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Corpos Sutis e Chacras
Guia de Estudos - Colorido
Olivio Cezar
Corpos Sutis e Chacras - Guia de Estudos - Olivio Cezar
1
Corpos Sutis e
Chacras
Guia de Estudos - Colorido
Olivio Cezar
2025
Corpos Sutis e Chacras - Guia de Estudos - Olivio Cezar
2
Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)
(Câmara Brasileira do Livro, SP. Brasil)
ISBN 978-65-01-46135-9
Cezar, Olivio
Corpos Sutis e Chacras - Guia de Estudos ,
2025.
1. Doutrina . Espírita 2. Corpos
Espirituais 3. Chacras
Reprodução total ou de trechos deste
livro serão permitidos. Pedimos apenas a
citação da fonte e do autor.
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3
AGRADECIMENTOS
Aos meus filhos, Caroline, André e Arthur e à minha neta Aya, pelas muitas alegrias que trazem à minha
vida.
Aos meus saudosos pais, Maria e Olavo, que me honraram com essa reencarnação e aos irmãos,
sobrinho e sobrinhas.
In memoriam também dos nonos maternos Nazarena e Virgílio e avôs paternos Maria Luiza e Cristiano.
Aos companheiros das casas espíritas: Centro Espírita Caridade e Luz (São Roque - SP), Centro Espírita
Eurípedes Barsanulfo, Centro Espírita Chico Xavier e Grupo da Fraternidade Leopoldo Machado
(Salvador - BA) pelas oportunidades de trabalho que me ofereceram.
Aos mentores e guias espirituais, por sua presença permanente em minha vida, me norteando os
caminhos do Bem.
A Jesus, Mestre Maior, co-criador e dirigente de nossa Galáxia, por seu amor incondicional a todos os
seres que nela vivem.
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"A vida espiritual é a vida normal do Espírito: é eterna; a vida corporal é
transitória e passageira: não é mais do que um instante na eternidade."
Allan Kardec - Obras Póstumas
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“A morte não é o fim de tudo. Ela não é senão o fim de uma coisa e o
começo de outra. Na morte o homem acaba, e a alma começa.”
Victor Hugo
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ÍNDICE
Prefácio
Composição dos Corpos Sutis
Energia e Fluidos
 Conceitos preliminares
 O Prana
A Água
 A água fluidificada
Os Corpos Sutis na Antiguidade
 Hinduísmo
 Grécia
As Doutrinas Secretas
 O Carma segundo a Teosofia
Os Corpos Sutis
O Corpo Físico
 Glândulas do corpo físico
A Glândula Pineal
 A melatonina
O Duplo Etérico
 Os diversos níveis
 Exteriorização
 Sensibilidade
 Influência das drogas
 Epilepsia
 Automatismo
 Natureza
 Desencarnação
 Outros aspectos
 Livro Medicina da Alma
A Aura
 Vampirismo
O Cordão de Prata
O Corpo Astral
O Corpo Mental
 Projeção mental
O Corpo Causal
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O Cordão de Ouro
O Corpo Búdico
O Corpo Átmico
Os Chacras
Chacra Coronário
Chacra Frontal
Chacra Laríngeo
Chacra Cardíaco
Chacra Umbilical
Chacra Esplênico
Chacra Básico
Mais informações sobre os chacras
 Chacras menores
 Centro Alta Maior
 Ponto de Gora
 Chacras palmares
 Chacras dos joelhos
 Chacra perineal
 Chacra sexual
 Chacras das costas
 Chacras nos animais
 Como visualizar os chacras
 Bloqueio energético
 Energia Kundalini
 Os poderes psíquicos dos centros – Michel Coquet
 Processos de manutenção do perispírito
 A bioquímica comprova a Lei do Carma - Pastorinho
Passes Magnéticos
Espíritos Elementais
Os Planos Sutis
 O plano astral
 O plano mental
 O plano búdico
Epílogo
Bibliografia
Sobre o autor
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PREFÁCIO
A natureza possui fontes inesgotáveis de energia, através de seus diversos elementos, tais como: a água,
o vento, o fogo, a terra.
Tudo é energia, nós somos energia, o corpo físico é energia condensada. O termo energia provém do
grego energes e significa movimento, atividade, força e poder.
Prana é a energia cósmica, também conhecida como energia imanente, éter, luz astral, fluido universal.
Portanto, prana é a energia da vida.
Bioenergia é a energia que todo ser vivo tem e está relacionada com o movimento da vida, podendo ser
manipulada de forma consciente.
Somos um complexo de energia em várias frequências, portanto, estamos constantemente trocando
energia uns com os outros e também com a Natureza, de forma consciente ou inconsciente. A qualidade
dessa interação será de acordo com os nossos pensamentos e sentimentos.
Nosso corpo energético é semelhante ao Universo. Ele possui milhões de pontos brilhantes. Junto com
eles temos vórtices maiores de energia, que se parecem com as galáxias e são vórtices de luz brilhante,
girando em alta velocidade. Dentro desses vórtices temos vários outros mini vórtices de luz, que
denominamos de chacras.
O termo “chacra” provém do sânscrito e seu significado é “roda” ou “disco giratório”, implica em
movimento, transformando as energias psicofísicas e sutis em bioenergias.
Os antigos mestres da Índia estudaram esses centros há milhares de anos e colocaram esse nome por
ser semelhante a um disco. Eles também percebiam esses centros através da clarividência. O estudo
desses mestres encontrou sete chacras principais, cada um correspondendo a uma glândula endócrina.
Mas, além desses, existem mais chacras de grande porte, que iremos abordar neste livro.
Somos seres dotados de múltiplas dimensões com diversos corpos anexados ao corpo físico, chamados
de corpos sutis. Estes corpos têm centros de energia distribuídos ao longo do eixo central do nosso
corpo físico, conhecidos como chacras.
O homem é um ser de aspecto setenário, ou seja, sua constituição hiperfísica se manifesta em sete
dimensões. Com os conceitos trazidos pela Física Quântica o homem ocidental já consegue comprovar
os conhecimentos milenares praticados pelas escolas do Extremo Oriente.
Max Planck, grande cientista do final do século XIX, revolucionou a Física conceituando a teoria dos
“quanta” que são "pacotes de energia" associados às radiações eletromagnéticas. Em seguida, Albert
Einstein enunciou a teoria do efeito fotoelétrico e formulou a teoria da relatividade espacial geral e
restrita, abrindo novos caminhos para a Ciência.
A Doutrina Espírita também traz uma grande contribuição abordando a realidade dos fluidos, a
imortalidade da alma e a existência de planos espirituais, nos alertando que somos o que pensamos,
interagindo o tempo todo com tudo ao nosso redor.
Somente com o estudo e a pratica do Evangelho e dos ensinamentos dos grandes mestres da
humanidade, transformaremos a nossa vida mental para encontrar a harmonia interior que é a nossa
verdadeira condição, nos ajudando a evitar as doenças, tanto do corpo físico como dos corpos sutis.
Esta obra está dividida em três partes principais: corpos sutis, chacras e planos sutis, pois esses assuntos
estão interligados e consideramos importante a abordagem dos mesmos para uma melhor
compreensão do leitor.
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COMPOSIÇÃO DOS CORPOS SUTIS
Em nosso estudo, respeitamos as definições clássicas existentes, que
incluem o corpo físico também como um corpo sutil.
 Corpo físico: nosso corpo de carne e osso, onde temos nossos
sentidos de tato, olfato, paladar, audição e visão.
 Corpo etéreo: corpo energético, formado de energia vital, tem o
mesmo formato e anatomia do físico. É composto da aura, dos
chacras e tudo o que está relacionado com essas energias.
 Corpo astral (perispírito): corpo mais sutil, ligado aos nossos
sentimentos, à nossa racionalidade, sofre influência do Ego, corpo
dos desejos, instintos e impulsos. É o molde do corpo físico.
 Corpo mental inferior: corpo muito sutil, já não possui mais o
formato do corpo físico e sim a forma ovoide. Responsável por
manifestar os pensamentos do âmbito espiritual.
 Corpo causal ou mental superior: corpo associado à "fonte" do
Universo que tem acesso às leis universais, responsável por
canalizar a intuição pura, também conhecida como sexto sentido.
 Corpo búdico ou buddhi: corpo da iluminação, que também está
ligado ao todo, onde estão registradas nossas memórias de vidas
passadas.
 Corpo átmico: nossa centelha divina, corpo que controla todos os
outros. É a mônada, o Espírito criado por Deus.
Nosso processo evolutivo passa pela necessidade de aperfeiçoar um a um
esses sete planos, a partir do corpo físico até o corpo átmico, ao longo de
milhões ou quiçá bilhões de anos.
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ENERGIA E FLUIDOS
Tudo é energia. O Criador, através da Natureza, uniu os diferentes veículos de manifestação do nosso
ser com diversos tipos de energia e o desequilíbrio em qualquer um desses corpos afetará também os
demais. A desarmonia dos pensamentos influi nas emoções e no corpo físico, pois são ondas que afetam
a nossa saúde.
Tudo no Universo está conectado e os padrões de consciência da humanidade emitem energias que são
absorvidas por nossas células provocando doenças físicas e psicossomáticas.
Nosso bem estar está relacionado com tudo aquilo em que pensamos, sentimos e fazemos. A Doutrina
Espírita nos recomenda a reforma íntima como a melhor terapia para a felicidade e a harmonia
interiores.
Albert Einstein entendia que o Universo é composto de campos de energia interconectados e, na
atualidade, muitos cientistas se dedicam ao estudo de campos de ondas estacionárias interconectadas,
aceitando a ideia de possíveis eventos que criam padrões de ondas que interagem com tudo ao nosso
redor.
No campo da energia humana temos a aura, um conjunto de energias com frequências e cores que
variam conforme a distância em relação ao corpo físico. Esses campos áuricos se abrem para diferentes
planos de energia através dos chacras, possibilitando a troca de informações entre o mundo exterior e o
corpo físico.
Segundo Rupert Sheldrake, os campos mórficos organizam não só os campos de organismos vivos, mas
também cristais e moléculas. Cada tipo de molécula tem o seu próprio campo mórfico – hemoglobina,
insulina, etc. Também, cada tipo de cristal, cada tipo de organismo, cada tipo de instinto ou padrão de
comportamento tem seu campo mórfico que organizam a Natureza. Esses campos penetram a aura e
chegam até o sistema elétrico do corpo físico.
Os cientistas da atualidade pesquisam a existência de um campo de energia misterioso similar ao antigo
conceito de éter, sugerindo que a única realidade seria um campo chamado de “ponto zero”, repositório
de todos os campos de energia. Esse campo de ponto zero seria uma fonte de energia universal e, nesse
conceito, o Universo se comportaria como um mar agitado de energia, onde tudo está conectado.
O arquétipo da teoria quântica de campos descreve essencialmente a interação de partículas
eletricamente carregadas através da emissão e absorção de fótons. O campo de ponto zero é composto
de fótons ou unidades de luz que regulam todas as coisas vivas. Nosso DNA é feito de luz e todos nós
estamos envolvidos por um campo de luz. Os campos L e T da teoria quântica são campos sutis de
eletricidade e pensamento, que sofrem a ação das energias elétricas e magnéticas.
Exteriorizamos, absorvemos e trocamos energia a todo instante, desde o útero materno ate o ultimo dia
de nossas vidas, com pessoas, animais, meio ambiente, Natureza, etc. buscando o equilíbrio energético
para nossos diversos corpos.
Cada um desses campos ou corpos de luz de dimensões superiores está ligado à estrutura celular
através de uma complexa rede de fios energéticos.
Martin Luther King Jr. acreditava que a energia que
dedicamos à melhoria do mundo corresponde à energia do
Universo.
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“O Homem é verdadeiramente um Ser multidimensional, onde o corpo físico é o componente de maior
densidade entre os diversos campos de energia interativos e que constituem o Ser como um todo”.
Do livro: “O ser humano multidimensional. Estudo da Aura, Chacras e Corpos Sutis”.
CONCEITOS PRELIMINARES
Energia vital: Energia de uma rede vital que permite às forças vibracionais superiores se manifestar no
corpo físico por meio de seus efeitos. É orientadora de padrões de crescimento celular e da expansão da
consciência humana.
Energia vibracional: Rede multidimensional que impulsiona diferentes características vibracionais para o
interior do corpo e influenciam os processos fisiológicos, tanto no nível celular, como no nível do
organismo geral.
Energia sutil: Energia que entra no sistema vital, passando por transformadores redutores
especializados para se integrarem à matriz celular. São conhecidas como chacras e processam energias
vibracionais de frequências específicas, agindo no sistema endócrino afetando o sistema biológico e
criando inputs vibracionais nos corpos etérico, astral e demais, de dimensões superiores. As glândulas
endócrinas fazem parte de um poderoso sistema mestre de controle que influencia a fisiologia do corpo,
desde o nível de ativação dos genes até o funcionamento do sistema nervoso central.
Os chacras: São transformadores e distribuidores de energias sutis que entram no organismo, afetando
nosso comportamento, nossa disposição de ânimo e nossa saúde através das influências hormonais e
dos neurotransmissores, atuando na atividade cerebral e nos receptores celulares.
Ligações cósmicas: São os caminhos da energia vital advindas do Universo até os chacras e destes ao
corpo físico e seus respectivos órgãos.
Espírito: Qual seria a natureza do Espírito?
- O Espírito é luz. “O Livro dos Espíritos”.
Em 1857, surge este livro, codificado por Allan Kardec, dando o primeiro passo para uma nova era da
humanidade.
Luz: A Física define que a luz é qualquer radiação/vibração eletromagnética que se situa entre as faixas
de vibração infravermelha e ultravioleta. Assim a força eletromagnética tem a ver com o Espírito e com
todos os fenômenos físicos, com exceção da Lei da Gravidade.
Eletromagnetismo: As interações entre os átomos são regidas pelo eletromagnetismo, assim como as
relações entre as moléculas que compõem uma pessoa, ou quaisquer objeto.
Luz, Matéria e Energia: James Maxwell (1831 – 1879) descobriu que a luz é energia radiante, Einstein,
que matéria e energia se transformam uma na outra e Kardec que o Espírito é luz. Portanto, com o
Espiritualismo aprendemos que:
 A aura é o envoltório energético que constitui e envolve o corpo espiritual, psicossoma ou
perispírito.
 No duplo etérico ou corpo vital se localizam os centros de força ou chacras.
 O perispírito ou corpo astral é o portador dos sentimentos e emoções.
 O corpo mental controla os pensamentos e as ideias.
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Corpo Espiritual: É o corpo que dirige o nosso “Eu Superior”, ligado ao lado direito do cérebro, local da
linguagem mais simbólica e metafórica e dos registros de vidas passada, onde ficam gravadas as
recordações de experiências vividas, positivas e negativas .
O PRANA
Energia é uma palavra derivada do grego "energes" e significa atividade. Na Índia, seu sinônimo seria
“prana”, palavra derivada do sânscrito, significando respirar, viver. Na China é conhecida como "chi". A
filosofia hindu classifica as energias em cinco tipos:
 Prana: É a energia vital universal que permeia o cosmos, absorvida pelos seres vivos através do
ar e é enviada para todas as células através do chacra coronário para o sistema circulatório.
