexão. Precisamos desenvolver a prática da conversa
íntima com nosso próprio eu, organizando os problemas do dia a
dia, pessoais, familiares e outros que nos afligem. O senso de
organização está em toda a natureza, física, espiritual, no
magnetismo que envolve a Terra e em todos os relacionamentos
dos seres vivos, formando uma grande malha que une o tempo e
o espaço para a formulação dos pensamentos e do domínio sobre
eles, mas pouquíssimos de nós consegue esse intuito.
No meio de cada povo e nação, dimensionamos o
tamanho de seu exército pela quantidade de seus soldados e não
pelas armas. São muitas mentes pensantes com poucos
comandando e o instinto de liderança prevalece sobre a maioria.
Nesse sentido, muitos são os subjugados em função do
pensamento sobre a supremacia, que vem de uma
permissibilidade de aceitação. A amplitude deste poder leva ao
aprisionamento da mente e vem sendo contínua na história da
humanidade.
A permissibilidade abre uma oportunidade de socorro e
os seres provenientes das esferas da luz te ajudam a encontrar
um caminho para a resposta, que é direcionada para cada
situação - diferente do que encontramos nos planos inferiores
onde o domínio do pensamento é imposto em sua mente.
Neste último caso, surgem as teias de comando, com
uma hierarquia que busca a criação do soldado perfeito, aquele
que não pergunta, apenas executa ordens. Nós, contudo,
trabalhamos com a qualidade do pensamento, buscando aflorar
os melhores sentimentos de cada ser.
Comodismo é uma palavra que vem de “cômodo”,
“confortável” e, num mundo de tanto egoísmo, a busca pelo
conforto nos leva a um caminho mais fácil, porém distante do
Bem.
Trabalhamos com as dificuldades, buscando harmonizar
as vibrações, despertando fé e esperança nos corações. A palavra
chave continua sendo a ressignificação - pelo trabalho, pelo
pensamento - e em contraposição aos que se comprazem com o
Um Grito de Loucura
72
mal, que possamos aproveitar os seus próprios métodos para
ensinar-lhes uma forma de se recondicionarem.
A ressignificação está conectada ao maior Grito de
Loucura possível, pois no momento em que escolhemos o que é
errado mergulhamos num mar de sofrimento e o despertar passa
pelo aprendizado do auto-perdão.
É um preço alto que devemos pagar por nossas escolhas
erradas e cada um de nós tem um caminho particular a seguir,
carregando o peso da cruz que consegue levar.
Contudo, não é necessário passar pelo
sofrimento para encontrar a ressignificação, pois
muitos optam pelos caminhos da fé do tamanho de um
grão de mostarda. Sofrimento não é sinônimo de
elevação ou de perdão e é muito distinto do amor, que
carrega a bandeira da ressignificação.
A história que contamos tem um significado diferente
para cada um, encontrando no sistema sináptico nervoso 30
as
conexões necessárias para a formulação de um pensamento.
Quando falamos do amor, nos referimos às suas várias
vertentes - amor familiar, amor pela natureza, amor romântico -
porém este último pode nos levar a um relacionamento tóxico,
uma prisão, criando a disposição para um condicionamento do
pensamento negativo nos levando à violência a partir do lar para
a sociedade e se distanciando da fraternidade universal.
A violência praticada em várias reencarnações se
sobrepõe à ética, tornando-se uma herança negativa que
precisará ser corrigida em futuras vivências.
Toda violência provém de um problema pessoal de nosso
ego. Observe que um animal violento é aquele que tem o
temperamento forte e, portanto, um ego alto. O ego é a
30
A sinapse é uma região de proximidade entre um neurônio e outra célula por
onde é transmitido o impulso nervoso.
Um Grito de Loucura
73
definição da violência numa fase primária que se desdobra na
imposição de um pensamento obrigando o próximo a fazer sua
vontade.
A posse é um dos primeiros sentimentos concretos
relacionados com a violência. O condicionamento do
territorialismo vem diretamente dos resquícios do senso animal
que ainda está em nosso ser.
Contudo, no conglomerado de ligações nervosas de
nosso cérebro não somos mais animais e sim seres pensantes e
devemos impor nossa vontade sem uso reativo de pensamentos
ruins.
O meio em que nos desenvolvemos atua diretamente
nesse aspecto provando nossa capacidade de agir, de pensar e
direcionar o pensamento para as melhores escolhas, que são
infinitas. Cada uma nos leva para um determinado caminho e
muitas vezes precisamos retornar para aprender a fazer diferente
na busca do crescimento interior.
O determinismo divino é um condicionamento
obrigatório para nossas pegadas, colocando regras em nossa
caminhada. Quem conhece profundamente esse mecanismo de
causa e efeito são os espíritos das egregoras mais elevadas que
atuam nos fundamentos das leis divinas para sua aplicação.
Vamos exemplificar os conceitos de determinismo e livre
arbítrio. Colocando um ímã ao lado de outro, você cria um campo
magnético, que poderá ser mais forte em um dos polos. Nesse
sentido, você representa esse campo, com as duas forças atuando
e tem opção de escolha podendo se fixar no polo que quiser. A
sua permissibilidade é o livre arbítrio. Já o determinismo
representa a interação do campo magnético que independe de
nossa vontade trazendo as modificações necessárias para nossa
evolução tanto no plano físico como no astral. Ele continua
atuando nos planos sutis até atingir o Campo Crístico. Podemos
fazer uma analogia com a Teoria das Cordas 31
, ampliando as
31
A Teoria das Cordas é uma tentativa de unificar a teoria da relatividade e a
mecânica quântica onde todas as partículas do Universo são formadas por cordas.
A principal consequência da teoria das cordas está na sua demonstração
matemática: ela não funciona em um universo com três dimensões espaciais, mas,
sim, em um com dez dimensões de espaço e uma de tempo. Se a teoria for
Um Grito de Loucura
74
relações entre mundos e planos, nos obrigando a acreditar que a
infinidade de opções é muito maior do que podemos imaginar.
A função dos campos morfogenéticos no livre arbítrio é a
adequação do movimento de cada campo em sua formulação ao
redor do globo, ligando você com aquilo que mais te capacita a
atuar no seu meio. Seria como procurar a catraca perfeita para
uma polia, dentre várias opções disponíveis e podemos estender
esse conceito para as tentativas que fazemos em várias vidas,
com os acertos e desacertos - considerando a permissibilidade,
nos omitimos ou desviamos nossa força de vontade para campos
negativos.
Disponibilidade, disposição, complementa a
necessidade da disciplina.
A criação dos campos morfogenéticos deriva da condição
de similaridade, de simpatizar e se adequar a uma nova
roupagem, dando a permissão que contém a sua vibração
enfatizando sua intenção.
Como ocorre com a força magnética que atua num astro,
isso acontece também com sua vibração, sugerindo uma espécie
de determinismo. Mas isso está ligado à nossa própria capacidade
de interpretação naquele momento, aceitando que somos seres
polarizados e que iremos para o lado mais estimulado. Essa
mescla de livre arbítrio com determinismo cria a complexidade
das teias e dos campos morfogenéticos, te inserindo em um
campo de autonomia de escolha que te permitirá avançar para o
seguinte, aumentando suas possibilidades evolutivas.
comprovada, existem sete dimensões espaciais que não conseguimos perceber e
que vão além da altura, comprimento e largura. Isso representa uma nova visão
do Universo bem diferente do que já conhecemos. Apesar de todos os avanços já
apresentados, a teoria das cordas é, ainda, apenas uma ideia e não pode ser
demonstrada experimentalmente. Espera- se que, com o avanço das pesquisas em
torno dos aceleradores de partículas, seja possível comprová-la nos próximos
anos.
Um Grito de Loucura
75
Os campos morfogenéticos são o resultado das vibrações
que emitidos inconscientemente - um bom exemplo seria um
cofre composto de várias engrenagens, que para se abrirem
precisam sincronizar todas as peças.
Para desenvolver o domínio do pensamento precisamos
encontrar o melhor caminho para nossas escolhas, mais fácil e
proveitoso.
O encontro desse canal sempre será pelo amor
e que ele possa ser expandido e não aprisionado num
cofre, guardando verdades que precisam ser reveladas.
Que todas as verdades sejam absorvidas pela teia que
nos une, formando o meio social, o meio do amor, pois nessa
caminhada não existe um meio único, mas sim o que você
estimula mais.
A singularidade das escolhas nos levará para
onde realmente necessitamos estar, para
encontrarmos nossos desafios e aproveitar a melhor
opção de escolha.
No corpo causal estão os registros akáshicos e com isso,
na formulação de seu campo morfogenético as suas escolhas são
estabilizadas e ressignificadas e se adaptam da melhor forma para
a construção de um novo pensamento, de uma nova proposta
para sair das dificuldades.
Observe que nós não discutimos o caminho e sim a saída,
para que possamos nos colocar em novas discussões e âmbitos de
trabalho e que isso condicione nosso pensamento para nos levar
a novos desafios e nos melhorarmos.
Nada posso falar dos planos búdico e crístico 32
, pois
32
O plano búdico é descrito como um reino de consciência pura. De acordo com a
Teosofia, ele existe para desenvolver a consciência búdica, o que significa se
tornar altruísta e resolver qualquer problema com o ego. Já o Crístico seria a
unidade completa com Deus.
Um Grito de Loucura
76
nossa condição evolutiva ainda não nos permite visualizar esses
planos mais sutis.
Um Grito de Loucura
77
Capítulo 11 – Domínio do bem x materialismo
A irradiação da raiva e da violência impermeabiliza a
transição para uma condição de um novo pensamento que nos
leve ao Bem. Esse movimento de baixa vibração transpassa do
mundo astral para o físico, influenciando aqueles que irradiam
sentimentos negativos criando uma conexão junto aos vários
portais inerentes ao nosso orbe.
Milhões de espíritos são exilados para várias regiões do
astral, repletos de pessoas amarguradas, carregadas por um
materialismo exacerbado, com a ira enraizada, envoltos nessa
condição de não se perdoarem.
A viabilização do perdão contínuo tem sido um dos
maiores portais abertos, adequando esse movimento para a
necessidade de cada um, transformando e abrindo essa condição
para novas oportunidades e escolhas. Adequar a vibração é
ajustar o pensamento, unindo os que têm sentimentos
semelhantes para agir em larga escala.
A percepção em meio a esse movimento ultrapassa a
necessidade imediata desses espíritos, oferecendo uma nova via
de oportunidades que infelizmente não é entendida devido à
condição vibratória em que se encontram. Adequar-se significa
aceitar, mas é preciso ser receptivo a essas mudanças que são
gradativas.
Não podemos mudar os outros, mas sempre
podemos mudar a nós mesmos, dando o exemplo ao
próximo.
Todos que se fixam em um sentimento solidificado
interiormente bloqueiam a ação do movimento de
transformação.
Esse conceito está intrínseco desde a formulação do ser,
levando-o da condição de imaturidade para maturidade,
buscando sua adequação ao processo evolutivo, atravessando as
necessidades de cada momento. Toda necessidade vem
acompanhada de uma solução particular e assim surge uma nova
Um Grito de Loucura
78
oportunidade, nos incentivando ao uso do livre arbítrio. Ninguém
na matéria pode se desconectar das engrenagens da vida.
A caridade anônima nos aproxima da condição
do amor puro e nos permite enxergar no próximo uma
oportunidade de auto-perdão.
Muitos são os chamados e poucos os
escolhidos.
A vida está em movimento constante, sempre nos
oferecendo novas oportunidades. Veja o movimento de rotação e
translação da Terra, acompanhado do seu magnetismo, formando
tudo o que existe do macro ao micro, atuando em partículas
menores que o átomo e se expandindo incessantemente.
O domínio do magnetismo existente nas células
proporciona uma sobreposição a esse sistema, forçando a
mudança de milhões de células a partir da epiderme, envolvendo
os órgãos e o córtex cerebral até se transformar na água que sai
pelos poros realizando a higienização do corpo. É a regeneração
celular atuando ao longo do tempo para adequar o ser humano
ao meio em que está envolvido.
Nesse contexto, precisamos abordar o preconceito
existente em pensamentos solidificados no ser. Vamos estudar a
saga de um espírito que chegou à loucura a partir da
desorganização de seu sistema celular.
Na época da Inquisição, quando a Igreja representava o
domínio temporal na Terra, a medicina não oferecia nenhum
tratamento para a maioria das doenças e a mediunidade atuava
no socorro aos sofredores, com os médiuns praticando a cura
pelo magnetismo. Contudo, o preconceito chegou para combater
tudo o que é diferente no próximo, sendo entendido como
estranho e perigoso.
No século XV, no Tibete, numa localidade chamada
Higoromo, existiu um centro avançado de formação de médiuns,
irradiando uma nova era para a humanidade. Através dos campos
morfogenéticos, esse conhecimento chegou até os médiuns
europeus. Enquanto isso, a Igreja realizava um movimento contra
a mediunidade, obrigando o êxodo de muitos médiuns para esse
Um Grito de Loucura
79
lugar distante e desde essa época, o maior polo de mediunidade
continua sendo lá.
A revitalização das próprias células oferece uma nova
vertente de ressignificação e aquilo que não te serve pode ser útil
ao outro. Até um corpo putrificado serve de alimento para os
vermes e bactérias que existem em seu interior. Esses vermes são
alimentos para outros ainda menores formando uma cadeia
quase infinita, nos oferecendo uma nova ressignificação da
matéria.
Naqueles tempos da Inquisição a aversão aos médiuns
adquiriu proporções enormes e afetou o centro da estabilidade
vibratória do orbe, prejudicando os bons pensamentos da
humanidade e obrigando à atuação do determinismo divino.
No Tibete, se inicia um movimento de meditação para
ressignificar essas vibrações, oferecendo aos povos uma
oportunidade de elevação dos pensamentos. No estado de
meditação aumentamos nossa passividade, nos contendo na
tomada de decisões erradas enquanto assimilamos o
conhecimento interior, desenvolvemos o domínio da vibração,
entendemos a importância da ressignificação dos pensamentos e
sua repercussão nos problemas do dia a dia.
Quando meditamos em prol da fome no mundo,
irradiamos uma vibração que alivia o sofrimento dos famintos.
Quando vibramos por aqueles que perderam a esperança,
aumentamos esse sentimento entre encarnados e
desencarnados. Criamos o domínio do Bem, conectando os
pensamentos, com um movimento em cadeia e gerando um
efeito “chicote”, uma onda que nos leva à teoria das cordas,
formulando a condição de que quando você grita de desespero
alguém percebe essa ressonância e irá orar para que sua dor seja
atenuada.
Diante desse movimento ouvimos Um Grito de Loucura
pedindo que tudo isso passe logo, aspirando que o mal seja uma
página virada para o domínio do bem, após tantos séculos de
sofrimento.
Envoltos no manto do conhecimento nos
distanciamos do preconceito.
Um Grito de Loucura
80
Os personagens dessa saga foram os milhões de espíritos
assassinados durante a Inquisição, mas as perseguições se
estendem até hoje, bloqueando a liberdade de pensamento.
Graças ao manto do conhecimento nos identificamos com
espíritos que se distanciam do preconceito e no anonimato
propagam ideais elevados doando um fluxo de energia que irradia
o magnetismo da cura.
Um ser só se abre a esse movimento, quando se permite
adentrar ao domínio do Bem. Aquele que se abre ao Bem,
permite que essa irradiação de amor o condicione para a luz.
O objeto que mais brilha é aquele que aceita receber a
luz. Todos estão disponíveis para receber a luz, embora a maioria
ainda se esconda dela.
Sempre haverá um movimento para reencontrarmos o
equilíbrio e aquele que aceita receber a luz também aceita
irradiá-la. Mas aquele que a aceita e apenas se esconde dela se
fecha dentro de si mesmo, tornando-se refratário e despertando
as doenças invisíveis como a depressão, que assola mais de 1/3 da
população do mundo.
A grande contribuição após a Inquisição foi a
disseminação da mediunidade a povos e culturas diferentes,
naturalmente adaptadas às condições religiosas existentes. Ela
veio carregada de muitos preconceitos, distanciando os médiuns
de suas verdadeiras missões, cristalizando o movimento da
negação, da não permissão da vibração da própria luz.
A intuição é a maior forma de mediunidade que
dispomos e está contida em todos nós, independente do credo
religioso, adequada ao meio social, onde os conceitos do amor e
do perdão são oferecidos.
Tristemente, muitas religiões da atualidade
propagam o materialismo, idolatrando o dinheiro.
Um Grito de Loucura
81
Capítulo 12 – Recomeço
Os eventos que narramos mostram como os ideais do
perdão e do amor atuam na redoma do ódio. O cume desse
desespero está no ato de retirar a própria vida. O terrorismo
entre o estado psicológico e físico adentra uma das camadas mais
profundas do ser, levando-o à falta de esperança.
Esperança é uma palavra oposta ao medo,
assim como ansiedade é antônima à fé.
Com ela, surge uma oportunidade de retomada da
consciência, ou seja, uma nova chance. O recomeço consiste na
formulação de um novo corpo físico, uma nova reencarnação,
trazendo adormecidas as lembranças dos atos anteriores. Nessa
condição, a mediunidade vem inserida, proporcionando a
abertura de um campo de trabalho para o ser. Podemos afirmar
que a mediunidade consiste no maior resgate, possibilitando que
você se reconcilie consigo mesmo, te oferecendo um olhar
maduro dos atos inconsequentes do passado e uma proteção
para os gatilhos emocionais.
O conceito de dívida no plano físico está ligado
à reparação, mas acima de tudo trata-se de um
compromisso moral.
Essa referência se torna mais nítida na retomada de
consciência quando vemos o despertar da mais pura mediunidade
nas crianças. A pureza de seus atos em alinhamento com seus
mentores definem as palavras que modificam os campos ao seu
redor, palavras como - desculpe, reveja seus atos. Nisso
observamos as relações das novas crianças situadas no mundo,
estando mais atentas na relação do íntimo e no movimento
social. A empatia consiste na referência da própria mediunidade
em seu conceito primário, na primeira infância.
A palavra “bullying”, usada atualmente, se distancia das
crianças nesse momento. O reencontro do movimento de
Um Grito de Loucura
82
empatia entre você e o próximo trata exatamente da condição do
início do recomeço onde toda necessidade transviada se deposita
numa camada obscura, se distanciando da sua própria missão.
Adentrando na necessidade de fazer diferente, dispõe de uma
forma mais nítida daquilo que se entende como diferente. Com
base na antiga vivência e graças a essas mudanças de vibrações
entendemos que a nova oportunidade será melhor que a anterior
e assim sucessivamente numa espiral evolutiva onde a
ressignificação não tem limites.
Qual seria a definição de um salto evolutivo?
- Consiste na ressignificação, num avanço moral
e não importa quanto mal você fez, mas sim qual a sua
predisposição para aceitar a mudança.
Podemos dizer que os médiuns ostensivos obtiveram um
salto vibratório oferecendo o poder da ressignificação, da
retomada, do recomeço contínuo, muitas vezes em torno da
mesma missão, porém não temos garantias que a qualquer
momento tudo pode ruir.
Ainda nesse movimento de onda, a retomada terá seu
momento crítico no ápice de negação e muitas vezes
encontramos uma negativa ampliando esse desgaste, mas ao
mesmo tempo, o recomeço oferece uma nova retomada de
consciência, com fé e empatia, proporcionando uma condição
para essa movimentação.
Com isso, o movimento contínuo promove novos rumos
e ao elaborar esse espectro encontramos essa adequação em
meio às várias vivências contidas nas experiências do dia a dia,
nas consequências das nossas escolhas e, principalmente, através
da liberdade delas.
Adequar-se é uma necessidade, mas sob que
condição? Sob qual determinação devemos condicionar
essa adequação?
Um Grito de Loucura
83
- Sobrepondo a própria definição da falta de
esperança em relação às novas vidas condicionadas ao
recomeço e aceitando a ideia da imortalidade da alma.
- Relembrando as próprias necessidades em
relação ao campo em movimento contínuo, onde a
vida social desempenha um papel primordial.
Somos mensageiros, trazendo respostas através
dos médiuns, seja intuitiva, psicofônica, psicográfica ou
até pela inspiração.
Observe que já falamos do extermínio da vida pelo
suicídio para fugir da depressão.
Nosso próximo assunto vai abordar a esquizofrenia,
visando a tentativa do ser de anular o novo recomeço. Precisamos
enfatizar o papel da mediunidade nessa retomada para entender
o aprisionamento no corpo físico. Aquele que fortalece o
pensamento da própria modificação tem responsabilidade com os
seres que o protegem para não repetir os mesmos erros. São
várias prisões criadas pela mente em detrimento da mediunidade
que fracassou.
Nessa reflexão encontramos a esquizofrenia e o
Alzheimer, correlacionados a esse condicionamento do recomeço.
O que a medicina descreve como um surto psicótico, na realidade
é uma reação íntima do ser, contrária ao recomeço.
Precisamos entender que o recomeço não nos
leva a condições cármicas violentas.
Nossa nova personagem é Sabrina, uma menina que
reencarnou em 1983 e teve um despertar muito puro da sua
mediunidade aos 3 anos, apesar de presenciar as ligações imorais
dos pais com prostituição e drogas.
Nasceu de um relacionamento conturbado, com o
propósito de atenuar o caos que havia naquele lar e aos 15 anos
presenciou a morte violenta de ambos, sendo adotada pela avó.
Um Grito de Loucura
84
Entrou na vida adulta com muitos traumas, mas
consciente da necessidade de fazer o que era certo. Contudo,
engravida precocemente e se desespera, perdendo o elo que
tinha desde a infância com seus guias espirituais. Com isso,
afasta-se do pai da criança aumentando seu Karma e acaba
entregando a filha aos cuidados da avó.
Essa repetição de padrão é muito comum e a reprodução
do que acontece de mal conosco torna-se um ciclo vicioso.
Quando chegou aos 23 anos, a instabilidade emocional se instalou
definitivamente e dois caminhos poderiam ser escolhidos – da
depressão, distanciando-a daquela vibração ou do sofrimento,
assumindo a condição de mãe e dos compromissos com a criança
– ela escolheu o primeiro.
A predisposição para a esquizofrenia começa então a se
mostrar mais nítida tornando-se um gatilho para bloquear o
suicídio. Passados alguns anos, a loucura dos seus pensamentos a
leva para um estado de desequilíbrio onde enxerga
simultaneamente os planos físico e astral, pois a esquizofrenia é
uma mediunidade transviada que nos leva a uma vida dualizada
nos dois planos.
Como ocorrerá a sua cura?
- Na própria esquizofrenia, impedindo-a de não retirar a
própria vida e dando oportunidade para que a filha, já com idade
da adolescência, também não somatize o mesmo trauma.
Sabrina continua até hoje internada e em tratamento
psiquiátrico.
Como se dá um recomeço?
- Ele começa a partir de uma simples palavra –
eu aceito.
Para acontecer, precisamos nos conectar com o nosso
íntimo, aceitando a necessidade de trabalhar com a
ressignificação, buscando bloquear a instabilidade emocional,
condicionada pelas perdas, pelas vibrações negativas, vivências
desajustadas, que afetaram o registro akáshico.
Um Grito de Loucura
85
As novas experiências consistem nas muitas
oportunidades que temos de nos perdoarmos, permitindo e
aceitando as condições da nova vivência.
Essa patologia leva as pessoas a viverem em uma
dualidade contínua entre seus obsessores e protetores, sob a
influência dos próprios medicamentos, que provocam o
desdobramento forçado ou surtos psicóticos, culminando em
grande confusão mental.
A maior ajuda vem dos protetores, através de diálogos
interiores, alertando-a de suas responsabilidades, ajudando-a na
coesão dos pensamentos e mantendo-a aprisionada no corpo,
impedindo que recaia ainda mais.
Seu passado em outras vidas remonta ao uso da violência
e da prática do estupro, com ações advindas da espada e não do
diálogo. Naquelas reencarnações ela precisou de ajuda para não
cometer suicídio, recebendo na mediunidade uma nova
possibilidade de recomeço. Só havia duas escolhas - a repetição
do padrão negativo ou a interferência dos protetores para sua
retomada de consciência. Essa segunda opção pode ser
interpretada como castigo ou ensinamento. A interação entre os
dois mundos se dá através da permissibilidade da mediunidade,
te ajudando a mudar o pensamento e te protegendo de outros
males.
Até que ponto podemos interferir, sugerir, para obter
essa retomada? Até o desencarne do ser?
- Interromper aquela vida não seria correto e atrasaria o
seu processo evolutivo.
Quem tem autonomia para interferir no
determinismo divino são os espíritos ligados à Grande
Fraternidade Branca, que atuam no plano mental dos
envolvidos, oferecendo vibrações positivas para um
novo recomeço.
Contudo, caso os mentores não interferissem, a inércia
continuaria indefinidamente até aquele ser chegar à condição de
ovoide, negando sua própria condição, sem condições de
recomeço por longo tempo.
Um Grito de Loucura
86
Estando internada, Sabrina permite um equilíbrio entre a
atuação de obsessores e protetores. Agora, tudo depende do livre
arbítrio que atua no centro de força das células, impulsionando-as
a continuar sua jornada até cumprirem sua missão orgânica,
abrindo campo para novas células, para uma contínua
reformulação em todo o organismo.
As nossas companhias espirituais nos levam para um lado
bom ou ruim permitindo um salto evolutivo ou um retrocesso, daí
a necessidade da ressignificação da nossa tela mental.
Após a desencarnação ela entrará num estágio de culpa,
proveniente daqueles que a perseguiam, baixando a vibração e
obrigando-a a olhar para dentro de si para ver todo o mal que fez.
Com isso, obtemos a oportunidade de trabalhar com os espíritos
ligados a ela, facilitando sua acolhida pelos benfeitores em um
hospital espiritual.
A permissibilidade vem de uma resposta do
próprio íntimo enquanto que, a responsabilidade, de
uma relação com o próximo.
Joguete seria uma mistura da responsabilidade
com manipulação da verdade culminando na
permissibilidade.
Caso ela regredisse à condição de ovoide através da sua
permissibilidade se tornaria um joguete nas mãos dos espíritos do
mal, envolvida em muita energia negativa. Ficaria nessa condição
até que a luz divina que palpita em suas vibrações interiores,
onde o amor alcança o núcleo de suas células mais sutis acenda
novamente, oferecendo um novo movimento. O próximo passo
seria uma reencarnação no mundo astral ou uma reencarnação
prematura no plano físico, de poucas horas.
Nem tudo deve ser entendido como Karma, pois
muitos são os ensinamentos.
Um Grito de Loucura
87
Um trauma gera uma oportunidade de
ressignificação no meio familiar onde cada vivência
oferece mais aprendizado.
No registro akáshico ficam as memórias das
várias vidas e as marcas desses desacertos,
principalmente as morais.
Devemos procurar enfatizar nossos melhores
pensamentos, envolvendo todos os que estão na
egregora familiar.
Que o recomeço seja sempre envolto na alegria,
trazendo fertilidade e abundância.
Um Grito de Loucura
88
Capítulo 13 – Deus conosco
Na nossa busca pelo crescimento interior precisamos
manter a continuidade da assepsia dos nossos pensamentos
dominando tudo aquilo que vem na nossa mente e incluindo a
ideia de Deus conosco, para a abertura dos caminhos e portas que
queremos adentrar.
Vamos abordar a condição da harmonia e assepsia do
pensamento. Nos momentos de caos e instabilidade devemos nos
apegar aos principais totens de confiança, na certeza de que Deus
está conosco, que nossos guias sempre estarão presentes em
nossas vidas, confiando que a ancestralidade protetora nos
envolve numa cúpula de luz.
Continuaremos abordando a esquizofrenia, oferecendo
um momento de pausa para a condição mental. Encontramos
pessoas que desfrutam anos de paz após as crises psicóticas, não
se lembrando dos momentos de instabilidade. Na esquizofrenia,
após um período de internamento psiquiátrico bem sucedido, a
pessoa toma consciência do corpo e da mente, voltando à
sociedade com estabilidade emocional, devido à ressignificação,
com o domínio da vontade, condicionando sua tela mental a uma
condição de confiança, de conformação consciente que o melhor
virá.
Mas como conseguir esse objetivo?
- Com a retomada da consciência, sabendo que
a melhor maneira sempre será enfrentar a realidade e
aceitar a oportunidade de fazer diferente, seja
perdoando, confiando ou se adequando às novas
condições.
No meio desse condicionamento vibratório encontramos
a melhoria, sempre com as possibilidades de alguma piora
pontual, mas com a retomada da recuperação. É o momento de
estabilizar o pensamento, para combater essa doença e o desafio
sempre será o domínio da mente, com a eventual ajuda de
medicamentos controlados, para ajudar no desdobramento
Um Grito de Loucura
89
através do sono, permitindo um diálogo interior consigo mesmo e
com seus guias espirituais.
A origem da esquizofrenia vem da instabilidade do
pensamento, direcionado para uma ideia fixa, proveniente de
traumas vividos no passado, transformando esse sofrimento
numa linearidade prejudicial para o ser. Essa instabilidade leva
para a falta de fé, de esperança e esse ciclo culmina na depressão
e na esquizofrenia, bloqueando os canais de crescimento e
criando uma desestruturação, uma ideia fixa.
Contudo, a Lei atua sempre e aqueles que hoje
criam essa desarmonia deverão no futuro refazer seus
erros.
Nossa narrativa nos remete a uma menina, chamada
Valença, que nasceu na Argentina, em 1955, com problemas
mentais, abandonada pelos pais. Aos 28 anos tem uma ruptura
emocional, sua fé fica abalada e acaba sendo internada em um
sanatório, recebendo tratamento precário e distanciamento
social.
Naquela época era comum a aplicação de eletrochoques
e remédios em doses elevadas, provocando o desligamento total
da consciência, levando a pessoa a um estado vegetativo de 3 a 5
dias. Essa técnica é usada até hoje, mas em doses mais
controladas, principalmente nos picos de crise, limitados a 72
horas para não prejudicar o sistema circulatório.
Nesse desdobramento, seu espírito ressente os efeitos
das drogas químicas que atingem seu corpo astral e percebe as
entidades obsessoras, visualizando o que está ocorrendo consigo,
sendo induzida a ter compaixão por seus algozes, ligados a ela de
forma inconsciente.
Porém, esse sentimento precisa ser convertido em
perdão incondicional e nessa dualidade ela começa a perdoar
cada um deles através de um dialogo interior, dissolvendo as
ligações que os prendiam, compreendendo as razões dos traumas
e realizando uma assepsia mental, retomando sua consciência
através da vontade firme em se melhorar.
Um Grito de Loucura
90
A vontade atua como um gatilho para
impulsionar esse progresso.
Assim decorreram 8 anos e ela chega aos 36 com
esperança renovada, sentindo a necessidade de sair do
manicômio e fugir daquele tratamento violento. Agora está
plenamente consciente da transformação que precisa realizar
para a melhoria de todos os envolvidos.
Só havia duas maneiras de sair de lá – morta, em um
caixão ou fugindo. Algum tempo depois, ocorre uma rebelião no
hospital e ela aproveita a oportunidade, escapando com outros
companheiros na busca de um lugar melhor para recomeçar a
vida. Após dias de fuga, abrigam-se no meio da natureza, em
mata fechada, porém Valença é atacada por uma cobra venenosa
e desencarna.
Observe que dentre as várias opções de encerramento
daquele ciclo de vida, o caminho escolhido não foi mais o suicídio,
a automutilação ou a perda da consciência, mas sim a busca da
liberdade por dias melhores contribuindo com os demais
encarnados e desencarnados que estavam em seu campo
energético.
Os psiquiatras que trabalham hoje no Hospital Esperança
recomendam que os remédios antipsicóticos sejam usados para
relaxamento e indução da alegria, incluindo as vitaminas
essenciais para manter o corpo saudável.
Nos dias atuais, as casas de saúde estão mais
humanizadas, substituindo os manicômios do passado, mas
mesmo nos sanatórios espíritas ainda encontramos muito
preconceito para trabalhos mediúnicos de desobsessão. Todavia,
como aplicar essa técnica nos hospitais se nem na maioria das
casas espíritas encontramos pessoas predispostas para trabalhos
de desobsessão?
Esse trabalho é para poucos, mas não estamos
abandonados, pois o amparo do Alto está sempre
presente, fortalecendo a determinação em cada um de
nós.
Um Grito de Loucura
91
É necessário um tratamento preventivo para não chegar
nesses extremos. Por trás da esquizofrenia observamos a
influencia dos Magos Negros, que infelizmente vem crescendo
com o passar do tempo.
Valença veio de reencarnações de violência estrutural
desde épocas remotas, vivendo em famílias desestruturadas e sua
ressignificação chegou após milhares de anos.
Atualmente está reencarnada, com 13 anos, vivendo no
Panamá.
Infelizmente, a violência é um dos caminhos
que mais aprisionam os seres, levando-os a
pensamentos de rancor e os afastando do amor.
Como aprendemos a dominar o pensamento?
- Reconhecendo que os traumas podem ser
extintos a partir do auto-perdão, refletindo sobre a
palavra Deus conosco e ganhando força para tomar as
melhores decisões em nossas vidas.
Um Grito de Loucura
92
Capítulo 14 – Um caso de obsessão complexa
“Sigamos em frente sem deixar ninguém pelo caminho.”
Danilo Codegroza
Quando idealizamos esse livro não tínhamos a pretensão
de atingir um grande número de pessoas. Se apenas uma ler, já
despertará o interesse de outros sete desencarnados e atrás
destes chegaremos às famílias ansiosas, carentes de esperança
para superar a dor da saudade, sentimento que causa muita
mágoa e leva à depressão, ao abandono, ao esquecimento e a
vibrações muito baixas.
Nossas palavras podem bem ser aplicadas no caso que
você trata atualmente no centro espírita 33
com o rapaz que está
num processo de obsessão complexa. Posso abordar esse assunto
com muita convicção, pois também tive essa marca da obsessão
quando iniciei uma busca desesperada de ajudar minha família,
esquecendo de me cuidar. A mudança de minha atitude veio
após a orientação do Dr. Bezerra, na inesquecível entrevista que
ele me concedeu no Hospital Esperança.
As respostas para nossas dificuldades muitas vezes estão
na nossa frente e precisamos desenvolver esse olhar para
identificar o que precisa ser burilado, inspecionado e
ressignificado em nosso ser.
Vencer essa barreira significa atravessar uma ponte sem
enxergar o caminho, com um movimento de fé, onde
encontramos as palavras que inspiram nossa caminhada.
Quase nada podemos fazer em relação ao próximo, mas
apenas o fato de estar junto a ele, de dividir uma palavra amiga já
desperta um sentimento de esperança, fundamental para
encontrar a ressignificação.
33
Duarte se refere aos tratamentos realizados nas reuniões de desobsessão no
Centro Espírita Caridade e Luz (São Roque-SP).
Um Grito de Loucura
93
Precisamos ter sabedoria para limpar as
dúvidas do caminho e confiança para dar cada passo,
conscientes que a estrada oferecerá aquilo que
precisamos aprender.
A percepção do quadro depressivo traz a compreensão
de que todos estão inseridos nessa condição das doenças
silenciosas e o quanto cada um de nós precisa ser sensibilizado
por esse movimento para difundir a ideia da esperança, dissolver
as dúvidas e atingir as nossas escolhas.
Veja quanto este caso se assemelha aos já mencionados
sobre o pensamento agressivo, com uma sobreposição que, de
tempos em tempos, te associa às baixas vibrações.
Este é mais um caso onde o suicídio se repetiu por varias
reencarnações com o uso de drogas que o afastaram do caminho
da felicidade. O recurso da extinção da vida vem pelo
condicionamento de uma falsa verdade, pela solidificação do
pensamento ao longo de muitas vidas, quando sua caminhada se
torna direcionada unicamente para a violência física, verbal ou
nos pensamentos.
Ele se considera um peregrino no meio de sua jornada,
buscando de forma ansiosa uma resposta para seus problemas,
afastando-se da esperança. O tempo é uma necessidade presente
no mundo físico e o desenvolvimento de uma ideia fixa gera mais
ansiedade, alimentando um veio de ligação com baixas vibrações.
O gatilho das lembranças ruins de suas várias reencarnações vem
através da ansiedade.
Não temos um padrão para ser aplicado a um caso
específico, pois cada medicamento precisa ser adequado naquele
corpo por diversas tentativas medicamentosas até obter o
sucesso. Essa ideia nos leva a dois caminhos: êxito ou fracasso. A
experiência nos ajuda a identificar o melhor caminho, mas
sempre teremos dúvidas. Nosso irmão usufruiu momentos de
estabilidade, mas nunca esteve totalmente bem, gerando um
Um Grito de Loucura
94
movimento de ida e vinda de ondas senoidais 34
com picos de
estabilidade e instabilidade.
Essas crises disparam com apenas uma palavra que entra
em seus ouvidos, reverberam no pensamento e saem da boca
como uma resposta agressiva de algo que o machucou - uma
única palavra acaba desencadeando uma bola de neve. Muitas
vezes nos olhamos no espelho e encontramos uma negação
emocional, nos esquecendo de enobrecer nossos pensamentos e
de valorizar as boas experiências.
As lembranças de vidas passadas devem ser
esquecidas no nosso consciente, mas interiorizadas no
nosso inconsciente para nos ajudarem a não cometer
os mesmos erros do passado.
Os paradoxos da liberdade e da responsabilidade entram
em conflito. Precisamos de uma reencarnação inteira para
entender e ressignificar um único sentimento e muitas vezes
fracassamos. Expressar em palavras aquilo que sentimos é muito
importante, mas além delas que o nosso pensamento dinamize a
boa vibração, concebendo o bem que pode acontecer, criando o
braço da esperança. Nesse momento é oportuno o uso dos
medicamentos para atenuar a crise e despertar sentimentos
bons.
Ele está ligado a vampiros e outros seres implantados no
seu corpo astral que o levam ao desespero, tirando o seu sono,
sua disposição e colocando mais dúvidas em seus pensamentos.
Na origem desse processo nos deparamos com as falanges dos
Magos Negros, mas não devemos dar muita ênfase a isso para
não nos distanciarmos das forças da luz. Conhecer as sombras é
importante, mas também precisamos conhecer nosso lado da luz
usando a ressignificação para ajudar os que vivem nessa condição
34
O termo “Senoidal” é usado para designar o formato de uma onda que
determinado equipamento elétrico emite para possibilitar o funcionamento de
outros equipamentos. A onda senoidal é um formato mais puro de onda, com
pequenas e suaves oscilações.)
Um Grito de Loucura
95
negativa, incutindo neles a ideia do salto evolutivo através do
perdão.
Infelizmente todos nós ainda estamos
cristalizados na cultura da violência onde o mais forte
predomina sobre o mais fraco.
Podemos observar a intensificação da violência a partir
do século I de nossa era, com as guerras e movimentos sociais
influenciando o íntimo de cada um, se distanciando das visões
produtivas e se aproximando das baixas vibrações. Com a
violência chega a prática da autoflagelação no meio familiar, com
uma tendência de se machucar a partir do pensamento,
refletindo em como se vive e age com os assuntos do dia a dia.
Devemos fazer tudo o que estiver ao nosso
alcance para ajudar, cuidando do próximo, todavia,
nos protegendo do Mal.
Cada espírito que é acolhido na reunião mediúnica leva
uma semente implantada para mais dois e assim enfraquecemos
os ataques dos obsessores aproximando-os da ressignificação.
Durante o atendimento feito ao nosso irmão, outro médium
desenhou um tridente, representando espíritos guerreiros de
outra época e que agora precisam ser cuidados. As três pontas do
tridente representavam objetivos simbólicos de cólera, vingança e
desejo - um objeto de poder.
A entidade que incorporou na reunião apresentava a
aparência de um monstro 35
não catalogado ainda no mundo
físico e foi desligada imediatamente para proteger a integridade
da médium, sendo levada para tratamento nos subsolos do
Hospital Esperança. Não conseguimos manter os magos por muito
tempo no corpo dos médiuns para não prejudicá-los com as
energias extremamente nocivas que eles liberam. Normalmente
35
Fenômeno de psicopraxia, mais conhecido como incorporação, com a entidade
sob a forma zoantrópica, devido à degradação de seu perispírito.
Um Grito de Loucura
96
eles não comparecem nas nossas reuniões, enviando seus
vassalos para transmitir suas vontades.
Quando falamos de domínio precisamos conhecer a
implantação de chips no corpo astral com o objetivo de controlar
os pensamentos e palavras dos humanos, sugerindo um
condicionamento do pensamento direcionado para trocas e
favores ilícitos. Nosso irmão citado não tem chips, mas traz na
memória inconsciente as varias reencarnações que o levaram ao
suicídio com os companheiros de jornadas infelizes o
relembrando desses momentos, criando a falta de esperança e o
induzindo à ideia de suicídio, ódio e vingança.
Nossa ajuda encontra bloqueios no seu livre arbítrio, na
sua permissibilidade e ele precisa aprender a controlar tudo isso.
Precisamos entender que ao receber a ajuda da cura é necessário
saber o que fazer com ela.
O objetivo é a cura integral, do cérebro, que já está
afetado, mas também do espírito que carrega as roupagens
manchadas de outras vidas. É necessário que ele se conscientize
da importância e do valor da vida para sua recuperação e lute
contra os maus pensamentos.
A ligação com sua companheira vem de uma escolha
feita por ela em vidas passadas, que sente compaixão e
necessidade de ajudá-lo. A vida a dois consiste no
compartilhamento de um sonho, sempre sujeito a perigos e
adversidades e neste caso ela também sentia essas interferências,
mas adotou atitudes diferentes e proativas.
Não existe uma dificuldade que se estenda pelo
infinito. O problema sempre é do tamanho que
necessitamos para nossa aprendizagem naquele
momento. Precisamos aplicar nossa vontade para
sermos senhores de nossas vidas e de nossos
pensamentos.
Ele precisa de uma profilaxia mental, de descanso e a
internação numa clínica especializada pode ajudar. Todos os
Um Grito de Loucura
97
recursos devem ser feitos nesse sentido. A ajuda virá, pesquise
que o melhor lugar para ele será encontrado.
Somos todos seres em coesão e precisamos trabalhar na
ajuda ao próximo.
Que ele tenha forças para ser novamente o
senhor de sua vontade. Deus seja louvado.
Um Grito de Loucura
98
Capítulo 15 – Despertar da consciência
É importante ver na mediunidade um caminho para o
despertar da consciência, compreendendo o ser como alguém
lúcido de sua missão, com a sapiência semeada no íntimo de cada
um para despertar no momento oportuno.
Ligar-nos às coisas boas é a melhor forma de despertar
pensamentos e vibrações positivas em torno de nós. Precisamos
atentar para os desafios que nos cercam e entre erros e acertos,
vamos encontrando as respostas para aquilo que não devemos
mais fazer, assumindo a responsabilidade que nos cabe e
escolhendo o melhor caminho. Essa conexão com nossa
consciência nos traz a compreensão do que é mais importante na
nossa caminhada evolutiva.
As pessoas nervosas, que possuem uma predisposição
para a ansiedade, precisam encontrar seu apoio na paciência a
partir da primeira infância, com a ajuda do meio familiar. As
tribulações do dia a dia trazem uma ansiedade que interfere na
harmonia do campo vibratório. Dessa forma, na fase adulta,
precisamos ter paciência em dobro para lidar com a família e
principalmente com as crianças.
A vida adulta determina barreiras a serem vencidas,
exigindo atenção e vontade para atuarmos no campo da
tolerância, na busca da tranquilidade, vencendo a ansiedade e
permitindo maior responsabilidade nas nossas atitudes, em
relação ao próximo e a nós mesmos.
Com a chegada da terceira idade, devemos estar
preparados para novas demandas que exigem maior harmonia
vibratória para alçarmos voos maiores no campo da evolução.
Cada etapa da vida pede um campo de atuação específico nos
levando aos caminhos do progresso moral ou mesmo da
estagnação.
Cada crise que surge é uma barreira que precisamos
ultrapassar. O tempo relativo nessas fases se torna distinto para
cada um de nós, alguns ganhando mais tempo para enfrentar as
dificuldades e outros perdendo tempo precioso para entendê-las.
O tempo nos possibilita enxergar os pontos positivos e negativos
de nossa própria história.
Um Grito de Loucura
99
Nesse contexto, encontramos pessoas em uma ruína
mental, que não conseguem vencer essas barreiras, encontrando
a desesperança, o desânimo, que as leva à estagnação, rompendo
o campo linear evolutivo, atrapalhando as próximas vivências,
provocando reencarnações compulsórias para que aprendam a
ter paciência e a se conhecerem interiormente.
Nessa inércia encontramos peças diagramadas no
corredor da vida que são usadas como pontos de estimulação,
promovendo o compartilhamento da vida em comum,
estimulando o diálogo contínuo, a conversa fraterna, para o
despertar da consciência.
Atente para a importância que devemos dar às crianças,
encaminhando-as desde muito cedo para trilharem os caminhos
seguros. Na atualidade, presenciamos crianças cada vez mais
conscientes desse despertar, pois são espíritos que retornam para
mais uma caminhada evolutiva com mais maturidade e
responsabilidade, compreendendo que não podem mais perder
tempo. Aquelas que renasceram a partir do ano de 2.020 já
vieram com consciência de equidade, de pacificação, mais
amorosas, expressando seu pensamento positivo na egregora
familiar, imbuídas de novos conceitos morais.
O tempo é volátil e os nossos pensamentos nos
induzem à necessidade de ensinar e aprender
constantemente.
No mundo moderno a disponibilização dos conteúdos de
aprendizagem se torna mais acessível, facilitando a educação e o
conhecimento integral. Também a mediunidade ganha novos
horizontes, desenvolvendo a empatia, abrindo a passagem para
um novo tempo, onde cada criança sente a necessidade de
retomada da consciência. Em poucos anos iremos observar
adultos mais dispostos e preparados para viver no meio social,
contribuindo para a melhoria desse sistema caótico em que
vivemos.
Podemos verificar quanto faltou de empatia no século
passado, gerando as guerras, o afastamento dos povos e como o
Um Grito de Loucura
100
despertar da consciência é importante para viabilizar essa nova
era.
A espiritualidade maior sempre nos oferece
novas oportunidades de recomeço, para que, em
nossas meditações, possamos expressar gratidão pela
vida.
No decorrer do século XXI a empatia terá cada vez mais
influência na globalização, usando os meios digitais para encurtar
as distâncias entre povos, culturas e idiomas diferentes. A
comunicação avança, despertando o foco em outros interesses
coletivos, mas o homem ainda resiste com a criação de bolhas de
isolamento, se escondendo numa vida em estufa, condicionando
nas pessoas a ideia de individualidade e egoísmo que ainda
chegará ao século XXII. A bolha induz a uma falsa segurança
distanciando-nos da realidade da vida em sociedade. Somente
com amorosidade conseguiremos o crescimento moral das
criaturas.
O ato de tocar, de abraçar, consiste numa
ligação física, emocional e vibratória, que nos leva à
empatia, sentimento fundamental para entrarmos na
nova era.
No passado recente, os adjetivos atribuídos para essas
crianças, como índigo, cristal, agora ganharam novas
denominações como Z, YZ, WYZ, que na concepção do mundo
moderno abre novas possibilidades para a empatia, sentimento
que vai permitir a cura no meio social, levando-nos a despertar
para a compaixão.
Tudo o que já foi estudado sobre essas crianças até hoje
é apenas um ponto de início para entendermos a nova era.
Adaptar a empatia nesses novos tempos significa compreender a
vida social de forma abrangente, descobrindo a magnitude do
processo evolutivo a partir do despertar da consciência.
Um Grito de Loucura
101
A reforma íntima é o segundo passo para esse despertar
que nos convida a entender o momento do “agora”, diretamente
ligado ao futuro e somente vivendo o “agora” poderemos acessar
as coisas palpáveis, com a reciclagem do pensamento. Que
possamos trabalhar com o movimento tênue do perdão, pois
somente “agora” podemos fazer alguma coisa que nos ajude a
transpassar os entrelaces que nos guiam diante da própria
seleção natural.
É no “agora” que podemos fazer diferente,
abrindo os caminhos para uma palavra simples –
gratidão.
No seu aspecto positivo, a religião tem sido um ponto de
estabilidade social dentro da egregora do plano físico há muitos
séculos. Obtendo essa estabilidade, estaremos em condições de
semear novos conceitos no decorrer do tempo, eliminando a
utopia condicionada no seio das religiões convencionais, que
trouxeram a segregação entre os povos. Muitos desses fanáticos
religiosos estão reencarnando nessa nova geração de crianças,
para novas oportunidades.
Nos diversos liceus de educação da mediunidade 36
nos
planos sutis, encontramos cada vez mais a necessidade de
abordar o assunto religioso. A formulação de dogmas e
preconceitos religiosos criou um movimento de segregação, mas
a religiosidade verdadeira não se distancia do despertar da
consciência.
Compreender as causas e efeitos desse processo é
encontrar a via de responsabilidade na linearidade evolutiva,
enxergando os erros cometidos, aceitando a possibilidade do
perdão e obtendo um salto evolutivo.
A comunicação no meio digital, cada vez mais presente,
desenvolve uma habilidade que nos ajuda a mensurar a
capacidade cognitiva de enxergar a vida em harmonia com a
36
Nome das Instituições que ficam localizadas no Plano Espiritual, onde ocorre o
treinamento dos futuros médiuns do Bem que virão trabalhar para o progresso
espiritual das criaturas.
Um Grito de Loucura
102
sociedade. As crianças que renasceram a partir do ano 2.000 vêm
com um senso empático que desperta essa necessidade e
expande o campo morfogenético do planeta. A dispersão desse
campo permite a inserção contínua dos seres e a religião se torna
um movimento oportuno para desenvolver a empatia e o
despertar da consciência.
Esse processo reencarnatório tem a participação de seres
mais evoluídos da Terra e de outros orbes, formando um
contingente suficiente para a estabilidade emocional dos seres e
para a reverberação da empatia através da conexão dos
pensamentos e palavras, oferecendo uma comunicação positiva,
plena de amabilidade e amorosidade. Essa é a proposta dos liceus
nos planos sutis.
No íntimo de cada ser, encarnado e desencarnado,
vemos brotar a semente da empatia. Nas reuniões mediúnicas de
desobsessão presenciamos a necessidade de muita empatia no
diálogo fraterno, semeando uma forma de estimular o
entendimento e o despertar da consciência dos espíritos em
tratamento para a necessidade da reforma íntima.
Uma vibração muda um pensamento, um
pensamento muda uma palavra, uma palavra muda o
mundo.
Diante disso, que possamos estimular o uso da empatia,
fazendo a analogia com um quebra cabeças, onde cada peça é
importante para a formação do quadro final, que depois de
concluído, permite a compreensão do cenário. A cada peça
encaixada vamos compreendendo as ligações e a importância que
cada uma tem no contexto evolutivo.
Cada pessoa forma um núcleo único de energia em
relação ao movimento inerente à sua realidade. A disponibilidade
de cada uma envolve o meio que pode trabalhar mais
efetivamente. É importante compreender as várias etapas da
vida espiritual através da passagem dos séculos e a cristalização
das ideias fixas que criam a estagnação e induzem os espíritos à
condição de ovoides, após inúmeras reencarnações imersas na
violência.
Um Grito de Loucura
103
Muitas dessas crianças vieram dessa trajetória cármica,
com oportunidade de praticar a empatia e se adaptarem às novas
vibrações, reiniciando seus dias no plano físico após ganharem
novos corpos astrais. São espíritos que já possuem a semente do
perdão e da ressignificação. O salto é individual e não tem limites.
O Karma para elas será trabalhar no meio social e o Dharma,
movimentar a energia empata para ajudar na chegada da nova
era. Compreender o resgate da consciência significa compreender
a missão inserida nesse campo e atuar naquilo que ficou
pendente no passado.
O despertar da consciência faz parte da mediunidade,
trazendo no inconsciente de cada um a necessidade evolutiva de
atuar no Karma, no Dharma e nos pontos que nos ligam para a
formulação de novos pensamentos. Essa estabilidade vem do
campo emocional, construindo um terreno fértil para a
semeadura do amor, transpassando as barreiras do plano físico e
chegando aos campos sutis.
O que vocês chamam de reurbanização do planeta, já se
iniciou e daqui a algumas décadas, com a ajuda da tecnologia
digital, o mundo se tornará mais empata e as chamadas bolhas de
isolamento serão minoria no planeta.
Que em nossas projeções possamos vibrar
sempre por cenários melhores, direcionando-lhes
nossos melhores pensamentos e o despertar da
consciência possa nos conectar ao perdão e nos tornar
capazes de perdoar.
Um Grito de Loucura
104
Capítulo 16 – Semeando o presente
A vida no plano físico nos proporciona maiores
experiências no processo evolutivo. Vamos iniciar nosso diálogo
com uma parábola. As sementes plantadas na terra já contêm o
princípio inteligente, a fé dentro de si, além da vontade de
germinar, com o broto avançando no solo para ganhar força e
apontando para o céu para crescer. Isso ocorre por sua vontade
de ascender, mas como, se a busca da sobrevivência está no solo?
Para continuar sempre crescendo sua raiz se transforma em um
grande alvéolo para retirar os nutrientes da terra e ganhar força
para subir.
Nesse processo, identificamos sua vontade no
condicionamento de crescer e alçar os voos desejados, buscando
vencer os medos enquanto desce as raízes nas profundezas da
terra, ganhando força. A fé ganha mais uma palavra além da
vontade – força – começando então a florir e dar frutos que
levarão os germens à produção de novas sementes. Os frutos,
incapazes de alcançar o céu, retornam ao chão para servirem de
alimento aos animais e com os nutrientes dos excrementos o
broto da fé se transforma na esperança de ser igual à árvore mãe.
Essa é a formação de um semear de amor, de compaixão,
gerando uma nova oportunidade de transformação possível para
todos.
O presente está contido na própria vida, que vem com a
fomentação da fé, superando a vontade e proporcionando o
movimento linear da evolução, onde tudo cresce e precisa ser
compartilhado com o próximo. O exemplo está na transformação
e na sensação do serviço gratificante.
Quando abordamos a necessidade de apoio, nos
referimos aos dois mundos que se interligam continuamente
nessa trajetória dos planos físico e espiritual. Esses entrechoques
modificam o clima, o tempo e a irradiação da energia cósmica
para uma condição de cura. Percebemos esta conexão desde as
impurezas existentes nas micropartículas até a imensidão do
Universo.
Podemos visualizar essa intercomunicação nas mudanças
climáticas afetando a complexidade dos campos magnéticos que
Um Grito de Loucura
105
permeiam o globo e compreender a influência dos planos sutis
em relação a elas. A interferência da vontade atinge a matéria e
preenche muitas lacunas que a ciência ainda não decifrou. Com a
dúvida, questionamos essas lacunas, obtendo respostas na fé e na
vontade - o despertar da consciência.
Este Capítulo é um complemento do anterior,
despertando-nos aos bons pensamentos, à necessidade de
sermos um apoio para os seres que estão ao nosso redor.
Mas, como encontramos esse apoio?
- A vida humana é um movimento social onde todos
nascem pela via física, nos tornando dependentes uns dos outros.
Mesmo uma criança abandonada procura segurança na inclusão
do movimento social. Essa busca interior pela aproximação com o
semelhante, energética, estrutural ou por afinidades, vem desde
os primórdios dos séculos, de forma intuitiva, com o bem
procurando o Bem e o mal o seu semelhante, o amor lado a lado
com a passividade e a violência com a agressividade. Esse
despertar dos sentimentos nos leva à ressignificação, a um
mergulho interior para convertemos as palavras de ódio em
amor.
É fundamental amadurecer esse processo em nosso
íntimo para compreender melhor o que se passa ao nosso redor.
Contudo, se a distância entre esses dois pontos é muito grande,
precisamos mudar o sentimento que estiver mais evidente
naquele momento, e, se não conseguirmos, que mudemos nossas
atitudes.
Se não pudermos mudar as atitudes, que
mudemos as palavras e se estas não puderem ser
mudadas, que mudemos nosso pensamento e se até
este tiver dificuldades de ser modificado, que
possamos ter forças no nosso íntimo para transformar
nossa vibração.
Todas as vezes que pensamos, criamos uma irradiação
similar a um rastro luminoso que nos liga ao objeto de desejo.
Aqueles que possuem pensamentos negativos amplificam a força
Um Grito de Loucura
106
dessa irradiação, disseminando o crescimento da violência no
meio social. A revolta, a injúria e a indignação sustentam esse
pensamento como se fossem várias flechas disparadas e
agrupadas para atingirem o mesmo alvo. A flecha rasga o ar
fazendo o seu traçado, se agrupando com outras afins, criando
uma irradiação visível e negativa. Contudo, quando invertemos
essas polaridades e buscamos o perdão, essa irradiação torna-se
menos visível e ao invés de um rastro, formamos uma redoma
que se expande encontrando outras, ganhando força, criando
proteção e impedindo que as energias ruins se ampliem.
As diferenças entre os pensamentos dos encarnados e
desencarnados estão basicamente na sua cristalização na matéria.
Até o desencarnado que ainda não se desvinculou da matéria
sente essa necessidade e como não possui mais o fluido vital
procura sugar as energias dos encarnados.
Para romper esse condicionamento precisamos
entender que existem muitos caminhos para nossas
escolhas e devemos buscar sempre o melhor.
Que possamos filtrar nossas conversas, nossos
pensamentos, nossas escolhas, para não nos sentirmos em débito
com nossos compromissos, aprendendo com nossos erros e
sermos capazes de dar a mão ao próximo, sabendo o momento
certo de falar, de ouvir ou de se calar. Tudo faz parte da
linearidade evolutiva na busca de fortalecer nosso ser e nos
expandirmos.
Vamos abordar a questão do medo, do temor que temos
em nós, de perder um relacionamento, de magoar uma pessoa,
criando duas analogias, que consistem na formulação do
pensamento, onde tudo sofre interferência.
A educação de uma criança contém ensinamentos certos
ou errados transmitidos pelo educador. Se a criança não for
receptiva ao diálogo, o recurso é assustá-la, impondo o medo
para que obedeça. Tudo que é desconhecido gera medo. Quando
a criança dá os primeiros passos sempre terá as primeiras quedas
e do córtex cerebral vem o medo de se machucar para proteger o
corpo.
Um Grito de Loucura
107
No campo do medo emocional temos esse exemplo – se
você não for um bom menino vou te entregar para a adoção –
criando a sensação de abandono, de desprezo e incapacitação.
Essa atitude gera uma reação de adequação do inconsciente pelas
vias do medo induzindo a criança para um caminho negativo.
Temos uma terceira analogia, que não envolve abandono
ou proteção e sim o condicionamento – se você não for uma boa
pessoa irá para o inferno – perceba que a palavra criou um campo
negativo dentro do indivíduo e que pode reverberar por toda sua
vida.
A culpa vem pela sedimentação de um pilar de medo nos
fazendo desistir dos bons caminhos. Aquele que se encontra
impregnado de medo acaba desistindo de se limpar por estar
imerso numa autocompaixão.
Dentre essas três possibilidades de medo, descobrimos
algo de muito positivo que se reflete na ajuda, na intuição, na
interpretação do que está acontecendo para nos proteger daquilo
que pode nos ferir. O condicionamento do medo oprime o
movimento de expansão do amor e a resposta mais comum
ocorre na violência e no ódio. O caminho para eliminar essa
condição tão nociva para a humanidade é através da inclusão do
amor e da irradiação do perdão.
As crianças da Nova Era já nascem preparadas para os
questionamentos críticos da vida em sociedade e percebem
novos caminhos, sem medo de aceitar as inovações e abrindo a
oportunidade de uma vida sem preconceitos. Medo e preconceito
são fatores que caminham juntos na busca da compreensão pelo
perdão.
Todos nós carregamos os germens das doenças
silenciosas. O medo pode levar à própria loucura, ao desespero e
culminar no suicídio, que no mundo atual vem aumentando cada
vez mais. Muitas criaturas que buscam a fuga desse medo acabam
se envolvendo em acidentes fatais. Muitos recém-desencarnados
nessa condição permanecem com a energia vital intacta, sendo
objeto de vampiros e aproveitadores do Umbral Grosso.
Precisamos ter força de vontade para buscar na
prece a ajuda dos benfeitores espirituais.
Um Grito de Loucura
108
A farmacologia terrena possui muitos recursos para
ajudar as pessoas no enfrentamento da depressão. Muitos
expansores de consciência ajudam a mente a entender e facilitar
a interação entre os dois mundos, como o chá Ayahuasca, por
exemplo, que pode ser uma tentativa válida de combater a
depressão, mas sempre na presença de companheiros mais
experientes e dos guias espirituais para garantir a proteção do
corpo astral.
O álcool também te leva aos desdobramentos, mas para
as piores regiões do astral. Sou testemunha desse vício, que me
causou muito sofrimento durante os anos que vivi no Umbral
Grosso.
- Que Deus seja louvado.
Um Grito de Loucura
109
Capítulo 17 – Vícios
Precisamos trabalhar o movimento do pertencimento,
para as pessoas se sentirem úteis, trabalharem melhor,
mentalizando em nossas preces o Hospital Esperança e
encaminhando os necessitados para lá.
Quando seguimos em frente precisamos olhar para trás
para evitar cometer os mesmos erros. Olhar para o passado nos
ajuda a rever nossa trajetória e compreender que hoje é o melhor
dia, o agora, o melhor momento. A cada minuto que passa
surgem novos pensamentos e que estes estejam alinhados com a
ressignificação, seguindo a jornada com calma, mansuetude e
amorosidade.
Vamos abordar a ideia dos vícios, não como uma doença
e sim necessidade. Alcoólatra ou alcoolista, vício ou doença,
condicionamento ou adaptação, são referências que trazemos aos
dias atuais, vindas do passado.
O uso dos analgésicos ao longo da história nos remete às
drogas que vinham das ervas. O alecrim era o analgésico mais
disputado naquelas épocas. Na dose certa é um remédio,
exagerada, torna-se um veneno. Veja o arsênico, encontrado no
meio da natureza, também usado como analgésico desde que
usado na quantidade adequada. O álcool pode ser usado como
expansor de consciência e para divertimento, mas muitos crimes
foram cometidos pelo seu uso excessivo.
É muito fácil falar em compreensão, mas é difícil
compreender o vício como um meio de comunicação que se
transforma numa arma. O termo alcoólatra é pejorativo e por isso
preferimos chamar de alcoolista aquele que tem como
dependência o uso do álcool para ajudar sua jornada.
O álcool é antisséptico nas altas temperaturas e ajuda no
equilíbrio do corpo humano, servindo de elo de união quando
fabricado no seio familiar, como em diversas culturas, mas em
outras atua como um destruidor de lares. É necessária a
ressignificação de seu uso, compreendendo que a dose certa é
um fator de união familiar. Veja sua importância na homeopatia,
no soro antiofídico, no álcool de cereais. Sem o éter não existiria a
Um Grito de Loucura
110
medicina, pois ele é um catalisador de substâncias, fornecendo
diversas vacinas e medicamentos.
Os vícios criam manchas no perispírito que
atraem entidades afins.
Nosso perispírito carrega as marcas de muitos vícios
adquiridos em vidas passadas, podendo nos induzir a um campo
nocivo - como a depressão - abrindo um caminho de fuga do
consciente, da realidade, repetindo um padrão negativo para as
próximas reencarnações. A maior desgraça consiste na perda da
esperança, nos fazendo acreditar que a única solução é acabar
com a vida. Esse paradigma de que a morte pode te ajudar a
encontrar uma saída, te leva a esquecer de que a vida é uma
sequência de vários estágios para o despertar da consciência.
Os vícios nos induzem ao atraso de nossa jornada
evolutiva. Não devemos julgar e nem culpar, mas manter a
vigilância para tomar decisões corretas. Disse Jesus: “Vigiai e orai
para não cairdes em tentação”. Os vícios se misturam ao meio
social de forma tão ampla que desencadeiam uma série de
doenças silenciosas que merecem muita reflexão. O vício está
para a sociedade assim como esta para o vício. O vício não é uma
doença e sim uma busca de adequação da realidade. O problema
não é a substância, nem a condição ou o local e sim a quantidade
usada. Uma pessoa que tem dor precisa de remédio, mas na
dosagem correta.
Precisamos despertar nas pessoas o
conhecimento de seu próprio corpo, que é um
instrumento da evolução - que o melhor dia é hoje e a
melhor hora - agora.
Para solucionar os vícios precisamos reverberar a cura
espiritual assimilando o conceito da imortalidade da alma,
mantendo nossa lucidez para a retomada da consciência, abrindo
nossos campos para novas escolhas, estando presente no agora e
Um Grito de Loucura
111
atento às possibilidades que surgem ao longo da jornada
evolutiva.
Até nos meios espíritas as pessoas acreditam que no
plano espiritual não fazemos uso de álcool ou tabagismo. O álcool
vem da cana de açúcar, do arroz, do milho, que também existe no
Hospital Esperança, em Aruanda e demais lugares do Umbral. Se
somos capazes de manipular o fluido cósmico universal para
restaurar um corpo sutil, qual a dificuldade de manipular uma raiz
ou um grão? Usamos álcool para os recursos médicos, para
assepsia do ambiente, nos procedimentos cirúrgicos, mas
também para fazer o vinho que é usufruído para unir as pessoas.
Naturalmente, em quantidade moderada, como um brinde e
acompanhado de alimento.
O tabaco é muito usado pelos pretos velhos, caboclos e
índios. Na minha passagem pelo Umbral Grosso sentia
necessidade de fumar, mas era difícil achar tabaco e quando
encontrava, a moeda de troca era baseada em favores ilícitos,
então eu me abstinha. Hoje meu gosto está no café. Essas
necessidades passam quando você aceita que o tabagismo segue
um padrão repetitivo ao longo de muitas vidas e seu uso torna-se
opcional. O uso do tabaco como remédio precisa de
discernimento para não acarretar doenças no corpo físico e
formar manchas perispirituais que serão transferidas para os
futuros corpos.
A origem da palavra tabaco tem a ver com “fazer um
fumo” que pode ser o resultado da mistura de várias ervas. Assim
nasce o Cumbaiá 37
, um ritual onde cada pessoa faz o seu tabaco,
usando-o para o despertar da consciência. Se você praticar o
tabagismo como um vício estará criando um padrão repetitivo,
mas se usar como um expansor de consciência, seus efeitos serão
positivos. Esse conceito pode ser aplicado a todas as substâncias.
Tudo depende da finalidade. Veja o caso da maconha, que na
África primitiva e nos meios indígenas era usada para combater a
depressão e a ansiedade. A questão é como usar essas
substâncias no mundo moderno, sem afetar a moral e a ética,
pois o conceito de droga ou cura vem do uso indiscriminado na
37
Música e dança muito ritmada originária da América Central.
Um Grito de Loucura
112
sociedade, com o desdobramento do preconceito, o tráfico e a
criminalidade.
Na minha visão, ter vergonha é não ter opção de escolha,
ser refém de seus próprios atos, te colocando num círculo vicioso
de repetição do padrão. Abrir-se para o novo significa olhar no
espelho e se perdoar, buscando nesse perdão uma forma de
quebrar o padrão.
Esse pensamento se aplica para tudo, pois o preconceito
para muitos é devido à forma como a substância é feita, mas
observe que o próprio álcool pode fornecer diversos derivados. A
morfina, extraída pelo álcool da papoula, cria o opióide mais
viciante do mundo moderno, agente fomentador da guerra do
tráfico no mundo moderno. Até na quimioterapia temos a
presença do álcool; a maconha ajuda a atenuar o enjoo do
tratamento; a cannabis diminui as crises do ataque epilético. Por
outro lado encontramos o álcool destruindo famílias, a maconha
e outras drogas realizando o genocídio da juventude negra. As
dores advindas dos vícios afetam a todos nós. Como ser feliz
enquanto o outro passa fome, enquanto os jovens trocam a
alimentação pela droga?
A inquietação vem como um movimento de sublimação
do íntimo, buscando a fuga de si mesmo, atrasando nossa
programação reencarnatória e o entendimento de nossa
existência. Precisamos entender a importância de estar aqui e
agora, criando um estado superconsciente nos momentos de
baixa vibração para que o consciente se fortaleça acima do
inconsciente. O vício se contrapõe ao despertar da consciência e
podemos observar o quanto isso é nítido no meio social. Que
nosso corpo possa receber a dose correta das substâncias que
necessita, sem criar mais destruição.
Veja, por exemplo, o caso das pessoas com problemas
depressivos que poderiam fazer o uso da maconha para atenuar o
sofrimento. Não posso indicar um caminho para isso, pois cada
caso é único e precisa de um acompanhamento médico criterioso.
Que as dores silenciosas se mostrem ao nosso consciente para
que possamos trabalhar com elas no modo superconsciente. Essa
transição pode ser por tentativas de medicamentos em doses
equilibradas, mas muitas vezes, mais importante que o uso das
substâncias é a conversa consigo mesmo para obter as respostas.
Um Grito de Loucura
113
A ansiedade precisa encontrar respostas na ressignificação da fé e
da esperança como veios que nos ligam ao nosso eu interior.
Cada um está inserido no melhor lugar para sua
ressignificação. Que possamos modificar os pensamentos atuais
do meio social adicionando novas opções e possibilidades para
que os melhores nos levem à cura, sem medo ou preconceito e
abertos para semear o amor.
No plano espiritual maior já temos a compreensão da
cannabis não apenas como um fumo ou do álcool como uma
bebida, entendendo sua importância energética e seu uso para
fins mais elevados, além de outras substâncias que vocês estão
descobrindo na Terra, como o DMT 38
, já usado em terapias
holísticas pelos índios no meio da Amazônia, perto da última
jazida de ouro do Brasil, subindo em direção a Rondônia onde
também é encontrado no sapo selvagem Mastique, que possui
substância psicotrópica em seu organismo.
Outra planta que ajuda na expansão da consciência é
aquela usada para a produção do chá Ayahuasca - a jurema preta.
Sua essência não pode ser consumida e serve apenas para
aromaterapia, para despertar uma sensação de ressignificação
dos sentimentos.
Todos nós temos DMT, que é gerado através de uma
proteína liberada pela cristalizarão da pineal, se misturando ao
córtex frontal direito 39
, relacionado ao superconsciente.
Hoje existem três vertentes desse estudo:
 Do nascimento e da morte,
 Das tribos que usam para a contemplação da realidade e,
 Do uso de hipoalérgicos no mundo moderno.
38
DMT serve como fármaco dos receptores de serotonina, um neurotransmissor
que age diretamente no humor, bem-estar e felicidade do ser humano, inibindo
sensações como ira, agressividade, calor corporal, mau humor, sono, vômito e
apetite.
39
Essenciais para planejamento e execução de comportamentos aprendidos e
intencionais; também constituem o local de muitas funções inibitórias.
Um Grito de Loucura
114
Sabemos que a glândula pineal 40
está relacionada ao
princípio inteligente, inclusive no vegetal, pois dentro do núcleo
de cada célula está o complexo de Golgi que contém a centelha
da formação do corpo biológico.
Destacamos que nos corpos mais elaborados, como os
humanos, ela adquire a forma de um cristal. Contudo, todos os
seres contêm o princípio inteligente e, portanto, o princípio da
cura.
Tudo deve ser pesquisado, estudado e compartilhado
com a finalidade de proporcionar a cura e sempre que possível a
substância deve ser manipulada pelo próprio usuário para obter-
se maior efeito terapêutico. O ato de preparar acelera o processo
da cura.
Observe que os expansores de consciência estão
disponíveis para todos e até numa simples varetinha de incenso
encontramos elementos de limpeza energética do ambiente.
Contudo, use tudo com moderação.
40
Desde as mais antigas tradições orientais, a pineal é considerada o ponto
primordial de ligação entre o corpo físico e o espírito. Com o trabalho de André
Luiz trazido pela psicografia de Chico Xavier sabemos que ele é o órgão
responsável pela canalização espiritual, seja no animismo ou pela mediunidade.
Um Grito de Loucura
115
Capítulo 18 – Reverberação do campo harmônico
Quando abordamos a ansiedade entendemos que ela é
proveitosa no uso da energia que não é benéfica, pois através
dela condicionamos o que nos falta no momento, para não criar
um débito no nosso íntimo. Veja que a ansiedade é apenas a
ponta do iceberg. O meio de controlar, de se ligar aos pontos
produtivos da própria ansiedade é compreender a situação de
não ficar parado e entender a movimentação para sugestionar
pontos de interação que são provenientes da comunicação, da
oração, dos pensamentos. A ansiedade precisa ser usada de uma
forma positiva, para combater a preguiça, a desorganização, para
promover o progresso e a disciplina.
Muitas vezes temos a sensação de não estarmos fazendo
o melhor e nesse momento precisamos nos organizar
interiormente para encontrar as soluções. A ressignificação da
palavra ansiedade nos leva a entender o quanto podemos ser
felizes, aproveitando a mesma para corrigir nossos defeitos.
Devemos sempre buscar o melhor em cada pessoa e, se ela for
ansiosa, que possamos atuar nos gatilhos dessa ansiedade, no
sentido dela realizar o que mais almeja.
Ansiedade traz medo e vice-versa. Ambos
liberam toxicidade e ao mesmo tempo energias
positivas. O medo que te protege de riscos à vida é
positivo. O medo que te ajuda a levantar logo da cama
para as atividades cotidianas é bom.
A necessidade do relacionamento social vem diante da
ressignificação como uma solução para a maioria das espraiadas
que abordamos, mas no meio dessa imensa planície temos
diversas situações que se chocam e esse movimento providencial
que chamamos de abertura de canais, liberação para atuação e o
quanto isso é evidente nos nossos sonhos, na cobrança íntima,
pela resolução dos problemas.
A preocupação é um sinônimo de falta de fé. Quando
você acredita que aquilo que deseja não vai se realizar dispara as
Um Grito de Loucura
116
energias que movimentam o medo. Dor e alegria são sentimentos
opostos que liberam os mesmos compostos de dopamina,
serotonina, adrenalina, dentro do cérebro. A assimilação vem do
hipotálamo estimulado pela glândula pineal que é o canal do
perispírito para o corpo. O composto liberado se torna o campo
de atuação de assimilação do que foi sugestionado em torno do
íntimo.
Ou seja, atua de dentro para fora e vice versa, sempre
sugerindo a ideia de aplicação por meio de canais oferecidos pelo
íntimo de cada um. Interpretar isso é se adequar ao mundo ao
seu redor.
Qual é o melhor material de apoio para todas as doenças
silenciosas, para todas as convivências, tanto no plano físico como
no astral? A empatia - como bandeira tênue e bem organizada
para que possamos servir a nós mesmos e aos demais. A empatia
é como uma mesa de visita onde encontramos um pouco de cada
coisa agradável que desejamos expor. O meio de atuação é a
mediunidade, como campo de trabalho entre os dois mundos.
São muitos os portais de interação entre os dois mundos
que recebem a sugestão que atinge o ser humano desde os
primórdios de sua origem. Antes de obter a plenitude do livre
arbítrio a sugestão já permeia a atuação do princípio inteligente,
compreendendo o quanto um composto orgânico ou químico,
interage com a sutilidade.
A ansiedade e o medo são características que se atraem
através da solução de adequação ao tempo, inerente ao processo
de evolução. Todo ser vivente libera seus compostos orgânicos na
própria assimilação de cada célula. A planta, por exemplo, se
modifica para encontrar sua subsistência e como desdobramento
gera o gérmen da empatia. Nossas heranças genéticas precisam
ser interpretadas para compreendermos o quanto pode ser
modificado a partir do vegetal, se adequando para a próxima
etapa – a animal.
Veja que o conceito de lar consiste na ideia de que o meu
mundo é o meu lar, o foco da minha caminhada. No meio das
várias espraiadas, vales e condicionamentos situados como
moradia, entendemos que somos seres humanos em adequação
ao mundo moderno, pois aquilo que entendemos como
pertencimento torna-se uma sugestão. Perceba o quanto a
Um Grito de Loucura
117
tentativa é importante nesse processo. Mas não basta tentar,
precisamos agir aqui e agora e nunca deixar para depois.
A empatia empregada nessa situação significa o
atendimento da necessidade de cada um. O que é necessário para
mim pode não ser importante para você. Diante disso, usamos a
empatia para melhor conferir a situação, aplicando um estudo de
maior atenção aqui na espiritualidade, que é a adequação da
conversação.