Prana é um conceito da Ayurveda e da Yoga, vindas por uma rede de canais sutis
chamados nadis. Temos em nosso ser em torno de 72 mil nadis diferentes. O prana penetra no
corpo sutil pelo chacra da coroa, situado no alto da cabeça e pela inspiração do ar passando
pelas narinas. Ele é o principal tipo de energia cósmica.
 Vyana: Localiza-se no coração. Age no corpo inteiro governando o sistema circulatório, as
articulações e os músculos. É captado do ar inspirado nos pulmões e da energia dos alimentos.
 Samaná: Localiza-se no intestino delgado, governa o aparelho digestivo e é captado
principalmente pela energia vital dos alimentos vivos (sementes, frutas etc.), absorvidos pela
digestão e pelo metabolismo celular.
 Udhana: Localiza-se na região da garganta e governa a fala, o teor da voz, a força vital, a força
de vontade, o esforço, a memória e a exalação do ar. É captado pela energia do chacra da
garganta.
 Apana: Concentra-se no baixo ventre, governa a evacuação e a micção, a potência sexual, o
fluxo menstrual e o processo de parto. É captado pelo chacra localizado na base da coluna e
pelo chacra dos órgãos genitais (chacra prostático ou uterino). É a energia que elimina os
resíduos de tudo o que não é aproveitado pelo corpo através dos pulmões e sistemas
excretores.
O processo energético entra pelo chacra coronário para todo o corpo, vindo do cosmos, mas também
entra pelo chacra básico e pelos plantochacras (planta dos pés), trazendo a energia da Terra, assim
como, pela respiração traz o prana que é processado pelo sistema cardiorrespiratório (chacra cardíaco e
laríngeo) e enviada para a corrente sanguínea que transporta a energia para todas as células do corpo,
sendo exaladas pelos poros e formando um envoltório energético em torno do corpo, que chamamos de
aura.
Na China, os taoístas acreditam que a energia espiritual, ou chi, flui por toda a Natureza, através do
modo Yin, que a armazena e o modo Yang, que a libera. O equilíbrio adequado entre a força de
armazenamento “negativa” de Yin e a força de liberação “positiva” de Yang garante que uma energia
saudável flua através de tudo, desde um órgão do corpo humano até a neve no topo de uma montanha.
Para eles, a energia da Natureza não se move em uma sequência de causa e efeito (como entendida na
ciência moderna), nem existe à parte da energia espiritual. Pelo contrário, toda energia é
simultaneamente natural e espiritual e flui em um padrão circular modulado pela interação entre o Yin e
o Yang.
Nessa civilização milenar, o sistema de meridianos, equivalente aos nadis da Índia, seria o molde original
da ramificação das células nervosas, em sua parte etérica, composto de uma delicada rede de
filamentos, estruturados no duplo etérico, atuando como um sistema de abastecimento de vitalidade
para o corpo físico.
Na codificação da Doutrina Espírita os Espíritos adotaram a palavra ‘fluido’ para definir a energia do
Universo, pois na época de Kardec o termo ‘energia’ era desconhecido. O Fluido Cósmico Universal foi o
nome dado pelos Espíritos ao fluido elementar imponderável que serve como intermediário entre o
Espírito e a matéria, possibilitando a adesão das partículas de matéria. Apresenta inúmeras
Corpos Sutis e Chacras - Guia de Estudos - Olivio Cezar
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combinações que são observadas como campo eletromagnético e como fluido vital, sendo ainda o
princípio da matéria pesada.
Atualmente, com o advento da Física Quântica entendemos que todo o Universo é composto
exclusivamente de energia, e o Espírito André Luiz, pela psicografia de Chico Xavier, confirma esse
conceito no capítulo 1 do livro “Evolução em Dois Mundos”:
“... na essência, toda a matéria é energia tornada visível e que toda a energia, originariamente,
é força divina de que nos apropriamos para interpor os nossos propósitos aos propósitos da
Criação...”.
O termo ‘fluido’ se traduz como um elemento muito sutil, quintessência, imponderável, existente na
Natureza e a que antigamente denominavam ‘éter’.
Vamos continuar usando o termo ‘fluido’ ao longo de nossos estudos considerando a sua aceitação
consolidada no meio espirita, mas entendendo que tem um significado diferente de ‘energia’. Os fluidos
resultam da modificação da matéria elementar, primitiva, do mesmo modo que a energia, mas ambos
são elementos ligeiramente diferentes. A energia, como a modificação da matéria elementar, possui
elementos dispersos que, uma vez condensados, constituem-se no elemento que denominamos
matéria. Já os fluidos são uma modificação particular dessa energia.
São Tomás de Aquino, um dos maiores teólogos da Igreja, entendia que esse fluido era uma ‘ força
vital’. O Dr. W. Joseph Kilner, médico londrino do Hospital St. Thomas, em 1920, desenvolveu o ‘filtro de
Kilner’ que consiste em uma lente pintada com uma anilina, composta por duas peças de vidro entre as
quais se prensa uma solução de diacinina, uma tintura de cor índigo-violeta denotando um efeito
notável sobre a visão fazendo com que o olho perceba o ultravioleta. Com o emprego da diacinina
podemos distinguir num ambiente escuro três zonas de emanações emitidas pelo corpo:
1. Uma zona sombria ou rosa, que ele chamou de duplo etérico.
2. Uma zona muito densa, justaposta à primeira e que parece estar em contato com o corpo
que ele chamou de aura interna.
3. Uma terceira zona que consiste numa espécie de nuvem amorfa, muito variável em
dimensão, e que constitui a aura externa.
O fotógrafo italiano Tomasseti, juntamente com outros experimentadores, tentou fixar numa placa
fotográfica as radiações humanas e chegou à conclusão que o corpo humano emite:
1. Radiações violeta e ultravioleta, obtidas numa sala escura com uma chapa fotográfica
comum.
2. Radiações alfa e beta, conseguidas com uma chapa fotográfica comum e uma película
radiográfica usando uma caixa de madeira.
3. Radiações gama, muito mais poderosas do que os Raios X, conseguidas com uma película
radiográfica usando uma caixa de alumínio.
Podemos classificar os fluidos, segundo as escolas iniciáticas e espiritualista em:
 Fluido Elementar - É o mesmo que Fluido Universal ou Fluido Primitivo.
 Fluido Magnético - Fluido Nervoso ou Fluido Vital.
 Fluido Vital – Fluido Perispiritual ou Fluido Perispirítico.
 Fluido Primitivo – Fluido Elementar ou Fluido Universal.
 Fluido Vital - Princípio orgânico, que produz os fenômenos da vida material. É o mesmo
que Fluido Elétrico Animalizado, Fluido Magnético, Fluido Nervoso, Força Radiante, Força
Vital, Principio Vital.
 Fluido Universal - princípio formado de elementos etéreos e sutis, do qual o Espirito faz
uso e onde está a causa primária da vida.
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A teoria do Fluido Universal já era muito conhecida pelas correntes esotéricas tradicionais da
Antiguidade, chamado de Alcaeste por Paracelso, Fogo-Gerador por Heráclito, Fogo-Vivo por Zoroastro,
entre outros.
Nosso corpo é composto por 60 a 70 por cento de água, que recebe emanações advindas do fluido
universal e atuam em nossos pensamentos, cristalizando energias boas ou ruins que afetam o nosso
metabolismo. A importância da água para nosso organismo é fundamental, pois o corpo humano não
consegue ficar mais de 4 minutos sem oxigênio, mais de 3 dias sem água ou mais de 50 dias sem
alimentos.
Reproduzimos abaixo, trechos do livro “Energia”, do espírito Joseph Gleber pela psicografia de Robson
Pinheiro, abordando detalhes do assunto:
1. A energia cósmica é universal e imanente a todo o universo; ocupa todo o espaço, mas em
diferentes concentrações e, por isso, produz uma variedade de fenômenos, muitos ainda
desconhecidos, tanto no universo físico quanto no extrafísico. Apresenta-se em movimento
permanente, que pode cessar ou ser interrompido por um agente externo. Caso isso ocorra, o
fluxo da energia cósmica assume um aspecto diferente da organização primordial, às vezes
desordenado e contrário a seu modo normal de manifestar-se, isto é, livre e com intenso
movimento. O bloqueio da energia cósmica, mesmo que já diferenciada como fluido vital, pode
repercutir nos corpos físico e etérico em forma de adoecimento, sendo interpretado como
moléstia orgânica, ainda que seja, na verdade, um transtorno provisório.
2. A energia cósmica é primordial, é a gênese de todas as formações materiais e energéticas do
universo, com todo o seu repertório de fenômenos. Sua existência antecede tanto a formação da
matéria, em seus diversos estados e dimensões conhecidos, quanto a enorme variedade, quase
infinita, de fenômenos de ordem energética, já conhecidos ou a conhecer.
3. Uma das características mais marcantes do fluido cósmico é o fato de ser completamente livre
daquilo que nossos cientistas denominam de massa – pelo menos, essa é uma informação dada
pelas inteligências extrafísicas que lidam diretamente com a fonte primordial, o fluido universal.
Embora seja inteiramente destituído de massa, ele próprio é o responsável pelo surgimento da
matéria na sua diversidade de formas e densidades. Por algum processo um tanto
incompreensível para nós, encarnados, ocorre o adensamento de suas partes íntimas, moléculas
ou substâncias, dando origem à massa, como resultado da transformação e adequação de suas
propriedades. Em consequência das ondulações e modulações realizadas em determinada
manifestação do fluido cósmico, modificam-se sua coesão e concentração, naturalmente sob
influência dos mecanismos inerentes às leis universais, que presidem as formações primordiais. A
partir de então, o elemento puramente material surge – matéria inerte, em sua primeira
manifestação – desse laboratório cósmico de energia para ser utilizado pelas consciências
imortais nos aglomerados energéticos e na formação ou criação astral, extrafísica, bem como nas
protoformas, estruturas que antecedem a materialização de suas ideias-pensamento no mundo
físico.
4. O movimento giratório, característica do fluido cósmico, impulsiona as formações primitivas e
iniciais dos fenômenos ligados mais diretamente à dimensão energética. Surgem as diversas
ondulações e remoinhos de matéria elementar, os quais reproduzem em si o sentido giratório do
fluido universal.
4.1. Essa influência observada nos movimentos da energia cósmica e da matéria –
primeiramente quintessenciada, como diria Kardec, ou etérica e sutil, e logo após bruta
e densa, a partir das inúmeras transformações – fornece-nos uma visão moderna, clara
e também atualizada de acordo com os recentes progressos e estudos da ciência.
Igualmente entendemos o porquê de os vórtices localizados no duplo etérico, que são
os órgãos conhecidos como chacras, também descreverem trajetória circular no
processo de absorção e transmutação das bioenergias. É claro que as bioenergias são
variações, transformações e manifestações da energia primordial.
Corpos Sutis e Chacras - Guia de Estudos - Olivio Cezar
15
5. O oceano de fluido cósmico é, pois, a fonte, o motor, o dínamo primordial da arquitetura
universal e, particularmente, de todas as manifestações da matéria extrafísica. Portanto, ao
lidarmos com a matéria astral, etérica ou mental, estaremos essencialmente lidando com o fluido
cósmico modificado e adaptado segundo as diversas particularidades das dimensões abordadas.
6. As concentrações naturais de fluido cósmico tendem a formar conjuntos de elementos,
organizações cósmicas, evolutivas, os quais atingem o ponto máximo de sua ascensão e depois se
reorganizam ou mudam de sentido, involuindo até dissolver-se, simplificar-se ao máximo. Com
esse retorno à simplicidade original, o conteúdo de tais conjuntos cósmicos – átomos, moléculas e
demais partículas – é reabsorvido e diluído no oceano primitivo de fluidos, participando de
posteriores formações ou novas criações. Nunca se perdem, transformam-se infinita e
constantemente em novos organismos siderais, cósmicos ou mesmo em corpos orgânicos. Os
aglomerados estelares, a poeira cósmica, os sistemas, planetas e todas as manifestações do
universo físico são produto das inúmeras transformações do fluido original, que se manifestam
como unidades de desenvolvimento e gestação da vida no seio do universo, onde são gerados.
6.1. A partir de tais observações é que se pode compreender a natureza dinâmica,
evolutiva e mutável de tudo aquilo que é material no universo. O nascimento e a morte
da matéria e das criações materiais, tanto quanto de elementos da dimensão
extrafísica que ainda possuem elementos materiais mais densos em sua constituição,
são plenamente explicados pelo princípio exposto no item anterior, que é intrínseco à
própria situação e característica do fluido original, ou da relação energia/matéria em
âmbito universal. Noutro exemplo, a formação, transformação e dissolução dos
mundos – seja de forma natural ou provocada pelas atitudes dos seres conscientes – e
o retorno de todo o seu conteúdo material e energético ao estado primitivo de fluido
cósmico obedecem ao padrão natural e comum a todo o cosmos, e, evidentemente, é
em direção a tal situação que caminha toda a expressão da vida material no cosmos.
Eis também por que os imortais, as consciências extrafísicas mais evoluídas falam-nos
acerca da segunda morte, ou seja, o descarte do conteúdo material dos corpos
energéticos ou psicossomáticos, com a natural posse de um corpo mental mais
adequado à manifestação da consciência.
7. A concentração do pensamento de consciências extrafísicas evoluídas produz a fusão de
correntes de fluidos de natureza cósmica e agrega a energia primordial, fazendo surgir o
elemento material onde ele, até então, não se manifestava. Essa é a base das criações mentais
permanentes e impermanentes, nos diversos departamentos da vida extrafísica.
8. A matéria que hoje é perceptível e inerte pode ser transformada pela ação da energia cósmica
e ser reorganizada. Sob a atividade das inteligências cósmicas responsáveis pela criação, operam-
se as transformações em formas vivas e orgânicas, surgindo os estágios iniciais ou manifestações
primitivas dos átomos espirituais ou mônadas. Tal organização estará subordinada ao poder
mental organizador das inteligências sublimes da criação, as quais se utilizam do poder intrínseco
do fluido cósmico de gerar vida.
9. Uma camada de fluido cósmico se move em torno da Terra e a interpenetra. Juntamente com
essa camada fluídica, outra de natureza psíquica faz parte da estrutura planetária; é elaborada
pelo material mental ou psíquico oferecido pelos seres conscientes, estagiários da escola
terrestre. Toda vez que surgem interferências externas ou no movimento do elemento psíquico
circundante do planeta Terra, há inversão de sentido no movimento característico do fluido
cósmico esparso na atmosfera; ocorre uma metamorfose. Esse fator faz-nos entender as diversas
mudanças no teor energético da atmosfera psíquica e fluídica a que o globo terrestre está sujeito.
Podem-se compreender, por exemplo, as notáveis alterações ocorridas em alguns eventos,
percebidas por sensitivos e médiuns nos momentos de agravamento de conflitos bélicos ou de
tumultos outros, em que o componente vital do planeta e as energias dele advindas assumem
aspecto mais grosseiro ou sofrem manipulações que modificam seu estado natural. Essas
modificações são comumente observadas quando ocorrem mudanças radicais operadas pelo
Corpos Sutis e Chacras - Guia de Estudos - Olivio Cezar
16
comportamento humano, que podem afetar profundamente o panorama mundial. Falamos de
eventos como guerras, maremotos, atrocidades ecológicas, catástrofes naturais que são
respostas a agressões constantes ao ecossistema, entre outros fatos que interferem na aura
magnética do planeta e podem ser pressentidos vibratoriamente e percebidos antecipadamente
por pessoas mais sensíveis. Nessas ocasiões de mudanças abruptas, os sensitivos, médiuns e
paranormais, havendo desenvolvido certos sentidos que no homem comum estão apenas
latentes, manifestam em seus corpos físico e etérico o efeito energético dessas transformações da
natureza. Geralmente, em razão da extrema sensibilidade, tais indivíduos ressentem-se, e muitos
se abatem até mesmo fisicamente, em consequência das energias movimentadas, que
repercutem em seus organismos ultrassensíveis.