Como posso falar com alguém que não entende o que eu
falo, trazendo amorosidade, mas abordando um assunto que o
mesmo não entende? Usando de empatia e sugestão para atingir
esse objetivo. Com isso, os portais formam elos de compreensão
na vida social, nos ajudando na interligação ao astral para nos
situarmos e entendermos essa condição unilateral. A sugestão
aplicada no plano astral repercute no plano físico e nos ajuda a
compreender esse diálogo interdimensional.
A perpendicularidade oferecida pela estruturação desse
meio nos trás o conceito de mediunidade. Mediunidade é o
formato de um pensamento e mediunismo um estado do mesmo
sentimento. Podemos dizer que o mediunismo é uma
característica de todos os seres vivos enquanto a mediunidade é
uma aptidão mais desenvolvida, advinda deste.
Nos seus momentos de fragilidade, o mediunismo afeta
até seu próprio sono, sua condição de esperança, afetando sua fé,
que é uma energia tranquilizadora, produzida por compostos
físicos e biológicos. A fé sólida ajuda a desenvolver nossa
estrutura emocional, numa sociedade “fluida”, que seria
composta de seres em movimento, numa mistura de
pensamentos, acompanhados da empatia, para aplicação ao
movimento de fraternidade.
Muitos resistem a essa teoria, mas a prática é
fundamental para permitir a interação de forma igual entre os
seres humanos.
O amor cura tudo – contudo - antes precisamos
liberar as amarras.
Um Grito de Loucura
118
Nesse meio, tudo se mistura e se envolve, se comunica e
afeta o entorno. O que podemos realmente falar, que seja
positivo para que isso aconteça?
O caso da meditação, por exemplo, apresenta no silêncio
o maior ruído diante do tempo, com a própria natureza nos
oferecendo em seu seio o ruído do vento, da chuva, do rio e dos
pássaros. Tudo se inter-relacionando com o próprio movimento,
oferecendo as respostas que chegam através de cada som.
Cada palavra formula uma frase criando a necessidade
de atuação direcionada através da sugestão oferecida naquele
momento de meditação. Mesmo intuído de seus melhores
pensamentos, você ainda terá que conviver com vários ruídos,
como o do relógio ou do seu coração oxigenando seu sangue.
Nossos pensamentos são sugestões que interagem pela
empatia antecipando a palavra. Veja como é difícil usar sua
capacidade de percepção para captar o pensamento do seu
próximo. Contudo, muitas vezes, antes dele abrir a boca você já
sabe o que ele vai dizer. Isso se chama compreensão da vibração
e é um ruído que interage com seus pensamentos, principalmente
as sugestões dos desencarnados para os encarnados.
Desses pensamentos, quantos realmente são
seus?
- Acreditamos que apenas dois por cento, pois
os demais vêm dos campos morfogenéticos trazendo
as vibrações boas e as ruins, e é importante separá-las.
Essa teia de egregora negativa consiste nos nossos
questionamentos da mudança interior, que vocês
chamam de reforma íntima. Infelizmente, os Magos
Negros atuam muito nesses campos negativos,
atrasando o progresso da humanidade.
Para obtermos um movimento precisamos de um meio
de transporte, que contenha os polos positivo e negativo,
formando uma rede de passagem. Imagine o mundo como um
tecido e nele a correlação de vários espaços cria os meios sociais
existentes. Os pensamentos que eu envio para você geram uma
Um Grito de Loucura
119
ideia, os que você sugestiona para os outros também e a partir de
certo momento não é possível mais controlar essas sugestões.
Veja o exemplo de um telefone celular, onde eu te comunico o
que eu penso e você não tem como controlar essa onda.
Tudo começa com o fluido cósmico universal emanando
amor e esperança, mas vindo à direção contrária encontramos
um fluxo de medo, de ansiedade, te incitando ao pior e em algum
momento essas vibrações se encontram afetando os campos
morfogenéticos.
Cada fio desse complexo tecido é um cordão energético,
com características diferentes, formando uma permissibilidade
em sua atuação, conduzindo e liberando em suas extremidades
uma energia que flui e outra que reverbera. Esse fio segue um
fluxo, do negativo no passado para o positivo no futuro.
São vários fios, várias bitolas, todos se inter-
relacionando, criando um campo de atuação, buscando afinidades
entre os que estão mais próximos e evidenciando o tipo de
energia em que você está envolvido.
Esse tecido formará a vida em sociedade, trazendo as
doenças silenciosas em que você está inserido, sugestionando e
interagindo entre si.
Esses cordões recebem a interferência dos dirigentes do
planeta visando ajudar o homem na busca da ressignificação,
criando um movimento de adequação para mudar a vibração e
assim ocorrem os chamados milagres. Milagres ocorrem todos os
dias, quando o Sol nasce, quando conseguimos obter o melhor da
vida e ressignificar nossos sentimentos.
Todas as vezes que filtramos nossos
pensamentos, entramos em meditação, num
movimento do superconsciente, através do córtex
cerebral. Meditar significa organizar os pensamentos e
cada pessoa tem uma forma de praticá-la.
São vários os estágios de adequação que afetam o
movimento do ser. O que anima o seu perispírito é a energia vital.
A partir da energia vital você pode aplicar o livre arbítrio. O
Um Grito de Loucura
120
estágio que você mais exercitar é o que fica mais evidente em seu
ser.
Quais são esses estágios da consciência?
- Se você vive no inconsciente não filtra seus
pensamentos. No subconsciente você não faz uma
filtragem correta e se torna marionete de seres do Mal.
No consciente você compreende os padrões que te
envolvem e pode tomar decisões para combater os
pensamentos nocivos. No superconsciente você já tem
pleno poder sobre todos os seus pensamentos e tem
domínio do seu eu interior. Aquilo que você deseja é o
que você obtém. Por isso, a importância de estar nos
estados consciente e superconsciente para não
somatizar as doenças silenciosas e obter a
ressignificação dos sentimentos. A maioria da
humanidade ainda vive entre o inconsciente e o
subconsciente.
Nosso objetivo é despertar a consciência para o que é
importante no seu campo de atuação. Que entre nossas melhores
palavras possamos atingir o maior número de pessoas para esse
despertar.
Um Grito de Loucura
121
Capítulo 19 – Necessidade versus realidade
Quando estamos dispostos, o novo se apresenta, mas
quando não somos receptivos postergamos novas oportunidades.
Nas nossas necessidades encontramos as peças que se agrupam
no caminho viabilizando um pensamento positivo. A realidade é
uma adaptação dessa necessidade.
Coexistimos sob a influência de vários planos e a
realidade reflete o momento em que vivemos oferecendo o
resultado de diversos meios de influência, reconhecendo neles a
verdadeira interpretação do sentido de ajudar sem precisar saber
a quem – esses são os benfeitores atuando no anonimato.
No dia a dia, encontramos muitas pessoas que se
disponibilizam a nos ajudar, embora não pertençam ao nosso
círculo mais íntimo. Essa intervenção, conectada ao determinismo
divino, atua na realidade daquele momento, evidenciando os
caminhos da necessidade, criando uma ramificação e colocando
em paridade novos fatos que melhoram as vidas dos envolvidos.
Nessa realidade, encontramos em polaridades opostas, os
benfeitores e os malfeitores anônimos. O desdobramento dessa
situação nos remete ao tema, que sempre abordamos - a
sintonização da vibração - como um meio que facilita a indução a
uma delas.
A frase mais empregada - os fins justificam os meios - nos
convida a refletir sobre a possibilidade de atuar num campo
muito maior, o psicossomático, onde observamos a necessidade
dos pensamentos abrasivos, contaminantes, que machucam os
demais seres e o próprio íntimo, desenvolvendo as doenças
silenciosas. A interpretação e a somatização dessas vibrações se
desdobram nos fatos, trazendo novos questionamentos.
Tudo começa com uma ideia fixa e se consolida nos
vícios, ampliando sua plataforma de atuação, deixando marcas no
perispírito, repercutindo nas esferas mais íntimas do ser e
chegando ao registro akáshico.
Em meio a essa reverberação, o alcance de sua
magnitude é atingido pela capacidade da ressignificação, pois não
importa o quanto o ser esteja submergido em sentimentos,
sensações de mazela e desespero, tudo pode ser trabalhado,
Um Grito de Loucura
122
modificando o aspecto da dominância. Se aquela tendência foi
permitida no âmbito da polaridade negativa, precisamos
compreender que ela já estava lá, que foi o caminho escolhido e a
solução será usar o efeito do espelho ao contrário.
Nesse contexto observamos a abertura da mente para
pensamentos de ansiedade, que levam o ser a sair
instintivamente dessa energia estagnada, mas que apenas o
direcionam para a liberação de mais ansiedade. Para entender
essa chave acionadora de tantas mazelas, precisamos direcionar
essa abertura para o novo, através do despertar da consciência,
induzindo-a a executar algo de seu agrado.
Diante do ciclo das jornadas evolutivas, devemos aceitar
a influência das duas polaridades e o recurso de uma chave de
estímulo como uma alavanca para permitir as mudanças da atual
realidade.
Vamos exemplificar. O movimento caótico dissipa no ser
uma condição de ansiedade, fomentada pela necessidade de
mudança, pois a ansiedade é o resultado de uma insatisfação
interior, movimentando o ser na direção de seu objeto de desejo.
Esse pensamento caótico está relacionado ao meio social,
cristalizando uma ideia associada a uma egregora negativa.
Quando visualizamos a influência da polaridade negativa,
também encontramos um incentivo para a mudança, pois todos
somos seres sugestivos e possuímos estímulos inesgotáveis da
providência divina. Graças a esse estímulo obtemos o movimento
de mudança e adotamos atitudes proativas, que nos levam ao
estado superconsciente, abrindo-nos ao despertar da consciência
com pensamentos e atitudes para nossas melhores escolhas no
caminho.
Não devemos enxergar os desafios como
castigo e sim como oportunidade de aprendizado,
transformando a ansiedade em um sentimento que
seja ressignificado a nosso favor.
Podemos transformar a faca que nos fere em
um utensílio útil para servir a alguém.
Um Grito de Loucura
123
A tolerância é o sentimento mais adequado para a
ressignificação dessas emoções que nos afetam interna e
externamente, nos induzindo a compreender ainda mais aquilo
que sentimos. Tolerância é um caminho para a elevação
espiritual. Mas, tolerar o quê, quem, como?
- Precisamos entender a influência do Mal e do Bem em
nós. Sempre encontramos alguém equilibrado e feliz ou sofrendo
e triste. Nossa jornada evolutiva deve ser realizada como um
exercício contínuo e não um desafio competitivo. Esse paradigma
envolve o mundo trazendo um movimento de dor e sofrimento e
bloqueia os meios de solução.
Dor e sofrimento são sentimentos transitórios em nossa
caminhada e que devem ser ressignificados em cura e
amorosidade. Somente uma pessoa ferida e ressignificada pode
entender melhor sua relação com o próximo. Precisamos
relembrar das experiências dolorosas das vidas anteriores e
entender que não necessitamos sofrer novamente para encontrar
um caminho de atuação junto ao próximo. Devemos olhar com
empatia para o espelho e ver o reflexo em nosso interior.
O que mais nos incomoda sempre será aquilo
que está no íntimo e o reflexo no espelho nos desperta
para a necessidade da ressignificação.
Pela retina dos olhos visualizamos o espelho da alma e
através da empatia entendemos como um simples olhar se torna
um exercício importante para atender a necessidade versus
realidade, ou seja, a ressignificação do ser versus seu objeto de
desejo. São palavras semelhantes quando colocadas à luz dos
fatos.
A ideia fixa é a somatização de um sentimento negativo
que precisa ser percebido para aceitar a necessidade de
modificação. Se os astros e todo o macrocosmo estão em
permanente movimento, porque o ser humano na condição de
microcosmo estaria estagnado?
Essa condição de estagnação pode levar o ser a uma
condição de ovoide, mas assim mesmo manterá as vibrações e
um fluxo de energia em constante movimento.
Um Grito de Loucura
124
Todo ponto de luz tem um vórtice formando uma cúpula
de energia em constante movimento e mesmo um cego a percebe
através de outros sentidos.
Nosso ser é composto de várias camadas sutis, que nos
tornam cada vez mais aptos a reagir e nos relacionarmos com os
outros. Somente com a noção de pertencimento a várias
egregoras poderemos nos tornar mais empatas e entender a dor
do outro. Internalizando-a, podemos ressignificar nossos
sentimentos e com o dom do esquecimento conseguiremos a
sensação de pertencimento. Aplicando o exercício do efeito
espelho, refletimos o que mais nos incomoda, iniciamos a
mudança necessária e adquirimos cada vez mais empatia ao longo
da jornada. No meio daquilo que é mais importante, adquirimos
sabedoria para não negligenciarmos o que é fundamental nas
nossas vidas.
A modificação de nossos campos emocional e mental só
se torna possível quando permitimos a mudança. Contudo, não
podemos mudar o outro e somente através do efeito espelho
vamos identificar o que precisamos mudar em nós. Abraçar os
desafios como ensinamentos, e reconhecer no meio das
provações a proteção da espiritualidade, nos permitirá
desenvolver a capacidade de atuar em favor de nossos melhores
pensamentos.
Estar bem ou mal consiste em um tempo verbal e na
opção de uma dessas polaridades, reconhecemos que essa
sensação depende da interpretação do momento e sempre
precisamos ter uma referência para entender cada situação, pois
nunca estamos totalmente bem para ajudar o outro ou mal, para
ferir. Viabilizando o que está mais próximo e a somatização de
uma ou outra opção teremos disposição e abertura para aplicar
aquela realidade.
Vejamos o exemplo de um médium que se adapta ao
trabalho mediúnico e durante a semana somatiza a entidade que
precisa de ajuda, compreendendo a necessidade de estar na
reunião para prestar o atendimento. Embora chegue com
desequilíbrio, terá a abertura para ajudar naquele caso. Agora,
veja a outra polaridade, quando o médium tem interesse no
trabalho, mas cristaliza seu pensamento na vibração da entidade
e falta naquele dia.
Um Grito de Loucura
125
Então um fez o certo e o outro errado? São momentos
de compreensão diferente e cada pessoa tem o livre arbítrio para
agir naquele momento.
Aprendemos o tempo todo, inclusive no silêncio.
Nossa forma de trabalhar precisa excluir esses padrões
negativos que intensificam os preconceitos e atrapalham o amor
e o nosso processo evolutivo.
Que nossa vontade esteja associada aos nossos
melhores pensamentos para fazermos a diferença.
Duarte informa que em sua passagem pelo Umbral
Grosso esteve no Vale dos Suicidas:
- Hoje a repaginação desse lugar atualiza tudo o que de lá
se escreveu, refletindo aquilo que foi imantado na energia da
desesperança. Buscamos ajudar a maior quantidade possível, mas
a culpa que eles carregam se transforma em algo tão sólido que
se torna impenetrável. Somente trabalhando com a necessidade
do movimento podemos penetrar nas maiores carapaças do
pensamento, da cristalização, da culpa e do medo, fomentados
pelos Magos Negros, cuja perversidade não conseguimos
compreender.
Embora esta região esteja situada entre o Umbral Grosso
e as Trevas, precisamos entender que a energia emanada de lá
chega até nós, como um tecido que se estica e envolve o globo
terrestre, aumentando as doenças silenciosas, virando uma bola
de neve que aumenta com a desesperança, tornando-se um
estado negativo de consciência.
Se esses espíritos suicidas aceitam ser subjugados pelos
magos, como podemos enviar um protetor para ajudar?
- Cultivando amorosidade novamente naquela semente
que estava improdutiva, despertando-a para novos sentimentos.
Essa batalha constante necessita da Legião de
Maria, do amor incondicional das mães que perderam
Um Grito de Loucura
126
seus filhos nesse processo, além da ajuda dos espíritos
elementais.
Um Grito de Loucura
127
Capítulo 20 - Receita para o desapego
Duarte traz para o presente Capítulo o Espírito Gregório,
psiquiatra da Colônia Espiritual Campo Formoso, localizada no
plano astral do sul de Minas Gerais. Essa colônia está ligada ao
Hospital Esperança, onde ele estudou com o Dr. Inácio Ferreira 41
.
Sua especialização é em doenças silenciosas, atendendo
principalmente aos suicidas. A psiquiatria busca ajudar na
ressignificação dos sentimentos, estudando o emocional como
uma chaga que repercute no corpo físico. Viveu em Salvador
trabalhando como enfermeiro de um manicômio na Cidade Baixa
e desencarnou em 1963.
- Entendendo a vida como um estado ansioso,
reconhecemos no momento presente ausência de ansiedade
enquanto no futuro, um movimento ansioso. Precisamos
entender as modificações que se mostram no presente como
agente de solução. A própria palavra “estou” é um ato de
transição no tempo, reconhecendo no presente uma sugestão
para o novo.
“Eu estou bem”, “eu estou ansioso”..., contudo,
podemos usar o verbo no passado, “eu estava”, para
encontrar e reconhecer a definição desse estado do
ser, analisando o tempo e reconhecendo a importância
do presente para o despertar da consciência.
Hoje, reconhecemos a necessidade de “estar presente” e
quando temos uma doença simples como o resfriado surge a
necessidade do tratamento para a cura. A importância dessa
palavra nos induz a entender a necessidade de estar focado
naquele momento, quando o corpo cessa as atividades e procura
um período de recuperação. Quando estamos nessa condição,
41
Dr. Inácio Ferreira (Uberaba, 15/abril/1904 – Uberaba, 27/setembro/1988),
Psiquiatra espírita que trabalhou no Sanatório Espírita de Uberaba durante 50
anos, aplicando técnicas de desobsessão aos internos daquele hospital.
Um Grito de Loucura
128
procuramos um remédio ou outro tipo de tratamento,
reconhecendo um movimento no corpo emocional, junto a outros
elementos que contribuirão com o tratamento.
Qual o problema em estar gripado? A gripe é um
processo de transição pelas provações da vida. Ela nos traz o
reconhecimento de que estamos vivos, como seres mutáveis em
identificação com a própria consciência. Estar consciente do seu
corpo é entender a necessidade que ele exige naquele momento.
Parar as atividades durante a gripe é uma necessidade da vida,
reconhecendo tratar-se de uma doença não silenciosa por ser
perceptível através de sinais aferidos pelo organismo.
Quando falamos da depressão, identificamos um
sentimento íntimo sobrecarregado de diversas informações
assimiladas por uma carga energética, criando uma condição que
movimenta essa vibração, acentuando alguns pontos,
desestabilizando outros, inserindo ideias fixas no meio do córtex
cerebral.
A assinatura energética estabelecida nessa
representação assume o perfil de reconhecimento do sentimento,
mas quando deixamos de reconhecê-lo, inicia-se uma luta de
várias forças no interior do ser. O primeiro sinal é de estagnação e
de desânimo. A solução não está em lutar, e sim, entender,
aceitando aquele momento como uma etapa a ser experienciada.
A depressão é uma oportunidade de reflexão interior,
pois assim como na gripe temos febre e precisamos de
medicamento, na depressão precisamos unir os medicamentos
corretos com a compreensão do que está ocorrendo, o que
estamos sentindo, para obter uma resposta interior.
Qual o problema em estar com dor ou em crise?
- Aceitar a fragilidade daquele momento é reconhecer a
sua importância e quando a aceitamos, o entendimento fica mais
forte. Não devemos conter o choro ou a dor daquele momento
entendendo como uma experiência útil para nossa evolução.
Precisamos deixar de procrastinar, de sermos
agentes reativos, buscando conversar com a dor
interior que nos incomoda e, ao invés de evitá-la,
procurar entendê-la.
Um Grito de Loucura
129
Para isso precisamos falar sobre o apego. O corpo
emocional cria gatilhos através de vários elos de segmentação,
reconhecendo no meio do tempo e do espaço o que se define
como apego, que pode ser material, emocional, mas será sempre
cíclico. Podemos identificar na nebulosa mental vários ciclos de
apegos e as transformações que provocaram, reconhecendo que
tudo passa, compreendendo o movimento do tempo. A crise está
no “agora” e este é o melhor momento para resolvê-la.
Os tratamentos para a depressão consistem em fornecer
estímulos através da alimentação saudável, abordando os fatos
que ocasionaram o desequilíbrio, sempre buscando um ponto
para reflexão ou mesmo um culpado por tudo aquilo. Mas e se
não existir um culpado? O apego é direcionado para um culpado,
para um vazio emocional e no nosso campo de tratamento não
procuramos culpados e nem abordamos o passado e sim o
“agora” e o que pode ser feito e internalizado na compreensão do
tempo e do espaço, pois somos seres em jornadas diferentes
contribuindo para o ambiente em que estamos inseridos.
A adaptação a esses conceitos permite o desapego.
Buscamos levar o paciente para uma condição de observador de
si mesmo, enxergando-se como parte importante de um todo,
numa fase transitória onde nada é realmente dele, nada é eterno.
No “agora”, o que é possível ser feito com o sentimento
de perda?
- Vamos usar o exemplo da morte de um ente querido,
aceitando que a vida daquele ser chegou ao fim e um novo
movimento se forma com a contribuição da eternidade.
A pergunta – quem sou eu? – o “eu” é a definição do
eterno, do Criador condicionando os mundos e o tempo na
linearidade evolutiva. O silêncio dessa reverberação no córtex
cerebral traz uma reflexão para o observador, mas como ele ouve
a resposta se é quem está assistindo o evento? Ninguém pode
responder, pois o pensamento é dele, fazendo parte dos sonhos
da criação, vendo os acertos e desacertos na somatória das
múltiplas existências.
A transformação precisa ser no “agora”, no presente, nos
oferecendo a adaptação a um novo movimento.
A dor é a expressão de um sentimento. Quando
precisamos tomar um remédio aceitamos a dor da injeção para
Um Grito de Loucura
130
obter o resultado. O tratamento da dor gera um momento
transitório que traz um desconforto para depois melhorar. A dor
tem o objetivo de nos trazer para o momento presente, para
compreendermos a situação.
Nenhuma dor vai nos tornar seres melhores,
nos elevar ou transformar em seres superiores. Ela é
um movimento que desperta o consciente para uma
ação que precisa mudar algo no presente.
O presente é um agente de modificação, uma
dádiva divina para atuarmos a nosso favor, nos
afastando da agonia, da ansiedade.
Somos frágeis, sentimos dor e desespero e o
entendimento do “agora” nos ajuda a reconhecer as dificuldades,
as oscilações da vida. O apego acompanha o ser desde eras
remotas, trazendo um condicionamento material ligado à posse,
ao acúmulo de riquezas ou de sentimentos.
As riquezas ou sentimentos não nos fazem mal
e sim, o nosso apego a elas.
Por exemplo, uma pessoa está na condição de líder social
e acumula riquezas de forma honesta, mas acaba se apegando à
casa, aos bens materiais e quando envelhece se apega ainda mais.
Desencarna e deixa uma herança que não pode mais usufruir.
Quando encarnado foi uma boa pessoa e ajudou ao próximo, mas
no seu íntimo não soube se preparar para o desapego.
Outro exemplo - uma mãe engravida e observa o
crescimento de um ser, enviando a ele as melhores vibrações.
Nela brota o sentimento do amor que deve ser compartilhado
com os demais membros da família. Contudo, ela define que seu
mundo gira em torno daquela criança e chega o momento que a
criança se torna adulta e vai começar um novo lar e a mãe no seu
apego emocional quer acompanhar o filho, ajudar com os netos,
mas o filho muda-se para um lugar distante. Ela começa a ter
Um Grito de Loucura
131
depressão por não ter mais controle sobre os acontecimentos,
por não aceitar as mudanças, por não entender que o criou para
ser livre, para trilhar a própria vida.
O apego emocional é um gatilho para as doenças
silenciosas. Nunca estamos sós, pois uma multidão de seres nos
acompanha - guias, amigos espirituais e ancestrais. A adequação
do tempo é o melhor remédio para o desapego. Não existe um
tratamento específico para isso, mas sim a compreensão íntima
para encarar a crise. Aquele ciclo terá um início, meio e fim.
Quanto às obsessões, que possamos aprender com elas,
como uma forma de nos desviarmos do desapego, das ideias
fixas, entendendo que todo ciclo é finito.
O importante não é a chegada, e sim, a
caminhada.
Assim como muitas forças atuam sobre o seu ser, você
também libera energias que atuam formando laços energéticos.
Na jornada da vida não julgamos o que é certo ou errado, mas sim
buscamos compreender a jornada e a sua linearidade evolutiva,
onde os erros e as perdas são aceitos para que possamos
aprender a lição.
Adequar-se ao movimento é reconhecer que não
podemos ficar parados. Experienciar as coisas faz parte da
adequação do movimento para que possamos entender a
continuidade da vida no meio de tudo isso. Temos momentos de
coisas inacabadas, assuntos que passam sem a nossa devida
atenção, mas as crises nos revelam isso e nos ajudam a aceitar
que tudo passa. Para sermos agentes de nosso futuro devemos
aceitar o presente como uma dádiva.
Somos ansiosos porque queremos uma resposta para
nossas necessidades no imediatismo do tempo.
A resposta está em Deus - mas Deus está dentro
de nós também, logo - a resposta está em nós.
Medimos o tempo pelas nossas necessidades, mas
muitas delas precisam de mais tempo ou dependem de outras
Um Grito de Loucura
132
pessoas. Milhares de eventos acontecem a cada instante e
podemos optar por enxergar só um, plasmando uma barreira que
nos impede de seguir, ficando parados naquele momento,
entrando na crise e nos desestabilizando por uma única questão.
Se assim queremos, temos esse direito - o nosso livre
arbítrio – mas, tudo passa e precisamos enxergar a vida de outro
ângulo, mesmo continuando observadores daquele ciclo.
Um Grito de Loucura
133
Capítulo 21 - O espelho dos sentimentos
Duarte descreve o clima no Umbral Grosso, onde
encontramos temperaturas mais elevadas em regiões de
concentração de obsessão sexual e baixas nos locais que refletem
a nebulosa dos pensamentos humanos, ligadas à ansiedade, ao
medo e à morte.
- Quando nos reconhecemos como seres de luz,
assimilamos parcelas da luz divina que nos traz a lucidez da
consciência, que sempre é individual, mas nos desperta para uma
visão macro, tornando-se coletiva. Com esse despertar as
verdades se fundem, nos oferecendo uma ampla interpretação do
movimento social.
Entender a importância da consciência no movimento
social nos ajuda a assimilar os pequenos detalhes envolvidos na
interação com a verdade. Na frase de Jesus - “Conhecereis a
verdade e ela vos libertará” - encontramos uma síntese da
consciência coletiva, pois todos nos reconheceremos como
parcelas da luz divina e sua refração oferecerá novas
possibilidades, amortizando as dores do Karma. A consciência da
vida como um estado cíclico nos ajudará a compreender e
enfrentar as dificuldades.
No tocante à mediunidade, consideramos que aqueles
que a possuem são privilegiados, mas nos esquecemos de que ela
é uma ferramenta de acesso ao próximo, uma oportunidade de
interagir no Bem. O conceito de salvação não é um ato individual
e sim, de uma consciência coletiva que nos coloca diretamente
em sintonia com os que estão ao nosso redor. A experiência da
vida consiste na comunhão de ideais e a salvação individual está
conectada à contribuição social.
Somos parcela da luz divina que habita em nós
e se reflete em nossos pensamentos através da
glândula pineal, reconhecendo que tudo é vibração,
criando as ondas renovadoras nos cordões energéticos,
Um Grito de Loucura
134
tecendo um suave tecido no tempo-espaço que
reverbera no registro akáshico.
Somos irmãos em Cristo, conectados por esse tecido e
coexistimos no mesmo ambiente devido às ligações energéticas
buscando um conhecimento adormecido em nós.
Você conhece o princípio do grande inspirar e expirar de
Brahma. Contam as tradições que no início do mundo Ele
pergunta aos outros deuses sobre o melhor lugar para guardar a
consciência. O primeiro propõe escondê-la no fundo do mar. Ele
respondeu – não - pois um dia o homem descobrirá tudo o que lá
existe. O segundo propõe esconder nas estrelas. Novamente –
não - pois um dia o homem chegará até elas - Então vamos
esconder nas profundezas da terra, propõe outro deus, ao que
Brahma responde: - Não, um dia o homem terá acesso a todos os
minerais que estão nessas regiões. Onde então podemos
encontrar um local tão remoto que a humanidade não a
encontre?
Brahma responde – dentro do subconsciente de
cada ser humano - criando uma interface com a
consciência coletiva, interagindo com tudo, numa
linguagem que possa ser compreendida no íntimo de
cada um.
Cada século deixa suas chagas, cada região um tipo de
sofrimento, mas nada é eterno e a contextualização de um ciclo
nos leva a ver a evolução na forma de várias elipses. O
movimento da Lua ao redor da Terra é elíptico - num momento
ela está mais próxima e noutro mais distante - facilitando a
interação com os campos magnéticos de outros astros. Chama-se
Perigeu, a Superlua, que cria o momento da permissibilidade, da
abertura da mediunidade para a movimentação dessas energias
no tecido do espaço-tempo, afetando o nosso metabolismo e
nossa vida social que aciona o gatilho do perdão.
Um Grito de Loucura
135
Tudo interage na contínua reverberação dos
espaços, a partir da compreensão que começa do
micro para o macro.
Quando falamos de Um Grito de Loucura nos referimos a
esse despertar, porém antes da melhoria muitas vezes chegamos
ao fundo do poço. Contudo, não existe realmente um fundo e sim
um momento onde não se suporta mais aquela situação. Nesse
ponto, surge a descoberta da luz para se recuperar o tempo
perdido, nos impulsionando para a ressignificação. Com a
permissibilidade, o determinismo divino atua como um efeito
chicote e a mesma força aferida para a impulsão será usada para
a repulsão.
Assim como estamos contidos em Deus, Ele está
contido em nós.
Usamos essa frase para nos ajudar no
entendimento do Mal que existe em nós e que também
está em Deus, pois tudo está contido Nele.
O caos se inicia a partir de uma sociedade primitiva, na
luta pela sobrevivência, no frio, na fome e no desenvolvimento do
instinto. O Homem ainda hoje se aproxima mais do animal do que
de Deus devido seu estado inconsciente e primitivo. A grande
questão está naquilo em que ele deseja se ligar, pelo uso do livre
arbítrio.
Veja o caso dos dragões, seres caóticos com necessidade
de provar a força e o poder. A ligação energética advinda desse
caos oferece as oportunidades do uso do livre arbítrio e mesmo
aquele que quer destruir tudo agora, deverá reconstruir no
futuro, buscando repor o equilíbrio da organização divina.
O Criador sempre oferecerá novos planos de
ressignificação para esses seres. A destruição é uma Lei Divina,
tema muito bem abordado pelo nosso irmão Kardec em O Livro
dos Espíritos e faz parte do momento do Big Bang, da energia
Um Grito de Loucura
136
descomunal da construção do atual Universo, criando o
magnetismo e a expansão cósmica.
Existem duas forças interagindo o tempo todo no
Universo – atração e repulsão. Elas dinamizam a aplicação do livre
arbítrio em tudo e em todos, criando a interação entre os elétrons
e no meio desse movimento levam nossos pensamentos positivos
ou repulsivos que determinarão nossos destinos.
Precisamos estar sempre disponíveis para
aceitar o novo enquanto acalentamos o que é velho em
nosso interior.
Veja a condição de escravagismo emocional, vibratório,
através do medo, que ainda impera no nosso meio social.
Desdobra-se em desespero, fome, frio, angústia - palavras
disseminadoras de ansiedade, ligadas ao futuro. Esse sentimento
precisa ser ressignificado, abordado de forma mais consciente,
aceitando na ação do tempo os ganhos obtidos nas vivências
anteriores.
Quando realizamos as progressões no tempo, cada
viajante acessa um cenário particular, pois o futuro que
vislumbramos parte do ponto de vista de cada um. Podemos
afirmar que a transição para um mundo melhor ainda levará cerca
de mil anos, mas os caminhos se entrelaçam no espaço-tempo e
podem aumentar ou diminuir esse período. Vamos passar ainda
por muitas provações, guerras, morticínios, mas que nossas
projeções interiores possam ser as melhores possíveis,
disseminando a fé como o alimento da alma de cada ser
envolvido.
Cordeiro de Deus, retirai os pecados do mundo.
Um Grito de Loucura
137
Capítulo 22 - A refração do espelho
No que consiste o efeito espelho?
- Num manto refratário de luz. Contudo, desde que
somos luz e no momento em que abordamos todos os tipos de
relacionamentos, interagimos e criamos uma forma de refração
da nossa própria luz.
A luz que nos fortalece deve ser doada, mas como
podemos fazer isso? - A opção da escolha é o que deixa tudo mais
nítido, nos induzindo a focar os próprios desejos para
encontrarmos o nosso caminho. Que os elos que nos unem
possam estar fortes para nunca se romperem. A ruptura se
transforma em cordões energéticos que envolvem nosso corpo
causal e tudo aquilo que foi construído jamais será apagado neste
corpo. É importante seguir sempre nossas intuições e
compreender com clareza e responsabilidade nosso padrão,
adotado em certas ocasiões, pois quando repetimos o mesmo
erro, estamos alimentando energias negativas e deletérias.
Nossos erros e acertos se repetem como um padrão
cíclico ao longo da vida e precisamos mentalizar em nosso
caminho o que desejamos que se repita de bom, afastando os
maus pensamentos através do domínio dos nossos impulsos
mentais.
O mundo se debate em conflitos de interesses,
movimentando milhões de criaturas nesse orbe de provações. O
interesse se forma a partir da intenção de ganhar algo em cima do
próximo, gerando uma plêiade de forças, titularizando o domínio
e induzindo ao caos.
Quando entendemos a sociedade como um movimento
de readaptação dos seres humanos, percebemos a força que
impele esse ato, que denominamos caos. Esse estado caótico do
pensamento gera uma refração da energia desviando o foco do
alvo principal e disseminando os objetivos funestos do mago
Aldebaran.
A violência pungente trazida por seus vassalos adequa
essa roupagem de violência, influenciando o meio social. Esse
domínio nos ajuda a compreender os casos apresentados
anteriormente e encontrar a melhor forma de tratá-los.
Um Grito de Loucura
138
Trabalhamos com a ideia de um exército e sempre que
tiramos um soldado do combate, os demais perdem o comando,
fragilizando toda a construção de poder.
Fizemos esse procedimento na última reunião de
desobsessão 42
. Dois dos atendidos estavam na forma zoantrópica
e foram levados para tratamento no Hospital Esperança. Outros
dois que se apresentavam como comandantes foram
encaminhados para um posto avançado e secreto visando sua
reconstrução emocional por técnicas de regressão, após tanto
tempo sob o domínio do mal.
Com a ajuda dos espíritos elementais foi utilizado o fogo
da cura purificadora, que se encontrava no ambiente. O ataque
desses irmãos não se restringe à casa espírita, mas à
mediunidade, sob o comando direto de Aldebaran. Respeitando o
livre arbítrio desses irmãos, atuamos para desfazer as escolhas
erradas e criar uma possibilidade de readaptação daquele
sistema.
Quando um deles responde à nossa pergunta – Para
quem trabalhas? – naquele momento ele vai demonstrar poder,
transparecer uma coisa que nem ele mesmo considera como uma
verdade absoluta e então desconectamos o domínio e o controle
que eles têm sobre a vítima. Com essa técnica, induzimos aquele
ser a um ponto de ruptura e iniciamos sua readaptação para a
formação da reconstrução do corpo astral.
Dentre as diversas reencarnações e roupagens adaptadas
pelos mesmos, encontramos um endurecimento interior, devido
ao distanciamento da humanidade. Nessa regressão emocional,
retornam à pureza infantil e o choro toma conta do recinto, ao se
reconhecerem na forma de criança, sendo sugerida a eles a frase
– me perdoe pelo que te fiz, pelo que posso ter feito e
principalmente pelas coisas que pensei em fazer – nesse
momento, se quebra todo o domínio imposto naquela situação e
a magia do amor permeia um caminho, criando um rastro que
chega até Aldebaran.
42
Realizada no Centro Espírita Caridade e Luz em São Roque, SP.
Um Grito de Loucura
139
Sabemos que mexemos num vespeiro e estamos prontos
para o que venha a acontecer. Esse rastro é aproveitado pelos
espíritos elementais comprometidos com a formação do planeta,
para a construção do equilíbrio emocional e a ressignificação do
amor.
Muitos espíritos que se encontram no Hospital Esperança
aguardam a reconstrução do corpo astral para saírem da condição
de zoantropia. Na continuidade dos trabalhos nossa expectativa é
chegar até outros comandantes e seus vassalos, para
desestruturar a organização do Mal e atingir o mago, usando
amparo e dedicação para acessar a camada mais esquecida no
interior desse ser - o pertencimento à humanidade.
Que o resgate possa ser oferecido a esses
irmãos e que o amparo possa ser com a graça do
Cordeiro.
A projeção é a própria definição do espelho, onde cada
indivíduo tem a interação com seu íntimo, buscando suas
ambições, desejos e a própria ressignificação. Quando aceitamos
essa relação, compreendemos nessa projeção um retorno daquilo
que recebemos, chegando a uma linha de equilíbrio.
Na situação ocorrida ontem, através do choque anímico
43
, mostramos para aquele ser o espelho de seus atos,
evidenciando o conflito de interesses. Cada um tem dentro de si a
chama acesa da vontade da evolução. Com o choque, ocorre o
despertar da consciência, retomando o tempo que foi paralisado
pelo domínio do Mago Negro. Nessa relação sempre teremos
alguém querendo dominar e usando a técnica da projeção do
espelho sugestionamos o ser à condição de interação. Devemos
ter clareza para enxergar as alterações, para discutir e não
reclamar, debater e perdoar. Lembremo-nos da pureza das
palavras do Cristo – ame-se para poder amar ao próximo.
43
Termo usado para se referir ao contato entre os perispíritos de um
desencarnado perturbado e o de um médium.
Um Grito de Loucura
140
Nessa projeção, a forma mais nítida de encontrar o amor
nas palavras e no receptáculo da experiência é se olhar no
espelho e identificar as projeções do passado e do futuro para
então dinamizar as suas escolhas. Dentre esse pincelar das
palavras escolhidas com muita sabedoria, enxergamos a
profundidade das emoções que objetivam a ressignificação.
A meta é trazer à tona a realidade do espelho como uma
projeção da vida e reprodução de nossos traumas. Nesse meio,
que possamos alcançar o nosso objeto principal de desejo,
recuperar a maioria dos envolvidos e aqueles que não quiserem o
tratamento, que possam ser encaminhados para uma vertente
mais plausível de liberdade, isentos do domínio e da subjugação.
O ser humano continua com medo da construção de um
mundo novo e por isso apresentamos cada ideia, sugerimos cada
cenário, mostrando a complexidade da interação dos orbes, das
vontades e construindo esse tecido que liga o campo de atuação
que representa a construção do íntimo do psicológico humano.
Nesse mundo de provas e expiações nos defrontamos com
mistérios que são construídos pela fomentação dos magos e
dragões.
No determinismo, a realidade e o recondicionamento
trazem uma nova fase de trabalho. Todos somos culpados, pois
enxergamos o Bem mas preferimos optar pelo outro lado e
quando nos olhamos interiormente, verificamos o quanto
estamos inseridos nessa realidade, fazendo parte desse sistema
caótico. Somente quando atentarmos para isso poderemos enfim
influenciar o sistema.
Sempre fazemos da luta pela vida como algo externo sem
perceber que ela é a representação da reprodução do padrão que
se encontra no meio mais íntimo de nosso ser.
No momento desse encontro íntimo, nos
deparamos com a beleza do Criador, que habita em
todos os seres.
A consciência mista está escondida em nosso íntimo, na
concepção da criação e da intuição, da nossa ligação com a
degradação que não é uma opção imposta, mas um caminho mais
Um Grito de Loucura
141
rápido. A degradação social e emocional continua nessa jornada e
só cessa com o despertar da consciência.
Nas clínicas psiquiátricas, a projeção mais otimista de
nossas contribuições se encontra na questão das vibrações para o
tratamento dessas divergências.
Cada pessoa vê isso de um modo particular, devido aos
seus traumas, suas vivências e forma de enxergar o mundo.
Entender a refração de cada cena é fundamental para
compreender a sobreposição dos quadros e criar a animação de
todo o sistema como num desenho, para entender que cada
quadro forma uma figura diferente e sua sobreposição gera a
amabilidade do meio social em que vivemos.
Um Grito de Loucura
142
Capítulo 23 – Religiões, uma panela de pressão
Quando falamos de uma sociedade mais polida,
reconhecemos uma comunidade sem preconceitos, mas para isso
precisamos compreender o momento em que vivemos e o que foi
construído até agora.
Já falamos da saga de Mnvyt, das consequências do livre
arbítrio, da influencia dos Magos Negros e sua vontade
imperando no domínio da mente.
Hoje, vamos receber mais um irmão, através da
psicofonia do médium, que vai narrar sua história e como se
sucedeu a neutralização de seus comandados pela Luz. A
necessidade de domínio não condizia mais com sua realidade e a
batalha tornou-se interior, lutando contra a manipulação do
tempo em que estava inserido, buscando refugio nas religiões.
Esse tema pode ser mais compreendido pela necessidade
que muitos têm de procurar uma religião. Sua história nos remete
à antiga Babilônia, aplicando magias, percorrendo o território
europeu ao norte até as plêiades dos celtas, através das religiões
pagãs, com objetivo de controlar as massas populares.
“- Manipulação e domínio se tornaram um veio de
acesso de meus objetivos. A concepção da religião estava em
encontrar aquilo que mais desejava e nada fora desse conceito
poderia ajudar. A busca da religião era pelo autoconhecimento.
Mesmo inserido na dominação e controle dos magos, minha
procura era pelo autoconhecimento. Hoje, depois de tantos
séculos me encontro a serviço do Bem, disseminando o conceito
da ruptura do padrão e me adaptando aos meios atuais, com uma
fala amena e tranquila, desmistificando o conceito da religião.
Generalizando os fatos, não considero importante contar
a minha história e sim os fatos que convergem para o momento
atual, falando de concepções e dogmas e principalmente
reduzindo as comunicações violentas. O paganismo da época
citada era a representação da busca individual pela libertação e a
partir daquele momento começava a necessidade do desejo do
domínio e do controle e a noção de manipulação das massas,
compreendendo a sociedade como um rebanho que é induzido,
Um Grito de Loucura
143
que o mundo é perigoso e que muitos precisam ser derrubados.
Nessa analogia, cria-se a ideia da devoção, do sagrado
representando o polimento social em relação aos seus líderes.
Nesse raciocínio, vou falar de meu despertar, quando a
concepção do meu autoconhecimento retroage ao início da
Criação, percebendo a ideia de que Deus é tudo e tudo está em
Deus, na própria conjuntura da palavra no português, pois se você
tirar o “d” e o “s” fica apenas a palavra “eu”. A beleza da língua
portuguesa torna os conceitos mais claros. A palavra “eu” é uma
abreviatura de “deus” e nessa conjuntura cada um pode se
encontrar e se entender com um ser divino. Nessa abordagem,
encontrei a definição da causa primária, da concepção de que sou
um deus, o deus de minha própria vida, onde a minha descoberta
anseia por novas jornadas. Essa foi a frase de minha libertação, de
meu despertar para a vida.
Voltando no tempo, encontramos no domínio a ideia de
rebanho e o paganismo disseminava o culto aos muitos deuses,
excluindo a representação do deus individual que está em você.
Inicia-se o conceito do rebanho como em uma fazenda, onde se
delimita o pasto em vários segmentos, quantificando o alimento a
ser dado a cada um naquele momento. O paganismo se abre para
uma complexa definição de domínio, fomentando o surgimento
de novas religiões.
Chegamos à era do ferro, com as famílias criando aldeias
e cidades e então passamos da ideia do pasto para o exemplo de
uma panela preparando uma refeição, representando o
conhecimento disseminado em pequenas doses.
Aquele que determina a quantidade certa a ser servida
cria uma receita do que é necessário de cada alimento para você
se tornar uma pessoa melhor. A partir desse momento alguém
escolhe o que é melhor para você. Começa o domínio na sua
maior representação te transformando no próprio alimento
dentro da panela.
Nessa condição, imagine cada ser humano sendo
pressurizado na panela, submetido à mesma temperatura e
pressão, para que aceite os dogmas e preconceitos que chegam
até os dias atuais. No interior da panela ficam as pessoas
amarguradas, maltratadas, pisando umas nas outras, até que,
Um Grito de Loucura
144
aquele que pisa com mais força chega até a beirada e busca sua
salvação individual.
Nessa analogia, a religião é a panela e a tampa
representa os dogmas e preconceitos. Numa panela, quando você
foge da pressão, ouve os gritos de anseio por melhoria, criando
um ser pressionado, dominado e que executará tudo aquilo lhe
for ordenado fazer. Isso está interligado com o conceito de “Um
Grito de Loucura“. Quando enxergamos no meio dessa panela os
dogmas e mistérios inseridos pelas religiões criamos uma
sociedade pressionada e no meio dela um veio que chamamos de
família, vida em sociedade e nesse braço de atuação cria-se o
transpassar do tempo com o ser buscando nos cultos dominicais a
revitalização de suas energias para ser induzido a mais uma
semana de domínio.
Nos dias atuais, as pessoas sentem uma revolta desse
sistema, mas isto as alimenta para suportar mais, dando
pequenos alívios de pressão para tolerar a convivência dentro
daquela panela e a noção de rebanho nos leva ao domínio e ao
controle, entendendo que cada um segue as delimitações de seu
líder confiando a ele sua vida familiar e pessoal.
Aqueles que conseguem sair encontram um caminho
afunilado que os direciona para novos dogmas e aquele que for
mais fiel se torna um pseudo líder, vassalo dos magos.
Referimo-nos à religião no seu aspecto segregacionista,
de divisão da realidade do domínio, fomentando os conflitos
sociais, as batalhas, com um querendo se sobrepor aos outros e
através dos outros. Nessa relação, a única forma de vencer essa
ideologia é se posicionar do lado de fora da panela. Contudo, para
isso acontecer, teremos que passar por uma transição, nos
tornando precursores do dogma e do preconceito, aliciadores da
sociedade.
Para sair da panela você precisa se tornar
consciente dos seus atos, enxergando no meio dessa
tutela a definição da inclusão. É o momento em que
você aceita seus erros, sem ter pena de si mesmo e sim
Um Grito de Loucura
145
de que fez o melhor que podia, entendendo que foi
através de seu livre arbítrio.
Aceitar esse caminho é compreender a sua vida
de forma plena, se perdoando.
Essa é a história de minha vida, onde no início me
encontrei como parte do rebanho, depois como precursor do meu
rebanho, aliciador e destruidor do mesmo. Quando me coloquei
fora da panela, entendi que não fazia mais parte daquele meio e
que fora subjugado pela concepção do dogma e naquele
momento atuava como vassalo do mago Aldebaran. A partir daí
entendi a participação dos magos nas religiões.
Quando o despertar aconteceu, entendi o significado do
que eu representava naquele contexto e assim compreendi a
sociedade como um todo e o condicionamento das pessoas se
aceitarem como rebanho, a necessidade que uns têm de pisotear
os outros, com as pessoas vivendo numa panela de pressão, em
fogo alto e no decorrer do tempo a água da panela se evapora,
gerando uma disputa pelo pouco que restou.
Surgem as doenças silenciosas, a angústia e o medo,
como forma de manipulação e o mais forte vai pisar nos demais
para buscar um alívio de pressão. Nesse momento, a frase “os fins
justificam os meios” libera o ser para fazer o que for possível em
seu caminho para alcançar seus objetivos. Depois, vem o
arrependimento, mas sua atitude já despertou o mau exemplo
nos outros. Surge o estado de corrupção onde o dogma se
fortalece e o alívio de pressão te leva a voltar para a panela. A
chave dessa comunicação é entender o quanto estamos inseridos
nesse sistema corruptível.
Ninguém deseja viver de sobras, pisando na cabeça do
outro, mas esse é o meio que você aprende para sobreviver.
Todas as vezes que você vira o rosto para aquilo que te incomoda
é o seu lado mau se manifestando, te tornando omisso. Aceitar o
seu lado mal te ajuda a entender que você precisa mudar isso,
aplicando a palavra que o irmão Duarte fala tanto - a
ressignificação. Essa é a única forma de sair do meio inserido, de
se livrar dos dogmas e compreender a vida em sociedade. A
Um Grito de Loucura
146
castração das ideias é um dos motivos das doenças silenciosas,
afetando o livre arbítrio, a liberdade de pensar e as emoções.
Tenho muita rejeição a essas religiões, apesar de
reconhecer sua contribuição ao longo dos tempos. Só nos
tornaremos melhores quando sairmos dessa condição, não
permitindo a castração, encontrando a saída da panela sem
precisar pisar em ninguém.
Relembro minhas palavras iniciais - enxergando seus
atos, aceitando o que fez, mas não repetindo o mesmo erro, como
nos ensinou Jesus - perceba que nenhum dos grandes iniciados
criou uma religião. Eles deixaram uma mensagem que foi
manipulada tendenciosamente.
Se o Bem e o Mal caminham juntos dentro de
cada indivíduo, o Bem atua em resposta a cada
momento que o Mal age.
Quando você vira seu rosto a uma necessidade do
próximo e se torna omisso, ainda assim olha para o outro lado, e
nesse momento surge a determinação do que você precisa fazer
modificando sua vibração. Antes de fazer alguma coisa você
precisa pensar e nesse momento o Bem já atua mudando o
sentido de nossa vontade. É a contextualização da luz e da
sombra - onde a luz toca, ilumina - mas atrás dela sempre haverá
a escuridão, que representa a distância da vontade.
Submeter-se à vontade de outro é estar na escuridão,
seguir os passos dos outros, ignorando sua vontade, entendendo
que tudo que você faz está dentro do seu ser e que precisa polir
sua vontade para não fazer mal a ninguém. Essa é a definição do
despertar da consciência, se liberando das concepções de religião,
de dogma e domínio, e principalmente entender o que isso causa
ao nosso redor.
No meio social sempre teremos um líder influenciando,
mas lembro de que só podemos ser líderes de nós mesmos.
Aceite seus erros e acertos, defina sua vontade, sua atuação e
direcione sua libertação pelo conhecimento.
Um Grito de Loucura
147
Se permita errar para tentar fazer o que é certo
e não para fazer sua vontade. Lembre-se que você
precisa pensar antes de agir, mas pense com clareza
para não prejudicar ninguém.
Como peregrino da própria realidade não tenho uma
morada fixa no plano astral. Nas minhas andanças não me fixo em
nenhuma colônia. Vivo sozinho no meio das florestas
encontrando os que cruzam meus caminhos e que estão
dispostos a ficar comigo por algum tempo. Aproveito para
disseminar minha mensagem – aceite seus erros e não os repita
mais.
Na concepção da magia, o mais importante é se enxergar
como um fragmento de Deus, o verdadeiro Deus que habita o
Todo e assim se utilizar da força para corrigir a caminhada e não
para brincar de Deus e alterar os caminhos dos outros. Se
permita errar, mas sempre tentando acertar. Esse é o meu
caminhar ao longo da estrada da vida. Sou um mago do bem, das
matas, um feiticeiro que domina os poderes que temos dentro de
nós, nos entendendo como parte de um todo. Pense, co-crie, e
faça. São palavras antigas de iniciação da magia.
Que nossas escolhas não prejudiquem ninguém.
Como numa pedra bruta que será esculpida, que
possamos liberar a arte que nela está contida, a delicadeza
contida no áspero e fazer algo produtivo para o mundo em que
vivemos.
Que possamos usar o melhor de cada religião,
ressignificando nossas atitudes.”
Vinicius das Flores
Um Grito de Loucura
148
Capítulo 24 – O ruído da frustração
Reconhecendo em nossos pensamentos que a
humanidade vive dentro de uma panela de pressão cujo assunto
foi apresentado pelo irmão Vinicius no Capítulo anterior,
consideramos que cada ser é um elemento proativo de sua
própria vida, deduzimos que uma panela de pressão está
cozinhando algo, preparando um alimento e no meio dessa ação é
necessário verificar o ponto do cozimento, ou seja, aliviar a
pressão para acessar o conteúdo.
O que significa o alívio de pressão?
- Uma conversa sadia, uma oração, aceitando
que não podemos interferir no processo.
Quando não dormimos bem, ocorre o contrário do alívio
- quando o corpo fica tenso devido ao nervosismo - temos um
acúmulo de pressão no nosso ser.
Nessa analogia, se você sabe quanta pressão pode
suportar quem vai controlar a temperatura da panela? Daí vem a
necessidade de compreender a frase – somos parcelas do divino –
se você entende que o acúmulo de pressão é natural ao longo da
vida, deve orar para alguém te ajudar ou você mesmo deve atuar
nesse alívio? Precisamos entender isso e explicar aos demais
irmãos que a atitude mais importante na vida é fazer a
manutenção prévia do seu campo emocional, permitindo que o
íntimo ande de mãos dadas com a vontade.
A profilaxia mental nos ajuda a entender o que podemos
ou não interferir, pois na limpeza da mente verificamos o que não
faz parte de nossa responsabilidade.
Somos seres dependentes do meio natural em que
estamos inseridos e do emocional das pessoas ao nosso redor. A
necessidade da aprovação dos outros acaba por gerar uma
dimensificação desse alívio de pressão.
Se a aprovação vem de nosso íntimo, com quem faremos
esse diálogo?
Um Grito de Loucura
149
- Conosco mesmo. Quando todas as perguntas são
direcionadas a nós mesmos, o silêncio da meditação é
fundamental para trazer à tona essa interação com o nosso
íntimo, pois as respostas não vêm imediatamente e a imersão no
silêncio nos ajuda a aperfeiçoar a intuição.
Esse é o momento do despertar da consciência,
onde se situa o caminho que queremos trilhar e as
condições impostas nessa direção são aquelas que nos
ajudam na adaptação.
Na vida, sabemos o que não queremos para nós, mas
dificilmente vamos ter a certeza do que realmente queremos,
pois ainda não experimentamos tudo o que é possível, criando a
possibilidade de um alívio de pressão, condicionando nossa
caminhada sem medo de errar.
Podemos fazer uma analogia com o espelho, através do
ato de conversar com o próximo, obtendo a empatia da
semelhança de afinidades, tornando o movimento cativo,
trazendo a ideia de similaridade nas relações humanas.
Hoje, verificamos essa necessidade nas frustrações, pois
cada pessoa tem uma frustração semelhante à do próximo e os
relacionamentos se formam visando ajudar nesse processo, nos
sugestionando a sempre esperar algo positivo de alguém.
Identificamos na analogia da panela que o alívio ajuda a combater
a frustração, que é um meio que semeia a vingança e
condicionadamente “empurra com a barriga”, o perdão, a
capacidade de enxergar o que é permitido.
Toda tentativa é válida, mas quando algo sai do controle
observe como ocorreu, buscando facilidade nas relações sociais,
trazendo à tona a ideia da comunicação no meio familiar para
encontrar a solução do Karma postergado ao longo das diversas
vidas.
Para obter o melhor proveito dessa situação, precisamos
reconhecer o meio em que vivemos quando interagimos com o
próximo, fazendo parte do conceito do espelho, nos colocando
perto da realidade e compartilhando as mesmas frustrações - esse
Um Grito de Loucura
150
é o momento do diálogo interior. O ponto em que situamos essas
frustrações traz à tona a experiência compartilhada. Toda
tentativa é válida e toda comunicação se torna um braço do
perdão, que ao ser encontrado, seja abraçado com amabilidade,
oferecendo a linearidade evolutiva para suportar nossa
caminhada.
Tudo está integrado, dos grandes astros às
subpartículas da matéria e assim essa teia social se
divide sem sair, contudo, do ponto central.
Nada é totalmente novo, tudo se repete e a vida
recomeça com uma frustração, um trauma ou desespero, guerra
ou violência. Só vamos vencer essa fase quando cada um
encontrar um novo padrão para fazer diferente, deixando de
oferecer mais do mesmo.
O pensamento é a forma mais fácil de nos expressarmos.
Se as pessoas não conseguem alinhar o pensamento, falarão
coisas distintas e o próximo passo será compreender, o que é
muito difícil, pois quando surge o conflito o primeiro aspecto a ser
observado é o debate e sempre alguém quer colocar em
evidência e impor o seu pensamento. Nessa discussão ninguém
está totalmente certo ou errado. Quem sobrepuser sua vontade
cria a ideia do conflito que gera frustração, liberando um padrão
negativo que reverbera numa frequência que não tem distância e
essa antena cria uma baixa vibração através da simples vontade.
A atuação energética da sua mediunidade soma a essa
frustração o condicionamento para que sua vontade se imponha
junto aos demais. Nessa reflexão, veja quantas vezes o conflito se
torna a bandeira de atuação junto ao meio social. Nem se
abstendo você deixa de lidar com o conflito, pois no momento em
que os dois pensamentos se colidem esse movimento reverbera
algo que já é a soma dos dois pensamentos de baixa vibração
devido à conotação da vontade de submeter o outro. Isso está
associado ao nosso instinto animal e diante da jornada evolutiva
do Mal para o Bem, consideramos que o lado primitivo é o Mal e
o ambiente de compreensão da comunicação, o Bem.
Um Grito de Loucura
151
Trazendo à tona que você é fruto do conflito e tendo
consciência que o conflito faz parte de sua essência,
reconhecemos o padrão e a partir daí vem à tona a vontade de
fazer diferente. Isso se torna um movimento repetitivo que você
faz sem pensar a partir do momento que se conscientiza de que
não quer mais aquilo e busca o que você quer através de um
movimento.
- Eu tentei e não deu certo, aceito as minhas
possibilidades, reviso os meus erros e continuo na direção de
buscar o que quero.
Mas o que eu quero? Nessa frase, encontro a resposta do
que realmente preciso. O conflito reside em esperar algo
proveniente das frustrações obtidas diante das outras
experiências.
A meditação pode ajudar nesse processo, considerando a
ideia de reverberação e ruído. A reverberação acontece quando
imantamos em nosso pensamento a ideia do que queremos e o
universo abre os caminhos para facilitar essa dinamização. O
ruído, quando entramos em paranoia e a externalizamos o que
ocorre em nosso íntimo.
Essas duas formas tendem a trazer uma compressão em
nosso íntimo criando um movimento de impulsão e retração.
Nesse meio, analise como tudo isso é fundamental para proteger
sua redoma energética. Aquilo que te retrai desperta os medos
do que você não quer e o que te impulsiona te induz à meditação,
te posicionando no “agora”, nem no passado e nem no futuro.
Estar no “agora” é se desligar dos pensamentos
que trazem ruído, conectando ao seu interior e antes
de procurar respostas, focar nas perguntas.
Esse é o momento do superconsciente, em que a fagulha
divina se acende no seu Chakra Coronário te conduzindo ao
estado átmico, trazendo à tona a intuição e a vontade de fazer
diferente, fazendo do “agora” o melhor momento. A
reencarnação é uma oportunidade de ser mais ativo, quebrando o
padrão e fazendo diferente.
Um Grito de Loucura
152
Uma sociedade frustrada é fácil de ser dominada, pois
está mais distante do agora, estruturada no passado ou voltada
para o futuro. Observe que quando as frustrações se destacam,
levam a atuações confusas, envolvendo negativamente toda a
humanidade.
Nosso mestre Jesus é o grande arquétipo desse orbe e o
principal meio de acesso para o nosso conhecimento interior.
Amar a Deus amando a você mesmo – te ajuda a entender essa
ideia de frustração, do que você não quer mais. Quando Jesus fala
– vá e não peques mais – nos convida a usar nossa vontade para
fazer o que é importante.
O que entendemos como religião deve ser
direcionado para o perdão das ofensas.
Nas cidades e aldeias espirituais existem departamentos
específicos para trabalhar as frustrações, abrindo as
possibilidades de ajudar o próximo que tem as mesmas desilusões
que as nossas, acionando a chave de acesso, o gatilho, para atuar
através da similaridade.
Na casa de Meu Pai há muitas moradas.
A mensagem dos grandes iniciados nos ajuda a
compreender o meio em que estamos inseridos. Você fala para
aquele que está próximo e este para outro e assim criamos uma
reverberação condicionada na lei do amor. Você dá o que recebe
e essa reprodução se torna o meio mais fácil de semear o bem,
ressignificando nossas atitudes e mudando de dentro para fora.
Um Grito de Loucura
153
Capítulo 25 – Intenção versus necessidade
Intenção versus necessidade nos relembra sobre a
proteção mental, da organização dos nossos pensamentos. A
pressa atrapalha mais do que a vontade de querer fazer as coisas
certas. Precisamos sempre evidenciar a ideia do melhor que
podemos fazer naquele momento - nem mais, nem menos - sem
medo de errar, para evitar os espíritos que se alimentam dessa
energia negativa, pois o medo se torna um sentimento volátil que
nos afasta dos nossos objetivos.
O contrário do medo é a esperança, uma corda tênue
que nos aproxima do divino, reconhecendo a imperfeição de
nossas atitudes quando tentamos acertar.
Precisamos trabalhar a respiração para oxigenar o
sangue e levar boas energias para cada átomo de nosso
organismo. Nessa respiração, enviamos irradiações para os corpos
sutis e inicia-se uma barreira de proteção, compreendendo a
respiração como um ponto de acesso para o desdobramento e
para a manifestação mediúnica.
Num diálogo, se você perde o controle da respiração,
acaba ficando mais ansioso, mais prolixo e sem condições de
transmitir com confiança seus pensamentos. A respiração é um
ponto de superação do medo que nos ajuda a nos afastarmos das
influências dos magos da escuridão.
O medo atua como um pequeno gérmen que se
desenvolve em nós.
Para fugir do medo as pessoas buscam os caminhos das
drogas, da irritabilidade, formando os cordões energéticos que
nos ligam pela afinidade a uma extensão dessa continuidade.
Precisamos falar sem preconceitos sobre esse assunto,
desmistificando o que está sedimentado no inconsciente de cada
um.
Para ajudar no desenvolvimento mediúnico dispomos de
algumas plantas que nos facilitam esse processo, como a rosa
branca, o anis estrelado e o manjericão. A rosa branca traz a
proteção, o anis funciona como um estimulador da glândula
Um Grito de Loucura
154
pineal e o manjericão é usado como tranquilizante.. Essas ervas
nunca devem ser compradas e sim presenteadas, para simbolizar
solidariedade. Tome um banho dessas ervas por semana,
banhando-se do pescoço para baixo para proteção, estímulo e
paz. Isso ajudará a diminuir a ansiedade e reverberar a vibração
da comunicação.
A mediunidade se desenvolve em paralelo ao cotidiano
da vida, oferecendo a intuição do que o corpo precisa. Insistimos
nesses conceitos para que as pessoas se condicionem nessa nova
vibração. Isso precisa ser absorvido sem preconceitos no meio
espírita, pois a nossa proposta é unir o que tem de melhor em
cada religião, permitindo que cada um conceba o melhor de si,
formando cordões energéticos de luz.
A indução direciona o caminho que desejamos com
sinceridade para chegar aos nossos objetivos. Com isso
adquirimos a responsabilidade que nos direciona para o amor
verdadeiro, compreendendo o valor da sinceridade.
Perdoar e induzir com sinceridade é o caminho do veio
do amor, trazendo à tona o despertar da consciência para obter a
busca pessoal e compartilhar o que temos de melhor em nós.
A proposta de um trabalho difuso ocorre quando todos
os médiuns se preparam e se distanciam, com cada um fazendo o
que manda sua intuição. Propomos ninguém soltar a mão de
ninguém para esse ciclo crescer indefinidamente, sempre
respeitando o limite de cada um.
Minha missão é contribuir para a formação desse cordão
energético de luz. Que estejamos cada vez mais juntos, com a
comunhão de nossas ideias criando correntes de libertação nos
livrando das amarras que criam o preconceito, acessando a
corrente do amor que a tudo cura.
O amor cobre a multidão dos pecados. A essas palavras
podemos colocar outra - Cordeiro de Deus que tirais os pecados
do mundo - mas o que podemos entender com essa frase?
Transferimos muita responsabilidade para o nosso Cristo,
delegando a Ele uma tarefa que é nossa - identificar nossos erros
e nos ajudar a depurá-los.
Vivemos num mundo de provas e expiações e devemos
corrigir nossos erros através da sinceridade de cada um com o
esquecimento de todo o mal através do perdão incondicional.
Um Grito de Loucura
155
Precisamos enxergar as nossas vivências analisando os
conflitos de nosso íntimo, aceitando o auto-perdão na linearidade
evolutiva. Colocarmo-nos no lugar do outro nos leva a carregar
um pouco de sua cruz e entender que a vida aproxima pessoas
com problemas semelhantes, ajudando quem está do seu lado e
que compartilha de uma parcela que você já carrega.
A empatia nos coloca no lugar do outro e a
compaixão nos aproxima dos semelhantes para aplicar
a empatia. A compaixão acontece quando você se
disponibiliza em ouvir o lamento de um desconhecido e
a empatia ocorre quando você entende esse
sofrimento, trazendo-o para seu campo vibratório e
falando algo oportuno nesse momento de entrega. Na
empatia você se coloca no lugar do outro e na
compaixão você interrompe o que está fazendo para
ouvir o outro.
Palavras como – amor, paixão e vício – representam um
conteúdo de dependência emocional que se desdobra em dois
movimentos, físico e emocional. Os gatilhos que se manifestam
nessas dependências se traduzem em vícios na esfera física e
desesperança no emocional. Não deposite sua necessidade
emocional em outro e sim faça uma reflexão interior para
identificar os padrões que precisam ser revistos no despertar da
sua consciência, levando seu movimento do inconsciente para o
superconsciente.
Cada nova atitude ganha valores significativos
que irão culminar na ressignificação.
O que é importante para você não necessariamente é
para o outro e a comunhão das ideias só irá acontecer através da
comunicação com compaixão. A cada dia as palavras ganham
novas ressignificações em nosso campo harmônico atuando pela
Um Grito de Loucura
156
compaixão para o despertar da consciência do maior número de
pessoas, promovendo essa reorganização.
Não adianta buscar um expansor de consciência sem
antes entender os problemas que te afligem. Como eu posso
expandir minha consciência se não cuido adequadamente do meu
corpo? Como entender minha mediunidade se não respeito
minha família? O respeito precisa andar ao lado da
ressignificação.
Olhar para o nosso interior é um ato de ressignificação. O
chá ayahuasca pode levar a essa condição, mas antes precisamos
ter respeito, facilitando a proximidade mediúnica com nossos
guias e mentores, fortalecendo o cordão energético que nos une
e protegendo todos os envolvidos em tratamentos espirituais.
Um Grito de Loucura
157
Capítulo 26 – O vício da dependência
Duarte delega este Capítulo para o Irmão Edgard, que se
apresenta:
- Minha trajetória como um Exu começou em 1946
quando retornei para o mundo espiritual, vagando pelo Umbral
Grosso até encontrar o espírito Tatá Caveira 44
que me assustou
pela aparência de esqueleto, mas me despertou para a
necessidade de limpeza interior. Comecei a trabalhar na
Umbanda com as quebras de feitiço e me interessei pelo
relacionamento que cada ser tem consigo mesmo, até que um dia
resolvi me tornar mais independente. Com a ajuda do Irmão
Luciano 45
, obtive maior autonomia para realizar meus trabalhos
socorristas.
Em 1996, quando realizava resgates pelas bandas
espirituais de Minas Gerais, retirando pessoas das ruas para as
clinicas de recuperação, me deparei com um negro, magro, de
olhos claros, era o Luciano.
Na época que trabalhava na Umbanda, eu era um Exu
Tranca Ruas. Hoje sou um Exu liberto, conhecido como Preto
Fujão. "Não gosto de carregar ninguém e sim de mostrar onde
você deve ir ou não". Respeito a vida e a opção de cada um.
Na última encarnação vivi numa condição de escravidão,
fui golpeado e morto por uma tesoura que me arrancou um olho,
objeto que me traumatiza até hoje. Luciano me ensinou que eu
sou o dono de mim mesmo e que poderia sair da condição de
Tranca Ruas para uma condição melhor, me tornando um
mensageiro de uma proposta melhor.
44
Segundo a tradição da Umbanda, Tatá Caveira apresenta-se astralmente sob a
forma de uma caveira, veste uma capa preta e trabalha na última parte do
desenlace na matéria, a cabeça e os idosos. Atua, na maioria das vezes, em
manicômios, hospícios e abrigos de idosos. Este guardião também trabalha para
aliviar os casos de dependência às drogas e ao álcool.
45
Luciano é um mentor que lidera a Grande Falange Branca, subordinado a Pai
João Cobú, governador de Aruanda.
Um Grito de Loucura
158
Vivo pelas esquinas, de bar em bar, de casa em casa,
onde posso trabalhar, interagindo da melhor forma, sempre
respeitando o livre arbítrio.
Com muita alegria doamos nossa energia para
ajudar o próximo. Ainda que a forma de nos
expressarmos seja dura, procuramos falar com clareza
o que é necessário.
Muitos problemas hoje estão ligados à dependência, ou
seja, à necessidade que as pessoas têm de algo para se apoiarem.
Se eu dou importância aos seus problemas você acaba se
vitimando e eu preciso ter sabedoria para saber como tratar
adequadamente o assunto. Minha função nesse contexto é trazer
um diálogo fraterno e amistoso para te ajudar a encontrar um
novo caminho.
Como substituir as más influências nas nossas
relações?
- Se você precisa de luz e não tem, trazemos o
fogo, que, contudo, pode te queimar. Até a energia
elétrica pode te dar um choque se não tomar os
cuidados necessários.
Podemos mostrar que é possível fazer diferente, para
diminuir a dor e o desconforto. Tomar remédios, chás ou mesmo
outras drogas podem nos ajudar a entender a caminhada de
nossas vidas e o significado das dores. Não trabalhamos com o
desconforto da dor e sim com a busca do alívio dos sofrimentos.
Vamos abordar os vícios emocionais que geram a
dependência. O que vocês entendem como choque anímico nós
chamamos de contato com a realidade onde constatamos que
todos dependem de algo para seguir caminhando e o trajeto mais
importante é aquele que deixa para trás um legado.
Como tratar uma dependência emocional no meio da
família? A reprodução do pensamento negativo que foi absorvido
pelos outros, fomenta a repetição de novos erros, envolvendo
Um Grito de Loucura
159
seus entes queridos. Se tirarmos uma criança de perto dos pais e
a levarmos para outra realidade, ela irá reproduzir
instintivamente o que tinha em seu íntimo, em suas vibrações
interiores.
Dependência nem sempre é algo negativo e pode
contribuir com nosso crescimento espiritual. Ao reproduzir aquilo
que foi ofertado necessitamos enfrentar a situação com sabedoria
para entender o quanto isso pode prejudicar o próximo. O
importante é desenvolver uma relação de crítica, aceitando que
não somos perfeitos e usar a dependência para nos tornarmos
um pouco melhores.
Aceitar a dependência como uma possível melhoria
através do senso crítico é o caminho para nos melhorarmos. A
crítica nem sempre é boa, mas se a aceitarmos com humildade,
será produtiva, nos mostrará quem somos e como poderemos
realizar nossa melhoria interior.
A dependência emocional nos leva à depressão
e desencadeia sofrimento para todos os seres que
amamos.
Sofrer por amor é ignorância e sofrer por
desamor é maldade.
A dependência começa no nascimento, com a
necessidade que a criança tem do amparo dos pais. Apesar de
nunca sermos gratos pelo que temos o desejo de ter mais nos
motiva a caminhar.
Entenda o que busca, compreenda o que tem no seu
entorno e busque no seu íntimo identificar o desamor naquilo
que te prejudica. Esse desequilíbrio tem aumentado atualmente
com o condicionamento do consumismo exagerado nas crianças.
Num passado não tão distante não havia tantas distrações que
nos afastavam da verdadeira vontade.
Quando encontro pessoas com dependência, vivendo
fora da realidade, procuro abrir os caminhos das dificuldades da
vida para elas receberem um choque de realidade. Oferecemos o
Um Grito de Loucura
160
sustento e mostramos de onde vem a sobrevivência para
conscientizar a criatura.
Trabalho diretamente com os vícios, despertando o
interesse para aquilo que as pessoas não têm. A ideia fixa é o
principal obstáculo que precisamos remover e para isso
precisamos encontrar um substituto para aquele vício,
oferecendo pensamentos melhores, outras direções para criar o
desapego que se torna a melhor forma de trabalhar o assunto.
Mas falar de desapego para quem está viciado é muito
difícil e então mostramos a repetição da dependência emocional,
acentuando as dores no corpo para colocar a pessoa em
movimento, despertando o ser mais cedo e oferecendo novas
chances de viver a vida. Ficar matutando os problemas na cama
não ajuda em nada. É preciso levantar e enfrentar os desafios do
dia, através da repetição de boas atitudes.
Trabalhamos no sono da pessoa, evidenciando as
maiores perturbações a serem evitadas. Minha forma de
trabalhar é exemplificar mais do que falar. Pego pelas mãos e levo
o ser para os vales sombrios para ele ver o que pode acontecer se
não se modificar. Aquilo que se vê sempre será mais significativo
do que o que se ouve.
As pessoas não querem mudar e por isso a necessidade
de um choque de realidade, para elas se sensibilizarem. Não
machucamos ninguém, mas se elas não aceitarem nossa ajuda
irão se ferir até que enxerguem o que mostramos.
Os Exus são a última opção para o despertar da
consciência, pois mostram o que te incomoda e o que
pode te causar dor.
Para os vícios emocionais apresentamos alternativas para
substituir as antigas dependências. A vida nos oferece os recursos
para sobreviver e encontrar os estímulos para preencher esse
vazio interior. Devemos envidar todos os nossos esforços na
busca de nossos sonhos, de nossos melhores momentos.
O que você acha que prejudica mais, as drogas que você
bebe, fuma, injeta nas veias ou as oriundas de palavras
aparentemente bonitas e que te destroem por dentro?
Um Grito de Loucura
161
Quantifique no meio social que você vive quantos estão
nessa dependência emocional. O conflito é necessário para
despertar no coração de cada um a verdade da vida. Os conflitos
são o epicentro da cura para trazer a paz interior.
Não tenho problemas com drogas, lícitas ou ilícitas. Meu
problema é com a dependência, pois você precisa saber o que é
bom para você e ter responsabilidade de uso para com suas
escolhas. O que você repete se torna uma constante, que é para
onde a sua vontade é direcionada. Dependência é vício, e esta é a
minha demanda.
Quantos homens não chegam em casa bêbados e batem
na esposa e nos filhos? Nesse momento eu atuo, interferindo pela
magia, enfrentando as entidades do mal que estão causando o
conflito. Um dos feitiços de proteção que realizo quando você
dorme é plasmar diversos agêneres 46
do seu corpo astral para
confundir os Magos Negros.
Outra forma é mudar a aparência do ambiente criando
uma cúpula de proteção para seu corpo, com a ajuda de outros
irmãos. Mas a pessoa precisa se ajudar. Posso também assustar o
mago, usando de intimidação e até violência, se necessário.
Que a justiça possa sempre trazer as melhores
palavras, e na ausência destas que ela traga
entendimento para perdoar e entender a importância
de sempre tentar.
46
Agêneres dizem respeito à criação de espíritos artificiais, que podem se
apresentar e revestir com formas de uma pessoa viva, causando assim, uma ilusão
de estarmos interagindo com uma pessoa encarnada.
Um Grito de Loucura
162
Capítulo 27 – Universos paralelos
Vamos introduzir um tema de convívio semanal na
reunião mediúnica, porém pouco compreendido. Quando
pensamos em alquimia entendemos uma interpretação de magia,
palavra antiga do idioma persa que vem de “magh” e significa
“capacidade de falar depois”, ou seja, sabedoria em
transformação.
Nessa compreensão de transformação, encontramos os
quatro elementos, que somados, resultam no plano físico que
conhecemos - terra, com o fogo resultando na forja, água com o
vento formando a vida. As transformações no mundo físico nos
levam ao conhecimento das vibrações trazendo a atração e a
adaptabilidade como uma lei de mudança universal.
A dependência emocional é uma transformação pela
busca do amor próprio e a maior mudança que o espírito pode
obter, através do conceito do espelho, é o amor próprio, que
encontramos na busca da reforma íntima.
Como fazer isso em uma pessoa que não se conhece e
não quer se melhorar? O início e o fim da nossa jornada evolutiva
estão na descoberta interior e para isso acontecer precisamos
estar dispostos a buscar mais, formando um ciclo que lembra uma
espiral, onde o final de cada jornada já nos conecta ao elo da
próxima. Assim, as próprias doenças silenciosas tornam-se um
ponto de apoio para uma auto compreensão mais nítida, exigindo
uma busca persistente desse objetivo.
A assimilação dos fatos nos ajuda a construir esses elos
que nos ligam à linha do tempo, numa construção a partir do
plano físico para encontrar as leis que nos regem, incluindo o
próprio tempo como adaptação para cada um desses elos.
Quando sugerimos a ideia da magia, da alquimia através
da transformação, compreendemos essa linha do tempo como
um elemento primordial a ser usado nessa receita.
A busca para entender o que se passa em nosso ser
transpõe o tempo em busca de uma resposta mais direta. Frente
ao trauma, que vira redoma e bloqueia a linha do tempo, a
compreensão e solução dessa continuidade precisa da criação de
Um Grito de Loucura
163
um filtro, para ajudar um observador a identificar as várias fases
de um mesmo fato.
Compreendendo a violência e a discussão que ocorrem
na sociedade diante do tempo, encontramos as dependências e a
auto sabotagem. Se a influência é um dos meios mais utilizados
no plano astral inferior sobre o plano físico, compreendemos que
a maior delas provém da comunicação. A dissolução dos
bloqueios e seus desdobramentos e a imersão na compreensão
dessa transformação acontecerá quando usarmos da mesma
linguagem, abordando a nossa vivência, estudando o assunto e
ressignificando a atividade, condicionando a mesma como um
exercício para a continuidade da vida.
Precisamos conceber a vida como um conjunto
de roupagens e adequações que unem as várias
reencarnações, colocando paciência no tempo,
adicionando o perdão e a comunicação para
fundamentar a cura pelo amor.
A soma desses elementos realiza a transformação e aí
incluímos as vibrações, lembrando a teoria das cordas, a relação
humana com a sociedade e o meio ambiente, plasmando as
projeções para o futuro focado na compreensão do “agora”.
Somente mapeando os pontos e inserindo as discussões
podemos falar do “agora”, da ressignificação de cada vivência e
compreender através da retrospectiva no tempo um modo de
fazer diferente.
Imagine vários campos convergindo para um mesmo
ponto através dessas vibrações, pelas cordas que se situam no
meio de um espaço tênue e considere que a vibração de apenas
uma delas já gera a reverberação, modificando o campo da outra,
realizando o transporte e a refração dos sentimentos.
Quando olhamos a atmosfera encontramos a refração de
uma vibração distinta daquela que acontece no vácuo, no plano
astral. Considerando que um plano é subsequente do outro,
entendemos que essa refração é um transporte da magia, para a
ressignificação.
Um Grito de Loucura
164
O irmão me pergunta sobre a interação entre as cordas e
os cordões energéticos. Observe que cada corda situada na
roupagem de cada existência nos situa num espaço-tempo e cada
campo de estudo se torna uma vibração, interferindo no outro e
assim consecutivamente gerando uma refração.
É necessário estudar cada parte desse sistema,
entendendo aquilo que você enxerga. Você tem dois olhos, mas
enxerga somente uma fatia do que foi disponibilizado ao seu
redor, em função do seu ângulo de visão. Nessa condição, se você
excluir a visão daquilo que seus olhos conseguem enxergar, ainda
assim estará percebendo essa fatia, com as faculdades da alma,
percebendo outras formas além de seus sentidos. Isso é o que
titulariza a sua vivência, pois cada sentido terá um significado
diferente e cada um enxergará de forma específica e apresentará
uma interpretação diferente para aquele assunto. Assim surgem
as diversas patologias em cada ser, interagindo nas doenças
silenciosas.
Referimo-nos às camadas energéticas que liberam
vibrações e interagem entre si, oferecendo a compreensão de um
todo ou apenas de uma fatia.
Nessa complexidade de pensamentos e considerando as
limitações da existência na matéria, encontramos os caminhos
dos sonhos e a capacidade de aspirar novos momentos. O campo
anímico nos remete a uma das cordas que nos leva aos arquivos
Akáshicos do corpo causal, nos levando à regressão dos
momentos da infância onde se encontram os traumas de
aceitação da vida. Nessa condição, você encontrará um padrão
repetitivo e a cura começará com novas descobertas.
Para a cura das doenças do futuro devemos enxergar a
vida como uma grande razão desse esquema, pois antes da
concepção da vida já trazemos um condicionamento da finalidade
da existência e o que você faz é aquilo que você já estava
condicionado a fazer. A condução de sua vida depende de sua
vontade em mudar interiormente e de interagir no meio familiar
e social.
Assim converge a ideia de cooperativismo, de comunhão
e compartilhamento das melhores vibrações, fazendo um
transporte de energias advindas de outras vidas e te ajudando a
enfrentar os padrões existentes. Como você reproduz o que
Um Grito de Loucura
165
aprendeu, precisa refletir sobre o que deseja a partir de hoje para
o futuro.
Vamos rever um padrão comum - na infância ou mesmo
dentro do útero - encontramos um padrão específico de alguém
que anseia pela vida, se desenvolvendo e buscando mais espaço,
se descobrindo como um ser. Neste exemplo, o bebê que não
chuta preocupa a mãe, pois é a vibração do chute que traz a
certeza da vida saudável. O movimento da criança libera uma
energia que traz um progresso no desenvolvimento da vida.
O chute causa um desconforto momentâneo que
promove a vida, pois o ser que vai regressar ao plano físico cria
um movimento que libera a satisfação de saber que tudo está
bem e com isso a mãe sente a necessidade de se cuidar mais para
trazer saúde ao bebê. O chute se torna um padrão duplicado que
reverbera na satisfação dos pais.
Afinal, tudo segue o padrão de uma onda energética que
converge nas células, criando um magnetismo que vai do micro
ao macro, interligando tudo através dos campos morfogenéticos,
formando as camadas das existências, interagindo nas subdivisões
que formam os campos de mudança pela comunicação.
Vamos a mais um exemplo. Dois idosos conversam muito
bem entre si, mas um idoso conversando com alguém mais jovem
tem a responsabilidade de educar e a partir daí vem a interação
da sugestão.
Reprodução, significa ensinar o que você
aprendeu e sugestão, apresentar fatos para a decisão
pelo melhor.
Como não existem respostas certas, essa sugestão irá
direcionar o ser para uma situação de bem estar, de equilíbrio e
de pertencimento na sua linearidade evolutiva.
Segundo a física quântica, a teoria das cordas propõe
muitas dimensões além das três que vocês vivem no plano físico.
A quarta seria o tempo e podemos dizer que a quinta e a sexta
seriam respectivamente os planos astral e mental. Todas elas
possuem um espaço vazio que conecta uma à outra liberando a
Um Grito de Loucura
166
refração da onda, que se propaga para as onze dimensões, depois
para vinte e duas e assim por diante, formando o multiverso.
Quando falamos de múltiplos espaços precisamos
entender que nem tudo é reproduzido e a criação divina ocorre a
cada instante. Os campos continuam criando novas camadas
vibracionais e a expansão de nossa mente ajuda nessa condição
de criação contínua. O entendimento da teoria das cordas vai
mudar ao longo dos séculos e provavelmente no ano 3 mil a física
estará admitindo mais dimensões ainda.
Veja a questão da numerologia. 4+6 resulta em 10, que
representa o 1 e o zero, ou seja, ligado e desligado. Quando
estamos ligados fazemos parte de um todo e quando desligados
estamos sós.
Se admitirmos que podemos viver ao mesmo tempo em
outros universos, entendemos que estamos em roupagens
distintas mas com conexões vibratórias comuns e não
necessariamente somos a mesma pessoa daquele universo
paralelo. A individualidade é única e interage através de corpos
comunicantes. Essa interação acontece na onda gerada pela
sugestão nos campos mais sutis.
Um grão de areia troca calor com outro e em algum
momento alguma parte estará mais fria e a outra estará tão
quente que poderá vitrificar. Nessa condição microscópica, a
interação acontece o tempo todo e o transporte ocorre nessa
interação subatômica, no âmbito das cordas.
Através da respiração podemos nutrir nosso ser
dessa energia que traz a vida e a mudança contínua.
Um Grito de Loucura
167
Capítulo 28 – Medo e ansiedade
O tempo passa mais rápido no plano espiritual. “Um
Grito de Loucura” fala sobre mediunidade, violência, mas também
aborda tudo aquilo que sentimos em nossas almas.
Nas minhas andanças, sinto ansiedade ao presenciar a
necessidade das pessoas ao meu redor. Quando falamos de
transformação, as pessoas pensam em milagre, mas só Jesus
operou milagres, pois Ele acreditava no que falava e transformava
tudo ao Seu redor. Pessoas de pouca fé e sem disposição para
uma transformação interior dificilmente alcançarão o milagre do
despertar da consciência - um vórtice de energia a ser trabalhado.
Referimo-nos ao efeito espelho, ao auto-perdão, que traz um
novo entendimento de nossa proposta de vida.
Quando abordamos a mediunidade como um
apontamento para a recuperação do tempo perdido, focamos na
necessidade de renovação, substituindo o homem velho por um
homem novo que está dentro de nós. Seu livre arbítrio coexiste
na mesma proporção do dinamismo da sua caminhada.
O Ser atua sobre tais alterações que ocorrem em cada
subcamada da consciência, onde a ansiedade e momentos de
tensão são trabalhados. O despertar da sua fé, ainda que
pequena, existe e te permite abordar em seu íntimo para que
impulsione seu desejo como resposta.
Quando a resposta não chega, criam-se vórtices distintos
do pensamento, trazendo uma egregora de medo. Essas são as
armas de acesso das entidades do Mal, para imporem sua
vontade. Nosso objetivo, contudo, é despertar o gérmen do
conhecimento, ampliar a efetividade da fé e desenvolver uma
resposta apropriada para aquele momento.
Abordamos a cura de um estado mental que traz
depressão, Alzheimer e esquizofrenia, onde frente à melhoria há
uma piora momentânea, devido à indolência dos pensamentos
que retardam a chegada da cura. Quando a dor se torna
insuportável, estaremos juntos para aliviar o fardo e te inspirar à
cura.
Um Grito de Loucura
168
Vinde a Mim vós que estais cansados e
sobrecarregados que Eu vos aliviarei, pois o Meu fardo
é leve e o Meu jugo é suave.
Essas palavras do Mestre são apropriadas para o
momento em que coexistimos e com o avanço para o século XXII
estaremos atuando em movimento incessante de renovação para
acelerar o progresso da humanidade. Com o despertar da
consciência estaremos direcionamento os caminhos que
oferecem uma transformação, para cada ser encontrar o melhor
para si mesmo.
Sem essa assimilação, a dúvida nos leva a caminhos
divergentes, para a busca de uma resposta pessoal que apenas
atrasa nossa evolução.
O "tempo clama" é uma frase apropriada para aqueles
que se encontram desesperados. A lição a ser aprendida refere-se
ao movimento que gera transformação, esculpindo novas
verdades nas relações com o próximo.
Como abordar um assunto que se desdobra em
interpretações tão distintas para cada pessoa, mas que ofereça
uma compreensão abrangente?
Precisamos pensar em adequar uma comunicação
dedicada para cada faixa etária - da criança ao adolescente e
deste para um adulto, e assim por diante.
Explicando as respostas a uma criança, deixaremos
perguntas para um adolescente e dando respostas a estes,
chegaremos a perguntas aos adultos e assim sucessivamente,
nessa jornada do despertar da consciência.
O que importa é a disponibilidade para fazer a diferença,
onde cada Ser encontra a alavanca apropriada para aquele
momento, compreendendo o espaço de ação a partir dessa Lei,
tal qual é palpável e maleável. Uma alavanca para mudar o
mundo, como disse Arquimedes. A esperança advém da aceitação
de que cada burilada expõe a necessidade de cada Ser.
O tempo é o melhor remédio que nos permite andar de
mãos dadas com ele, caminhando no mesmo sentido. Que o
tempo nos traga as melhores perguntas para que as respostas
venham da forma mais apropriada, sanando nossas dúvidas e
Um Grito de Loucura
169
expandindo nossa fé, para que a esperança seja o transpassar de
nossa caminhada e nisso possamos ajudar cada um no seu devido
tempo.
A ansiedade leva ao medo e precisamos compreender
que o tempo é um aferidor de ansiedade e também o elemento
de sua cura. Com isso, enxergamos o nó que nos prende ao
sofrimento e a movimentação que nos liberta.
Na ansiedade você deseja ter o controle do tempo, mas
ele é fluido como a vida. Precisamos parar e interagir com nosso
íntimo, bloqueando nossos pensamentos e buscando na
esperança e na fé as alavancas de nossa libertação.
Quando adentramos uma nova roupagem física,
trazemos a fé e a esperança para nos sustentar na nova
caminhada.
O que me motiva a caminhar? O que me motiva
continuar e o que quero com isso?
Nesse contexto, a ansiedade sempre existirá.
Acompanhamos um diálogo num posto avançado do
Hospital Esperança com o Sr. Aurélio, que falava – quando Jesus
andava na Terra, também teve ansiedade. Jesus soube vencer
seus momentos de ansiedade, caminhando para as respostas,
como fez no deserto. Quando o ouvi dizer isso, parei para refletir.
Se coexistirmos com a esperança e a fé, temos que vencer os
sentimentos inferiores.
As respostas nos direcionam para o objetivo que
queremos.
Vida é movimento - movimento é vida.
Para curar a ansiedade precisamos movimentar
as perguntas ampliando os campos de comunicação,
da convivência fraterna.
As pessoas se fecham cada vez mais numa bolha e nessa
cristalização do pensamento alimentam as energias negativas que
não querem mais. Criamos e reforçamos o medo e a ansiedade,
pois nos vemos pelos olhos dos outros gerando uma perspectiva
Um Grito de Loucura
170
de alguém que nos observa. Contudo, o que importa não é o que
o outro pensa e sim o que se passa no nosso íntimo.
O sentido de pertencimento aumenta o campo através
da discussão e fortalece a esperança e a fé.
No Hospital Esperança existem prédios dedicados a esse
assunto. Doutor Inácio, por exemplo, trabalha no âmbito da
depressão e da esquizofrenia, oferecendo a metodologia de
transporte e ressignificação do tempo.
Para corrigir um defeito, precisamos conversar
abertamente sobre o assunto, direcionando a busca por uma
resposta do próprio assistido. É isso que dinamiza o gérmen da
esperança a se espalhar em cada camada da existência,
interagindo com aqueles que estão receptivos a esse movimento.
Disponibilidade e atuação são os pontos do livre arbítrio
que convergem à existência e precisam estar acessíveis para
permitirem a interação. Abordar os fatos com clareza nos
possibilitará a melhor escolha.
Observe a grande quantidade de pessoas que
desencarnam e inconscientemente se estabelecem no Umbral
Grosso, carregando uma grande carga de ansiedade. Nessa
condição, elas permanecerão indefinidamente no local que
viveram e desejaram para si mesmas.
Deus nos oferece a vontade para irmos de encontro às
nossas vibrações afins, mas mesmo nos planos de sofrimento
encontraremos muitas possibilidades de aprendizagem e de
serviço no Bem.
Que nas espraiadas da vida possamos buscar o
movimento de libertação e de pertencimento. Vontade é tudo o
que importa e o que libera nosso pensamento para tudo o que
realmente desejamos.
Não existe vergonha ou demérito em ir para o Umbral
Grosso, mas somente direcionando nossa energia para o Bem
vamos encontrar os melhores caminhos daquela região. Vergonha
é não assumir os próprios passos, é encarar-se no espelho e não
se reconhecer.
Um Grito de Loucura
171
Aceitar o que fomos no passado, o que somos
agora e o que seremos no futuro é uma grande
jornada.
A persistência gera movimento e este gera a vida. Vida
em movimento significa adaptação para priorizarmos o
compromisso e a assiduidade.
No dia a dia encontramos muitas preocupações que nos
afetam o sistema imunológico causando uma interferência
carregada de energias negativas. Cada indivíduo carrega em seu
córtex cerebral uma antena psíquica que se manifesta na glândula
pineal. Nessa antena encontramos as interferências positivas que
a pessoa está recebendo dos seus guias espirituais e dos
benfeitores anônimos que podem ser considerados como os
trabalhadores de última hora.
Geralmente eles não possuem nenhum vínculo com
aquela pessoa e interferem para neutralizar um movimento
errado que pode afetar a harmonia de um sistema social.
Não podemos afirmar que as interferências negativas são
devidas somente às Trevas, pois sempre haverá uma permissão
do envolvido. Somos responsáveis pelos nossos pensamentos e
quando a vibração reflete essa permissão a interferência será
para o Bem ou para o Mal.
A degradação do estado consciente atua nos vínculos
emocionais e energéticos sobrepondo-os através da vibração,
atuando como uma chave mestra que abre os portais existenciais
que iremos trilhar.
A responsabilidade se desdobra do livre arbítrio e a
espiritualidade maior nunca permite ataques aos encarnados -
estes só ocorrem devido ao uso inconsequente dessa chave
mestra.
O bloqueio ocorre na condição consciente do
pensamento e a melhor forma de neutralizar as vibrações é
sobrepor os pensamentos com foco na intuição da melhoria. A
sobreposição do pensamento é o mecanismo mais adaptativo da
redescoberta desse estado consciente, criando a vontade de
ajudar.
Um Grito de Loucura
172
Nosso objetivo é despertar o lado bom da interferência,
mas para que isso aconteça a pessoa precisa estar consciente de
seu corpo, alinhando a vontade com o desejo de mudança,
combatendo a procrastinação e assim resolver os problemas mais
rotineiros.
São muitos gatilhos que nos ajudam na busca das boas
vibrações: sobrepor a ideia de que estamos protegidos, sentir-se
feliz com as opções da vida, tendo total domínio das escolhas.
Sobrepor o pensamento é mudar o foco o mais rápido
possível para neutralizar as vibrações negativas. Deseje sempre o
melhor daquilo que você está precisando. Se o campo energético
está contaminado, a melhor opção é realizar um movimento no
sentido de encontrar a força necessária para seguir em frente.
Quando o padrão se quebra encontramos uma ruptura e
com isso, podemos parar por um momento para refletir e buscar
um novo rumo.
Dentro dessa realidade precisamos realizar as atividades
sem pressa, pois esta traz a ansiedade, uma das dependências
emocionais mais presentes em nosso convívio.
Quem se apressa deixa de ver a beleza nos
mínimos detalhes.
Os detalhes da caminhada são mais importantes que o
final do percurso. A felicidade não está na realização e sim na
busca pela melhoria, pela melhor interferência, pelo detalhe, que
muitas vezes está implícito e acaba intensificando a noção de
ansiedade, medo e procrastinação.
Com medo de chegar ao fim do objetivo, encontramos
atalhos que nos levam à perdição. Nossa caminhada sofre
alterações de rotas e a cada instante a estabilidade emocional fica
mais distante nos adaptando ao que está ao nosso redor, criando
a ideia que não conseguiremos obter o que desejamos e sempre
aparecerá outro desejo para sobrepor o inicial e assim
sucessivamente.
Um Grito de Loucura
173
A meditação ajuda na limpeza do pensamento com a
oxigenação do sangue 47
, da respiração concentrada e consciente,
te oferecendo um estado consciente que te permitirá reencontrar
o equilíbrio.
Quando a dor ultrapassa os limites suportáveis reverbera
a adrenalina que está disponível no nosso corpo para ajudar a
repor as deficiências. O desequilíbrio emocional precisa trazer o
pensamento para o consciente, alinhando racional com
emocional, criando duas forças - a propulsora da razão e a da
emoção - trazendo as opções de escolha. O livre arbítrio ocorre
nesta sobreposição de pensamentos e o alinhamento busca
impedir a estagnação.
47
Métodos simples de respiração como a Kriya Yoga, descarbonizam e
restabelecem a oxigenação do sangue.
Um Grito de Loucura
174
Capítulo 29 – Compreendendo a rotina
Tudo em nossas vidas começa com uma rotina e
precisamos conhecê-la nos detalhes para nos melhorarmos. O
que fazemos errado na rotina se reflete direto na saúde física e
emocional e esse é um dos assuntos que abordamos.
Quando falamos sobre o auto-perdão, buscamos o
entendimento do que se passa em nós. Nessa perspectiva,
compreender o que se passa no dia a dia é uma etapa importante
desse processo.
Quantas vezes você percebe sua rotina?
- Você acorda e tem o hábito de agradecer à vida, mas
não intenciona fazer diferentes escolhas, como melhorar a saúde
dos pensamentos do cotidiano.
A rotina é importante porque nos permite reunir os
acontecimentos para análise ao longo dos dias, das semanas e
fazer o planejamento mensal, trimestral, semestral até chegar ao
anual. Isso nos ajuda a ter o tempo a nosso favor. Hoje, cada vez
mais corremos contra o tempo e não a favor. Se o tempo é uma
necessidade fundamental para os que vivem na matéria,
precisamos fazer dele um companheiro de todas as horas e não
nosso inimigo.
Nesse planejamento colocamos tudo o que é necessário
para nossas vidas. As palavras se direcionam para um tipo
particular de pessoa e com elas procuramos atingir um público
maior modificando o contexto em função das necessidades
específicas. Com esse método podemos acompanhar o quanto
falta para atender todas as demandas, procurando chegar à vida
daqueles que ainda não possuem o discernimento.
A adaptação sempre será uma opção para a fomentação
de pensamentos que despertem a força de vontade. Se as nossas
raízes estiverem bem fortificadas, então poderemos realizar a
transposição de nossa árvore, que simboliza a semeadura de
nossas possibilidades.
Dentro da sinapse nervosa encontramos as ligações que
geram o movimento de adaptação do meio biológico, na
Um Grito de Loucura
175
construção química do sistema do cérebro 48
e também na
glândula pineal encontramos a ligação direta dessas patologias.
Nos exames de ressonância magnética de pessoas inseridas nessa
condição, podemos observar vibrações e transporte de energia. A
medicina atual, através do CID 10 F32 49
já admite os estados de
depressão e os processos de bipolaridade no ser humano.
Nesse conceito, a adaptação será a solução para essas
doenças, como ponto de partida de cada um em buscar suas
melhores escolhas, o remédio mais adequado para aquele
momento. A busca pela cura sempre passa pela superação dos
traumas existentes, nos levando a um próximo movimento de
aprendizagem.
Aceitar que somos um conjunto de seres em simbiose
diante desse movimento de transformação nos ajuda a entender
os processos que se encontram inseridos nele e que existem
muitas possibilidades de tratamento, embora nenhum seja
definitivo.
O tratamento que é eficaz para você não
necessariamente será para o outro, pois somos seres
únicos e o que nos aproxima são nossos pensamentos.
Sabemos que tudo é energia e a comunhão entre os
planos físico e astral decorre do transporte das substâncias que
existem em cada plano. Aquilo que você não possui no lado astral
precisa ser buscado através do princípio de transporte no plano
físico. Como exemplo cito os recursos de algumas ervas e dos
tratamentos de fluidoterapia. Nessa simbiose, tudo o que seu
corpo absorve se transforma em energia que reverbera na
glândula pineal.
48
Bases neuroquímicas e farmacológicas comprovadas por ressonância magnética
atestam a eficácia da Ayahuasca em estudos clínicos.
49
Classificação Internacional de Doenças – CID 10 é publicado pela Organização
Mundial de Saúde (OMS) e visa padronizar a codificação de doenças e outros
problemas relacionados à saúde. A letra F aborda transtornos psicóticos mentais e
comportamentais, incluindo Demência na Doença de Alzheimer, esquizofrenia,
bipolaridade entre muitos outros.
.
Um Grito de Loucura
176
O alinhamento magnético do corpo físico é semelhante
ao dos astros e ainda é pouco estudado pela Ciência. O sono, por
exemplo, se torna mais restaurador no horário noturno porque a
Lua possui um magnetismo fundamental para o equilíbrio
biológico. Nesse mesmo contexto ela afeta as marés, a migração
dos pássaros, as plantações e até os níveis de melatonina dos
seres vivos, regulando alguns hormônios.
Tudo é movimento e a vida se torna um transporte te
levando a novas etapas. O magnetismo é a força que rege esse
movimento, compreendendo que tudo possui energia,
influenciando todos os reinos da natureza. O campo gravitacional
é magnético e sua interação gera movimento na natureza - as
árvores interagem com suas raízes, a água atravessa todo o
planeta levando vida - mesmo no mundo microscópico podemos
sentir a manifestação do sopro da vida.
A força magnética traz o movimento da vida e
da cura em todos os planos da existência. A vida anseia
pela cura e transposição dos problemas, aceitando que
cada etapa se conecta ao sistema evolutivo.
A partir da glândula pineal observamos a reverberação
do magnetismo para o resto do nosso corpo. Essa indução ocorre
pela vibração do pensamento, onde, se o objetivo for a retirada
de uma dor, de um incômodo, essa vibração não será de atração e
sim de repulsão. Já no caso de trazer um estado de sono
profundo, calma e sentimento de amorosidade, teremos a
atração.
O meio de manipulação dessas energias vem através das
mãos, com a imposição do passe magnético, como meio
condutivo. Já quando vibramos por alguém será o nosso
pensamento o meio difusor de nossa vibração. A reverberação se
torna um movimento de ondas onde respeitamos a limitação de
cada indivíduo e que não podemos andar numa linha retilínea
uniforme e sim como picos de foco condicionados através do
tempo. É isso o que acontece no momento da construção
magnética pelo passe e pensamentos de cura.
Um Grito de Loucura
177
Atualmente, muitos cientistas têm se dedicado ao estudo
da glândula pineal, visando a cura da ansiedade, da depressão ou
mesmo da insônia, desenvolvendo remédios que são assimilados
pela derme, como adesivos ou imãs, posicionados em pontos
estratégicos do organismo.
Além dos minerais contidos nessa glândula, temos outros
órgãos do corpo humano que também possuem a capacidade de
realizar a refração de energia, sob influência dos Chakras. Cada
corpo interage de uma forma particular com a vida,
condicionando em cada um a sua própria similaridade com o
sistema.
Já informamos da própria condição do cordão
de prata, que se fixa na região do corpo que é mais
estimulada.
Quantas vezes, devido ao acúmulo das emoções retidas
através das vibrações baixas, encontramos pedras nos rins ou na
bexiga, que podem trazer a dor. A interação de cada indivíduo
com sua reverberação ajudam a compreender esse movimento de
onda.
Se nossos pensamentos interagem nesse movimento de
onda eles se cristalizam, provocando um movimento energético e
biológico de simbiose que se reverbera no campo de interação da
vida física. Daí decorre a bipolaridade, a depressão e as demais
doenças silenciosas.
Quando isso ocorre no Chakra Cardíaco, afeta a nossa
amabilidade criando um endurecimento desse campo. Assim
ocorrem as paixões que nos afundam ou que nos renovam. Já no
Plexo Solar, isso influi na força para a vida, levando às alergias, às
doenças do sistema excretor, nos incapacitando de depurar as
informações e transformá-las em movimento de perdão e
entendimento entre as pessoas. Quando analisamos a
desarmonia que nos impede de caminhar corretamente,
compreendemos a importância do auto-perdão e assim surge a
teoria da complexidade de nossos pensamentos através da
reverberação e do movimento simbiótico entre os planos físico e
astral. A simbiose como campo de adaptação ao pensamento e a
Um Grito de Loucura
178
cristalização deste, se evidencia nos Chakras e transpõe no corpo
físico.
Cada elemento do reino mineral tem um campo
magnético específico que representa a energia; Os cristais 50
dispostos devidamente ao redor do nosso corpo, de uma casa ou
mesmo do planeta possuem a responsabilidade de transformar e
transportar energia. São condutores da reverberação que ajudam
no equilíbrio da vida.
Tudo interage na natureza e a adaptação é a
condição energética do tempo e da vida como um
todo.
A simbologia universal está como veículo de transporte
para o infinito onde as pessoas se (re)conhecem em campos de
diálogo, (re)assumindo sua condição de pertencimento numa
sociedade em equilíbrio.
Os cristais podem ser usados para a cura e quando
aplicamos à cromoterapia 51
, suas cores contidas ativam esse
processo. São várias etapas a serem vencidas até chegarmos à
cura integral. Vivenciar o amor é importante, porém há
momentos em que o perdão será mais evidente enquanto outros
ainda, em que a evidência será em relação à projeção no futuro.
50
O contato da pedra entra no sistema energético e por meio de sua ressonância
reequilibra energias e, consequentemente, a emoções e o bem-estar.
51
Tratamento que, por intermédio das cores, estabelece o equilíbrio e a
harmonia entre corpo, mente e emoções.
Um Grito de Loucura
179
Capítulo 30 – Organizando a rotina
Já abordamos a importância dos grandes portais para o
alinhamento dos astros e as várias fases da Lua que são
representações desses portais.
Da frase de Jesus “Pedi e obtereis” podemos tirar
preciosos ensinamentos sobre a importância desses alinhamentos
planetários. Contudo, nos pequenos alinhamentos também
podemos obter informações importantes sobre a renovação da
vida, dia após dia e no decorrer das semanas. Os portais
multidimensionais são abertos em horas e dias específicos.
Ao amanhecer, liberamos o cortisol 52
, com a produção
da energia que vamos precisar para enfrentar um novo dia, nos
nutrindo adequadamente, enquanto planejamos a nossa rotina.
Recebemos do Sol a temperatura necessária para o estímulo do
cortisol que é absorvido nos alimentos, mas também pela nossa
fé e nesse momento o corpo desperta de um sono reparador, nos
ajudando a nos libertar do padrão negativo condicionado em
nosso ser.
Com a chegada do crepúsculo nos distanciamos dos
problemas vivenciados ao longo do dia e buscamos a
tranquilidade. Nesse momento são liberados os hormônios da
dopamina 53
e as vitaminas que fortalecem nossos ossos e
músculos. Vamos nos acomodando para o descanso, buscando
diálogos proveitosos em parceria com o tempo.
É importante nos recolhermos num horário adequado 54
ao leito para acessar um portal, por volta das 2 ou 3 h da manhã e
52
Hormônio produzido pelas glândulas suprarrenais, localizado acima dos rins.
Sua função é ajudar o organismo a controlar o estresse, reduzir inflamações,
contribuir para o funcionamento do sistema imune e manter os níveis de açúcar
no sangue constantes, assim como a pressão arterial.
53
Neurotransmissor responsável por levar informações do cérebro para as várias
partes do corpo. A substância é conhecida como um dos hormônios da felicidade e
quando liberada provoca a sensação de prazer, satisfação e aumenta a motivação.
54
Tema de ampla discussão pelo professor de neurobiologia Andrew Huberman
da Universidade de Stanford.
Um Grito de Loucura
180
assistir palestras no plano astral. Verifique quantas vezes você
acorda inspirado com sonhos reveladores.
São três portais que se abrem diariamente. O primeiro
deles entre 7 e 9 horas, iniciado pela liberação da produção de
cortisona na glândula pineal estimulada ao despertar, que se
estende até a chegada do segundo portal, entre 16 e 18 horas,
finalizado com a Ave Maria, num ato de agradecimento.
Ao entardecer na abertura do segundo portal, entidades
nos conduzem ao encontro dos melhores caminhos, os Chakras
são realinhados oferecendo saúde física e limpeza mental.
À noite, sem a redução do cortisol no organismo, a
pessoa dorme mal e acaba desorganizada por completo. Vale
lembrar que, para o bom desempenho da mediunidade, um corpo
descansado promove o funcionamento otimizado da glândula
pineal. Após a tranquilização que este portal nos oferece,
produzimos a dopamina para aliviar as dores do corpo e nos
preparamos para o sono.
O terceiro portal vai das 23 até 3 horas da madrugada,
trazendo recuperação ao corpo físico pela respiração e cria
acessos aos Liceus da Mediunidade.
Em seguida encontramos os portais semanais, alinhados
com as fases da Lua: Nova, Cheia, Crescente e Minguante, que
afetam os mares e influenciam a mediunidade. Na Lua Cheia, os
portais nos inspiram em buscar a criança interior, a pureza das
mesmas. A última Lua Cheia é um portal de pedidos de
transformação, onde são acatados muitos pedidos e intenções,
quando fazemos uma retrospectiva dos eventos daquele período.
Na semana da Lua Minguante, temos o momento de
gratidão pelos pedidos que foram atendidos. A Lua Nova nos
remete ao que está adormecido em nós e na Lua Crescente,
temos o momento de criar novas situações. Renovar-se é ser
criativo diante da busca das respostas. A glândula pineal ganha
uma nuance de criatividade tornando nossa semana prática e
adaptativa.
O aproveitamento do magnetismo da Lua começa com
uma boa alimentação, fazendo do tempo um parceiro e amigo
importante para a realização de nossas tarefas, desenvolvendo a
rotina nos dois lados da vida para o despertar da consciência. A
Um Grito de Loucura
181
noite é um momento de agradecimento e inspiração, estimulando
a criatividade para o próximo dia.
O ritmo no astral é célere, contudo para os Seres
desencarnados cristalizados por ideias negativas, ele passa mais
lentamente.
O tempo é a quarta dimensão que liga os dois
planos da vida oferecendo aquilo em que a mente se
fixa.
Ele é um meio de comunicação que nos posiciona no
espaço oferecendo a prioridade para esta organização da rotina.
Essa metodologia é oferecida a todos os que sofrem diante da
ansiedade, do medo e do desespero e é uma das mais aplicadas
para aqueles que estão em depressão ou com esquizofrenia.
Psicólogos e psiquiatras a chamam de controle da rotina, conceito
já praticado nos Liceus de Mediunidade.
Não me refiro aos liceus como algo destinado aos
espíritas ou médiuns somente, mas como universidades de
caminhos, ou seja, escolas que semeiam o gérmen da
transformação interior.
Estes se localizam em vários níveis do astral, desde o
Umbral Grosso até as colônias espirituais. Falamos de grandes
observatórios formados no plano astral e alguns até no plano
mental, onde as palestras se realizam pela inspiração e não
necessitam de formas astrais e sim de adaptação da consciência
para os participantes se sentirem acolhidos. Um lugar sem um
espaço determinado e onde encontramos diversas nuances.
Os agentes são os guias e mentores, principalmente os
Exus e Pombagiras 55
, que abrem nossos caminhos para a
transformação do Karma. Cada um de nós tem uma necessidade
particular e precisa encontrar o melhor caminho para atendê-la.
55
Espíritos que nos protegem nas áreas pessoais, afetivas, profissionais e
financeiras, atuando como guardiões de nossas necessidades mais imediatas. São
conhecidos como executores do Karma, trabalhando a serviço da Luz.
Um Grito de Loucura
182
Esse também é o momento de refletir sobre o que
fizemos naquele dia, fortalecendo nossos laços de família e
amizade.
Difundindo essa ideia de organização da rotina,
ajudamos as pessoas a priorizar os assuntos mais importantes,
contando com a ajuda da espiritualidade para resolvê-los,
desbloqueando o acesso aos portais diários e avançando para os
portais semanais, fazendo melhor uso do tempo.
Com essas palavras simples criamos a ideia da
organização e da rotina. O irmão Danilo sugere uma palavra
interessante – organização da rotina - que é o tratamento
oferecido nas terças feiras 56
. Isso nada tem a ver com as
estruturas hierárquicas das organizações que você conhece e sim
com a coordenação mental diante do tempo, evitando que a
pressa atrapalhe a criatividade.
Nisso, difundimos a ideia de prioridade para
compreender que os problemas têm seu peso, importância e
podem ser subdivididos em temas com tempo específico para
abordagem de cada um.
Não são palestras com grande público, e sim, encontros
pessoais de esclarecimento, através de várias técnicas, em salas
individuais e com a presença de diferentes instrutores ou
seminários realizados em campo aberto, ensinando a
manipulação de medicamentos. Ali aprendemos o que eu chamo
de centro de poder, uma revelação interior que nos ajudará a
enfrentar carências imediatas.
Em cada tema destacamos os problemas do dia a dia,
pessoais e familiares, submetendo ao nosso consciente um de
cada vez. Observe que o acúmulo de problemas acaba gerando
desespero e ansiedade. Enxergar um problema de cada vez ajuda-
nos a encontrar uma saída criativa. Se você tentar resolver todos
os problemas de vez, não encontrará solução.
56
Refere-se às atividades de aconselhamento espiritual feitas pelo espírito Danilo
Codegroza no Centro Espírita Caridade e Luz, em São Roque, SP.
Um Grito de Loucura
183
Uma coisa de cada vez. Qualidade é melhor que
quantidade.
Por vezes, poucos segundos resolvem um dilema. Caso
não aconteça, passamos para a próxima fase e quiçá a resposta
nos ajude a resolver a anterior.
“Conhece-te a ti mesmo”, está relacionado com o
segundo portal, assim como o consumo permanente de água e da
boa alimentação.
As prioridades básicas se tornam os maiores pilares para
despertar uma maior vazão da glândula pineal, aumentando o
campo criativo e de nossa comunicação, buscando afinidades de
pensamentos e agrupando os campos sociais.
Quando o processo de criação de um novo corpo se
inicia, sob a atuação do Modelo Organizador Biológico, no
momento de formação da medula e antes mesmo do sexo, a
glândula pineal já se forma. Já no momento da morte física, ela
continua em atividade produzindo o DMT até se extinguir
completamente, acompanhando a decomposição do corpo vital.
A glândula pineal funciona como uma espécie
de rastreador.
Um Grito de Loucura
184
Capítulo 31 – Engajamento e integração
Até o presente, o que falta ao nosso livro é a integração
de alguns pontos importantes. O engajamento nos leva ao
despertar da consciência e a integração ao aproveitamento desse
despertar ao longo do planejamento reencarnatório.
Planejar é diferente de executar. No planejamento
abordamos a questão do determinismo que consiste numa
abertura para a nova roupagem do corpo físico e a maior abertura
perante esse planejamento é a mediunidade. Tudo o que
planejamos precisa ser relembrado e revisado periodicamente.
O engajamento se torna então uma busca para essa
condição de despertar facilitando a interação com a mediunidade.
Aquilo que é focado no Bem segue a linha da intuição, do
pensamento positivo trazendo as respostas do dia a dia pelas
conexões mentais.
A essa condição de intuição chamamos de
mediunidade e o que vem pela adaptação - no
despertar da consciência pela necessidade de mudança
- denominamos engajamento.
Numa analogia com a matemática, X só se relaciona com
X e Y com Y, a mediunidade seria o contraponto de X se relacionar
com Y e vice-versa. Nessa linearidade o complemento ocorre
quando você enxerga o seu problema e também o do outro,
dissolvendo o egoísmo, o materialismo, sugerindo a integração
nos dois planos da vida, astral e física, interligando as pessoas no
meio familiar e social.
A palavra integração sugere a adaptação para o trabalho
que não é uma atividade isolada e sim uma reunião de
pensamentos que funciona como uma chave seletora. Quando
falamos de Um Grito de Loucura nos referimos à transformação
trazida pela mediunidade limpa, aproveitando o que tem de
melhor na vida, aceitando e devolvendo as bênçãos que ela nos
oferece e avançando para novos caminhos e oportunidades.
Um Grito de Loucura
185
O mundo é volátil assim como nossos pensamentos e
adaptar-se significa integrar. Engajar é se adaptar de forma
compreensiva à vida, adotando o amor como a chave seletora da
cura, uma realização pessoal e social através da mediunidade.
A vida se expande para muitas direções que se integram
em um pensamento comum, que consiste no trabalho, na
transformação como meio de cura e de despertar da consciência.
O mais importante é a busca individual aplicando o movimento do
desapego e da empatia para aquisição da luz espiritual.
Os médiuns do futuro serão muito diferentes dos atuais,
pois não se afastarão de sua própria consciência e da persistência
no Bem. Assim, compreendemos que o livre arbítrio está ligado às
próprias escolhas e o que torna imutável a partir das condições
impostas à condição humana é oferecer ao próximo aquilo que
você teve de melhor, de forma constante. Esse é o movimento de
integração, aceitando o despertar da consciência e abraçando a
mediunidade em um movimento útil, favorecendo a busca e o
diálogo a favor da cura.
Essas palavras parecem simples, mas contém muita
profundidade na representação do tempo, propondo a
modificação, a reforma íntima, direcionando o ser para o que
realmente é importante.
A adaptação aos sistemas sociais, aos ecossistemas e
demais espaços geográficos ao redor do globo é uma necessidade
da espécie humana. Essa relação é uma condição de
engajamento, pois o que se oferece ao longo do caminho é a
busca da melhor relação para consigo mesmo. O que te aflige e te
incomoda é o ponto de partida para o que precisa ser trabalhado,
te direcionando para a integração. Aqueles que se oferecem para
ajudar ao longo da vida são os que estão mais aptos para realizar
a integração.
Então, como enxergar no próximo que te
incomoda a chave seletora de sua transformação?
- Envolvendo-o em seu campo energético, com
a reverberação de seus melhores pensamentos,
tratando-o como um familiar querido, independente
Um Grito de Loucura
186
dos laços consanguíneos e através do olhar oferecer a
nossa melhor inspiração, buscando novas formas de
comunicação, sempre com mansuetude e compaixão.
Contudo, esse relacionamento precisa ter a aceitação de
ambos os lados. Nossos pensamentos precisam estar alinhados
com o futuro, proporcionando questionamentos para ver mais
além.
Vamos exemplificar nosso raciocínio com uma criança
que já começa seu tratamento de cura dentro do útero da mãe,
durante os 9 meses em que ambas aprendem a se amar. Quando
ocorre o milagre do nascimento, a transmissão do conhecimento
ocorre até os 7 anos, na expectativa de que o espírito
reencarnante encontre novos caminhos proveitosos para seu
crescimento. Através da roupagem do amor, um ser descobre o
outro na egregora familiar.
Quando eles laços não se conectam, não existirá empatia
e os conflitos aparecem. Somente com o filtro do amor haverá
integração e cura, solidificando essa relação e criando a redenção
das almas envolvidas.
Engajamento e integração significam despertar
da consciência e regeneração, oferecendo as
possibilidades de indulgência do auto-perdão e do
perdão ao próximo, como consta na oração dominical.
Que possamos ouvir Jesus e perdoar até 70 vezes 7,
aproveitando essa roupagem terrena para aceitar o amor em
nossas vidas.
Faço uma pausa para lembrar que a vida é imortal e a
pressa não ajuda no processo evolutivo. Ela pode ajudar no
estímulo e adaptação do tempo, mas gera ansiedade e nos leva
ao desequilíbrio e desarmonia interior.
O irmão me pergunta sobre o perdão incondicional.
Assim como o amor incondicional significa o total desapego,
quando uma realidade se choca com outra, criamos o que existe
de mais bonito – um estado incondicional. O choque dessa
Um Grito de Loucura
187
realidade transforma tudo ao seu redor, mas o importante são os
pequenos passos que damos na direção do Cristo, ao longo das
múltiplas existências.
Nessa realidade, o despertar vem lento, com um passo
de cada vez, nos aproximando do que mais desejamos, que neste
caso é o auto-perdão, um movimento incondicional do amor
próprio que permite a reverberação do amor incondicional para
com o próximo.
A chave seletora é nos enxergarmos e entendermos o
amplo aspecto do perdão que é o despertar do amor em nosso
ser.
Na minha caminhada, visualizo quanto o Cristo se torna
presente nos corações daqueles que se permitem amar e
perdoar, aceitar os erros e acertos sem nunca deixar de tentar e
quantos já encontraram esse caminho, mesmo no ambiente hostil
em que vivemos na Terra, caminhando para a auto cura, para o
despertar da consciência e isso me motiva muito.
A transformação é a maior cura do século, pois tudo o
que se move se transforma e como a vida é movimento, que
possamos solucionar nossos problemas, enxergando os mesmos
em relação aos do próximo e encontrando no diálogo o problema
do próximo para entender a si mesmo. Com isso, descristalizamos
os pensamentos fixos que são a chave de submissão dos senhores
das Trevas – a depressão. Ela vem por movimentos imperceptíveis
que nos afastam de nossa caminhada e nos tornam mais frágeis,
nos levando ao negacionismo. Esse movimento é contrário ao que
desejamos.
Que o diálogo de hoje traga o sorriso do
amanhã e que este nos inspire a ver o próximo com
mais amorosidade.
Quando as pessoas nos enviam baixas vibrações
precisamos buscar a nossa reação na frase do Consolador: “Vinde
a Mim todos os que sofrem que serão consolados.” Todo
pensamento ruim que te direcionam te oferece a possibilidade de
aceitar a vibração como ela veio ou transformá-la em algo
melhor.
Um Grito de Loucura
188
“Nada se cria, tudo se transforma”, se refere a essa
condição.
Aprenda a transformar o ódio que te
direcionam em amor. Como fazer isso?
- Com esse movimento de engajamento e
integração, aceitando o outro como peça fundamental
para sua cura e entendendo que todos que atravessam
o seu caminho são as pessoas certas para o seu
engajamento naquele momento.
Com isso, você devolve ao outro a possibilidade de
transformação pelo movimento de reverberação dos
pensamentos. Só vai entrar no seu corpo aquilo que você
permitir, penetrar em seu campo energético aquilo que por
invigilância ou por comodidade você aceita nos seus cordões
energéticos.
A integração te ajuda a aproveitar a predisposição e te
direciona a um caminho de atuação, primeiramente no mental,
depois no vibracional e por último no diálogo. O vibracional está
diretamente ligado aos cordões energéticos que se estendem
entre os campos mental e astral. A amplitude desses cordões
depende do tamanho de seu desejo, de sua vontade.
Pelo diálogo abrimos as portas da fraternidade,
integrando nosso pensamento ao do próximo e oferecendo o
melhor de nós.
Ao longo das muitas reencarnações quantas não foram
as vezes que repetimos os mesmos erros ao invés de transformar
nosso interior. O despertar da consciência não é algo reativo e sim
uma tomada de decisão com paciência, para uma escolha
positiva, aprendendo a distinguir o pensamento que é seu, do seu
guia ou de espíritos obsessores.
Assim, a vida se assemelha a uma flor, com cada pétala
desabrochando para a beleza da natureza, criando um
movimento de união, onde “um não solta a mão do outro”. Esse
Um Grito de Loucura
189
movimento de integração se torna uma quebra do padrão
negativo.
Nesse movimento encontraremos o que existe
de mais belo na vida - o amor - que liberta, cura e
estimula o ser.
Um Grito de Loucura
190
Capítulo 32 – Ninguém solta a mão de ninguém
Duarte convida o amigo Danilo Codegroza 57
para falar
sobre decepção e engajamento.
- Hoje vamos orientar todos os que trilharam pela
jornada da mediunidade. Decepção e engajamento se tornam
forças distintas que, contudo interagem entre si. Se a decepção
dialoga diretamente com o engajamento, porque ela aflora tanto
a depressão? Seriam a falta de preparo, a ansiedade ou as
limitações?
No decorrer dessa labuta encontramos palavras que
definem o engajamento - na vontade, no desejo - mas a decepção
acaba fazendo com que elas fiquem despercebidas. Quando
condicionamos o nosso tempo, aceitamos que temos hora certa
para tudo. Chamamos esse momento de oportunidade de
engajamento.
- Quantas oportunidades perdemos ao longo da vida?
- Quando enxergamos um defeito, e nesta limitação
falta-nos uma ampla forma de enxergar novas opções, pois o que
ainda não deu certo precisa ser tentado novamente.
A desistência tem sido uma das forças que mais
assolam o movimento negativo ao longo do tempo.
Quando desistimos de um sonho, abandonamos a
energia e o tempo que foi gasto no mesmo e o que fica é uma
frustração, que se torna uma alavanca de submissão e de
desânimo para os envolvidos. Nessa linha da decepção devemos
nos fortalecer, nos direcionar para o engajamento e buscar novas
alternativas de solução. Quando não conhecemos um assunto,
procuramos informações sobre o mesmo, pela inspiração interior,
com respostas que tragam consenso aos envolvidos.
57
Danilo Codegroza viveu sua última reencarnação como médico na França do
século XVII. Desde então, dedica-se ao socorro a espíritos sofredores no Umbral
Grosso e ao atendimento fraterno em centros espíritas e umbandistas.
Um Grito de Loucura
191
A frustração nos incapacita de encontrar novas
oportunidades de aprendizado, de engajamento, reforçando o
estado depressivo. Contudo, em reencarnações passadas a
frustração foi o ponto ápice da vida e te obrigou a retornar à
carne para tentar novamente. Portanto, ela se torna uma maior
arma positiva para o engajamento, pois te impele na busca da
informação para evitar um retrocesso.
A adaptação se torna um movimento, permitindo novas
tentativas em tempos diferentes, na busca dos caminhos para
encontrar as respostas. Se um ou dois não a encontram, um
terceiro pode ajudar.
O importante é a força de vontade para atingir o
objetivo. A frustração impulsiona o ser a sair da zona de conforto
em busca de pertencimento, de adaptação diante do movimento
que segue inexorável. Abaixar a cabeça e falar que não sabe é até
aceitável, mas achar que não existe solução pode significar falta
de vontade.
Há uma força que te impulsiona para frente - o
instinto de sobrevivência - inerente a todo ser vivo.
A força do movimento está ativa em cada célula do
organismo e precisa ser estimulada, como por exemplo, por meio
de um acolhimento seguro, aonde o Ser possa ser ouvido sem
receber pré-julgamentos.
Veja as pessoas estranhas à sua volta que você está
disposto a ajudar espontaneamente. Perceba que ninguém está
desamparado e que a aceitação das perdas momentâneas deve te
ajudar a encontrar um motivo para continuar a jornada.
Diante das decepções encontramos seres antigos
vivendo na Terra buscando se melhorar, precisando acessar em
seu íntimo a busca que os motiva, aceitando as limitações na
continuidade da vida, na imortalidade da alma, entendendo que
tudo está conectado.
Na busca desse engajamento, não podemos nos
esquecer das mãos que nos amparam, da ajuda invisível que vem
de muitos lados. Precisamos nos unir mais para oferecer
Um Grito de Loucura
192
engajamento, com uma ampla compreensão do verdadeiro
sentido da vida. Esse é o meu objetivo primordial.
Querer é um poder que gera movimento. Quanto mais
modificamos nossas palavras e as adaptamos, mais oportunidades
teremos. Para servir de exemplo, precisamos ouvir atentamente o
que o outro quer.
A grande maioria das pessoas que procura
nosso aconselhamento se encontra em depressão, sem,
contudo, ter consciência disso.
Nunca devemos dizer isso a elas, pois faltaríamos com a
caridade e o respeito e sim, buscar entendê-las. A escuta ativa é
uma terapia que ajuda o outro a caminhar, a se movimentar,
gerando uma nova adaptação da realidade.
O engajamento é a grande solução para as
doenças silenciosas, oferecendo um objetivo para
continuar a verdadeira busca àqueles que se perderam.
Como despertar um estímulo para os que
desistiram da caminhada?
Levando até eles a terapia do ouvir.
A mediunidade é um desses caminhos, mas para isso é
necessário o despertar do Ser. Não basta ouvir, é necessário
compreender e esta prática te ajuda a se conhecer melhor, se
perdoar e compreender suas limitações e desejos, contendo suas
agonias e no meio desses sentimentos proporcionando um
movimento na direção da vida, desenvolvendo a sensibilidade e o
modo de agir, ampliando a visão para várias direções.
São várias as reencarnações que nos levam a conhecer
nosso íntimo, superando as limitações que são próprias da
condição evolutiva. Muitos perdem o ânimo e se frustram,
perdendo o movimento do progresso. Esse campo que gera a
depressão precisa interagir com o próximo para que se desperte a
empatia, o pertencimento, criando um movimento que permite a
dissolução desse sentimento tão nefasto.
Um Grito de Loucura
193
Tudo segue a lei de ação e reação - as escolhas passadas
interferem no presente - o trabalho solidário permite que o
exemplo de um ajude o outro, oferecendo um diferencial
positivo.
Veja o exemplo do atendimento fraterno na casa espírita.
Tudo depende da capacidade de ouvir do atendente para
oferecer ao atendido um direcionamento adequado ao caso. A
simplicidade permite a interação no diálogo, para ouvir e falar no
momento certo. É importante ouvir e entender o problema sem
pré-julgamentos.
Quando faço um aconselhamento, busco as próprias
palavras do atendido, oferecendo o caminho da solução que está
nele mesmo ou nos seus guias espirituais. Quando uma pessoa
narra seu problema, suas ideias são projetadas em uma tela
mental, onde o medo de não ser compreendido se reflete até no
olhar, nos gestos, na respiração. Por isso bloqueio os olhos do
médium, mantenho sua cabeça abaixada, deixando o atendido
mais à vontade para falar. Fico sempre do lado direito do
médium, com minha mão em sua cabeça. É preciso estimular a
imaginação para visualizar minha presença, pois antes de ser
criada ela foi imaginada.
Para combater a depressão primeiramente precisamos
oferecer uma recepção fraterna que inclua a condição de ouvir
mais e falar menos, um lugar seguro para que a pessoa se sinta
confortável, estimular artifícios mentais para ela encontrar seu
centro de razão deslocando seu pensamento para um espaço
espiritual agradável e oferecer confiança, lembrando que ela
chegou até ali graças às suas próprias escolhas.
Precisamos evitar o julgamento das escolhas certas ou
erradas. Estimule sua força para que ela sinta segurança,
oferecendo-lhe a opção de se enxergar, de se tocar, para
encontrar a compreensão de si mesma e do auto-perdão. Nessa
condição, surge a oportunidade do engajamento que permitirá a
ela ficar mais disponível, sem censura, buscando a solução. Um
tema se liga ao outro pela identificação, que passa pela paciência
de ouvir e ter compaixão, usando sempre a inspiração para gerar
o engajamento.
Quando fazemos o atendimento encontramos vários
desafios - cada pessoa traz consigo uma família que também
Um Grito de Loucura
194
precisa ser trabalhada – e o foco é o amor em movimento. Uma
simples ficha de atendimento traz uma grande rede de
informações a serem trabalhadas. A cura da frustração, da
angústia, pode vir das oportunidades que oferecemos.
Mesmo que o resultado não venha de imediato,
plantamos o gérmen da esperança, oferecendo uma possibilidade
de melhoria, um movimento inspirador. Ninguém é esquecido ou
deixado para trás. Os trabalhadores se multiplicam e o amor se
transforma em pertencimento e oportunidade de trabalho.
Graças a isso oferecemos mais qualidade nos atendimentos.
Estou ligado à Grande Falange Branca de Luciano e
muitos tarefeiros ligados ao Hospital Esperança.
“Ninguém solta a mão de ninguém.”
“Que Deus seja o provedor de nossa força e que
caminhemos com fé, que ela não costuma falhar.“
Danilo Codegroza
Um Grito de Loucura
195
Capítulo 33 – Limitação versus Necessidade
O tempo sempre deve ser utilizado para realizar algo útil.
Se ele não for o melhor remédio ou o melhor amigo, de que
adiantaria tanto esforço? O engajamento sempre ocorre quando
buscamos entender o que acontece num relacionamento,
proporcionando uma adaptação, uma necessidade de sempre
fazermos o melhor, no menor tempo possível. É fundamental
manter o foco para não esquecermos o que ficou pelo caminho.
Nossos estados de consciência nos colocam como
senhores de nossas escolhas e não para nos envolvermos nas
escolhas dos outros. Quando temos a oportunidade de ficar
calado devemos considerar isso como uma boa escolha. Não
existe uma opção de neutralidade. Mesmo quando você reduz as
opções, sempre terá que escolher uma e esta será o grande
objetivo do trabalho, uma escolha consciente e determinada para
seu bem próprio, pois o bem mútuo é um sentimento que
transpassa o nosso entendimento.
No transcorrer do dia encontramos várias fases que
precisam ser adaptadas para o melhor aproveitamento do tempo.
- O que cada um pode fazer para ajudar a si mesmo?
- Os passos são simples como já nos falou Danilo no
capítulo anterior. Que cada um aprenda a se perdoar e amar para
que um dia também possa amar alguém. E assim possamos vibrar
na sintonia do amor que tanto falamos aqui, criando um alicerce
sólido, para fincar a bandeira do amor em nossas vidas.
Entender o movimento de se perdoar - para
depois se amar - é o engajamento para entrarmos no
ciclo vibratório da mudança.
Se engajar em si próprio, aplicar sua própria vontade e
concluir uma etapa, compreendendo que a divisão das tarefas
ajudará a dinamizar as ações positivas.
Observe que a nossa sociedade se divide em continentes,
cidades e vilarejos buscando um melhor aproveitamento dos
recursos da natureza e a integração social para o engajamento. As
Um Grito de Loucura
196
doenças silenciosas estarão em muita evidência neste século
devido ao movimento da bolha, confinando e bloqueando a
possibilidade do engajamento entre as pessoas. A finalidade da
vida em sociedade é a integração, sugerindo que alguém faça o
que o outro ainda não sabe ou não pode fazer.
. Conta antiga metáfora que um homem falou com o
Senhor sobre o céu e o inferno. O Senhor disse-lhe:
– Venha, vou mostrar-lhe o inferno. – Eles entraram em
uma sala em que um grupo de pessoas se sentava ao redor de um
caldeirão que continha um guisado. Todas estavam famintas e
desesperadas. Elas seguravam colheres que chegavam até a
panela, mas que tinham cabos muito mais longos do que os seus
próprios braços, e por isso não podiam ser usadas para levar o
guisado às suas bocas. O sofrimento era terrível.
– Vamos, agora vou mostrar-lhe o céu – disse o Senhor
depois de algum tempo. Eles entraram em outra sala, idêntica à
primeira – o caldeirão, o grupo de pessoas, as mesmas colheres de
cabo longo. Mas todas as pessoas estavam felizes e bem nutridas.
– Eu não compreendo – disse o homem. – Por que elas
estão felizes aqui se não estavam na outra sala e tudo era igual?
O Senhor sorriu.
– Ah, isso é simples – disse ele. Aqui elas aprenderam a
se alimentar umas às outras.
Cada um deve dinamizar sua vida buscando o equilíbrio
entre aprender e ensinar. “Ninguém solta a mão de ninguém”
significa que a força presente em uma pessoa sempre será mais
forte quando estiver em duas e assim sucessivamente. Nesse
ciclo, entendemos que somos um elo unido com o mesmo
objetivo. Isso traz a cura das doenças silenciosas, permitindo que
tudo faça sentido, que as escolhas sejam de cada um, mas sempre
respeitando a escolha do outro.
- Questionamos então porque tanta gente se desgarra?
Por falta de vontade própria?
- Não. Devido ao movimento intencional de anular as
pessoas, de afastá-las.
Tudo começa nas escolas onde um estranho deve educar
seus filhos, inserindo um pouco de suas frustrações íntimas. A
Um Grito de Loucura
197
criança carrega latente em si, o futuro deste universo e
precisamos saber se os educadores da primeira infância estão
realmente preparados para transmitir o conhecimento integral.
Essa tarefa deveria ser dos pais, mas se eles não puderem lidar
com isso, que possamos encontrar pessoas preparadas para
realizar essa missão.
Relembre o exemplo de Mnvyt sobre essa problemática
de repetição do padrão ao longo de muitas reencarnações, se
limitando a uma ideia fixa que o levou a uma degradação
emocional e física.
A limitação mais grave, contudo, é não querer interagir
devido à falta de um bom exemplo. Como ajudar aqueles que
optaram por criar bolhas de isolamento? Oferecendo conteúdos
bons e gratuitos para esses aparelhos de bolso (telefones
celulares) ou tv, que falem de amor. Infelizmente o que se
destaca na mídia é a violência, o trauma, a tristeza. Para mudar
isso precisamos causar um choque, que promova a aproximação
entre os seres.
Se eu tenho limitação para me relacionar com você por
algum motivo, consequentemente necessito me aproximar de
outro com quem tenho mais afinidade.
Limitação é algo que te impede de seguir
adiante e necessidade é a busca daquilo que está
mais próximo de você.
Nas etapas da vida vamos ter sempre esses degraus de
necessidade e limitação e mesmo que seja possível subir mais de
um degrau de cada vez, o esforço será sentido mais à frente.
Respeitar a limitação é fazer algo diferente na linha da razão
sugerindo a mudança gradativa e não um milagre.
Por isso, Danilo falou que não acreditava em milagres e
sim em transformações.
Ao longo da caminhada, o que fica pelo caminho são os
pensamentos que não se transformaram em ação, ideias egoístas
que geram o distanciamento. A intenção é “ninguém soltar a mão
de ninguém”, mas eu não posso te obrigar a segurar a minha mão,
Um Grito de Loucura
198
pois estarei interferindo no seu livre arbítrio. A pressa é uma
condição humana que não se adequa ao processo evolutivo.
Imagine um cravo (espinha) no seu rosto. Se você
esmagá-lo ele se inflama, mas se você aguardar ele desaparece na
hora certa. Conduto, você pode ajudar, fazendo movimentos
leves na região para acelerar a cura.
- Qual é o movimento mais rápido para ajudar aquele
que não sabe o que quer?
- Oferecer uma chance de engajamento, uma palavra de
conforto, um exemplo que seja importante para ele.
Quantos desencarnados não aguardam séculos no
Umbral Grosso para ouvir a palavra - me perdoe? Quantos outros
ficam a maior tempo ainda repetindo a palavra - eu te odeio. Na
busca da fala apropriada, não devemos julgar o que sai de nossa
boca, mas o que fica em nosso interior. Quando uma pessoa fala -
eu te odeio - ouve o que diz e interioriza - eu me odeio. O mesmo
ocorre quando falamos - me desculpe.
A dualidade desse movimento permite que cada um se
modifique através da fala. Se a fala não fosse tão importante, não
teríamos tantos idiomas na Terra. Abordar o engajamento passa
pela fala no seu âmbito social e familiar.
As novas ideias nos ajudam a lembrar o que é
importante, entendendo em que momento um assunto se
destaca, enquanto as limitações do tempo trazem a noção de
pertencimento. Um órfão é mais carente do que uma criança com
família e com isso elas não podem ser tratadas de forma
semelhante.
Precisamos desenvolver a sensibilidade para
entender o que o outro precisa, sempre com muita
paciência e atenção.
Cada um de nós tem uma programação única e para
estimulá-la precisamos enxergar os exemplos que surgem no dia a
dia como nos ensinou Jesus,
Um Grito de Loucura
199
Eu não posso pedir a uma pessoa violenta que ofereça a
outra face, mas posso pedir a ela que perdoe 70 vezes 7. Esses
dois exemplos são diferentes. Depois de perdoar quem sabe ela
um dia não possa oferecer a outra face?
Para mim essa frase é uma alegoria, pois não quero que
ninguém seja violentado oferecendo a outra face e também não
quero que me bata na primeira. Precisamos aceitar que os
exemplos que dialogam com nosso interior nos levam a novas
oportunidades. A finalidade de tantas religiões e filosofias é para
atender a necessidade de cada um.
Quando falamos de engajamento, incluímos o conceito
de autoestima - eu gosto de mim. Se não tenho esperança e fé em
mim não terei em mais ninguém. Essa frase ajuda a compreender
a autoestima, a entender o exemplo pelo outro e por si, nessa
dualidade de limitação de cada um. Que possamos falar para nós
mesmos, em silêncio - eu faço por mim, você faz por você - e a
autoestima se tornará um combustível da vida.
Não preciso da aprovação de ninguém para continuar a
minha jornada. Minhas ações são fruto do meu livre arbítrio e
preciso aceitar os meus erros para que se transformem em
futuros acertos. A perfeição está na imperfeição, nas múltiplas
ideias recorrentes ao redor dos níveis vibratórios do planeta.
A melhoria da autoestima começa na infância, quando
aceitamos aquilo que temos, fortalecendo a segurança de cada
um, buscando o equilíbrio entre os que possuem muito e os que
não têm quase nada. A integração social contribui para isso,
quando o esporte se alia à literatura, quando a dança se une à
música e o adulto se mistura com a criança. Tudo começa nessa
troca onde um estimula o outro.
Para as pessoas que possuem um coração endurecido
precisamos descobrir algo que elas gostem e demonstrar
reconhecimento por essa atividade.
O elogio sempre deve fazer parte de nossas
vidas.
Um Grito de Loucura
200
Devemos desenvolver a paciência em ouvir com
muito amor, agregando outras pessoas com
pensamentos afins.
Um Grito de Loucura
201
Capítulo 34 – Mnvyt
A paz é um movimento contemplativo existencial. Para
entender esse movimento precisamos conhecer um pouco da
escola da vida adaptando o aprendizado ao longo das existências,
progredindo e despertando as questões fundamentais para o
nosso crescimento interior. As escolas filosóficas nos ensinam que
ascensão não significa aprendizado, que ocorre quando as
memórias se acendem e trazem a compreensão dos assuntos.
Para este capítulo vamos contar com a participação do
nosso irmão Mnvyt:
“O processo de elevação e transformação é uma
ascensão, onde dois pontos convergem harmonicamente para um
objetivo comum. É o mesmo princípio dos buracos de minhoca,
ou seja, aceitar a convergência de dois pontos sem a necessidade
do trajeto ou mesmo do tempo. Falo isso para que possamos
excluir a linearidade do tempo desse meu depoimento.
A programação inserida no transcorrer do processo
evolutivo na vida física tornou necessárias pessoas como eu. A
sabedoria divina contempla a necessidade da transformação
permitindo a autonomia do livre arbítrio e criando um movimento
sequencial que se traduz em novas fontes de transformação e de
trabalho. A evolução impulsiona a transformação dos sentimentos
e nem sempre aquilo que você recebe é o que foi ofertado. A
violência inserida nessa transformação criou as cidades,
desenvolveu impérios e maltratou o mundo, gerando forças de
domínio.
Eu fui uma dessas forças. A semente plantada nessa
programação me bloqueou num longo período da minha vida,
mas essa mesma consciência me fez optar por minhas próprias
escolhas, muitas delas sub impostas por essa programação. Essa
programação pode ser desdobrada pela ciência de hoje em neural
58
e adaptativa 59
, mas era pura magia no passado.
58
Neurolinguística (PNL) é uma abordagem de comunicação, psicoterapia e
autodesenvolvimento que afirma que existe uma conexão entre a parte
neurológica e todos os tipos de linguagem com os padrões comportamentais.
Um Grito de Loucura
202
Fui uma semente que cresceu de forma distinta da
planejada. Em minhas primeiras reencarnações neste orbe, vim
de forma compulsória, sem a permissão dos dirigentes espirituais,
pelas mãos dos magos negros, manipuladores de condensação de
energia em cidades do astral inferior onde predominavam a
corrupção e as intenções nefastas que tornaram possível a
replicação dessas técnicas de reencarnação.
Essas entidades manipulam os diversos corpos sutis,
chegando até ao causal através de modificações do fluido cósmico
universal. A somatória dessa mescla de vivências e vibrações abre
um lapso temporal sugestionando a formação de uma nova vida.
Sua localização e a mesclagem biológica se dá, mediante a
influência dos magos no planejamento reencarnatório,
desenvolvendo sua influência de desejos e culminando no fruto
da vida.
Os planos reencarnatórios das cidades das trevas
recebem influência de seus líderes, que no meu caso foi o Mago
Aldebaran. Foi uma época de alianças entre os magos e os
dragões quando o processo compulsório da reencarnação começa
a ser utilizado.
Essa máquina da reencarnação existe até hoje e está
instalada no Vale do Poder, tendo uma estrutura de quilômetros
de extensão e chegando até o magma da Terra. Funciona
absorvendo a nebulosa dos pensamentos humanos, condensando
energias negativas para a manipulação do poder e domínio no
meio social. Foi construída por componentes que vieram deste
orbe, de outros mundos ou roubados de cidades espirituais do
Umbral Fino. Sua construção foi feita pelos cientistas do Mal, a
serviço de Aldebaran, com a colaboração dos dragões e de outros
magos negros.
A violência imperava sobre o planeta muito mais do que
hoje e era de tamanha magnitude que separou os continentes.
59
Mecanismo que possibilita exercer uma ação linguística sobre a realidade. O
aprendizado dos diversos gêneros textuais que socialmente circulam entre nós,
além de ampliar a nossa competência linguística e discursiva, aponta-nos inúmeras
formas de participação social por meio da linguagem.
Um Grito de Loucura
203
Refiro-me à Pangeia 60
, antes da era do gelo, muito antes dos
humanos terem surgido. No ambiente astral, as guerras de poder
repercutiram em catástrofes no plano físico. Isso acontece em
todos os cantos do Universo, infelizmente.
Cito a destruição em outros orbes para relembrar a
minha necessidade de transformação. Aprendi com meus erros,
embora pudesse ter optado por caminhos diferentes. A
necessidade de cada um convergiu para as experiências e
ensinamentos dos grandes mestres do passado. Ao invés de um
pensamento no Bem, foi oferecido o transtorno e incentivado a
discórdia abalando as vivências de cada um desses seres
envolvidos, condicionando a um movimento de destruição
daquilo que chamamos de ética, moral, consciência, que ao ser
destruído gerou um padrão negativo coletivo, promoveu as
guerras santas e o preconceito, que chega até nossos dias.
A violência embutida nesse preconceito formou as
civilizações de poder, a programação neural via reencarnação
compulsória. Esse orbe se tornou então um mundo de provas e
expiações.
Vários avatares vieram com a missão de dissolver essa
realidade. Fui contemporâneo e antagonista de alguns deles. Não
me orgulho disso. Quando a dissociação da realidade me foi
imposta, entendi que o movimento que aplicava era algo tão
destrutivo que eu estava acabado por dentro. Eu era apenas uma
porção de pedaços carregados de culpa.
A premissa do conhecimento me fez visualizar minha
primeira encarnação, minhas vidas astrais e a dualidade desse
movimento me fez ascender à necessidade de refazer tudo, de
forma consciente.
Nessa condição, consegui finalmente programar minha
reencarnação e sentir em todas as minhas células a energia de
ascensão de minha jornada. Com o conhecimento interiorizado
em meu ser, travei a última batalha junto a Aldebaran. Minha
maior vitória foi me libertar do seu domínio, tomando o controle
de minha consciência.
60
A separação da Pangeia, que deu origem à configuração dos continentes como
hoje conhecemos, teve início há 230 milhões de anos.
Um Grito de Loucura
204
Ainda hoje, caminhando pelos planos inferiores do
Umbral Grosso, identifico seres controlados pelos magos do Mal
através dessa máquina de reencarnação e sinto a necessidade de
ajudar a encerrar esse ciclo. Trabalho para a dissolução do
domínio do mal, ampliando a consciência dos envolvidos. Receio
que essa máquina tenha se multiplicado ao longo desses séculos
contribuindo para o movimento euro centrista.
Por algum tempo ainda sentiremos as vibrações dessas
influências. O Bem trabalha silenciosamente e nos impele na
redescoberta de nossas forças interiores para lutar contra a
manipulação e pela libertação individual fortalecendo os elos da
fraternidade. Esse elo de poder e libertação é o veio que nos une.
Libertação existencial, emocional e física, nos ajudando a
transformar o presente e o futuro numa adaptação cognitiva
coletiva. Que ela venha pelo estado superconsciente.
Hoje, vivo em uma caverna, uma espécie de posto
avançado nas proximidades do reino dos dragões, trabalhando
junto a espíritos remanescentes de antigas eras, os magos
brancos e somos a última força de resistência a esse poder do
mal.
O Abismo vem recebendo uma limpeza e esvaziamento
contínuo nos últimos tempos, mas sua vibração ainda atinge os
pensamentos das pessoas ansiosas e aflitas, semeando o
distanciamento, a segregação entre os povos e disseminando a
discórdia. Apesar do enfraquecimento do poder dos dragões, os
magos negros trabalham silenciosamente no ego de cada um de
nós, usando os artifícios da religião e da politica.
O Reino dos Dragões atualmente é composto de grupos
isolados buscando atender o comando de um líder. Muitos estão
reencarnados buscando se reorganizar e burlar as leis divinas. O
Bem oferece essas possibilidades para que eles tenham novas
oportunidades e possibilidades de redenção. Com sabedoria, os
benfeitores oferecem o trabalho como indulgência para a
transformação, interferindo quando os limites são ultrapassados,
aplicando leis disciplinadoras.
No comando dos dragões hoje não estão mais os antigos
demônios que você conhece pela literatura. Outros surgiram
destronando os antigos em guerras internas. Os antigos senhores
também foram ressignificados e já se encontram trabalhando
Um Grito de Loucura
205
pelo Bem, aceitando em sua transformação a necessidade de
melhoria contínua,
Fomos uma vontade imposta pela ganância do ego e que
deixou muita destruição. Contudo, temos uma dualidade de
forças, pois também contribuímos no passado com o avanço da
ciência material e das descobertas tecnológicas.
Deus sempre escreve certo, mesmo por linhas
tortas.
Sinto-me atarefado e ficarei feliz quando cumprir
integralmente minha missão, libertando cada ser envolvido nessa
energia deletéria.
Temos permissão da Grande Fraternidade Branca para
influir nas regiões do submundo, aplicando técnicas de magia
avançada sem, contudo usar de violência. Esses senhores do
passado carregam hoje a roupagem de magos brancos se
distanciando da nebulosa negativa do ego e acessam essas
permissões para neutralizar as forças do mal.
Fazemos parte do exército da libertação, resistindo em
nome das forças do Bem, principalmente de Atafon 61
e Miguel
Arcanjo 62
, que presenciaram nossos erros e nos deram liberdade
de refazer tudo.
Nesse contexto, apresento a ideia de um mundo que só
pode ser transformado por aqueles que sofreram na pele os
flagelos da dor e da violência. A ressignificação e a resiliência são
os movimentos contemplativos da vida, transformando nossas
existências e uma vida é apenas uma fração de segundos no
tempo do universo. Sofrimento nenhum é necessário, mas
somente pela dor fui capaz de ascender e encontrar a libertação.
Infelizmente não é possível voltar no tempo e corrigir
todos os males que fiz. Entendo que fui um joguete, mas também
um algoz. Essa realidade de sermos os nossos próprios algozes,
61
Anjo protetor do Abismo, citado na obra “O Abismo” de Rafael Américo Ranieri.
62
Considerado por algumas correntes espiritualistas como o atual governador
espiritual da Terra.
Um Grito de Loucura
206
onde a auto sabotagem nos define com mais dor perante a
relativização da vida, cria um vazio, proporcionando e
disseminando mais dor. Hoje sou o senhor da minha vida.
Quando era um dos líderes do mal recebi a mensagem
do Cordeiro e o que mais me tocou foi sentir no meu Ser uma voz
que me dizia - Eu entendo o seu momento, a sua batalha, respeito
e acredito no seu potencial.
Naquele momento, a vibração emitida por Ele causou um
movimento de confusão, todos achando que ocorreria uma
guerra entre as forças do Bem e do Mal, mas ao invés disso, Sua
imagem tranquilizou nossos corações e os minutos de silêncio
trouxeram uma onda de frequência elevada que parou nossas
máquinas para ouvir a Sua mensagem.
Muitos de nós sentimos a mensagem de esperança que
semeou confiança, oferecendo um novo caminho. Aquela
semente trazia o antídoto da disseminação do ódio. Isso
aconteceu há 2.400 anos. Esse encontro do Cristo com as sombras
ocorreu em um plano de neutralidade e uma trégua foi
restabelecida. As sombras, contudo não a respeitaram e
formaram o caos que você conhece pela história da Antiguidade.
Aceitando o tempo como um coeficiente existente
vemos que a linha de vencedor e perdedor forma um equilíbrio.
Na exclusão do tempo observamos que todos perdemos com
nossa ignorância.”
Duarte retorna, lembrando a necessidade de remover a
dor e aceitar o conhecimento.
Um Grito de Loucura
207
Capítulo 35 – Células de Misericórdia
Venho de um posto avançado do Hospital Esperança
chamado Células de Misericórdia, na região astral de Itaquera,
Grande São Paulo, onde ofereci assistência junto a seres que
reencarnaram pelas técnicas do Mal. Identificamos nessas
crianças os senhores das guerras do passado seguindo uma
assinatura violenta desde o nascimento.