10. O fluido cósmico, ao ser assimilado pelos organismos vivos, transforma-se em fluido vital. Tal
ocorrência é realizada incessante e automaticamente, sem o concurso da vontade. Essa
biotransformação pela qual passa o fluido original opera-se num campo ligeiramente mais sutil
que o da matéria bruta, denominado plano etérico, que é representado vibratoriamente pelo
duplo etérico humano. O fluido vital é responsável pela manutenção da qualidade de vida
saudável e pelo dinamismo observado no cosmos celular. Portanto, o fluido vital não é somente
uma transformação, como também o resultado da animalização do fluido original, cósmico,
universal.
11. Qualquer sistema de cura ou tratamento, transmutação ou modulação de energias trabalha
com a energia cósmica já modulada e convertida em fluido vital, animalizado. Sempre que a
energia do cosmos estabelece contato com o elemento orgânico, a que chamamos corpo físico,
ela se animaliza, pois o corpo físico é um transformador natural e mecânico da energia cósmica
universal. Ainda que o acontecimento propriamente dito se dê na dimensão etérica, como visto
no item 10, é bom lembrar que o corpo etérico é de natureza igualmente física e material, tanto
assim que a consciência o descarta por ocasião da morte.
12. O movimento da bioenergia dentro do organismo humano cria uma estrutura etérica e, ao
mesmo tempo, uma via energética que utiliza um sistema de distribuição composto por nadis e
meridianos. Essa é uma condição indispensável para que se mantenha o funcionamento
equilibrado de todo o mundo orgânico. A fim de que a vida se manifeste intensa e vibrante, há
total dependência do metabolismo energético criado e mantido pelo fluido vital e por sua
distribuição no organismo. Em virtude dessa dependência, toda vez que houver distúrbio na
distribuição e na captação do fluido vital, algum tipo de congestão energética ou de baixa de
vitalidade, a saúde física ficará seriamente comprometida. A fim de que ocorra o funcionamento
sadio dos organismos vivos e que a energia vital – doravante também chamada de bioenergia –
possa agir e manifestar-se de forma integral, é preciso atentar para alguns itens, enumerados a
seguir.
12.1. Todos os corpos animais, incluindo o do homem, que se localiza em estágio
superior na escala evolutiva, têm a característica de absorver intensamente e de forma
plena a energia de que precisam por meio de uma série de procedimentos identificados
como nutrição energética, a qual mantém o reservatório de fluidos vitais – o duplo
etérico – em constante funcionamento. O duplo etérico, conhecido como corpo
parafísico, muitíssimo afim com o elemento material do organismo humano, é uma
espécie de bateria de energias vitais. A respiração é a forma mais comum de o ser
humano manter-se ligado à fonte de vitalidade, que provém diretamente do núcleo do
Sol. A irradiação solar empresta qualidade ao fluido vital e fornece elementos preciosos
para sua composição ao entrar em contato com outros elementos sutis dispersos na
atmosfera. As biomoléculas do elemento vital podem ser absorvidas pela respiração.
12.2. Se o Sol é o maior irradiador de energia e o nutriente por excelência, e sua
energia de natureza superior está presente na composição do fluido vital de todas as
criaturas do nosso planeta, a fonte mais importante de absorção desse fluido vital, em
nosso organismo, passa a ser a respiração. É esse o primeiro ato da consciência ao
utilizar o corpo físico e o último a ser desativado quando da reintegração ao mundo
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original, o extrafísico. Visto de uma forma mais abrangente, o ser vivo capta o oxigênio
pela respiração e, numa ação ainda mais ampla e ostensiva, apodera-se do fluido
cósmico incrementado e dinamizado pela força irradiadora dos raios solares,
transformando-o, assim, em bioenergia. Desse modo, a energia vital é identificada
como o motor da vida, a força que gerencia o movimento, a ação, as transformações e
a dinâmica da vida nos seres vivos. Entre as manifestações da vida intrafísica no
planeta, o fluido vital é considerado a alma vital, o fôlego de vida e a fonte que
mantém o conjunto orgânico ativo e funcional. Também é identificado pelos habitantes
da esfera extrafísica como energia imanente.
12.3. Historicamente, variadas culturas demonstraram prezar bastante a respiração,
dedicando-se a seu aprendizado. Em diversas filosofias, escolas do pensamento ou em
templos iniciáticos há práticas e ensinamentos que refletem preocupação imensa em
ensinar as pessoas a viver bem, respirando de forma correta. Isso nos fornece uma
pálida idéia da importância da respiração em qualquer sistema de cura ou tratamento
bioenergético. Quando desenvolvemos a respiração cadenciada, regular e coerente
com a necessidade do corpo somático de se abastecer no oceano de fluidos em que
está mergulhado, a própria circulação do fluido vital é capaz de reorganizar o
funcionamento do corpo físico, em muitos casos. O fluido vital ou bioenergia tem uma
ação mais abrangente quando a pessoa realiza exercícios de respiração. Por meio da
respiração cadenciada e rítmica, tanto o corpo quanto a mente são alimentados,
energizados e saturados do fluido que dá ao corpo a resistência e a força de que
carece, o que contribui bastante para o aumento da qualidade de vida, de modo geral.
12.4. A bioenergia se distribui livremente pelos canais de energia ou meridianos do
corpo etérico e vitaliza a contraparte física de tal maneira que, onde quer que haja
carência de tônus vital, a bioenergia está presente para repor e ativar os chamados
bíons ou partículas vitais.
12.5. Diversos bloqueios energéticos ou vitais – como o roubo e a perda de energia, que
diferem entre si, ou ainda a ação de parasitas energéticos e outros meios de escape
desse fluido – podem ser tratados e até mesmo prevenidos. A ação reparadora visa
desobstruir os canais energéticos bloqueados e pode ser muito eficiente. Quando os
canais estão obstruídos, impede-se a livre circulação da energia cósmica ou do fluido
vital, que é a própria energia cósmica modificada ou animalizada. Existem muitas
terapias energéticas, emergentes ou naturais que devolvem o quantum energético e
vital, promovendo reposições indiretas, canalizadas a partir do ambiente da natureza.
Além disso, por meio de conexão mais intensa, livre e direta com as fontes naturais de
vitalidade – mares, rios, matas, cachoeiras, ar puro – podem-se despertar agentes de
eficácia extraordinária para o enfrentamento desses bloqueios e impedimento das
perdas vitais. Convém ressaltar que a água é o maior veículo de absorção e canalização
de certas partículas ativas do elemento vital, ou seja, daqueles que mantêm a
qualidade da vida e sua dinâmica no organismo humano. Mesmo na falta de outras
técnicas energéticas eficientes, qualquer pessoa poderá recorrer ao potencial curativo
do fluido vital, que é intensificado ao compartilhar suas propriedades com a água. Isso
pode ser conseguido recorrendo-se à magnetização ou fluidificação desse líquido, de
maneira que a energia seja absorvida por quem dele se alimentar.
Conforme a Física Quântica, quando o elétron deixa a sua posição no mundo das partículas e
passa à dimensão classificada como não existencial, ou não perceptível, ele interage em duas
realidades. O elétron passa então a ter uma existência interdimensional. Participa de mundos
diferentes, que se inter-relacionam, formando os campos e ultracampos. O mundo material é
apenas o espelho de outra realidade.
A matéria deixa de ser tão importante e se integra a um mundo invisível, convertida em
fluidos sutis. A energia mistura-se a outras vibrações do Universo e a vida espiritual governa a
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tudo e a todos.
. A Ciência descobre que a matéria é o resultado da luz coagulada e que
a energia é matéria em estado de expansão.
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A ÁGUA
A água é de fundamental importância para a manutenção da vida. Ela tem o poder da cura, proteção e
purificação de todos os seres. Ao entrar na Igreja Católica, por exemplo, você precisa fazer um sinal da
cruz e molhar os dedos na ‘água benta’, um ato de purificação e reverência. Também o batismo com
água é um ritual de purificação do ser que nasceu.
Do ponto de vista da Física, a água é uma molécula que não pode ser magnetizável por ímã. É um fluido
com recursos medicamentosos, que atua indiretamente no perispírito, ajudando a restabelecer a saúde
do corpo físico.
Ele colocou amostras de água em diferentes recipientes e os submeteu a diferentes estímulos,
congelando as amostras e fotografando-as, obtendo resultados surpreendentes. As moléculas
fotografadas apresentaram diferenças físicas relevantes.
As imagens abaixo mostram variações em função das palavras e sons diferentes nas moléculas de água
que se transformaram:
Suas pesquisas basearam-se no princípio do congelamento de diversas amostras de 0,5ml de água, de
onde extraía pedaços minúsculos de gelo das amostras. Os cristais formaram-se entre -5 e 0ºC de
temperatura em diversos formatos que são a base e suas conclusões. Na pesquisa, recolheu água da
torneira e as colocou em garrafas, etiquetando as palavras ‘amor’, ‘ódio’. Em outras, expos música
clássica e heavy metal, pensamentos positivos e negativos. Em seguida, congelou as amostras de água,
examinou-as no microscópio e fotografou os cristais formados.
Concluiu que a água exposta a pensamentos positivos e música clássica apresentava cristais hexagonais
muito belos, delicados, parecidos aos cristais da neve, contudo as restantes amostram de pensamentos
e de palavras negativas apresentavam cristais feios, caóticos e deformados. Através das suas pesquisas,
percebeu que a água não só recolhe informações, como também é sensível a sentimentos e a estados
de consciência.
Masaru Emoto (1943 - 2014).
Foi um monge, empresário e escritor japonês conhecido por suas pesquisas
em fotografias apresentando sentimentos que influenciam a formação de
cristais de gelo. Publicou diversos volumes de sua obra “As Mensagens da
Água”, contendo fotografias de cristais de gelo e seus experimentos
relacionados.
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Ele afirmava que não importava a origem da água. Bastava deixa-la repousar, colocar palavras como
‘amor’ e ‘obrigado’, pronunciar essas palavras, agitar a garrafa antes de beber e com isso as substâncias
negativas seriam substituídas por energias positivas. A boa música também altera os cristais da água,
como se refletissem as emoções dos acordes musicais. Acreditava que a música era um potente meio de
cura.
Em síntese, pensamentos, palavras e músicas conseguem alterar a forma de moléculas de água e
podemos deduzir que, se você manda amor, você vai receber amor na mesma intensidade. Se você
manda ódio, vai receber a mesma coisa, na mesma intensidade. Lei da Ação e Reação. Esse conceito
pode ser estendido ao corpo humano, composto por 60 a 70 por cento de água, sujeito a absorver as
energias que recebe na interação de palavras e pensamentos o tempo todo, já que estamos
interconectados com tudo no Universo.
Masaro afirmou que:
“a física não pode negar que tudo na existência vibra, ou seja, tudo é energia. A água vibra e os
cristais hexagonais presentes na água representam a força viva da natureza, logo, a ausência
desses cristais pode significar que a força da vida nessa área foi energeticamente
comprometida”.
Realizou testes também com potes de vidro contendo a quantidade idêntica de arroz com água,
etiquetando as palavras amor, ódio e o descaso, falando diariamente essas palavras para cada pote e
após um mês, o resultado foi impressionante! No pote ‘amor’, o arroz estava com fermentação normal,
no pote ‘ódio’, os grãos se transformaram em uma substância escura e no pote ‘descaso’, o arroz estava
em decomposição.
Tive a oportunidade de fazer teste semelhante na casa espírita que frequentei, nas aulas de
evangelização infantil. Pedi para crianças de 10 a 12 anos que colocassem em dois tapawares um pouco
de arroz cozido, tampassem o recipiente e escrevessem etiquetas com as palavras ‘te amo muito’ e ‘não
gosto de você’, repetindo diariamente as frases na frente dos recipientes. Na semana seguinte elas
trouxeram o experimento e abrimos. Os recipientes ‘te amo muito’ estavam com o arroz conservado
enquanto que os ‘não gosto de você’ estavam com o arroz em decomposição, alguns até com mau
cheiro. Foi um excelente exercício para as crianças entenderem a importância das palavras em suas
vidas.
Em síntese, pensamentos, palavras e músicas conseguem alterar a forma das moléculas de água e
podemos deduzir que, se você emana amor, você vai receber amor na mesma intensidade. Se você
emana ódio, vai receber a mesma coisa, na mesma intensidade. Lei da Ação e Reação. Esse conceito
pode ser estendido ao corpo humano, composto por 60 a 70 por cento de água, sujeito a absorver as
energias que recebe na interação de palavras e pensamentos o tempo todo, já que estamos
interconectados com tudo no Universo.
A partir de suas pesquisas, cientistas estão realizando experimentos semelhantes, à luz da Física
Quântica e dos conceitos recentes dos Campos Morfogenéticos,
Segundo Kardec:
“Quanto ao meio empregado para a sua cura, evidentemente aquela espécie de lama feita de
saliva e terra nenhuma virtude podia encerrar, a não ser pela ação do fluido curativo de que
fora impregnada. É assim que as mais insignificantes substâncias, como a água, por exemplo,
podem adquirir qualidades poderosas e efetivas, sob a ação do fluido espiritual ou magnético,
ao qual elas servem de veículo, ou, se quiserem, de reservatório.”
“O Livro Dos Espíritos”, Parte 1ª, Capítulo II
Emmanuel, pela psicografia de Chico Xavier, no livro “Segue-me”, pág. 131, escreve:
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“A água é passível de adquirir qualidades de natureza sutil ou ‘fluídica’ à indução de uma
vontade como agente. A água magnetizada ou fluidificada tem como agente as propriedades
que lhe quiseres investir e tem um poder medicamentoso que atua sobre o perispírito e
indiretamente contribui para restabelecer o corpo carnal.”
Therezinha Oliveira escreve em “Fluidos e Passes”, Capítulo 13, Água Fluidificada:
“A água fluidificada ao ser ingerida (…) é metabolizada pelo organismo, que absorve as
quintessências que vão atuar no perispírito, à semelhança do medicamento homeopático”.
A ÁGUA FLUIDIFICADA
A água é uma molécula polar composta, facilmente absorvida no nosso organismo e usada como agente
do tratamento de fluidoterapia nas casas espíritas, juntamente com a prece. O tratamento com a água
fluidificada traz muitos benefícios ao organismo e na cura das doenças psicossomáticas. Geralmente são
realizados três tipos de fluidificação da água:
 Magnético: fluidos medicamentosos são adicionados na água por ação magnética de um
médium passista que coloca suas mãos sobre o recipiente com água e projeta seus
próprios fluidos.
 Espiritual: quando os Espíritos aplicam fluidos (sem intermediários) diretamente sobre os
frascos com água. Nesta, a água não recebe fluidos magnéticos do médium, mas somente
os trazidos pelos Espíritos.