Trata-se de dois recém-nascidos, inseridos em mães
despreparadas e ainda adolescentes, sem condições de dar a
assistência que eles precisam. Essa condição agrava e potencializa
a programação reencarnatória e o que podemos fazer é acolher e
encaminhar para a adoção, criando uma oportunidade diferente
daquela planejada pelas Trevas.
- Como oferecer uma oportunidade diferente para
aquele que está engajado no planejamento reencarnatório do
Mal?
- Aplicando um dinamismo diferente da sua formação,
bloqueando a dor e o trauma que carregam.
No corpo mental superior encontramos os registros das
vidas passadas, onde prevalece o caos, sugestionando a violência
através de um padrão negativo que prevalece sobre os demais
pensamentos. O Mal não tem uma linha organizada de
planejamento e o que impera desde a adolescência são os
traumas que induzem os jovens para lideranças nefastas.
Nessa condição, esses seres precisam de mais atenção
no contexto familiar e a adoção é um dos recursos de solução,
selecionando famílias que oferecem a essas crianças uma segunda
chance. Nesta situação, interferimos no livre arbítrio das mesmas
para alterar o seu destino.
Atuamos em dois casos, mas neste momento ocorrem
milhões de processos semelhantes, não apenas no ato do
nascimento, mas até na indução negativa no decorrer da
gestação. A cada cem crianças que nascem quase cinquenta por
cento vêm nessa condição. Acredito que só dez por cento renasce
Um Grito de Loucura
208
pela ação dos benfeitores espirituais, enquanto os demais
renascem envolvidos em dramas sociais.
Todas elas possuem proteção, mas não podemos
interferir nas escolhas, pois a projeção desses traumas traz a
indulgência das próprias escolhas e o meio social contribui com
isso. O próprio Mal planeja as dificuldades que elas irão passar,
limitando sua capacidade de visualizar as possíveis melhorias que
poderão obter. Os benfeitores anônimos criam uma condição de
proteção, inserindo no meio da adversidade os programas de
apoio e acolhimento fraterno.
Aqui no Brasil, a maioria das crianças carentes não
recebe boa assistência do sistema social e as que são
encaminhadas para adoção encontram muitas barreiras e
preconceitos.
- Quantos pais estão dispostos a oferecer carinho para
esses seres e possuem preparo emocional para essa tarefa?
- Poucos. O que resulta na formação de um estado
caótico alimentando os conflitos e sugerindo opções erradas na
vida.
Esse padrão negativo atravessou muitos séculos
evidenciando os traumas nos dias de hoje. Procuramos fortalecer
os grupos sociais e familiares para que a família escolhida por nós
supere as dificuldades dos genitores, oferecendo novas
oportunidades e possibilidades de geração de ideias gradativas no
Bem, criando um movimento de cura do caos, com o mínimo de
interferência possível no livre arbítrio.
A fomentação do sexo sem controle gera o conceito da
gravidez como um castigo, ignorando a benção que ela
representa. As depressões pré e pós-parto contribuem para o
Mal, o aborto traz a violência psicológica, ferindo a integridade do
ser, criando uma vibração negativa em todos os envolvidos.
Estamos recebendo com maior frequência, espíritos mais
evoluídos de diversos orbes para ajudar nas opções que citamos
acima.
Esses seres irão trabalhar na dissolução do caos e do
ódio. Isso, contudo, só deve se concluir próximo ao ano 3.000.
Nossa esperança é que a evolução da tecnologia contribua com o
Um Grito de Loucura
209
progresso do planeta, dissolvendo as doenças e encurtando as
distâncias. Somente com a disseminação do conhecimento e da
sabedoria, poderemos oferecer as melhores escolhas.
Minha formação cristã não me permite apoiar o aborto,
mesmo em casos críticos, mas a vivencia em postos avançados do
Umbral Grosso me ajudou a compreender que o aborto não é
uma simples questão de violência.
Após o mesmo, verificamos que o Alto já oferece as
primeiras vibrações de amor incondicional, direcionando o sopro
da vida a partir da fecundação do óvulo e reverberando para
valores mais elevados. Contudo, quando o foco for para o ódio,
aceitamos que o aborto seguro pode evitar um mal maior. Não é
minha opinião, mas sim um consenso de outros irmãos da
espiritualidade.
Imagine a violência imposta pelo aborto clandestino,
sem os devidos cuidados, criando ódio, cenas de horror e
mutilação do ser. Estaremos proporcionando aos senhores do Mal
tudo o que eles querem para a humanidade.
Uma mulher frágil, violentada, com depressão pré-parto
opta pelo aborto e nessa reverberação gera mais caos e violência,
aumentando sua depressão com sentimentos de desprezo e
abandono, se permitindo posteriormente a mais sexo sem
sentido, possibilitando novos abortos e culminando no suicídio.
Entre um ato e outro, preferível que ocorra o aborto.
Esse assunto me entristece muito, pois é uma realidade
que refuto. Precisamos intensificar a comunicação entre as
pessoas, entre os povos, evitando a violência a partir de nossos
pensamentos, alinhando nossas escolhas fundamentadas no amor
e na cura.
Que possamos transformar nossas ações em
pensamentos comuns aceitando nossas escolhas e
buscando as melhores para repercutirem no meio
social.
Isso não pode ser uma imposição, afetando o livre
arbítrio. Hoje usei de minha influência manipulando o livre
arbítrio com o intuito de oferecer uma opção positiva. As mães de
Um Grito de Loucura
210
14 e 16 anos conceberam às 7:15 e 9:12 horas, de parto normal.
As crianças nasceram sem chorar e não receberam amorosidade
dos profissionais de saúde. Para a primeira, selecionamos
imediatamente um casal homo afetivo que trabalhava no hospital
e estava há 9 anos na fila de adoção. A reprovação e o
preconceito começou na própria maternidade. Foi oferecida uma
chance a esse casal de ter algo que almejavam e à mãe de
recomeçar sem o peso da maternidade naquele momento.
Para a adolescente mais nova, usuária de drogas
pesadas, a adoção veio através de uma tia mais velha, que
acolheu o bebê.
Foram oferecidas novas possibilidades, como você pode
observar, mas poucas induzem ao movimento de melhoria. Acho
que não fiz o suficiente, pois será necessário muito
acompanhamento para dar certo. Mexemos nas escolhas e
alteramos o que estava planejado e o trabalho continua. Tivemos
a colaboração de Mnvyt, ajudando na reencarnação dos antigos
companheiros de batalha do passado.
Mentoria e proteção são necessárias para o sucesso.
Oferecendo escolhas, podemos proporcionar as melhorias,
sugerindo para que cada um encontre seu melhor caminho.
Um Grito de Loucura oferece a possibilidade de
escolhas para encontrar a cura, possibilitando que, nos
momentos difíceis, possamos abrir nossos corações
para a razão e encontrar o momento apropriado para
dissolver nossas mágoas e continuar nossa jornada.
Um Grito de Loucura
211
Capítulo 36 – Paz e libertação
Duarte convida o espírito Danilo Codegroza para o
desenvolvimento deste capitulo:
“Precisamos estar sempre seguros e confiantes.
Segurança nos bons pensamentos e confiança em si mesmo.
Reflita que você pode melhorar sua caminhada usando essas duas
palavras.
Libertar-se significa se abrir e se permitir ao novo e nesse
contexto, podemos caminhar no âmbito da paz. Se você olha um
problema, ele fica em destaque, mas para resolvê-lo você vai
precisar de um único pensamento – olhar para o problema do
outro. Focar no ego é alimentar sua confiança e isso não é errado.
O problema está na alimentação exclusiva do ego, onde tudo se
volta para o próprio ser, num movimento vazio. Somos peças
complementares no meio desse sistema, um interagindo com o
outro e se refletirmos bem, o problema do outro é um
complemento do seu. Se ambos não estivermos bem, não
seremos capazes de ajudar os demais. Por isso precisamos
entender o que significa estar bem num meio de libertação e de
paz.
Estar bem nos dias atuais é estar engajado no meio de
um trabalho transitório e positivo. O envolvimento de cada um
ocorre pelo exercício da autoconfiança, da sua determinação em
prol daquela atividade. Se você não tem essa confiança, como
pretende obter os louros da vitória? Outra definição – como você
pretende viver bem se ainda insiste em manter uma batalha onde
teremos vencedores e perdedores? Não existe mais o conceito de
vencedor, pois todos nós estamos perdendo muito nessa luta
improdutiva.
Esse estigma de competição está afundando a sociedade
cada vez mais. Situar o engajamento nos lembra de que todos
somos um e, enquanto esse pensamento for distinto, não
quebraremos o padrão negativo. Não critico a opção por
determinada religião ou por um estilo de vida. Somos seres
complementares na tipologia da concepção da palavra, ou seja, se
Um Grito de Loucura
212
tudo está conectado, a minha dor é a sua dor, onde sangra em
você, sangra também em mim.
Refletir essa sintonia é comunicar-se completamente
com o outro, dividindo sonhos, ideais, problemas e soluções. Uma
complexidade em que o professor também é aluno e vice versa.
O desenvolvimento da empatia será cada vez maior e
precisamos trabalhar esse sentimento nas pessoas bem
intencionadas para acessar o campo de permissibilidade dos
demais seres humanos.
Pegar a mão do próximo e não soltar significa
entrar nesse espaço de permissibilidade oferecendo a
chance de trabalho e socorro para a tomada das
melhores decisões, sempre em conjunto, mas com as
particularidades respeitadas para cada caso.
Precisamos ser menos taxativos e mais inclusivos.
O nivelamento do conhecimento é o inicio do ideal da
paz, oferecendo a permissibilidade para as decisões certas. Mas,
como liberar o conhecimento se não trazemos novas pessoas para
o nosso circulo de relacionamento? O circulo representa a
disposição de todos os envolvidos no mesmo nível, contudo,
precisamos montar vários círculos para atender os diferentes
níveis de conhecimento.
Não creio em milagres e sim, em transformações, e
dentre essas, o que mais motiva a minha caminhada é constatar a
transformação pessoal de cada ser, presenciando a transição de
um mineral bruto em uma pedra polida, o despertar do amor
num simples princípio inteligente e a ressignificação do perdão
em nossas vidas.
A mudança é necessária para que possamos perdoar, na
intenção de nos curarmos pelo amor. Não creio que a dor pode
curar – ela segrega e tortura os seres, condicionando a ideia de
que para sobreviver é preciso sofrer. Isso vem do conceito do
pecado, enraizado nas religiões da Antiguidade. Dor e tormenta
não forjarão homens melhores e sim irá massacrá-los.
Um Grito de Loucura
213
Hoje, 13 de novembro de 2023 63
, registra na história da
humanidade 230 anos de um alastramento da depressão no
Ocidente, devido às guerras nos dois planos da vida. Veja que os
anos e os séculos passam, mas o padrão negativo continua. Faz-se
necessária a libertação dessa dor. Precisamos ser agentes dessa
transformação e combater a depressão, que já é a maior doença
da humanidade.
Desde tempos remotos, os magos negros manipulam a
depressão para obter uma energia poderosa de domínio global.
Esse sentimento de melancolia quebra a empatia no bem
induzindo à culpa, ao martírio. Veja como é fácil nos colocarmos
como vítima e o como é difícil nos perdoarmos.
A depressão é um casulo, que te fecha para o mundo
externo, onde seu sofrimento é o maior de todos. Mas esse
sentimento não surgiu ao acaso. Ele foi amadurecendo, se
consolidando e endurecendo e o seu antídoto é o engajamento e
a sugestão da paz. Sugerir é o primeiro movimento, seguido de
aceitar, para iniciar a transformação.
- O que fazer a partir desse ponto?
- Manter o engajamento, a constância de propósitos.
Veja o exemplo de alguém que perdeu os pais. Tinha
uma vida normal, família, filhos, mas depositou
inconscientemente toda sua dependência emocional nos pais. A
perda dessa transição emocional implica na perda do
engajamento que é substituído pela depressão. Então, se isola da
família e do meio social. Isso é muito comum nos dias atuais.
A solução passa pela compreensão da imortalidade da
alma, entendendo que a vida é um ciclo de muitas existências,
proporcionando a busca da reposição da perda no amor a outras
pessoas.
63
Danilo refere-se à Revolução Francesa, com a implantação do Período do Terror
e perseguição a todos os inimigos do Estado.
Um Grito de Loucura
214
A sobreposição dos pensamentos é a melhor
técnica para quebrar o padrão, repetindo sempre – eu
preciso perdoar, agora – para minha libertação,
felicidade e paz interior.
Essa é a metodologia que venho oferecendo a vários
grupos que assisto e tenho presenciado muita melhoria.
Se você está num beco sem saída, busque no perdão o
motivo de ter chegado até ali, dando passos seguros para a saída.
Em muitos momentos, você encontrará outras pessoas para te
ajudar nessa caminhada. Contudo, quando você não puder contar
com a ajuda de outros, ainda terá nos livros um guia seguro para
sobrepor os pensamentos.
Sair do casulo significa oferecer algo novo, com o suporte
de vários grupos, nivelados para aquela situação. Isso se chama
terapia integracionista, colocando indivíduos com os mesmos
problemas numa reunião comum. Isso pode ser feito também na
casa espírita.
Que a esperança de dias melhores nos mantenha sempre
unidos. Deus seja louvado.”
Um Grito de Loucura
215
Capítulo 37 – A chave da concretização: olhe com
outros olhos
Para este capítulo, apresentou-se o guia do médium, o
exu Luís Severino, que prefere ser chamado de Mata Cachorro.
Sua aparência mantém o aspecto da ultima reencarnação, quando
foi um cangaceiro no nordeste brasileiro nas primeiras décadas
do século passado.
Esta entidade se apresentou ao moderador há 6 anos
atrás e ajudou no entendimento da missão dessa imensa
categoria de espíritos que vivem e trabalham no Umbral Grosso, a
serviço da luz. Muito bem aceitos e cultuados na Umbanda, são
recebidos com preconceito na maioria das casas espíritas por
ignorância de seus dirigentes.
Preservamos na transcrição o seu modo rústico de falar.
“Tudo aquilo que não queremos, deixamos para trás.
Tudo o que você pedir, espere de 5 a 7 dias e receberá - deixe de
agonia. É importante fazer as pazes com o tempo. A vida não é
feita só de traumas e sofrimentos, mas é preciso entendê-los para
não repetir os mesmos erros. Entender os traumas é entender a si
mesmo, fazendo sua parte principal da vida, compreendendo as
limitações, os problemas diários e principalmente a dependência
emocional.
Aceitar o peso que se carrega é entender que ele não
precisa ser carregado o tempo todo. Opte por tudo aquilo que
pode te agregar algo de bom. Quando você achar que a carga de
seu sofrimento está muito pesada vire o rosto para o lado e então
verá a dor que se passa ao seu redor.
Ficar na inercia não é a solução – tudo o que se
movimenta sai da zona de conforto. Peça solução e aguarde 7 dias
que você será atendido. Mas saiba o que você pede.
Tenha um pensamento limpo, pedindo e projetando na
mente aquilo que você deseja.
Não adianta só ter um bom coração para seguir na vida.
É preciso ter um pensamento reto e direcionado para aquilo que
se deseja. Foco ainda não é a melhor palavra para definir essa
Um Grito de Loucura
216
vontade. Tenha consciência e discernimento em tudo o que você
fizer. Na vida real nem tudo se planeja. Concretizar vai além de
planejar - significa ter disposição para resolver os problemas com
as ferramentas que você tem em mãos.
Ficar só buscando a perfeição te leva a perder
os bons momentos, deixando de apreciar aquilo que
está sendo construído. Apreciar o que está sendo feito
é o principio da gratidão, entendendo esse movimento
para chegar à concretização.
Se você não faz uma boa avaliação dessa construção de
ideias não dará sequencia a esse movimento.
Precisamos ser gratos com o que temos, mesmo que seja
pouco, pois é com isso que vamos sobreviver.
O tempo é uma concretização do “agora”, uma
possibilidade que nos direciona para resolver mais de um
problema naquele momento. Muitas vezes aquilo que você pede
não é aquilo que você pode ter e vem então um sentimento de
frustração, gerando perda de energia, desgaste. Por exemplo,
você precisa de água limpa para cozinhar, mas ela não está
disponível. Você pode ficar procurando indefinidamente por ela
ou então dá um jeito de filtrar a água suja para fazer seu
alimento. Chamo essa segunda opção de concretizar. Você faz
acontecer com o que tem em mãos.
Somos chamados senhores do karma porque
aprendemos a trabalhar com o que temos nas mãos. Se a
oportunidade de você aprender é com uma queda, vou deixar
você cair e depois te ajudar a se levantar.
Defina o que você quer para você, pare de dar voltas –
essa é a concretização dos caminhos.
As portas se abrirão para tudo o que for necessário para
seu crescimento. Para que isso aconteça, realize as atividades
mais próximas e urgentes, não antecipando os eventos. Sinta a
presença das quatro estações do ano em cada dia de sua vida,
esquecendo a pressa, vivenciando o presente e aceitando o que
não pode ser resolvido durante o dia - busque a meditação ao
deitar, mas não pense no problema e sim na solução. Deixe de
Um Grito de Loucura
217
ansiedade, vire a página daquele dia, relembre que você é um
espírito imortal e que tudo é transitório.
Continuo na condição de exu mirim, trabalhando ligado
a uma casa de apoio em Aruanda, onde convivo com outros exus
livres, buscando ajudar o meu protegido da melhor maneira que
eu posso.
A maior batalha que enfrentamos é a emocional, como
no exemplo das quatro estações que se alternam, com as alegrias
e tristezas de cada dia, devolvendo à vida o que ela te oferece,
corrigindo nossos problemas com alegria interior. Contudo,
quando estamos infelizes, com o pensamento vazio, perdemos o
controle da situação, de discernir as quatro estações. Se você está
nervoso, não tome atitudes precipitadas, se está agitado, evite
dormir nessa condição.
Você é livre para agir - não existe o certo ou o errado
numa decisão - o aprendizado vem de qualquer maneira.
Concretização passa pela escolha, aceitando algumas derrotas
pelo caminho, mas se sentindo um vencedor na etapa seguinte.
Esse é o desafio do engajamento de que nos fala o Danilo
Codegroza. Se você é o agente de suas escolhas, você é o
responsável pelo que acontece naquele momento. Aprecie o que
está à sua volta, pois é o resultado de suas escolhas.
Você pode, por exemplo, se expor ao frio extremo e
controlar a temperatura do seu corpo com a mente, atuando na
glândula pineal para irradiar o calor necessário.
As respostas sempre estarão dentro de nós. O tempo é o
melhor amigo e remédio para nossas necessidades. Admire o que
você tem em seu entorno e agradeça. Faça alguma coisa boa com
sua vida - se a realidade é dura, veja com outros olhos - se ela te
magoa, use de compaixão. Escute a opinião de outras pessoas
para depois tomar suas decisões. Desde que o homem saiu das
cavernas, precisou da comunicação muito além das palavras.
A chave da concretização é olhar com outros
olhos.
Um Grito de Loucura
218
Olhe com outros olhos e leve alegria por onde andar.
Não existe vitima. Aquele que se vê como vitima está perdendo
tempo.
Recentemente estive num resgate de espíritos suicidas
do tipo “kamikaze” na região da Síria. Eram de épocas diferentes,
sintonizados como vitimas e para saírem dali precisaram se
sintonizar com a dor daqueles a quem prejudicaram. Fizemos isso
através do controle da mente, projetando-os para o momento da
explosão, para eles olharem com outros olhos, trazendo o
entendimento de que não eram vitimas. Eram sofredores cheios
de angustia e agonia e isso ajudou a virar a chave da
ressignificação. Foram encaminhados para a reencarnação
imediata, pois não teriam condições de permanecer no astral. A
oportunidade é dar engajamento.”
“O que difere o Bem do Mal é que - o Mal não
bota a cara, manda alguém fazer - enquanto que o
Bem bota a cara.”
“Quem não quer servir nas Trevas não merece
viver na Luz.”
Um Grito de Loucura
219
Capítulo 38 – Epílogo
Muito teríamos ainda a registrar das sábias palavras de
Duarte, mas grandes mudanças de ordem pessoal nas vidas do
médium e do moderador nos obrigaram a antecipar a conclusão
desta obra, pensando na possível utilidade de sua divulgação a
tantos que se encontram nas mesmas condições das personagens
relatadas neste livro.
Agradecemos a todos os Espíritos que se predispuseram
a dar seus depoimentos, começando por Mnvyt, espírito exilado
de outro orbe, com oportunidade de reencarnar no nosso planeta
há milhares de anos atrás e aprender a Lei de Amor que se faz
cada vez mais necessária na nossa caminhada evolutiva. Sua
trajetória espelha a luta de cada um de nós na busca da
ressignificação dos verdadeiros valores da vida, dos tesouros que
os ladrões não roubam e nem as traças roem, como nos ensinou
Jesus.
Em seguida, Duarte nos leva a conhecer os dramas de
Ayacam, que se utilizou erradamente do sexo para compensar um
amor não correspondido. Participamos da história de Sabrina e de
Valença para entender melhor a importância da esquizofrenia
como instrumento de proteção contra o suicídio.
Relembramos o capítulo ditado pelo Espírito Gregório,
psiquiatra da Colônia Espiritual Campo Formoso, nos oferecendo
o entendimento da depressão como uma nova oportunidade de
reflexão interior. Em seguida, o espírito Vinicius das Flores nos
trouxe uma reflexão sobre o uso abusivo das religiões do passado
(e infelizmente também na atualidade) manipulando as grandes
massas populares como rebanho.
No Capítulo 26 conhecemos o exu Edgard e seu árduo
trabalho junto aos drogados nos dois planos da vida. Já no
Capítulo 32, o espírito do médico Danilo Codegroza aborda a
decepção e o engajamento, relacionando-os à depressão e nos
relembrando que há uma força que nos impulsiona para frente - o
instinto de sobrevivência - inerente a todo ser vivo.
Danilo retorna no Capítulo 36 nos recomendando pegar a
mão do próximo e não soltar com o objetivo de ocupar um espaço
de permissibilidade e oferecer o socorro que ele precisa.
Um Grito de Loucura
220
No último capítulo recebemos o exu Luís Severino, guia
espiritual do médium que aborda a necessidade de desenvolver
um novo olhar para os outros, com compaixão e empatia.
Oportuno também expressar nossa gratidão a todos os
antigos companheiros do Centro Espírita Caridade e Luz,
localizado na cidade paulista de São Roque, trabalhadores da
reunião mediúnica citada diversas vezes neste livro. Servidores
anônimos do Bem, que possam ter determinação e humildade
para continuarem a servir à causa do Cristo.
A todos eles, mas principalmente ao Duarte, nossa
eterna gratidão, pela paciência em ditar essa obra ao longo de
muitos meses.
Um Grito de Loucura é uma viagem interior aos nossos
piores pesadelos, expondo as fragilidades que compõem as
diversas e complexas camadas do nosso “eu”. Afinal, quem
somos? Quantos somos, isto é, quantos “eus” coexistem
simultaneamente dentro de nós?
Para entender tudo isso, a jornada está apenas
começando...
Um Grito de Loucura
221
BIBLIOGRAFIA RECOMENDADA
BACCELLI, Carlos A. A Caverna de Platão. Espírito Dr. Inácio
Ferreira. Editora LEEP, 2022.
___. Dimensões da Mente. Espírito Dr. Inácio Ferreira. Editora
LEEP, 2021.
___. Egos em Conflito. Espírito Dr. Inácio Ferreira. Editora LEEP,
2015.
___. No Divã de Anastácia. Espírito Dr. Inácio Ferreira. Editora
LEEP, 2016.
___. Obsessão e Cura. Espírito Dr. Inácio Ferreira. Editora LEEP,
2012.
___. Saúde Mental à Luz do Evangelho. Espírito Dr. Inácio
Ferreira. Editora LEEP, 2013.
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atendimentos mediúnicos. Editora AME, 2019.
DE PAULO, Jaider Rodrigues. Doenças ou Transtornos Espirituais?
Editora AME, 2022.
___. Enigmas da Desobsessão. Editora AME, 2022.
___. Saúde Mental: Relatos do dia a dia de um Psiquiatra
Espírita. Editora AME, 2022.
FERREIRA, Inácio. Novos Rumos à Medicina. Editora FEESP, 2016.
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Hammed. Editora Boa Nova, 2002.
___, A imensidão dos sentidos. Espírito Hammed. Editora Boa
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FRANCO, Divaldo. Conflitos Existenciais pelo Espírito Joanna de
Ângelis. Editora LEAL, 2020.
Um Grito de Loucura
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___. Perturbações Espirituais, pelo Espírito Manoel Philomeno
de Miranda. Editora LEAL, 2015.
___. Transtornos Psiquiátricos e Obsessivos, pelo Espírito Manoel
Philomeno de Miranda. Editora LEAL, 2015.
MENEZES, Bezerra. A loucura sob novo prisma. Editora FEB, 2021
OLIVEIRA, Wanderley. Amorosidade: A cura da ferida do
abandono. Espírito Ermance Dufaux. Editora Dufaux, 2018.
___. Mediunidade: A cura da ferida da fragilidade. Espírito
Ermance Dufaux. Editora Dufaux, 2022.
___. Reforma íntima sem martírio. Espírito Ermance Dufaux.
Editora Dufaux, 2012.
___. Abraço de Pai João. Espírito Pai João de Angola. Editora
Dufaux, 2014
___. Fala Pai João. Espírito Pai João de Angola. Editora Dufaux,
2013.
___. Guardiões do Carma, a missão dos exus na Terra,
Espírito Pai João de Angola. Editora Dufaux, 2017.
PALHANO JR, Lamartine. Laudos espíritas da loucura. Editora
Lachatre, 1997.
SCHUBERT, Suely C. Obsessão/Desobsessão. Editora FEB.
XAVIER, Francisco C. Libertação. Espírito André Luiz. Editora FEB.
XAVIER, Francisco C. e Vieira, Waldo. Desobsessão. Espírito André
Luiz. Editora FEB.
Um Grito de Loucura
223
OS COAUTORES
ARTHUR ÂNGELO DE LIMA E SILVA é médium psicofônico. Nasceu
em 09/12/1995 em Salvador, BA. Cresceu em lar espírita e desde
criança tem sua mediunidade bem apurada. Atuou como médium
em sessões de desobsessão no Centro Espírita Caridade e Luz (São
Roque – SP) até inicio de 2024. Atualmente vive em Portugal.
OLIVIO CEZAR RODRIGUES DA SILVA é o moderador e organizador
das mensagens psicofônicas deste livro. Nasceu em 05/01/1953
em Ipaussu, SP. Morou algumas décadas em Salvador, onde
militou no movimento espírita. Engenheiro mecânico de
formação e professor universitário está aposentado e vive em
Portugal.
Sugestões e críticas para:
oliviocezarsilva@gmail.com

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Um Grito de Loucura - as doenças silenciosas.pdf

  • 2. Um Grito de Loucura 1 Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) (Câmara Brasileira do Livro, SP. Brasil) ISBN 978-65-00-95253-7 - 1ª- edição Vilasboas, Duarte (Espírito) Um Grito de Loucura – As doenças silenciosas / Duarte Vilasboas (pela psicofonia do médium Arthur Ângelo), 2024. 1. Doutrina Espírita 2. Mediunidade 3. Depressão Todos os direitos reservados. Reprodução total ou de trechos deste livro serão permitidos após autorização dos autores.
  • 3. Um Grito de Loucura 2 Um Grito de Loucura As doenças silenciosas Espírito Duarte Vilasboas Médium Arthur Ângelo Moderador Olívio Cezar 2024
  • 4. Um Grito de Loucura 3 Dedicatória Esta obra é dedicada a todos nós, que sofremos das denominadas doenças invisíveis como a ansiedade, a depressão, a esquizofrenia, o Alzheimer, os múltiplos transtornos mentais e aos nossos familiares, que compartilham de nossos sofrimentos, ainda necessários para o encontro do equilíbrio e da felicidade.
  • 5. Um Grito de Loucura 4 “Vinde a Mim todos vós que estais cansados e fatigados sob o peso dos vossos fardos, e Eu vos darei descanso. Tomai sobre vós o Meu jugo e aprendei de Mim, porque Sou manso e humilde de coração, e vós encontrareis descanso. Pois o Meu jugo é suave e o Meu fardo é leve”. (Mt 11,28-30)
  • 6. Um Grito de Loucura 5 “Que o veio sólido do perdão esteja presente nas nossas vidas ampliando a reverberação do amor.” Duarte Vilasboas “O conflito não é entre o Bem e o Mal, mas entre o conhecimento e a ignorância.” Buda
  • 7. Um Grito de Loucura 6 Índice Apresentando Duarte Introdução Prefácio Capítulo 1 - A titularidade dos sentimentos Capítulo 2 - A guerra nas Trevas Capítulo 3 - Do final para o começo Capítulo 4 - O veio sólido do perdão Capítulo 5 - O paradoxo entre a cura e a loucura Capítulo 6 - Violência estrutural Capítulo 7 - Mediunidade e resgate Capítulo 8 - O espectro do campo morfogenético Capítulo 9 – O plasma dos pensamentos Capítulo 10 – Domínio da mente Capítulo 11 – Domínio do bem x materialismo Capítulo 12 – Recomeço Capítulo 13 – Deus conosco Capítulo 14 – Um caso de obsessão complexa Capítulo 15 – Despertar da consciência Capítulo 16 – Semeando o presente Capítulo 17 – Vícios Capítulo 18 – Reverberação do campo harmônico
  • 8. Um Grito de Loucura 7 Capítulo 19 – Necessidade versus realidade Capítulo 20 – Receita para o desapego Capítulo 21 – O espelho dos sentimentos Capítulo 22 – A refração do espelho Capítulo 23 – Religiões, uma panela de pressão Capítulo 24 – O ruído da frustração Capítulo 25 – Intenção versus necessidade Capítulo 26 – O vício da dependência Capítulo 27 – Universos paralelos Capítulo 28 – Medo e ansiedade Capítulo 29 – Compreendendo a rotina Capítulo 30 – Organizando a rotina Capítulo 31 – Engajamento e integração Capítulo 32 – Ninguém solta a mão de ninguém Capítulo 33 – Limitação versus necessidade Capítulo 34 – Mnvyt Capítulo 35 – Células de Misericórdia Capítulo 36 – Paz e libertação Capítulo 37 – A chave da concretização: olhe com outros olhos Capítulo 38 – Epílogo
  • 9. Um Grito de Loucura 8 Apresentando Duarte Duarte Vilasboas foi pastor evangélico em meados do século 20, vivendo no Rio de Janeiro. Casado, pai de 2 filhos, afastou-se da família e acabou desencarnando após a amputação das pernas devido à diabete. Chegou muito debilitado no Umbral Grosso 1 e lá viveu por muitos anos, até ser resgatado pelos samaritanos de Aruanda 2 . Apesar da condição precária em que se encontrava, buscou aplicar os ensinamentos de Jesus naquele lugar de desespero, sempre ajudando outros espíritos sofredores. Sua saga na busca pelo resgate da família e de si mesmo está no livro “Os Planos Sutis ao Redor da Terra” em coautoria com outros espíritos que vivem naquela cidade ecumênica. Sua recuperação perispiritual, com a intervenção do Dr. Bezerra de Menezes, ocorreu no Hospital Esperança 3 , instituição onde também passou a conviver. Atualmente, na condição de mentor, trabalha em casas espíritas e espiritualistas no resgate de espíritos sofredores e na orientação aos encarnados pelo atendimento fraterno, em parceria com o espírito Danilo Codegroza. Sua aparência é de um preto velho, magro e de cabelos grisalhos, se comunicando sempre com humildade e com muita paciência para ouvir e repassar seus conselhos e conhecimentos, como poderá ser verificado no decorrer deste livro. Suas palavras sempre nos encorajam para enfrentarmos nossas dificuldades e traumas, incentivando a reforma íntima e o auto-perdão, à luz da eterna mensagem de Jesus. Em suas comunicações, sempre usa o termo – Glória a Deus – que praticava constantemente em suas pregações na Assembleia de Deus, na última encarnação. 1 O Umbral Grosso é a última "camada" do astral da Terra, região densa que ocupa um espaço invisível aos nossos sentidos. 2 Populosa cidade espiritual, localizada no Umbral Médio, entre a África e a América do Sul. 3 Hospital espiritual localizado na região astral de Uberaba, fundado por Eurípedes Barsanulfo em 1920.
  • 10. Um Grito de Loucura 9 Introdução A ressignificação é uma palavra forte e poderosa, que se bem aplicada, é capaz de ajudar uma pessoa a enxergar e conduzir sua vida de uma maneira totalmente diferente. Ressignificar é dar outro significado, ou seja, outro sentido a algum acontecimento, principalmente ao se referir a algo negativo. Ressignificar é transformar o que nos parece ruim em algo agradável. É ter múltiplos olhares, perceber outros pontos de vista, outros ângulos, dar um novo sentido a alguma coisa, transformar uma experiência ruim em uma força motriz que nos leve a algo positivo. Este livro aborda a ressignificação das chamadas doenças silenciosas, como a depressão, a esquizofrenia e o Alzheimer que podem facilmente nos levar aos caminhos da loucura e do suicídio. A depressão pode ser analisada sob o aspecto clínico como uma doença crônica, com sintomas psíquicos (humor depressivo, desmotivação, desânimo, diminuição da concentração e do raciocínio), sintomas fisiológicos (alterações do sono, do apetite e do interesse sexual) e alterações de comportamento (crises de choro, retraimento social, agitação, movimentos comprometidos, autoflagelamento). Atualmente ocupa o 2º lugar no mundo como problema mental, perdendo apenas para os transtornos ansiosos e representa 30% de todas as consultas médicas em qualquer especialidade. É uma doença muito frequente (2 a 19% da população) e tende a aumentar progressivamente ao longo dos próximos anos. Segundo a OMS (Organização Mundial da Saúde), desde 2020 a depressão já é a segunda causa de incapacitação social, só perdendo para as doenças coronarianas. Precisamos compreender suas causas mais profundas e as possibilidades terapêuticas mais eficazes, entendendo-a claramente como uma doença da alma. Na abordagem espiritual a depressão pode ter origem cármica (onde há um importante fator genético) e na vida presente (causada por fatores ambientais, experiências de vida pobres ou distorcidas escolhas). A obsessão espiritual também
  • 11. Um Grito de Loucura 10 causa a depressão, com espíritos obsessores atuando diretamente no material genético, seja no momento da fecundação (na escolha do óvulo e do espermatozoide), na mutação do zigoto, provocando a predisposição à depressão ou posteriormente, na vida do indivíduo, aumentando a sua carga de estresse. Ela também pode se instalar a partir de um processo auto-obsessivo, quando ocorre uma situação de rebeldia ou resistência do espírito, cuja energia destrutiva é voltada contra si. Apesar do avanço da tecnologia moderna, que proporciona conforto e bem estar, a humanidade permanece carente dos valores espirituais, da fé e da confiança em Deus, mergulhando em consumismo desenfreado, na busca de “ter” cada vez mais, se esquecendo da necessidade de “ser” feliz através do cultivo da harmonia interior. Para o tratamento da depressão e seus desdobramentos, a doutrina espírita oferece diversos recursos, que se iniciam com uma maior compreensão de Deus e de Suas Leis. A simples constatação da existência de Deus já alivia e conforta o homem, sustentando sua esperança, para encontrar sua força interior e combater os sintomas depressivos. “Orar é identificar-se com a maior fonte de poder de todo o universo, absorvendo-lhe as reservas”. Emmanuel (Pensamento e vida, psicografia de Chico Xavier). Nas obras psicografadas pelo grande médium, o Espírito André Luiz, se referiu à técnica da fluidoterapia (passes e água fluidificada) como sendo “uma transfusão de energia alterando o campo celular”. Através da mediunidade, o paciente deprimido também pode receber esclarecimento e tratamento desobsessivo. Considerando que a obsessão é um processo de sintonia mental e que o paciente com crise depressiva se encontra com a estrutura emocional e os pensamentos desequilibrados e distorcidos, este tratamento atenua a depressão. Finalmente, os trabalhos de auxílio fraterno aos necessitados oferecem tarefas de aprendizado e o contato com a
  • 12. Um Grito de Loucura 11 dor do outro pode nos sensibilizar, dando-nos a verdadeira dimensão do nosso mal. Estas atividades podem despertar o deprimido, fazendo com que modifique seu comportamento. Olívio Cezar Moderador
  • 13. Um Grito de Loucura 12 Prefácio Um Grito de Loucura - um grito aos loucos. Porque aos loucos? Louco é aquele que decide se distanciar de sua missão. Louco é aquele que profere inverdades contra si mesmo. Louco é aquele que maltrata a si próprio. Na frase: Tu és louco 4 identificamos essa mensagem. Nosso objetivo nesse livro é abordar essa loucura, na busca da ressignificação da pureza e do amor. Respeitar todas as chagas é entender a dor do outro de forma compassiva, vendo nele nosso semelhante, agregando a essa dor nossa capacidade de empatia para absorver e aceitar suas necessidades. Hoje, o mundo lentamente desperta seu interesse para tratar as chamadas doenças silenciosas. Dentre elas, a ansiedade, a depressão, a esquizofrenia e a loucura, que culminam no suicídio. Observando essas doenças silenciosas, adentramos a realidade da rota da somatização das dores, como por exemplo, o uso das drogas para anestesiar os sentidos. O vício nos induz à culpa e esta aos conflitos psicossomáticos. O auto-perdão se inicia a partir da quebra de um vínculo nefasto, mas na ausência do perdão, é através da culpa que somatizamos a ideia que mais mancha nossos pensamentos para com nossos irmãos através da fascinação. Tudo começa com uma turva mistura de pensamentos que no decorrer do tempo se vinculam com as incertezas nos levando à dúvida, à ansiedade e finalmente à depressão. Nosso foco é prevenir que tudo isso aconteça, evidenciando a necessidade da reforma íntima, pois torna-se muito difícil recuperar aquilo que se perdeu por completo. Quando chegamos para algum atendimento socorrista junto a alguém em depressão e verificamos que essa pessoa já não possui mais seu próprio alicerce psicológico para se recuperar, precisamos ajudá-la a recriar um novo alicerce, um novo conceito do amor. 4 Contida nos Evangelhos, no sentido de insensatez.
  • 14. Um Grito de Loucura 13 A missão deste nosso despretensioso trabalho é ajudar as pessoas a reencontrarem o amor - o amor perdido, o amor esquecido, lembrando que, assim como numa construção se busca a rocha mais forte, no acesso ao registro akáshico 5 podemos identificar novas possibilidades para o caminho do amor. Nos estudos de caso que vamos abordar, usaremos os recursos das próprias lembranças de vidas passadas das personagens envolvidas em nossa narrativa, através da hipnose. Estudaremos o drama daqueles que se perderam em diversas reencarnações sob a mesma trilha do erro, conceituando-o como uma decepção através do sentimento. Serão momentos difíceis, abordando situações delicadas, sempre sujeitas à análise e discussão com o respeito e a ética que o assunto merece. A amabilidade é a condição fundamental para desenvolver esse trabalho. Durante a narrativa, a solução sempre virá nos capítulos seguintes, com uma história se conectando à outra e no limiar do final com seu desdobramento no plano astral. Seguindo esse raciocínio, verificamos que todos os envolvidos se perderam no cumprimento da programação reencarnatória. O condicionamento de certas habilidades adquiridas pelo espírito culmina em vícios que o complicam na jornada evolutiva. Sobre isso, vamos citar o exemplo daquele ser que era um guerreiro no passado e manteve a força e a violência dentro de si. Na próxima vida ainda busca sua realização como soldado e entre os vários canais reencarnatórios, a possibilidade da diagramação do mesmo caminho se torna facilitada através do pensamento intrínseco em se realizar através de uma atividade bélica, negando a existência do próximo como um irmão em Cristo. As relações afins desse espírito formarão os cordões energéticos 6 que definirão os encontros que teve ao longo de muitas vidas. 5 Os Registros Akáshicos são os arquivos de todas as informações de nossas vidas passadas. Memória viva de tudo o que foi vivenciado em nossas existências. 6 Cordões energéticos são fios astrais que conectam duas ou mais pessoas. Temos os cordões luminosos que unem pessoas pelo amor e temos os cordões tóxicos que unem as pessoas que têm relacionamentos conflituosos e destrutivos.
  • 15. Um Grito de Loucura 14 A ideia primária contida no inconsciente através desses cordões tenderá a levá-lo para um caminho de luz, mas se este for rejeitado ele excluirá a razão e buscará na emoção os caminhos tortuosos. Esse guerreiro retorna como um soldado e torna-se agora um assassino e o que se repete no meio dessas três reencarnações? A violência, refletindo o patrimônio da realidade vivida. Nessas reencarnações, o despertar espiritual ainda não aconteceu, pois a sua estrutura mental se apoia no acobertamento dos erros. Apesar de o cordão energético forçá-lo a seguir evoluindo, seu livre arbítrio optará pela guerra, objeto de seus desejos. Com essa escolha, retorna em nova vida como assassino de si mesmo, somatizando os cordões energéticos e tornando-se co-dependente das drogas. Seguindo sua trajetória reencarnatória, nos deparamos com mais um suicídio na vida subsequente, fugindo do sofrimento, resultante de uma vida desregrada. Naturalmente que o apoio do Alto sempre existirá para este ser que adentra o plano espiritual através do suicídio pela segunda vez e então é proporcionada a ele a oportunidade de reencarnar em um corpo defeituoso, que ainda mantém a necessidade da violência, conectando-se a cordões energéticos deletérios emitidos pela frequência vibratória de encarnados e desencarnados. A somatização desse campo conduz à esquizofrenia, seu cérebro sente compulsivamente surtos emocionais e o leva mais uma vez ao suicídio. A partir desse ponto, não há mais opção de escolha e o determinismo divino atua levando-o a uma reencarnação compulsória, mas ainda ligada ao mundo das Trevas. Nesta sétima reencarnação, os traumas de infância se refletem na vida adulta, levando esse ser a viver nas ruas, sem obrigação ou condições de se ajustar ao sistema social. Absorvendo o desespero dessa situação, a somatização do ódio acumulado nas vidas anteriores mal aproveitadas cria uma redoma que o envolve nos braços do Mal, obrigando-o a perpetuar o mal dentro de si e reverberá-lo a todos que estão próximos. Esse espírito carrega em si as ligações
  • 16. Um Grito de Loucura 15 dos cordões energéticos das doenças invisíveis e já está comprometido com os Magos Negros, sendo usado como instrumento de fascinação, irradiando rancor e maldade de forma extrema. A inveja, a raiva e o ódio tão intrínsecos, tornaram aquele ser alguém difícil de ser ajudado. Desta vez, desencarna por overdose e depois de muitos anos no Umbral Grosso, se transforma em vampiro. A semente do amor foi plantada naquele ser desde sua criação, mas infelizmente o mal estava nele de forma tão intrínseca que a realidade da dor e do sofrimento ocupou toda a sua mente. Muito tempo depois, foi acolhido numa sessão mediúnica e levado para tratamento no Hospital Esperança, mas foge de lá várias vezes até que finalmente percebe que não pode suportar mais aquela condição de sofrimento e acaba voltando definitivamente. O drama desse espírito nos levou a um passado anterior à era cristã. Pela aplicação da hipnose nos ambulatórios do Hospital Esperança, obtivemos sua regressão de memória ao momento em que os magos incutiram em sua mente o paradigma de que não havia nenhum problema em matar, que não existia nada de errado com esse ato. Ele tinha o livre arbítrio e, portanto, assumiu a culpa pela decisão errada e sua vida tomou um rumo diferente, que no futuro traria o complexo da culpa e a necessidade da ressignificação. A culpa é o braço direito do perdão, pois para que este aconteça é preciso aceitá-lo como objeto de tratamento. Ele vem inicialmente na forma de auto- perdão, reverberando o alicerce do amor, pois somente se perdoando você se torna capaz de se amar e encontrar uma base sólida para se reformar. Nessa reforma, a culpa é ressignificada e como numa bandeira flamejante, se estira ao pilar do amor. Refletindo sempre o perdão, essa bandeira contempla a influência dos cordões energéticos reverberando o sentimento do amor que
  • 17. Um Grito de Loucura 16 volta a colorir a vida, convidando-o para a inevitável reforma íntima. - Se a vida perde suas cores é necessário explicar novamente o que cada cor representa para que o Espírito recupere sua capacidade de enxergar. Quando um cego de nascença começa a ver, como ele vai identificar as cores se você não explicar? - Dentre as várias linhas de ressignificação o que aconteceu com esse vampiro? - A culpa, inserida em sua memória pela interferência de uma entidade do mal, o tornou incapaz de se abrir a uma ressignificação induzindo-o à regressão para a fase ovoide 7 . - Nesse caso, vamos usar um exemplo - um Mago Negro 8 encontra um vampiro que se mostra arredio e não aceita ser subjugado. O que faz o Mago Negro? - Adentra um pensamento hipnótico de culpa reduzindo- o a um ovoide e submetendo-o à sua vontade. Mas a evidencialização da culpa, consequentemente trará uma visão de volta ao passado e a ressignificação permitirá encontrar uma forma de cuidar desse erro. No caso em questão ele renasceu como uma criança já com muita mediunidade, acelerando a necessidade inconsciente de fazer o bem. Um Grito de Loucura é um grito de alerta aos desesperados. Desesperados pela ação do tempo, resgatando em si um conhecimento esquecido, um desejo por mudança, mas também um grito de basta, de reconhecimento da culpa e sua ressignificação. Aquele que só vê o problema deixa passar os 7 Espíritos que entraram num estado de perturbação tão profunda, que perderam a consciência de sua natureza humana e regrediram a forma de seu perispírito para um ovo. 8 São entidades milenares especializadas em manipulação de fluídos da natureza e exímios conhecedores das leis que os regulam com fins maléficos.
  • 18. Um Grito de Loucura 17 detalhes que definem o futuro, o presente e o passado, mas aquele que anseia por melhorar, enxerga no problema o início da solução. Duarte Vilasboas
  • 19. Um Grito de Loucura 18 Capítulo 1 – A titularidade dos sentimentos Como começa um dogma 9 ? Com a represália de um ser induzindo o seu próximo a um paradigma. A vida se inicia primeiramente no plano astral, influenciando diretamente o plano físico. Temos o exemplo de uma mãe que aprendeu a abraçar seu filho e de outra que não consegue praticar este sentimento. Surge então um dogma, um padrão, que gera uma aura vibratória expressando a amabilidade e o sentimento no primeiro caso e rejeição no segundo. A partir desse conceito, ocorrem muitos desdobramentos para as duas crianças, uma que recebeu muito carinho e a outra, nenhum; uma que ouviu palavras amorosas e outra apenas maledicência; a mãe que diz amar o filho e a que não queria tê-lo. Nesse dogma de desafeto a segunda criança não se sente representada pelo amor daquela pessoa que a colocou no mundo e o vínculo afetivo já está rompido desde o nascimento, formando uma personalidade distinta. Uma criança encontrará no seio familiar uma resposta positiva para seu desenvolvimento enquanto a outra irá procurar encontrar algum significado para sua necessidade afetiva nas ruas, criando muitas vezes um senso comum direcionado para a violência. Surge então, um ser violento, que pratica essa atitude em suas atividades rotineiras. Estamos falando da personagem aludida no Prefácio, que reflete no plano físico uma linha cronológica que já existia no plano astral. Sob a influência do livre arbítrio inicia-se a internalização de um ser violento, que escolhe uma família também violenta para reencarnar. Um atrai o outro e nessa permissibilidade, a violência passa a se tornar a única forma de sobrevivência, situando este ser no caminho de pessoas violentas no decorrer do tempo. Criam-se os laços violentos que formam um dogma, um preconceito, intimamente ligado ao lado mais inconsciente do ser, numa sobreposição do pensamento e fazendo de sua vida 9 Podemos entender dogma como um preceito estabelecido.
  • 20. Um Grito de Loucura 19 uma busca permanente pela violência. Desde o início da caminhada evolutiva ele será um guerreiro, focado na violência, agredindo e impondo sua vontade de vibração mais baixa, usando a palavra e a força, gerando nas sucessivas reencarnações um laço energético muito apropriado, substituindo sua carência emocional não suprida pela necessidade de vingança. Veja que são várias reencarnações refletindo a mesma realidade, passando sucessivamente do astral para o físico, sempre fomentado pela necessidade de expressar a violência. Após três reencarnações este ser não terá mais vidas programadas sendo obrigado a renascer compulsoriamente, buscando o tratamento para a violência enraizada através das gotas do amor divino e da dedicação dos pais. Contudo, o dogma implícito no íntimo deste ser, torna-se a chave do bloqueio e nasce então uma raiva a tudo e a todos, criando uma irreverência ao sistema evolutivo, gerando padrões vibratórios de autodefesa, como o racismo estrutural, situando o indivíduo como lixo, criando a depressão. Surge neste ser a doença silenciosa implícita, pois querendo ou não ele vai sentir que sua vida não vale nada. Essa mancha energética titulariza esses laços de afinidade com pensamentos violentos, situando esse indivíduo como um agente compulsório à dor. Essa somatória de sofrimento, dor, raiva e violência culminam em um quadro depressivo. Esse sentimento define uma carga energética resistente à dissolução, dificultando a cura da depressão. As densas vibrações da sociedade terrena colaboram, incentivando pensamentos violentos, potencializando essa somatização, levando o ser ao pânico da sobrevivência, que decorre de todas as agressões sofridas, pois cada ser resulta da somatória de seus traumas, imprimindo em sua indumentária física seus desejos e meios de se expressar. Daí decorre seres com olhares vazios, sem brilho pela vida. No meio desse sofrimento, os dogmas e as barreiras da evolução de cada ser definem o pragmatismo que dispara o gatilho das emoções que se sobrepõem ao tempo, criando uma associação ou dissociação aos traumas. A assinatura energética de um assassinato somatiza-se nos seus laços energéticos criando manchas nas futuras
  • 21. Um Grito de Loucura 20 reencarnações. Essa pessoa, com depressão, pânico e carregando as marcas espirituais de vários assassinatos torna-se esquizofrênica. O ser então renasce com predisposição para a esquizofrenia, patologia que fomenta sua autodestruição. Com as marcas dos dogmas e associações emocionais do próprio íntimo criando defasagens no cérebro e disparando ligações emocionais, perderá a lucidez, criando um mundo paralelo e intensificando seus traumas. Este ser viverá em um círculo de recordações de outras vidas criando um processo psicótico, um estado em que, dormindo se levanta semi acordado e começa a delirar, tendo lembranças de outras vidas que vão se sobrepondo rapidamente, formando pequenos relapsos mentais e perdendo o controle do consciente. Devemos manter a compaixão, mas sem descuidar das influências espirituais que fomentam seus traumas. Depois da esquizofrenia, vamos nos defrontar com o suicídio, chave principal da definição da violência e autodefesa, finalizando aquela reencarnação. O desencarne aciona a chave seletora da exemplificação da sua vontade, definindo sua condição violenta, origem da depressão e da esquizofrenia e posterior suicídio. Ele já se encontra sob o domínio do Mal, que o obriga a disseminar o sofrimento e combater o amor. Os responsáveis por criar essas reencarnações compulsórias são os Magos Negros, trabalhando no submundo das Trevas 10 . Muitas cidades do plano astral realizam processos reencarnatórios programados com núcleos de esquecimento, como Aruanda, Nosso Lar e Hospital Esperança, mas no caso dos magos, não há esse interesse, obrigando os espíritos submetidos a se lembrarem de seus dogmas com preconceitos que não são úteis para a nova jornada. Esses tipos de reencarnações são muito frequentes, infelizmente. 10 O Plano das Trevas localiza-se abaixo da crosta terrestre, sendo dominado pelos magos negros e seus seguidores.
  • 22. Um Grito de Loucura 21 Mnvyt (pronuncia-se Minivite) foi a primeira reencarnação deste ser aqui no orbe 11 , na África selvagem, subjugado pela maledicência e falta de senso, gerado por uma mãe também desequilibrada, chamada Att (Atiti) exilados de outro mundo para cá, por volta de 7 mil a.C. Viveu em tribo nômade, buscando a sobrevivência naqueles tempos primitivos, onde as doenças e as batalhas com tribos rivais levavam à morte em tenra idade. Desencarnou aos 17 anos, já gerando no seu código genético perispiritual os germens da violência que chegaram até o corpo causal 12 . Veio para cá estimulado pela fé, ou seja, pelo impulso da espiral evolutiva para ajudar na colonização do orbe assim como outros milhões de espíritos, atendendo ao chamado inconsciente do nosso Cristo, tendo no livre arbítrio a oportunidade da busca do perdão e do conhecimento. A finalidade da vida em sociedade é trabalhar o perdão, aprender a perdoar o outro, pedir perdão pelos nossos erros e ressignificar o perdão em nosso ser, ou seja, nos perdoarmos. Esse é o dogma mais sedimentado no corpo causal que usa o livre arbítrio para os caminhos da cólera e da violência, maltratando os outros e a si mesmo. A vida em sociedade girava em torno de aldeias, com habitações adequadas ao clima e de fácil montagem e transporte, sempre obrigando os clãs a procurarem melhores terras com água e caça abundante. Visualizar esse cenário é importante para compreendermos as implicações de violência e ódio de uma era tão primitiva. A marca de um assassino deixou uma cicatriz profunda que atingiu os corpos sutis 13 , chegando ao plano causal, afetando 11 Designação para morada de seres, sinônimo de planeta, tanto material quanto astral. 12 O corpo causal é a fonte de nossa conexão com a mente divina e, por isso, é responsável por canalizar o que chamamos de intuição pura: o conhecimento real e instantâneo, global, sem passar pelos laboriosos processos do intelecto.
  • 23. Um Grito de Loucura 22 o livre arbítrio do ser e provocando um desencarne prematuro, embora a expectativa de vida naquela época fosse de 30 anos. Nosso irmão foi ferido mortalmente em batalha tendo a derrota como a pior das humilhações. Decidiu matar-se, introduzindo uma lança no diafragma, misturando o sangue nos pulmões, causando uma morte lenta e dolorosa, após longas horas de sofrimento, intensificando sua revolta contra tudo e todos. Seu compromisso como espírito imortal era aproveitar aquela reencarnação para adaptar-se ao novo orbe, aprendendo noções morais, mas optou por repetir os mesmos erros do antigo mundo natal, aumentando seu karma. No Vale do Cilício 14 , cai nas garras dos Magos Negros que o escravizam e em poucas semanas o induzem a uma nova reencarnação. Vamos reencontrá-lo no mundo árabe, ao norte da África, na condição de escravo, sendo tratado como um animal, desenvolvendo rancor e violência desde a mais tenra idade. Torna-se uma sentinela da cidade em que vivia, aprimorando suas habilidades bélicas, matando impiedosamente, com uma incontrolável sede de sangue, sem medo de nada, com uma vida sem sentido, em completa escuridão, bloqueando todas as oportunidades de remissão ou evolução e desafiando a morte a todo o momento. Naquele tempo, escravos improdutivos ou rebeldes eram degolados, para exemplificar obediência aos comandados. Aquela encarnação foi impulsionada por muita determinação, focada sempre na violência, que iria fazê-lo ascender na hierarquia do Mal para a condição de vampiro no seu retorno ao mundo astral, adquirindo asas, garras e olhos negros. Uma espécie zoantrópica, mas com particularidades sedimentadas em seu perispírito devido ao excesso de fluido cósmico, fortalecendo sua nova estrutura astral. 13 São os 7 corpos que compõem o ser, compreendendo: corpo físico, duplo etérico, astral (ou perispírito), mental inferior, mental superior ou causal, búdico e átmico ou espírito puro. 14 Região das Trevas, onde predomina a dor e o sofrimento.
  • 24. Um Grito de Loucura 23 Inicia seu domínio astral na terra e no ar, ficando com visão restrita devido à maldade em seu coração. Naturalmente o ambiente hostil ajudou a formatar seu pensamento na atitude que mais o fortalecia - a violência e o sangue se tornam seu objeto de desejo fundamental. O Mago Negro tutor de suas reencarnações compulsórias já consegue visualizar em seu pupilo o fruto da semeadura. Nessa estadia no Umbral Grosso, o nosso Mnvyt retém as recordações de suas duas vidas anteriores, tendo consciência do seu poder de dominação junto a outros adversários, despertando neles o sentimento de vingança. O mago aproveita esse momento para transformar esses desafetos em ovoides, aumentando em seu pupilo a sensação de poder e de impunidade, que encobre a honra, a verdade e principalmente bloqueia o sentimento do amor, tornando o livre arbítrio uma pseudo verdade. Excluído da sensação e da capacidade de amar, vive só pensando em benefício próprio, sentindo-se um ser detentor de poder. Imaturidade e poder são defeitos morais que podemos observar nos tempos atuais, nas questões sociais que afetam a humanidade, tornando esses seres incapazes de viver em sociedade e constituindo falanges do mal, facções de grupos extremistas. Naquela época, a Mesopotâmia era considerada uma região em desenvolvimento, no Ocidente, enquanto a China, no Oriente, estava mais avançada em civilização e as primeiras batalhas entre esses mundos se iniciaram. Foi nesse período que ocorreu a grande migração de espíritos violentos de Capella 15 subordinados ao comando dos Magos Negros, vindos anteriormente de outros orbes. 15 Planeta situado na Constelação do Cocheiro, na Via Láctea, que passou por um processo de regeneração moral a milhares de anos atrás.
  • 25. Um Grito de Loucura 24 Não podemos nos esquecer de que esses milhões de exilados vinham com a permissão dos emissários do Cordeiro para novas oportunidades de resgate de erros do passado. A humanidade se constituía em inúmeras tribos que guerreavam entre si. Era ainda um orbe primitivo onde as batalhas faziam parte da necessidade de violência intrínseca desses seres e cujo ciclo se finalizaria com a chegada do Cristo. Mais uma vez nosso irmão desencarna em campo de batalha, com um sentimento de vingança muito forte, direcionado para seus inimigos, tornando-se obsessor dos mesmos. Assume uma indumentária no plano astral mais degradada, carregada de ódio e loucura, devido à somatória das maldades das últimas encarnações. Torna-se um líder das hordas do mal, uma espécie de capataz do Mago Negro, intitulando a si mesmo de paladino. Decorrido um século, retorna ao plano físico imbuído de poder, fascinado pelos objetivos de insuflar o rancor aos seus subordinados, se distanciando da saúde espiritual e da felicidade que poderia trazer paz ao seu espírito. Suas lembranças, armazenadas no corpo causal, ficam totalmente bloqueadas, afetando o chacra cardíaco e com isso acionando uma chave de acesso para suas intenções malévolas. Já renasce com muitas facilidades materiais, com posturas egoístas de desrespeito ao próximo e ainda adolescente extermina toda sua família, tornando-se imperador aos 11 anos de idade nas montanhas da Mongólia, província da China. Refugia-se no pico mais alto da região, onde cresce sob a orientação de seres violentos, formando poderoso exército, que apavora as aldeias circunvizinhas e sequestra as crianças do sexo masculino para serem preparadas para a luta. Memórias latentes dos sofrimentos de vidas passadas perpetuam o sentimento de raiva para seus liderados. Já estamos próximos à era de Jesus, da Boa Nova, mas relembro que a vinda dos avatares para a ressignificação da mensagem crística começara mil anos antes.
  • 26. Um Grito de Loucura 25 Inicia-se o embrião do futuro exército de Gengis Khan que dominaria China e Ásia por muitos séculos, fazendo da violência um esporte sanguinário. A política do pão e circo vem dessas eras remotas, com práticas de esportes violentos para todas as idades. Surge um estado totalitarista destruindo tudo por onde passava, gerando a degradação da civilização, matando sem piedade todos que não pertenciam àquele clã. Praticam o estupro como substituto do amor, aplicando a estratégia de que a procriação traria mais soldados, gerando crianças a partir da violência desde o útero materno. Esse ser falece aos 42 anos com câncer no cérebro, afetando os olhos e gerando a cegueira física e espiritual. Isso foi provocado pelo Mago Negro, para evitar o arrependimento de seu pupilo. Esse câncer foi o resultado de um sentimento acumulado no chacra frontal, impedindo o ser de visualizar as maldades que fez. Fico muito triste ao narrar esses acontecimentos, pois também participamos de atos semelhantes a esse no passado. Esses laços energéticos só podem ser rompidos com o perdão incondicional de todos os seres envolvidos, vitimas e algozes. Em sua quarta reencarnação ele teve 21 filhos, todos gerados por estupro, sendo que o vigésimo assumiria a herança do exercito e formaria a árvore genealógica de Gengis Khan. Um tabuleiro de poder foi criado pelo Mago Negro que recebe seu pupilo, no plano astral, chamando-o de filho, coroando-o de muito júbilo por ter cumprido sua tarefa. Esse ser tenebroso se chamava Aldebaran e pertencia a um grupo de 13 espíritos que vieram para nosso orbe desde épocas remotas, usando a energia Yang 16 , simbolizando o signo do Touro. Yin e Yang são forças complementares necessárias para o equilíbrio do ser. No plano astral, ele se sente pertencente ao mundo das Trevas, pleno de poderes, assumindo a liderança de uma horda, 16 A energia Yang ou masculina é essencialmente objetiva, extrovertida, forte, direta, assertiva e agressiva. É uma energia que usa a força para controlar, às vezes subjugar e dominar, especialmente quando se sente ameaçado, usando a mente para planejar e a vontade para realizar.
  • 27. Um Grito de Loucura 26 sendo respeitado e só aceitando as ordens do mago que o coloca como comandante de uma guerra secular contra os dragões 17 , pela posse do Vale do Cilício. A intensificação do desespero amplia a formação de uma camada extensa de pensamentos sombrios, que impedem o acesso de resgates pelos espíritos benfeitores às regiões de escuridão. Posteriormente, Jesus cria trilhas de luz para esse acesso pelos emissários do Alto. Mnvyt nessa época se chamava Troya, sinônimo de uma arma de tecnologia mortífera inventada nas Trevas, disseminadora da lepra, contaminando os perispíritos e se transmitindo de forma assustadora. Esse conceito de indestrutibilidade iria inspirar os futuros fundadores da famosa cidade grega. 17 Seres que vivem nas camadas astrais mais profundas da Terra chamadas de Abismo. Inimigos do Cordeiro, vieram para cá em épocas remotas e são conhecidos pelas religiões da Antiguidade como demônios.
  • 28. Um Grito de Loucura 27 Capítulo 2 - A guerra nas Trevas No meio dessa batalha nas Trevas, a violência semeada atinge seu momento crítico, gerando caos e confusão. Em seguida, após as muitas intempéries geradas nas camadas mais densas do Umbral e do plano físico, vamos observar um momento de calmaria que abranda as energias negativas, preparando a vinda dos avatares, precursores do Cristo, prenunciando a chegada de novos conhecimentos morais e éticos. As guerras trazem avanços tecnológicos não só nos armamentos, mas também nas comunicações, disseminando mensagens que se contrapõem à violência. Surge a necessidade imperativa de organizar e controlar o crescimento das grandes cidades, tanto no plano físico como no astral, contribuindo com o progresso da civilização, permitindo tréguas às rixas do passado. Nessa expansão, o Mal também precisa de tréguas entre as facções dos dragões e magos negros, sendo que estes últimos usam a magia para efetivar no plano físico o espelho do astral, mantendo seus objetivos de poder. A luta pela dominação sempre foi o estopim das guerras e o saldo dessas batalhas leva à divisão, com um grupo sempre querendo dominar o outro, distanciando-se da lei de igualdade e tendo na violência seu objetivo final. O uso do livre arbítrio, até nesse momento de divisão do poder, se desdobra em ganância e inveja gerando a possibilidade de novos conflitos. Mas, neste momento, a espiritualidade maior cria uma calmaria existencial direcionada não apenas para uma trégua do Mal com o Mal, mas influenciando a sequência de poder diante do plano astral, estabilizando as energias entre os dois planos da vida. É o determinismo divino atuando para frear essas guerras, abrindo as oportunidades das reencarnações compulsórias. Vamos explicar melhor - a guerra se consolidou no plano físico com os adversários obtendo os louros da vitória e fazendo prevalecer a vontade do vencedor. A partir desse ponto a força bruta é imposta para manter os territórios ocupados, não havendo mais necessidade de novas batalhas, pois os objetivos dos comandantes do plano astral foram atingidos e inicia-se uma
  • 29. Um Grito de Loucura 28 fase de submissão dos povos vencidos. Estabelece-se um período de calmaria de 50 a 80 anos permitindo a implantação das escolas de sabedoria, a chegada de vertentes como a filosofia, o surgimento da medicina e de outras correntes de sabedoria 18 . Essa reviravolta permite a abertura de novos canais de aprendizagem, ressignificando um conhecimento seletivo, para toda a população. Contudo, no astral as facções continuam lutando, gerando polos de putrefação oriundos de espíritos subjugados nas minas de trabalho escravo, ampliando os tentáculos do Vale do Poder 19 , na região do Oriente, onde está situada atualmente a exploração do petróleo, as jazidas do chamado sangue negro, gerando energias ectoplásmicas deletérias no astral, a matéria prima que movimenta aquele plano. Surgem os avanços tecnológicos através da tecnologia de extração do petróleo. O sangue negro tem a grande função de estabilização térmica da geologia do planeta e se o mundo moderno soubesse da importância dessas mantas de magna no centro da Terra, não abusaria dessa extração, que repercute também no plano astral, pois quando removemos esse liquido criamos um caos ambiental que repercute nos dois planos. Esse avanço trabalha para o Mal no plano astral e esses espaços vazios na crosta da Terra se relacionam com a própria expansão do Vale do Poder, que cresce para as profundezas avançando cada vez mais com a remoção do petróleo. O Vale do Poder está relacionado com o sangue negro e o Vale do Cilício ao vale dos suicidas. Este último situa-se na linha invisível do Trópico de Câncer, na América do Norte, formando um imã desde a origem da Terra, como um lugar de assepsia, imantando aqueles que se somam às suas singularidades. Se um espírito suicida 18 O autor se refere ao grande movimento filosófico e científico que surge na Grécia, no século V, com Sócrates e outros grandes espíritos que viveram na época. 19 Comunidade localizada no Abismo, dominada pelos dragões. Geograficamente situa-se no submundo da Palestina e região, estendendo tentáculos subterrâneos para todo o orbe.
  • 30. Um Grito de Loucura 29 adentrou esse vale mais de uma vez, já criou uma forte afinidade com o local. Para entender os motivos de atração para lá, precisamos conhecer um pouco da influencia dos 13 Magos Negros que vieram para nosso orbe, em eras remotas, fomentando o ódio e a violência no Vale do Poder, sedentos por sangue. Eles induzem os espíritos que não conseguem agredir o próximo, a se ferirem, finalizando no suicídio, uma forma extrema de violência. Câncer é o nome deste Mago Negro que impera no Vale do Cilício, induzindo os seres à depressão e a essa doença que leva o seu nome, criando nos seus perispiritos a incapacidade de perdoar. Nessa narrativa já conhecemos dois Magos Negros e suas formas distintas de trabalho, mas destacamos uma terceira força que é a dos dragões. A guerra fomentada por esses seres chegou até os dias atuais. O manto vermelho cor de sangue dos dragões reptilianos simboliza a bandeira desses seres contrastando com o preto usado pelos magos das Trevas. As batalhas entre eles formam uma mistura de cor vinho escuro, um sangue velho, pútrido, poluindo os planos do Umbral Grosso, somando-se aos pensamentos negativos da humanidade encarnada, formando um nevoeiro que prejudica a evolução do planeta. Essa situação permanece por um século no plano astral e a partir da chegada dos primeiros avatares se forma uma trégua, limitando o domínio do Mal no plano físico. Com as guerras, vem a exploração indevida da mediunidade, surgindo a bruxaria, para satisfazer os desejos mais mundanos possíveis, desde a violência até a negação absoluta do amor puro e da fraternidade. Esses feiticeiros se espalharam pelos grandes povos, ligados diretamente ao comando de Troya e seus desejos. O principal objetivo dos magos é o domínio da Terra, através das guerras, enquanto o interesse dos dragões está na extinção do planeta. Contudo, naquela época eles tinham um acordo comum de incentivar e de manter a guerra entre os povos. Os magos trabalham em surdina, sempre usando prepostos para a realização de seus objetivos, dominando através do poder, delegado aos líderes da humanidade. Na atualidade eles atuam com prepostos na política e nas religiões. Alguns dragões ainda encarnados continuam com parcerias com os magos para
  • 31. Um Grito de Loucura 30 transportar do astral para o físico, diversas epidemias que assolam a humanidade. Criam as doenças e depois oferecem a cura, para manter o controle. Estamos na época do apogeu do império romano, sob o comando dos dragões, que finalizam essa era de feitiçaria dos magos, ou seja, o banimento da mediunidade, principalmente na Babilônia. Troya reencarna pela quinta vez, como um grande general do exército de Júlio César, um dragão da mais alta patente, impondo o controle absoluto do plano astral ao físico, ajudando na construção do maior império que já existiu. A demanda por armas incentivou a exploração dos metais e o desenvolvimento de tecnologia bélica. Com a dominação, surge no ser humano a necessidade de libertação, germinada nos povos mais distantes, mais ligados à natureza e começam as revoltas. Contudo, Roma mantém seu domínio, dividindo o mundo em romanos e estrangeiros, censurando as comunicações para garantir o poder, mantendo a distância entre os povos para evitar a disseminação do conhecimento e do surgimento de novas ideias. O maior objetivo da guerra a partir do plano astral é a consolidação desse preceito, buscando separar os povos, criando o estigma da superioridade racial e consequentemente a escravidão. Somente com a tolerância, respeitando cada povo, conseguiremos viabilizar o amor, com o perdão resgatando as transgressões passadas. Troya ficou preso no plano astral por um século, se abstendo da vida terrena e começando sua ressignificação, percebendo que era usado como um cavalo de guerra pelo mago e uma revolta inicia-se em seu ser. Com essa insubmissão silenciosa, descobre a força de sua mediunidade e começa a formar um exército de simpatizantes que o ajudarão na próxima reencarnação. O ponto de mudança ocorre quando ele adentra no Vale do Poder e os dragões lhe proporcionam uma visão do futuro da Terra, oferecendo uma
  • 32. Um Grito de Loucura 31 parceria. Reencarna novamente, nos povos vândalos da Europa, consciente da necessidade de conhecer o meio em que vivia e desperta para a necessidade da egregora familiar. Nesse ínterim, o Mago Negro percebe essa transformação em seu pupilo e o induz a uma severa subjugação como castigo por não atender seus comandos. Envolto nessa obsessão, ainda assim ele busca novos espaços para viver, sentindo o despertar da mediunidade e obtendo respostas sobre seu passado. Mas o descontrole mental torna-se inevitável e ele se suicida novamente aos 16 anos, desta vez com acentuada esquizofrenia que já o impede de disputar as batalhas. Internaliza a culpa, iniciando uma nova fase de reconstrução de seu pensamento, somatizando no cordão energético, o remorso pelos atos praticados. É a sua sétima reencarnação, carregando as lembranças das vidas em que era um algoz, levando-o a fixações mentais e surtos de loucura. Procura viver em contato com a natureza, buscando a auto cura, ajudando os semelhantes, usando conhecimentos medicinais antigos, praticando a mediunidade, que na época era baseada na consulta aos ancestrais, coexistindo com a consciência oscilando entre dois mundos. Vive como um feiticeiro, no norte da Europa, buscando se reformar interiormente. Ao longo da jornada, em momentos distintos de sua vida, presta auxílio a três homens, feridos de guerra, líderes de hordas distintas, que no futuro serão seus guardiões. Buscando reparar a violência que tinha praticado no passado, cuida desses soldados e inicia uma doutrinação pacífica, formando sólida amizade em prol de acabar com as guerras. Procuram novas terras para se estabelecerem, mas acabam desencarnando num naufrágio no Mediterrâneo. Nesse momento, consciente de seus erros, ele roga para ter os novos companheiros na próxima vida, para fazer diferente. Sua oitava reencarnação vem com muito sofrimento, pois embora não tenha lembranças das vidas anteriores, sente a necessidade imperativa de praticar boas ações através da mediunidade de cura. Já estamos na Palestina, no século III da nossa era e nosso irmão torna-se um feiticeiro do Bem. Entendendo a mediunidade como sua porta de salvação, ele começa a
  • 33. Um Grito de Loucura 32 ressignificação de seus atos com o apoio dos benfeitores espirituais para realizar uma jornada mais longa. Contudo, as maldades do passado continuam somatizadas em seu ser, provocando uma predisposição para a esquizofrenia. Mãos invisíveis o amparam criando uma barreira para bloquear o ato suicida, trazendo o esquecimento necessário para sua ressignificação através do mal de Alzheimer. Após três reencarnações, já tinha conseguido se libertar do jugo do Mago Negro, da condição perispiritual de vampiro, evoluindo para a condição de esquizofrenia e Alzheimer - não chamemos esse mal de loucura e sim de cura - pois veio em prol de sua melhoria. Aos 46 anos, em idade avançada para a época, é acusado de feitiçaria e enforcado, retornando ao plano astral onde tem a rara oportunidade de assistir a uma conferência holográfica de Jesus, no Umbral Grosso e esse se torna o momento mais importante de sua vida, relembrando suas reencarnações passadas, como os guerreiros Mnvyt, Troya e Búlgaro e depois na personalidade do feiticeiro Magno. Tem a oportunidade de visualizar o cenário de mais um exílio caso persistisse no Mal e apesar de suas limitações morais, valoriza a mensagem amorosa de Jesus, compreendendo que seu sofrimento não era sinônimo de evolução ou de degradação do seu ser. Após muitos séculos no Astral, ganha finalmente a oportunidade de mais uma reencarnação, desta vez com total esquecimento do passado, para reconstruir seu trabalho para o Bem, levando a mensagem do Alto para os povos nômades, na condição humilde de um andarilho, despojado de todos os bens materiais, praticando a mediunidade de cura, sempre amparado pelos benfeitores espirituais. Podemos afirmar que essa foi sua primeira vida saudável e feliz. Desencarna tuberculoso, em idade avançada e é resgatado pelos três amigos do passado, sendo acolhido no Liceu da Mediunidade, onde trabalha até hoje.
  • 34. Um Grito de Loucura 33 Capítulo 3 – Do final para o começo Vamos interromper nossa narrativa entre a sétima e oitava reencarnação do nosso irmão e voltar no tempo. A atmosfera fluídica em que vivia no passado nosso Mnvyt se aproxima muito do que vemos hoje na Faixa de Gaza, na Etiópia, na Somália, com guerras geradas por conflitos, sedimentando uma egregora vibratória de violência. Os dirigentes do planeta tinham o objetivo de usar a mediunidade como alicerce para dissolver essa vibração, intuindo os sacerdotes das religiões primitivas a se conectarem com as energias puras da natureza. Surgem os cultos e preces por chuva, sol, para a fertilidade da terra e abundância das colheitas, com a mediunidade se manifestando para esse objetivo primordial de sobrevivência. Tudo se encadeia na natureza, do mineral ao vegetal, deste ao animal e finalmente ao Homem. A mediunidade alicerça o conhecimento da terra, pois a conquista da tecnologia do solo oferece novas condições de vida em sociedade, surgindo pequenas vilas sob o comando dos líderes mais velhos, detentores de maior conhecimento. A estabilidade dos laços afetivos entre o homem e a mulher consolida o conceito de família, avançando para uma comunidade, determinando papéis distintos, com o homem voltado para as atividades que envolviam a força física e a mulher dedicada ao lar e cuidado dos filhos. Essa condição pode ser considerada a causa da violência encontrada no homem e da docilidade na mulher. O conceito de família naquela época estava mais ligado à terra do que aos laços consanguíneos enquanto o amor germinava no coração desses seres primitivos. A terra, agora fértil e cobiçada, torna-se centro dos conflitos causados por invasões de tribos rivais. Nos dias atuais ainda encontramos essas guerras entre civilizações, sob influência das religiões, inviabilizando a integração de diversas culturas e impedindo a ideia ecumênica da fraternidade. Para entender o presente precisamos conhecer o passado, onde a sociedade se impôs pelo domínio, com espadas, flechas e fogo, gerando um mundo violento.
  • 35. Um Grito de Loucura 34 Estamos há 5 mil a.C. num momento histórico em que o mundo começava uma grande transformação com a chegada dos capelinos, espíritos violentos que contudo iniciam a implantação da fase agrária, transformando as florestas selvagens em grandes plantações de raízes e grãos, ensinando a humanidade primitiva a manusear as plantas úteis para a alimentação e a medicina. Os grãos em questão eram o trigo e o centeio que, juntamente com a raiz do tubérculo que hoje é conhecido como inhame, formou a base da alimentação daquela civilização. Encontraram inicialmente muita dificuldade para o cultivo, pois o solo não era adequado e não havia utensílios de boa qualidade – plantar, armazenar e alimentar o povo era um grande desafio - e ainda precisavam sobreviver às invasões. Sobrevivência e defesa em um mundo hostil criaram as atitudes extremas do matar ou morrer, passar fome ou conquistar lugares férteis. Não estou dizendo que isso é correto, apenas explicando a realidade da sobrevivência daquela época, onde os mais fortes impunham sua vontade aos demais. Nos bastidores dessa realidade, no plano astral, vamos observar a ação dos Magos Negros induzindo o homem ao uso do livre arbítrio em prol da violência, criando totens 20 de viabilização do mal. A necessidade de impor sua vontade sobre o outro quebra o ciclo do livre arbítrio, onde o homem detém a escolha de seu caminho. A obstinação desse conceito acontece ainda hoje, com a disseminação da fome, da maledicência, ou seja, uma família está com fome e cobiça a comida da outra. Esse sentimento de violência legitima o conceito de totem estimulando prazeres violentos, como o estupro. Surge o dogma 20 Símbolo sagrado de um grupo social (clã, tribo) e pode ser considerado como seu ancestral ou divindade protetora.
  • 36. Um Grito de Loucura 35 de dominação dos mais velhos sobre o mais novos, até que estes adquiram novas habilidades e assumam o poder. Nessa narrativa podemos deduzir que o mais novo é menos sábio, mas impõe sua vontade pela força. Como podemos quebrar esse padrão? - Quando todos tiverem passado por essa vivência, se sentindo impotentes, sem conseguir impor sua vontade. Essa submissão fomenta a vingança e a repetição do padrão. Em que momento o oprimido se reconhece no mesmo papel do opressor? - Quando repete o padrão. Induzido por Aldebaran, nosso personagem sentia a necessidade de criação de um padrão, desconhecendo que a partir dele surgiria o princípio de sua cura. Na Sua infinita bondade Deus escreve certo por linhas tortas. O resultado da magia de Aldebaran acabou se virando contra ele. O desdobramento do ódio se interiorizou em Mnvyt, instalando em sua assinatura energética o gérmen da própria cura, que ocorreria ao longo das muitas vidas. Na construção do caráter emocional de Mnvyt surge o despertar da quebra do padrão. Desencarnado, ele aceita o comando do mago, mas mesmo como seu vassalo já compreende que era um joguete e percebe o lado tóxico dessa ligação. Com a quebra do padrão Mnvyt pode ser classificado como um médium das Trevas. Isso tudo nos leva ao autoconhecimento e a ver o dogma como a essência da quebra do padrão. Afinal, no decorrer dessa história, na 8ª reencarnação, ele vai encontrar no registro akáshico a origem de todos os seus problemas. Começa a sua jornada de ressignificação, compreendendo onde tudo começou. Entender que o culpado também pode ser a fonte da cura induz a jornada a recomeçar do ponto de partida - do final para o início. Naquele momento se viabiliza a cura para a mediunidade desvirtuada. A relação entre a religião e a mediunidade nessa luta incessante por batalhas estabelece um dogma, distanciando este ser cada vez mais da sua natureza divina e o direcionando para uma conquista individual e egoísta.
  • 37. Um Grito de Loucura 36 O egoísmo leva à posse, à separação de grupos, criando o distanciamento dos povos, procurando proteger o seu patrimônio e ampliando as linhas de defesa e de poder. Essa necessidade de dominação divide os povos e suas culturas fazendo prevalecer uma necessidade de conquista e de posse em oposição ao bem coletivo. Surge um pensamento de fé na humanidade e os difusores desse pensamento desenvolvem um ideal superior para quebrar o padrão negativo. A utopia é relacionar essa dominação com a conquista dos valores e constatar que desde aquele mundo primitivo observamos os mais fortes subjugando os indefesos. O que muda ao longo dos tempos são os dogmas, mas a luta contra a dominação continua como sinônimo de libertação, criando, novos dogmas, pois os valores morais de uma época precisam ser atualizados nas gerações seguintes. A guerra se estabeleceu na África em uma extensa linha de pobreza. O domínio era feito pelo poder daqueles que davam o pão, desencadeando o racismo estrutural, pelo domínio de um povo invasor sobre o nativo, embora esse também tenha criado outras condições de preconceito nos seres ainda mais fracos. Nesse racismo estrutural, surge uma espécie de rodízio de reencarnações compulsórias, com a alternância do poder, criando o arquétipo das raças. Precisamos de uma reflexão à luz da essência mais pura do cristianismo para quebrar esses padrões repetitivos e criar novas possibilidades de transformação da humanidade. Jesus veio à Terra, para nos relembrar da necessidade de nossa transformação interior e no caso de Troya, essa máxima se relaciona com seu despertar interior, para uma nova visão do mundo. No tempo certo, surge uma trégua, um momento de reflexão interior, uma pausa para contabilizar ganhos e perdas nessa guerra e o saldo se apresenta como uma indulgência divina, permitindo o progresso com a expansão das vilas para cidades, dos países para continentes e a aproximação das nações. A linearidade da evolução de cada povo, através dos campos energéticos criados pelos laços afins atrai espíritos para as reencarnações compulsórias, proporcionando-lhes a noção de aldeia global.
  • 38. Um Grito de Loucura 37 Nesse tempo, Troya já está desencarnado e vamos presenciar a passagem do Cristo pela Terra. Mas, os senhores das Trevas não desistem e o induzem a uma espécie de fé cega, com a imposição de mais dogmas que chegaram até os dias atuais. Desenvolvem o conceito - “o meu é melhor do que o seu” - com verdades relativas de cada povo criando distanciamento, confusão e desunião. Um Grito de Loucura é um grito de quebra desse padrão. Vamos observar em Troya o despertar de sua mediunidade, associada ao livre arbítrio para ajudá-lo na quebra do padrão negativo. Com a queda de um líder, as possibilidades de encontrar a verdade se abrem para aquele povo. Do fim para o começo - tudo nessa historia relembra uma origem violenta – de um ser nascido de um estupro que impõe sua vontade e inicia seu domínio, agregando espíritos afins desse padrão que precisará ser quebrado. Esse Capítulo mostrou a influência do padrão negativo no corpo causal onde o final de um ciclo reencarnatório impulsiona o ser a um novo recomeço, formando a espiral evolutiva, tendo no tempo a realidade aplicável ao mundo físico. Com seu desencarne, encontramos as pontas da mola superior e inferior da espiral e excluindo o tempo vamos identificar vários anéis se sobrepondo criando um vórtice de espaço-tempo, de passado e futuro. Nesse vórtice Troya encontrou a trégua com a quebra do padrão e através do seu livre arbítrio encontrou o momento certo de seguir adiante, através da ressignificação de suas vivências. Sua posição de liderança o faria conduzir milhares de outros para a ascensão ou mesmo uma nova queda.
  • 39. Um Grito de Loucura 38 Capítulo 4 – O veio sólido do perdão A conotação Deus conosco significa a união de Deus com os seres humanos e com o universo, resultando em tudo o que conhecemos. Acrescente também nessa frase a vertente do livre arbítrio. Até agora analisamos a mediunidade como salvaguarda de encaminhamento e desenvolvimento do ser. Quem assume o compromisso da mediunidade também aceita o resgate da própria ressignificação no decurso do tempo e a definição da loucura induz à contaminação de um ideal, ou seja, o abandono do livre arbítrio e a opção por aquilo que era mais importante para aquele ser, naquele momento de sua vida. A finalidade da vida necessita da adaptação ao plano astral, onde os conceitos se formam e os direcionamentos se somam formando os cordões energéticos. A soma dessas histórias e a complexidade intrínseca em cada uma justificam a trajetória de cada caso levando a pontos extremos, antes de sua libertação. A análise daquilo que consideramos polêmico vem exatamente dessa própria reflexão. Durante a narrativa nos defrontamos com vários pontos vazios, já que ao abordar a história dos outros muitos detalhes são omitidos, pois a narrativa segue o nosso ponto de vista. Precisamos entender a complexidade que envolve nosso personagem, pois a solidificação de um pensamento fixo determina a relevância em torno de muitas jornadas que englobam uma violência extrema. Para conhecer seus bastidores, precisamos abordar os temas da violência e da submissão através do domínio implacável dos seres do Mal para então aplicar o determinismo divino para dissolvê-las sutilmente. São várias as barreiras que aparecem na vida material impedindo o desenvolvimento de novas possibilidades. Aquilo que chamamos de bloqueio é um caminho que não devemos mais cursar. Podem ser notados na vida em sociedade induzindo as pessoas a se adaptarem a tarefas simples ou complexas. A missão vem na predisposição da capacidade de atuação de cada ser. No tocante à mediunidade, surge a necessidade da empatia, de se colocar no lugar do outro, colocando-o em evidência.
  • 40. Um Grito de Loucura 39 - Mas onde fica a solução dos nossos próprios problemas? - Na compreensão do problema do próximo. Essa análise sugere uma metodologia de autoajuda permitindo enxergar o problema do outro. Quem aplica essa sugestão? - O próprio ser envolvido no problema. Perceba que em quase todos os trabalhos mediúnicos em que nos envolvemos, existe uma ligação direta com essa determinação, apesar da particularidade de cada um, todos são muito representativos para os envolvidos. Na vida no plano astral, observamos a complexidade do bloqueio dessa determinância, pois no plano material, a identificação dos inimigos é muito mais nítida. Que conceito nos leva à autoproteção? Condicionar um pensamento fixo que libera uma assinatura energética. Estar fortalecido no plano astral protege e amplia o meio de busca daquela ideia fixa por novas aspirações, distintas das fixadas no passado. A partir do momento de cristalização de um pensamento fixo, decorre a ideia principal de um trabalho, dentre o próprio conceito de esquecimento, permitindo então uma nova existência que acaba se sobrepondo, criando o vórtice da mudança, a quebra conceitual do padrão negativo, se concentrando na formação de um pensamento de “ponta solta”, e, portanto, aquilo que é dominado vira uma “ponta fixa”, uma corda tesa mantendo uma continuidade e a partir do momento que as cordas se soltam, segue uma continuidade e se instaura a instabilidade proveniente de um momento de readaptação da forma de domínio. No momento da dissolução desses nós, observamos que o Mal perde sua organização, mas diante desse determinismo, lembro que tudo depende de uma única escolha. Quando achamos que está tudo ruim, sempre haverá a possibilidade de ficar ainda pior. A desorganização instalada acaba ampliando a perspectiva do pior, pois a dissolução instala o caos, formado pela
  • 41. Um Grito de Loucura 40 falta de ordem, mas não pela falta de controle, o que pode ser aplicado até os dias atuais através do pensamento fixo nas várias formas de alienação. O mundo já é outro, mas as formas de alienação continuam as mesmas, tirando a necessidade de convivência para se aprender sobrepondo a ideia de criações formadas através das influências digitais e até de terceiros. Ao observarmos a triste realidade dos pais que pouco se empenham em educar seus filhos, transferindo essa tarefa para as escolas, como praticado nos liceus da Antiguidade da Grécia, por volta do século III a.C. quando surgiram as grandes universidades de conversação e o pensamento político desenvolveu a ideia de dissertar sobre muitos assuntos. Como diferenciar sobre algo que não vem do seu pensamento original e sim dos outros? Amplia-se então uma vasta possibilidade de discussões até atingirmos um ponto de equilíbrio que nos induz a um ideal maior. Na metáfora – dê-me uma alavanca e um ponto de apoio e eu moverei o mundo 21 – encontramos um recurso que nos possibilita a construção de novos ideais, através da solidificação de nosso pensamento e ampliando-o para os demais companheiros de jornada, nos tornando fortes e unidos, sem necessidade de domínio ou controle. Surgem as oportunidades de crescimento na vida social com a formação das várias ocupações e a própria mediunidade sendo entendida na época como profissão, quando na verdade sempre foi um compromisso. Todos somos médiuns e esse dever pode ser exemplificado pelas várias engrenagens de uma máquina, cada uma com sua função, umas maiores, outras menores, mas todas importantes para girar o mecanismo. A 21 Frase de Arquimedes (287 a.C. – 212 a.C), matemático, filósofo, físico, engenheiro, inventor e astrônomo grego.
  • 42. Um Grito de Loucura 41 responsabilidade de promulgar a ideia de continuidade segue exatamente esse princípio, com cada ser consciente do seu trabalho e seu valor, através da canalização de energia boa para o próximo. Compreender a loucura significa oferecer a mão ao outro, conhecendo sua história no decurso do tempo. A propagação do amor é a síntese da Boa Nova que veio com a jornada do Cristianismo, mas antes da vinda Dele também existia amor, que naqueles tempos remotos, baseava-se na educação, com a compreensão do respeito ao progenitor e à escala social, sugerindo um pensamento reto, criando a própria linearidade evolutiva que não nos deixa presos a um pensamento, sobrepondo-se às várias reencarnações, permitindo a avaliação dos vários caminhos da complexidade de onde podemos chegar. Vivemos, coexistimos e aprendemos, mas o que se faz a partir daí? - Resgatamos nas novas reencarnações os pontos que ficaram em aberto, nossos compromissos registrados no córtex cerebral e a partir destes, a vontade de atuar por nossa melhoria. Mas como fazer isso se renascemos com o esquecimento? - Com predisposição diretamente ligada aos cordões energéticos e à intensa ligação familiar, formando um padrão familiar e social, que se sobrepõe às nossas escolhas. Nessa ótica, observe que o erro não está só na questão moral, mas fundamenta sua origem no passado, aonde aquele ser ainda inconsciente de seus atos não vê seus erros, necessitando do esquecimento para iniciar uma nova jornada. Contudo, essa predisposição para o Bem vai sendo relegada com o tempo e nos leva a uma condição moral errônea, impedindo-nos de transpassar os próprios limites. Sucedem-se as várias doenças que nos freiam, entre elas, as emocionais, influenciadas pelo desdobramento espontâneo, pois o sono é a maior vertente para isso. A esquizofrenia e o Alzheimer
  • 43. Um Grito de Loucura 42 representam um sono lúcido, ou seja, uma vida em constante sonambulismo, funcionando como proteção para o ser. A ajuda vem por um protetorado de terceiros, mas pode trazer um bloqueio emocional rejeitando o livre arbítrio. A própria depressão consiste em um bloqueio emocional disfarçada de um sonambulismo consciente, com a negação da própria condição física viabilizando um aspecto mental doentio, com a sobreposição das realidades, aumentando o ato sonambúlico e induzindo ao desdobramento. O restante fica à mercê das vibrações recebidas, conectando o ser a uma simbiose que se imanta ao redor daqueles que têm afinidade com sua assinatura energética. Como é a assinatura energética de um depressivo? - Aquela que procura amizade com outros iguais, criando uma falsa correlação de equidade. Todos aqueles que saem de um ponto A não vão se conectar de forma tranquila com os que saíram do ponto B ou do ponto C. A conexão com seus canais de ruptura segue uma sobreposição familiar, onde os que estão inseridos em pontos distintos se adaptam a uma convivência comum. O que entendemos como convivência pode ser interpretada como educação e sobrevivência. Sempre teremos alguém como referência em nossos caminhos para nos ensinar uma base de educação e mesmo aquele que não aprende receberá noções de sobrevivência adaptando-se ao ambiente com força e adequação. A palavra “força” e não “resiliência” é mais bem aplicada neste caso, pois o ser acaba “empurrando com a barriga”, esperando que tudo se conserte com o tempo, criando esse paradigma de destino.
  • 44. Um Grito de Loucura 43 Contudo, o destino não existe, pois nossas vidas estão em constante mutação, a partir de cada escolha e nada é permanente. O conceito de destino nos leva a profundas reflexões. As doenças do perispírito vêm de uma complexidade de escolhas, não somente de uma determinância através do tempo, mas de uma escolha fixa somada a este. O ato de se negar consiste num pensamento conciso, formando uma ideia fixa, nos levando à segunda morte 22 , na condição de ovoide. Quando criamos a ideia de perpetuar o amor e a inteligência através de formas sadias de comunicação, evitamos esse caminho, usando o conceito da alavanca citada antes. Portanto, não existe destino e sim opções por caminhos que somam os aprendizados daquela trajetória. O senso de religiosidade preenche os vazios daquilo que não compreendemos e as diversas religiões contribuem com esse fim. O que eu enxergo não necessariamente é o que você vê e esses vazios formam uma camada envolvente de mistérios, criando o Karma. Karma e Dharma são palavras associadas ao destino. Ambas agem como uma espécie de corrimão para que o ser se apoie na sua trajetória. Quando a escolha é ruim, o pensamento sugere que aquilo é um Karma. 22 A segunda morte só é possível, porque o perispírito é um fluido semi-material, portanto, perecível. Esse conceito é descrito no livro Libertação de André Luiz pela psicografia de Francisco Cândido Xavier.
  • 45. Um Grito de Loucura 44 A quebra do padrão consiste na analogia de entender o Karma como uma via de ajuda, oferecida para aquela situação, levando à noção do Dharma 23 . Podemos mudar o caminho a cada instante, legitimando a própria complexidade de permissibilidade dos acontecimentos, interpretando isso como um milagre. Mas milagre e destino realmente não existem. O Karma vem com o pensamento solidificado da sobreposição dessas duas palavras, com a materialização de uma fé cega e de preconceito, assim como o Dharma com a ressignificação. Na concretização de um pensamento negativo, cria-se a possibilidade da depressão, da ansiedade, da maledicência fomentada pela fé cega, formando as camadas das doenças silenciosas que no passado eram interpretadas como destino ou Karma. Aceitar a continuidade da vida é entender que as nossas escolhas interferem no aqui e no agora. O passado cria o momento do agora e o presente plasma o futuro. Nessas diversas interfaces de influência, note que elas se subdividem e formam a noção de alavanca. Viver em várias interfaces é um desdobramento natural de vários conceitos aprendidos na vida. 23 Os sábios orientais pregam que a forma mais fácil de uma pessoa se conectar com o universo e a energia cósmica é seguir as leis da própria natureza, e não ir contra elas.
  • 46. Um Grito de Loucura 45 Precisamos estar em constante mudança para nossa melhor adaptação.
  • 47. Um Grito de Loucura 46 Capítulo 5 – O paradoxo entre a cura e a loucura É preciso saber reconhecer a realidade de um mundo que se apresenta pouco amistoso, que emana agressividade e complexidade pelos seres envolvidos no meio. A depuração moral consciente é uma virtude que está interligada aos acontecimentos prévios e evidenciada na roupagem do corpo físico e no subconsciente, ligada ao corpo causal. Através dela identificamos a oportunidade da cura existencial. Essa vibração forma um novo cordão energético, ligado ao registro akáshico, fornecendo uma linguagem de comunicação com nosso ser interior. Já abordamos o Karma e o Dharma, reconhecendo suas tarefas e necessidades. Precisamos, contudo, ampliar cada vez mais o conceito da própria revitalização do ser, no alinhamento de sua própria missão, aliviando o Karma e o Dharma e buscando sua adaptação a uma nova realidade. Esse ajuste carrega uma nova formulação mental e corporal, que libera substâncias benéficas no organismo físico, reduzindo a ansiedade e melhorando a capacidade de comunicação. Esse Capítulo aborda a missão do ser, constituído pela quebra de um padrão no campo morfogenético 24 , visando a formação de um novo ideal. Quando abordamos a depressão, a esquizofrenia e o Alzheimer, identificamos uma predisposição genética que segue uma conotação de um campo de atuação formado após os 7 anos de idade, quando o espírito atua na renovação das células de seu corpo biológico. Tudo o que é registrado no córtex pré-frontal se expande pelo corpo através dos prótons e nêutrons se misturando com a convecção dos elétrons e o corpo se reorganiza em sua estrutura 24 Campo morfogenético é uma teoria formulada pelo biólogo inglês Rupert Sheldrake para explicar padrões de atitudes individuais que se tornam hábitos pela repetição, que vão envolvendo várias pessoas e terminam se consolidando como um comportamento coletivo e, portanto uma força maior, como se existisse um padrão invisível que funciona para dar ordem a um sistema de organismos vivos.
  • 48. Um Grito de Loucura 47 molecular, seguindo uma orientação genética para se readaptar a uma nova condição mental, criando uma condição energética que dissolve essa organização. Essa predisposição caminha ao lado dessa organização, orientada pela vibração que o ser emite e recebe, dividindo sua função motora celular, vibratória e energética. A condição de vencer uma fase ruim vem dessa correlação de sobreposição do pensamento. Tudo vem do espírito, como uma consequência do momento experimentado. Aos 7 anos, o espírito já tem condições de formular o pensamento. A partir dessa idade a depressão pode se apresentar germinando o mal de Alzheimer. Caminhando para os 14 anos, a depressão começa a se formar com a influência social. O planeta forma várias manchas agrupando muitos jovens com pensamentos afins, induzindo-os para essa condição de degradação de sua juventude, fomentando instintos depressivos, carregando essa tendência de pensamentos negativos, influenciados pelos meios sociais e pela globalização. Chegamos aos 21 anos com esse novo condicionamento vibratório intensificado, conectando todos esses jovens a um grande cordão energético ligado aos Magos Negros, assimilando magias deletérias, manipuladas no espaço-tempo pela vontade do ser. Ao anularmos a vontade dos obsessores, criamos um transporte vibracional no campo em evidência, quebrando o padrão negativo e desestabilizando o cordão energético, resultando no efeito dominó, pois ao desestruturar uma peça, as demais perdem sua força. Quando trabalhamos diretamente com a depressão, identificamos muitos obstáculos. Essa doença se propaga pelo cérebro, degradando a readaptação do pensamento, solidificando uma ideia fixa de negação e autodestruição.
  • 49. Um Grito de Loucura 48 Em contrapartida, o próprio corpo biológico naturalmente assume suas defesas, ajudando para que isso não aconteça, forçando as células a se mobilizarem por todo o corpo e impedindo a co-criação dessa ideia de aniquilamento. Avançamos para os 28 anos ampliando o arquétipo da esquizofrenia e o consequente bloqueio celular. O ser assimila uma nova roupagem biológica, buscando se adaptar para não perder sua identidade. Esse paradoxo de cura e loucura amplia o pensamento fixo, interferindo no vórtice do chakra frontal, o chamado terceiro olho, confundindo o mundo material com o espiritual. A cura vem por uma chave de acesso ao sofrimento, exteriorizado de várias formas, intensificando a dor do ser que nos momentos mais lúcidos sente a quebra do padrão. Com a chegada do Alzheimer o padrão se quebra, despertando a consciência ou aprofundando a instabilidade. Já estará então na faixa dos 35 anos e o pensamento imprime manchas no perispírito, trazendo ondas magnéticas ligadas aos Magos Negros. Nesse ponto delicado, os cordões energéticos que se formaram desde a origem do ser, se fixam em pensamentos negativos, deslocando qualquer noção de pertencimento, evidenciando o padrão e a vibração magnética negativa dos magos. Essa condição, construída ao longo de muitos séculos, pode ser desestabilizada pelo efeito dominó, pois atuando nessa vibração, interferimos nessa energia obtendo resultados efetivos. Derrubando a peça maior do dominó, todas as demais caem. É muito triste abordar esse assunto, mas por outro lado o resultado positivo nos alegra. A aplicação dessa técnica é fundamental com o advento da nova era. Com a quebra de apenas um elo, conseguimos dissolver todo o cordão energético
  • 50. Um Grito de Loucura 49 que liga esse pensamento fixo do plano sutil ao físico, obtendo um verdadeiro milagre de cura existencial sobre o mal causado pelas doenças silenciosas. Os atos impensados pela influência do Mal criaram uma simbiose ligada diretamente ao pensamento, deixando marcas no perispírito que só podem ser curadas pela prática do auto-perdão. Observe que desde sua origem, que se perde nas brumas do tempo, alguns espíritos tem mais predisposição para a depressão, devido à somatização, à influência do meio ambiente, ao condicionamento de um pensamento fixo. Como podemos dar vazão aos nossos melhores pensamentos para mudar essa vibração? - A partir do livre arbítrio, que interfere na quebra do padrão e libera uma nova opção, condicionando esse rompimento, a partir da sugestão do pensamento. Sem a inspiração para mudar suas escolhas, a somatização do pensamento fixo acarreta a condição de negação, impedindo novas experiências e pensamentos positivos, criando o paradigma de que nada é válido e que nada novo se co-cria. O ser humano segue uma ideia tendenciosa de movimento linear, buscando a partir de uma escolha, a sobreposição de pensamento para ter mais convicção. Vamos usar como exemplo 3 pessoas ligadas a uma religião, tentando impor seu pensamento a outros que não comungam dessa fé. Com isso, forma-se um padrão que amplia o dogma já existente e surge o construtivismo através de um dogma, que segue as sugestões para a formação de um padrão. Se na faixa dos 21 anos esse padrão não é quebrado, seu elo fica mais fortalecido, pela sobreposição das células, formando um pensamento intrínseco à sua própria vontade onde a somatização
  • 51. Um Grito de Loucura 50 foi tão impactante que além da simbiose o indivíduo estará totalmente contaminado. Você se transforma naquele pensamento, solidificado até no corpo astral, renascendo uma vida após a outra com uma predisposição e aquele pensamento do passado se torna um elo mais forte de autodestruição. Nosso propósito maior é dissolver padrão por padrão, desde a primeira infância, aproveitando a oportunidade do esquecimento para que na nova roupagem o espírito utilize as formas mais sutis possíveis para novas escolhas.
  • 52. Um Grito de Loucura 51 Capítulo 6 - Violência estrutural Estamos no final do ano (2021) e é oportuna uma reflexão para o próximo, conceituando mudança e reparação, focando na retirada daquilo que está doente e repondo uma condição mais sadia ao ser. A cura é uma mudança que só se concretiza com a permissão do pensamento. Quando adentramos nos momentos mais difíceis de nossas vidas, acreditamos que uma situação não pode ficar pior do que já está e que tudo acontece para testar nossa fé. Mas se sobrepondo a essas próprias palavras, precisamos acreditar que a conjunção de uma nova ideia ajudará a encontrar o perdão no pensamento anterior, excluindo o medo e nos tornando receptivos ao desejo de mudança. Ao visualizarmos essa realidade, constatamos que essas possíveis mudanças nos ajudam a solucionar o problema com brevidade. Num mundo com tantos problemas corriqueiros, nos esquecemos de reservar um tempo para pensar no que sentimos, permitindo uma subjugação que vem através do nosso atraso moral. Criar o hábito de pensar diariamente num futuro otimista gera uma mudança gradativa, que nos ajuda nas vicissitudes da vida. Quando adentramos na realidade das doenças silenciosas é fundamental analisar os fatos que são registrados no decorrer da vida. Para acessar esse campo de mudança gradativa é necessário compreender o anti-negacionismo, enxergar e entender os fundamentos da vida em sociedade, para adquirir a empatia, que se torna o mais puro remédio para a melancolia. Habilitar esse sentimento abrirá os canais da comunicação, permitindo o bloqueio dos caminhos tortuosos. A transformação vem de dentro para fora, através de poucas palavras e grandes atitudes, nos posicionando como um ser importante na trajetória da vida.
  • 53. Um Grito de Loucura 52 Quando narramos a história de Mnvyt, citamos o mago Aldebaran, que iniciou sua jornada terrena criando essa ideia da violência da guerra com a intenção de disseminar os conflitos entre os povos. Quem não gosta da violência não aceita a guerra, mas acaba sendo afetado por ela de uma forma ou de outra. Nela não existem vencedores, todos perdem - uns mais, outros menos. Nesses períodos de transformação os confrontos se sucedem, formando um pensamento negativo, descortinando a realidade do Bem e do Mal. Tudo é relativo e cada um enxerga a verdade pela sua visão estreita. Os ganhos e as perdas se desdobram em uma batalha corporal e mental. Um corpo lesionado cria feridas profundas, mas um pensamento ferido por raiva e vingança contamina o tempo, o espaço e tudo neles inserido, trazendo uma saga que remonta aos primórdios do planeta. A violência acompanha a trajetória de astros e galáxias, construindo sua história nos mundos, até culminar na necessidade da reparação daquilo que precisa ser ressignificado. Os mundos são criados e destruídos, as civilizações desaparecem, dando lugar a outras, mantendo pequenos conflitos acesos nas almas dos quase 30 bilhões de seres que orbitam neste orbe, trazendo uma pseudo ilusão de paz. Cada ser se encontra em um estágio evolutivo distinto e com os novos conflitos ressurgem as doenças invisíveis que nos levam a caminhos indeterminados, escolhidos pela influência dessas vibrações negativas. Com boa vontade e determinação, poderemos transformar essas energias aplicando a indulgência, de forma gradativa, liberando as amarras que nos prendem aos pensamentos ilícitos. Aldebaran chegou aqui, exilado da Constelação do Touro, acompanhado de outros espíritos afins, carregando a derrota
  • 54. Um Grito de Loucura 53 sofrida em seu antigo mundo, se adaptando ao nosso orbe ainda primitivo. Após adequarem seus corpos astrais à condição de humanoide, tiveram a permissão do Alto para atuar na transformação do planeta, reencarnando na Lemúria e na Atlântida, cerca de 70 mil anos atrás. Toda batalha tem um causa, que proporciona uma mudança drástica, exigindo um reparo no meio social pela lei do determinismo. A ideia da violência está disseminada em muitos orbes para agir no núcleo da célula, no chamado Complexo de Golgi 25 . Dentro da membrana da célula está a manifestação do princípio inteligente que libera vibrações de energia densa, despertando a violência e contaminando aquele espírito e os demais envolvidos em seu cordão energético. Essas guerras continuam até hoje, provocando crises nos indivíduos envolvidos, resultando em uma teia de sofrimentos, com corpos físicos debilitados e estrutura moral abalada. Cria-se o arquétipo do mago das sombras, trazendo pensamentos negativos que nos distanciam da verdade, induzindo os seres a um pensamento fixo, em prol da violência. O estopim da guerra é sempre pela posse de um território, seguido da dominação daquela sociedade, com o objetivo de estabelecer um estado unificado. A ideia que a guerra uniria os povos é um pensamento antigo que infelizmente permanece até os dias atuais, exterminando pessoas e destruindo culturas. 25 Complexo de Golgi é uma estrutura das células que possui um papel muito importante no organismo dos seres vivos. O termo é uma homenagem ao citologista italiano Camillo Golgi que descobriu essa estrutura. Caso o aparelho de Golgi não exerça as suas funções adequadamente por alguma deficiência do organismo, poderá resultar consequências significativas aos seres vivos. Algumas dessas implicações podem ser doenças como a de Wilson, por conta da retenção de proteínas, a distrofia muscular de Duchenne e a síndrome de Aarskog. Portanto, qualquer deficiência no funcionamento do complexo de Golgi pode ser extremamente danosa ao organismo, podendo causar, inclusive, doenças hereditárias, até mesmo colapso ou morte celular.
  • 55. Um Grito de Loucura 54 Nos planos sutis encontramos cidades repletas de espíritos na condição de ovoides, sequelados por esses conflitos. Somam mais de 1 bilhão de almas em processo de hibernação, aguardando o determinismo divino para um novo recomeço. Precisamos nos conhecer interiormente para compreender melhor a necessidade do próximo. Muitos de nós estamos condenados pela negação, espalhando uma energia que nega o amor, colocando o egoísmo em detrimento do direito do próximo, intensificando a violência. Podemos chamar esse pensamento de violência estrutural, que faz parte do consciente e do inconsciente coletivo, desassociando o sentimento sublime do amor. Porque Aldebaran fez essa escolha, se nela só encontramos dor e sofrimento? - Não estamos na condição de julgá-lo, apenas analisamos os fatos e seus desdobramentos. Nosso intuito é ajudar na separação do joio e do trigo, como nos ensinou Jesus, na Sua parábola inesquecível - buscando a sabedoria para entender o que podemos ou não mudar. Esse espírito traja hoje uma armadura tão espessa que não nos permite distinguir seus olhos e boca, apenas manchas escuras e nada que se assemelhe a um ser humano. Com seus conhecimentos de magia, conseguiu fracionar seus pensamentos para contaminar uma grande quantidade de seres, principalmente líderes políticos e religiosos. Muitas hordas do plano astral inferior são pequenas parcelas de seu poder, trazendo a destruição através das guerras, formando uma teia invisível que une os continentes do planeta aos planos sutis. Essa é a técnica dos Magos Negros, com um poder de alcance que não conseguimos mensurar. Dominam o processo de bi corporeidade, contaminando muitos seres que estão distantes de sua localização, impondo sua vontade.
  • 56. Um Grito de Loucura 55 Seu eu maior se encontra nas regiões da Somália e da Ásia Central, atuando indiretamente em todos os lideres religiosos, incitando a violência e o fanatismo, com a ajuda de outros Magos Negros, atingindo os planos sutis próximos ao Abismo. Que esse novo êxodo que se inicia ajude esses seres a olhar para seus atos praticados e sintam arrependimento para sua transformação moral. Que possam contribuir positivamente no progresso de outros orbes e que esse tempo não demore mais do que o necessário para se concretizar. Somente através do perdão conseguiremos transformar nossa existência numa batalha onde somente o amor vencerá.
  • 57. Um Grito de Loucura 56 Capítulo 7 – Mediunidade e resgate As doenças silenciosas se instalam desde o momento da infância onde a sugestão está implícita no subconsciente, tornando os mesmos afins, com a solução de traumas antigos e a formulação de outros. Melhorias através da comunicação oral e da influência do pensamento, ressignificaram a questão da fé do tamanho de um grão de mostarda, da mensagem de Jesus. A soma dos laços energéticos nutridos pela violência se desdobra na formulação do arquétipo familiar, com a intensificação das rixas entre famílias, de pais que odeiam seus filhos e irmãos que não se entendem. Em todo esse arquétipo encontramos um ponto culminante que se dissocia deste estado violento e diante dessa própria compreensão titularizamos o que entendemos como família de poder, que resultou nas famílias da nobreza, impondo sua vontade aos seus súditos. Resulta daí as primeiras reencarnações de poder absoluto de alguns Magos Negros. Veja o exemplo do império romano, uma chance oferecida para a busca da ressignificação com a permissibilidade de conceituar no ambiente existente uma forma dessa condição de poder, constituindo uma família e determinando a violência intrínseca a ela. Todos interagindo entre si por uma predisposição cármica de se reencontrarem na condição de parentes. Se eles tivessem a compreensão da alavanca social que poderia ser feita por esta ressignificação, o Karma poderia ser transmutado para Dharma e permitiria a união dos povos. Contudo, o que presenciamos foram novas guerras de poder, impostas pela formulação do pensamento fixo, com séculos de dominação. A formação daquele império teve grande interferência de Aldebaran, co-criando a permissibilidade e o comando do Mal, surgindo a conotação euro-centrista. Precisamos entender quando acontece o rompimento desse ciclo, com a ideia da dominação de um povo sobre o outro, de um pensamento fixo negativo governando essa egregora da Terra e somente aceitar o determinismo divino não é o suficiente.
  • 58. Um Grito de Loucura 57 Uma verdade imposta não traduz a necessidade evolutiva de cada um. A sobreposição da verdade e dos seus contingentes define a permissibilidade e atratividade relacionada a essa interação, com a imposição de um domínio que explica as decisões inseridas na sociedade. Desde o início dos tempos, a técnica da oratória é utilizada para a definição dessas ações, completando o conceito de que todos os indivíduos aceitam a sugestão desses pensamentos. Todos os seres envolvidos em matanças familiares formam um arquétipo social próximo, criando a possibilidade de uma ressignificação. O determinismo não cria uma situação conflituosa ou mesmo amorosa. Precisamos entender o conceito de determinismo e excluir a interpretação das variáveis provocadas pelas muitas possibilidades. Imagine que você pode ter 100 pensamentos por minuto. Quantos podem se materializar? Talvez nenhum. Estenda esses conceitos para todos os membros da família e note que em 1 minuto milhares de pensamentos podem acontecer, mas provavelmente nenhum se concretizará. Seus pensamentos interferem numa egregora de vibração, criando uma onda que se irradia no ar e no magnetismo da atmosfera, se deslocando para os polos da Terra através dos rios e oceanos, se fundindo com a energia do planeta. A água constitui 70% dos organismos vivos e sem ela a dissolução dessas energias seria muito difícil. O próprio fluido cósmico universal é líquido e está contido na água, sendo fundamental para a manutenção da vida. Infelizmente, nossa imprevidência contamina e destrói os ecossistemas afetando a vida, beneficiando somente os Magos Negros. Essa batalha interna que travamos com nosso ego, vinculada aos nossos pensamentos nos deixa à mercê dos magos, nos afastando da ressignificação, do perdão incondicional. Precisamos mudar nossa faixa vibratória, buscando novos meios de transformar o mundo, criando novas vibrações, refazendo nossos passos a partir do núcleo familiar.
  • 59. Um Grito de Loucura 58 Com a contribuição da mediunidade podemos direcionar nossos pensamentos para a busca do perdão. Toda família consiste de um ponto inicial onde se formula a sua conjuntura pelos cônjuges e filhos, representando a construção de uma ressignificação de pensamentos, quando antigos algozes se reúnem por afinidade, possibilitando uma nova oportunidade de convivência. Diante dessa condição, surge a faculdade mediúnica, contribuindo para aqueles que aceitam essa necessidade de mudança, através da sugestão do pensamento mais livre das influências perniciosas. Mas com essa imposição, a questão da violência se evidencia, prejudicando a recuperação do ser. Conceituando que a perfeição está presente em todas as coisas - quando acordamos de manhã e ouvimos o canto dos pássaros, temos uma mensagem da natureza - quando olhamos para o céu azul, sentimos um convite para cuidar da natureza. Quando acompanhamos o nascimento de uma criança - despertamos a necessidade de cuidar de uma nova vida, para desfrutar de suas maravilhas. O mundo se forma através do cuidado que temos com as pequenas coisas, da dedicação e da observação de nossas atitudes, refletindo mais e falando menos. Isso nos permitirá uma compreensão mais profunda do nosso ser, com melhor utilização da oratória. A mediunidade nos oferece um dinamismo que abre uma interface para a permissibilidade e as vibrações vinculadas a ela. Surge o conceito de resgate, atuando no núcleo da ressignificação das mentes dos envolvidos. Veja a quantidade de médiuns inconscientes que existem ao redor do globo e a importância das boas vibrações chegarem até eles. Mediunidade é oportunidade de fazer o bem sem olhar a quem, é a condição de atuar anonimamente respeitando o livre arbítrio de cada um.
  • 60. Um Grito de Loucura 59 Apoio ou alavanca, que cada um use essa ferramenta para atender suas maiores necessidades.
  • 61. Um Grito de Loucura 60 Capítulo 8 – O espectro do campo morfogenético Vamos abordar a relação do tempo com a existência humana e seus conflitos, introduzindo o assunto da Teoria da Relatividade 26 de uma forma simples, para entender os traumas das vivências. Imagine 3 relógios simbolizando 3 pessoas - 3 espectadores - que estão inter relacionados em um plano, sendo um relógio fixo no meio, outro girando em torno de seu vórtice e o terceiro mais distante, atuando como um observador, todos convivendo com suas experiências, aplicando suas habilidades e respondendo pelas consequências de suas ações. Assumindo a hipótese de estarem inicialmente no mesmo horário, verificamos que o relógio 2 orbita em torno do relógio 1, que está no centro do vórtice e recebe o magnetismo deste através da força da gravidade. Nesta representação esses dois relógios possuem o mesmo ponto de referência, mas aquele que orbita presencia um tempo maior daquele que está no centro. Podemos fazer uma analogia com o movimento de órbita da Terra, onde o plano material representa o relógio 1, o plano astral, que envolve o planeta, o relógio 2, enquanto o relógio 3 está localizado em pontos mais distantes do Universo. Observe que todos estão em movimento, mas em condições diferentes, pois enquanto o tempo para os relógios 1 e 3 está no plano material, o relógio 2 se desloca no tempo do plano espiritual, mais acelerado. Além disso, cada relógio gira em torno de si mesmo. Estando na posição do relógio 1, atuamos como espectadores inertes olhando para cima, esperando que as 26 A Teoria da Relatividade Geral é uma generalização da Teoria da Relatividade Restrita. Einstein provou que os fenômenos físicos acontecem de forma diferente para observadores que se movem com velocidades relativas constantes e que a velocidade da luz é a mesma para todos esses observadores. Mostrou-se, além disso, uma equivalência entre tempo e espaço. Em termos práticos, essa teoria indica que eventos que ocorrem simultaneamente para um observador podem ser assíncronos para outro. Por exemplo: a duração de um evento, como a queda de um corpo, quando medida por uma pessoa no planeta Terra, pode ser diferente se medida por um observador externo que se move com uma velocidade comparável à velocidade da luz.
  • 62. Um Grito de Loucura 61 respostas para nossos problemas venham de fora e não de dentro. Nesse conceito, a nossa movimentação no plano astral continua incessantemente visando despertar novos aprendizados e reduzir a ansiedade em vocês. Cada movimento assume um tempo diferente atendendo aos chamados da vida, mas se ignorarmos o tempo, o foco será na vivência de cada um. O tempo em que você está inerte é importante para a observação de tudo o que gira em sua volta. É fundamental que nenhum desses relógios saia de seu movimento e se choque, com o equilíbrio sendo feito de forma natural, através da mediunidade. Quando isso ocorre, o tempo do relógio 1 se mistura com o do relógio 2 criando uma refração no tempo, confirmando o conceito da relatividade exposto pelo cientista Albert Einstein. Queremos associar esse assunto ao resgate no tempo - mesmo o relógio que está supostamente parado pode receber a influência magnética daquele que está em movimento ou vice- versa. Essa comunicação entre esses 3 relógios consiste exatamente na comunicação entre os vários planos e demonstra a importância do resgate ao receber essa troca de vibrações. Nessa mesma comunicação, a própria necessidade do resgate compreende a recepção dessa vibração exponencial de um campo magnético, expresso pela própria gravidade em seu movimento contínuo, análogo ao sangue que circula no seu corpo, com as partículas de oxigênio entrando em cada uma de suas células. Dentro de cada um desses sistemas está o Modelo Organizador Biológico 27 , atuando no epicentro em cada célula, com o Complexo de Golgi provocando a explosão celular da energia magnética. Conscientes desse movimento, constatamos a realidade de que nenhum dos relógios está parado e com o passar do tempo compreendemos como ele se organiza, mantendo a 27 Espécie de fôrma que elabora a forma somática e tem funções e propriedades específicas e importantes para a manifestação da Alma (Princípio Inteligente) na nova encarnação. Conceito criado pelo pesquisador espírita Hernani Guimarães Andrade.
  • 63. Um Grito de Loucura 62 singularidade da existência, despertando nos observadores a necessidade de enxergar o movimento que cria um padrão de sugestão do próprio caos. Essa chave seletora da fomentação da evolução constitui-se no braço singelo do resgate através das várias oportunidades inseridas no meio do próprio espaço-tempo, situando-os como minutos, segundos ou em outras palavras, como pensamentos, palavras, frases - construindo novas ideias. Aquilo que se intitula como um pensamento um dia se torna uma ação e esta, um resgate. A física quântica tem a ver com tudo isso, pois se relaciona com a convergência entre espaço e tempo. A vida é um movimento cinestésico de aprendizado com o espaço-tempo. Quando estudamos a cinestesia, buscamos o ato de aprender sem um tutor, com o condicionamento daquilo que nos é ofertado. No meio desse movimento, as ligações são múltiplas diante desse espaço-tempo, nos conectando com outros indivíduos, criando em cada ser uma matriz, um novo pensamento, uma variação da própria realidade. A interpretação sugerida por cada matriz conecta os vários traumas às várias vivências sugestionadas no meio do espaço-tempo, condicionando esse movimento ao resgate de um tempo perdido, sofrido, decorrente da própria condição vibratória. Essa condição colabora com os vários meios de tratamento da depressão, provocando o desligamento das energias negativas que nos movem, desconectando a matriz que nos liga a essa teia do tempo. Esse condicionamento induz ao sono, ao desânimo, induzindo o corpo físico para o distanciamento da vontade, desligando o próprio cordão de prata 28 sugerindo uma visão de mundo com ideias de estimulação. 28 Conduto energético que interliga o corpo perispiritual ao corpo físico durante as experiências fora do corpo.
  • 64. Um Grito de Loucura 63 Para atingir esse objetivo, precisamos da ajuda dos remédios alopáticos e homeopáticos que facilitam os canais do sono, mantendo essa ligação do desdobramento do corpo físico de uma forma mais tênue, criando o conceito de sugestionar mais tempo para a interpretação e compreensão desse próprio espaço- tempo de ressignificação e resgate através do próprio desdobramento que funciona como uma proteção para o espírito combater a depressão. No desdobramento, você entra no relógio que se movimenta mais rápido onde o tempo continua girando na mesma velocidade, mas o movimento gerado por esse campo faz com que você sinta a vida como se estivesse parado, presenciando outras vivências simultâneas. Observe que os 3 relógios não marcarão o mesmo tempo e os que estiverem parados serão condicionados ao mesmo referencial, na mesma condição dos minutos que se passam em cada um - aquele que se movimenta dará mais voltas e cada volta gera mais uma vivência - e para cada uma delas o tempo continua o mesmo, mas o percurso relacionado ao ser será maior. Esse tempo, definido por Albert Einstein como “delta T”, se refrata ao conceito da gravidade e do magnetismo exercidos pelos campos em comunicação criando sua relação com a Lei da Relatividade. A refração do tempo explica que ele não existe e com isso entendemos a necessidade do desdobramento, pois nesse estado o indivíduo conhece a sua maior finalidade em relação ao tempo na vida física. A referência da continuidade da vida é o próprio tempo, que interliga os próprios tratamentos das doenças silenciosas interagindo com o tempo proporcionado pela experiência no plano físico, criando um paradoxo onde o espaço-tempo não tem o mesmo valor para essas duas situações. Tratar as doenças silenciosas somente com medicamentos é um erro - a meditação e a adaptação ao meio em que vivemos se fazem necessárias para facilitar o desdobramento do tempo e ajudar os mais indefesos e desatentos. A saída do corpo não se dá por uma linha reta e sim por um vórtice que se movimenta através de sua própria vibração para obter um ganho. As doenças provêm dos corpos mais sutis, deixando marcas no perispírito, traumas sobrepostos de nossos
  • 65. Um Grito de Loucura 64 erros, criando a perspectiva de uma mola, com vários anéis, formando a espiral evolutiva que permite o movimento de onda, um padrão, com vários vórtices, chegando até o corpo causal. Nos picos dessas ondas, como nos icebergs, vamos encontrar as várias espirais representando as vivências passadas se sobrepondo e formando o arquétipo da vida atual. Lá estão registradas as primeiras vivências no plano astral e até em outros mundos. Tudo começa no plano crístico e vai descendo para os outros corpos sutis, testemunhando o princípio da criação. A partir da subdivisão celular, a fagulha divina se desdobra por uma sugestão, ganhando em cada plano mais amplitude de vivência e de escolha a partir do livre arbítrio e se direcionando para o local mais adequado à sua necessidade. Sua posição com relação ao tempo-espaço nos fala mais do que podemos imaginar. Podemos entender o momento da criação como a liberação de gás em um corpo, com suas micro partículas se subdividindo para a formação de um corpo de luz - o princípio inteligente. O meio ambiente então irá influenciar o tecido inicial desse campo de espaço-tempo. Os pontos externos ou picos representam os nossos excessos, nossos erros ou acertos, que fazem parte do processo evolutivo e a sombra desse espectro define quem é você, tangenciando o movimento em relação ao objeto. A única tangente fixa em relação à velocidade, ao transporte e à existência nos vários universos sugestionados a essa teia de pensamento é a velocidade da luz condicionada como um pensamento, pois se o pensamento é luz, esta também é pensamento. A luz é um pensamento que ganha irradiação criando uma força tangente que vai se somando e
  • 66. Um Grito de Loucura 65 criando o conceito de relatividade, inter-relacionando todos os seres em relação ao universo. Falamos da soma dos ideais, da soma dos espectros, da soma das vivências, do tempo e da velocidade. Criamos uma fórmula de relação, de comunicação e de resgate, adaptando no meio das várias condições das doenças silenciosas à inclusão da necessidade de cada um, formando um desenho de espectro único, cada um negando os vários vórtices ou elos, enxergando somente o desenho de sua sombra. Precisamos enxergar cada elo do desenho e excluí-lo como um vetor ou mancha preta e entender o complexo das vivências através do esquecimento. Nesse desenho da depressão podemos visualizar só as pontas da linearidade evolutiva da vida. É preciso desenvolver o autocontrole das emoções enxergando o que realmente nos afeta de dentro para fora, compreendendo através das várias vivências a melhor forma de se comunicar consigo mesmo, entendendo como as doenças silenciosas aparecem para provocar essas feridas. Para tangenciar os movimentos, tanto positivos como negativos, precisamos estudar cada elemento, cada elo, cada vivência, cada sobreposição que cria o seu espectro.
  • 67. Um Grito de Loucura 66 Capítulo 9 – O plasma dos pensamentos Vamos abordar a questão do plasma (quarto estado da matéria) 29 que forma um gás no núcleo das células, aquecido sob determinada temperatura, atuando no nível subatômico dos nêutrons e prótons e criando uma camada de íons ativos. Plasmar um pensamento é atuar no âmbito microscópico do núcleo das células criando a noção de ligamento ou ruptura, permitindo a formação de um feixe energético que chamamos de canhão de plasma. Na visão macro, podemos fazer uma analogia com os buracos - negro e branco. A diferença entre eles é que o buraco negro suga tudo ao seu redor enquanto o branco repele. Dentre essas duas forças, o que facilita o fenômeno de contração e expansão é o próprio movimento de impulso, criando o conceito de plasma. Forças que se repelem ou se atraem criam o distanciamento dos elétrons formando o plasma, cuja origem está no fluido cósmico universal. A quebra desse padrão vibratório envolve os planetas dos planos físico e sutis e cria um arquétipo de teia, um tecido onde se misturam as diversas realidades, os vários pensamentos, com sua capacidade de co-criação. A partir daí se desenvolvem as várias doenças silenciosas, como agentes de solução, mas também de bloqueio, atrapalhando a auto-cura. A cura se processa do micro para o macro, do interior para o exterior, respeitando a origem dos traumas e suas complexidades. Quando analisamos o aquecimento das moléculas verificamos a solidificação de um pensamento, formando o canhão de plasma. Observando esse sentimento, identificamos no aquecimento das partículas a complexidade daquele caso e a partir daí podemos atuar no processo da cura. Nesse contexto, a 29 Apesar de não ser fácil a obtenção do plasma na superfície do nosso planeta, ele constitui 99% de tudo o que existe no universo. Isso porque grande parte dos astros celestes é formada por substâncias nesse estado de agregação. Embora raros, podemos citar alguns exemplos da presença do plasma, como no fogo, nas lâmpadas fluorescentes, na televisão, nos raios, entre outros.
  • 68. Um Grito de Loucura 67 febre (elevação da temperatura) se encontra dentro do composto celular do ser levando-o a um enfraquecimento. Quando essa febre não é de origem física e sim emocional, temos a oportunidade de trabalhar diretamente com o perdão em sua magnitude. O perdão é um movimento que nunca cessa e a partir do momento que a engrenagem que o movimenta começa a girar, nos conecta com um mecanismo maior do nosso ser, ampliando nossa interação com os campos morfogenéticos e chegando até o corpo causal. Fizemos essa introdução para abordar um novo caso, sobre o momento certo de girar a roda do perdão, que se inicia no nosso campo morfogenético, se expandindo para as diversas reencarnações que registram a repetição do padrão na escala evolutiva. A necessidade do perdão é mais subconsciente do que consciente e a sensação que domina o pensamento forma a ideia desse canhão de plasma. O aquecimento do núcleo das células irradia em cada nêutron e próton criando um campo de dissociação interna, alinhando os Chakras e permitindo ao ser a disposição de caminhar rumo ao perdão. Nosso caso aborda a historia de uma pessoa que se vingou e em seguida buscou o suicídio, se maltratando intimamente na esperança de encontrar uma forma de neutralizar essa sensação implícita desse campo do perdão. Ayacam foi um ser que viveu na Áustria por volta de 201 a.C., consciente da retomada da necessidade do perdão, vindo de um êxodo planetário para buscar numa nova constituição física a ferramenta emocional voltada ao perdão. A dissipação térmica dessa sensação vai se neutralizando na dependência do campo onde o mesmo se insere na condição da própria sobrevivência. A formação dessa permissibilidade decorre diretamente da saída daquela condição anterior, com a movimentação dessa ferramenta na busca pela sobrevivência, tendo como foco a permissibilidade do amor, mas encontra na cobiça a construção de pensamentos entre conforto e ganância. A adaptação desses conceitos naquela época se distancia muito do entendimento atual. A formulação dessa situação agrega a condição de abertura do próprio ser na permissibilidade do amor, pois amando nos permitimos adentrar outros espaços de convivência, nos ligando a novos campos morfogenéticos e
  • 69. Um Grito de Loucura 68 criando condições de formação de bons pensamentos, de construção de sentimentos sadios. Se adaptando nessa egregora, ele se apaixonou por uma linda mulher, mas o sentimento não foi correspondido, despertando em seu ser uma necessidade de destruição. O amor é um sentimento fundamental, que quando não compreendido se transmuta em um plasma estagnado que reage por dentro, induzindo à depressão, alterando sua assinatura energética. Vencendo essa reencarnação, com o passar do tempo, a deterioração de seu corpo físico gerou a negação e consequentemente a tentativa de destruição forçando-o a uma maior necessidade do perdão. Na próxima reencarnação, ele reencontra novamente a necessidade de acessar o campo do perdão mais intensamente, mas podemos constatar que esse ser já renasce com a assinatura da depressão mais acentuada, com a ideia fixa de não conseguir ter a correspondência do amor. A complexidade desse sentimento atrapalha a vibração que permitiria a reciprocidade. Com isso, condiciona-se nele a raiva contra o amor, direcionando aquela encarnação para a prostituição, lucrando com o comércio do sexo sem controle. Nessa condição, quando detemos o controle mental e emocional sobre outros seres envolvidos no nosso campo, afetamos o Karma, introduzindo amarrações energéticas de vingança. Ayacam, envolvido nessa complexidade de sentimentos sente um conflito entre o subconsciente, que amplia o campo da necessidade do perdão e o consciente que o distancia desse sentimento. Até que ponto lidamos com as doenças silenciosas e a influência de suas vibrações somadas com as próprias energias que nos fixam? A condição dessa fixação acontece graças a essa condição de plasmar esse pensamento através da condição vibratória permitida pelo ser, mas isso não dura muito, pois o próprio subconsciente em detrimento desse sentimento liga o
  • 70. Um Grito de Loucura 69 condicionado a vibrar para essa forma negativa com todos aqueles que o mesmo prejudicou. Na essência dessas palavras, desdobra-se uma nova condição dos que foram prejudicados, recriando a oportunidade inserida dentro de seu lar com o nascimento de uma filha. Essa criança renasce com a lembrança dos traumas causados pelo seu genitor, ao seu antigo corpo físico. Aos 6 anos, a menina dessa historia, de nome Aveya, filha de Ayacam, se coloca de joelhos na frente do pai e fala que não suporta mais presenciar a manipulação da prostituição e se suicida, colidindo a cabeça em um pedra. Enquanto o sangue escorria, suas últimas palavras foram: “Se perdoe hoje para eu não precisar voltar amanhã e ao invés de tirar a minha vida, tenha que tirar a sua”. Esse ato de desespero proporciona o momento de plasmar o sentimento da ressignificação, do auto-perdão. Naquele momento, num ato de desespero e inconformação, Ayacam segura o corpo da filha no colo e com um movimento brusco, remove sua própria vida, na tentativa de ir atrás daquela que seria o brilho de seus olhos, negando tudo o que tinha construído ao longo das jornadas evolutivas. Golpeando sua cabeça várias vezes com a mesma pedra para encontrar a morte da mesma maneira que a filha, ele perde a oportunidade da permissibilidade do perdão, formando um novo Karma. No plano astral, ambos se reencontram trajando a roupagem de reencarnações anteriores, expondo suas feridas impressas em seus perispíritos e Ayacam visualiza sua primeira reencarnação na Terra, vendo na filha o antigo amor não correspondido. Entre ambos se forma um elo de protetorado criando uma condição vibratória de se permitir perdoar, de viver sem atrapalhar o curso contínuo da vida, consciente dos delitos praticados. Veja que a violência abriu posteriormente os canais do perdão e aquela alma enraizada em tanta brutalidade só encontrou uma forma de ressignificar seus sentimentos quando ocorreu uma desgraça em seu próprio campo afetivo, diante de seus olhos.
  • 71. Um Grito de Loucura 70 “Enquanto Dimas é o primeiro ladrão a se perdoar diante de Jesus, Ayacam é um dos primeiros suicidas a ressignificar esse sentimento”. Evidenciamos a necessidade do envolvido nesse drama conviver com as doenças silenciosas como uma forma de ressignificação. Com a depressão, encontramos um mecanismo facilitador para ajudar o outro. Essa doença pode ser neutralizada, mas não se extingue pela própria condição de sua proximidade com esse sentimento. A única solução para essa sensação vem do trabalho contínuo da aceitação, interagindo com o próximo como se fosse com ele mesmo e ampliando a necessidade da ressignificação para plasmar um sentimento de mudança. Que essa transformação esteja em nossas telas mentais permitindo sempre a quebra do padrão e, no contexto desse sentimento, que todas as verdades possam ser expostas sem que o sofrimento exija mais reparações. Precisamos ressignificar nossos atos e principalmente, reformular os próximos que precisam ser mudados. Ambos, conectados ao Karma do suicídio ampliaram a possibilidade do resgate e hoje se encontram no Mundo Maior, trabalhando como bons samaritanos no Vale do Cilício, a região dos suicidas.
  • 72. Um Grito de Loucura 71 Capítulo 10 – Domínio da mente O domínio do pensamento é um assunto que merece muita reflexão. Precisamos desenvolver a prática da conversa íntima com nosso próprio eu, organizando os problemas do dia a dia, pessoais, familiares e outros que nos afligem. O senso de organização está em toda a natureza, física, espiritual, no magnetismo que envolve a Terra e em todos os relacionamentos dos seres vivos, formando uma grande malha que une o tempo e o espaço para a formulação dos pensamentos e do domínio sobre eles, mas pouquíssimos de nós consegue esse intuito. No meio de cada povo e nação, dimensionamos o tamanho de seu exército pela quantidade de seus soldados e não pelas armas. São muitas mentes pensantes com poucos comandando e o instinto de liderança prevalece sobre a maioria. Nesse sentido, muitos são os subjugados em função do pensamento sobre a supremacia, que vem de uma permissibilidade de aceitação. A amplitude deste poder leva ao aprisionamento da mente e vem sendo contínua na história da humanidade. A permissibilidade abre uma oportunidade de socorro e os seres provenientes das esferas da luz te ajudam a encontrar um caminho para a resposta, que é direcionada para cada situação - diferente do que encontramos nos planos inferiores onde o domínio do pensamento é imposto em sua mente. Neste último caso, surgem as teias de comando, com uma hierarquia que busca a criação do soldado perfeito, aquele que não pergunta, apenas executa ordens. Nós, contudo, trabalhamos com a qualidade do pensamento, buscando aflorar os melhores sentimentos de cada ser. Comodismo é uma palavra que vem de “cômodo”, “confortável” e, num mundo de tanto egoísmo, a busca pelo conforto nos leva a um caminho mais fácil, porém distante do Bem. Trabalhamos com as dificuldades, buscando harmonizar as vibrações, despertando fé e esperança nos corações. A palavra chave continua sendo a ressignificação - pelo trabalho, pelo pensamento - e em contraposição aos que se comprazem com o
  • 73. Um Grito de Loucura 72 mal, que possamos aproveitar os seus próprios métodos para ensinar-lhes uma forma de se recondicionarem. A ressignificação está conectada ao maior Grito de Loucura possível, pois no momento em que escolhemos o que é errado mergulhamos num mar de sofrimento e o despertar passa pelo aprendizado do auto-perdão. É um preço alto que devemos pagar por nossas escolhas erradas e cada um de nós tem um caminho particular a seguir, carregando o peso da cruz que consegue levar. Contudo, não é necessário passar pelo sofrimento para encontrar a ressignificação, pois muitos optam pelos caminhos da fé do tamanho de um grão de mostarda. Sofrimento não é sinônimo de elevação ou de perdão e é muito distinto do amor, que carrega a bandeira da ressignificação. A história que contamos tem um significado diferente para cada um, encontrando no sistema sináptico nervoso 30 as conexões necessárias para a formulação de um pensamento. Quando falamos do amor, nos referimos às suas várias vertentes - amor familiar, amor pela natureza, amor romântico - porém este último pode nos levar a um relacionamento tóxico, uma prisão, criando a disposição para um condicionamento do pensamento negativo nos levando à violência a partir do lar para a sociedade e se distanciando da fraternidade universal. A violência praticada em várias reencarnações se sobrepõe à ética, tornando-se uma herança negativa que precisará ser corrigida em futuras vivências. Toda violência provém de um problema pessoal de nosso ego. Observe que um animal violento é aquele que tem o temperamento forte e, portanto, um ego alto. O ego é a 30 A sinapse é uma região de proximidade entre um neurônio e outra célula por onde é transmitido o impulso nervoso.
  • 74. Um Grito de Loucura 73 definição da violência numa fase primária que se desdobra na imposição de um pensamento obrigando o próximo a fazer sua vontade. A posse é um dos primeiros sentimentos concretos relacionados com a violência. O condicionamento do territorialismo vem diretamente dos resquícios do senso animal que ainda está em nosso ser. Contudo, no conglomerado de ligações nervosas de nosso cérebro não somos mais animais e sim seres pensantes e devemos impor nossa vontade sem uso reativo de pensamentos ruins. O meio em que nos desenvolvemos atua diretamente nesse aspecto provando nossa capacidade de agir, de pensar e direcionar o pensamento para as melhores escolhas, que são infinitas. Cada uma nos leva para um determinado caminho e muitas vezes precisamos retornar para aprender a fazer diferente na busca do crescimento interior. O determinismo divino é um condicionamento obrigatório para nossas pegadas, colocando regras em nossa caminhada. Quem conhece profundamente esse mecanismo de causa e efeito são os espíritos das egregoras mais elevadas que atuam nos fundamentos das leis divinas para sua aplicação. Vamos exemplificar os conceitos de determinismo e livre arbítrio. Colocando um ímã ao lado de outro, você cria um campo magnético, que poderá ser mais forte em um dos polos. Nesse sentido, você representa esse campo, com as duas forças atuando e tem opção de escolha podendo se fixar no polo que quiser. A sua permissibilidade é o livre arbítrio. Já o determinismo representa a interação do campo magnético que independe de nossa vontade trazendo as modificações necessárias para nossa evolução tanto no plano físico como no astral. Ele continua atuando nos planos sutis até atingir o Campo Crístico. Podemos fazer uma analogia com a Teoria das Cordas 31 , ampliando as 31 A Teoria das Cordas é uma tentativa de unificar a teoria da relatividade e a mecânica quântica onde todas as partículas do Universo são formadas por cordas. A principal consequência da teoria das cordas está na sua demonstração matemática: ela não funciona em um universo com três dimensões espaciais, mas, sim, em um com dez dimensões de espaço e uma de tempo. Se a teoria for
  • 75. Um Grito de Loucura 74 relações entre mundos e planos, nos obrigando a acreditar que a infinidade de opções é muito maior do que podemos imaginar. A função dos campos morfogenéticos no livre arbítrio é a adequação do movimento de cada campo em sua formulação ao redor do globo, ligando você com aquilo que mais te capacita a atuar no seu meio. Seria como procurar a catraca perfeita para uma polia, dentre várias opções disponíveis e podemos estender esse conceito para as tentativas que fazemos em várias vidas, com os acertos e desacertos - considerando a permissibilidade, nos omitimos ou desviamos nossa força de vontade para campos negativos. Disponibilidade, disposição, complementa a necessidade da disciplina. A criação dos campos morfogenéticos deriva da condição de similaridade, de simpatizar e se adequar a uma nova roupagem, dando a permissão que contém a sua vibração enfatizando sua intenção. Como ocorre com a força magnética que atua num astro, isso acontece também com sua vibração, sugerindo uma espécie de determinismo. Mas isso está ligado à nossa própria capacidade de interpretação naquele momento, aceitando que somos seres polarizados e que iremos para o lado mais estimulado. Essa mescla de livre arbítrio com determinismo cria a complexidade das teias e dos campos morfogenéticos, te inserindo em um campo de autonomia de escolha que te permitirá avançar para o seguinte, aumentando suas possibilidades evolutivas. comprovada, existem sete dimensões espaciais que não conseguimos perceber e que vão além da altura, comprimento e largura. Isso representa uma nova visão do Universo bem diferente do que já conhecemos. Apesar de todos os avanços já apresentados, a teoria das cordas é, ainda, apenas uma ideia e não pode ser demonstrada experimentalmente. Espera- se que, com o avanço das pesquisas em torno dos aceleradores de partículas, seja possível comprová-la nos próximos anos.
  • 76. Um Grito de Loucura 75 Os campos morfogenéticos são o resultado das vibrações que emitidos inconscientemente - um bom exemplo seria um cofre composto de várias engrenagens, que para se abrirem precisam sincronizar todas as peças. Para desenvolver o domínio do pensamento precisamos encontrar o melhor caminho para nossas escolhas, mais fácil e proveitoso. O encontro desse canal sempre será pelo amor e que ele possa ser expandido e não aprisionado num cofre, guardando verdades que precisam ser reveladas. Que todas as verdades sejam absorvidas pela teia que nos une, formando o meio social, o meio do amor, pois nessa caminhada não existe um meio único, mas sim o que você estimula mais. A singularidade das escolhas nos levará para onde realmente necessitamos estar, para encontrarmos nossos desafios e aproveitar a melhor opção de escolha. No corpo causal estão os registros akáshicos e com isso, na formulação de seu campo morfogenético as suas escolhas são estabilizadas e ressignificadas e se adaptam da melhor forma para a construção de um novo pensamento, de uma nova proposta para sair das dificuldades. Observe que nós não discutimos o caminho e sim a saída, para que possamos nos colocar em novas discussões e âmbitos de trabalho e que isso condicione nosso pensamento para nos levar a novos desafios e nos melhorarmos. Nada posso falar dos planos búdico e crístico 32 , pois 32 O plano búdico é descrito como um reino de consciência pura. De acordo com a Teosofia, ele existe para desenvolver a consciência búdica, o que significa se tornar altruísta e resolver qualquer problema com o ego. Já o Crístico seria a unidade completa com Deus.
  • 77. Um Grito de Loucura 76 nossa condição evolutiva ainda não nos permite visualizar esses planos mais sutis.
  • 78. Um Grito de Loucura 77 Capítulo 11 – Domínio do bem x materialismo A irradiação da raiva e da violência impermeabiliza a transição para uma condição de um novo pensamento que nos leve ao Bem. Esse movimento de baixa vibração transpassa do mundo astral para o físico, influenciando aqueles que irradiam sentimentos negativos criando uma conexão junto aos vários portais inerentes ao nosso orbe. Milhões de espíritos são exilados para várias regiões do astral, repletos de pessoas amarguradas, carregadas por um materialismo exacerbado, com a ira enraizada, envoltos nessa condição de não se perdoarem. A viabilização do perdão contínuo tem sido um dos maiores portais abertos, adequando esse movimento para a necessidade de cada um, transformando e abrindo essa condição para novas oportunidades e escolhas. Adequar a vibração é ajustar o pensamento, unindo os que têm sentimentos semelhantes para agir em larga escala. A percepção em meio a esse movimento ultrapassa a necessidade imediata desses espíritos, oferecendo uma nova via de oportunidades que infelizmente não é entendida devido à condição vibratória em que se encontram. Adequar-se significa aceitar, mas é preciso ser receptivo a essas mudanças que são gradativas. Não podemos mudar os outros, mas sempre podemos mudar a nós mesmos, dando o exemplo ao próximo. Todos que se fixam em um sentimento solidificado interiormente bloqueiam a ação do movimento de transformação. Esse conceito está intrínseco desde a formulação do ser, levando-o da condição de imaturidade para maturidade, buscando sua adequação ao processo evolutivo, atravessando as necessidades de cada momento. Toda necessidade vem acompanhada de uma solução particular e assim surge uma nova
  • 79. Um Grito de Loucura 78 oportunidade, nos incentivando ao uso do livre arbítrio. Ninguém na matéria pode se desconectar das engrenagens da vida. A caridade anônima nos aproxima da condição do amor puro e nos permite enxergar no próximo uma oportunidade de auto-perdão. Muitos são os chamados e poucos os escolhidos. A vida está em movimento constante, sempre nos oferecendo novas oportunidades. Veja o movimento de rotação e translação da Terra, acompanhado do seu magnetismo, formando tudo o que existe do macro ao micro, atuando em partículas menores que o átomo e se expandindo incessantemente. O domínio do magnetismo existente nas células proporciona uma sobreposição a esse sistema, forçando a mudança de milhões de células a partir da epiderme, envolvendo os órgãos e o córtex cerebral até se transformar na água que sai pelos poros realizando a higienização do corpo. É a regeneração celular atuando ao longo do tempo para adequar o ser humano ao meio em que está envolvido. Nesse contexto, precisamos abordar o preconceito existente em pensamentos solidificados no ser. Vamos estudar a saga de um espírito que chegou à loucura a partir da desorganização de seu sistema celular. Na época da Inquisição, quando a Igreja representava o domínio temporal na Terra, a medicina não oferecia nenhum tratamento para a maioria das doenças e a mediunidade atuava no socorro aos sofredores, com os médiuns praticando a cura pelo magnetismo. Contudo, o preconceito chegou para combater tudo o que é diferente no próximo, sendo entendido como estranho e perigoso. No século XV, no Tibete, numa localidade chamada Higoromo, existiu um centro avançado de formação de médiuns, irradiando uma nova era para a humanidade. Através dos campos morfogenéticos, esse conhecimento chegou até os médiuns europeus. Enquanto isso, a Igreja realizava um movimento contra a mediunidade, obrigando o êxodo de muitos médiuns para esse
  • 80. Um Grito de Loucura 79 lugar distante e desde essa época, o maior polo de mediunidade continua sendo lá. A revitalização das próprias células oferece uma nova vertente de ressignificação e aquilo que não te serve pode ser útil ao outro. Até um corpo putrificado serve de alimento para os vermes e bactérias que existem em seu interior. Esses vermes são alimentos para outros ainda menores formando uma cadeia quase infinita, nos oferecendo uma nova ressignificação da matéria. Naqueles tempos da Inquisição a aversão aos médiuns adquiriu proporções enormes e afetou o centro da estabilidade vibratória do orbe, prejudicando os bons pensamentos da humanidade e obrigando à atuação do determinismo divino. No Tibete, se inicia um movimento de meditação para ressignificar essas vibrações, oferecendo aos povos uma oportunidade de elevação dos pensamentos. No estado de meditação aumentamos nossa passividade, nos contendo na tomada de decisões erradas enquanto assimilamos o conhecimento interior, desenvolvemos o domínio da vibração, entendemos a importância da ressignificação dos pensamentos e sua repercussão nos problemas do dia a dia. Quando meditamos em prol da fome no mundo, irradiamos uma vibração que alivia o sofrimento dos famintos. Quando vibramos por aqueles que perderam a esperança, aumentamos esse sentimento entre encarnados e desencarnados. Criamos o domínio do Bem, conectando os pensamentos, com um movimento em cadeia e gerando um efeito “chicote”, uma onda que nos leva à teoria das cordas, formulando a condição de que quando você grita de desespero alguém percebe essa ressonância e irá orar para que sua dor seja atenuada. Diante desse movimento ouvimos Um Grito de Loucura pedindo que tudo isso passe logo, aspirando que o mal seja uma página virada para o domínio do bem, após tantos séculos de sofrimento. Envoltos no manto do conhecimento nos distanciamos do preconceito.
  • 81. Um Grito de Loucura 80 Os personagens dessa saga foram os milhões de espíritos assassinados durante a Inquisição, mas as perseguições se estendem até hoje, bloqueando a liberdade de pensamento. Graças ao manto do conhecimento nos identificamos com espíritos que se distanciam do preconceito e no anonimato propagam ideais elevados doando um fluxo de energia que irradia o magnetismo da cura. Um ser só se abre a esse movimento, quando se permite adentrar ao domínio do Bem. Aquele que se abre ao Bem, permite que essa irradiação de amor o condicione para a luz. O objeto que mais brilha é aquele que aceita receber a luz. Todos estão disponíveis para receber a luz, embora a maioria ainda se esconda dela. Sempre haverá um movimento para reencontrarmos o equilíbrio e aquele que aceita receber a luz também aceita irradiá-la. Mas aquele que a aceita e apenas se esconde dela se fecha dentro de si mesmo, tornando-se refratário e despertando as doenças invisíveis como a depressão, que assola mais de 1/3 da população do mundo. A grande contribuição após a Inquisição foi a disseminação da mediunidade a povos e culturas diferentes, naturalmente adaptadas às condições religiosas existentes. Ela veio carregada de muitos preconceitos, distanciando os médiuns de suas verdadeiras missões, cristalizando o movimento da negação, da não permissão da vibração da própria luz. A intuição é a maior forma de mediunidade que dispomos e está contida em todos nós, independente do credo religioso, adequada ao meio social, onde os conceitos do amor e do perdão são oferecidos. Tristemente, muitas religiões da atualidade propagam o materialismo, idolatrando o dinheiro.
  • 82. Um Grito de Loucura 81 Capítulo 12 – Recomeço Os eventos que narramos mostram como os ideais do perdão e do amor atuam na redoma do ódio. O cume desse desespero está no ato de retirar a própria vida. O terrorismo entre o estado psicológico e físico adentra uma das camadas mais profundas do ser, levando-o à falta de esperança. Esperança é uma palavra oposta ao medo, assim como ansiedade é antônima à fé. Com ela, surge uma oportunidade de retomada da consciência, ou seja, uma nova chance. O recomeço consiste na formulação de um novo corpo físico, uma nova reencarnação, trazendo adormecidas as lembranças dos atos anteriores. Nessa condição, a mediunidade vem inserida, proporcionando a abertura de um campo de trabalho para o ser. Podemos afirmar que a mediunidade consiste no maior resgate, possibilitando que você se reconcilie consigo mesmo, te oferecendo um olhar maduro dos atos inconsequentes do passado e uma proteção para os gatilhos emocionais. O conceito de dívida no plano físico está ligado à reparação, mas acima de tudo trata-se de um compromisso moral. Essa referência se torna mais nítida na retomada de consciência quando vemos o despertar da mais pura mediunidade nas crianças. A pureza de seus atos em alinhamento com seus mentores definem as palavras que modificam os campos ao seu redor, palavras como - desculpe, reveja seus atos. Nisso observamos as relações das novas crianças situadas no mundo, estando mais atentas na relação do íntimo e no movimento social. A empatia consiste na referência da própria mediunidade em seu conceito primário, na primeira infância. A palavra “bullying”, usada atualmente, se distancia das crianças nesse momento. O reencontro do movimento de
  • 83. Um Grito de Loucura 82 empatia entre você e o próximo trata exatamente da condição do início do recomeço onde toda necessidade transviada se deposita numa camada obscura, se distanciando da sua própria missão. Adentrando na necessidade de fazer diferente, dispõe de uma forma mais nítida daquilo que se entende como diferente. Com base na antiga vivência e graças a essas mudanças de vibrações entendemos que a nova oportunidade será melhor que a anterior e assim sucessivamente numa espiral evolutiva onde a ressignificação não tem limites. Qual seria a definição de um salto evolutivo? - Consiste na ressignificação, num avanço moral e não importa quanto mal você fez, mas sim qual a sua predisposição para aceitar a mudança. Podemos dizer que os médiuns ostensivos obtiveram um salto vibratório oferecendo o poder da ressignificação, da retomada, do recomeço contínuo, muitas vezes em torno da mesma missão, porém não temos garantias que a qualquer momento tudo pode ruir. Ainda nesse movimento de onda, a retomada terá seu momento crítico no ápice de negação e muitas vezes encontramos uma negativa ampliando esse desgaste, mas ao mesmo tempo, o recomeço oferece uma nova retomada de consciência, com fé e empatia, proporcionando uma condição para essa movimentação. Com isso, o movimento contínuo promove novos rumos e ao elaborar esse espectro encontramos essa adequação em meio às várias vivências contidas nas experiências do dia a dia, nas consequências das nossas escolhas e, principalmente, através da liberdade delas. Adequar-se é uma necessidade, mas sob que condição? Sob qual determinação devemos condicionar essa adequação?