 Mista: fluidificação onde se misturam os fluidos do médium com os fluidos trazidos pelos
Espíritos.
A água fluidificada é magnetizada, principalmente, pelos Espíritos, com alterações na sua estrutura
molecular, ocasionadas pelos fluidos salutares ali colocados e direcionados para o equilíbrio de alguma
enfermidade física ou espiritual. O fluido medicamentoso será específico para cada pessoa.
Tivemos a oportunidade de testemunhar a mudança da cor e cheiro da água em reuniões mediúnicas.
Esse fenômeno ocorreu nos encontros com a médium Mãe Helena, em Salvador, quando a água
ganhava tonalidade verde e apresentava um cheiro característico de remédio. Essa senhora, dedicada
integralmente ao serviço ao próximo, administrava um orfanato na cidade bahiana de Alagoinhas, cerca
de 100 km distante da capital. Também por seu intermédio ocorriam os fenômenos de transporte de
rosas de um ambiente externo para suas mãos, na sala mediúnica, flores com o orvalho escorrendo
pelos talos, exalando um perfume maravilhoso e à vista de todos.
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OS CORPOS SUTIS NA ANTIGUIDADE
O conceito dos corpos sutis está presente em diferentes religiões e tradições antigas, como: hinduísmo,
budismo, taoísmo, filosofia grega e xamanismo. Cada corpo representa uma dimensão da nossa
existência e possui características específicas, com componentes energéticos que vão além do corpo
físico e formam diferentes níveis ou dimensões da nossa existência. São denominados sutis por não
serem perceptíveis pelos nossos sentidos físicos e definidos como campos de energia interpenetrando e
interagindo com o corpo físico.
HINDUÍSMO
Na Índia, a história dos corpos sutis começa nos Upanixades, textos que analisam o aspecto sagrado dos
Vedas, por volta do século IV ou V a.C.
Com o aparecimento do Tantra, tradição esotérica do hinduísmo e do budismo, surge uma nova visão
do corpo, como um templo do divino, que permite reflexões e experiências que o tornam um
instrumento fundamental para a realização espiritual e a iluminação.
O Tantra é importante na Yoga, pois apresenta um novo conceito para o corpo físico, que era
considerado fonte da corrupção e inimigo do Espírito e passou a ser entendido como um reflexo do
Universo.
A Prāsna Upaniṣad (diálogo entre alunos e um mestre, sobre os segredos do Universo) diz:
“Aquele que conhece a origem do prāṇa, suas entradas nos corpos, seus locais de atuação,
modos como se distribuem e suas cinco divisões, seus aspectos internos e externos, obtém a
imortalidade; sim, obtém a imortalidade.”
Toda forma de energia é denominada prāṇa. No Ṛg-Veda é dito que prāṇa indica a respiração
do puruṣa cósmico e da vida em geral. O Yoga Vaśiṣta define o prāṇa como o poder vibratório que está
presente em todo o tipo de manifestação. O prāṇa é a energia do corpo sutil, tido como o molde
energético do corpo físico. No Atharva-Veda o prāṇa é concebido como força vital.
O Yuktabhāvadeva, além de prever a equivalência da anatomia sutil entre Yoga e Vedānta, inclui em sua
descrição aspectos desenvolvidos pelo Sāṁkhya e adotados pelo Yoga, que consideram que a matéria
possui três características distintas que, combinadas entre si, estão presentes em toda e qualquer
manifestação da criação. Essas características são denominadas como guṇas.
Antes da criação do Universo, a Natureza material existia em um estado caótico imanifesto
denominado prādhana (a substância primordial) ou prakṛti (a Natureza). Ela se caracterizava
primordialmente como apenas uma única substância e se constituía na raiz natural de todas as coisas.
Corpos Sutis e Chacras - Guia de Estudos - Olivio Cezar
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Dela, pela influência do tempo pulsando em três ondas, manifestam-se as guṇas e seus três modos
ou qualidades fundamentais:
1. Tamas, a passividade, estabilidade ou ignorância;
2. Rajas, a atividade, flexibilidade ou paixão;
3. Sattva, a harmonia e a bondade. Estes se manifestam nos sentidos em movimentos cíclicos,
de translação e vibração.
Guṇa, em sânscrito, significa corda, qualidade, modo ou atributo. As guṇas (modos da natureza
material) prendem o homem à natureza como três cordas resistentes.
Prāṇas e Vāyus - influenciaram a doutrina do budismo tibetano. Nela, consideram-se os nadis como
canais presentes no corpo responsável por funções fisiológicas.
TAOÍSMO
O conceito de corpo segundo o Taoísmo envolve uma dimensão sutil energética formada pelo chi.
Essa energia vital flui por canais (meridianos) que não correspondem à anatomia. A escola que mais
elaborou foi a Shangqing. Para ela, os princípios sutis dos corpos eram considerados também
divindades, e seus rituais e práticas visavam o atingimento da imortalidade após a morte em planos
superiores. Esse era um estado obtido através da unificação com inúmeros espíritos e entidades que
constituíam o indivíduo complexo, criando um "corpo glorioso" sutil e luminoso.
O conteúdo energético ou o fator é negativo, o feminino, yin, sem ser identificado com o mal. Negativo
é sinônimo de passividade, ou associa-se ao elemento yin. Portanto, são fatores negativos o
sentimento, a emoção, a experiência de meditação ou a sensibilidade extrema. Fatores positivos,
masculinos, yang, podem ser identificados na razão, na irritabilidade, na capacidade de tomar
decisões, na clareza mental ou nas relações comerciais. Conteúdos negativos ou positivos são apenas
referências para identificação de agentes associados aos aspectos da consciência.
GRÉCIA
No contexto filosófico grego, a teoria de um veículo para a alma visava explicar como o princípio
imaterial e incorpóreo, a alma (psyché), se conectava à realidade material de um corpo grosseiro. Os
relatos atribuem tanto a Platão quanto a Aristóteles uma doutrina já postulada sobre isso. Nos conceitos
iniciais encontramos a definição de pneuma definida por Aristóteles, que mediaria a atividade da psique
à atividade motora do corpo. Para ele, a pneuma não é idêntica à alma, porém se conecta a ela no
momento do nascimento e a carrega até a morte. Criticando a teoria da alma de Platão, Aristóteles
afirmava a necessidade de um ‘corpo instrumental’ para que ela pudesse operar e se mover.
O pneuma seria transmitido pelo sêmen durante a procriação como uma substância quente e aérea
onde se localizava a alma nutritiva, sensitiva e imaginativa, e Aristóteles (em Da Geração dos Animais)
afirma que ele é "análogo ao elemento que pertence às estrelas [isto é, ao éter]". Nisso, afirma que o
sêmen possui um "corpo diferente e mais divino", do elemento etéreo do Céu que ele também chama
de "primeiro corpo". Há evidências também de que Aristóteles utilizava da analogia platônica da
carruagem e do Demiurgo timoneiro para descrever Deus sobre o globo terrestre como um cocheiro.
Conforme Pseudo-Plutarco em Placita (século II): "Aristóteles diz que o Deus maior é
uma forma separada, montada sobre a esfera do todo, que é um corpo etéreo o qual ele chama de o
quinto".
Platão forneceu mitos alegóricos sobre a origem celestial da alma e a formação de seu corpo; a "lei dos
termos médios", o elemento éter e o termo okhema (em grego veículo), conforme a alegoria da biga, em
que a alma é auto movente e um princípio do movimento, porém constituída por partes, representadas
por um cocheiro em uma biga de dois cavalos. Vejamos um trecho de Timeu:
Corpos Sutis e Chacras - Guia de Estudos - Olivio Cezar
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"E quando Ele [o Demiurgo] compôs o todo, Ele o dividiu em almas iguais em número às
estrelas, e cada uma das várias almas Ele designou para uma estrela, e, colocando cada uma
como se estivesse em uma carruagem (okhema), Ele mostrou-lhes a natureza do Universo, e
declarou-lhes as leis do destino, a saber, como que o primeiro nascimento deveria ser um e o
mesmo ordenado para todos, a fim de que ninguém pudesse ser menosprezado por Ele; e como
era necessário que elas, quando semeadas cada uma em seu próprio órgão de tempo,
crescessem como as criaturas vivas mais tementes a Deus".
Supõe-se que ele teria associado o éter a isso. Precisamos observar que sua doutrina estava inserida
numa discussão filosófica de uma teoria da luz, se esta era material ou não. Essa teoria iniciada por
Platão evocava que em última instância a luz fazia parte do elemento fogo e era formada por partículas.
Para Aristóteles, a luz não era corpórea, mas uma qualidade da união de transparência de um corpo em
interação com o elemento fogo.
No Ocidente, a filosofia grega influenciou as definições do veículo da alma, corpo pneumático, corpo
luminoso, corpo astral/sidéreo/estelar, corpo etéreo, principalmente a partir do contexto neoplatônico,
do qual se derivaram os termos atuais.
No Oriente, encontramos sistemas de corpos sutis nas doutrinas do Taoísmo, Hinduísmo e Budismo.
Na era moderna, o conceito foi popularizado por doutrinas espiritualistas, teosofistas e ocultistas, que
veremos a seguir.
Corpos Sutis e Chacras - Guia de Estudos - Olivio Cezar
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AS DOUTRINAS SECRETAS
Helena Blavatsky (1831- 1891) fundou uma escola esotérica de pensamento, a Teosofia, em um
contexto desenvolvido entre os homens e sua relação com o Universo. “A Doutrina Secreta”, sua
principal obra, é uma síntese de História, Ciência, Religião e Filosofia. Ela teria passado por um
período de treinamento sob a orientação de seu mestre, no Tibete. Divulgou entre outras coisas a
unidade de toda a vida, a existência de leis exatas que regem todo o Universo, entre elas a
do carma e do dharma, que enfatizam a responsabilidade do homem por seus atos e a necessidade
do auto aperfeiçoamento pessoal baseado nessas leis e nas potencialidades espirituais latentes no
homem, um ser essencialmente divino e imortal, através de um processo contínuo e ascendente ao
longo das reencarnações.
Os sete princípios, segundo a Teosofia, são os corpos que ele possui para manifestar-se nos diversos
planos existenciais formando a constituição setenária do homem. As expressões são
em sânscrito, pois estas ideias foram inspiradas no Hinduísmo.
Segundo Blavatsky, o Absoluto emana de si raios, que são chamados de Mônadas ou Atman. Estas
Mônadas são a essência Imortal do homem. Para se individualizar, o Atman emana um princípio mais
denso chamado Budhi. Esta díade Atman-Budhi reveste-se de princípios cada vez mais densos, e em
número de sete. Iniciando do mais denso para o mais sutil:
Sthula sharira - O corpo físico, corpo denso.
Prâna - O corpo vital.
Linga sharira - O duplo etérico, o corpo astral na Teosofia original, de Blavatsky.
Kâma rupa - O corpo de desejos ou corpo emocional, o corpo astral na literatura teosófica
posterior a Blavatsky.
Manas - Nossa Alma Humana, ou Mente Divina. É o elo entre a díade Atman-Budhi e nossos
princípios inferiores; O corpo mental de Manas inferior.
Budhi - Nossa alma divina.
Atman - O raio do Absoluto, nossa essência divina.
A escritora espiritualista Inglesa Alice Bailey (1880 - 1949) escreveu vinte manuais de ensino
espiritual. Na França, na década de 1980 a obra de Michel Coquet, “Os chakras, anatomia oculta do
homem” ajudou a popularizar parte dos ensinamentos de Alice Bailey sobre os chacras e sua
ligação com o desenvolvimento espiritual.
Devemos também mencionar Rudolf Steiner (1861 – 1925), um austríaco, fundador da Antroposofia,
ensinamento espiritual para restaurar a harmonia entre o homem, o Universo e os mundos
superiores. “As Leis da Moral Cósmica” é um livro de Omraam Mikhaël Aïvanhov (1900 – 1986), um
mestre espiritual de origem búlgara que disseminou a Fraternidade Branca Universal. Mircea Eliade
(1907 – 1986), em seu livro “Yoga, Imortalidade e Liberdade”, descreve os vários sistemas de
Corpos Sutis e Chacras - Guia de Estudos - Olivio Cezar
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sabedoria, que teve lugar na Índia, para a auto realização. Os chacras, suas posições, formas,
cores e sua correspondência com as letras e sons são relatados lá.
A Antroposofia tem uma vasta e complexa literatura que apresenta o ser humano como um centro
que habita diferentes corpos sutis e atividades anímicas que interagem entre e si, nascem e se
desenvolvem em diferentes fases da vida humana.
Arthur Avalon (1865 – 1936) escreveu “O poder da serpente”, sobre a filosofia indiana e a Yoga. Tara
Michael (1942 - ), em seu livro “Corpo sutil e corpo causal” relata seus estudos sobre os chacras
obtidos de manuscritos da Índia antiga.
A Antiga e Mística Ordem Rosae Crucis (AMORC), com sede mundial em São José na Califórnia, EUA,
foi fundada em 1915, por Harvey Spencer Lewis e também aborda estudos detalhados dos corpos
sutis. Tem influência do Antigo Egito, de organizações fundadas pelo Faraó Amenófis IV (também
conhecido como Aquenáton) por volta de 1 500 a.C. Tal como está expresso no site oficial da
Ordem: "A Ordem Rosacruz, AMORC é uma organização internacional de caráter místico-filosófico,
que tem por missão despertar o potencial interior do ser humano, auxiliando-o em seu
desenvolvimento, em espírito de fraternidade, respeitando a liberdade individual, dentro da Tradição
e da Cultura Rosacruz". Estuda os corpos sutis de forma esotérica.
O chamado gnosticismo moderno se desenvolveu a partir do Ocultismo do século XX onde Eliphas
Levy traz conteúdos sobre o gnosticismo por meio da discussão da cabala judaica. Entende os corpos
sutis como a Teosofia e estuda os chacras.
O CARMA SEGUNDO A TEOSOFIA
Síntese sobre o Carma baseado no conhecimento de Helena P. Blavatsky:
1. O carma só existe porque houve um agente para gerá-lo, ou seja, uma causa, sendo o carma o
seu efeito.
2. Quem vivencia algum carma pode sentir sofrimento ou mesmo prazer.
3. O carma é uma lei maior, para equilibrar a lei natural e compensar o estado consciencial.
4. Os intervalos temporais nas ações do carma são necessários para um ajustamento de espaço-
tempo nas ações focadas na justiça e compensação de leis maiores.
5. O carma atua em tudo, coisas, seres, dimensões e multiversos,
6. O carma se sobrepõe e está acima do espaço e do tempo e os controla conforme as leis que o
regem.
7. O homem comum não entende o carma e sua a natureza essencial continua desconhecida.
8. O carma pode ser observado pela conexão do efeito e sua causa. O efeito (consequência) está
incluído na causa e não surge antes desta.
Corpos Sutis e Chacras - Guia de Estudos - Olivio Cezar
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OS CORPOS SUTIS
Os corpos sutis desempenham um papel fundamental na nossa saúde e bem-estar, atuando como
intermediários entre o espírito e o corpo físico. São camadas energéticas que coexistem com o corpo
físico, possuindo funções específicas que influenciam nosso estado emocional, mental e espiritual. São
eles:
Corpo Físico: Veículo material que todos conhecemos. Serve para nos manifestarmos no plano
tridimensional, chamado comumente plano denso, onde a matéria tem sua completa manifestação.
Esse corpo, adaptado para a zona física, não está adaptado para nos manifestarmos em outros planos
existenciais onde a matéria é muito sutil.
Duplo Etérico: Campo energético que permeia o corpo físico, responsável pela vitalidade e defesa
energética que serve como uma ponte entre o corpo físico e os corpos superiores. Ele absorve e
distribui a energia vital (prana, chi) e está intimamente ligado ao chacra esplênico (região do baço). Suas
principais funções incluem:
 Vitalidade: Mantém o tônus energético do corpo físico.
 Defesa Energética: Protege contra agressões energéticas externas.
 Ectoplasmia: Produção de ectoplasma, fundamental em fenômenos mediúnicos e de cura.
No organismo humano existe um corpo bioeletromagnético, chamado também corpo etérico. É o
assento da vida orgânica. Nenhum organismo físico poderia viver sem esse corpo vital. Cada átomo do
corpo vital penetra dentro de cada átomo do corpo físico para fazê-lo vibrar intensamente. Ambos os
corpos se penetram e compenetram sem, porém, confundir-se. Todos os fenômenos químicos,
fisiológicos e biológicos, todo fenômeno de percepção, todo processo metabólico, toda ação das
calorias etc., têm sua base no corpo vital.
Sabemos que a cada sete anos o corpo físico muda totalmente devido à renovação constante das
células. No entanto, o corpo vital não muda. Nele estão contidos todos os átomos da infância, da
adolescência, da juventude e ainda da idade adulta e velhice.
Durante os desdobramentos astrais, conscientes e inconscientes, o corpo vital repõe no corpo físico as
energias perdidas durante o dia. Quando a pessoa dorme, o médico se tranquiliza, porque sabe que
despertará melhor.
Este corpo vital se desfaz com a morte orgânica, sendo absorvido pela Natureza do plano astral.
Corpo Astral (Psicossoma, Perispírito): Corpo que molda o corpo físico e está relacionado com nossas
sensações e paixões. Suas principais funções são:
 Emoções e Sensações: Sede das emoções, que influenciam diretamente o estado físico e
mental.
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28
 Molde Biológico: Direciona a formação do corpo físico, refletindo as informações de vidas
passadas e atuais. Geralmente, tem a mesma aparência do corpo físico.
 Mediunidade: atua como Intermediário em fenômenos mediúnicos, permitindo comunicação
com a dimensão astral.
Durante o sono normalmente abandonamos temporariamente a parte densa do corpo físico utilizando-
nos do corpo astral como veículo. Porém, o homem comum não é consciente do que lhe sucede no
mundo astral enquanto dorme em seu corpo físico, recordando-se parcialmente pelos sonhos.
Já com o desdobramento consciente, fica com plena consciência do que presencia no mundo astral.
Nesse corpo temos centros sensoriais que na maioria das pessoas se encontram em estado latente.
Mantem geralmente a aparência do corpo físico e está ligado a este pelo cordão de prata. É composto
de matéria astral e precisa se alimentar para a manutenção dos órgãos internos, semelhantes ao corpo
físico.
Corpo Mental: É dividido em mental inferior e mental superior. Possui a forma ovoide e está
relacionado com nossos pensamentos e processos mentais. Ele interage com os corpos sutis inferiores e
superiores, moldando nossas percepções e ações. Suas funções incluem:
 Processamento Cognitivo: Influencia a maneira como pensamos e interpretamos o mundo.
 Criação e Manifestação: As ideias geradas no corpo mental podem se manifestar no físico e no
astral.
 Ligação com o Divino: Facilita a conexão com os corpos superiores e com a consciência
espiritual.
O corpo mental pode viajar através do tempo e do espaço, independentemente do cérebro físico. Neste
processo se desdobra do corpo astral, ficando ligado a este pelo cordão de ouro.
Corpo Causal (Mental Superior): É o veículo da alma humana, mantendo os registros da atual
reencarnação.
Corpo Búdico: Também chamado de “Budhi” ou alma divina. É um corpo totalmente radiante que todo
ser humano possui, porém, ao qual ainda não está intimamente ligado. Nele estão registradas as
memórias de nossas vidas pretéritas.
Corpo Átmico (Espírito): Chamado também de Deus Interno, o Ser real, o Íntimo de cada um. Podemos
considerar que: Atman, em si mesmo é o Ser Inefável, o que está além do tempo e da eternidade. Não
morre ou se reencarna, é absolutamente perfeito. Atman se desdobra no corpo búdico, que por sua vez
se desdobra em seus quatro veículos (corpo físico, etérico, astral e mental).
Aura: A aura é o espelho da alma. Todo ser vivente tem um gerador de energia que produz um campo
energético. A aura é um fluído ou essência sutil, que emana dos corpos humanos e dos animais. É um
eflúvio psíquico que, por sua vez, participa da mente e do corpo e reflete o estado de ser e sua saúde
integral.
Ela se assemelha ao halo solar. Reflete as energias que estão nos corpos sutis, tanto as positivas como as
negativas. Normalmente se expande até 24 centímetros para fora do corpo físico. Divide-se em aura
espiritual e aura etérica. A aura etérica pode ser vista pelos seres humanos, por isso é comum dizer que
uma pessoa encontrou a cor da aura da outra. A aura espiritual está ligada com o aspecto mental dos
seres humanos.
Cordão de Prata: Ligação do corpo físico com o corpo astral, sendo fundamental para os
desdobramentos, tanto conscientes como inconscientes (sono). Prende o Espírito ao corpo físico e se
afrouxa durante os desdobramentos, mas jamais se quebra. Só se rompe no momento do desencarne,
quando é chegada a hora do Espírito retornar ao mundo espiritual.
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Cordão de Ouro: Conexão bioenergética entre o corpo astral e o corpo mental, muito sutil e invisível.
Também chamado de cordão umbilical extrafísico. É responsável pelas transferências energéticas de
nível superior, pelas informações e mentalizações realizadas do corpo mental em direção ao corpo
psicossomático, inferior em vibração. Sobrevive aos choques e entrechoques biológicos de
desencarnação e reencarnação ao longo dos milênios.
Chacras: são centros de troca de energia vital vindas do duplo etérico, principalmente. Os principais
canais sutis se cruzam em meridianos (nadis). Há chacras primários e secundários.
Apresentamos abaixo, uma tabela com as respectivas nomenclaturas mais adotadas nas correntes
espiritualistas:
QUADRO COMPARATIVO
Nº ESOTERISMO/TEOSOFIA
ESPIRITISMO
Jorge Andréa André Luiz Allan Kardec
1 Corpo Físico Corpo Físico Soma Corpo Físico
2 Duplo Etérico Duplo Etérico
Duplo Etérico
ou Biosoma
Corpo Vital
3 Corpo Astral
Psicosoma ou
Perispírito
Psicosoma
Perispírito
4 Corpo Mental Corpo Mental
Corpo Mental
5 Corpo Causal
Inconsciente
Atual
6 Corpo Búdico
Inconsciente
Passado
7 Corpo Átmico
Inconsciente
Puro
Espírito Espírito
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O CORPO FÍSICO
O corpo físico é o veículo com que o Espírito se manifesta quando reencarna. É constituído por
matéria do plano físico, isto é, por substâncias do nosso mundo terrestre. Éneste mundo que
o encarnado é submetido às provas que terá de superar, de acordo com os carmas e
compromissos assumidos ao longo das reencarnações.
Também chamado de corpo somático, seu centro de forças dominante é o chacra básico,
responsável pelas energias telúricas - energias da Terra - e pela poderosa força do fogo serpentino
ou Kundalini.
O símbolo do caduceu (um bastão com duas serpentes entrelaçadas e um par de asas no topo) é tido
como uma antiga representação simbólica da fisiologia da Kundalini.
Kundalini, em sânscrito, significa "enrolada como uma cobra". É uma poderosa energia cósmica que,
quando adormecida, fica concentrada na base da coluna do duplo etérico, no chacra básico, ou seja,
na região correspondente ao osso sacro (cóccix}. Ao despertar, atravessará os demais seis chacras.
Localiza-se acima do básico, percorrendo todo o corpo espiritual e equilibrando os canais energéticos
e respectivos chacras.
A energia Kundalini é muito citada nas antigas escolas de magia negra das antigas civilizações
orientais e é extremamente perigoso lidar com esta poderosa energia. Segundo Charles Leadbeater
(Teosofia), existe sério risco em “avivar as camadas inferiores do fogo serpentino antes de purificar e
refinar a conduta espiritual do homem”.
Por outro lado, o “fogo serpentino desempenha na vida cotidiana uma parte muito mais importante
(...) que atua dia e noite levando a cabo a sua obra, ainda que estejamos inconscientes de sua
presença e atividade (...) Como as demais modalidades de energia, kundalini é invisível”.
A frequência vibratória mais densa existe apenas no tempo e espaço tridimensional e está ligada ao
funcionamento do corpo físico e à sensação de dor ou prazer. Revela as atitudes mentais e
emocionais. É um mapa que revela nossos corpos sutis, onde se expressam nossos pensamentos e
emoções. É a sede das doenças psicossomatizadas.
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GLÂNDULAS DO CORPO FISICO
As glândulas endócrinas têm por função a produção de hormônios: hipófise, pineal, tireoide,
paratireoides, adrenais (suprarrenais).
Hipófise: localiza-se na base do crânio. Divide-se em neurohipófise e adenohipófise. Produz os seguintes
hormônios: gonadotrofinas, tireotrófico e prolactina. Apesar de ser mais conhecida por seu papel na
produção de leite materno, a prolactina possui mais de 300 funções dentro do corpo humano. Algumas
delas se relacionam a áreas reprodutivas, metabólicas, regulação de fluidos, regulação do sistema
imunológico e controle de funções comportamentais. A prolactina humana também pode ser produzida
no útero, nas células imunológicas, no cérebro, nas mamas, na próstata, na pele e no tecido adiposo.
Pineal: também chamada de epífise. Localiza-se no meio do crânio. Vamos dedicar o próximo capítulo
para ela.
Tireoide: localiza-se na base do pescoço. Produz os seguintes hormônios: tiroxina, triiodotironina. Estes
hormônios aceleram o metabolismo, influem no crescimento físico, amadurecimento sexual e
desenvolvimento mental.
Paratireoides: localizam-se na face posterior da tireoide. Secretam o paratormônio que regula os
níveis de cálcio e fosfato no sangue.
Adrenais: localizam-se acima dos rins, objetivam equilibrar o organismo diante dos mais variados
estímulos: tensão emocional, jejum, variação de temperatura, exercício muscular, infecções. Ex:
adrenalina.
Glândulas Exócrinas: são sudoríparas (suor), sebáceas (gorduras), salivares (saliva) e gástricas (suco
gástrico).
Glândulas Mistas: estão no pâncreas, gônadas (testículos e ovários) e fígado.
O corpo físico reflete todos os corpos e transmite todas as energias dos raios através dos chacras que
estão representados pelo sistema endócrino.
É um corpo material, constituído de ossos, pele, sangue. Apresenta cinco sentidos básicos: tato, paladar,
olfato, visão e audição.
As vibrações emitidas pelos corpos superiores são absorvidas pela estrutura óssea e pelos músculos,
nervos e ligamentos. Este corpo reage aos toques físicos e depende de alimentos materiais para manter
sua atividade.
A saúde do homem é o resultado da ação da mente sobre os milhares e milhões de seres microscópicos
que nascem, crescem, convivem e morrem diariamente na intimidade de seu corpo físico. Somente o
poder mental é capaz de acionar as defesas imunológicas, promover o equilíbrio do mundo orgânico e
coordenar os milhões de vírus, bactérias e outras formas de vida que se aglomeram no corpo humano. A
mente é a usina diretora que transmite as ordens do Espírito e dirige a comunidade orgânica,
produzindo células, substituindo tecidos e revitalizando ou recuperando sangue, ossos e membros. É,
ainda, o poder mental o responsável pelas transformações do metabolismo humano, transferindo para
o corpo físico todos os comandos provenientes do Espírito. Dessa forma, podemos compreender a
importância do estudo da mente para a harmonia do homem e seu crescimento espiritual.
O corpo físico representa uma ponte viva aberta para a natureza material do mundo. Formado por mais
de 60 trilhões de células, é equipado com mecanismos naturais que regulam o tempo, à semelhança de
relógios biológicos, que coordenam os sentidos. Alertam quanto ao desgaste e uso inadequado do mais
perfeito mecanismo de atuação do Espírito sobre a Terra. O corpo físico é considerado o suporte passivo
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da consciência, recebendo a ação de elementos anímico-espirituais, representados por sua química
originária do próprio mundo.
Milhões e milhões de vidas microscópicas são geradas e mantidas em perfeita organização na
intimidade das células físicas, administradas pelo Espírito por meio dos poderes da mente. É através do
veículo carnal que se somatizam os impulsos desarmônicos oriundos dos demais níveis ou corpos
espirituais, tanto quanto de seus subníveis. Esses focos de desarmonia expressam-se em doenças,
desajustes e diversas desordens. É o efeito, e não a causa em si.
Não há sistema biológico estático. Todas as células físicas passam por constante revezamento e
substituição ao longo da vida. O sistema humano convive com um paradoxo: ao mesmo tempo em que
se vê ameaçado pelas comunidades de seres microscópicos que vicejam em seu interior, depende deles
para a manutenção de seu equilíbrio. Entretanto, tal sistema de equilíbrio e disciplina é administrado
pela mente, órgão imaterial do Espírito.
Tecidos, sangue, ossos, sucos, fermentos, hormônios, nervos e músculos transformam-se diariamente
sob o comando do Espírito, imprimindo no corpo somático a expressão viva da mente, que tudo dirige
para o aperfeiçoamento do ser.
Dependendo das situações e do conteúdo qualitativo da mente, a usina humana fabrica ou desperta
uma infinidade de seres microscópicos que poderão favorecer o seu equilíbrio psicofísico. Também sob
a ação mental as falanges inumeráveis de seres que despertam para a sua evolução na intimidade das
células físicas poderão estabelecer o colapso total. As tensões estabelecidas no corpo físico acabam
atuando no mundo psicológico e a saúde resulta do perfeito equilíbrio desse sistema admirável. Eis a
base de todo o sistema imunológico, que equilibra a ação do corpo somático.
O homem encarnado tem dificuldade em acreditar e aceitar a realidade extrafísica dos planos sutis, pois
está totalmente imerso no plano físico e sujeito às leis que regem a matéria.
Caso todos os espaços existentes entre os átomos do corpo físico fossem eliminados, o corpo humano
adulto poderia ser reduzido ao tamanho da cabeça de um alfinete. Portanto, 99% do corpo humano é
constituído de espaços vazios.
Assim como o corpo sutil, o corpo físico também é composto de energias que, contudo, são mais lentas
e menos intensas em vibração do que as energias sutis. Embora as leis que governam os sistemas físico
e sutil sejam diferentes, essas estruturas estão intimamente ligadas.
Dependendo da função, as células variam em tamanho, forma e constituição e criam energia para todas
as atividades da vida.
As células se dividem e se multiplicam, sendo esse o meio pelo qual o corpo humano cresce e se modica.
Células de funções semelhantes se unem e formam tecidos. Tecidos de funções semelhantes formam
um órgão. Grupos de células especializadas desempenham várias funções corpóreas. Referimo-nos às
hemácias, leucócitos, macrófagos, neurônios, células musculares e células da pele. A célula em si
compreende o protoplasma (substância viva composta de 70% de água), a membrana que o rodeia e seu
núcleo.