  • 84. Um Grito de Loucura 83 - Sobrepondo a própria definição da falta de esperança em relação às novas vidas condicionadas ao recomeço e aceitando a ideia da imortalidade da alma. - Relembrando as próprias necessidades em relação ao campo em movimento contínuo, onde a vida social desempenha um papel primordial. Somos mensageiros, trazendo respostas através dos médiuns, seja intuitiva, psicofônica, psicográfica ou até pela inspiração. Observe que já falamos do extermínio da vida pelo suicídio para fugir da depressão. Nosso próximo assunto vai abordar a esquizofrenia, visando a tentativa do ser de anular o novo recomeço. Precisamos enfatizar o papel da mediunidade nessa retomada para entender o aprisionamento no corpo físico. Aquele que fortalece o pensamento da própria modificação tem responsabilidade com os seres que o protegem para não repetir os mesmos erros. São várias prisões criadas pela mente em detrimento da mediunidade que fracassou. Nessa reflexão encontramos a esquizofrenia e o Alzheimer, correlacionados a esse condicionamento do recomeço. O que a medicina descreve como um surto psicótico, na realidade é uma reação íntima do ser, contrária ao recomeço. Precisamos entender que o recomeço não nos leva a condições cármicas violentas. Nossa nova personagem é Sabrina, uma menina que reencarnou em 1983 e teve um despertar muito puro da sua mediunidade aos 3 anos, apesar de presenciar as ligações imorais dos pais com prostituição e drogas. Nasceu de um relacionamento conturbado, com o propósito de atenuar o caos que havia naquele lar e aos 15 anos presenciou a morte violenta de ambos, sendo adotada pela avó.
  • 85. Um Grito de Loucura 84 Entrou na vida adulta com muitos traumas, mas consciente da necessidade de fazer o que era certo. Contudo, engravida precocemente e se desespera, perdendo o elo que tinha desde a infância com seus guias espirituais. Com isso, afasta-se do pai da criança aumentando seu Karma e acaba entregando a filha aos cuidados da avó. Essa repetição de padrão é muito comum e a reprodução do que acontece de mal conosco torna-se um ciclo vicioso. Quando chegou aos 23 anos, a instabilidade emocional se instalou definitivamente e dois caminhos poderiam ser escolhidos – da depressão, distanciando-a daquela vibração ou do sofrimento, assumindo a condição de mãe e dos compromissos com a criança – ela escolheu o primeiro. A predisposição para a esquizofrenia começa então a se mostrar mais nítida tornando-se um gatilho para bloquear o suicídio. Passados alguns anos, a loucura dos seus pensamentos a leva para um estado de desequilíbrio onde enxerga simultaneamente os planos físico e astral, pois a esquizofrenia é uma mediunidade transviada que nos leva a uma vida dualizada nos dois planos. Como ocorrerá a sua cura? - Na própria esquizofrenia, impedindo-a de não retirar a própria vida e dando oportunidade para que a filha, já com idade da adolescência, também não somatize o mesmo trauma. Sabrina continua até hoje internada e em tratamento psiquiátrico. Como se dá um recomeço? - Ele começa a partir de uma simples palavra – eu aceito. Para acontecer, precisamos nos conectar com o nosso íntimo, aceitando a necessidade de trabalhar com a ressignificação, buscando bloquear a instabilidade emocional, condicionada pelas perdas, pelas vibrações negativas, vivências desajustadas, que afetaram o registro akáshico.
  • 86. Um Grito de Loucura 85 As novas experiências consistem nas muitas oportunidades que temos de nos perdoarmos, permitindo e aceitando as condições da nova vivência. Essa patologia leva as pessoas a viverem em uma dualidade contínua entre seus obsessores e protetores, sob a influência dos próprios medicamentos, que provocam o desdobramento forçado ou surtos psicóticos, culminando em grande confusão mental. A maior ajuda vem dos protetores, através de diálogos interiores, alertando-a de suas responsabilidades, ajudando-a na coesão dos pensamentos e mantendo-a aprisionada no corpo, impedindo que recaia ainda mais. Seu passado em outras vidas remonta ao uso da violência e da prática do estupro, com ações advindas da espada e não do diálogo. Naquelas reencarnações ela precisou de ajuda para não cometer suicídio, recebendo na mediunidade uma nova possibilidade de recomeço. Só havia duas escolhas - a repetição do padrão negativo ou a interferência dos protetores para sua retomada de consciência. Essa segunda opção pode ser interpretada como castigo ou ensinamento. A interação entre os dois mundos se dá através da permissibilidade da mediunidade, te ajudando a mudar o pensamento e te protegendo de outros males. Até que ponto podemos interferir, sugerir, para obter essa retomada? Até o desencarne do ser? - Interromper aquela vida não seria correto e atrasaria o seu processo evolutivo. Quem tem autonomia para interferir no determinismo divino são os espíritos ligados à Grande Fraternidade Branca, que atuam no plano mental dos envolvidos, oferecendo vibrações positivas para um novo recomeço. Contudo, caso os mentores não interferissem, a inércia continuaria indefinidamente até aquele ser chegar à condição de ovoide, negando sua própria condição, sem condições de recomeço por longo tempo.
  • 87. Um Grito de Loucura 86 Estando internada, Sabrina permite um equilíbrio entre a atuação de obsessores e protetores. Agora, tudo depende do livre arbítrio que atua no centro de força das células, impulsionando-as a continuar sua jornada até cumprirem sua missão orgânica, abrindo campo para novas células, para uma contínua reformulação em todo o organismo. As nossas companhias espirituais nos levam para um lado bom ou ruim permitindo um salto evolutivo ou um retrocesso, daí a necessidade da ressignificação da nossa tela mental. Após a desencarnação ela entrará num estágio de culpa, proveniente daqueles que a perseguiam, baixando a vibração e obrigando-a a olhar para dentro de si para ver todo o mal que fez. Com isso, obtemos a oportunidade de trabalhar com os espíritos ligados a ela, facilitando sua acolhida pelos benfeitores em um hospital espiritual. A permissibilidade vem de uma resposta do próprio íntimo enquanto que, a responsabilidade, de uma relação com o próximo. Joguete seria uma mistura da responsabilidade com manipulação da verdade culminando na permissibilidade. Caso ela regredisse à condição de ovoide através da sua permissibilidade se tornaria um joguete nas mãos dos espíritos do mal, envolvida em muita energia negativa. Ficaria nessa condição até que a luz divina que palpita em suas vibrações interiores, onde o amor alcança o núcleo de suas células mais sutis acenda novamente, oferecendo um novo movimento. O próximo passo seria uma reencarnação no mundo astral ou uma reencarnação prematura no plano físico, de poucas horas. Nem tudo deve ser entendido como Karma, pois muitos são os ensinamentos.
  • 88. Um Grito de Loucura 87 Um trauma gera uma oportunidade de ressignificação no meio familiar onde cada vivência oferece mais aprendizado. No registro akáshico ficam as memórias das várias vidas e as marcas desses desacertos, principalmente as morais. Devemos procurar enfatizar nossos melhores pensamentos, envolvendo todos os que estão na egregora familiar. Que o recomeço seja sempre envolto na alegria, trazendo fertilidade e abundância.
  • 89. Um Grito de Loucura 88 Capítulo 13 – Deus conosco Na nossa busca pelo crescimento interior precisamos manter a continuidade da assepsia dos nossos pensamentos dominando tudo aquilo que vem na nossa mente e incluindo a ideia de Deus conosco, para a abertura dos caminhos e portas que queremos adentrar. Vamos abordar a condição da harmonia e assepsia do pensamento. Nos momentos de caos e instabilidade devemos nos apegar aos principais totens de confiança, na certeza de que Deus está conosco, que nossos guias sempre estarão presentes em nossas vidas, confiando que a ancestralidade protetora nos envolve numa cúpula de luz. Continuaremos abordando a esquizofrenia, oferecendo um momento de pausa para a condição mental. Encontramos pessoas que desfrutam anos de paz após as crises psicóticas, não se lembrando dos momentos de instabilidade. Na esquizofrenia, após um período de internamento psiquiátrico bem sucedido, a pessoa toma consciência do corpo e da mente, voltando à sociedade com estabilidade emocional, devido à ressignificação, com o domínio da vontade, condicionando sua tela mental a uma condição de confiança, de conformação consciente que o melhor virá. Mas como conseguir esse objetivo? - Com a retomada da consciência, sabendo que a melhor maneira sempre será enfrentar a realidade e aceitar a oportunidade de fazer diferente, seja perdoando, confiando ou se adequando às novas condições. No meio desse condicionamento vibratório encontramos a melhoria, sempre com as possibilidades de alguma piora pontual, mas com a retomada da recuperação. É o momento de estabilizar o pensamento, para combater essa doença e o desafio sempre será o domínio da mente, com a eventual ajuda de medicamentos controlados, para ajudar no desdobramento
  • 90. Um Grito de Loucura 89 através do sono, permitindo um diálogo interior consigo mesmo e com seus guias espirituais. A origem da esquizofrenia vem da instabilidade do pensamento, direcionado para uma ideia fixa, proveniente de traumas vividos no passado, transformando esse sofrimento numa linearidade prejudicial para o ser. Essa instabilidade leva para a falta de fé, de esperança e esse ciclo culmina na depressão e na esquizofrenia, bloqueando os canais de crescimento e criando uma desestruturação, uma ideia fixa. Contudo, a Lei atua sempre e aqueles que hoje criam essa desarmonia deverão no futuro refazer seus erros. Nossa narrativa nos remete a uma menina, chamada Valença, que nasceu na Argentina, em 1955, com problemas mentais, abandonada pelos pais. Aos 28 anos tem uma ruptura emocional, sua fé fica abalada e acaba sendo internada em um sanatório, recebendo tratamento precário e distanciamento social. Naquela época era comum a aplicação de eletrochoques e remédios em doses elevadas, provocando o desligamento total da consciência, levando a pessoa a um estado vegetativo de 3 a 5 dias. Essa técnica é usada até hoje, mas em doses mais controladas, principalmente nos picos de crise, limitados a 72 horas para não prejudicar o sistema circulatório. Nesse desdobramento, seu espírito ressente os efeitos das drogas químicas que atingem seu corpo astral e percebe as entidades obsessoras, visualizando o que está ocorrendo consigo, sendo induzida a ter compaixão por seus algozes, ligados a ela de forma inconsciente. Porém, esse sentimento precisa ser convertido em perdão incondicional e nessa dualidade ela começa a perdoar cada um deles através de um dialogo interior, dissolvendo as ligações que os prendiam, compreendendo as razões dos traumas e realizando uma assepsia mental, retomando sua consciência através da vontade firme em se melhorar.
  • 91. Um Grito de Loucura 90 A vontade atua como um gatilho para impulsionar esse progresso. Assim decorreram 8 anos e ela chega aos 36 com esperança renovada, sentindo a necessidade de sair do manicômio e fugir daquele tratamento violento. Agora está plenamente consciente da transformação que precisa realizar para a melhoria de todos os envolvidos. Só havia duas maneiras de sair de lá – morta, em um caixão ou fugindo. Algum tempo depois, ocorre uma rebelião no hospital e ela aproveita a oportunidade, escapando com outros companheiros na busca de um lugar melhor para recomeçar a vida. Após dias de fuga, abrigam-se no meio da natureza, em mata fechada, porém Valença é atacada por uma cobra venenosa e desencarna. Observe que dentre as várias opções de encerramento daquele ciclo de vida, o caminho escolhido não foi mais o suicídio, a automutilação ou a perda da consciência, mas sim a busca da liberdade por dias melhores contribuindo com os demais encarnados e desencarnados que estavam em seu campo energético. Os psiquiatras que trabalham hoje no Hospital Esperança recomendam que os remédios antipsicóticos sejam usados para relaxamento e indução da alegria, incluindo as vitaminas essenciais para manter o corpo saudável. Nos dias atuais, as casas de saúde estão mais humanizadas, substituindo os manicômios do passado, mas mesmo nos sanatórios espíritas ainda encontramos muito preconceito para trabalhos mediúnicos de desobsessão. Todavia, como aplicar essa técnica nos hospitais se nem na maioria das casas espíritas encontramos pessoas predispostas para trabalhos de desobsessão? Esse trabalho é para poucos, mas não estamos abandonados, pois o amparo do Alto está sempre presente, fortalecendo a determinação em cada um de nós.
  • 92. Um Grito de Loucura 91 É necessário um tratamento preventivo para não chegar nesses extremos. Por trás da esquizofrenia observamos a influencia dos Magos Negros, que infelizmente vem crescendo com o passar do tempo. Valença veio de reencarnações de violência estrutural desde épocas remotas, vivendo em famílias desestruturadas e sua ressignificação chegou após milhares de anos. Atualmente está reencarnada, com 13 anos, vivendo no Panamá. Infelizmente, a violência é um dos caminhos que mais aprisionam os seres, levando-os a pensamentos de rancor e os afastando do amor. Como aprendemos a dominar o pensamento? - Reconhecendo que os traumas podem ser extintos a partir do auto-perdão, refletindo sobre a palavra Deus conosco e ganhando força para tomar as melhores decisões em nossas vidas.
  • 93. Um Grito de Loucura 92 Capítulo 14 – Um caso de obsessão complexa “Sigamos em frente sem deixar ninguém pelo caminho.” Danilo Codegroza Quando idealizamos esse livro não tínhamos a pretensão de atingir um grande número de pessoas. Se apenas uma ler, já despertará o interesse de outros sete desencarnados e atrás destes chegaremos às famílias ansiosas, carentes de esperança para superar a dor da saudade, sentimento que causa muita mágoa e leva à depressão, ao abandono, ao esquecimento e a vibrações muito baixas. Nossas palavras podem bem ser aplicadas no caso que você trata atualmente no centro espírita 33 com o rapaz que está num processo de obsessão complexa. Posso abordar esse assunto com muita convicção, pois também tive essa marca da obsessão quando iniciei uma busca desesperada de ajudar minha família, esquecendo de me cuidar. A mudança de minha atitude veio após a orientação do Dr. Bezerra, na inesquecível entrevista que ele me concedeu no Hospital Esperança. As respostas para nossas dificuldades muitas vezes estão na nossa frente e precisamos desenvolver esse olhar para identificar o que precisa ser burilado, inspecionado e ressignificado em nosso ser. Vencer essa barreira significa atravessar uma ponte sem enxergar o caminho, com um movimento de fé, onde encontramos as palavras que inspiram nossa caminhada. Quase nada podemos fazer em relação ao próximo, mas apenas o fato de estar junto a ele, de dividir uma palavra amiga já desperta um sentimento de esperança, fundamental para encontrar a ressignificação. 33 Duarte se refere aos tratamentos realizados nas reuniões de desobsessão no Centro Espírita Caridade e Luz (São Roque-SP).
  • 94. Um Grito de Loucura 93 Precisamos ter sabedoria para limpar as dúvidas do caminho e confiança para dar cada passo, conscientes que a estrada oferecerá aquilo que precisamos aprender. A percepção do quadro depressivo traz a compreensão de que todos estão inseridos nessa condição das doenças silenciosas e o quanto cada um de nós precisa ser sensibilizado por esse movimento para difundir a ideia da esperança, dissolver as dúvidas e atingir as nossas escolhas. Veja quanto este caso se assemelha aos já mencionados sobre o pensamento agressivo, com uma sobreposição que, de tempos em tempos, te associa às baixas vibrações. Este é mais um caso onde o suicídio se repetiu por varias reencarnações com o uso de drogas que o afastaram do caminho da felicidade. O recurso da extinção da vida vem pelo condicionamento de uma falsa verdade, pela solidificação do pensamento ao longo de muitas vidas, quando sua caminhada se torna direcionada unicamente para a violência física, verbal ou nos pensamentos. Ele se considera um peregrino no meio de sua jornada, buscando de forma ansiosa uma resposta para seus problemas, afastando-se da esperança. O tempo é uma necessidade presente no mundo físico e o desenvolvimento de uma ideia fixa gera mais ansiedade, alimentando um veio de ligação com baixas vibrações. O gatilho das lembranças ruins de suas várias reencarnações vem através da ansiedade. Não temos um padrão para ser aplicado a um caso específico, pois cada medicamento precisa ser adequado naquele corpo por diversas tentativas medicamentosas até obter o sucesso. Essa ideia nos leva a dois caminhos: êxito ou fracasso. A experiência nos ajuda a identificar o melhor caminho, mas sempre teremos dúvidas. Nosso irmão usufruiu momentos de estabilidade, mas nunca esteve totalmente bem, gerando um
  • 95. Um Grito de Loucura 94 movimento de ida e vinda de ondas senoidais 34 com picos de estabilidade e instabilidade. Essas crises disparam com apenas uma palavra que entra em seus ouvidos, reverberam no pensamento e saem da boca como uma resposta agressiva de algo que o machucou - uma única palavra acaba desencadeando uma bola de neve. Muitas vezes nos olhamos no espelho e encontramos uma negação emocional, nos esquecendo de enobrecer nossos pensamentos e de valorizar as boas experiências. As lembranças de vidas passadas devem ser esquecidas no nosso consciente, mas interiorizadas no nosso inconsciente para nos ajudarem a não cometer os mesmos erros do passado. Os paradoxos da liberdade e da responsabilidade entram em conflito. Precisamos de uma reencarnação inteira para entender e ressignificar um único sentimento e muitas vezes fracassamos. Expressar em palavras aquilo que sentimos é muito importante, mas além delas que o nosso pensamento dinamize a boa vibração, concebendo o bem que pode acontecer, criando o braço da esperança. Nesse momento é oportuno o uso dos medicamentos para atenuar a crise e despertar sentimentos bons. Ele está ligado a vampiros e outros seres implantados no seu corpo astral que o levam ao desespero, tirando o seu sono, sua disposição e colocando mais dúvidas em seus pensamentos. Na origem desse processo nos deparamos com as falanges dos Magos Negros, mas não devemos dar muita ênfase a isso para não nos distanciarmos das forças da luz. Conhecer as sombras é importante, mas também precisamos conhecer nosso lado da luz usando a ressignificação para ajudar os que vivem nessa condição 34 O termo “Senoidal” é usado para designar o formato de uma onda que determinado equipamento elétrico emite para possibilitar o funcionamento de outros equipamentos. A onda senoidal é um formato mais puro de onda, com pequenas e suaves oscilações.)
  • 96. Um Grito de Loucura 95 negativa, incutindo neles a ideia do salto evolutivo através do perdão. Infelizmente todos nós ainda estamos cristalizados na cultura da violência onde o mais forte predomina sobre o mais fraco. Podemos observar a intensificação da violência a partir do século I de nossa era, com as guerras e movimentos sociais influenciando o íntimo de cada um, se distanciando das visões produtivas e se aproximando das baixas vibrações. Com a violência chega a prática da autoflagelação no meio familiar, com uma tendência de se machucar a partir do pensamento, refletindo em como se vive e age com os assuntos do dia a dia. Devemos fazer tudo o que estiver ao nosso alcance para ajudar, cuidando do próximo, todavia, nos protegendo do Mal. Cada espírito que é acolhido na reunião mediúnica leva uma semente implantada para mais dois e assim enfraquecemos os ataques dos obsessores aproximando-os da ressignificação. Durante o atendimento feito ao nosso irmão, outro médium desenhou um tridente, representando espíritos guerreiros de outra época e que agora precisam ser cuidados. As três pontas do tridente representavam objetivos simbólicos de cólera, vingança e desejo - um objeto de poder. A entidade que incorporou na reunião apresentava a aparência de um monstro 35 não catalogado ainda no mundo físico e foi desligada imediatamente para proteger a integridade da médium, sendo levada para tratamento nos subsolos do Hospital Esperança. Não conseguimos manter os magos por muito tempo no corpo dos médiuns para não prejudicá-los com as energias extremamente nocivas que eles liberam. Normalmente 35 Fenômeno de psicopraxia, mais conhecido como incorporação, com a entidade sob a forma zoantrópica, devido à degradação de seu perispírito.
  • 97. Um Grito de Loucura 96 eles não comparecem nas nossas reuniões, enviando seus vassalos para transmitir suas vontades. Quando falamos de domínio precisamos conhecer a implantação de chips no corpo astral com o objetivo de controlar os pensamentos e palavras dos humanos, sugerindo um condicionamento do pensamento direcionado para trocas e favores ilícitos. Nosso irmão citado não tem chips, mas traz na memória inconsciente as varias reencarnações que o levaram ao suicídio com os companheiros de jornadas infelizes o relembrando desses momentos, criando a falta de esperança e o induzindo à ideia de suicídio, ódio e vingança. Nossa ajuda encontra bloqueios no seu livre arbítrio, na sua permissibilidade e ele precisa aprender a controlar tudo isso. Precisamos entender que ao receber a ajuda da cura é necessário saber o que fazer com ela. O objetivo é a cura integral, do cérebro, que já está afetado, mas também do espírito que carrega as roupagens manchadas de outras vidas. É necessário que ele se conscientize da importância e do valor da vida para sua recuperação e lute contra os maus pensamentos. A ligação com sua companheira vem de uma escolha feita por ela em vidas passadas, que sente compaixão e necessidade de ajudá-lo. A vida a dois consiste no compartilhamento de um sonho, sempre sujeito a perigos e adversidades e neste caso ela também sentia essas interferências, mas adotou atitudes diferentes e proativas. Não existe uma dificuldade que se estenda pelo infinito. O problema sempre é do tamanho que necessitamos para nossa aprendizagem naquele momento. Precisamos aplicar nossa vontade para sermos senhores de nossas vidas e de nossos pensamentos. Ele precisa de uma profilaxia mental, de descanso e a internação numa clínica especializada pode ajudar. Todos os
  • 98. Um Grito de Loucura 97 recursos devem ser feitos nesse sentido. A ajuda virá, pesquise que o melhor lugar para ele será encontrado. Somos todos seres em coesão e precisamos trabalhar na ajuda ao próximo. Que ele tenha forças para ser novamente o senhor de sua vontade. Deus seja louvado.
  • 99. Um Grito de Loucura 98 Capítulo 15 – Despertar da consciência É importante ver na mediunidade um caminho para o despertar da consciência, compreendendo o ser como alguém lúcido de sua missão, com a sapiência semeada no íntimo de cada um para despertar no momento oportuno. Ligar-nos às coisas boas é a melhor forma de despertar pensamentos e vibrações positivas em torno de nós. Precisamos atentar para os desafios que nos cercam e entre erros e acertos, vamos encontrando as respostas para aquilo que não devemos mais fazer, assumindo a responsabilidade que nos cabe e escolhendo o melhor caminho. Essa conexão com nossa consciência nos traz a compreensão do que é mais importante na nossa caminhada evolutiva. As pessoas nervosas, que possuem uma predisposição para a ansiedade, precisam encontrar seu apoio na paciência a partir da primeira infância, com a ajuda do meio familiar. As tribulações do dia a dia trazem uma ansiedade que interfere na harmonia do campo vibratório. Dessa forma, na fase adulta, precisamos ter paciência em dobro para lidar com a família e principalmente com as crianças. A vida adulta determina barreiras a serem vencidas, exigindo atenção e vontade para atuarmos no campo da tolerância, na busca da tranquilidade, vencendo a ansiedade e permitindo maior responsabilidade nas nossas atitudes, em relação ao próximo e a nós mesmos. Com a chegada da terceira idade, devemos estar preparados para novas demandas que exigem maior harmonia vibratória para alçarmos voos maiores no campo da evolução. Cada etapa da vida pede um campo de atuação específico nos levando aos caminhos do progresso moral ou mesmo da estagnação. Cada crise que surge é uma barreira que precisamos ultrapassar. O tempo relativo nessas fases se torna distinto para cada um de nós, alguns ganhando mais tempo para enfrentar as dificuldades e outros perdendo tempo precioso para entendê-las. O tempo nos possibilita enxergar os pontos positivos e negativos de nossa própria história.
  • 100. Um Grito de Loucura 99 Nesse contexto, encontramos pessoas em uma ruína mental, que não conseguem vencer essas barreiras, encontrando a desesperança, o desânimo, que as leva à estagnação, rompendo o campo linear evolutivo, atrapalhando as próximas vivências, provocando reencarnações compulsórias para que aprendam a ter paciência e a se conhecerem interiormente. Nessa inércia encontramos peças diagramadas no corredor da vida que são usadas como pontos de estimulação, promovendo o compartilhamento da vida em comum, estimulando o diálogo contínuo, a conversa fraterna, para o despertar da consciência. Atente para a importância que devemos dar às crianças, encaminhando-as desde muito cedo para trilharem os caminhos seguros. Na atualidade, presenciamos crianças cada vez mais conscientes desse despertar, pois são espíritos que retornam para mais uma caminhada evolutiva com mais maturidade e responsabilidade, compreendendo que não podem mais perder tempo. Aquelas que renasceram a partir do ano de 2.020 já vieram com consciência de equidade, de pacificação, mais amorosas, expressando seu pensamento positivo na egregora familiar, imbuídas de novos conceitos morais. O tempo é volátil e os nossos pensamentos nos induzem à necessidade de ensinar e aprender constantemente. No mundo moderno a disponibilização dos conteúdos de aprendizagem se torna mais acessível, facilitando a educação e o conhecimento integral. Também a mediunidade ganha novos horizontes, desenvolvendo a empatia, abrindo a passagem para um novo tempo, onde cada criança sente a necessidade de retomada da consciência. Em poucos anos iremos observar adultos mais dispostos e preparados para viver no meio social, contribuindo para a melhoria desse sistema caótico em que vivemos. Podemos verificar quanto faltou de empatia no século passado, gerando as guerras, o afastamento dos povos e como o
  • 101. Um Grito de Loucura 100 despertar da consciência é importante para viabilizar essa nova era. A espiritualidade maior sempre nos oferece novas oportunidades de recomeço, para que, em nossas meditações, possamos expressar gratidão pela vida. No decorrer do século XXI a empatia terá cada vez mais influência na globalização, usando os meios digitais para encurtar as distâncias entre povos, culturas e idiomas diferentes. A comunicação avança, despertando o foco em outros interesses coletivos, mas o homem ainda resiste com a criação de bolhas de isolamento, se escondendo numa vida em estufa, condicionando nas pessoas a ideia de individualidade e egoísmo que ainda chegará ao século XXII. A bolha induz a uma falsa segurança distanciando-nos da realidade da vida em sociedade. Somente com amorosidade conseguiremos o crescimento moral das criaturas. O ato de tocar, de abraçar, consiste numa ligação física, emocional e vibratória, que nos leva à empatia, sentimento fundamental para entrarmos na nova era. No passado recente, os adjetivos atribuídos para essas crianças, como índigo, cristal, agora ganharam novas denominações como Z, YZ, WYZ, que na concepção do mundo moderno abre novas possibilidades para a empatia, sentimento que vai permitir a cura no meio social, levando-nos a despertar para a compaixão. Tudo o que já foi estudado sobre essas crianças até hoje é apenas um ponto de início para entendermos a nova era. Adaptar a empatia nesses novos tempos significa compreender a vida social de forma abrangente, descobrindo a magnitude do processo evolutivo a partir do despertar da consciência.
  • 102. Um Grito de Loucura 101 A reforma íntima é o segundo passo para esse despertar que nos convida a entender o momento do “agora”, diretamente ligado ao futuro e somente vivendo o “agora” poderemos acessar as coisas palpáveis, com a reciclagem do pensamento. Que possamos trabalhar com o movimento tênue do perdão, pois somente “agora” podemos fazer alguma coisa que nos ajude a transpassar os entrelaces que nos guiam diante da própria seleção natural. É no “agora” que podemos fazer diferente, abrindo os caminhos para uma palavra simples – gratidão. No seu aspecto positivo, a religião tem sido um ponto de estabilidade social dentro da egregora do plano físico há muitos séculos. Obtendo essa estabilidade, estaremos em condições de semear novos conceitos no decorrer do tempo, eliminando a utopia condicionada no seio das religiões convencionais, que trouxeram a segregação entre os povos. Muitos desses fanáticos religiosos estão reencarnando nessa nova geração de crianças, para novas oportunidades. Nos diversos liceus de educação da mediunidade 36 nos planos sutis, encontramos cada vez mais a necessidade de abordar o assunto religioso. A formulação de dogmas e preconceitos religiosos criou um movimento de segregação, mas a religiosidade verdadeira não se distancia do despertar da consciência. Compreender as causas e efeitos desse processo é encontrar a via de responsabilidade na linearidade evolutiva, enxergando os erros cometidos, aceitando a possibilidade do perdão e obtendo um salto evolutivo. A comunicação no meio digital, cada vez mais presente, desenvolve uma habilidade que nos ajuda a mensurar a capacidade cognitiva de enxergar a vida em harmonia com a 36 Nome das Instituições que ficam localizadas no Plano Espiritual, onde ocorre o treinamento dos futuros médiuns do Bem que virão trabalhar para o progresso espiritual das criaturas.
  • 103. Um Grito de Loucura 102 sociedade. As crianças que renasceram a partir do ano 2.000 vêm com um senso empático que desperta essa necessidade e expande o campo morfogenético do planeta. A dispersão desse campo permite a inserção contínua dos seres e a religião se torna um movimento oportuno para desenvolver a empatia e o despertar da consciência. Esse processo reencarnatório tem a participação de seres mais evoluídos da Terra e de outros orbes, formando um contingente suficiente para a estabilidade emocional dos seres e para a reverberação da empatia através da conexão dos pensamentos e palavras, oferecendo uma comunicação positiva, plena de amabilidade e amorosidade. Essa é a proposta dos liceus nos planos sutis. No íntimo de cada ser, encarnado e desencarnado, vemos brotar a semente da empatia. Nas reuniões mediúnicas de desobsessão presenciamos a necessidade de muita empatia no diálogo fraterno, semeando uma forma de estimular o entendimento e o despertar da consciência dos espíritos em tratamento para a necessidade da reforma íntima. Uma vibração muda um pensamento, um pensamento muda uma palavra, uma palavra muda o mundo. Diante disso, que possamos estimular o uso da empatia, fazendo a analogia com um quebra cabeças, onde cada peça é importante para a formação do quadro final, que depois de concluído, permite a compreensão do cenário. A cada peça encaixada vamos compreendendo as ligações e a importância que cada uma tem no contexto evolutivo. Cada pessoa forma um núcleo único de energia em relação ao movimento inerente à sua realidade. A disponibilidade de cada uma envolve o meio que pode trabalhar mais efetivamente. É importante compreender as várias etapas da vida espiritual através da passagem dos séculos e a cristalização das ideias fixas que criam a estagnação e induzem os espíritos à condição de ovoides, após inúmeras reencarnações imersas na violência.
  • 104. Um Grito de Loucura 103 Muitas dessas crianças vieram dessa trajetória cármica, com oportunidade de praticar a empatia e se adaptarem às novas vibrações, reiniciando seus dias no plano físico após ganharem novos corpos astrais. São espíritos que já possuem a semente do perdão e da ressignificação. O salto é individual e não tem limites. O Karma para elas será trabalhar no meio social e o Dharma, movimentar a energia empata para ajudar na chegada da nova era. Compreender o resgate da consciência significa compreender a missão inserida nesse campo e atuar naquilo que ficou pendente no passado. O despertar da consciência faz parte da mediunidade, trazendo no inconsciente de cada um a necessidade evolutiva de atuar no Karma, no Dharma e nos pontos que nos ligam para a formulação de novos pensamentos. Essa estabilidade vem do campo emocional, construindo um terreno fértil para a semeadura do amor, transpassando as barreiras do plano físico e chegando aos campos sutis. O que vocês chamam de reurbanização do planeta, já se iniciou e daqui a algumas décadas, com a ajuda da tecnologia digital, o mundo se tornará mais empata e as chamadas bolhas de isolamento serão minoria no planeta. Que em nossas projeções possamos vibrar sempre por cenários melhores, direcionando-lhes nossos melhores pensamentos e o despertar da consciência possa nos conectar ao perdão e nos tornar capazes de perdoar.
  • 105. Um Grito de Loucura 104 Capítulo 16 – Semeando o presente A vida no plano físico nos proporciona maiores experiências no processo evolutivo. Vamos iniciar nosso diálogo com uma parábola. As sementes plantadas na terra já contêm o princípio inteligente, a fé dentro de si, além da vontade de germinar, com o broto avançando no solo para ganhar força e apontando para o céu para crescer. Isso ocorre por sua vontade de ascender, mas como, se a busca da sobrevivência está no solo? Para continuar sempre crescendo sua raiz se transforma em um grande alvéolo para retirar os nutrientes da terra e ganhar força para subir. Nesse processo, identificamos sua vontade no condicionamento de crescer e alçar os voos desejados, buscando vencer os medos enquanto desce as raízes nas profundezas da terra, ganhando força. A fé ganha mais uma palavra além da vontade – força – começando então a florir e dar frutos que levarão os germens à produção de novas sementes. Os frutos, incapazes de alcançar o céu, retornam ao chão para servirem de alimento aos animais e com os nutrientes dos excrementos o broto da fé se transforma na esperança de ser igual à árvore mãe. Essa é a formação de um semear de amor, de compaixão, gerando uma nova oportunidade de transformação possível para todos. O presente está contido na própria vida, que vem com a fomentação da fé, superando a vontade e proporcionando o movimento linear da evolução, onde tudo cresce e precisa ser compartilhado com o próximo. O exemplo está na transformação e na sensação do serviço gratificante. Quando abordamos a necessidade de apoio, nos referimos aos dois mundos que se interligam continuamente nessa trajetória dos planos físico e espiritual. Esses entrechoques modificam o clima, o tempo e a irradiação da energia cósmica para uma condição de cura. Percebemos esta conexão desde as impurezas existentes nas micropartículas até a imensidão do Universo. Podemos visualizar essa intercomunicação nas mudanças climáticas afetando a complexidade dos campos magnéticos que
  • 106. Um Grito de Loucura 105 permeiam o globo e compreender a influência dos planos sutis em relação a elas. A interferência da vontade atinge a matéria e preenche muitas lacunas que a ciência ainda não decifrou. Com a dúvida, questionamos essas lacunas, obtendo respostas na fé e na vontade - o despertar da consciência. Este Capítulo é um complemento do anterior, despertando-nos aos bons pensamentos, à necessidade de sermos um apoio para os seres que estão ao nosso redor. Mas, como encontramos esse apoio? - A vida humana é um movimento social onde todos nascem pela via física, nos tornando dependentes uns dos outros. Mesmo uma criança abandonada procura segurança na inclusão do movimento social. Essa busca interior pela aproximação com o semelhante, energética, estrutural ou por afinidades, vem desde os primórdios dos séculos, de forma intuitiva, com o bem procurando o Bem e o mal o seu semelhante, o amor lado a lado com a passividade e a violência com a agressividade. Esse despertar dos sentimentos nos leva à ressignificação, a um mergulho interior para convertemos as palavras de ódio em amor. É fundamental amadurecer esse processo em nosso íntimo para compreender melhor o que se passa ao nosso redor. Contudo, se a distância entre esses dois pontos é muito grande, precisamos mudar o sentimento que estiver mais evidente naquele momento, e, se não conseguirmos, que mudemos nossas atitudes. Se não pudermos mudar as atitudes, que mudemos as palavras e se estas não puderem ser mudadas, que mudemos nosso pensamento e se até este tiver dificuldades de ser modificado, que possamos ter forças no nosso íntimo para transformar nossa vibração. Todas as vezes que pensamos, criamos uma irradiação similar a um rastro luminoso que nos liga ao objeto de desejo. Aqueles que possuem pensamentos negativos amplificam a força
  • 107. Um Grito de Loucura 106 dessa irradiação, disseminando o crescimento da violência no meio social. A revolta, a injúria e a indignação sustentam esse pensamento como se fossem várias flechas disparadas e agrupadas para atingirem o mesmo alvo. A flecha rasga o ar fazendo o seu traçado, se agrupando com outras afins, criando uma irradiação visível e negativa. Contudo, quando invertemos essas polaridades e buscamos o perdão, essa irradiação torna-se menos visível e ao invés de um rastro, formamos uma redoma que se expande encontrando outras, ganhando força, criando proteção e impedindo que as energias ruins se ampliem. As diferenças entre os pensamentos dos encarnados e desencarnados estão basicamente na sua cristalização na matéria. Até o desencarnado que ainda não se desvinculou da matéria sente essa necessidade e como não possui mais o fluido vital procura sugar as energias dos encarnados. Para romper esse condicionamento precisamos entender que existem muitos caminhos para nossas escolhas e devemos buscar sempre o melhor. Que possamos filtrar nossas conversas, nossos pensamentos, nossas escolhas, para não nos sentirmos em débito com nossos compromissos, aprendendo com nossos erros e sermos capazes de dar a mão ao próximo, sabendo o momento certo de falar, de ouvir ou de se calar. Tudo faz parte da linearidade evolutiva na busca de fortalecer nosso ser e nos expandirmos. Vamos abordar a questão do medo, do temor que temos em nós, de perder um relacionamento, de magoar uma pessoa, criando duas analogias, que consistem na formulação do pensamento, onde tudo sofre interferência. A educação de uma criança contém ensinamentos certos ou errados transmitidos pelo educador. Se a criança não for receptiva ao diálogo, o recurso é assustá-la, impondo o medo para que obedeça. Tudo que é desconhecido gera medo. Quando a criança dá os primeiros passos sempre terá as primeiras quedas e do córtex cerebral vem o medo de se machucar para proteger o corpo.
  • 108. Um Grito de Loucura 107 No campo do medo emocional temos esse exemplo – se você não for um bom menino vou te entregar para a adoção – criando a sensação de abandono, de desprezo e incapacitação. Essa atitude gera uma reação de adequação do inconsciente pelas vias do medo induzindo a criança para um caminho negativo. Temos uma terceira analogia, que não envolve abandono ou proteção e sim o condicionamento – se você não for uma boa pessoa irá para o inferno – perceba que a palavra criou um campo negativo dentro do indivíduo e que pode reverberar por toda sua vida. A culpa vem pela sedimentação de um pilar de medo nos fazendo desistir dos bons caminhos. Aquele que se encontra impregnado de medo acaba desistindo de se limpar por estar imerso numa autocompaixão. Dentre essas três possibilidades de medo, descobrimos algo de muito positivo que se reflete na ajuda, na intuição, na interpretação do que está acontecendo para nos proteger daquilo que pode nos ferir. O condicionamento do medo oprime o movimento de expansão do amor e a resposta mais comum ocorre na violência e no ódio. O caminho para eliminar essa condição tão nociva para a humanidade é através da inclusão do amor e da irradiação do perdão. As crianças da Nova Era já nascem preparadas para os questionamentos críticos da vida em sociedade e percebem novos caminhos, sem medo de aceitar as inovações e abrindo a oportunidade de uma vida sem preconceitos. Medo e preconceito são fatores que caminham juntos na busca da compreensão pelo perdão. Todos nós carregamos os germens das doenças silenciosas. O medo pode levar à própria loucura, ao desespero e culminar no suicídio, que no mundo atual vem aumentando cada vez mais. Muitas criaturas que buscam a fuga desse medo acabam se envolvendo em acidentes fatais. Muitos recém-desencarnados nessa condição permanecem com a energia vital intacta, sendo objeto de vampiros e aproveitadores do Umbral Grosso. Precisamos ter força de vontade para buscar na prece a ajuda dos benfeitores espirituais.
  • 109. Um Grito de Loucura 108 A farmacologia terrena possui muitos recursos para ajudar as pessoas no enfrentamento da depressão. Muitos expansores de consciência ajudam a mente a entender e facilitar a interação entre os dois mundos, como o chá Ayahuasca, por exemplo, que pode ser uma tentativa válida de combater a depressão, mas sempre na presença de companheiros mais experientes e dos guias espirituais para garantir a proteção do corpo astral. O álcool também te leva aos desdobramentos, mas para as piores regiões do astral. Sou testemunha desse vício, que me causou muito sofrimento durante os anos que vivi no Umbral Grosso. - Que Deus seja louvado.
  • 110. Um Grito de Loucura 109 Capítulo 17 – Vícios Precisamos trabalhar o movimento do pertencimento, para as pessoas se sentirem úteis, trabalharem melhor, mentalizando em nossas preces o Hospital Esperança e encaminhando os necessitados para lá. Quando seguimos em frente precisamos olhar para trás para evitar cometer os mesmos erros. Olhar para o passado nos ajuda a rever nossa trajetória e compreender que hoje é o melhor dia, o agora, o melhor momento. A cada minuto que passa surgem novos pensamentos e que estes estejam alinhados com a ressignificação, seguindo a jornada com calma, mansuetude e amorosidade. Vamos abordar a ideia dos vícios, não como uma doença e sim necessidade. Alcoólatra ou alcoolista, vício ou doença, condicionamento ou adaptação, são referências que trazemos aos dias atuais, vindas do passado. O uso dos analgésicos ao longo da história nos remete às drogas que vinham das ervas. O alecrim era o analgésico mais disputado naquelas épocas. Na dose certa é um remédio, exagerada, torna-se um veneno. Veja o arsênico, encontrado no meio da natureza, também usado como analgésico desde que usado na quantidade adequada. O álcool pode ser usado como expansor de consciência e para divertimento, mas muitos crimes foram cometidos pelo seu uso excessivo. É muito fácil falar em compreensão, mas é difícil compreender o vício como um meio de comunicação que se transforma numa arma. O termo alcoólatra é pejorativo e por isso preferimos chamar de alcoolista aquele que tem como dependência o uso do álcool para ajudar sua jornada. O álcool é antisséptico nas altas temperaturas e ajuda no equilíbrio do corpo humano, servindo de elo de união quando fabricado no seio familiar, como em diversas culturas, mas em outras atua como um destruidor de lares. É necessária a ressignificação de seu uso, compreendendo que a dose certa é um fator de união familiar. Veja sua importância na homeopatia, no soro antiofídico, no álcool de cereais. Sem o éter não existiria a
  • 111. Um Grito de Loucura 110 medicina, pois ele é um catalisador de substâncias, fornecendo diversas vacinas e medicamentos. Os vícios criam manchas no perispírito que atraem entidades afins. Nosso perispírito carrega as marcas de muitos vícios adquiridos em vidas passadas, podendo nos induzir a um campo nocivo - como a depressão - abrindo um caminho de fuga do consciente, da realidade, repetindo um padrão negativo para as próximas reencarnações. A maior desgraça consiste na perda da esperança, nos fazendo acreditar que a única solução é acabar com a vida. Esse paradigma de que a morte pode te ajudar a encontrar uma saída, te leva a esquecer de que a vida é uma sequência de vários estágios para o despertar da consciência. Os vícios nos induzem ao atraso de nossa jornada evolutiva. Não devemos julgar e nem culpar, mas manter a vigilância para tomar decisões corretas. Disse Jesus: “Vigiai e orai para não cairdes em tentação”. Os vícios se misturam ao meio social de forma tão ampla que desencadeiam uma série de doenças silenciosas que merecem muita reflexão. O vício está para a sociedade assim como esta para o vício. O vício não é uma doença e sim uma busca de adequação da realidade. O problema não é a substância, nem a condição ou o local e sim a quantidade usada. Uma pessoa que tem dor precisa de remédio, mas na dosagem correta. Precisamos despertar nas pessoas o conhecimento de seu próprio corpo, que é um instrumento da evolução - que o melhor dia é hoje e a melhor hora - agora. Para solucionar os vícios precisamos reverberar a cura espiritual assimilando o conceito da imortalidade da alma, mantendo nossa lucidez para a retomada da consciência, abrindo nossos campos para novas escolhas, estando presente no agora e
  • 112. Um Grito de Loucura 111 atento às possibilidades que surgem ao longo da jornada evolutiva. Até nos meios espíritas as pessoas acreditam que no plano espiritual não fazemos uso de álcool ou tabagismo. O álcool vem da cana de açúcar, do arroz, do milho, que também existe no Hospital Esperança, em Aruanda e demais lugares do Umbral. Se somos capazes de manipular o fluido cósmico universal para restaurar um corpo sutil, qual a dificuldade de manipular uma raiz ou um grão? Usamos álcool para os recursos médicos, para assepsia do ambiente, nos procedimentos cirúrgicos, mas também para fazer o vinho que é usufruído para unir as pessoas. Naturalmente, em quantidade moderada, como um brinde e acompanhado de alimento. O tabaco é muito usado pelos pretos velhos, caboclos e índios. Na minha passagem pelo Umbral Grosso sentia necessidade de fumar, mas era difícil achar tabaco e quando encontrava, a moeda de troca era baseada em favores ilícitos, então eu me abstinha. Hoje meu gosto está no café. Essas necessidades passam quando você aceita que o tabagismo segue um padrão repetitivo ao longo de muitas vidas e seu uso torna-se opcional. O uso do tabaco como remédio precisa de discernimento para não acarretar doenças no corpo físico e formar manchas perispirituais que serão transferidas para os futuros corpos. A origem da palavra tabaco tem a ver com “fazer um fumo” que pode ser o resultado da mistura de várias ervas. Assim nasce o Cumbaiá 37 , um ritual onde cada pessoa faz o seu tabaco, usando-o para o despertar da consciência. Se você praticar o tabagismo como um vício estará criando um padrão repetitivo, mas se usar como um expansor de consciência, seus efeitos serão positivos. Esse conceito pode ser aplicado a todas as substâncias. Tudo depende da finalidade. Veja o caso da maconha, que na África primitiva e nos meios indígenas era usada para combater a depressão e a ansiedade. A questão é como usar essas substâncias no mundo moderno, sem afetar a moral e a ética, pois o conceito de droga ou cura vem do uso indiscriminado na 37 Música e dança muito ritmada originária da América Central.
  • 113. Um Grito de Loucura 112 sociedade, com o desdobramento do preconceito, o tráfico e a criminalidade. Na minha visão, ter vergonha é não ter opção de escolha, ser refém de seus próprios atos, te colocando num círculo vicioso de repetição do padrão. Abrir-se para o novo significa olhar no espelho e se perdoar, buscando nesse perdão uma forma de quebrar o padrão. Esse pensamento se aplica para tudo, pois o preconceito para muitos é devido à forma como a substância é feita, mas observe que o próprio álcool pode fornecer diversos derivados. A morfina, extraída pelo álcool da papoula, cria o opióide mais viciante do mundo moderno, agente fomentador da guerra do tráfico no mundo moderno. Até na quimioterapia temos a presença do álcool; a maconha ajuda a atenuar o enjoo do tratamento; a cannabis diminui as crises do ataque epilético. Por outro lado encontramos o álcool destruindo famílias, a maconha e outras drogas realizando o genocídio da juventude negra. As dores advindas dos vícios afetam a todos nós. Como ser feliz enquanto o outro passa fome, enquanto os jovens trocam a alimentação pela droga? A inquietação vem como um movimento de sublimação do íntimo, buscando a fuga de si mesmo, atrasando nossa programação reencarnatória e o entendimento de nossa existência. Precisamos entender a importância de estar aqui e agora, criando um estado superconsciente nos momentos de baixa vibração para que o consciente se fortaleça acima do inconsciente. O vício se contrapõe ao despertar da consciência e podemos observar o quanto isso é nítido no meio social. Que nosso corpo possa receber a dose correta das substâncias que necessita, sem criar mais destruição. Veja, por exemplo, o caso das pessoas com problemas depressivos que poderiam fazer o uso da maconha para atenuar o sofrimento. Não posso indicar um caminho para isso, pois cada caso é único e precisa de um acompanhamento médico criterioso. Que as dores silenciosas se mostrem ao nosso consciente para que possamos trabalhar com elas no modo superconsciente. Essa transição pode ser por tentativas de medicamentos em doses equilibradas, mas muitas vezes, mais importante que o uso das substâncias é a conversa consigo mesmo para obter as respostas.
  • 114. Um Grito de Loucura 113 A ansiedade precisa encontrar respostas na ressignificação da fé e da esperança como veios que nos ligam ao nosso eu interior. Cada um está inserido no melhor lugar para sua ressignificação. Que possamos modificar os pensamentos atuais do meio social adicionando novas opções e possibilidades para que os melhores nos levem à cura, sem medo ou preconceito e abertos para semear o amor. No plano espiritual maior já temos a compreensão da cannabis não apenas como um fumo ou do álcool como uma bebida, entendendo sua importância energética e seu uso para fins mais elevados, além de outras substâncias que vocês estão descobrindo na Terra, como o DMT 38 , já usado em terapias holísticas pelos índios no meio da Amazônia, perto da última jazida de ouro do Brasil, subindo em direção a Rondônia onde também é encontrado no sapo selvagem Mastique, que possui substância psicotrópica em seu organismo. Outra planta que ajuda na expansão da consciência é aquela usada para a produção do chá Ayahuasca - a jurema preta. Sua essência não pode ser consumida e serve apenas para aromaterapia, para despertar uma sensação de ressignificação dos sentimentos. Todos nós temos DMT, que é gerado através de uma proteína liberada pela cristalizarão da pineal, se misturando ao córtex frontal direito 39 , relacionado ao superconsciente. Hoje existem três vertentes desse estudo:  Do nascimento e da morte,  Das tribos que usam para a contemplação da realidade e,  Do uso de hipoalérgicos no mundo moderno. 38 DMT serve como fármaco dos receptores de serotonina, um neurotransmissor que age diretamente no humor, bem-estar e felicidade do ser humano, inibindo sensações como ira, agressividade, calor corporal, mau humor, sono, vômito e apetite. 39 Essenciais para planejamento e execução de comportamentos aprendidos e intencionais; também constituem o local de muitas funções inibitórias.
  • 115. Um Grito de Loucura 114 Sabemos que a glândula pineal 40 está relacionada ao princípio inteligente, inclusive no vegetal, pois dentro do núcleo de cada célula está o complexo de Golgi que contém a centelha da formação do corpo biológico. Destacamos que nos corpos mais elaborados, como os humanos, ela adquire a forma de um cristal. Contudo, todos os seres contêm o princípio inteligente e, portanto, o princípio da cura. Tudo deve ser pesquisado, estudado e compartilhado com a finalidade de proporcionar a cura e sempre que possível a substância deve ser manipulada pelo próprio usuário para obter- se maior efeito terapêutico. O ato de preparar acelera o processo da cura. Observe que os expansores de consciência estão disponíveis para todos e até numa simples varetinha de incenso encontramos elementos de limpeza energética do ambiente. Contudo, use tudo com moderação. 40 Desde as mais antigas tradições orientais, a pineal é considerada o ponto primordial de ligação entre o corpo físico e o espírito. Com o trabalho de André Luiz trazido pela psicografia de Chico Xavier sabemos que ele é o órgão responsável pela canalização espiritual, seja no animismo ou pela mediunidade.
  • 116. Um Grito de Loucura 115 Capítulo 18 – Reverberação do campo harmônico Quando abordamos a ansiedade entendemos que ela é proveitosa no uso da energia que não é benéfica, pois através dela condicionamos o que nos falta no momento, para não criar um débito no nosso íntimo. Veja que a ansiedade é apenas a ponta do iceberg. O meio de controlar, de se ligar aos pontos produtivos da própria ansiedade é compreender a situação de não ficar parado e entender a movimentação para sugestionar pontos de interação que são provenientes da comunicação, da oração, dos pensamentos. A ansiedade precisa ser usada de uma forma positiva, para combater a preguiça, a desorganização, para promover o progresso e a disciplina. Muitas vezes temos a sensação de não estarmos fazendo o melhor e nesse momento precisamos nos organizar interiormente para encontrar as soluções. A ressignificação da palavra ansiedade nos leva a entender o quanto podemos ser felizes, aproveitando a mesma para corrigir nossos defeitos. Devemos sempre buscar o melhor em cada pessoa e, se ela for ansiosa, que possamos atuar nos gatilhos dessa ansiedade, no sentido dela realizar o que mais almeja. Ansiedade traz medo e vice-versa. Ambos liberam toxicidade e ao mesmo tempo energias positivas. O medo que te protege de riscos à vida é positivo. O medo que te ajuda a levantar logo da cama para as atividades cotidianas é bom. A necessidade do relacionamento social vem diante da ressignificação como uma solução para a maioria das espraiadas que abordamos, mas no meio dessa imensa planície temos diversas situações que se chocam e esse movimento providencial que chamamos de abertura de canais, liberação para atuação e o quanto isso é evidente nos nossos sonhos, na cobrança íntima, pela resolução dos problemas. A preocupação é um sinônimo de falta de fé. Quando você acredita que aquilo que deseja não vai se realizar dispara as
  • 117. Um Grito de Loucura 116 energias que movimentam o medo. Dor e alegria são sentimentos opostos que liberam os mesmos compostos de dopamina, serotonina, adrenalina, dentro do cérebro. A assimilação vem do hipotálamo estimulado pela glândula pineal que é o canal do perispírito para o corpo. O composto liberado se torna o campo de atuação de assimilação do que foi sugestionado em torno do íntimo. Ou seja, atua de dentro para fora e vice versa, sempre sugerindo a ideia de aplicação por meio de canais oferecidos pelo íntimo de cada um. Interpretar isso é se adequar ao mundo ao seu redor. Qual é o melhor material de apoio para todas as doenças silenciosas, para todas as convivências, tanto no plano físico como no astral? A empatia - como bandeira tênue e bem organizada para que possamos servir a nós mesmos e aos demais. A empatia é como uma mesa de visita onde encontramos um pouco de cada coisa agradável que desejamos expor. O meio de atuação é a mediunidade, como campo de trabalho entre os dois mundos. São muitos os portais de interação entre os dois mundos que recebem a sugestão que atinge o ser humano desde os primórdios de sua origem. Antes de obter a plenitude do livre arbítrio a sugestão já permeia a atuação do princípio inteligente, compreendendo o quanto um composto orgânico ou químico, interage com a sutilidade. A ansiedade e o medo são características que se atraem através da solução de adequação ao tempo, inerente ao processo de evolução. Todo ser vivente libera seus compostos orgânicos na própria assimilação de cada célula. A planta, por exemplo, se modifica para encontrar sua subsistência e como desdobramento gera o gérmen da empatia. Nossas heranças genéticas precisam ser interpretadas para compreendermos o quanto pode ser modificado a partir do vegetal, se adequando para a próxima etapa – a animal. Veja que o conceito de lar consiste na ideia de que o meu mundo é o meu lar, o foco da minha caminhada. No meio das várias espraiadas, vales e condicionamentos situados como moradia, entendemos que somos seres humanos em adequação ao mundo moderno, pois aquilo que entendemos como pertencimento torna-se uma sugestão. Perceba o quanto a
  • 118. Um Grito de Loucura 117 tentativa é importante nesse processo. Mas não basta tentar, precisamos agir aqui e agora e nunca deixar para depois. A empatia empregada nessa situação significa o atendimento da necessidade de cada um. O que é necessário para mim pode não ser importante para você. Diante disso, usamos a empatia para melhor conferir a situação, aplicando um estudo de maior atenção aqui na espiritualidade, que é a adequação da conversação. Como posso falar com alguém que não entende o que eu falo, trazendo amorosidade, mas abordando um assunto que o mesmo não entende? Usando de empatia e sugestão para atingir esse objetivo. Com isso, os portais formam elos de compreensão na vida social, nos ajudando na interligação ao astral para nos situarmos e entendermos essa condição unilateral. A sugestão aplicada no plano astral repercute no plano físico e nos ajuda a compreender esse diálogo interdimensional. A perpendicularidade oferecida pela estruturação desse meio nos trás o conceito de mediunidade. Mediunidade é o formato de um pensamento e mediunismo um estado do mesmo sentimento. Podemos dizer que o mediunismo é uma característica de todos os seres vivos enquanto a mediunidade é uma aptidão mais desenvolvida, advinda deste. Nos seus momentos de fragilidade, o mediunismo afeta até seu próprio sono, sua condição de esperança, afetando sua fé, que é uma energia tranquilizadora, produzida por compostos físicos e biológicos. A fé sólida ajuda a desenvolver nossa estrutura emocional, numa sociedade “fluida”, que seria composta de seres em movimento, numa mistura de pensamentos, acompanhados da empatia, para aplicação ao movimento de fraternidade. Muitos resistem a essa teoria, mas a prática é fundamental para permitir a interação de forma igual entre os seres humanos. O amor cura tudo – contudo - antes precisamos liberar as amarras.
  • 119. Um Grito de Loucura 118 Nesse meio, tudo se mistura e se envolve, se comunica e afeta o entorno. O que podemos realmente falar, que seja positivo para que isso aconteça? O caso da meditação, por exemplo, apresenta no silêncio o maior ruído diante do tempo, com a própria natureza nos oferecendo em seu seio o ruído do vento, da chuva, do rio e dos pássaros. Tudo se inter-relacionando com o próprio movimento, oferecendo as respostas que chegam através de cada som. Cada palavra formula uma frase criando a necessidade de atuação direcionada através da sugestão oferecida naquele momento de meditação. Mesmo intuído de seus melhores pensamentos, você ainda terá que conviver com vários ruídos, como o do relógio ou do seu coração oxigenando seu sangue. Nossos pensamentos são sugestões que interagem pela empatia antecipando a palavra. Veja como é difícil usar sua capacidade de percepção para captar o pensamento do seu próximo. Contudo, muitas vezes, antes dele abrir a boca você já sabe o que ele vai dizer. Isso se chama compreensão da vibração e é um ruído que interage com seus pensamentos, principalmente as sugestões dos desencarnados para os encarnados. Desses pensamentos, quantos realmente são seus? - Acreditamos que apenas dois por cento, pois os demais vêm dos campos morfogenéticos trazendo as vibrações boas e as ruins, e é importante separá-las. Essa teia de egregora negativa consiste nos nossos questionamentos da mudança interior, que vocês chamam de reforma íntima. Infelizmente, os Magos Negros atuam muito nesses campos negativos, atrasando o progresso da humanidade. Para obtermos um movimento precisamos de um meio de transporte, que contenha os polos positivo e negativo, formando uma rede de passagem. Imagine o mundo como um tecido e nele a correlação de vários espaços cria os meios sociais existentes. Os pensamentos que eu envio para você geram uma
  • 120. Um Grito de Loucura 119 ideia, os que você sugestiona para os outros também e a partir de certo momento não é possível mais controlar essas sugestões. Veja o exemplo de um telefone celular, onde eu te comunico o que eu penso e você não tem como controlar essa onda. Tudo começa com o fluido cósmico universal emanando amor e esperança, mas vindo à direção contrária encontramos um fluxo de medo, de ansiedade, te incitando ao pior e em algum momento essas vibrações se encontram afetando os campos morfogenéticos. Cada fio desse complexo tecido é um cordão energético, com características diferentes, formando uma permissibilidade em sua atuação, conduzindo e liberando em suas extremidades uma energia que flui e outra que reverbera. Esse fio segue um fluxo, do negativo no passado para o positivo no futuro. São vários fios, várias bitolas, todos se inter- relacionando, criando um campo de atuação, buscando afinidades entre os que estão mais próximos e evidenciando o tipo de energia em que você está envolvido. Esse tecido formará a vida em sociedade, trazendo as doenças silenciosas em que você está inserido, sugestionando e interagindo entre si. Esses cordões recebem a interferência dos dirigentes do planeta visando ajudar o homem na busca da ressignificação, criando um movimento de adequação para mudar a vibração e assim ocorrem os chamados milagres. Milagres ocorrem todos os dias, quando o Sol nasce, quando conseguimos obter o melhor da vida e ressignificar nossos sentimentos. Todas as vezes que filtramos nossos pensamentos, entramos em meditação, num movimento do superconsciente, através do córtex cerebral. Meditar significa organizar os pensamentos e cada pessoa tem uma forma de praticá-la. São vários os estágios de adequação que afetam o movimento do ser. O que anima o seu perispírito é a energia vital. A partir da energia vital você pode aplicar o livre arbítrio. O
  • 121. Um Grito de Loucura 120 estágio que você mais exercitar é o que fica mais evidente em seu ser. Quais são esses estágios da consciência? - Se você vive no inconsciente não filtra seus pensamentos. No subconsciente você não faz uma filtragem correta e se torna marionete de seres do Mal. No consciente você compreende os padrões que te envolvem e pode tomar decisões para combater os pensamentos nocivos. No superconsciente você já tem pleno poder sobre todos os seus pensamentos e tem domínio do seu eu interior. Aquilo que você deseja é o que você obtém. Por isso, a importância de estar nos estados consciente e superconsciente para não somatizar as doenças silenciosas e obter a ressignificação dos sentimentos. A maioria da humanidade ainda vive entre o inconsciente e o subconsciente. Nosso objetivo é despertar a consciência para o que é importante no seu campo de atuação. Que entre nossas melhores palavras possamos atingir o maior número de pessoas para esse despertar.
  • 122. Um Grito de Loucura 121 Capítulo 19 – Necessidade versus realidade Quando estamos dispostos, o novo se apresenta, mas quando não somos receptivos postergamos novas oportunidades. Nas nossas necessidades encontramos as peças que se agrupam no caminho viabilizando um pensamento positivo. A realidade é uma adaptação dessa necessidade. Coexistimos sob a influência de vários planos e a realidade reflete o momento em que vivemos oferecendo o resultado de diversos meios de influência, reconhecendo neles a verdadeira interpretação do sentido de ajudar sem precisar saber a quem – esses são os benfeitores atuando no anonimato. No dia a dia, encontramos muitas pessoas que se disponibilizam a nos ajudar, embora não pertençam ao nosso círculo mais íntimo. Essa intervenção, conectada ao determinismo divino, atua na realidade daquele momento, evidenciando os caminhos da necessidade, criando uma ramificação e colocando em paridade novos fatos que melhoram as vidas dos envolvidos. Nessa realidade, encontramos em polaridades opostas, os benfeitores e os malfeitores anônimos. O desdobramento dessa situação nos remete ao tema, que sempre abordamos - a sintonização da vibração - como um meio que facilita a indução a uma delas. A frase mais empregada - os fins justificam os meios - nos convida a refletir sobre a possibilidade de atuar num campo muito maior, o psicossomático, onde observamos a necessidade dos pensamentos abrasivos, contaminantes, que machucam os demais seres e o próprio íntimo, desenvolvendo as doenças silenciosas. A interpretação e a somatização dessas vibrações se desdobram nos fatos, trazendo novos questionamentos. Tudo começa com uma ideia fixa e se consolida nos vícios, ampliando sua plataforma de atuação, deixando marcas no perispírito, repercutindo nas esferas mais íntimas do ser e chegando ao registro akáshico. Em meio a essa reverberação, o alcance de sua magnitude é atingido pela capacidade da ressignificação, pois não importa o quanto o ser esteja submergido em sentimentos, sensações de mazela e desespero, tudo pode ser trabalhado,
  • 123. Um Grito de Loucura 122 modificando o aspecto da dominância. Se aquela tendência foi permitida no âmbito da polaridade negativa, precisamos compreender que ela já estava lá, que foi o caminho escolhido e a solução será usar o efeito do espelho ao contrário. Nesse contexto observamos a abertura da mente para pensamentos de ansiedade, que levam o ser a sair instintivamente dessa energia estagnada, mas que apenas o direcionam para a liberação de mais ansiedade. Para entender essa chave acionadora de tantas mazelas, precisamos direcionar essa abertura para o novo, através do despertar da consciência, induzindo-a a executar algo de seu agrado. Diante do ciclo das jornadas evolutivas, devemos aceitar a influência das duas polaridades e o recurso de uma chave de estímulo como uma alavanca para permitir as mudanças da atual realidade. Vamos exemplificar. O movimento caótico dissipa no ser uma condição de ansiedade, fomentada pela necessidade de mudança, pois a ansiedade é o resultado de uma insatisfação interior, movimentando o ser na direção de seu objeto de desejo. Esse pensamento caótico está relacionado ao meio social, cristalizando uma ideia associada a uma egregora negativa. Quando visualizamos a influência da polaridade negativa, também encontramos um incentivo para a mudança, pois todos somos seres sugestivos e possuímos estímulos inesgotáveis da providência divina. Graças a esse estímulo obtemos o movimento de mudança e adotamos atitudes proativas, que nos levam ao estado superconsciente, abrindo-nos ao despertar da consciência com pensamentos e atitudes para nossas melhores escolhas no caminho. Não devemos enxergar os desafios como castigo e sim como oportunidade de aprendizado, transformando a ansiedade em um sentimento que seja ressignificado a nosso favor. Podemos transformar a faca que nos fere em um utensílio útil para servir a alguém.
  • 124. Um Grito de Loucura 123 A tolerância é o sentimento mais adequado para a ressignificação dessas emoções que nos afetam interna e externamente, nos induzindo a compreender ainda mais aquilo que sentimos. Tolerância é um caminho para a elevação espiritual. Mas, tolerar o quê, quem, como? - Precisamos entender a influência do Mal e do Bem em nós. Sempre encontramos alguém equilibrado e feliz ou sofrendo e triste. Nossa jornada evolutiva deve ser realizada como um exercício contínuo e não um desafio competitivo. Esse paradigma envolve o mundo trazendo um movimento de dor e sofrimento e bloqueia os meios de solução. Dor e sofrimento são sentimentos transitórios em nossa caminhada e que devem ser ressignificados em cura e amorosidade. Somente uma pessoa ferida e ressignificada pode entender melhor sua relação com o próximo. Precisamos relembrar das experiências dolorosas das vidas anteriores e entender que não necessitamos sofrer novamente para encontrar um caminho de atuação junto ao próximo. Devemos olhar com empatia para o espelho e ver o reflexo em nosso interior. O que mais nos incomoda sempre será aquilo que está no íntimo e o reflexo no espelho nos desperta para a necessidade da ressignificação. Pela retina dos olhos visualizamos o espelho da alma e através da empatia entendemos como um simples olhar se torna um exercício importante para atender a necessidade versus realidade, ou seja, a ressignificação do ser versus seu objeto de desejo. São palavras semelhantes quando colocadas à luz dos fatos. A ideia fixa é a somatização de um sentimento negativo que precisa ser percebido para aceitar a necessidade de modificação. Se os astros e todo o macrocosmo estão em permanente movimento, porque o ser humano na condição de microcosmo estaria estagnado? Essa condição de estagnação pode levar o ser a uma condição de ovoide, mas assim mesmo manterá as vibrações e um fluxo de energia em constante movimento.
  • 125. Um Grito de Loucura 124 Todo ponto de luz tem um vórtice formando uma cúpula de energia em constante movimento e mesmo um cego a percebe através de outros sentidos. Nosso ser é composto de várias camadas sutis, que nos tornam cada vez mais aptos a reagir e nos relacionarmos com os outros. Somente com a noção de pertencimento a várias egregoras poderemos nos tornar mais empatas e entender a dor do outro. Internalizando-a, podemos ressignificar nossos sentimentos e com o dom do esquecimento conseguiremos a sensação de pertencimento. Aplicando o exercício do efeito espelho, refletimos o que mais nos incomoda, iniciamos a mudança necessária e adquirimos cada vez mais empatia ao longo da jornada. No meio daquilo que é mais importante, adquirimos sabedoria para não negligenciarmos o que é fundamental nas nossas vidas. A modificação de nossos campos emocional e mental só se torna possível quando permitimos a mudança. Contudo, não podemos mudar o outro e somente através do efeito espelho vamos identificar o que precisamos mudar em nós. Abraçar os desafios como ensinamentos, e reconhecer no meio das provações a proteção da espiritualidade, nos permitirá desenvolver a capacidade de atuar em favor de nossos melhores pensamentos. Estar bem ou mal consiste em um tempo verbal e na opção de uma dessas polaridades, reconhecemos que essa sensação depende da interpretação do momento e sempre precisamos ter uma referência para entender cada situação, pois nunca estamos totalmente bem para ajudar o outro ou mal, para ferir. Viabilizando o que está mais próximo e a somatização de uma ou outra opção teremos disposição e abertura para aplicar aquela realidade. Vejamos o exemplo de um médium que se adapta ao trabalho mediúnico e durante a semana somatiza a entidade que precisa de ajuda, compreendendo a necessidade de estar na reunião para prestar o atendimento. Embora chegue com desequilíbrio, terá a abertura para ajudar naquele caso. Agora, veja a outra polaridade, quando o médium tem interesse no trabalho, mas cristaliza seu pensamento na vibração da entidade e falta naquele dia.
  • 126. Um Grito de Loucura 125 Então um fez o certo e o outro errado? São momentos de compreensão diferente e cada pessoa tem o livre arbítrio para agir naquele momento. Aprendemos o tempo todo, inclusive no silêncio. Nossa forma de trabalhar precisa excluir esses padrões negativos que intensificam os preconceitos e atrapalham o amor e o nosso processo evolutivo. Que nossa vontade esteja associada aos nossos melhores pensamentos para fazermos a diferença. Duarte informa que em sua passagem pelo Umbral Grosso esteve no Vale dos Suicidas: - Hoje a repaginação desse lugar atualiza tudo o que de lá se escreveu, refletindo aquilo que foi imantado na energia da desesperança. Buscamos ajudar a maior quantidade possível, mas a culpa que eles carregam se transforma em algo tão sólido que se torna impenetrável. Somente trabalhando com a necessidade do movimento podemos penetrar nas maiores carapaças do pensamento, da cristalização, da culpa e do medo, fomentados pelos Magos Negros, cuja perversidade não conseguimos compreender. Embora esta região esteja situada entre o Umbral Grosso e as Trevas, precisamos entender que a energia emanada de lá chega até nós, como um tecido que se estica e envolve o globo terrestre, aumentando as doenças silenciosas, virando uma bola de neve que aumenta com a desesperança, tornando-se um estado negativo de consciência. Se esses espíritos suicidas aceitam ser subjugados pelos magos, como podemos enviar um protetor para ajudar? - Cultivando amorosidade novamente naquela semente que estava improdutiva, despertando-a para novos sentimentos. Essa batalha constante necessita da Legião de Maria, do amor incondicional das mães que perderam
  • 127. Um Grito de Loucura 126 seus filhos nesse processo, além da ajuda dos espíritos elementais.
  • 128. Um Grito de Loucura 127 Capítulo 20 - Receita para o desapego Duarte traz para o presente Capítulo o Espírito Gregório, psiquiatra da Colônia Espiritual Campo Formoso, localizada no plano astral do sul de Minas Gerais. Essa colônia está ligada ao Hospital Esperança, onde ele estudou com o Dr. Inácio Ferreira 41 . Sua especialização é em doenças silenciosas, atendendo principalmente aos suicidas. A psiquiatria busca ajudar na ressignificação dos sentimentos, estudando o emocional como uma chaga que repercute no corpo físico. Viveu em Salvador trabalhando como enfermeiro de um manicômio na Cidade Baixa e desencarnou em 1963. - Entendendo a vida como um estado ansioso, reconhecemos no momento presente ausência de ansiedade enquanto no futuro, um movimento ansioso. Precisamos entender as modificações que se mostram no presente como agente de solução. A própria palavra “estou” é um ato de transição no tempo, reconhecendo no presente uma sugestão para o novo. “Eu estou bem”, “eu estou ansioso”..., contudo, podemos usar o verbo no passado, “eu estava”, para encontrar e reconhecer a definição desse estado do ser, analisando o tempo e reconhecendo a importância do presente para o despertar da consciência. Hoje, reconhecemos a necessidade de “estar presente” e quando temos uma doença simples como o resfriado surge a necessidade do tratamento para a cura. A importância dessa palavra nos induz a entender a necessidade de estar focado naquele momento, quando o corpo cessa as atividades e procura um período de recuperação. Quando estamos nessa condição, 41 Dr. Inácio Ferreira (Uberaba, 15/abril/1904 – Uberaba, 27/setembro/1988), Psiquiatra espírita que trabalhou no Sanatório Espírita de Uberaba durante 50 anos, aplicando técnicas de desobsessão aos internos daquele hospital.
  • 129. Um Grito de Loucura 128 procuramos um remédio ou outro tipo de tratamento, reconhecendo um movimento no corpo emocional, junto a outros elementos que contribuirão com o tratamento. Qual o problema em estar gripado? A gripe é um processo de transição pelas provações da vida. Ela nos traz o reconhecimento de que estamos vivos, como seres mutáveis em identificação com a própria consciência. Estar consciente do seu corpo é entender a necessidade que ele exige naquele momento. Parar as atividades durante a gripe é uma necessidade da vida, reconhecendo tratar-se de uma doença não silenciosa por ser perceptível através de sinais aferidos pelo organismo. Quando falamos da depressão, identificamos um sentimento íntimo sobrecarregado de diversas informações assimiladas por uma carga energética, criando uma condição que movimenta essa vibração, acentuando alguns pontos, desestabilizando outros, inserindo ideias fixas no meio do córtex cerebral. A assinatura energética estabelecida nessa representação assume o perfil de reconhecimento do sentimento, mas quando deixamos de reconhecê-lo, inicia-se uma luta de várias forças no interior do ser. O primeiro sinal é de estagnação e de desânimo. A solução não está em lutar, e sim, entender, aceitando aquele momento como uma etapa a ser experienciada. A depressão é uma oportunidade de reflexão interior, pois assim como na gripe temos febre e precisamos de medicamento, na depressão precisamos unir os medicamentos corretos com a compreensão do que está ocorrendo, o que estamos sentindo, para obter uma resposta interior. Qual o problema em estar com dor ou em crise? - Aceitar a fragilidade daquele momento é reconhecer a sua importância e quando a aceitamos, o entendimento fica mais forte. Não devemos conter o choro ou a dor daquele momento entendendo como uma experiência útil para nossa evolução. Precisamos deixar de procrastinar, de sermos agentes reativos, buscando conversar com a dor interior que nos incomoda e, ao invés de evitá-la, procurar entendê-la.