A maioria das células possui uma membrana exterior e, dentro dela, em uma substância gelatinosa
chamada citoplasma com muitas estruturas minúsculas (organelas). As subestruturas celulares mais
importantes são:
 Mitocôndria: Torna possível a geração de energia e é nela que se dá a respiração aeróbica que
resulta na geração de ATP (trifosfato de adenosina).
 Núcleo: Massa minúscula, geralmente de forma esférica ou oval, inserida no protoplasma,
que controla a função celular. Contém informações genéticas na forma do DNA (ácido
desoxirribonucleico).
 Nucléolo: Fabrica as proteínas necessárias para a divisão celular, é rodeado pela membrana
nuclear e se liga ao retículo endoplasmático.
Corpos Sutis e Chacras - Guia de Estudos - Olivio Cezar
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 Retículo endoplasmático: Sistema de canais entre o núcleo e a membrana celular, também
envolvido na manufatura de proteínas.
O metabolismo celular depende de fornecimento constante de matérias primas e da remoção de
substâncias fabricadas e de resíduos por meio da circulação sanguínea. A atividade celular é controlada
pelo núcleo e mantida pelas reservas de energia. Cada célula é como uma pequena fábrica com
três estágios de produção: matérias-primas, manufatura e descarte.
As mitocôndrias geram energia para a célula. Também estão implicadas na formação das energias sutis,
como se vê em pesquisas sobre os meridianos, estruturas de energias sutis.
Somente cerca de 50% da energia celular é fornecida para uso do corpo, o restante é necessário para a
conservação da própria célula. Cada célula é comparável a uma bateria, com carga positiva na parte de
fora da membrana e negativa na parte de dentro. Assim, cada célula gera sua atividade elétrica e seu
campo magnético. A célula saudável tem carga elétrica de cerca de 70 milivolts – os volts são unidade de
medida das atividades elétricas.
Quando o corpo está doente ou desnutrido, a carga da membrana celular se reduz para cerca de 30
milivolts, quantidade insuficiente para transportar os nutrientes para dentro da célula. O metabolismo
físico se torna mais lento e as células morrem. A atividade elétrica geral do corpo físico também se
reduz.
A eletricidade ocorre toda vez que nossos músculos se movimentam, nosso sangue circula, nossa linfa
flui, quando pensamos e nos exercitamos. A redução do metabolismo diminui a atividade em todos os
níveis, diminuindo os campos elétrico e magnético do corpo. O corpo se torna, assim, mais suscetível a
doenças, transtornos de humor e envelhecimento. As células moribundas se multiplicam, mas em
velocidade mais lenta, a não ser que as mitocôndrias, que fornecem energia à célula, sejam capazes de
gerar energia suficiente para a divisão celular, as tarefas metabólicas e a atividade elétrica.
A atividade eletromagnética do corpo depende, em parte, de processos iônicos. As mitocôndrias
participam do processo vital armazenando cálcio, mineral que contribui para as trocas iônicas de
material e informação, além de outras funções. Por meio da própria atividade eletromagnética, as
mitocôndrias processam a liberação de neurotransmissores nas células nervosas e de hormônios nas
glândulas endócrinas.
Um modo de ver a ação das mitocôndrias consiste em vê-las como parte dos microcircuitos do corpo. A
micro-corrente é uma corrente elétrica medida em micro amperes, milionésimos de um ampere. Como
escreve Kenneth Morgareidge, Ph.D., consultor de siologia, a aplicação de micro correntes produziu
a cura de estruturas de tecido conjuntivo, como tendões e ligamentos. O próprio corpo pode ser visto
como uma bateria que cria as próprias micro correntes.
A Ciência já estabeleceu uma relação entre as micro correntes e locais lesionados chamadas de
“correntes das lesões”. O Dr. Robert Becker estudou as correntes elétricas associadas à capacidade dos
animais de regenerar seus membros. Quanto maior a corrente, mais completa a regeneração. Esses
estudos induziram muitos pesquisadores a ver o corpo como um gerador de corrente direta de baixa
intensidade – ou uma bateria. Essas correntes são transportadas pelos nervos, mas há um transmissor
mais ativo: as células gliais. O Dr. Björn Nordenström descobriu um sistema elétrico secundário que
interliga o tecido conjuntivo, o sistema vascular e os meridianos que ele denominou de “campos
biomagnéticos”.
O Dr. Morgareidge afirma que é possível que os meridianos realmente sirvam de modelo para esses
microcircuitos enquanto o embrião se desenvolve. Deduzimos que eles continuam guiando os processos
eletromagnéticos do corpo durante toda a vida. Os campos eletromagnéticos gerados pelos
microcircuitos podem constituir um roteiro pelo qual o corpo e suas células se organizam. A ionização é
um processo essencial para a transmissão das correntes elétricas por todo o corpo e dentro das células.
Segundo esse cientista, a ação das mitocôndrias é fundamental nesse processo de modelagem. Dentro
da mitocôndria encontram-se os citocromos, enzimas especiais que transferem íons de hidrogênio de
um lado a outro das membranas mitocondriais, fornecendo energia para a criação do ATP (Adenosina
Corpos Sutis e Chacras - Guia de Estudos - Olivio Cezar
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Trifosfato), a principal molécula transportadora de energia nos seres vivos.. A concentração desses íons
e do ATP fornecem energia para praticamente todos os processos celulares. As mitocôndrias também
têm relação com o processo de ionização do cálcio e papel crucial na transformação da eletricidade em
movimento e, provavelmente, no processo de contato entre os meridianos e o corpo por meio dos
microcircuitos deste.
O DNA (Ácido Desoxirribonucleico) é o código da vida, pois contêm, na forma de cromossomos as
informações genéticas únicas de cada pessoa. Cada molécula de DNA contém muitos genes, que dirigem
a construção e a manutenção do corpo humano.
Apesar de microscópica, a molécula de DNA é uma das moléculas mais longas que se conhecem. Dispõe-
se na forma de dupla-hélice, como uma escada caracol, sendo uma substância altamente complexa
formada por uma cadeia de unidades químicas chamadas nucleotídeos. Cada nucleotídeo contém
glicose, fosfato e um de quatro tipos de compostos chamados bases nitrogenadas. A glicose e o fosfato
constituem os lados da escada em caracol e as bases formam os degraus.
Estudos do Dr. Fritz-Albert Popp (1938 - 1918) e outros pesquisadores despertaram nos estudiosos o
entendimento do DNA como uma forma de luz.
Popp demonstrou que o DNA não funciona apenas por via química, como diz a teoria mais aceita, mas
que o faz também em um nível mais além. É, em essência, uma unidade de armazenamento de luz e
uma fonte de emissão de biofótons.
Os fótons formam um espectro eletromagnético e aceleram os processos metabólicos do corpo,
produzindo efeitos diferentes e particulares. Popp acredita que o corpo está rodeado por um campo
de luz, que o DNA reage às várias frequências eletromagnéticas encontradas nesse campo e interage
com elas.
A MEDIDA DO CORPO MAGNÉTICO
As propriedades magnéticas do corpo humano são uma descoberta relativamente nova. No final da
década de 1960, os campos magnéticos emitidos pelo coração foram estudados por diversos cientistas,
entre eles o físico David Cohen, que conseguiu medir pela primeira vez os campos magnéticos
produzidos pelos sinais elétricos do cérebro, utilizando um detector de magnetismo muito sensível que
ele chamou de SQUID (Dispositivo Supercondutor de Interferência Quântica).
Na década de 1970, outros pesquisadores registraram os campos magnéticos emanados por outros
órgãos do corpo humano sempre com base na atividade elétrica. Mais recentemente, o MEG
(MagnetoEncefaloGrama) é considerado um método mais aperfeiçoado de medição da atividade
elétrica do cérebro, pois, ao contrário dos sinais elétricos, os campos magnéticos atravessam o cérebro,
o ruído cerebrospinal e o crânio sem sofrer alterações.
Mais forte contudo, é o campo magnético ao redor do coração. O campo ao redor da cabeça também é
grande e pulsante e será estudado a seguir, no tema da glândula pineal.
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A GLÂNDULA PINEAL
A pineal, também conhecida por epífise, é uma pequena glândula responsável pela síntese da
melatonina, que é secretada na ausência da luz. Regula o ritmo circadiano, períodos de
aproximadamente 24 horas em que ocorrem diversas ações biológicas do corpo humano, como a
digestão, o sono, a vigília, a produção e a renovação das células, entre outras funções. Localiza-se
perto da região central do encéfalo na forma de uma pinha e do tamanho de uma ervilha.
O conceito de que essa glândula seria uma espécie de "antena espiritual" da mediunidade, é conhecido
há milhares de anos em várias religiões e cultos místicos. René Descartes (1596-1650) a ela se referia
como o local onde a alma se fixaria mais intensamente.
Ela desempenha um papel fundamental em atividades mediúnicas e anímicas, sobretudo nos chamados
efeitos psíquicos, como na telepatia, clarividência e xenoglossia, entre outros.
Também tem um fator relevante no desenvolvimento sexual e no metabolismo do homem e no caso
dos animais comanda os mecanismos de procriação, de hibernação e de migração de aves e animais
marinhos.
A glândula pineal funciona como um sensor eletromagnético que regula todos os nossos estados, dede o
humor até a percepção extrassensorial.
Os neurocientistas Iris Haimov e Peretz Lavie constataram em laboratório, que indivíduos cuja glândula
pineal não funciona bem têm dificuldade para detectar e transmitir informações por meio dos campos
eletromagnéticos. Apresentam grande dificuldade para dormir e problemas de saúde associados à
perturbação do ciclo circadiano.
Na pesquisa bioquímica, a glândula pineal coordena uma importante priorização de etapas que
envolvem a síntese do aminoácido triptofano interagindo com várias circunstâncias e, em alguns
estágios, com a presença de luz. De forma simplificada, a sequência de produção é triptofano,
serotonina, melatonina, pinolina, 5-MeO-DMT, droga psicodélica da classe das triptaminas. e DMT
(Dimetiltriptamina).
O triptofano é um aminoácido essencial encontrado na maioria dos alimentos à base de proteínas. A
melatonina, fabricada à noite, regula o ritmo circadiano. A serotonina, fabricada durante o dia, é um
neurotransmissor que regula o sono, a temperatura do corpo, o apetite e as emoções, a pinolina é uma
substância neuroquímica implicada na consciência, a 5-MeO-DMT, é uma triptamina psicodélica
encontrada no veneno de certos sapos, em plantas, sementes e na resina de certas cascas de árvores e a
DMT é uma triptamina que ocorre naturalmente e também é neurotransmissora.
Tanto os cientistas da atualidade como os espíritos que se comunicam pela psicografia concordam que
essas substâncias químicas são importantes nas experiências místicas e psíquicas. A Dra. Serena M.
Roney-Dougal, do Psi Research Centre, em Glastonbury, U.K., estudou indícios neuroquímicos e
antropológicos que sugerem a produção de pinolina (pela glândula pineal) pode ajudar na atividade
mediúnica.
Corpos Sutis e Chacras - Guia de Estudos - Olivio Cezar
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Os cientistas acreditam que a pinolina age sobre a serotonina para desencadear os estágios dos sonhos,
possuindo propriedades alucinógenas, pois sua estrutura química se parece com as substâncias
encontradas em um vegetal psicotrópico da Amazônia. No estado do sonho estamos mais sensíveis às
experiências paranormais e mediúnicas.
O Dr. Rick Strassman, pesquisador de EQM (Experiências de Quase Morte), estudou as substâncias
psicotrópicas xamânicas e verificou que a glândula pineal pode produzir DMT, que nos leva a outros
estados de consciência. Esses e outros estudos sobre a glândula pineal indicam que ela talvez seja de
fato a “glândula do espírito” de várias tradições esotéricas.
A glândula pineal é o órgão pelo qual o Espírito se expressa mais diretamente. Aos 4 meses de
gestação, a pineal já está desenvolvida e o Espírito reencarnante começa a perder a consciência da vida
passada e, aos sete anos, já não se lembra de mais nada. À medida que a pineal se forma, acentua-se a
fixação definitiva do Espírito ao novo corpo, passando a depender exclusivamente do cérebro do feto,
bloqueando-se as lembranças das vidas pregressas.
As propriedades supranormais da pineal (existente em todos os animais vertebrados) se evidenciam nas
espécies mais evoluídas como alguns mamíferos, que usam essa glândula para faculdades aímicas e
mediúnicas semelhantes às nossas.
AMELATONINA
Ao recebermos a luz do Sol, a produção de melatonina pela glândula pineal é inibida e os hormônios
produzidos mantêm-nos despertos. Quando escurece, a melatonina é produzida na glândula pineal que
nos induz ao cansaço e ao sono. Por isso, a glândula pineal aumenta de produção em ambientes
escuros, facilitando os trabalhos mediúnicos.
O psiquiatra e investigador Dr. Sérgio Filipe de Oliveira, entende que o processo mediúnico é uma
característica biológica que acontece na glândula pineal, captando o campo eletromagnético por
onde atua a espiritualidade. Muitas correntes espiritualistas praticam a mediunidade, a comunicação
entre o mundo físico e os planos espirituais.
Com base nas informações trazidas pelo Espírito André Luiz, pela psicografia de Chico Xavier, ele vem
desenvolvendo pesquisas para confirmar a função da epífise como um órgão sensorial intermediário
entre os dois planos de existência. Confirmando Descartes, ela equivaleria a uma “antena” capaz de
perceber, em potência variável, as ondas eletromagnéticas do mundo espiritual e convertê-las em
estímulos neuroquímicos no cérebro. Vejamos o que escreve este iminente cientista:
“Considero a glândula pineal o melhor laboratório de estudos da relação “Espírito-Matéria” e
“Cérebro-Mente”. Responsável pelos ritmos biológicos, a Pineal é sensível a campos magnéticos
e recebe informações astrofísicas do Sol que coordena os ciclos circadianos como a vigília e o
sono, e da Lua, que coordena o ciclo reprodutivo. Relacionado à dimensão Espaço-Tempo, a
Pineal impacta todas as áreas da Medicina, como a Psiquiatria – nos transtornos do humor, nos
distúrbios do sono e em toda a fisiologia psicofísica; e a Clínica – nas desordens autoimunes, nos
cânceres, nos distúrbios alimentares e metabólicos. Porém, em especial, a Pineal está ligada aos
Corpos Sutis e Chacras - Guia de Estudos - Olivio Cezar
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estados de transe dos fenômenos espirituais, implicados não só nas doenças, mas sobretudo
em nossos potenciais. Assim, entendo que a Pineal nos conecta com as fontes superiores da
vida, na destinação e sustentáculo do nosso bem-estar, e em nossa capacidade de alcançar a
paz e compartilhar o amor.”
Para o leitor que se interessar em aprofundar os conhecimentos técnicos sobre o assunto,
compartilhamos o link da tese de mestrado deste médico:
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/42/42131/tde-21062013-093730/pt-br.php
O grande psiquiatra espírita Dr. Jorge Andréa (1916 – 2017), que tivemos prazer de conhecer,
conceitua que o chacra coronário liga-se materialmente à pineal, sendo ponto de interação entre as
forças determinantes do Espírito e as forças fisiopsicossomáticas organizadas.