  • 130. Um Grito de Loucura 129 Para isso precisamos falar sobre o apego. O corpo emocional cria gatilhos através de vários elos de segmentação, reconhecendo no meio do tempo e do espaço o que se define como apego, que pode ser material, emocional, mas será sempre cíclico. Podemos identificar na nebulosa mental vários ciclos de apegos e as transformações que provocaram, reconhecendo que tudo passa, compreendendo o movimento do tempo. A crise está no “agora” e este é o melhor momento para resolvê-la. Os tratamentos para a depressão consistem em fornecer estímulos através da alimentação saudável, abordando os fatos que ocasionaram o desequilíbrio, sempre buscando um ponto para reflexão ou mesmo um culpado por tudo aquilo. Mas e se não existir um culpado? O apego é direcionado para um culpado, para um vazio emocional e no nosso campo de tratamento não procuramos culpados e nem abordamos o passado e sim o “agora” e o que pode ser feito e internalizado na compreensão do tempo e do espaço, pois somos seres em jornadas diferentes contribuindo para o ambiente em que estamos inseridos. A adaptação a esses conceitos permite o desapego. Buscamos levar o paciente para uma condição de observador de si mesmo, enxergando-se como parte importante de um todo, numa fase transitória onde nada é realmente dele, nada é eterno. No “agora”, o que é possível ser feito com o sentimento de perda? - Vamos usar o exemplo da morte de um ente querido, aceitando que a vida daquele ser chegou ao fim e um novo movimento se forma com a contribuição da eternidade. A pergunta – quem sou eu? – o “eu” é a definição do eterno, do Criador condicionando os mundos e o tempo na linearidade evolutiva. O silêncio dessa reverberação no córtex cerebral traz uma reflexão para o observador, mas como ele ouve a resposta se é quem está assistindo o evento? Ninguém pode responder, pois o pensamento é dele, fazendo parte dos sonhos da criação, vendo os acertos e desacertos na somatória das múltiplas existências. A transformação precisa ser no “agora”, no presente, nos oferecendo a adaptação a um novo movimento. A dor é a expressão de um sentimento. Quando precisamos tomar um remédio aceitamos a dor da injeção para
  • 131. Um Grito de Loucura 130 obter o resultado. O tratamento da dor gera um momento transitório que traz um desconforto para depois melhorar. A dor tem o objetivo de nos trazer para o momento presente, para compreendermos a situação. Nenhuma dor vai nos tornar seres melhores, nos elevar ou transformar em seres superiores. Ela é um movimento que desperta o consciente para uma ação que precisa mudar algo no presente. O presente é um agente de modificação, uma dádiva divina para atuarmos a nosso favor, nos afastando da agonia, da ansiedade. Somos frágeis, sentimos dor e desespero e o entendimento do “agora” nos ajuda a reconhecer as dificuldades, as oscilações da vida. O apego acompanha o ser desde eras remotas, trazendo um condicionamento material ligado à posse, ao acúmulo de riquezas ou de sentimentos. As riquezas ou sentimentos não nos fazem mal e sim, o nosso apego a elas. Por exemplo, uma pessoa está na condição de líder social e acumula riquezas de forma honesta, mas acaba se apegando à casa, aos bens materiais e quando envelhece se apega ainda mais. Desencarna e deixa uma herança que não pode mais usufruir. Quando encarnado foi uma boa pessoa e ajudou ao próximo, mas no seu íntimo não soube se preparar para o desapego. Outro exemplo - uma mãe engravida e observa o crescimento de um ser, enviando a ele as melhores vibrações. Nela brota o sentimento do amor que deve ser compartilhado com os demais membros da família. Contudo, ela define que seu mundo gira em torno daquela criança e chega o momento que a criança se torna adulta e vai começar um novo lar e a mãe no seu apego emocional quer acompanhar o filho, ajudar com os netos, mas o filho muda-se para um lugar distante. Ela começa a ter
  • 132. Um Grito de Loucura 131 depressão por não ter mais controle sobre os acontecimentos, por não aceitar as mudanças, por não entender que o criou para ser livre, para trilhar a própria vida. O apego emocional é um gatilho para as doenças silenciosas. Nunca estamos sós, pois uma multidão de seres nos acompanha - guias, amigos espirituais e ancestrais. A adequação do tempo é o melhor remédio para o desapego. Não existe um tratamento específico para isso, mas sim a compreensão íntima para encarar a crise. Aquele ciclo terá um início, meio e fim. Quanto às obsessões, que possamos aprender com elas, como uma forma de nos desviarmos do desapego, das ideias fixas, entendendo que todo ciclo é finito. O importante não é a chegada, e sim, a caminhada. Assim como muitas forças atuam sobre o seu ser, você também libera energias que atuam formando laços energéticos. Na jornada da vida não julgamos o que é certo ou errado, mas sim buscamos compreender a jornada e a sua linearidade evolutiva, onde os erros e as perdas são aceitos para que possamos aprender a lição. Adequar-se ao movimento é reconhecer que não podemos ficar parados. Experienciar as coisas faz parte da adequação do movimento para que possamos entender a continuidade da vida no meio de tudo isso. Temos momentos de coisas inacabadas, assuntos que passam sem a nossa devida atenção, mas as crises nos revelam isso e nos ajudam a aceitar que tudo passa. Para sermos agentes de nosso futuro devemos aceitar o presente como uma dádiva. Somos ansiosos porque queremos uma resposta para nossas necessidades no imediatismo do tempo. A resposta está em Deus - mas Deus está dentro de nós também, logo - a resposta está em nós. Medimos o tempo pelas nossas necessidades, mas muitas delas precisam de mais tempo ou dependem de outras
  • 133. Um Grito de Loucura 132 pessoas. Milhares de eventos acontecem a cada instante e podemos optar por enxergar só um, plasmando uma barreira que nos impede de seguir, ficando parados naquele momento, entrando na crise e nos desestabilizando por uma única questão. Se assim queremos, temos esse direito - o nosso livre arbítrio – mas, tudo passa e precisamos enxergar a vida de outro ângulo, mesmo continuando observadores daquele ciclo.
  • 134. Um Grito de Loucura 133 Capítulo 21 - O espelho dos sentimentos Duarte descreve o clima no Umbral Grosso, onde encontramos temperaturas mais elevadas em regiões de concentração de obsessão sexual e baixas nos locais que refletem a nebulosa dos pensamentos humanos, ligadas à ansiedade, ao medo e à morte. - Quando nos reconhecemos como seres de luz, assimilamos parcelas da luz divina que nos traz a lucidez da consciência, que sempre é individual, mas nos desperta para uma visão macro, tornando-se coletiva. Com esse despertar as verdades se fundem, nos oferecendo uma ampla interpretação do movimento social. Entender a importância da consciência no movimento social nos ajuda a assimilar os pequenos detalhes envolvidos na interação com a verdade. Na frase de Jesus - “Conhecereis a verdade e ela vos libertará” - encontramos uma síntese da consciência coletiva, pois todos nos reconheceremos como parcelas da luz divina e sua refração oferecerá novas possibilidades, amortizando as dores do Karma. A consciência da vida como um estado cíclico nos ajudará a compreender e enfrentar as dificuldades. No tocante à mediunidade, consideramos que aqueles que a possuem são privilegiados, mas nos esquecemos de que ela é uma ferramenta de acesso ao próximo, uma oportunidade de interagir no Bem. O conceito de salvação não é um ato individual e sim, de uma consciência coletiva que nos coloca diretamente em sintonia com os que estão ao nosso redor. A experiência da vida consiste na comunhão de ideais e a salvação individual está conectada à contribuição social. Somos parcela da luz divina que habita em nós e se reflete em nossos pensamentos através da glândula pineal, reconhecendo que tudo é vibração, criando as ondas renovadoras nos cordões energéticos,
  • 135. Um Grito de Loucura 134 tecendo um suave tecido no tempo-espaço que reverbera no registro akáshico. Somos irmãos em Cristo, conectados por esse tecido e coexistimos no mesmo ambiente devido às ligações energéticas buscando um conhecimento adormecido em nós. Você conhece o princípio do grande inspirar e expirar de Brahma. Contam as tradições que no início do mundo Ele pergunta aos outros deuses sobre o melhor lugar para guardar a consciência. O primeiro propõe escondê-la no fundo do mar. Ele respondeu – não - pois um dia o homem descobrirá tudo o que lá existe. O segundo propõe esconder nas estrelas. Novamente – não - pois um dia o homem chegará até elas - Então vamos esconder nas profundezas da terra, propõe outro deus, ao que Brahma responde: - Não, um dia o homem terá acesso a todos os minerais que estão nessas regiões. Onde então podemos encontrar um local tão remoto que a humanidade não a encontre? Brahma responde – dentro do subconsciente de cada ser humano - criando uma interface com a consciência coletiva, interagindo com tudo, numa linguagem que possa ser compreendida no íntimo de cada um. Cada século deixa suas chagas, cada região um tipo de sofrimento, mas nada é eterno e a contextualização de um ciclo nos leva a ver a evolução na forma de várias elipses. O movimento da Lua ao redor da Terra é elíptico - num momento ela está mais próxima e noutro mais distante - facilitando a interação com os campos magnéticos de outros astros. Chama-se Perigeu, a Superlua, que cria o momento da permissibilidade, da abertura da mediunidade para a movimentação dessas energias no tecido do espaço-tempo, afetando o nosso metabolismo e nossa vida social que aciona o gatilho do perdão.
  • 136. Um Grito de Loucura 135 Tudo interage na contínua reverberação dos espaços, a partir da compreensão que começa do micro para o macro. Quando falamos de Um Grito de Loucura nos referimos a esse despertar, porém antes da melhoria muitas vezes chegamos ao fundo do poço. Contudo, não existe realmente um fundo e sim um momento onde não se suporta mais aquela situação. Nesse ponto, surge a descoberta da luz para se recuperar o tempo perdido, nos impulsionando para a ressignificação. Com a permissibilidade, o determinismo divino atua como um efeito chicote e a mesma força aferida para a impulsão será usada para a repulsão. Assim como estamos contidos em Deus, Ele está contido em nós. Usamos essa frase para nos ajudar no entendimento do Mal que existe em nós e que também está em Deus, pois tudo está contido Nele. O caos se inicia a partir de uma sociedade primitiva, na luta pela sobrevivência, no frio, na fome e no desenvolvimento do instinto. O Homem ainda hoje se aproxima mais do animal do que de Deus devido seu estado inconsciente e primitivo. A grande questão está naquilo em que ele deseja se ligar, pelo uso do livre arbítrio. Veja o caso dos dragões, seres caóticos com necessidade de provar a força e o poder. A ligação energética advinda desse caos oferece as oportunidades do uso do livre arbítrio e mesmo aquele que quer destruir tudo agora, deverá reconstruir no futuro, buscando repor o equilíbrio da organização divina. O Criador sempre oferecerá novos planos de ressignificação para esses seres. A destruição é uma Lei Divina, tema muito bem abordado pelo nosso irmão Kardec em O Livro dos Espíritos e faz parte do momento do Big Bang, da energia
  • 137. Um Grito de Loucura 136 descomunal da construção do atual Universo, criando o magnetismo e a expansão cósmica. Existem duas forças interagindo o tempo todo no Universo – atração e repulsão. Elas dinamizam a aplicação do livre arbítrio em tudo e em todos, criando a interação entre os elétrons e no meio desse movimento levam nossos pensamentos positivos ou repulsivos que determinarão nossos destinos. Precisamos estar sempre disponíveis para aceitar o novo enquanto acalentamos o que é velho em nosso interior. Veja a condição de escravagismo emocional, vibratório, através do medo, que ainda impera no nosso meio social. Desdobra-se em desespero, fome, frio, angústia - palavras disseminadoras de ansiedade, ligadas ao futuro. Esse sentimento precisa ser ressignificado, abordado de forma mais consciente, aceitando na ação do tempo os ganhos obtidos nas vivências anteriores. Quando realizamos as progressões no tempo, cada viajante acessa um cenário particular, pois o futuro que vislumbramos parte do ponto de vista de cada um. Podemos afirmar que a transição para um mundo melhor ainda levará cerca de mil anos, mas os caminhos se entrelaçam no espaço-tempo e podem aumentar ou diminuir esse período. Vamos passar ainda por muitas provações, guerras, morticínios, mas que nossas projeções interiores possam ser as melhores possíveis, disseminando a fé como o alimento da alma de cada ser envolvido. Cordeiro de Deus, retirai os pecados do mundo.
  • 138. Um Grito de Loucura 137 Capítulo 22 - A refração do espelho No que consiste o efeito espelho? - Num manto refratário de luz. Contudo, desde que somos luz e no momento em que abordamos todos os tipos de relacionamentos, interagimos e criamos uma forma de refração da nossa própria luz. A luz que nos fortalece deve ser doada, mas como podemos fazer isso? - A opção da escolha é o que deixa tudo mais nítido, nos induzindo a focar os próprios desejos para encontrarmos o nosso caminho. Que os elos que nos unem possam estar fortes para nunca se romperem. A ruptura se transforma em cordões energéticos que envolvem nosso corpo causal e tudo aquilo que foi construído jamais será apagado neste corpo. É importante seguir sempre nossas intuições e compreender com clareza e responsabilidade nosso padrão, adotado em certas ocasiões, pois quando repetimos o mesmo erro, estamos alimentando energias negativas e deletérias. Nossos erros e acertos se repetem como um padrão cíclico ao longo da vida e precisamos mentalizar em nosso caminho o que desejamos que se repita de bom, afastando os maus pensamentos através do domínio dos nossos impulsos mentais. O mundo se debate em conflitos de interesses, movimentando milhões de criaturas nesse orbe de provações. O interesse se forma a partir da intenção de ganhar algo em cima do próximo, gerando uma plêiade de forças, titularizando o domínio e induzindo ao caos. Quando entendemos a sociedade como um movimento de readaptação dos seres humanos, percebemos a força que impele esse ato, que denominamos caos. Esse estado caótico do pensamento gera uma refração da energia desviando o foco do alvo principal e disseminando os objetivos funestos do mago Aldebaran. A violência pungente trazida por seus vassalos adequa essa roupagem de violência, influenciando o meio social. Esse domínio nos ajuda a compreender os casos apresentados anteriormente e encontrar a melhor forma de tratá-los.
  • 139. Um Grito de Loucura 138 Trabalhamos com a ideia de um exército e sempre que tiramos um soldado do combate, os demais perdem o comando, fragilizando toda a construção de poder. Fizemos esse procedimento na última reunião de desobsessão 42 . Dois dos atendidos estavam na forma zoantrópica e foram levados para tratamento no Hospital Esperança. Outros dois que se apresentavam como comandantes foram encaminhados para um posto avançado e secreto visando sua reconstrução emocional por técnicas de regressão, após tanto tempo sob o domínio do mal. Com a ajuda dos espíritos elementais foi utilizado o fogo da cura purificadora, que se encontrava no ambiente. O ataque desses irmãos não se restringe à casa espírita, mas à mediunidade, sob o comando direto de Aldebaran. Respeitando o livre arbítrio desses irmãos, atuamos para desfazer as escolhas erradas e criar uma possibilidade de readaptação daquele sistema. Quando um deles responde à nossa pergunta – Para quem trabalhas? – naquele momento ele vai demonstrar poder, transparecer uma coisa que nem ele mesmo considera como uma verdade absoluta e então desconectamos o domínio e o controle que eles têm sobre a vítima. Com essa técnica, induzimos aquele ser a um ponto de ruptura e iniciamos sua readaptação para a formação da reconstrução do corpo astral. Dentre as diversas reencarnações e roupagens adaptadas pelos mesmos, encontramos um endurecimento interior, devido ao distanciamento da humanidade. Nessa regressão emocional, retornam à pureza infantil e o choro toma conta do recinto, ao se reconhecerem na forma de criança, sendo sugerida a eles a frase – me perdoe pelo que te fiz, pelo que posso ter feito e principalmente pelas coisas que pensei em fazer – nesse momento, se quebra todo o domínio imposto naquela situação e a magia do amor permeia um caminho, criando um rastro que chega até Aldebaran. 42 Realizada no Centro Espírita Caridade e Luz em São Roque, SP.
  • 140. Um Grito de Loucura 139 Sabemos que mexemos num vespeiro e estamos prontos para o que venha a acontecer. Esse rastro é aproveitado pelos espíritos elementais comprometidos com a formação do planeta, para a construção do equilíbrio emocional e a ressignificação do amor. Muitos espíritos que se encontram no Hospital Esperança aguardam a reconstrução do corpo astral para saírem da condição de zoantropia. Na continuidade dos trabalhos nossa expectativa é chegar até outros comandantes e seus vassalos, para desestruturar a organização do Mal e atingir o mago, usando amparo e dedicação para acessar a camada mais esquecida no interior desse ser - o pertencimento à humanidade. Que o resgate possa ser oferecido a esses irmãos e que o amparo possa ser com a graça do Cordeiro. A projeção é a própria definição do espelho, onde cada indivíduo tem a interação com seu íntimo, buscando suas ambições, desejos e a própria ressignificação. Quando aceitamos essa relação, compreendemos nessa projeção um retorno daquilo que recebemos, chegando a uma linha de equilíbrio. Na situação ocorrida ontem, através do choque anímico 43 , mostramos para aquele ser o espelho de seus atos, evidenciando o conflito de interesses. Cada um tem dentro de si a chama acesa da vontade da evolução. Com o choque, ocorre o despertar da consciência, retomando o tempo que foi paralisado pelo domínio do Mago Negro. Nessa relação sempre teremos alguém querendo dominar e usando a técnica da projeção do espelho sugestionamos o ser à condição de interação. Devemos ter clareza para enxergar as alterações, para discutir e não reclamar, debater e perdoar. Lembremo-nos da pureza das palavras do Cristo – ame-se para poder amar ao próximo. 43 Termo usado para se referir ao contato entre os perispíritos de um desencarnado perturbado e o de um médium.
  • 141. Um Grito de Loucura 140 Nessa projeção, a forma mais nítida de encontrar o amor nas palavras e no receptáculo da experiência é se olhar no espelho e identificar as projeções do passado e do futuro para então dinamizar as suas escolhas. Dentre esse pincelar das palavras escolhidas com muita sabedoria, enxergamos a profundidade das emoções que objetivam a ressignificação. A meta é trazer à tona a realidade do espelho como uma projeção da vida e reprodução de nossos traumas. Nesse meio, que possamos alcançar o nosso objeto principal de desejo, recuperar a maioria dos envolvidos e aqueles que não quiserem o tratamento, que possam ser encaminhados para uma vertente mais plausível de liberdade, isentos do domínio e da subjugação. O ser humano continua com medo da construção de um mundo novo e por isso apresentamos cada ideia, sugerimos cada cenário, mostrando a complexidade da interação dos orbes, das vontades e construindo esse tecido que liga o campo de atuação que representa a construção do íntimo do psicológico humano. Nesse mundo de provas e expiações nos defrontamos com mistérios que são construídos pela fomentação dos magos e dragões. No determinismo, a realidade e o recondicionamento trazem uma nova fase de trabalho. Todos somos culpados, pois enxergamos o Bem mas preferimos optar pelo outro lado e quando nos olhamos interiormente, verificamos o quanto estamos inseridos nessa realidade, fazendo parte desse sistema caótico. Somente quando atentarmos para isso poderemos enfim influenciar o sistema. Sempre fazemos da luta pela vida como algo externo sem perceber que ela é a representação da reprodução do padrão que se encontra no meio mais íntimo de nosso ser. No momento desse encontro íntimo, nos deparamos com a beleza do Criador, que habita em todos os seres. A consciência mista está escondida em nosso íntimo, na concepção da criação e da intuição, da nossa ligação com a degradação que não é uma opção imposta, mas um caminho mais
  • 142. Um Grito de Loucura 141 rápido. A degradação social e emocional continua nessa jornada e só cessa com o despertar da consciência. Nas clínicas psiquiátricas, a projeção mais otimista de nossas contribuições se encontra na questão das vibrações para o tratamento dessas divergências. Cada pessoa vê isso de um modo particular, devido aos seus traumas, suas vivências e forma de enxergar o mundo. Entender a refração de cada cena é fundamental para compreender a sobreposição dos quadros e criar a animação de todo o sistema como num desenho, para entender que cada quadro forma uma figura diferente e sua sobreposição gera a amabilidade do meio social em que vivemos.
  • 143. Um Grito de Loucura 142 Capítulo 23 – Religiões, uma panela de pressão Quando falamos de uma sociedade mais polida, reconhecemos uma comunidade sem preconceitos, mas para isso precisamos compreender o momento em que vivemos e o que foi construído até agora. Já falamos da saga de Mnvyt, das consequências do livre arbítrio, da influencia dos Magos Negros e sua vontade imperando no domínio da mente. Hoje, vamos receber mais um irmão, através da psicofonia do médium, que vai narrar sua história e como se sucedeu a neutralização de seus comandados pela Luz. A necessidade de domínio não condizia mais com sua realidade e a batalha tornou-se interior, lutando contra a manipulação do tempo em que estava inserido, buscando refugio nas religiões. Esse tema pode ser mais compreendido pela necessidade que muitos têm de procurar uma religião. Sua história nos remete à antiga Babilônia, aplicando magias, percorrendo o território europeu ao norte até as plêiades dos celtas, através das religiões pagãs, com objetivo de controlar as massas populares. “- Manipulação e domínio se tornaram um veio de acesso de meus objetivos. A concepção da religião estava em encontrar aquilo que mais desejava e nada fora desse conceito poderia ajudar. A busca da religião era pelo autoconhecimento. Mesmo inserido na dominação e controle dos magos, minha procura era pelo autoconhecimento. Hoje, depois de tantos séculos me encontro a serviço do Bem, disseminando o conceito da ruptura do padrão e me adaptando aos meios atuais, com uma fala amena e tranquila, desmistificando o conceito da religião. Generalizando os fatos, não considero importante contar a minha história e sim os fatos que convergem para o momento atual, falando de concepções e dogmas e principalmente reduzindo as comunicações violentas. O paganismo da época citada era a representação da busca individual pela libertação e a partir daquele momento começava a necessidade do desejo do domínio e do controle e a noção de manipulação das massas, compreendendo a sociedade como um rebanho que é induzido,
  • 144. Um Grito de Loucura 143 que o mundo é perigoso e que muitos precisam ser derrubados. Nessa analogia, cria-se a ideia da devoção, do sagrado representando o polimento social em relação aos seus líderes. Nesse raciocínio, vou falar de meu despertar, quando a concepção do meu autoconhecimento retroage ao início da Criação, percebendo a ideia de que Deus é tudo e tudo está em Deus, na própria conjuntura da palavra no português, pois se você tirar o “d” e o “s” fica apenas a palavra “eu”. A beleza da língua portuguesa torna os conceitos mais claros. A palavra “eu” é uma abreviatura de “deus” e nessa conjuntura cada um pode se encontrar e se entender com um ser divino. Nessa abordagem, encontrei a definição da causa primária, da concepção de que sou um deus, o deus de minha própria vida, onde a minha descoberta anseia por novas jornadas. Essa foi a frase de minha libertação, de meu despertar para a vida. Voltando no tempo, encontramos no domínio a ideia de rebanho e o paganismo disseminava o culto aos muitos deuses, excluindo a representação do deus individual que está em você. Inicia-se o conceito do rebanho como em uma fazenda, onde se delimita o pasto em vários segmentos, quantificando o alimento a ser dado a cada um naquele momento. O paganismo se abre para uma complexa definição de domínio, fomentando o surgimento de novas religiões. Chegamos à era do ferro, com as famílias criando aldeias e cidades e então passamos da ideia do pasto para o exemplo de uma panela preparando uma refeição, representando o conhecimento disseminado em pequenas doses. Aquele que determina a quantidade certa a ser servida cria uma receita do que é necessário de cada alimento para você se tornar uma pessoa melhor. A partir desse momento alguém escolhe o que é melhor para você. Começa o domínio na sua maior representação te transformando no próprio alimento dentro da panela. Nessa condição, imagine cada ser humano sendo pressurizado na panela, submetido à mesma temperatura e pressão, para que aceite os dogmas e preconceitos que chegam até os dias atuais. No interior da panela ficam as pessoas amarguradas, maltratadas, pisando umas nas outras, até que,
  • 145. Um Grito de Loucura 144 aquele que pisa com mais força chega até a beirada e busca sua salvação individual. Nessa analogia, a religião é a panela e a tampa representa os dogmas e preconceitos. Numa panela, quando você foge da pressão, ouve os gritos de anseio por melhoria, criando um ser pressionado, dominado e que executará tudo aquilo lhe for ordenado fazer. Isso está interligado com o conceito de “Um Grito de Loucura“. Quando enxergamos no meio dessa panela os dogmas e mistérios inseridos pelas religiões criamos uma sociedade pressionada e no meio dela um veio que chamamos de família, vida em sociedade e nesse braço de atuação cria-se o transpassar do tempo com o ser buscando nos cultos dominicais a revitalização de suas energias para ser induzido a mais uma semana de domínio. Nos dias atuais, as pessoas sentem uma revolta desse sistema, mas isto as alimenta para suportar mais, dando pequenos alívios de pressão para tolerar a convivência dentro daquela panela e a noção de rebanho nos leva ao domínio e ao controle, entendendo que cada um segue as delimitações de seu líder confiando a ele sua vida familiar e pessoal. Aqueles que conseguem sair encontram um caminho afunilado que os direciona para novos dogmas e aquele que for mais fiel se torna um pseudo líder, vassalo dos magos. Referimo-nos à religião no seu aspecto segregacionista, de divisão da realidade do domínio, fomentando os conflitos sociais, as batalhas, com um querendo se sobrepor aos outros e através dos outros. Nessa relação, a única forma de vencer essa ideologia é se posicionar do lado de fora da panela. Contudo, para isso acontecer, teremos que passar por uma transição, nos tornando precursores do dogma e do preconceito, aliciadores da sociedade. Para sair da panela você precisa se tornar consciente dos seus atos, enxergando no meio dessa tutela a definição da inclusão. É o momento em que você aceita seus erros, sem ter pena de si mesmo e sim
  • 146. Um Grito de Loucura 145 de que fez o melhor que podia, entendendo que foi através de seu livre arbítrio. Aceitar esse caminho é compreender a sua vida de forma plena, se perdoando. Essa é a história de minha vida, onde no início me encontrei como parte do rebanho, depois como precursor do meu rebanho, aliciador e destruidor do mesmo. Quando me coloquei fora da panela, entendi que não fazia mais parte daquele meio e que fora subjugado pela concepção do dogma e naquele momento atuava como vassalo do mago Aldebaran. A partir daí entendi a participação dos magos nas religiões. Quando o despertar aconteceu, entendi o significado do que eu representava naquele contexto e assim compreendi a sociedade como um todo e o condicionamento das pessoas se aceitarem como rebanho, a necessidade que uns têm de pisotear os outros, com as pessoas vivendo numa panela de pressão, em fogo alto e no decorrer do tempo a água da panela se evapora, gerando uma disputa pelo pouco que restou. Surgem as doenças silenciosas, a angústia e o medo, como forma de manipulação e o mais forte vai pisar nos demais para buscar um alívio de pressão. Nesse momento, a frase “os fins justificam os meios” libera o ser para fazer o que for possível em seu caminho para alcançar seus objetivos. Depois, vem o arrependimento, mas sua atitude já despertou o mau exemplo nos outros. Surge o estado de corrupção onde o dogma se fortalece e o alívio de pressão te leva a voltar para a panela. A chave dessa comunicação é entender o quanto estamos inseridos nesse sistema corruptível. Ninguém deseja viver de sobras, pisando na cabeça do outro, mas esse é o meio que você aprende para sobreviver. Todas as vezes que você vira o rosto para aquilo que te incomoda é o seu lado mau se manifestando, te tornando omisso. Aceitar o seu lado mal te ajuda a entender que você precisa mudar isso, aplicando a palavra que o irmão Duarte fala tanto - a ressignificação. Essa é a única forma de sair do meio inserido, de se livrar dos dogmas e compreender a vida em sociedade. A
  • 147. Um Grito de Loucura 146 castração das ideias é um dos motivos das doenças silenciosas, afetando o livre arbítrio, a liberdade de pensar e as emoções. Tenho muita rejeição a essas religiões, apesar de reconhecer sua contribuição ao longo dos tempos. Só nos tornaremos melhores quando sairmos dessa condição, não permitindo a castração, encontrando a saída da panela sem precisar pisar em ninguém. Relembro minhas palavras iniciais - enxergando seus atos, aceitando o que fez, mas não repetindo o mesmo erro, como nos ensinou Jesus - perceba que nenhum dos grandes iniciados criou uma religião. Eles deixaram uma mensagem que foi manipulada tendenciosamente. Se o Bem e o Mal caminham juntos dentro de cada indivíduo, o Bem atua em resposta a cada momento que o Mal age. Quando você vira seu rosto a uma necessidade do próximo e se torna omisso, ainda assim olha para o outro lado, e nesse momento surge a determinação do que você precisa fazer modificando sua vibração. Antes de fazer alguma coisa você precisa pensar e nesse momento o Bem já atua mudando o sentido de nossa vontade. É a contextualização da luz e da sombra - onde a luz toca, ilumina - mas atrás dela sempre haverá a escuridão, que representa a distância da vontade. Submeter-se à vontade de outro é estar na escuridão, seguir os passos dos outros, ignorando sua vontade, entendendo que tudo que você faz está dentro do seu ser e que precisa polir sua vontade para não fazer mal a ninguém. Essa é a definição do despertar da consciência, se liberando das concepções de religião, de dogma e domínio, e principalmente entender o que isso causa ao nosso redor. No meio social sempre teremos um líder influenciando, mas lembro de que só podemos ser líderes de nós mesmos. Aceite seus erros e acertos, defina sua vontade, sua atuação e direcione sua libertação pelo conhecimento.
  • 148. Um Grito de Loucura 147 Se permita errar para tentar fazer o que é certo e não para fazer sua vontade. Lembre-se que você precisa pensar antes de agir, mas pense com clareza para não prejudicar ninguém. Como peregrino da própria realidade não tenho uma morada fixa no plano astral. Nas minhas andanças não me fixo em nenhuma colônia. Vivo sozinho no meio das florestas encontrando os que cruzam meus caminhos e que estão dispostos a ficar comigo por algum tempo. Aproveito para disseminar minha mensagem – aceite seus erros e não os repita mais. Na concepção da magia, o mais importante é se enxergar como um fragmento de Deus, o verdadeiro Deus que habita o Todo e assim se utilizar da força para corrigir a caminhada e não para brincar de Deus e alterar os caminhos dos outros. Se permita errar, mas sempre tentando acertar. Esse é o meu caminhar ao longo da estrada da vida. Sou um mago do bem, das matas, um feiticeiro que domina os poderes que temos dentro de nós, nos entendendo como parte de um todo. Pense, co-crie, e faça. São palavras antigas de iniciação da magia. Que nossas escolhas não prejudiquem ninguém. Como numa pedra bruta que será esculpida, que possamos liberar a arte que nela está contida, a delicadeza contida no áspero e fazer algo produtivo para o mundo em que vivemos. Que possamos usar o melhor de cada religião, ressignificando nossas atitudes.” Vinicius das Flores
  • 149. Um Grito de Loucura 148 Capítulo 24 – O ruído da frustração Reconhecendo em nossos pensamentos que a humanidade vive dentro de uma panela de pressão cujo assunto foi apresentado pelo irmão Vinicius no Capítulo anterior, consideramos que cada ser é um elemento proativo de sua própria vida, deduzimos que uma panela de pressão está cozinhando algo, preparando um alimento e no meio dessa ação é necessário verificar o ponto do cozimento, ou seja, aliviar a pressão para acessar o conteúdo. O que significa o alívio de pressão? - Uma conversa sadia, uma oração, aceitando que não podemos interferir no processo. Quando não dormimos bem, ocorre o contrário do alívio - quando o corpo fica tenso devido ao nervosismo - temos um acúmulo de pressão no nosso ser. Nessa analogia, se você sabe quanta pressão pode suportar quem vai controlar a temperatura da panela? Daí vem a necessidade de compreender a frase – somos parcelas do divino – se você entende que o acúmulo de pressão é natural ao longo da vida, deve orar para alguém te ajudar ou você mesmo deve atuar nesse alívio? Precisamos entender isso e explicar aos demais irmãos que a atitude mais importante na vida é fazer a manutenção prévia do seu campo emocional, permitindo que o íntimo ande de mãos dadas com a vontade. A profilaxia mental nos ajuda a entender o que podemos ou não interferir, pois na limpeza da mente verificamos o que não faz parte de nossa responsabilidade. Somos seres dependentes do meio natural em que estamos inseridos e do emocional das pessoas ao nosso redor. A necessidade da aprovação dos outros acaba por gerar uma dimensificação desse alívio de pressão. Se a aprovação vem de nosso íntimo, com quem faremos esse diálogo?
  • 150. Um Grito de Loucura 149 - Conosco mesmo. Quando todas as perguntas são direcionadas a nós mesmos, o silêncio da meditação é fundamental para trazer à tona essa interação com o nosso íntimo, pois as respostas não vêm imediatamente e a imersão no silêncio nos ajuda a aperfeiçoar a intuição. Esse é o momento do despertar da consciência, onde se situa o caminho que queremos trilhar e as condições impostas nessa direção são aquelas que nos ajudam na adaptação. Na vida, sabemos o que não queremos para nós, mas dificilmente vamos ter a certeza do que realmente queremos, pois ainda não experimentamos tudo o que é possível, criando a possibilidade de um alívio de pressão, condicionando nossa caminhada sem medo de errar. Podemos fazer uma analogia com o espelho, através do ato de conversar com o próximo, obtendo a empatia da semelhança de afinidades, tornando o movimento cativo, trazendo a ideia de similaridade nas relações humanas. Hoje, verificamos essa necessidade nas frustrações, pois cada pessoa tem uma frustração semelhante à do próximo e os relacionamentos se formam visando ajudar nesse processo, nos sugestionando a sempre esperar algo positivo de alguém. Identificamos na analogia da panela que o alívio ajuda a combater a frustração, que é um meio que semeia a vingança e condicionadamente “empurra com a barriga”, o perdão, a capacidade de enxergar o que é permitido. Toda tentativa é válida, mas quando algo sai do controle observe como ocorreu, buscando facilidade nas relações sociais, trazendo à tona a ideia da comunicação no meio familiar para encontrar a solução do Karma postergado ao longo das diversas vidas. Para obter o melhor proveito dessa situação, precisamos reconhecer o meio em que vivemos quando interagimos com o próximo, fazendo parte do conceito do espelho, nos colocando perto da realidade e compartilhando as mesmas frustrações - esse
  • 151. Um Grito de Loucura 150 é o momento do diálogo interior. O ponto em que situamos essas frustrações traz à tona a experiência compartilhada. Toda tentativa é válida e toda comunicação se torna um braço do perdão, que ao ser encontrado, seja abraçado com amabilidade, oferecendo a linearidade evolutiva para suportar nossa caminhada. Tudo está integrado, dos grandes astros às subpartículas da matéria e assim essa teia social se divide sem sair, contudo, do ponto central. Nada é totalmente novo, tudo se repete e a vida recomeça com uma frustração, um trauma ou desespero, guerra ou violência. Só vamos vencer essa fase quando cada um encontrar um novo padrão para fazer diferente, deixando de oferecer mais do mesmo. O pensamento é a forma mais fácil de nos expressarmos. Se as pessoas não conseguem alinhar o pensamento, falarão coisas distintas e o próximo passo será compreender, o que é muito difícil, pois quando surge o conflito o primeiro aspecto a ser observado é o debate e sempre alguém quer colocar em evidência e impor o seu pensamento. Nessa discussão ninguém está totalmente certo ou errado. Quem sobrepuser sua vontade cria a ideia do conflito que gera frustração, liberando um padrão negativo que reverbera numa frequência que não tem distância e essa antena cria uma baixa vibração através da simples vontade. A atuação energética da sua mediunidade soma a essa frustração o condicionamento para que sua vontade se imponha junto aos demais. Nessa reflexão, veja quantas vezes o conflito se torna a bandeira de atuação junto ao meio social. Nem se abstendo você deixa de lidar com o conflito, pois no momento em que os dois pensamentos se colidem esse movimento reverbera algo que já é a soma dos dois pensamentos de baixa vibração devido à conotação da vontade de submeter o outro. Isso está associado ao nosso instinto animal e diante da jornada evolutiva do Mal para o Bem, consideramos que o lado primitivo é o Mal e o ambiente de compreensão da comunicação, o Bem.
  • 152. Um Grito de Loucura 151 Trazendo à tona que você é fruto do conflito e tendo consciência que o conflito faz parte de sua essência, reconhecemos o padrão e a partir daí vem à tona a vontade de fazer diferente. Isso se torna um movimento repetitivo que você faz sem pensar a partir do momento que se conscientiza de que não quer mais aquilo e busca o que você quer através de um movimento. - Eu tentei e não deu certo, aceito as minhas possibilidades, reviso os meus erros e continuo na direção de buscar o que quero. Mas o que eu quero? Nessa frase, encontro a resposta do que realmente preciso. O conflito reside em esperar algo proveniente das frustrações obtidas diante das outras experiências. A meditação pode ajudar nesse processo, considerando a ideia de reverberação e ruído. A reverberação acontece quando imantamos em nosso pensamento a ideia do que queremos e o universo abre os caminhos para facilitar essa dinamização. O ruído, quando entramos em paranoia e a externalizamos o que ocorre em nosso íntimo. Essas duas formas tendem a trazer uma compressão em nosso íntimo criando um movimento de impulsão e retração. Nesse meio, analise como tudo isso é fundamental para proteger sua redoma energética. Aquilo que te retrai desperta os medos do que você não quer e o que te impulsiona te induz à meditação, te posicionando no “agora”, nem no passado e nem no futuro. Estar no “agora” é se desligar dos pensamentos que trazem ruído, conectando ao seu interior e antes de procurar respostas, focar nas perguntas. Esse é o momento do superconsciente, em que a fagulha divina se acende no seu Chakra Coronário te conduzindo ao estado átmico, trazendo à tona a intuição e a vontade de fazer diferente, fazendo do “agora” o melhor momento. A reencarnação é uma oportunidade de ser mais ativo, quebrando o padrão e fazendo diferente.
  • 153. Um Grito de Loucura 152 Uma sociedade frustrada é fácil de ser dominada, pois está mais distante do agora, estruturada no passado ou voltada para o futuro. Observe que quando as frustrações se destacam, levam a atuações confusas, envolvendo negativamente toda a humanidade. Nosso mestre Jesus é o grande arquétipo desse orbe e o principal meio de acesso para o nosso conhecimento interior. Amar a Deus amando a você mesmo – te ajuda a entender essa ideia de frustração, do que você não quer mais. Quando Jesus fala – vá e não peques mais – nos convida a usar nossa vontade para fazer o que é importante. O que entendemos como religião deve ser direcionado para o perdão das ofensas. Nas cidades e aldeias espirituais existem departamentos específicos para trabalhar as frustrações, abrindo as possibilidades de ajudar o próximo que tem as mesmas desilusões que as nossas, acionando a chave de acesso, o gatilho, para atuar através da similaridade. Na casa de Meu Pai há muitas moradas. A mensagem dos grandes iniciados nos ajuda a compreender o meio em que estamos inseridos. Você fala para aquele que está próximo e este para outro e assim criamos uma reverberação condicionada na lei do amor. Você dá o que recebe e essa reprodução se torna o meio mais fácil de semear o bem, ressignificando nossas atitudes e mudando de dentro para fora.
  • 154. Um Grito de Loucura 153 Capítulo 25 – Intenção versus necessidade Intenção versus necessidade nos relembra sobre a proteção mental, da organização dos nossos pensamentos. A pressa atrapalha mais do que a vontade de querer fazer as coisas certas. Precisamos sempre evidenciar a ideia do melhor que podemos fazer naquele momento - nem mais, nem menos - sem medo de errar, para evitar os espíritos que se alimentam dessa energia negativa, pois o medo se torna um sentimento volátil que nos afasta dos nossos objetivos. O contrário do medo é a esperança, uma corda tênue que nos aproxima do divino, reconhecendo a imperfeição de nossas atitudes quando tentamos acertar. Precisamos trabalhar a respiração para oxigenar o sangue e levar boas energias para cada átomo de nosso organismo. Nessa respiração, enviamos irradiações para os corpos sutis e inicia-se uma barreira de proteção, compreendendo a respiração como um ponto de acesso para o desdobramento e para a manifestação mediúnica. Num diálogo, se você perde o controle da respiração, acaba ficando mais ansioso, mais prolixo e sem condições de transmitir com confiança seus pensamentos. A respiração é um ponto de superação do medo que nos ajuda a nos afastarmos das influências dos magos da escuridão. O medo atua como um pequeno gérmen que se desenvolve em nós. Para fugir do medo as pessoas buscam os caminhos das drogas, da irritabilidade, formando os cordões energéticos que nos ligam pela afinidade a uma extensão dessa continuidade. Precisamos falar sem preconceitos sobre esse assunto, desmistificando o que está sedimentado no inconsciente de cada um. Para ajudar no desenvolvimento mediúnico dispomos de algumas plantas que nos facilitam esse processo, como a rosa branca, o anis estrelado e o manjericão. A rosa branca traz a proteção, o anis funciona como um estimulador da glândula
  • 155. Um Grito de Loucura 154 pineal e o manjericão é usado como tranquilizante.. Essas ervas nunca devem ser compradas e sim presenteadas, para simbolizar solidariedade. Tome um banho dessas ervas por semana, banhando-se do pescoço para baixo para proteção, estímulo e paz. Isso ajudará a diminuir a ansiedade e reverberar a vibração da comunicação. A mediunidade se desenvolve em paralelo ao cotidiano da vida, oferecendo a intuição do que o corpo precisa. Insistimos nesses conceitos para que as pessoas se condicionem nessa nova vibração. Isso precisa ser absorvido sem preconceitos no meio espírita, pois a nossa proposta é unir o que tem de melhor em cada religião, permitindo que cada um conceba o melhor de si, formando cordões energéticos de luz. A indução direciona o caminho que desejamos com sinceridade para chegar aos nossos objetivos. Com isso adquirimos a responsabilidade que nos direciona para o amor verdadeiro, compreendendo o valor da sinceridade. Perdoar e induzir com sinceridade é o caminho do veio do amor, trazendo à tona o despertar da consciência para obter a busca pessoal e compartilhar o que temos de melhor em nós. A proposta de um trabalho difuso ocorre quando todos os médiuns se preparam e se distanciam, com cada um fazendo o que manda sua intuição. Propomos ninguém soltar a mão de ninguém para esse ciclo crescer indefinidamente, sempre respeitando o limite de cada um. Minha missão é contribuir para a formação desse cordão energético de luz. Que estejamos cada vez mais juntos, com a comunhão de nossas ideias criando correntes de libertação nos livrando das amarras que criam o preconceito, acessando a corrente do amor que a tudo cura. O amor cobre a multidão dos pecados. A essas palavras podemos colocar outra - Cordeiro de Deus que tirais os pecados do mundo - mas o que podemos entender com essa frase? Transferimos muita responsabilidade para o nosso Cristo, delegando a Ele uma tarefa que é nossa - identificar nossos erros e nos ajudar a depurá-los. Vivemos num mundo de provas e expiações e devemos corrigir nossos erros através da sinceridade de cada um com o esquecimento de todo o mal através do perdão incondicional.
  • 156. Um Grito de Loucura 155 Precisamos enxergar as nossas vivências analisando os conflitos de nosso íntimo, aceitando o auto-perdão na linearidade evolutiva. Colocarmo-nos no lugar do outro nos leva a carregar um pouco de sua cruz e entender que a vida aproxima pessoas com problemas semelhantes, ajudando quem está do seu lado e que compartilha de uma parcela que você já carrega. A empatia nos coloca no lugar do outro e a compaixão nos aproxima dos semelhantes para aplicar a empatia. A compaixão acontece quando você se disponibiliza em ouvir o lamento de um desconhecido e a empatia ocorre quando você entende esse sofrimento, trazendo-o para seu campo vibratório e falando algo oportuno nesse momento de entrega. Na empatia você se coloca no lugar do outro e na compaixão você interrompe o que está fazendo para ouvir o outro. Palavras como – amor, paixão e vício – representam um conteúdo de dependência emocional que se desdobra em dois movimentos, físico e emocional. Os gatilhos que se manifestam nessas dependências se traduzem em vícios na esfera física e desesperança no emocional. Não deposite sua necessidade emocional em outro e sim faça uma reflexão interior para identificar os padrões que precisam ser revistos no despertar da sua consciência, levando seu movimento do inconsciente para o superconsciente. Cada nova atitude ganha valores significativos que irão culminar na ressignificação. O que é importante para você não necessariamente é para o outro e a comunhão das ideias só irá acontecer através da comunicação com compaixão. A cada dia as palavras ganham novas ressignificações em nosso campo harmônico atuando pela
  • 157. Um Grito de Loucura 156 compaixão para o despertar da consciência do maior número de pessoas, promovendo essa reorganização. Não adianta buscar um expansor de consciência sem antes entender os problemas que te afligem. Como eu posso expandir minha consciência se não cuido adequadamente do meu corpo? Como entender minha mediunidade se não respeito minha família? O respeito precisa andar ao lado da ressignificação. Olhar para o nosso interior é um ato de ressignificação. O chá ayahuasca pode levar a essa condição, mas antes precisamos ter respeito, facilitando a proximidade mediúnica com nossos guias e mentores, fortalecendo o cordão energético que nos une e protegendo todos os envolvidos em tratamentos espirituais.
  • 158. Um Grito de Loucura 157 Capítulo 26 – O vício da dependência Duarte delega este Capítulo para o Irmão Edgard, que se apresenta: - Minha trajetória como um Exu começou em 1946 quando retornei para o mundo espiritual, vagando pelo Umbral Grosso até encontrar o espírito Tatá Caveira 44 que me assustou pela aparência de esqueleto, mas me despertou para a necessidade de limpeza interior. Comecei a trabalhar na Umbanda com as quebras de feitiço e me interessei pelo relacionamento que cada ser tem consigo mesmo, até que um dia resolvi me tornar mais independente. Com a ajuda do Irmão Luciano 45 , obtive maior autonomia para realizar meus trabalhos socorristas. Em 1996, quando realizava resgates pelas bandas espirituais de Minas Gerais, retirando pessoas das ruas para as clinicas de recuperação, me deparei com um negro, magro, de olhos claros, era o Luciano. Na época que trabalhava na Umbanda, eu era um Exu Tranca Ruas. Hoje sou um Exu liberto, conhecido como Preto Fujão. "Não gosto de carregar ninguém e sim de mostrar onde você deve ir ou não". Respeito a vida e a opção de cada um. Na última encarnação vivi numa condição de escravidão, fui golpeado e morto por uma tesoura que me arrancou um olho, objeto que me traumatiza até hoje. Luciano me ensinou que eu sou o dono de mim mesmo e que poderia sair da condição de Tranca Ruas para uma condição melhor, me tornando um mensageiro de uma proposta melhor. 44 Segundo a tradição da Umbanda, Tatá Caveira apresenta-se astralmente sob a forma de uma caveira, veste uma capa preta e trabalha na última parte do desenlace na matéria, a cabeça e os idosos. Atua, na maioria das vezes, em manicômios, hospícios e abrigos de idosos. Este guardião também trabalha para aliviar os casos de dependência às drogas e ao álcool. 45 Luciano é um mentor que lidera a Grande Falange Branca, subordinado a Pai João Cobú, governador de Aruanda.
  • 159. Um Grito de Loucura 158 Vivo pelas esquinas, de bar em bar, de casa em casa, onde posso trabalhar, interagindo da melhor forma, sempre respeitando o livre arbítrio. Com muita alegria doamos nossa energia para ajudar o próximo. Ainda que a forma de nos expressarmos seja dura, procuramos falar com clareza o que é necessário. Muitos problemas hoje estão ligados à dependência, ou seja, à necessidade que as pessoas têm de algo para se apoiarem. Se eu dou importância aos seus problemas você acaba se vitimando e eu preciso ter sabedoria para saber como tratar adequadamente o assunto. Minha função nesse contexto é trazer um diálogo fraterno e amistoso para te ajudar a encontrar um novo caminho. Como substituir as más influências nas nossas relações? - Se você precisa de luz e não tem, trazemos o fogo, que, contudo, pode te queimar. Até a energia elétrica pode te dar um choque se não tomar os cuidados necessários. Podemos mostrar que é possível fazer diferente, para diminuir a dor e o desconforto. Tomar remédios, chás ou mesmo outras drogas podem nos ajudar a entender a caminhada de nossas vidas e o significado das dores. Não trabalhamos com o desconforto da dor e sim com a busca do alívio dos sofrimentos. Vamos abordar os vícios emocionais que geram a dependência. O que vocês entendem como choque anímico nós chamamos de contato com a realidade onde constatamos que todos dependem de algo para seguir caminhando e o trajeto mais importante é aquele que deixa para trás um legado. Como tratar uma dependência emocional no meio da família? A reprodução do pensamento negativo que foi absorvido pelos outros, fomenta a repetição de novos erros, envolvendo
  • 160. Um Grito de Loucura 159 seus entes queridos. Se tirarmos uma criança de perto dos pais e a levarmos para outra realidade, ela irá reproduzir instintivamente o que tinha em seu íntimo, em suas vibrações interiores. Dependência nem sempre é algo negativo e pode contribuir com nosso crescimento espiritual. Ao reproduzir aquilo que foi ofertado necessitamos enfrentar a situação com sabedoria para entender o quanto isso pode prejudicar o próximo. O importante é desenvolver uma relação de crítica, aceitando que não somos perfeitos e usar a dependência para nos tornarmos um pouco melhores. Aceitar a dependência como uma possível melhoria através do senso crítico é o caminho para nos melhorarmos. A crítica nem sempre é boa, mas se a aceitarmos com humildade, será produtiva, nos mostrará quem somos e como poderemos realizar nossa melhoria interior. A dependência emocional nos leva à depressão e desencadeia sofrimento para todos os seres que amamos. Sofrer por amor é ignorância e sofrer por desamor é maldade. A dependência começa no nascimento, com a necessidade que a criança tem do amparo dos pais. Apesar de nunca sermos gratos pelo que temos o desejo de ter mais nos motiva a caminhar. Entenda o que busca, compreenda o que tem no seu entorno e busque no seu íntimo identificar o desamor naquilo que te prejudica. Esse desequilíbrio tem aumentado atualmente com o condicionamento do consumismo exagerado nas crianças. Num passado não tão distante não havia tantas distrações que nos afastavam da verdadeira vontade. Quando encontro pessoas com dependência, vivendo fora da realidade, procuro abrir os caminhos das dificuldades da vida para elas receberem um choque de realidade. Oferecemos o
  • 161. Um Grito de Loucura 160 sustento e mostramos de onde vem a sobrevivência para conscientizar a criatura. Trabalho diretamente com os vícios, despertando o interesse para aquilo que as pessoas não têm. A ideia fixa é o principal obstáculo que precisamos remover e para isso precisamos encontrar um substituto para aquele vício, oferecendo pensamentos melhores, outras direções para criar o desapego que se torna a melhor forma de trabalhar o assunto. Mas falar de desapego para quem está viciado é muito difícil e então mostramos a repetição da dependência emocional, acentuando as dores no corpo para colocar a pessoa em movimento, despertando o ser mais cedo e oferecendo novas chances de viver a vida. Ficar matutando os problemas na cama não ajuda em nada. É preciso levantar e enfrentar os desafios do dia, através da repetição de boas atitudes. Trabalhamos no sono da pessoa, evidenciando as maiores perturbações a serem evitadas. Minha forma de trabalhar é exemplificar mais do que falar. Pego pelas mãos e levo o ser para os vales sombrios para ele ver o que pode acontecer se não se modificar. Aquilo que se vê sempre será mais significativo do que o que se ouve. As pessoas não querem mudar e por isso a necessidade de um choque de realidade, para elas se sensibilizarem. Não machucamos ninguém, mas se elas não aceitarem nossa ajuda irão se ferir até que enxerguem o que mostramos. Os Exus são a última opção para o despertar da consciência, pois mostram o que te incomoda e o que pode te causar dor. Para os vícios emocionais apresentamos alternativas para substituir as antigas dependências. A vida nos oferece os recursos para sobreviver e encontrar os estímulos para preencher esse vazio interior. Devemos envidar todos os nossos esforços na busca de nossos sonhos, de nossos melhores momentos. O que você acha que prejudica mais, as drogas que você bebe, fuma, injeta nas veias ou as oriundas de palavras aparentemente bonitas e que te destroem por dentro?
  • 162. Um Grito de Loucura 161 Quantifique no meio social que você vive quantos estão nessa dependência emocional. O conflito é necessário para despertar no coração de cada um a verdade da vida. Os conflitos são o epicentro da cura para trazer a paz interior. Não tenho problemas com drogas, lícitas ou ilícitas. Meu problema é com a dependência, pois você precisa saber o que é bom para você e ter responsabilidade de uso para com suas escolhas. O que você repete se torna uma constante, que é para onde a sua vontade é direcionada. Dependência é vício, e esta é a minha demanda. Quantos homens não chegam em casa bêbados e batem na esposa e nos filhos? Nesse momento eu atuo, interferindo pela magia, enfrentando as entidades do mal que estão causando o conflito. Um dos feitiços de proteção que realizo quando você dorme é plasmar diversos agêneres 46 do seu corpo astral para confundir os Magos Negros. Outra forma é mudar a aparência do ambiente criando uma cúpula de proteção para seu corpo, com a ajuda de outros irmãos. Mas a pessoa precisa se ajudar. Posso também assustar o mago, usando de intimidação e até violência, se necessário. Que a justiça possa sempre trazer as melhores palavras, e na ausência destas que ela traga entendimento para perdoar e entender a importância de sempre tentar. 46 Agêneres dizem respeito à criação de espíritos artificiais, que podem se apresentar e revestir com formas de uma pessoa viva, causando assim, uma ilusão de estarmos interagindo com uma pessoa encarnada.
  • 163. Um Grito de Loucura 162 Capítulo 27 – Universos paralelos Vamos introduzir um tema de convívio semanal na reunião mediúnica, porém pouco compreendido. Quando pensamos em alquimia entendemos uma interpretação de magia, palavra antiga do idioma persa que vem de “magh” e significa “capacidade de falar depois”, ou seja, sabedoria em transformação. Nessa compreensão de transformação, encontramos os quatro elementos, que somados, resultam no plano físico que conhecemos - terra, com o fogo resultando na forja, água com o vento formando a vida. As transformações no mundo físico nos levam ao conhecimento das vibrações trazendo a atração e a adaptabilidade como uma lei de mudança universal. A dependência emocional é uma transformação pela busca do amor próprio e a maior mudança que o espírito pode obter, através do conceito do espelho, é o amor próprio, que encontramos na busca da reforma íntima. Como fazer isso em uma pessoa que não se conhece e não quer se melhorar? O início e o fim da nossa jornada evolutiva estão na descoberta interior e para isso acontecer precisamos estar dispostos a buscar mais, formando um ciclo que lembra uma espiral, onde o final de cada jornada já nos conecta ao elo da próxima. Assim, as próprias doenças silenciosas tornam-se um ponto de apoio para uma auto compreensão mais nítida, exigindo uma busca persistente desse objetivo. A assimilação dos fatos nos ajuda a construir esses elos que nos ligam à linha do tempo, numa construção a partir do plano físico para encontrar as leis que nos regem, incluindo o próprio tempo como adaptação para cada um desses elos. Quando sugerimos a ideia da magia, da alquimia através da transformação, compreendemos essa linha do tempo como um elemento primordial a ser usado nessa receita. A busca para entender o que se passa em nosso ser transpõe o tempo em busca de uma resposta mais direta. Frente ao trauma, que vira redoma e bloqueia a linha do tempo, a compreensão e solução dessa continuidade precisa da criação de
  • 164. Um Grito de Loucura 163 um filtro, para ajudar um observador a identificar as várias fases de um mesmo fato. Compreendendo a violência e a discussão que ocorrem na sociedade diante do tempo, encontramos as dependências e a auto sabotagem. Se a influência é um dos meios mais utilizados no plano astral inferior sobre o plano físico, compreendemos que a maior delas provém da comunicação. A dissolução dos bloqueios e seus desdobramentos e a imersão na compreensão dessa transformação acontecerá quando usarmos da mesma linguagem, abordando a nossa vivência, estudando o assunto e ressignificando a atividade, condicionando a mesma como um exercício para a continuidade da vida. Precisamos conceber a vida como um conjunto de roupagens e adequações que unem as várias reencarnações, colocando paciência no tempo, adicionando o perdão e a comunicação para fundamentar a cura pelo amor. A soma desses elementos realiza a transformação e aí incluímos as vibrações, lembrando a teoria das cordas, a relação humana com a sociedade e o meio ambiente, plasmando as projeções para o futuro focado na compreensão do “agora”. Somente mapeando os pontos e inserindo as discussões podemos falar do “agora”, da ressignificação de cada vivência e compreender através da retrospectiva no tempo um modo de fazer diferente. Imagine vários campos convergindo para um mesmo ponto através dessas vibrações, pelas cordas que se situam no meio de um espaço tênue e considere que a vibração de apenas uma delas já gera a reverberação, modificando o campo da outra, realizando o transporte e a refração dos sentimentos. Quando olhamos a atmosfera encontramos a refração de uma vibração distinta daquela que acontece no vácuo, no plano astral. Considerando que um plano é subsequente do outro, entendemos que essa refração é um transporte da magia, para a ressignificação.
  • 165. Um Grito de Loucura 164 O irmão me pergunta sobre a interação entre as cordas e os cordões energéticos. Observe que cada corda situada na roupagem de cada existência nos situa num espaço-tempo e cada campo de estudo se torna uma vibração, interferindo no outro e assim consecutivamente gerando uma refração. É necessário estudar cada parte desse sistema, entendendo aquilo que você enxerga. Você tem dois olhos, mas enxerga somente uma fatia do que foi disponibilizado ao seu redor, em função do seu ângulo de visão. Nessa condição, se você excluir a visão daquilo que seus olhos conseguem enxergar, ainda assim estará percebendo essa fatia, com as faculdades da alma, percebendo outras formas além de seus sentidos. Isso é o que titulariza a sua vivência, pois cada sentido terá um significado diferente e cada um enxergará de forma específica e apresentará uma interpretação diferente para aquele assunto. Assim surgem as diversas patologias em cada ser, interagindo nas doenças silenciosas. Referimo-nos às camadas energéticas que liberam vibrações e interagem entre si, oferecendo a compreensão de um todo ou apenas de uma fatia. Nessa complexidade de pensamentos e considerando as limitações da existência na matéria, encontramos os caminhos dos sonhos e a capacidade de aspirar novos momentos. O campo anímico nos remete a uma das cordas que nos leva aos arquivos Akáshicos do corpo causal, nos levando à regressão dos momentos da infância onde se encontram os traumas de aceitação da vida. Nessa condição, você encontrará um padrão repetitivo e a cura começará com novas descobertas. Para a cura das doenças do futuro devemos enxergar a vida como uma grande razão desse esquema, pois antes da concepção da vida já trazemos um condicionamento da finalidade da existência e o que você faz é aquilo que você já estava condicionado a fazer. A condução de sua vida depende de sua vontade em mudar interiormente e de interagir no meio familiar e social. Assim converge a ideia de cooperativismo, de comunhão e compartilhamento das melhores vibrações, fazendo um transporte de energias advindas de outras vidas e te ajudando a enfrentar os padrões existentes. Como você reproduz o que
  • 166. Um Grito de Loucura 165 aprendeu, precisa refletir sobre o que deseja a partir de hoje para o futuro. Vamos rever um padrão comum - na infância ou mesmo dentro do útero - encontramos um padrão específico de alguém que anseia pela vida, se desenvolvendo e buscando mais espaço, se descobrindo como um ser. Neste exemplo, o bebê que não chuta preocupa a mãe, pois é a vibração do chute que traz a certeza da vida saudável. O movimento da criança libera uma energia que traz um progresso no desenvolvimento da vida. O chute causa um desconforto momentâneo que promove a vida, pois o ser que vai regressar ao plano físico cria um movimento que libera a satisfação de saber que tudo está bem e com isso a mãe sente a necessidade de se cuidar mais para trazer saúde ao bebê. O chute se torna um padrão duplicado que reverbera na satisfação dos pais. Afinal, tudo segue o padrão de uma onda energética que converge nas células, criando um magnetismo que vai do micro ao macro, interligando tudo através dos campos morfogenéticos, formando as camadas das existências, interagindo nas subdivisões que formam os campos de mudança pela comunicação. Vamos a mais um exemplo. Dois idosos conversam muito bem entre si, mas um idoso conversando com alguém mais jovem tem a responsabilidade de educar e a partir daí vem a interação da sugestão. Reprodução, significa ensinar o que você aprendeu e sugestão, apresentar fatos para a decisão pelo melhor. Como não existem respostas certas, essa sugestão irá direcionar o ser para uma situação de bem estar, de equilíbrio e de pertencimento na sua linearidade evolutiva. Segundo a física quântica, a teoria das cordas propõe muitas dimensões além das três que vocês vivem no plano físico. A quarta seria o tempo e podemos dizer que a quinta e a sexta seriam respectivamente os planos astral e mental. Todas elas possuem um espaço vazio que conecta uma à outra liberando a
  • 167. Um Grito de Loucura 166 refração da onda, que se propaga para as onze dimensões, depois para vinte e duas e assim por diante, formando o multiverso. Quando falamos de múltiplos espaços precisamos entender que nem tudo é reproduzido e a criação divina ocorre a cada instante. Os campos continuam criando novas camadas vibracionais e a expansão de nossa mente ajuda nessa condição de criação contínua. O entendimento da teoria das cordas vai mudar ao longo dos séculos e provavelmente no ano 3 mil a física estará admitindo mais dimensões ainda. Veja a questão da numerologia. 4+6 resulta em 10, que representa o 1 e o zero, ou seja, ligado e desligado. Quando estamos ligados fazemos parte de um todo e quando desligados estamos sós. Se admitirmos que podemos viver ao mesmo tempo em outros universos, entendemos que estamos em roupagens distintas mas com conexões vibratórias comuns e não necessariamente somos a mesma pessoa daquele universo paralelo. A individualidade é única e interage através de corpos comunicantes. Essa interação acontece na onda gerada pela sugestão nos campos mais sutis. Um grão de areia troca calor com outro e em algum momento alguma parte estará mais fria e a outra estará tão quente que poderá vitrificar. Nessa condição microscópica, a interação acontece o tempo todo e o transporte ocorre nessa interação subatômica, no âmbito das cordas. Através da respiração podemos nutrir nosso ser dessa energia que traz a vida e a mudança contínua.
  • 168. Um Grito de Loucura 167 Capítulo 28 – Medo e ansiedade O tempo passa mais rápido no plano espiritual. “Um Grito de Loucura” fala sobre mediunidade, violência, mas também aborda tudo aquilo que sentimos em nossas almas. Nas minhas andanças, sinto ansiedade ao presenciar a necessidade das pessoas ao meu redor. Quando falamos de transformação, as pessoas pensam em milagre, mas só Jesus operou milagres, pois Ele acreditava no que falava e transformava tudo ao Seu redor. Pessoas de pouca fé e sem disposição para uma transformação interior dificilmente alcançarão o milagre do despertar da consciência - um vórtice de energia a ser trabalhado. Referimo-nos ao efeito espelho, ao auto-perdão, que traz um novo entendimento de nossa proposta de vida. Quando abordamos a mediunidade como um apontamento para a recuperação do tempo perdido, focamos na necessidade de renovação, substituindo o homem velho por um homem novo que está dentro de nós. Seu livre arbítrio coexiste na mesma proporção do dinamismo da sua caminhada. O Ser atua sobre tais alterações que ocorrem em cada subcamada da consciência, onde a ansiedade e momentos de tensão são trabalhados. O despertar da sua fé, ainda que pequena, existe e te permite abordar em seu íntimo para que impulsione seu desejo como resposta. Quando a resposta não chega, criam-se vórtices distintos do pensamento, trazendo uma egregora de medo. Essas são as armas de acesso das entidades do Mal, para imporem sua vontade. Nosso objetivo, contudo, é despertar o gérmen do conhecimento, ampliar a efetividade da fé e desenvolver uma resposta apropriada para aquele momento. Abordamos a cura de um estado mental que traz depressão, Alzheimer e esquizofrenia, onde frente à melhoria há uma piora momentânea, devido à indolência dos pensamentos que retardam a chegada da cura. Quando a dor se torna insuportável, estaremos juntos para aliviar o fardo e te inspirar à cura.
  • 169. Um Grito de Loucura 168 Vinde a Mim vós que estais cansados e sobrecarregados que Eu vos aliviarei, pois o Meu fardo é leve e o Meu jugo é suave. Essas palavras do Mestre são apropriadas para o momento em que coexistimos e com o avanço para o século XXII estaremos atuando em movimento incessante de renovação para acelerar o progresso da humanidade. Com o despertar da consciência estaremos direcionamento os caminhos que oferecem uma transformação, para cada ser encontrar o melhor para si mesmo. Sem essa assimilação, a dúvida nos leva a caminhos divergentes, para a busca de uma resposta pessoal que apenas atrasa nossa evolução. O "tempo clama" é uma frase apropriada para aqueles que se encontram desesperados. A lição a ser aprendida refere-se ao movimento que gera transformação, esculpindo novas verdades nas relações com o próximo. Como abordar um assunto que se desdobra em interpretações tão distintas para cada pessoa, mas que ofereça uma compreensão abrangente? Precisamos pensar em adequar uma comunicação dedicada para cada faixa etária - da criança ao adolescente e deste para um adulto, e assim por diante. Explicando as respostas a uma criança, deixaremos perguntas para um adolescente e dando respostas a estes, chegaremos a perguntas aos adultos e assim sucessivamente, nessa jornada do despertar da consciência. O que importa é a disponibilidade para fazer a diferença, onde cada Ser encontra a alavanca apropriada para aquele momento, compreendendo o espaço de ação a partir dessa Lei, tal qual é palpável e maleável. Uma alavanca para mudar o mundo, como disse Arquimedes. A esperança advém da aceitação de que cada burilada expõe a necessidade de cada Ser. O tempo é o melhor remédio que nos permite andar de mãos dadas com ele, caminhando no mesmo sentido. Que o tempo nos traga as melhores perguntas para que as respostas venham da forma mais apropriada, sanando nossas dúvidas e
  • 170. Um Grito de Loucura 169 expandindo nossa fé, para que a esperança seja o transpassar de nossa caminhada e nisso possamos ajudar cada um no seu devido tempo. A ansiedade leva ao medo e precisamos compreender que o tempo é um aferidor de ansiedade e também o elemento de sua cura. Com isso, enxergamos o nó que nos prende ao sofrimento e a movimentação que nos liberta. Na ansiedade você deseja ter o controle do tempo, mas ele é fluido como a vida. Precisamos parar e interagir com nosso íntimo, bloqueando nossos pensamentos e buscando na esperança e na fé as alavancas de nossa libertação. Quando adentramos uma nova roupagem física, trazemos a fé e a esperança para nos sustentar na nova caminhada. O que me motiva a caminhar? O que me motiva continuar e o que quero com isso? Nesse contexto, a ansiedade sempre existirá. Acompanhamos um diálogo num posto avançado do Hospital Esperança com o Sr. Aurélio, que falava – quando Jesus andava na Terra, também teve ansiedade. Jesus soube vencer seus momentos de ansiedade, caminhando para as respostas, como fez no deserto. Quando o ouvi dizer isso, parei para refletir. Se coexistirmos com a esperança e a fé, temos que vencer os sentimentos inferiores. As respostas nos direcionam para o objetivo que queremos. Vida é movimento - movimento é vida. Para curar a ansiedade precisamos movimentar as perguntas ampliando os campos de comunicação, da convivência fraterna. As pessoas se fecham cada vez mais numa bolha e nessa cristalização do pensamento alimentam as energias negativas que não querem mais. Criamos e reforçamos o medo e a ansiedade, pois nos vemos pelos olhos dos outros gerando uma perspectiva
  • 171. Um Grito de Loucura 170 de alguém que nos observa. Contudo, o que importa não é o que o outro pensa e sim o que se passa no nosso íntimo. O sentido de pertencimento aumenta o campo através da discussão e fortalece a esperança e a fé. No Hospital Esperança existem prédios dedicados a esse assunto. Doutor Inácio, por exemplo, trabalha no âmbito da depressão e da esquizofrenia, oferecendo a metodologia de transporte e ressignificação do tempo. Para corrigir um defeito, precisamos conversar abertamente sobre o assunto, direcionando a busca por uma resposta do próprio assistido. É isso que dinamiza o gérmen da esperança a se espalhar em cada camada da existência, interagindo com aqueles que estão receptivos a esse movimento. Disponibilidade e atuação são os pontos do livre arbítrio que convergem à existência e precisam estar acessíveis para permitirem a interação. Abordar os fatos com clareza nos possibilitará a melhor escolha. Observe a grande quantidade de pessoas que desencarnam e inconscientemente se estabelecem no Umbral Grosso, carregando uma grande carga de ansiedade. Nessa condição, elas permanecerão indefinidamente no local que viveram e desejaram para si mesmas. Deus nos oferece a vontade para irmos de encontro às nossas vibrações afins, mas mesmo nos planos de sofrimento encontraremos muitas possibilidades de aprendizagem e de serviço no Bem. Que nas espraiadas da vida possamos buscar o movimento de libertação e de pertencimento. Vontade é tudo o que importa e o que libera nosso pensamento para tudo o que realmente desejamos. Não existe vergonha ou demérito em ir para o Umbral Grosso, mas somente direcionando nossa energia para o Bem vamos encontrar os melhores caminhos daquela região. Vergonha é não assumir os próprios passos, é encarar-se no espelho e não se reconhecer.
  • 172. Um Grito de Loucura 171 Aceitar o que fomos no passado, o que somos agora e o que seremos no futuro é uma grande jornada. A persistência gera movimento e este gera a vida. Vida em movimento significa adaptação para priorizarmos o compromisso e a assiduidade. No dia a dia encontramos muitas preocupações que nos afetam o sistema imunológico causando uma interferência carregada de energias negativas. Cada indivíduo carrega em seu córtex cerebral uma antena psíquica que se manifesta na glândula pineal. Nessa antena encontramos as interferências positivas que a pessoa está recebendo dos seus guias espirituais e dos benfeitores anônimos que podem ser considerados como os trabalhadores de última hora. Geralmente eles não possuem nenhum vínculo com aquela pessoa e interferem para neutralizar um movimento errado que pode afetar a harmonia de um sistema social. Não podemos afirmar que as interferências negativas são devidas somente às Trevas, pois sempre haverá uma permissão do envolvido. Somos responsáveis pelos nossos pensamentos e quando a vibração reflete essa permissão a interferência será para o Bem ou para o Mal. A degradação do estado consciente atua nos vínculos emocionais e energéticos sobrepondo-os através da vibração, atuando como uma chave mestra que abre os portais existenciais que iremos trilhar. A responsabilidade se desdobra do livre arbítrio e a espiritualidade maior nunca permite ataques aos encarnados - estes só ocorrem devido ao uso inconsequente dessa chave mestra. O bloqueio ocorre na condição consciente do pensamento e a melhor forma de neutralizar as vibrações é sobrepor os pensamentos com foco na intuição da melhoria. A sobreposição do pensamento é o mecanismo mais adaptativo da redescoberta desse estado consciente, criando a vontade de ajudar.
  • 173. Um Grito de Loucura 172 Nosso objetivo é despertar o lado bom da interferência, mas para que isso aconteça a pessoa precisa estar consciente de seu corpo, alinhando a vontade com o desejo de mudança, combatendo a procrastinação e assim resolver os problemas mais rotineiros. São muitos gatilhos que nos ajudam na busca das boas vibrações: sobrepor a ideia de que estamos protegidos, sentir-se feliz com as opções da vida, tendo total domínio das escolhas. Sobrepor o pensamento é mudar o foco o mais rápido possível para neutralizar as vibrações negativas. Deseje sempre o melhor daquilo que você está precisando. Se o campo energético está contaminado, a melhor opção é realizar um movimento no sentido de encontrar a força necessária para seguir em frente. Quando o padrão se quebra encontramos uma ruptura e com isso, podemos parar por um momento para refletir e buscar um novo rumo. Dentro dessa realidade precisamos realizar as atividades sem pressa, pois esta traz a ansiedade, uma das dependências emocionais mais presentes em nosso convívio. Quem se apressa deixa de ver a beleza nos mínimos detalhes. Os detalhes da caminhada são mais importantes que o final do percurso. A felicidade não está na realização e sim na busca pela melhoria, pela melhor interferência, pelo detalhe, que muitas vezes está implícito e acaba intensificando a noção de ansiedade, medo e procrastinação. Com medo de chegar ao fim do objetivo, encontramos atalhos que nos levam à perdição. Nossa caminhada sofre alterações de rotas e a cada instante a estabilidade emocional fica mais distante nos adaptando ao que está ao nosso redor, criando a ideia que não conseguiremos obter o que desejamos e sempre aparecerá outro desejo para sobrepor o inicial e assim sucessivamente.
  • 174. Um Grito de Loucura 173 A meditação ajuda na limpeza do pensamento com a oxigenação do sangue 47 , da respiração concentrada e consciente, te oferecendo um estado consciente que te permitirá reencontrar o equilíbrio. Quando a dor ultrapassa os limites suportáveis reverbera a adrenalina que está disponível no nosso corpo para ajudar a repor as deficiências. O desequilíbrio emocional precisa trazer o pensamento para o consciente, alinhando racional com emocional, criando duas forças - a propulsora da razão e a da emoção - trazendo as opções de escolha. O livre arbítrio ocorre nesta sobreposição de pensamentos e o alinhamento busca impedir a estagnação. 47 Métodos simples de respiração como a Kriya Yoga, descarbonizam e restabelecem a oxigenação do sangue.
  • 175. Um Grito de Loucura 174 Capítulo 29 – Compreendendo a rotina Tudo em nossas vidas começa com uma rotina e precisamos conhecê-la nos detalhes para nos melhorarmos. O que fazemos errado na rotina se reflete direto na saúde física e emocional e esse é um dos assuntos que abordamos. Quando falamos sobre o auto-perdão, buscamos o entendimento do que se passa em nós. Nessa perspectiva, compreender o que se passa no dia a dia é uma etapa importante desse processo. Quantas vezes você percebe sua rotina? - Você acorda e tem o hábito de agradecer à vida, mas não intenciona fazer diferentes escolhas, como melhorar a saúde dos pensamentos do cotidiano. A rotina é importante porque nos permite reunir os acontecimentos para análise ao longo dos dias, das semanas e fazer o planejamento mensal, trimestral, semestral até chegar ao anual. Isso nos ajuda a ter o tempo a nosso favor. Hoje, cada vez mais corremos contra o tempo e não a favor. Se o tempo é uma necessidade fundamental para os que vivem na matéria, precisamos fazer dele um companheiro de todas as horas e não nosso inimigo. Nesse planejamento colocamos tudo o que é necessário para nossas vidas. As palavras se direcionam para um tipo particular de pessoa e com elas procuramos atingir um público maior modificando o contexto em função das necessidades específicas. Com esse método podemos acompanhar o quanto falta para atender todas as demandas, procurando chegar à vida daqueles que ainda não possuem o discernimento. A adaptação sempre será uma opção para a fomentação de pensamentos que despertem a força de vontade. Se as nossas raízes estiverem bem fortificadas, então poderemos realizar a transposição de nossa árvore, que simboliza a semeadura de nossas possibilidades. Dentro da sinapse nervosa encontramos as ligações que geram o movimento de adaptação do meio biológico, na
  • 176. Um Grito de Loucura 175 construção química do sistema do cérebro 48 e também na glândula pineal encontramos a ligação direta dessas patologias. Nos exames de ressonância magnética de pessoas inseridas nessa condição, podemos observar vibrações e transporte de energia. A medicina atual, através do CID 10 F32 49 já admite os estados de depressão e os processos de bipolaridade no ser humano. Nesse conceito, a adaptação será a solução para essas doenças, como ponto de partida de cada um em buscar suas melhores escolhas, o remédio mais adequado para aquele momento. A busca pela cura sempre passa pela superação dos traumas existentes, nos levando a um próximo movimento de aprendizagem. Aceitar que somos um conjunto de seres em simbiose diante desse movimento de transformação nos ajuda a entender os processos que se encontram inseridos nele e que existem muitas possibilidades de tratamento, embora nenhum seja definitivo. O tratamento que é eficaz para você não necessariamente será para o outro, pois somos seres únicos e o que nos aproxima são nossos pensamentos. Sabemos que tudo é energia e a comunhão entre os planos físico e astral decorre do transporte das substâncias que existem em cada plano. Aquilo que você não possui no lado astral precisa ser buscado através do princípio de transporte no plano físico. Como exemplo cito os recursos de algumas ervas e dos tratamentos de fluidoterapia. Nessa simbiose, tudo o que seu corpo absorve se transforma em energia que reverbera na glândula pineal. 48 Bases neuroquímicas e farmacológicas comprovadas por ressonância magnética atestam a eficácia da Ayahuasca em estudos clínicos. 49 Classificação Internacional de Doenças – CID 10 é publicado pela Organização Mundial de Saúde (OMS) e visa padronizar a codificação de doenças e outros problemas relacionados à saúde. A letra F aborda transtornos psicóticos mentais e comportamentais, incluindo Demência na Doença de Alzheimer, esquizofrenia, bipolaridade entre muitos outros. .
  • 177. Um Grito de Loucura 176 O alinhamento magnético do corpo físico é semelhante ao dos astros e ainda é pouco estudado pela Ciência. O sono, por exemplo, se torna mais restaurador no horário noturno porque a Lua possui um magnetismo fundamental para o equilíbrio biológico. Nesse mesmo contexto ela afeta as marés, a migração dos pássaros, as plantações e até os níveis de melatonina dos seres vivos, regulando alguns hormônios. Tudo é movimento e a vida se torna um transporte te levando a novas etapas. O magnetismo é a força que rege esse movimento, compreendendo que tudo possui energia, influenciando todos os reinos da natureza. O campo gravitacional é magnético e sua interação gera movimento na natureza - as árvores interagem com suas raízes, a água atravessa todo o planeta levando vida - mesmo no mundo microscópico podemos sentir a manifestação do sopro da vida. A força magnética traz o movimento da vida e da cura em todos os planos da existência. A vida anseia pela cura e transposição dos problemas, aceitando que cada etapa se conecta ao sistema evolutivo. A partir da glândula pineal observamos a reverberação do magnetismo para o resto do nosso corpo. Essa indução ocorre pela vibração do pensamento, onde, se o objetivo for a retirada de uma dor, de um incômodo, essa vibração não será de atração e sim de repulsão. Já no caso de trazer um estado de sono profundo, calma e sentimento de amorosidade, teremos a atração. O meio de manipulação dessas energias vem através das mãos, com a imposição do passe magnético, como meio condutivo. Já quando vibramos por alguém será o nosso pensamento o meio difusor de nossa vibração. A reverberação se torna um movimento de ondas onde respeitamos a limitação de cada indivíduo e que não podemos andar numa linha retilínea uniforme e sim como picos de foco condicionados através do tempo. É isso o que acontece no momento da construção magnética pelo passe e pensamentos de cura.
  • 178. Um Grito de Loucura 177 Atualmente, muitos cientistas têm se dedicado ao estudo da glândula pineal, visando a cura da ansiedade, da depressão ou mesmo da insônia, desenvolvendo remédios que são assimilados pela derme, como adesivos ou imãs, posicionados em pontos estratégicos do organismo. Além dos minerais contidos nessa glândula, temos outros órgãos do corpo humano que também possuem a capacidade de realizar a refração de energia, sob influência dos Chakras. Cada corpo interage de uma forma particular com a vida, condicionando em cada um a sua própria similaridade com o sistema. Já informamos da própria condição do cordão de prata, que se fixa na região do corpo que é mais estimulada. Quantas vezes, devido ao acúmulo das emoções retidas através das vibrações baixas, encontramos pedras nos rins ou na bexiga, que podem trazer a dor. A interação de cada indivíduo com sua reverberação ajudam a compreender esse movimento de onda. Se nossos pensamentos interagem nesse movimento de onda eles se cristalizam, provocando um movimento energético e biológico de simbiose que se reverbera no campo de interação da vida física. Daí decorre a bipolaridade, a depressão e as demais doenças silenciosas. Quando isso ocorre no Chakra Cardíaco, afeta a nossa amabilidade criando um endurecimento desse campo. Assim ocorrem as paixões que nos afundam ou que nos renovam. Já no Plexo Solar, isso influi na força para a vida, levando às alergias, às doenças do sistema excretor, nos incapacitando de depurar as informações e transformá-las em movimento de perdão e entendimento entre as pessoas. Quando analisamos a desarmonia que nos impede de caminhar corretamente, compreendemos a importância do auto-perdão e assim surge a teoria da complexidade de nossos pensamentos através da reverberação e do movimento simbiótico entre os planos físico e astral. A simbiose como campo de adaptação ao pensamento e a
  • 179. Um Grito de Loucura 178 cristalização deste, se evidencia nos Chakras e transpõe no corpo físico. Cada elemento do reino mineral tem um campo magnético específico que representa a energia; Os cristais 50 dispostos devidamente ao redor do nosso corpo, de uma casa ou mesmo do planeta possuem a responsabilidade de transformar e transportar energia. São condutores da reverberação que ajudam no equilíbrio da vida. Tudo interage na natureza e a adaptação é a condição energética do tempo e da vida como um todo. A simbologia universal está como veículo de transporte para o infinito onde as pessoas se (re)conhecem em campos de diálogo, (re)assumindo sua condição de pertencimento numa sociedade em equilíbrio. Os cristais podem ser usados para a cura e quando aplicamos à cromoterapia 51 , suas cores contidas ativam esse processo. São várias etapas a serem vencidas até chegarmos à cura integral. Vivenciar o amor é importante, porém há momentos em que o perdão será mais evidente enquanto outros ainda, em que a evidência será em relação à projeção no futuro. 50 O contato da pedra entra no sistema energético e por meio de sua ressonância reequilibra energias e, consequentemente, a emoções e o bem-estar. 51 Tratamento que, por intermédio das cores, estabelece o equilíbrio e a harmonia entre corpo, mente e emoções.
  • 180. Um Grito de Loucura 179 Capítulo 30 – Organizando a rotina Já abordamos a importância dos grandes portais para o alinhamento dos astros e as várias fases da Lua que são representações desses portais. Da frase de Jesus “Pedi e obtereis” podemos tirar preciosos ensinamentos sobre a importância desses alinhamentos planetários. Contudo, nos pequenos alinhamentos também podemos obter informações importantes sobre a renovação da vida, dia após dia e no decorrer das semanas. Os portais multidimensionais são abertos em horas e dias específicos. Ao amanhecer, liberamos o cortisol 52 , com a produção da energia que vamos precisar para enfrentar um novo dia, nos nutrindo adequadamente, enquanto planejamos a nossa rotina. Recebemos do Sol a temperatura necessária para o estímulo do cortisol que é absorvido nos alimentos, mas também pela nossa fé e nesse momento o corpo desperta de um sono reparador, nos ajudando a nos libertar do padrão negativo condicionado em nosso ser. Com a chegada do crepúsculo nos distanciamos dos problemas vivenciados ao longo do dia e buscamos a tranquilidade. Nesse momento são liberados os hormônios da dopamina 53 e as vitaminas que fortalecem nossos ossos e músculos. Vamos nos acomodando para o descanso, buscando diálogos proveitosos em parceria com o tempo. É importante nos recolhermos num horário adequado 54 ao leito para acessar um portal, por volta das 2 ou 3 h da manhã e 52 Hormônio produzido pelas glândulas suprarrenais, localizado acima dos rins. Sua função é ajudar o organismo a controlar o estresse, reduzir inflamações, contribuir para o funcionamento do sistema imune e manter os níveis de açúcar no sangue constantes, assim como a pressão arterial. 53 Neurotransmissor responsável por levar informações do cérebro para as várias partes do corpo. A substância é conhecida como um dos hormônios da felicidade e quando liberada provoca a sensação de prazer, satisfação e aumenta a motivação. 54 Tema de ampla discussão pelo professor de neurobiologia Andrew Huberman da Universidade de Stanford.
  • 181. Um Grito de Loucura 180 assistir palestras no plano astral. Verifique quantas vezes você acorda inspirado com sonhos reveladores. São três portais que se abrem diariamente. O primeiro deles entre 7 e 9 horas, iniciado pela liberação da produção de cortisona na glândula pineal estimulada ao despertar, que se estende até a chegada do segundo portal, entre 16 e 18 horas, finalizado com a Ave Maria, num ato de agradecimento. Ao entardecer na abertura do segundo portal, entidades nos conduzem ao encontro dos melhores caminhos, os Chakras são realinhados oferecendo saúde física e limpeza mental. À noite, sem a redução do cortisol no organismo, a pessoa dorme mal e acaba desorganizada por completo. Vale lembrar que, para o bom desempenho da mediunidade, um corpo descansado promove o funcionamento otimizado da glândula pineal. Após a tranquilização que este portal nos oferece, produzimos a dopamina para aliviar as dores do corpo e nos preparamos para o sono. O terceiro portal vai das 23 até 3 horas da madrugada, trazendo recuperação ao corpo físico pela respiração e cria acessos aos Liceus da Mediunidade. Em seguida encontramos os portais semanais, alinhados com as fases da Lua: Nova, Cheia, Crescente e Minguante, que afetam os mares e influenciam a mediunidade. Na Lua Cheia, os portais nos inspiram em buscar a criança interior, a pureza das mesmas. A última Lua Cheia é um portal de pedidos de transformação, onde são acatados muitos pedidos e intenções, quando fazemos uma retrospectiva dos eventos daquele período. Na semana da Lua Minguante, temos o momento de gratidão pelos pedidos que foram atendidos. A Lua Nova nos remete ao que está adormecido em nós e na Lua Crescente, temos o momento de criar novas situações. Renovar-se é ser criativo diante da busca das respostas. A glândula pineal ganha uma nuance de criatividade tornando nossa semana prática e adaptativa. O aproveitamento do magnetismo da Lua começa com uma boa alimentação, fazendo do tempo um parceiro e amigo importante para a realização de nossas tarefas, desenvolvendo a rotina nos dois lados da vida para o despertar da consciência. A
  • 182. Um Grito de Loucura 181 noite é um momento de agradecimento e inspiração, estimulando a criatividade para o próximo dia. O ritmo no astral é célere, contudo para os Seres desencarnados cristalizados por ideias negativas, ele passa mais lentamente. O tempo é a quarta dimensão que liga os dois planos da vida oferecendo aquilo em que a mente se fixa. Ele é um meio de comunicação que nos posiciona no espaço oferecendo a prioridade para esta organização da rotina. Essa metodologia é oferecida a todos os que sofrem diante da ansiedade, do medo e do desespero e é uma das mais aplicadas para aqueles que estão em depressão ou com esquizofrenia. Psicólogos e psiquiatras a chamam de controle da rotina, conceito já praticado nos Liceus de Mediunidade. Não me refiro aos liceus como algo destinado aos espíritas ou médiuns somente, mas como universidades de caminhos, ou seja, escolas que semeiam o gérmen da transformação interior. Estes se localizam em vários níveis do astral, desde o Umbral Grosso até as colônias espirituais. Falamos de grandes observatórios formados no plano astral e alguns até no plano mental, onde as palestras se realizam pela inspiração e não necessitam de formas astrais e sim de adaptação da consciência para os participantes se sentirem acolhidos. Um lugar sem um espaço determinado e onde encontramos diversas nuances. Os agentes são os guias e mentores, principalmente os Exus e Pombagiras 55 , que abrem nossos caminhos para a transformação do Karma. Cada um de nós tem uma necessidade particular e precisa encontrar o melhor caminho para atendê-la. 55 Espíritos que nos protegem nas áreas pessoais, afetivas, profissionais e financeiras, atuando como guardiões de nossas necessidades mais imediatas. São conhecidos como executores do Karma, trabalhando a serviço da Luz.
  • 183. Um Grito de Loucura 182 Esse também é o momento de refletir sobre o que fizemos naquele dia, fortalecendo nossos laços de família e amizade. Difundindo essa ideia de organização da rotina, ajudamos as pessoas a priorizar os assuntos mais importantes, contando com a ajuda da espiritualidade para resolvê-los, desbloqueando o acesso aos portais diários e avançando para os portais semanais, fazendo melhor uso do tempo. Com essas palavras simples criamos a ideia da organização e da rotina. O irmão Danilo sugere uma palavra interessante – organização da rotina - que é o tratamento oferecido nas terças feiras 56 . Isso nada tem a ver com as estruturas hierárquicas das organizações que você conhece e sim com a coordenação mental diante do tempo, evitando que a pressa atrapalhe a criatividade. Nisso, difundimos a ideia de prioridade para compreender que os problemas têm seu peso, importância e podem ser subdivididos em temas com tempo específico para abordagem de cada um. Não são palestras com grande público, e sim, encontros pessoais de esclarecimento, através de várias técnicas, em salas individuais e com a presença de diferentes instrutores ou seminários realizados em campo aberto, ensinando a manipulação de medicamentos. Ali aprendemos o que eu chamo de centro de poder, uma revelação interior que nos ajudará a enfrentar carências imediatas. Em cada tema destacamos os problemas do dia a dia, pessoais e familiares, submetendo ao nosso consciente um de cada vez. Observe que o acúmulo de problemas acaba gerando desespero e ansiedade. Enxergar um problema de cada vez ajuda- nos a encontrar uma saída criativa. Se você tentar resolver todos os problemas de vez, não encontrará solução. 56 Refere-se às atividades de aconselhamento espiritual feitas pelo espírito Danilo Codegroza no Centro Espírita Caridade e Luz, em São Roque, SP.
  • 184. Um Grito de Loucura 183 Uma coisa de cada vez. Qualidade é melhor que quantidade. Por vezes, poucos segundos resolvem um dilema. Caso não aconteça, passamos para a próxima fase e quiçá a resposta nos ajude a resolver a anterior. “Conhece-te a ti mesmo”, está relacionado com o segundo portal, assim como o consumo permanente de água e da boa alimentação. As prioridades básicas se tornam os maiores pilares para despertar uma maior vazão da glândula pineal, aumentando o campo criativo e de nossa comunicação, buscando afinidades de pensamentos e agrupando os campos sociais. Quando o processo de criação de um novo corpo se inicia, sob a atuação do Modelo Organizador Biológico, no momento de formação da medula e antes mesmo do sexo, a glândula pineal já se forma. Já no momento da morte física, ela continua em atividade produzindo o DMT até se extinguir completamente, acompanhando a decomposição do corpo vital. A glândula pineal funciona como uma espécie de rastreador.
  • 185. Um Grito de Loucura 184 Capítulo 31 – Engajamento e integração Até o presente, o que falta ao nosso livro é a integração de alguns pontos importantes. O engajamento nos leva ao despertar da consciência e a integração ao aproveitamento desse despertar ao longo do planejamento reencarnatório. Planejar é diferente de executar. No planejamento abordamos a questão do determinismo que consiste numa abertura para a nova roupagem do corpo físico e a maior abertura perante esse planejamento é a mediunidade. Tudo o que planejamos precisa ser relembrado e revisado periodicamente. O engajamento se torna então uma busca para essa condição de despertar facilitando a interação com a mediunidade. Aquilo que é focado no Bem segue a linha da intuição, do pensamento positivo trazendo as respostas do dia a dia pelas conexões mentais. A essa condição de intuição chamamos de mediunidade e o que vem pela adaptação - no despertar da consciência pela necessidade de mudança - denominamos engajamento. Numa analogia com a matemática, X só se relaciona com X e Y com Y, a mediunidade seria o contraponto de X se relacionar com Y e vice-versa. Nessa linearidade o complemento ocorre quando você enxerga o seu problema e também o do outro, dissolvendo o egoísmo, o materialismo, sugerindo a integração nos dois planos da vida, astral e física, interligando as pessoas no meio familiar e social. A palavra integração sugere a adaptação para o trabalho que não é uma atividade isolada e sim uma reunião de pensamentos que funciona como uma chave seletora. Quando falamos de Um Grito de Loucura nos referimos à transformação trazida pela mediunidade limpa, aproveitando o que tem de melhor na vida, aceitando e devolvendo as bênçãos que ela nos oferece e avançando para novos caminhos e oportunidades.
  • 186. Um Grito de Loucura 185 O mundo é volátil assim como nossos pensamentos e adaptar-se significa integrar. Engajar é se adaptar de forma compreensiva à vida, adotando o amor como a chave seletora da cura, uma realização pessoal e social através da mediunidade. A vida se expande para muitas direções que se integram em um pensamento comum, que consiste no trabalho, na transformação como meio de cura e de despertar da consciência. O mais importante é a busca individual aplicando o movimento do desapego e da empatia para aquisição da luz espiritual. Os médiuns do futuro serão muito diferentes dos atuais, pois não se afastarão de sua própria consciência e da persistência no Bem. Assim, compreendemos que o livre arbítrio está ligado às próprias escolhas e o que torna imutável a partir das condições impostas à condição humana é oferecer ao próximo aquilo que você teve de melhor, de forma constante. Esse é o movimento de integração, aceitando o despertar da consciência e abraçando a mediunidade em um movimento útil, favorecendo a busca e o diálogo a favor da cura. Essas palavras parecem simples, mas contém muita profundidade na representação do tempo, propondo a modificação, a reforma íntima, direcionando o ser para o que realmente é importante. A adaptação aos sistemas sociais, aos ecossistemas e demais espaços geográficos ao redor do globo é uma necessidade da espécie humana. Essa relação é uma condição de engajamento, pois o que se oferece ao longo do caminho é a busca da melhor relação para consigo mesmo. O que te aflige e te incomoda é o ponto de partida para o que precisa ser trabalhado, te direcionando para a integração. Aqueles que se oferecem para ajudar ao longo da vida são os que estão mais aptos para realizar a integração. Então, como enxergar no próximo que te incomoda a chave seletora de sua transformação? - Envolvendo-o em seu campo energético, com a reverberação de seus melhores pensamentos, tratando-o como um familiar querido, independente
  • 187. Um Grito de Loucura 186 dos laços consanguíneos e através do olhar oferecer a nossa melhor inspiração, buscando novas formas de comunicação, sempre com mansuetude e compaixão. Contudo, esse relacionamento precisa ter a aceitação de ambos os lados. Nossos pensamentos precisam estar alinhados com o futuro, proporcionando questionamentos para ver mais além. Vamos exemplificar nosso raciocínio com uma criança que já começa seu tratamento de cura dentro do útero da mãe, durante os 9 meses em que ambas aprendem a se amar. Quando ocorre o milagre do nascimento, a transmissão do conhecimento ocorre até os 7 anos, na expectativa de que o espírito reencarnante encontre novos caminhos proveitosos para seu crescimento. Através da roupagem do amor, um ser descobre o outro na egregora familiar. Quando eles laços não se conectam, não existirá empatia e os conflitos aparecem. Somente com o filtro do amor haverá integração e cura, solidificando essa relação e criando a redenção das almas envolvidas. Engajamento e integração significam despertar da consciência e regeneração, oferecendo as possibilidades de indulgência do auto-perdão e do perdão ao próximo, como consta na oração dominical. Que possamos ouvir Jesus e perdoar até 70 vezes 7, aproveitando essa roupagem terrena para aceitar o amor em nossas vidas. Faço uma pausa para lembrar que a vida é imortal e a pressa não ajuda no processo evolutivo. Ela pode ajudar no estímulo e adaptação do tempo, mas gera ansiedade e nos leva ao desequilíbrio e desarmonia interior. O irmão me pergunta sobre o perdão incondicional. Assim como o amor incondicional significa o total desapego, quando uma realidade se choca com outra, criamos o que existe de mais bonito – um estado incondicional. O choque dessa
  • 188. Um Grito de Loucura 187 realidade transforma tudo ao seu redor, mas o importante são os pequenos passos que damos na direção do Cristo, ao longo das múltiplas existências. Nessa realidade, o despertar vem lento, com um passo de cada vez, nos aproximando do que mais desejamos, que neste caso é o auto-perdão, um movimento incondicional do amor próprio que permite a reverberação do amor incondicional para com o próximo. A chave seletora é nos enxergarmos e entendermos o amplo aspecto do perdão que é o despertar do amor em nosso ser. Na minha caminhada, visualizo quanto o Cristo se torna presente nos corações daqueles que se permitem amar e perdoar, aceitar os erros e acertos sem nunca deixar de tentar e quantos já encontraram esse caminho, mesmo no ambiente hostil em que vivemos na Terra, caminhando para a auto cura, para o despertar da consciência e isso me motiva muito. A transformação é a maior cura do século, pois tudo o que se move se transforma e como a vida é movimento, que possamos solucionar nossos problemas, enxergando os mesmos em relação aos do próximo e encontrando no diálogo o problema do próximo para entender a si mesmo. Com isso, descristalizamos os pensamentos fixos que são a chave de submissão dos senhores das Trevas – a depressão. Ela vem por movimentos imperceptíveis que nos afastam de nossa caminhada e nos tornam mais frágeis, nos levando ao negacionismo. Esse movimento é contrário ao que desejamos. Que o diálogo de hoje traga o sorriso do amanhã e que este nos inspire a ver o próximo com mais amorosidade. Quando as pessoas nos enviam baixas vibrações precisamos buscar a nossa reação na frase do Consolador: “Vinde a Mim todos os que sofrem que serão consolados.” Todo pensamento ruim que te direcionam te oferece a possibilidade de aceitar a vibração como ela veio ou transformá-la em algo melhor.
  • 189. Um Grito de Loucura 188 “Nada se cria, tudo se transforma”, se refere a essa condição. Aprenda a transformar o ódio que te direcionam em amor. Como fazer isso? - Com esse movimento de engajamento e integração, aceitando o outro como peça fundamental para sua cura e entendendo que todos que atravessam o seu caminho são as pessoas certas para o seu engajamento naquele momento. Com isso, você devolve ao outro a possibilidade de transformação pelo movimento de reverberação dos pensamentos. Só vai entrar no seu corpo aquilo que você permitir, penetrar em seu campo energético aquilo que por invigilância ou por comodidade você aceita nos seus cordões energéticos. A integração te ajuda a aproveitar a predisposição e te direciona a um caminho de atuação, primeiramente no mental, depois no vibracional e por último no diálogo. O vibracional está diretamente ligado aos cordões energéticos que se estendem entre os campos mental e astral. A amplitude desses cordões depende do tamanho de seu desejo, de sua vontade. Pelo diálogo abrimos as portas da fraternidade, integrando nosso pensamento ao do próximo e oferecendo o melhor de nós. Ao longo das muitas reencarnações quantas não foram as vezes que repetimos os mesmos erros ao invés de transformar nosso interior. O despertar da consciência não é algo reativo e sim uma tomada de decisão com paciência, para uma escolha positiva, aprendendo a distinguir o pensamento que é seu, do seu guia ou de espíritos obsessores. Assim, a vida se assemelha a uma flor, com cada pétala desabrochando para a beleza da natureza, criando um movimento de união, onde “um não solta a mão do outro”. Esse
  • 190. Um Grito de Loucura 189 movimento de integração se torna uma quebra do padrão negativo. Nesse movimento encontraremos o que existe de mais belo na vida - o amor - que liberta, cura e estimula o ser.
  • 191. Um Grito de Loucura 190 Capítulo 32 – Ninguém solta a mão de ninguém Duarte convida o amigo Danilo Codegroza 57 para falar sobre decepção e engajamento. - Hoje vamos orientar todos os que trilharam pela jornada da mediunidade. Decepção e engajamento se tornam forças distintas que, contudo interagem entre si. Se a decepção dialoga diretamente com o engajamento, porque ela aflora tanto a depressão? Seriam a falta de preparo, a ansiedade ou as limitações? No decorrer dessa labuta encontramos palavras que definem o engajamento - na vontade, no desejo - mas a decepção acaba fazendo com que elas fiquem despercebidas. Quando condicionamos o nosso tempo, aceitamos que temos hora certa para tudo. Chamamos esse momento de oportunidade de engajamento. - Quantas oportunidades perdemos ao longo da vida? - Quando enxergamos um defeito, e nesta limitação falta-nos uma ampla forma de enxergar novas opções, pois o que ainda não deu certo precisa ser tentado novamente. A desistência tem sido uma das forças que mais assolam o movimento negativo ao longo do tempo. Quando desistimos de um sonho, abandonamos a energia e o tempo que foi gasto no mesmo e o que fica é uma frustração, que se torna uma alavanca de submissão e de desânimo para os envolvidos. Nessa linha da decepção devemos nos fortalecer, nos direcionar para o engajamento e buscar novas alternativas de solução. Quando não conhecemos um assunto, procuramos informações sobre o mesmo, pela inspiração interior, com respostas que tragam consenso aos envolvidos. 57 Danilo Codegroza viveu sua última reencarnação como médico na França do século XVII. Desde então, dedica-se ao socorro a espíritos sofredores no Umbral Grosso e ao atendimento fraterno em centros espíritas e umbandistas.
  • 192. Um Grito de Loucura 191 A frustração nos incapacita de encontrar novas oportunidades de aprendizado, de engajamento, reforçando o estado depressivo. Contudo, em reencarnações passadas a frustração foi o ponto ápice da vida e te obrigou a retornar à carne para tentar novamente. Portanto, ela se torna uma maior arma positiva para o engajamento, pois te impele na busca da informação para evitar um retrocesso. A adaptação se torna um movimento, permitindo novas tentativas em tempos diferentes, na busca dos caminhos para encontrar as respostas. Se um ou dois não a encontram, um terceiro pode ajudar. O importante é a força de vontade para atingir o objetivo. A frustração impulsiona o ser a sair da zona de conforto em busca de pertencimento, de adaptação diante do movimento que segue inexorável. Abaixar a cabeça e falar que não sabe é até aceitável, mas achar que não existe solução pode significar falta de vontade. Há uma força que te impulsiona para frente - o instinto de sobrevivência - inerente a todo ser vivo. A força do movimento está ativa em cada célula do organismo e precisa ser estimulada, como por exemplo, por meio de um acolhimento seguro, aonde o Ser possa ser ouvido sem receber pré-julgamentos. Veja as pessoas estranhas à sua volta que você está disposto a ajudar espontaneamente. Perceba que ninguém está desamparado e que a aceitação das perdas momentâneas deve te ajudar a encontrar um motivo para continuar a jornada. Diante das decepções encontramos seres antigos vivendo na Terra buscando se melhorar, precisando acessar em seu íntimo a busca que os motiva, aceitando as limitações na continuidade da vida, na imortalidade da alma, entendendo que tudo está conectado. Na busca desse engajamento, não podemos nos esquecer das mãos que nos amparam, da ajuda invisível que vem de muitos lados. Precisamos nos unir mais para oferecer
  • 193. Um Grito de Loucura 192 engajamento, com uma ampla compreensão do verdadeiro sentido da vida. Esse é o meu objetivo primordial. Querer é um poder que gera movimento. Quanto mais modificamos nossas palavras e as adaptamos, mais oportunidades teremos. Para servir de exemplo, precisamos ouvir atentamente o que o outro quer. A grande maioria das pessoas que procura nosso aconselhamento se encontra em depressão, sem, contudo, ter consciência disso. Nunca devemos dizer isso a elas, pois faltaríamos com a caridade e o respeito e sim, buscar entendê-las. A escuta ativa é uma terapia que ajuda o outro a caminhar, a se movimentar, gerando uma nova adaptação da realidade. O engajamento é a grande solução para as doenças silenciosas, oferecendo um objetivo para continuar a verdadeira busca àqueles que se perderam. Como despertar um estímulo para os que desistiram da caminhada? Levando até eles a terapia do ouvir. A mediunidade é um desses caminhos, mas para isso é necessário o despertar do Ser. Não basta ouvir, é necessário compreender e esta prática te ajuda a se conhecer melhor, se perdoar e compreender suas limitações e desejos, contendo suas agonias e no meio desses sentimentos proporcionando um movimento na direção da vida, desenvolvendo a sensibilidade e o modo de agir, ampliando a visão para várias direções. São várias as reencarnações que nos levam a conhecer nosso íntimo, superando as limitações que são próprias da condição evolutiva. Muitos perdem o ânimo e se frustram, perdendo o movimento do progresso. Esse campo que gera a depressão precisa interagir com o próximo para que se desperte a empatia, o pertencimento, criando um movimento que permite a dissolução desse sentimento tão nefasto.
  • 194. Um Grito de Loucura 193 Tudo segue a lei de ação e reação - as escolhas passadas interferem no presente - o trabalho solidário permite que o exemplo de um ajude o outro, oferecendo um diferencial positivo. Veja o exemplo do atendimento fraterno na casa espírita. Tudo depende da capacidade de ouvir do atendente para oferecer ao atendido um direcionamento adequado ao caso. A simplicidade permite a interação no diálogo, para ouvir e falar no momento certo. É importante ouvir e entender o problema sem pré-julgamentos. Quando faço um aconselhamento, busco as próprias palavras do atendido, oferecendo o caminho da solução que está nele mesmo ou nos seus guias espirituais. Quando uma pessoa narra seu problema, suas ideias são projetadas em uma tela mental, onde o medo de não ser compreendido se reflete até no olhar, nos gestos, na respiração. Por isso bloqueio os olhos do médium, mantenho sua cabeça abaixada, deixando o atendido mais à vontade para falar. Fico sempre do lado direito do médium, com minha mão em sua cabeça. É preciso estimular a imaginação para visualizar minha presença, pois antes de ser criada ela foi imaginada. Para combater a depressão primeiramente precisamos oferecer uma recepção fraterna que inclua a condição de ouvir mais e falar menos, um lugar seguro para que a pessoa se sinta confortável, estimular artifícios mentais para ela encontrar seu centro de razão deslocando seu pensamento para um espaço espiritual agradável e oferecer confiança, lembrando que ela chegou até ali graças às suas próprias escolhas. Precisamos evitar o julgamento das escolhas certas ou erradas. Estimule sua força para que ela sinta segurança, oferecendo-lhe a opção de se enxergar, de se tocar, para encontrar a compreensão de si mesma e do auto-perdão. Nessa condição, surge a oportunidade do engajamento que permitirá a ela ficar mais disponível, sem censura, buscando a solução. Um tema se liga ao outro pela identificação, que passa pela paciência de ouvir e ter compaixão, usando sempre a inspiração para gerar o engajamento. Quando fazemos o atendimento encontramos vários desafios - cada pessoa traz consigo uma família que também
  • 195. Um Grito de Loucura 194 precisa ser trabalhada – e o foco é o amor em movimento. Uma simples ficha de atendimento traz uma grande rede de informações a serem trabalhadas. A cura da frustração, da angústia, pode vir das oportunidades que oferecemos. Mesmo que o resultado não venha de imediato, plantamos o gérmen da esperança, oferecendo uma possibilidade de melhoria, um movimento inspirador. Ninguém é esquecido ou deixado para trás. Os trabalhadores se multiplicam e o amor se transforma em pertencimento e oportunidade de trabalho. Graças a isso oferecemos mais qualidade nos atendimentos. Estou ligado à Grande Falange Branca de Luciano e muitos tarefeiros ligados ao Hospital Esperança. “Ninguém solta a mão de ninguém.” “Que Deus seja o provedor de nossa força e que caminhemos com fé, que ela não costuma falhar.“ Danilo Codegroza
  • 196. Um Grito de Loucura 195 Capítulo 33 – Limitação versus Necessidade O tempo sempre deve ser utilizado para realizar algo útil. Se ele não for o melhor remédio ou o melhor amigo, de que adiantaria tanto esforço? O engajamento sempre ocorre quando buscamos entender o que acontece num relacionamento, proporcionando uma adaptação, uma necessidade de sempre fazermos o melhor, no menor tempo possível. É fundamental manter o foco para não esquecermos o que ficou pelo caminho. Nossos estados de consciência nos colocam como senhores de nossas escolhas e não para nos envolvermos nas escolhas dos outros. Quando temos a oportunidade de ficar calado devemos considerar isso como uma boa escolha. Não existe uma opção de neutralidade. Mesmo quando você reduz as opções, sempre terá que escolher uma e esta será o grande objetivo do trabalho, uma escolha consciente e determinada para seu bem próprio, pois o bem mútuo é um sentimento que transpassa o nosso entendimento. No transcorrer do dia encontramos várias fases que precisam ser adaptadas para o melhor aproveitamento do tempo. - O que cada um pode fazer para ajudar a si mesmo? - Os passos são simples como já nos falou Danilo no capítulo anterior. Que cada um aprenda a se perdoar e amar para que um dia também possa amar alguém. E assim possamos vibrar na sintonia do amor que tanto falamos aqui, criando um alicerce sólido, para fincar a bandeira do amor em nossas vidas. Entender o movimento de se perdoar - para depois se amar - é o engajamento para entrarmos no ciclo vibratório da mudança. Se engajar em si próprio, aplicar sua própria vontade e concluir uma etapa, compreendendo que a divisão das tarefas ajudará a dinamizar as ações positivas. Observe que a nossa sociedade se divide em continentes, cidades e vilarejos buscando um melhor aproveitamento dos recursos da natureza e a integração social para o engajamento. As
  • 197. Um Grito de Loucura 196 doenças silenciosas estarão em muita evidência neste século devido ao movimento da bolha, confinando e bloqueando a possibilidade do engajamento entre as pessoas. A finalidade da vida em sociedade é a integração, sugerindo que alguém faça o que o outro ainda não sabe ou não pode fazer. . Conta antiga metáfora que um homem falou com o Senhor sobre o céu e o inferno. O Senhor disse-lhe: – Venha, vou mostrar-lhe o inferno. – Eles entraram em uma sala em que um grupo de pessoas se sentava ao redor de um caldeirão que continha um guisado. Todas estavam famintas e desesperadas. Elas seguravam colheres que chegavam até a panela, mas que tinham cabos muito mais longos do que os seus próprios braços, e por isso não podiam ser usadas para levar o guisado às suas bocas. O sofrimento era terrível. – Vamos, agora vou mostrar-lhe o céu – disse o Senhor depois de algum tempo. Eles entraram em outra sala, idêntica à primeira – o caldeirão, o grupo de pessoas, as mesmas colheres de cabo longo. Mas todas as pessoas estavam felizes e bem nutridas. – Eu não compreendo – disse o homem. – Por que elas estão felizes aqui se não estavam na outra sala e tudo era igual? O Senhor sorriu. – Ah, isso é simples – disse ele. Aqui elas aprenderam a se alimentar umas às outras. Cada um deve dinamizar sua vida buscando o equilíbrio entre aprender e ensinar. “Ninguém solta a mão de ninguém” significa que a força presente em uma pessoa sempre será mais forte quando estiver em duas e assim sucessivamente. Nesse ciclo, entendemos que somos um elo unido com o mesmo objetivo. Isso traz a cura das doenças silenciosas, permitindo que tudo faça sentido, que as escolhas sejam de cada um, mas sempre respeitando a escolha do outro. - Questionamos então porque tanta gente se desgarra? Por falta de vontade própria? - Não. Devido ao movimento intencional de anular as pessoas, de afastá-las. Tudo começa nas escolas onde um estranho deve educar seus filhos, inserindo um pouco de suas frustrações íntimas. A
  • 198. Um Grito de Loucura 197 criança carrega latente em si, o futuro deste universo e precisamos saber se os educadores da primeira infância estão realmente preparados para transmitir o conhecimento integral. Essa tarefa deveria ser dos pais, mas se eles não puderem lidar com isso, que possamos encontrar pessoas preparadas para realizar essa missão. Relembre o exemplo de Mnvyt sobre essa problemática de repetição do padrão ao longo de muitas reencarnações, se limitando a uma ideia fixa que o levou a uma degradação emocional e física. A limitação mais grave, contudo, é não querer interagir devido à falta de um bom exemplo. Como ajudar aqueles que optaram por criar bolhas de isolamento? Oferecendo conteúdos bons e gratuitos para esses aparelhos de bolso (telefones celulares) ou tv, que falem de amor. Infelizmente o que se destaca na mídia é a violência, o trauma, a tristeza. Para mudar isso precisamos causar um choque, que promova a aproximação entre os seres. Se eu tenho limitação para me relacionar com você por algum motivo, consequentemente necessito me aproximar de outro com quem tenho mais afinidade. Limitação é algo que te impede de seguir adiante e necessidade é a busca daquilo que está mais próximo de você. Nas etapas da vida vamos ter sempre esses degraus de necessidade e limitação e mesmo que seja possível subir mais de um degrau de cada vez, o esforço será sentido mais à frente. Respeitar a limitação é fazer algo diferente na linha da razão sugerindo a mudança gradativa e não um milagre. Por isso, Danilo falou que não acreditava em milagres e sim em transformações. Ao longo da caminhada, o que fica pelo caminho são os pensamentos que não se transformaram em ação, ideias egoístas que geram o distanciamento. A intenção é “ninguém soltar a mão de ninguém”, mas eu não posso te obrigar a segurar a minha mão,
  • 199. Um Grito de Loucura 198 pois estarei interferindo no seu livre arbítrio. A pressa é uma condição humana que não se adequa ao processo evolutivo. Imagine um cravo (espinha) no seu rosto. Se você esmagá-lo ele se inflama, mas se você aguardar ele desaparece na hora certa. Conduto, você pode ajudar, fazendo movimentos leves na região para acelerar a cura. - Qual é o movimento mais rápido para ajudar aquele que não sabe o que quer? - Oferecer uma chance de engajamento, uma palavra de conforto, um exemplo que seja importante para ele. Quantos desencarnados não aguardam séculos no Umbral Grosso para ouvir a palavra - me perdoe? Quantos outros ficam a maior tempo ainda repetindo a palavra - eu te odeio. Na busca da fala apropriada, não devemos julgar o que sai de nossa boca, mas o que fica em nosso interior. Quando uma pessoa fala - eu te odeio - ouve o que diz e interioriza - eu me odeio. O mesmo ocorre quando falamos - me desculpe. A dualidade desse movimento permite que cada um se modifique através da fala. Se a fala não fosse tão importante, não teríamos tantos idiomas na Terra. Abordar o engajamento passa pela fala no seu âmbito social e familiar. As novas ideias nos ajudam a lembrar o que é importante, entendendo em que momento um assunto se destaca, enquanto as limitações do tempo trazem a noção de pertencimento. Um órfão é mais carente do que uma criança com família e com isso elas não podem ser tratadas de forma semelhante. Precisamos desenvolver a sensibilidade para entender o que o outro precisa, sempre com muita paciência e atenção. Cada um de nós tem uma programação única e para estimulá-la precisamos enxergar os exemplos que surgem no dia a dia como nos ensinou Jesus,
  • 200. Um Grito de Loucura 199 Eu não posso pedir a uma pessoa violenta que ofereça a outra face, mas posso pedir a ela que perdoe 70 vezes 7. Esses dois exemplos são diferentes. Depois de perdoar quem sabe ela um dia não possa oferecer a outra face? Para mim essa frase é uma alegoria, pois não quero que ninguém seja violentado oferecendo a outra face e também não quero que me bata na primeira. Precisamos aceitar que os exemplos que dialogam com nosso interior nos levam a novas oportunidades. A finalidade de tantas religiões e filosofias é para atender a necessidade de cada um. Quando falamos de engajamento, incluímos o conceito de autoestima - eu gosto de mim. Se não tenho esperança e fé em mim não terei em mais ninguém. Essa frase ajuda a compreender a autoestima, a entender o exemplo pelo outro e por si, nessa dualidade de limitação de cada um. Que possamos falar para nós mesmos, em silêncio - eu faço por mim, você faz por você - e a autoestima se tornará um combustível da vida. Não preciso da aprovação de ninguém para continuar a minha jornada. Minhas ações são fruto do meu livre arbítrio e preciso aceitar os meus erros para que se transformem em futuros acertos. A perfeição está na imperfeição, nas múltiplas ideias recorrentes ao redor dos níveis vibratórios do planeta. A melhoria da autoestima começa na infância, quando aceitamos aquilo que temos, fortalecendo a segurança de cada um, buscando o equilíbrio entre os que possuem muito e os que não têm quase nada. A integração social contribui para isso, quando o esporte se alia à literatura, quando a dança se une à música e o adulto se mistura com a criança. Tudo começa nessa troca onde um estimula o outro. Para as pessoas que possuem um coração endurecido precisamos descobrir algo que elas gostem e demonstrar reconhecimento por essa atividade. O elogio sempre deve fazer parte de nossas vidas.
  • 201. Um Grito de Loucura 200 Devemos desenvolver a paciência em ouvir com muito amor, agregando outras pessoas com pensamentos afins.
  • 202. Um Grito de Loucura 201 Capítulo 34 – Mnvyt A paz é um movimento contemplativo existencial. Para entender esse movimento precisamos conhecer um pouco da escola da vida adaptando o aprendizado ao longo das existências, progredindo e despertando as questões fundamentais para o nosso crescimento interior. As escolas filosóficas nos ensinam que ascensão não significa aprendizado, que ocorre quando as memórias se acendem e trazem a compreensão dos assuntos. Para este capítulo vamos contar com a participação do nosso irmão Mnvyt: “O processo de elevação e transformação é uma ascensão, onde dois pontos convergem harmonicamente para um objetivo comum. É o mesmo princípio dos buracos de minhoca, ou seja, aceitar a convergência de dois pontos sem a necessidade do trajeto ou mesmo do tempo. Falo isso para que possamos excluir a linearidade do tempo desse meu depoimento. A programação inserida no transcorrer do processo evolutivo na vida física tornou necessárias pessoas como eu. A sabedoria divina contempla a necessidade da transformação permitindo a autonomia do livre arbítrio e criando um movimento sequencial que se traduz em novas fontes de transformação e de trabalho. A evolução impulsiona a transformação dos sentimentos e nem sempre aquilo que você recebe é o que foi ofertado. A violência inserida nessa transformação criou as cidades, desenvolveu impérios e maltratou o mundo, gerando forças de domínio. Eu fui uma dessas forças. A semente plantada nessa programação me bloqueou num longo período da minha vida, mas essa mesma consciência me fez optar por minhas próprias escolhas, muitas delas sub impostas por essa programação. Essa programação pode ser desdobrada pela ciência de hoje em neural 58 e adaptativa 59 , mas era pura magia no passado. 58 Neurolinguística (PNL) é uma abordagem de comunicação, psicoterapia e autodesenvolvimento que afirma que existe uma conexão entre a parte neurológica e todos os tipos de linguagem com os padrões comportamentais.
  • 203. Um Grito de Loucura 202 Fui uma semente que cresceu de forma distinta da planejada. Em minhas primeiras reencarnações neste orbe, vim de forma compulsória, sem a permissão dos dirigentes espirituais, pelas mãos dos magos negros, manipuladores de condensação de energia em cidades do astral inferior onde predominavam a corrupção e as intenções nefastas que tornaram possível a replicação dessas técnicas de reencarnação. Essas entidades manipulam os diversos corpos sutis, chegando até ao causal através de modificações do fluido cósmico universal. A somatória dessa mescla de vivências e vibrações abre um lapso temporal sugestionando a formação de uma nova vida. Sua localização e a mesclagem biológica se dá, mediante a influência dos magos no planejamento reencarnatório, desenvolvendo sua influência de desejos e culminando no fruto da vida. Os planos reencarnatórios das cidades das trevas recebem influência de seus líderes, que no meu caso foi o Mago Aldebaran. Foi uma época de alianças entre os magos e os dragões quando o processo compulsório da reencarnação começa a ser utilizado. Essa máquina da reencarnação existe até hoje e está instalada no Vale do Poder, tendo uma estrutura de quilômetros de extensão e chegando até o magma da Terra. Funciona absorvendo a nebulosa dos pensamentos humanos, condensando energias negativas para a manipulação do poder e domínio no meio social. Foi construída por componentes que vieram deste orbe, de outros mundos ou roubados de cidades espirituais do Umbral Fino. Sua construção foi feita pelos cientistas do Mal, a serviço de Aldebaran, com a colaboração dos dragões e de outros magos negros. A violência imperava sobre o planeta muito mais do que hoje e era de tamanha magnitude que separou os continentes. 59 Mecanismo que possibilita exercer uma ação linguística sobre a realidade. O aprendizado dos diversos gêneros textuais que socialmente circulam entre nós, além de ampliar a nossa competência linguística e discursiva, aponta-nos inúmeras formas de participação social por meio da linguagem.
  • 204. Um Grito de Loucura 203 Refiro-me à Pangeia 60 , antes da era do gelo, muito antes dos humanos terem surgido. No ambiente astral, as guerras de poder repercutiram em catástrofes no plano físico. Isso acontece em todos os cantos do Universo, infelizmente. Cito a destruição em outros orbes para relembrar a minha necessidade de transformação. Aprendi com meus erros, embora pudesse ter optado por caminhos diferentes. A necessidade de cada um convergiu para as experiências e ensinamentos dos grandes mestres do passado. Ao invés de um pensamento no Bem, foi oferecido o transtorno e incentivado a discórdia abalando as vivências de cada um desses seres envolvidos, condicionando a um movimento de destruição daquilo que chamamos de ética, moral, consciência, que ao ser destruído gerou um padrão negativo coletivo, promoveu as guerras santas e o preconceito, que chega até nossos dias. A violência embutida nesse preconceito formou as civilizações de poder, a programação neural via reencarnação compulsória. Esse orbe se tornou então um mundo de provas e expiações. Vários avatares vieram com a missão de dissolver essa realidade. Fui contemporâneo e antagonista de alguns deles. Não me orgulho disso. Quando a dissociação da realidade me foi imposta, entendi que o movimento que aplicava era algo tão destrutivo que eu estava acabado por dentro. Eu era apenas uma porção de pedaços carregados de culpa. A premissa do conhecimento me fez visualizar minha primeira encarnação, minhas vidas astrais e a dualidade desse movimento me fez ascender à necessidade de refazer tudo, de forma consciente. Nessa condição, consegui finalmente programar minha reencarnação e sentir em todas as minhas células a energia de ascensão de minha jornada. Com o conhecimento interiorizado em meu ser, travei a última batalha junto a Aldebaran. Minha maior vitória foi me libertar do seu domínio, tomando o controle de minha consciência. 60 A separação da Pangeia, que deu origem à configuração dos continentes como hoje conhecemos, teve início há 230 milhões de anos.
  • 205. Um Grito de Loucura 204 Ainda hoje, caminhando pelos planos inferiores do Umbral Grosso, identifico seres controlados pelos magos do Mal através dessa máquina de reencarnação e sinto a necessidade de ajudar a encerrar esse ciclo. Trabalho para a dissolução do domínio do mal, ampliando a consciência dos envolvidos. Receio que essa máquina tenha se multiplicado ao longo desses séculos contribuindo para o movimento euro centrista. Por algum tempo ainda sentiremos as vibrações dessas influências. O Bem trabalha silenciosamente e nos impele na redescoberta de nossas forças interiores para lutar contra a manipulação e pela libertação individual fortalecendo os elos da fraternidade. Esse elo de poder e libertação é o veio que nos une. Libertação existencial, emocional e física, nos ajudando a transformar o presente e o futuro numa adaptação cognitiva coletiva. Que ela venha pelo estado superconsciente. Hoje, vivo em uma caverna, uma espécie de posto avançado nas proximidades do reino dos dragões, trabalhando junto a espíritos remanescentes de antigas eras, os magos brancos e somos a última força de resistência a esse poder do mal. O Abismo vem recebendo uma limpeza e esvaziamento contínuo nos últimos tempos, mas sua vibração ainda atinge os pensamentos das pessoas ansiosas e aflitas, semeando o distanciamento, a segregação entre os povos e disseminando a discórdia. Apesar do enfraquecimento do poder dos dragões, os magos negros trabalham silenciosamente no ego de cada um de nós, usando os artifícios da religião e da politica. O Reino dos Dragões atualmente é composto de grupos isolados buscando atender o comando de um líder. Muitos estão reencarnados buscando se reorganizar e burlar as leis divinas. O Bem oferece essas possibilidades para que eles tenham novas oportunidades e possibilidades de redenção. Com sabedoria, os benfeitores oferecem o trabalho como indulgência para a transformação, interferindo quando os limites são ultrapassados, aplicando leis disciplinadoras. No comando dos dragões hoje não estão mais os antigos demônios que você conhece pela literatura. Outros surgiram destronando os antigos em guerras internas. Os antigos senhores também foram ressignificados e já se encontram trabalhando
  • 206. Um Grito de Loucura 205 pelo Bem, aceitando em sua transformação a necessidade de melhoria contínua, Fomos uma vontade imposta pela ganância do ego e que deixou muita destruição. Contudo, temos uma dualidade de forças, pois também contribuímos no passado com o avanço da ciência material e das descobertas tecnológicas. Deus sempre escreve certo, mesmo por linhas tortas. Sinto-me atarefado e ficarei feliz quando cumprir integralmente minha missão, libertando cada ser envolvido nessa energia deletéria. Temos permissão da Grande Fraternidade Branca para influir nas regiões do submundo, aplicando técnicas de magia avançada sem, contudo usar de violência. Esses senhores do passado carregam hoje a roupagem de magos brancos se distanciando da nebulosa negativa do ego e acessam essas permissões para neutralizar as forças do mal. Fazemos parte do exército da libertação, resistindo em nome das forças do Bem, principalmente de Atafon 61 e Miguel Arcanjo 62 , que presenciaram nossos erros e nos deram liberdade de refazer tudo. Nesse contexto, apresento a ideia de um mundo que só pode ser transformado por aqueles que sofreram na pele os flagelos da dor e da violência. A ressignificação e a resiliência são os movimentos contemplativos da vida, transformando nossas existências e uma vida é apenas uma fração de segundos no tempo do universo. Sofrimento nenhum é necessário, mas somente pela dor fui capaz de ascender e encontrar a libertação. Infelizmente não é possível voltar no tempo e corrigir todos os males que fiz. Entendo que fui um joguete, mas também um algoz. Essa realidade de sermos os nossos próprios algozes, 61 Anjo protetor do Abismo, citado na obra “O Abismo” de Rafael Américo Ranieri. 62 Considerado por algumas correntes espiritualistas como o atual governador espiritual da Terra.
  • 207. Um Grito de Loucura 206 onde a auto sabotagem nos define com mais dor perante a relativização da vida, cria um vazio, proporcionando e disseminando mais dor. Hoje sou o senhor da minha vida. Quando era um dos líderes do mal recebi a mensagem do Cordeiro e o que mais me tocou foi sentir no meu Ser uma voz que me dizia - Eu entendo o seu momento, a sua batalha, respeito e acredito no seu potencial. Naquele momento, a vibração emitida por Ele causou um movimento de confusão, todos achando que ocorreria uma guerra entre as forças do Bem e do Mal, mas ao invés disso, Sua imagem tranquilizou nossos corações e os minutos de silêncio trouxeram uma onda de frequência elevada que parou nossas máquinas para ouvir a Sua mensagem. Muitos de nós sentimos a mensagem de esperança que semeou confiança, oferecendo um novo caminho. Aquela semente trazia o antídoto da disseminação do ódio. Isso aconteceu há 2.400 anos. Esse encontro do Cristo com as sombras ocorreu em um plano de neutralidade e uma trégua foi restabelecida. As sombras, contudo não a respeitaram e formaram o caos que você conhece pela história da Antiguidade. Aceitando o tempo como um coeficiente existente vemos que a linha de vencedor e perdedor forma um equilíbrio. Na exclusão do tempo observamos que todos perdemos com nossa ignorância.” Duarte retorna, lembrando a necessidade de remover a dor e aceitar o conhecimento.
  • 208. Um Grito de Loucura 207 Capítulo 35 – Células de Misericórdia Venho de um posto avançado do Hospital Esperança chamado Células de Misericórdia, na região astral de Itaquera, Grande São Paulo, onde ofereci assistência junto a seres que reencarnaram pelas técnicas do Mal. Identificamos nessas crianças os senhores das guerras do passado seguindo uma assinatura violenta desde o nascimento. Trata-se de dois recém-nascidos, inseridos em mães despreparadas e ainda adolescentes, sem condições de dar a assistência que eles precisam. Essa condição agrava e potencializa a programação reencarnatória e o que podemos fazer é acolher e encaminhar para a adoção, criando uma oportunidade diferente daquela planejada pelas Trevas. - Como oferecer uma oportunidade diferente para aquele que está engajado no planejamento reencarnatório do Mal? - Aplicando um dinamismo diferente da sua formação, bloqueando a dor e o trauma que carregam. No corpo mental superior encontramos os registros das vidas passadas, onde prevalece o caos, sugestionando a violência através de um padrão negativo que prevalece sobre os demais pensamentos. O Mal não tem uma linha organizada de planejamento e o que impera desde a adolescência são os traumas que induzem os jovens para lideranças nefastas. Nessa condição, esses seres precisam de mais atenção no contexto familiar e a adoção é um dos recursos de solução, selecionando famílias que oferecem a essas crianças uma segunda chance. Nesta situação, interferimos no livre arbítrio das mesmas para alterar o seu destino. Atuamos em dois casos, mas neste momento ocorrem milhões de processos semelhantes, não apenas no ato do nascimento, mas até na indução negativa no decorrer da gestação. A cada cem crianças que nascem quase cinquenta por cento vêm nessa condição. Acredito que só dez por cento renasce
  • 209. Um Grito de Loucura 208 pela ação dos benfeitores espirituais, enquanto os demais renascem envolvidos em dramas sociais. Todas elas possuem proteção, mas não podemos interferir nas escolhas, pois a projeção desses traumas traz a indulgência das próprias escolhas e o meio social contribui com isso. O próprio Mal planeja as dificuldades que elas irão passar, limitando sua capacidade de visualizar as possíveis melhorias que poderão obter. Os benfeitores anônimos criam uma condição de proteção, inserindo no meio da adversidade os programas de apoio e acolhimento fraterno. Aqui no Brasil, a maioria das crianças carentes não recebe boa assistência do sistema social e as que são encaminhadas para adoção encontram muitas barreiras e preconceitos. - Quantos pais estão dispostos a oferecer carinho para esses seres e possuem preparo emocional para essa tarefa? - Poucos. O que resulta na formação de um estado caótico alimentando os conflitos e sugerindo opções erradas na vida. Esse padrão negativo atravessou muitos séculos evidenciando os traumas nos dias de hoje. Procuramos fortalecer os grupos sociais e familiares para que a família escolhida por nós supere as dificuldades dos genitores, oferecendo novas oportunidades e possibilidades de geração de ideias gradativas no Bem, criando um movimento de cura do caos, com o mínimo de interferência possível no livre arbítrio. A fomentação do sexo sem controle gera o conceito da gravidez como um castigo, ignorando a benção que ela representa. As depressões pré e pós-parto contribuem para o Mal, o aborto traz a violência psicológica, ferindo a integridade do ser, criando uma vibração negativa em todos os envolvidos. Estamos recebendo com maior frequência, espíritos mais evoluídos de diversos orbes para ajudar nas opções que citamos acima. Esses seres irão trabalhar na dissolução do caos e do ódio. Isso, contudo, só deve se concluir próximo ao ano 3.000. Nossa esperança é que a evolução da tecnologia contribua com o
  • 210. Um Grito de Loucura 209 progresso do planeta, dissolvendo as doenças e encurtando as distâncias. Somente com a disseminação do conhecimento e da sabedoria, poderemos oferecer as melhores escolhas. Minha formação cristã não me permite apoiar o aborto, mesmo em casos críticos, mas a vivencia em postos avançados do Umbral Grosso me ajudou a compreender que o aborto não é uma simples questão de violência. Após o mesmo, verificamos que o Alto já oferece as primeiras vibrações de amor incondicional, direcionando o sopro da vida a partir da fecundação do óvulo e reverberando para valores mais elevados. Contudo, quando o foco for para o ódio, aceitamos que o aborto seguro pode evitar um mal maior. Não é minha opinião, mas sim um consenso de outros irmãos da espiritualidade. Imagine a violência imposta pelo aborto clandestino, sem os devidos cuidados, criando ódio, cenas de horror e mutilação do ser. Estaremos proporcionando aos senhores do Mal tudo o que eles querem para a humanidade. Uma mulher frágil, violentada, com depressão pré-parto opta pelo aborto e nessa reverberação gera mais caos e violência, aumentando sua depressão com sentimentos de desprezo e abandono, se permitindo posteriormente a mais sexo sem sentido, possibilitando novos abortos e culminando no suicídio. Entre um ato e outro, preferível que ocorra o aborto. Esse assunto me entristece muito, pois é uma realidade que refuto. Precisamos intensificar a comunicação entre as pessoas, entre os povos, evitando a violência a partir de nossos pensamentos, alinhando nossas escolhas fundamentadas no amor e na cura. Que possamos transformar nossas ações em pensamentos comuns aceitando nossas escolhas e buscando as melhores para repercutirem no meio social. Isso não pode ser uma imposição, afetando o livre arbítrio. Hoje usei de minha influência manipulando o livre arbítrio com o intuito de oferecer uma opção positiva. As mães de
  • 211. Um Grito de Loucura 210 14 e 16 anos conceberam às 7:15 e 9:12 horas, de parto normal. As crianças nasceram sem chorar e não receberam amorosidade dos profissionais de saúde. Para a primeira, selecionamos imediatamente um casal homo afetivo que trabalhava no hospital e estava há 9 anos na fila de adoção. A reprovação e o preconceito começou na própria maternidade. Foi oferecida uma chance a esse casal de ter algo que almejavam e à mãe de recomeçar sem o peso da maternidade naquele momento. Para a adolescente mais nova, usuária de drogas pesadas, a adoção veio através de uma tia mais velha, que acolheu o bebê. Foram oferecidas novas possibilidades, como você pode observar, mas poucas induzem ao movimento de melhoria. Acho que não fiz o suficiente, pois será necessário muito acompanhamento para dar certo. Mexemos nas escolhas e alteramos o que estava planejado e o trabalho continua. Tivemos a colaboração de Mnvyt, ajudando na reencarnação dos antigos companheiros de batalha do passado. Mentoria e proteção são necessárias para o sucesso. Oferecendo escolhas, podemos proporcionar as melhorias, sugerindo para que cada um encontre seu melhor caminho. Um Grito de Loucura oferece a possibilidade de escolhas para encontrar a cura, possibilitando que, nos momentos difíceis, possamos abrir nossos corações para a razão e encontrar o momento apropriado para dissolver nossas mágoas e continuar nossa jornada.
  • 212. Um Grito de Loucura 211 Capítulo 36 – Paz e libertação Duarte convida o espírito Danilo Codegroza para o desenvolvimento deste capitulo: “Precisamos estar sempre seguros e confiantes. Segurança nos bons pensamentos e confiança em si mesmo. Reflita que você pode melhorar sua caminhada usando essas duas palavras. Libertar-se significa se abrir e se permitir ao novo e nesse contexto, podemos caminhar no âmbito da paz. Se você olha um problema, ele fica em destaque, mas para resolvê-lo você vai precisar de um único pensamento – olhar para o problema do outro. Focar no ego é alimentar sua confiança e isso não é errado. O problema está na alimentação exclusiva do ego, onde tudo se volta para o próprio ser, num movimento vazio. Somos peças complementares no meio desse sistema, um interagindo com o outro e se refletirmos bem, o problema do outro é um complemento do seu. Se ambos não estivermos bem, não seremos capazes de ajudar os demais. Por isso precisamos entender o que significa estar bem num meio de libertação e de paz. Estar bem nos dias atuais é estar engajado no meio de um trabalho transitório e positivo. O envolvimento de cada um ocorre pelo exercício da autoconfiança, da sua determinação em prol daquela atividade. Se você não tem essa confiança, como pretende obter os louros da vitória? Outra definição – como você pretende viver bem se ainda insiste em manter uma batalha onde teremos vencedores e perdedores? Não existe mais o conceito de vencedor, pois todos nós estamos perdendo muito nessa luta improdutiva. Esse estigma de competição está afundando a sociedade cada vez mais. Situar o engajamento nos lembra de que todos somos um e, enquanto esse pensamento for distinto, não quebraremos o padrão negativo. Não critico a opção por determinada religião ou por um estilo de vida. Somos seres complementares na tipologia da concepção da palavra, ou seja, se
  • 213. Um Grito de Loucura 212 tudo está conectado, a minha dor é a sua dor, onde sangra em você, sangra também em mim. Refletir essa sintonia é comunicar-se completamente com o outro, dividindo sonhos, ideais, problemas e soluções. Uma complexidade em que o professor também é aluno e vice versa. O desenvolvimento da empatia será cada vez maior e precisamos trabalhar esse sentimento nas pessoas bem intencionadas para acessar o campo de permissibilidade dos demais seres humanos. Pegar a mão do próximo e não soltar significa entrar nesse espaço de permissibilidade oferecendo a chance de trabalho e socorro para a tomada das melhores decisões, sempre em conjunto, mas com as particularidades respeitadas para cada caso. Precisamos ser menos taxativos e mais inclusivos. O nivelamento do conhecimento é o inicio do ideal da paz, oferecendo a permissibilidade para as decisões certas. Mas, como liberar o conhecimento se não trazemos novas pessoas para o nosso circulo de relacionamento? O circulo representa a disposição de todos os envolvidos no mesmo nível, contudo, precisamos montar vários círculos para atender os diferentes níveis de conhecimento. Não creio em milagres e sim, em transformações, e dentre essas, o que mais motiva a minha caminhada é constatar a transformação pessoal de cada ser, presenciando a transição de um mineral bruto em uma pedra polida, o despertar do amor num simples princípio inteligente e a ressignificação do perdão em nossas vidas. A mudança é necessária para que possamos perdoar, na intenção de nos curarmos pelo amor. Não creio que a dor pode curar – ela segrega e tortura os seres, condicionando a ideia de que para sobreviver é preciso sofrer. Isso vem do conceito do pecado, enraizado nas religiões da Antiguidade. Dor e tormenta não forjarão homens melhores e sim irá massacrá-los.
  • 214. Um Grito de Loucura 213 Hoje, 13 de novembro de 2023 63 , registra na história da humanidade 230 anos de um alastramento da depressão no Ocidente, devido às guerras nos dois planos da vida. Veja que os anos e os séculos passam, mas o padrão negativo continua. Faz-se necessária a libertação dessa dor. Precisamos ser agentes dessa transformação e combater a depressão, que já é a maior doença da humanidade. Desde tempos remotos, os magos negros manipulam a depressão para obter uma energia poderosa de domínio global. Esse sentimento de melancolia quebra a empatia no bem induzindo à culpa, ao martírio. Veja como é fácil nos colocarmos como vítima e o como é difícil nos perdoarmos. A depressão é um casulo, que te fecha para o mundo externo, onde seu sofrimento é o maior de todos. Mas esse sentimento não surgiu ao acaso. Ele foi amadurecendo, se consolidando e endurecendo e o seu antídoto é o engajamento e a sugestão da paz. Sugerir é o primeiro movimento, seguido de aceitar, para iniciar a transformação. - O que fazer a partir desse ponto? - Manter o engajamento, a constância de propósitos. Veja o exemplo de alguém que perdeu os pais. Tinha uma vida normal, família, filhos, mas depositou inconscientemente toda sua dependência emocional nos pais. A perda dessa transição emocional implica na perda do engajamento que é substituído pela depressão. Então, se isola da família e do meio social. Isso é muito comum nos dias atuais. A solução passa pela compreensão da imortalidade da alma, entendendo que a vida é um ciclo de muitas existências, proporcionando a busca da reposição da perda no amor a outras pessoas. 63 Danilo refere-se à Revolução Francesa, com a implantação do Período do Terror e perseguição a todos os inimigos do Estado.
  • 215. Um Grito de Loucura 214 A sobreposição dos pensamentos é a melhor técnica para quebrar o padrão, repetindo sempre – eu preciso perdoar, agora – para minha libertação, felicidade e paz interior. Essa é a metodologia que venho oferecendo a vários grupos que assisto e tenho presenciado muita melhoria. Se você está num beco sem saída, busque no perdão o motivo de ter chegado até ali, dando passos seguros para a saída. Em muitos momentos, você encontrará outras pessoas para te ajudar nessa caminhada. Contudo, quando você não puder contar com a ajuda de outros, ainda terá nos livros um guia seguro para sobrepor os pensamentos. Sair do casulo significa oferecer algo novo, com o suporte de vários grupos, nivelados para aquela situação. Isso se chama terapia integracionista, colocando indivíduos com os mesmos problemas numa reunião comum. Isso pode ser feito também na casa espírita. Que a esperança de dias melhores nos mantenha sempre unidos. Deus seja louvado.”
  • 216. Um Grito de Loucura 215 Capítulo 37 – A chave da concretização: olhe com outros olhos Para este capítulo, apresentou-se o guia do médium, o exu Luís Severino, que prefere ser chamado de Mata Cachorro. Sua aparência mantém o aspecto da ultima reencarnação, quando foi um cangaceiro no nordeste brasileiro nas primeiras décadas do século passado. Esta entidade se apresentou ao moderador há 6 anos atrás e ajudou no entendimento da missão dessa imensa categoria de espíritos que vivem e trabalham no Umbral Grosso, a serviço da luz. Muito bem aceitos e cultuados na Umbanda, são recebidos com preconceito na maioria das casas espíritas por ignorância de seus dirigentes. Preservamos na transcrição o seu modo rústico de falar. “Tudo aquilo que não queremos, deixamos para trás. Tudo o que você pedir, espere de 5 a 7 dias e receberá - deixe de agonia. É importante fazer as pazes com o tempo. A vida não é feita só de traumas e sofrimentos, mas é preciso entendê-los para não repetir os mesmos erros. Entender os traumas é entender a si mesmo, fazendo sua parte principal da vida, compreendendo as limitações, os problemas diários e principalmente a dependência emocional. Aceitar o peso que se carrega é entender que ele não precisa ser carregado o tempo todo. Opte por tudo aquilo que pode te agregar algo de bom. Quando você achar que a carga de seu sofrimento está muito pesada vire o rosto para o lado e então verá a dor que se passa ao seu redor. Ficar na inercia não é a solução – tudo o que se movimenta sai da zona de conforto. Peça solução e aguarde 7 dias que você será atendido. Mas saiba o que você pede. Tenha um pensamento limpo, pedindo e projetando na mente aquilo que você deseja. Não adianta só ter um bom coração para seguir na vida. É preciso ter um pensamento reto e direcionado para aquilo que se deseja. Foco ainda não é a melhor palavra para definir essa
  • 217. Um Grito de Loucura 216 vontade. Tenha consciência e discernimento em tudo o que você fizer. Na vida real nem tudo se planeja. Concretizar vai além de planejar - significa ter disposição para resolver os problemas com as ferramentas que você tem em mãos. Ficar só buscando a perfeição te leva a perder os bons momentos, deixando de apreciar aquilo que está sendo construído. Apreciar o que está sendo feito é o principio da gratidão, entendendo esse movimento para chegar à concretização. Se você não faz uma boa avaliação dessa construção de ideias não dará sequencia a esse movimento. Precisamos ser gratos com o que temos, mesmo que seja pouco, pois é com isso que vamos sobreviver. O tempo é uma concretização do “agora”, uma possibilidade que nos direciona para resolver mais de um problema naquele momento. Muitas vezes aquilo que você pede não é aquilo que você pode ter e vem então um sentimento de frustração, gerando perda de energia, desgaste. Por exemplo, você precisa de água limpa para cozinhar, mas ela não está disponível. Você pode ficar procurando indefinidamente por ela ou então dá um jeito de filtrar a água suja para fazer seu alimento. Chamo essa segunda opção de concretizar. Você faz acontecer com o que tem em mãos. Somos chamados senhores do karma porque aprendemos a trabalhar com o que temos nas mãos. Se a oportunidade de você aprender é com uma queda, vou deixar você cair e depois te ajudar a se levantar. Defina o que você quer para você, pare de dar voltas – essa é a concretização dos caminhos. As portas se abrirão para tudo o que for necessário para seu crescimento. Para que isso aconteça, realize as atividades mais próximas e urgentes, não antecipando os eventos. Sinta a presença das quatro estações do ano em cada dia de sua vida, esquecendo a pressa, vivenciando o presente e aceitando o que não pode ser resolvido durante o dia - busque a meditação ao deitar, mas não pense no problema e sim na solução. Deixe de
  • 218. Um Grito de Loucura 217 ansiedade, vire a página daquele dia, relembre que você é um espírito imortal e que tudo é transitório. Continuo na condição de exu mirim, trabalhando ligado a uma casa de apoio em Aruanda, onde convivo com outros exus livres, buscando ajudar o meu protegido da melhor maneira que eu posso. A maior batalha que enfrentamos é a emocional, como no exemplo das quatro estações que se alternam, com as alegrias e tristezas de cada dia, devolvendo à vida o que ela te oferece, corrigindo nossos problemas com alegria interior. Contudo, quando estamos infelizes, com o pensamento vazio, perdemos o controle da situação, de discernir as quatro estações. Se você está nervoso, não tome atitudes precipitadas, se está agitado, evite dormir nessa condição. Você é livre para agir - não existe o certo ou o errado numa decisão - o aprendizado vem de qualquer maneira. Concretização passa pela escolha, aceitando algumas derrotas pelo caminho, mas se sentindo um vencedor na etapa seguinte. Esse é o desafio do engajamento de que nos fala o Danilo Codegroza. Se você é o agente de suas escolhas, você é o responsável pelo que acontece naquele momento. Aprecie o que está à sua volta, pois é o resultado de suas escolhas. Você pode, por exemplo, se expor ao frio extremo e controlar a temperatura do seu corpo com a mente, atuando na glândula pineal para irradiar o calor necessário. As respostas sempre estarão dentro de nós. O tempo é o melhor amigo e remédio para nossas necessidades. Admire o que você tem em seu entorno e agradeça. Faça alguma coisa boa com sua vida - se a realidade é dura, veja com outros olhos - se ela te magoa, use de compaixão. Escute a opinião de outras pessoas para depois tomar suas decisões. Desde que o homem saiu das cavernas, precisou da comunicação muito além das palavras. A chave da concretização é olhar com outros olhos.
  • 219. Um Grito de Loucura 218 Olhe com outros olhos e leve alegria por onde andar. Não existe vitima. Aquele que se vê como vitima está perdendo tempo. Recentemente estive num resgate de espíritos suicidas do tipo “kamikaze” na região da Síria. Eram de épocas diferentes, sintonizados como vitimas e para saírem dali precisaram se sintonizar com a dor daqueles a quem prejudicaram. Fizemos isso através do controle da mente, projetando-os para o momento da explosão, para eles olharem com outros olhos, trazendo o entendimento de que não eram vitimas. Eram sofredores cheios de angustia e agonia e isso ajudou a virar a chave da ressignificação. Foram encaminhados para a reencarnação imediata, pois não teriam condições de permanecer no astral. A oportunidade é dar engajamento.” “O que difere o Bem do Mal é que - o Mal não bota a cara, manda alguém fazer - enquanto que o Bem bota a cara.” “Quem não quer servir nas Trevas não merece viver na Luz.”
  • 220. Um Grito de Loucura 219 Capítulo 38 – Epílogo Muito teríamos ainda a registrar das sábias palavras de Duarte, mas grandes mudanças de ordem pessoal nas vidas do médium e do moderador nos obrigaram a antecipar a conclusão desta obra, pensando na possível utilidade de sua divulgação a tantos que se encontram nas mesmas condições das personagens relatadas neste livro. Agradecemos a todos os Espíritos que se predispuseram a dar seus depoimentos, começando por Mnvyt, espírito exilado de outro orbe, com oportunidade de reencarnar no nosso planeta há milhares de anos atrás e aprender a Lei de Amor que se faz cada vez mais necessária na nossa caminhada evolutiva. Sua trajetória espelha a luta de cada um de nós na busca da ressignificação dos verdadeiros valores da vida, dos tesouros que os ladrões não roubam e nem as traças roem, como nos ensinou Jesus. Em seguida, Duarte nos leva a conhecer os dramas de Ayacam, que se utilizou erradamente do sexo para compensar um amor não correspondido. Participamos da história de Sabrina e de Valença para entender melhor a importância da esquizofrenia como instrumento de proteção contra o suicídio. Relembramos o capítulo ditado pelo Espírito Gregório, psiquiatra da Colônia Espiritual Campo Formoso, nos oferecendo o entendimento da depressão como uma nova oportunidade de reflexão interior. Em seguida, o espírito Vinicius das Flores nos trouxe uma reflexão sobre o uso abusivo das religiões do passado (e infelizmente também na atualidade) manipulando as grandes massas populares como rebanho. No Capítulo 26 conhecemos o exu Edgard e seu árduo trabalho junto aos drogados nos dois planos da vida. Já no Capítulo 32, o espírito do médico Danilo Codegroza aborda a decepção e o engajamento, relacionando-os à depressão e nos relembrando que há uma força que nos impulsiona para frente - o instinto de sobrevivência - inerente a todo ser vivo. Danilo retorna no Capítulo 36 nos recomendando pegar a mão do próximo e não soltar com o objetivo de ocupar um espaço de permissibilidade e oferecer o socorro que ele precisa.
  • 221. Um Grito de Loucura 220 No último capítulo recebemos o exu Luís Severino, guia espiritual do médium que aborda a necessidade de desenvolver um novo olhar para os outros, com compaixão e empatia. Oportuno também expressar nossa gratidão a todos os antigos companheiros do Centro Espírita Caridade e Luz, localizado na cidade paulista de São Roque, trabalhadores da reunião mediúnica citada diversas vezes neste livro. Servidores anônimos do Bem, que possam ter determinação e humildade para continuarem a servir à causa do Cristo. A todos eles, mas principalmente ao Duarte, nossa eterna gratidão, pela paciência em ditar essa obra ao longo de muitos meses. Um Grito de Loucura é uma viagem interior aos nossos piores pesadelos, expondo as fragilidades que compõem as diversas e complexas camadas do nosso “eu”. Afinal, quem somos? Quantos somos, isto é, quantos “eus” coexistem simultaneamente dentro de nós? Para entender tudo isso, a jornada está apenas começando...
  • 222. Um Grito de Loucura 221 BIBLIOGRAFIA RECOMENDADA BACCELLI, Carlos A. A Caverna de Platão. Espírito Dr. Inácio Ferreira. Editora LEEP, 2022. ___. Dimensões da Mente. Espírito Dr. Inácio Ferreira. Editora LEEP, 2021. ___. Egos em Conflito. Espírito Dr. Inácio Ferreira. Editora LEEP, 2015. ___. No Divã de Anastácia. Espírito Dr. Inácio Ferreira. Editora LEEP, 2016. ___. Obsessão e Cura. Espírito Dr. Inácio Ferreira. Editora LEEP, 2012. ___. Saúde Mental à Luz do Evangelho. Espírito Dr. Inácio Ferreira. Editora LEEP, 2013. COSTA, Maria José. Desobsessão – Relatos de técnicas de atendimentos mediúnicos. Editora AME, 2019. DE PAULO, Jaider Rodrigues. Doenças ou Transtornos Espirituais? Editora AME, 2022. ___. Enigmas da Desobsessão. Editora AME, 2022. ___. Saúde Mental: Relatos do dia a dia de um Psiquiatra Espírita. Editora AME, 2022. FERREIRA, Inácio. Novos Rumos à Medicina. Editora FEESP, 2016. ___,. Psiquiatria em Face da Reencarnação. Editora FEESP, 2001. ESPÍRITO SANTO NETO, Francisco. As dores da alma. Espírito Hammed. Editora Boa Nova, 2002. ___, A imensidão dos sentidos. Espírito Hammed. Editora Boa Nova, 2002. FRANCO, Divaldo. Conflitos Existenciais pelo Espírito Joanna de Ângelis. Editora LEAL, 2020.
  • 223. Um Grito de Loucura 222 ___. Perturbações Espirituais, pelo Espírito Manoel Philomeno de Miranda. Editora LEAL, 2015. ___. Transtornos Psiquiátricos e Obsessivos, pelo Espírito Manoel Philomeno de Miranda. Editora LEAL, 2015. MENEZES, Bezerra. A loucura sob novo prisma. Editora FEB, 2021 OLIVEIRA, Wanderley. Amorosidade: A cura da ferida do abandono. Espírito Ermance Dufaux. Editora Dufaux, 2018. ___. Mediunidade: A cura da ferida da fragilidade. Espírito Ermance Dufaux. Editora Dufaux, 2022. ___. Reforma íntima sem martírio. Espírito Ermance Dufaux. Editora Dufaux, 2012. ___. Abraço de Pai João. Espírito Pai João de Angola. Editora Dufaux, 2014 ___. Fala Pai João. Espírito Pai João de Angola. Editora Dufaux, 2013. ___. Guardiões do Carma, a missão dos exus na Terra, Espírito Pai João de Angola. Editora Dufaux, 2017. PALHANO JR, Lamartine. Laudos espíritas da loucura. Editora Lachatre, 1997. SCHUBERT, Suely C. Obsessão/Desobsessão. Editora FEB. XAVIER, Francisco C. Libertação. Espírito André Luiz. Editora FEB. XAVIER, Francisco C. e Vieira, Waldo. Desobsessão. Espírito André Luiz. Editora FEB.
  • 224. Um Grito de Loucura 223 OS COAUTORES ARTHUR ÂNGELO DE LIMA E SILVA é médium psicofônico. Nasceu em 09/12/1995 em Salvador, BA. Cresceu em lar espírita e desde criança tem sua mediunidade bem apurada. Atuou como médium em sessões de desobsessão no Centro Espírita Caridade e Luz (São Roque – SP) até inicio de 2024. Atualmente vive em Portugal. OLIVIO CEZAR RODRIGUES DA SILVA é o moderador e organizador das mensagens psicofônicas deste livro. Nasceu em 05/01/1953 em Ipaussu, SP. Morou algumas décadas em Salvador, onde militou no movimento espírita. Engenheiro mecânico de formação e professor universitário está aposentado e vive em Portugal. Sugestões e críticas para: oliviocezarsilva@gmail.com