O físico Patrick Druot estudou diferentes escolas da Índia, principalmente a Kriya Yoga, o Budismo e a
medicina tibetana. Conviveu com os índios da América do Norte e com as populações da Polinésia do
Pacífico do Sul, descobrindo que tinham um conhecimento excepcional de técnicas para despertar os
estados elevados de consciência.
Descobriu que o ritmo do tambor corresponde exatamente ao ritmo do cérebro e eram capazes de
induzir a estados alterados de consciência através dos batimentos expressivos deste instrumento. Isso já
era conhecido pelos fisiologistas dos anos 50, que percebiam que o cérebro reagia a sons e luzes,
entrando em sincronismo com os ritmos repetitivos. Um exemplo simples e muito conhecido é o
metrônomo usado pelos hipnotizadores. Druot afirma que a oscilação de ondas cerebrais em vários
iogues deve-se ao despertar da energia do chacra Kundalini e que essas ondas gama, muito elevadas,
são uma das chaves da mediunidade.
Segundo ele, no livro “Cura Espiritual e Imortalidade”, a Medicina Quântica e a Medicina Ciberespacial
confirmam o que os espiritualistas chamam de mundo astral:
“Os pesquisadores perceberam que existe uma diferença entre o nível das ondas cerebrais e o
nível de consciência; a atividade cerebral é ligada a sinais elétricos emitidos pelo cérebro, mas o
nível de consciência é ligado ao campo magnético emitido pelo cérebro; ou seja, todas as
pessoas que têm capacidade ditas mediúnicas têm uma atividade cerebral elétrica e magnética
particular que é algo inato que a pessoa já tinha com ela ou poderia ser alguma coisa que
poderia ser aprendida, mas que isso também tenha uma ligação com a estrutura do seu corpo
de energia,”
Ao longo de mais de 40 anos de convivência com a mediunidade e mais especificamente, com o
mediunismo em templos de umbanda e terreiros de candomblé, pude observar o impacto e a eficácia
dos tambores como facilitadores das “incorporações” das entidades espirituais que se apresentavam
naqueles locais.
A pineal contém cristais de apatita, um mineral do grupo dos fosfatos que está presente com maior
abundancia nos médiuns, facilitando as comunicações mediúnicas.
Na autópsia de cadáveres de praticantes de yoga foi observado um maior volume da pineal,
provavelmente devido às práticas de meditação da filosofia hinduísta.
Na Codificação Espírita não encontramos citações diretas à glândula pineal, pois no século XIX ela não
era objeto de estudo. Contudo, os Espíritos falaram a Allan Kardec que o processo mediúnico era
orgânico e obedecia à estrutura física do médium.
No livro “Missionários da Luz”, em 1945, o Espírito André Luiz , sempre pela mãos abençoadas de Chico
Xavier, traz informações detalhadas sobre a função deste órgão no sistema endócrino influenciando o
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campo sexual e sua ligação com a mediunidade por princípios eletromagnéticos do campo vital (duplo
etérico).
“Examine atentamente. Estamos notando as singularidades do corpo perispiritual. Pode
reconhecer, agora, que todo centro glandular é uma potência elétrica. No exercício mediúnico
de qualquer modalidade, a epífise desempenha o papel mais importante. Através de suas forças
equilibradas, a mente humana intensifica o poder de emissão e recepção de raios peculiares à
nossa esfera. É nela, na epífise, que reside o sentido novo dos homens; entretanto, na grande
maioria deles, a potência divina dorme embrionária.”
Alexandre – “Missionários da Luz” - André Luiz/Chico Xavier - Cap. 1.
Podemos verificar a relação da função fisiológica da pineal com as implicações do sistema nervoso e do
controle das emoções, com o objetivo principal de despertar a mediunidade no texto abaixo:
“Não se trata de órgão morto, segundo velhas suposições. É a glândula da vida mental. Ela
acorda no organismo do homem, na puberdade, as forças criadoras e, em seguida, continua a
funcionar, como o mais avançado laboratório de elementos psíquicos da criatura terrestre. O
neurologista comum não a conhece bem. O psiquiatra devassar-lhe-á, mais tarde, os segredos.
Os psicólogos vulgares ignoram-na. Freud interpretou-lhe o desvio, quando exagerou a
influenciação da ‘libido’, no estudo da indisciplina congênita da Humanidade. Enquanto no
período do desenvolvimento infantil, fase de reajustamento desse centro importante do corpo
perispiritual preexistente, a epífise parece constituir o freio às manifestações do sexo;
entretanto, há que retificar observações. Aos catorze anos, aproximadamente, de posição
estacionária, quanto às suas atribuições essenciais, recomeça a funcionar no homem
reencarnado. O que representava controle é fonte criadora e válvula de escapamento. A
glândula pineal reajusta-se ao concerto orgânico e reabre seus mundos maravilhosos de
sensações e impressões na esfera emocional. Entrega-se a criatura à recapitulação da
sexualidade, examina o inventário de suas paixões vividas noutra época, que reaparecem sob
fortes impulsos.”
“[...] Ela preside aos fenômenos nervosos da emotividade, como órgão de elevada expressão no
corpo etéreo. Desata, de certo modo, os laços divinos da Natureza, os quais ligam as existências
umas às outras, na sequência de lutas, pelo aprimoramento da alma, e deixa entrever a
grandeza das faculdades criadoras de que a criatura se acha investida [...]”
“Segregando delicadas energias psíquicas — prosseguiu ele —, a glândula pineal conserva
ascendência em todo o sistema endocrínico. Ligada à mente, através de princípios
eletromagnéticos do campo vital, que a ciência comum ainda não pode identificar, comanda as
forças subconscientes sob a determinação direta da vontade. As redes nervosas constituem lhe
os fios telegráficos para ordens imediatas a todos os departamentos celulares, e sob sua direção
efetuam-se os suprimentos de energias psíquicas a todos os armazéns autônomos dos órgãos.
Manancial criador dos mais importantes, suas atribuições são extensas e fundamentais. Na
qualidade de controladora do mundo emotivo, sua posição na experiência sexual é básica e
absoluta [...]”
“Segregando ‘unidades-força’, pode ser comparada a poderosa usina, que deve ser aproveitada
e controlada, no serviço de iluminação, refinamento e benefício da personalidade e não
relaxada em gasto excessivo do suprimento psíquico, nas emoções de baixa classe. Refocilar-se
no charco das sensações inferiores, à maneira dos suínos, é retê-la nas correntes tóxicas dos
desvarios de natureza animal, e, na despesa excessiva de energias sutis, muito dificilmente
consegue o homem levantar-se do mergulho terrível nas sombras, mergulho que se prolonga,
além da morte corporal...”
Alexandre – “Missionários da Luz” - André Luiz/Chico Xavier - Cap. 2.
No livro “No Mundo Maior” (1948) André Luiz/Chico Xavier escreve que a consciência do ser encarnado
é uma manifestação resultante da interação entre o Espírito e o cérebro, mediada através períspirito,
entendendo o cérebro como a interação de três compartimentos distintos, representados por:
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 Cérebro inicial (tronco cerebral, diencéfalo e cerebelo),
 Cérebro motor (córtex assistencial) e
 Lobos frontais (córtex “pensante”, em especial a região pré-frontal e córtex límbico).
A consciência e o fluxo da consciência se manifestam utilizando os recursos cerebrais destas três áreas.
Em “Evolução em Dois Mundos” (1958) ele descreve a relação entre a pineal e a consciência como uma
[…] tradução e seleção dos estados mentais diversos, nos mecanismos da reflexão e do pensamento, da
meditação e do discernimento […].
Transcrevemos abaixo trecho do excelente livro “Técnica da Mediunidade” de Carlos Torres Pastorinho
(1910 – 1980), ex-padre, radialista e grande estudioso da Doutrina Espírita, que ficou famoso com o livro
de bolso que se tornou o maior best-seller de autoajuda no País: “Minutos de Sabedoria”:
“Na caixa craniana temos a principal válvula do corpo humano, o corpo pineal ou epífise. Aí
se localiza a grande auxiliar da pineal, que é a hipófise. No resto do corpo também
encontramos outras “válvulas”.
No entanto, fique claro que, para a comunicação, necessitamos de uma válvula detectora ou
retificadora, que é o corpo pineal. Comparativamente à termoiônica, a pineal funciona
recebendo corrente alternada e deixando sair corrente direta: é, pois uma “transformadora
de corrente”. Mas, ao mesmo tempo age como um transformador de freqüência, pois recebe
“ondas pensamento” que de lá saem modificadas em “ondas-palavra”.
Essa modificação da ideação em palavras é constante, no trabalho do eu interno que fornece
as idéias à mente abstrata; essas ondas curtíssimas são enviadas do transmissor (coração) e
captadas pela pineal (cérebro), sendo aí transformadas em palavras discursivas, em
raciocínios, em deduções e induções. Com a prática desse trabalho constante, embora
inconsciente, a pineal exercita-se para mais tarde, mais amadurecida, poder fazer o mesmo
com idéias provenientes de fora, de outras mentes por meio da telepatia.
A pineal, formidável válvula eletrônica, capta as ondas-pensamento, (corrente alternada) e
as detecta em ondas discursivas (corrente direta pessoal) trabalhadas pelos lobos frontais do
cérebro, e depois traduzidas em som (pelo aparelho fonador), ou em desenhos ideográficos
(pelos músculos das mãos).
Assim, teórica e praticamente observamos a transmutação das idéias de um ser para outro,
no ponto exato da transformação das ondas.”
Continua Pastorinho:
“Dizem os cientistas que o corpo pineal, no homem, é órgão vestigial, representante
involuído de um aparelho que era desenvolvido nos antigos vertebrados. Ainda hoje o
tuatara (réptil sphenodon punctatum, único remanescente da ordem dos rhynchocephalia,
existente na Nova Zelândia) possui uma pineal que consta de dois segmentos distintos: uma
glândula, a epífise, que tem a mesma estrutura da pineal humana, e o outro, “sensorial”, o
“olho pineal” situado no forâmen parietal (abertura central na abóbada do crânio), coberto
por uma escama transparente, cujo verso tem a forma de lente, e a superfície mais baixa,
oposta, é uma retina colorida. Parece não perceber a luz. Mas o tamanho enorme do
forâmen parietal dos fósseis dos répteis parece indicar que se tratava de um olho funcional.
Dizem os fisiologistas que a função do corpo pineal parece ser o freio do desenvolvimento
sexual até a idade da puberdade (função também atribuída ao timo... ). Chegando aí, o
controle das gônadas passa a outra glândula (a tireóide) e a pineal se atrofia, involuindo.
A pineal é um dos órgãos mais importantes do corpo físico do homem, tendo sido a ela
atribuída, por Descartes, a honra de ser o ponto em que a alma se prendia ao corpo.
Observemos, de início, que é exatamente nos lacertídeos (ou sáurios), na escala animal, que
começamos a encontrar um embrião do corpo pineal. Para trás, nada. Para diante, a cada
passo evolutivo na escala zoológica, o animal vai fixando melhor e desenvolvendo mais o
corpo pineal, embora seu tamanho físico se vá reduzindo.
Corpos Sutis e Chacras - Guia de Estudos - Olivio Cezar
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O funcionamento ainda é desconhecido pela ciência médica, que apenas lhe empresta a
tarefa de “travar” a evolução dos órgãos sexuais até a época da puberdade. Afirma
outrossim que desconhece qualquer hormônio por ela produzido.
Ora, em realidade o corpo pineal não é glândula produtora de hormônios, mas uma CHAVE
de ligação elétrica ou, talvez melhor dito, uma VÁLVULA.
Os impulsos eletromagnéticos e eletroquímicos nos nervos seguem o trajeto que estudamos
atrás, mas é no corpo pineal que são registrados esses impulsos e transmitidos para o
espírito.”
Do livro de Jean Leo Testut (1849 - 1925), grande anatomista francês, Pastorinho apresenta as
seguintes relações da pineal com o Aqueduto de Silvio:
“Ai se executa a função que até hoje não fora localizada. A própria chamada “areia” (sais
calcários) tem sua tarefa específica, ainda não revelada: com suas lâminas concêntricas
desincumbe-se de seu serviço à semelhança daquela pedra natural denominada “galena”,
que possui capacidade idêntica, de detectar ondas hertzianas. Lembremo-nos de que, na
própria galena, é indispensável procurar um “pontinho microscópico”, para conseguir essa
transmutação. Assim ocorre com o corpo pineal, muito superior em seu funcionamento à
galena, tanto quanto o cérebro é superior a um computador eletrônico.
O corte do corpo pineal mostra a abundância e o desenho formado pelas fibras neuróglicas,
bem como sua relações com as células, coloração pelo método de Weigert.
Temos, pois, no corpo pineal não propriamente, como interpretou Descartes, o local em que
o espírito se liga à matéria, mas a válvula transmissora-receptora de vibrações do corpo
astral, regulando todo o fluxo de emissões do espírito para o corpo físico e vice-versa. Daí sua
grande importância, também, para a mediunidade.”
Mais adiante, no mesmo livro, aborda a questão da mediunidade receptiva:
“Assim denominada porque recebe os impulsos vindos de fora, enquanto a mediunidade
“captativa” é a que tem a capacidade de buscar, em sua origem, as idéias e os pensamentos.
Os impulsos provenientes do espírito são transferidos do corpo astral ao corpo pineal,
irradiando-se daí à substância branca, ao córtex, ao tálamo, até penetrar normalmente no
sistema nervoso, comandando o veiculo somático. Essa é a ligação direta do próprio espírito
(personalidade) com seus veículos físicos.
No entanto, quando a irradiação provem da “mente” (da própria criatura, a individualidade),
a emissão é feita através da onda emitida pelo “átomo-monático” localizado no coração. Daí
sai e é recebida, também, pelo corpo pineal, que a transfere a seus veículos, sobretudo à
zona pensante do cérebro, onde se transforma em raciocínio.
Assim como serve ao próprio espírito, a pineal também detecta (recebe) as irradiações de
outros espíritos, encarnados e desencarnados, naquele fenômeno que foi batizado de
“telepatia”. A onda pensamento, desde que esteja sintonizada com a pineal da criatura, é
recebida, distinguida, e retransmitida aos veículos, através da palavra escrita ou falada.
Para isso, é indispensável que haja sintonia vibratória entre os dois (emitente e receptor)
exatamente como ocorre com a galena, que recebe as ondas da emissora de acordo com a
faixa em que ela emite as ondas. Com a galena a diferenciação das faixas é feita pelo
número de voltas do fio enrolado na bobina. No corpo pineal, essa sintonia se realiza de
acordo com o número de ciclos por segundo alcançado pela evolução da criatura através dos
milênios.
Quanto mais evoluída espiritualmente a pessoa, mais elevada a faixa de onda que pode
receber.
Quer do próprio espírito (personalidade), quer da “mente” (individualidade), quer de outro
espírito (encarnado ou não), o corpo pineal constitui, então a “chave” ou “válvula” da
recepção mediúnica por telepatia. Aparelho de alta sensibilidade, mas que necessita, não
obstante, de treino, de exercício, para que se desenvolva, para que não se embote. E quanto
mais exercitada, mais fácil e fielmente recebe.
No entanto, como as vibrações do próprio espírito e a dos espíritos afins é do mesmo tipo, o
médium, frequentes vezes não sabe distinguir se a idéia recebida é própria ou alheia.”
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Pastorinha aborda também uma visão interessante sobreo chamado Olho de Shiva:
“O corpo pineal é denominado, também, “terceiro olho” ou “Olho de Shiva” pelos ocultistas,
embora, por engano lamentável, alguns espiritualistas digam que é a hipófise (pituitária). O
corpo pineal (epífise) é, pois, a responsável pela vidência do mundo astral e pela
clarividência.
Na vidência astral a epífise é utilizada, também, pelos animais, (cães, cavalos, etc.) que são
sujeitos à visão de cenas do plano astral, que é seu plano específico próprio. A humanidade,
no ciclo lemuriano, parece que utilizava ainda esse olho, lado a lado com olhos duplos
materiais que começavam sua evolução.
Realmente, o olho pineal, específico para as vibrações do astral, não percebia com clareza e
nitidez a luz, cores e formas físicas. Com a mais forte materialização do homem, havia
necessidade de órgãos que percebessem e “vissem” com mais acuidade o mundo físico,
enquanto se fazia menor a necessidade de percepção do mundo astral, donde eles saíam.
Houve, por isso, a involução ou atrofia do olho pineal (específico para vidência astral) e o
aperfeiçoamento dos olhos físicos, que reproduziam e filtravam melhor as vibrações da
matéria densa.
Os sáurios são os remanescentes das experiências efetuadas para essa descida vibratória do
espírito. Neles ainda hoje vemos os resquícios, desse olho singular com bastante evidencia.
Lógico que, na experiência com os “tuataras” o olho não reagia à luz física; mas se a
experiência pudesse ser feita com a luz astral, supomos que teriam tido êxito os
experimentadores, haveria recepção e suas reações típicas.”
Segundo o Espiritismo, a mediunidade deve ser desenvolvida e educada com responsabilidade, visando
o bem de todos, de forma despretensiosa e abnegada.
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O DUPLO ETÉRICO
O termo etérico vem de ‘éter’, estado intermediário entre a energia e a matéria. Este corpo tem a
mesma estrutura do nosso corpo físico, incluindo todas as partes anatômicas e todos os órgãos. Os
tecidos físicos se modelam e se fixam nesse campo de energia vital que os sustentam.
É formado pela energia emanada dos cinco elementos básicos da Natureza: água, terra, fogo, ar e
éter, e atua de intermediário entre o corpo físico e o corpo astral (perispírito). Sua energia vem das
glândulas suprarrenais, localizadas na região umbilical.
Sua estrutura se assemelha a uma teia em constante movimento, expandindo-se de 6 mm a 50 mm
além do corpo físico e pulsando num ritmo de 15 a 20 ciclos por minuto. Sua cor varia do azul claro ao
cinzento. Todos os chacras dessa camada são da mesma cor do corpo. Segundo Barbara Ann Brennan no
livro “Mãos de Luz”, os chacras parecem vórtices feitos de uma rede de luz, exatamente como o resto
do corpo etérico.
Em analogia com a teoria da Psicanálise, o ser humano pode ser classificado segundo três aspectos
conscienciais apesar do Espírito possuir um número maior de corpos sutis:
 O subego - parte mais íntima, obscura e primitiva do ser, também conhecido como id, é
autônomo, hipoconsciente e mantém uma ligação perceptível e direta com o duplo etérico.
 O ego - parte sociável e emocional, estabelecendo relações mais íntimas com a consciência,
cuja sede está no corpo mental. É a sede da personalidade.
 O superego - ligado à consciência pura, ao corpo causal e está associado com todas as
manifestações que nos distinguem dos animais, criando o nosso senso ético.
Contudo, nossa essência mais pura não é material, não está no cérebro, e jamais poderá ser comparada
às emoções, aos instintos, à mente ou à própria vida do ser humano encarnado. O Espírito, depois de
criado não morre e não se destrói jamais, possuindo o poder de autoanimação e de autoexistência. Para
se viver e evoluir infinitamente reveste-se de corpos compatíveis com as diferentes dimensões ou
planos existenciais em que habita.
OS DIVERSOS NÍVEIS
O corpo etérico é formado de quatro níveis: éter químico, éter de vida, éter luminoso e éter refletor:
Éter Químico: Ligado às forças de absorção e excreção. A absorção se processa pelos alimentos
e pela respiração, de forma seletiva, realizando o crescimento e a manutenção do corpo físico.
A excreção ocorre para eliminar os resíduos dos alimentos que são impróprios para o corpo.
Esses processos atuam independentes da nossa vontade.
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Éter de Vida: Ligado às forças que mantêm a manutenção das espécies. As forças de polo
positivo são as que atuam no feminino durante o período de gestação, para formar um novo
ser. As forças que atuam no polo negativo ajudam o masculino a produzir o sêmen.
Éter Luminoso: Relaciona-se com as forças que geram o calor do corpo do homem e dos
animais mais evoluídos. As forças que atuam de forma passiva no polo negativo atuam nos
cinco sentidos: visão, audição, tato, olfato e paladar. Colaboram com a construção e
conservação dos olhos. Nas plantas, essas forças atuam pelo polo positivo realizando a
circulação da seiva. No inverno, quando não está carregado de luz solar a seiva deixa de correr
até a haste. As forças que atuam no polo negativo depositam a clorofila – substância verde das
plantas – colorindo as flores.
Éter Refletor: Refere-se ao Registro Akáshico. Todas as alterações geológicas da Terra e
também os pensamentos e atos dos homens ficam gravados indelevelmente pela Natureza no
éter refletor. Essa memória encontra-se em um reino muito mais elevado que pode ser
acessada pela Psicometria, capacidade anímica de alguns sensitivos.
EXTERIORIZAÇÃO
O duplo etérico se separa do corpo físico durante: a anestesia, o transe mediúnico ou no
desdobramento, provocando no homem uma redução de vitalidade física e queda da temperatura. Com
isso, adquire maior liberdade de ação, aumenta sua energia e se torna hipersensível.
O passe magnético, a hipnose, o transe mediúnico e em casos de acidente, podem afastar parcialmente
o duplo etérico do corpo físico. Este mantem, contudo a forma humana, aparentando uma massa
nebulosa um tanto brilhante e movediça e se projeta para o plano astral, onde se sente mais livre e
absorve com mais facilidade o prana, sem necessidade de alimentar o corpo físico.
Os fatores que afastam o duplo etérico são:
• Transe mediúnico (mediunidade de efeitos físicos)
• Epilepsia
• Catalepsia
• Anestesia geral
 Drogas alucinógenas
• Hipnose, mesmerismo
• Sono
• Passe magnético
• Acidentes bruscos
SENSIBILIDADE
Por sua sensibilidade suprafísica, interagindo com o corpo astral de um lado e com o organismo físico do
outro. O duplo etérico registra os acidentes, traumatismos, choques, lesões e agressões, que sucedem
em ambos os corpos dos quais é intermediário, acusando de imediato, as hostilidades neles através dos
centros sensoriais correspondentes nas consciências astral e física.
Pessoas que sofreram mutilação de um ou mais membros do seu corpo físico queixam-se de dores
nesses órgãos que já lhes foram amputados. Isso acontece porque a operação cirúrgica não foi exercida
sobre o duplo etérico, que é inacessível às ferramentas do mundo material e mantém o duplo do
membro que foi retirado. Os médiuns videntes conseguem visualizar os moldes invisíveis de tais órgãos.
Por outro lado, o corpo astral, sendo um instrumento de atuação do corpo mental, manifesta o seu
pensamento à consciência física, obrigando o duplo etérico a sentir esses impulsos, sejam bons ou
maus.
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São fatores que afetam o campo energético do duplo etérico:
• Frio e calor.
• Eletricidade e magnetismo.
• Perfumes, fumo, gases voláteis.
• Alimentos condimentados.
• Sedativos, antiespasmódicos, substâncias hipnóticas, anestésicos, entorpecentes
(barbitúricos, certos alcaloides como mescalina e ácido lisérgico ou LSD, diversas drogas
psicotrópicas, excitantes ou depressivas do sistema nervoso).
• Ácidos e óxido de carbono.
• Toque humano (em certos momentos de maior concentração).
INFLUÊNCIA DAS DROGAS
Os médiuns estão mais suscetíveis aos efeitos tóxicos secundários de remédios, drogas hipnóticas,
anestesias operatórias ou entorpecentes, porque essas substâncias deixam resíduos prejudiciais no
éter físico que flui pelo seu sistema nervoso, afetando o corpo astral e o duplo etérico.
As anestesias, os antiespasmódicos, os gases voláteis, as drogas e sedativos hipnóticos, o óxido de
carbono, o fumo, os barbitúricos, os entorpecentes, o ácido lisérgico e certos alcaloides, como a
mescalina, são substâncias atuam de forma violenta no duplo etérico. As drogas entorpecentes e os
gases anestesiantes, em geral afastam o duplo etérico para o lado esquerdo do corpo, à altura do baço
físico, onde se localiza o chacra esplênico, provocando transes, sensibilizações extremas e
inconvenientes, resultando na queda da temperatura do corpo e redução de sua vitalidade.
Um exemplo dessa ação perniciosa é o uso por gestantes da “talidomida”, resultando na má formação
fetal das crianças, como lábio leporino (fendido), mãos diretamente ligadas aos ombros, entre outras
atrofias. Essa droga exerce um impacto tóxico e deformante através do duplo etérico em formação do
feto, agindo nos genes formadores do novo ser e alterando as linhas de forças que comandam o
processo normal dos cromossomos.
Os tóxicos como os barbitúricos, entorpecentes e anestésicos também atuam e produzem alterações
nocivas na estrutura do duplo etérico dos médiuns, levando-os a deformações de ordem psíquica,
enfraquecendo suas defesas energéticas e expondo-os aos ataques obsessivos. O médium que abusa de
entorpecentes pode se tornar um aleijão psíquico prejudicando seu duplo etérico e seu sistema
nervoso.
EPILEPSIA
Nos epilépticos o duplo etérico se afasta com freqüência do corpo físico, e por isso, a semelhança entre
o ataque epiléptico e o transe mediúnico, registrada em aparelhos como o ECG (Eletroencefalograma).
Contudo, enquanto o médium ingressa no transe de forma espontânea, assessorado pelos mentores e
guias para a realização de um trabalho mediúnico, no caso do epiléptico, este é derrubado
instantaneamente ao solo, provocando um afastamento violento do perispírito e sua energia vital é
drenada para o meio ambiente. Em muitos casos, o epilético é também um médium de efeitos físicos e
somente com tratamento espiritual e a educação de sua mediunidade poderá se reequilibrar.
HIPNOSE
Nas sessões de hipnose o paciente manifesta os efeitos de muitas emoções, reagindo ao comando do
hipnotizador, podendo baixar a temperatura, acelerar batimentos cardíacos, enrijecer a musculatura,
elevar ou baixar a pressão arterial, sentir dores inexistentes e até aliviar-se momentaneamente de suas
dores.
A hipnose também possibilita que o duplo etérico somatize, ao ser tocado, a sensibilidade no corpo
físico mesmo à distância, comprovando a ligação do duplo etérico. Um exemplo é o “vodu”, boneco
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usado em religiões xamânicas ou em magia negra que, sob o comando do hipnotizador recebe o
magnetismo e a sensibilidade nervosa do hipnotizado, provocando picadas e beliscões que causam
dores neste.
O hipnotizador atua na mente do paciente, o induzindo ao transe hipnótico, provocando o afastamento
parcial do duplo etérico, permitindo o acesso ao subconsciente do hipnotizado, de modo a impor-lhe a
exteriorização da sensibilidade correspondente a cada uma das emoções ou sentimentos que ele quiser,
inclusive facilitando o acesso às suas vidas passadas.
AUTOMATISMO
O duplo etérico não é um veículo consciente, e pode ser entendido como um “cascão”, sem
inteligência, que atua devido a um automatismo instintivo e biológico do corpo físico, embora também
reaja instintivamente às emoções e aos pensamentos danosos que afetam o corpo astral e são
transferidos para o corpo físico. Mas, como é um filtro, tem a capacidade de reter as energias negativas
que provêm do corpo astral evitando que o organismo físico sofra danos que podem levar até à
desencarnação.
Os pensamentos negativos geram vibrações de emoções desequilibras no cérebro físico através do
duplo etérico e chegam ao sistema nervoso, dirigindo-se para os sistemas endócrino, linfático e
sanguíneo, causando doenças que afetam a saúde.
O chacra cardíaco, responsável pelo equilíbrio vital e fisiológico do coração é o centro de forças etéricas
que mais sofre os efeitos de tais energias. É o caso de muitos enfartes fulminantes que levam ao óbito.
Essas emanações tóxicas, provenientes dos corpos sutis, somatizam no corpo físico eczemas, urticárias,
neuroses, má circulação, distúrbios coronários, congestões renais e hepáticas, hemorroidas e outras
anomalias.
Se elas forem aumentadas na vida presente irão desencadear doenças mais graves, como a lepra, o
pênfigo (fogo selvagem), a leucemia, a tuberculose, o câncer e outras enfermidades.
NATUREZA
O duplo etérico é constituído de éter-físico emanado do próprio planeta Terra e flui através dos poros
da Terra, que funcionam como um condensador perdendo sua característica de essência pura e se
aderindo às impurezas do planeta, transformando-se em éter físico. Este, apesar de ser invisível, se
compõe de matéria rarefeita, possuindo cor, peso, temperatura e cheiro. Os médiuns videntes
conseguem visualizar essas emanações coloridas.
O duplo etérico é o responsável por todos os fenômenos invisíveis que ocorrem na matéria, tais como,
a eletricidade, o odor, a luz, o calor, etc. Sua composição varia de acordo com o tipo biológico evolutivo
do homem, sendo mais sutil e delicado nos seres superiores e mais densos nos seres mais primitivos.
Durante os preparativos para a reencarnação, o Espírito vai formando o embrião obedecendo ao molde
pré-existente no corpo astral e o duplo etérico também vai se formando pela destilação do éter físico e
consolidando fielmente as sensações físicas para o mundo espiritual e vice-versa.
Todos os alimentos ingeridos, além do ar, da energia solar e outros fluidos invisíveis estão saturados de
princípios similares aos da eletricidade, que garantem a manutenção da vida orgânica.
Sua constituição mais íntima é produto do quarto estado da matéria: o plasmático ou bioplasmático e
vibra em comprimento de onda inferior ao da luz ultravioleta, quase imaterial. Esse estado foi
descoberto pelo cientista Wiliam Crookes em 1879, que o chamou de ‘estado radiante’.
DESENCARNAÇÃO
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O duplo etérico se dissolve e desaparece depois da morte do corpo físico, pois é formada de éter-físico,
substância emanada da própria crosta terrestre. Na desencarnação, ele funciona como um
amortecedor, se afastando do cadáver de um lado e do corpo astral do outro, retornando para a
Natureza, ajudando o corpo astral, em condições normais, a se libertar suavemente. As mortes por
acidente, suicídio ou ataques cardíacos, provocam o rompimento brusco do cordão de prata afetando os
chacras e expulsando violentamente o duplo etérico e o corpo astral, levando este último para regiões
tenebrosas do Umbral Grosso.
As emanações do duplo etérico partem do plexo solar, ligadas ao pâncreas, atingindo uma distância de
25 a 75 cm do corpo físico. Ele contém todas as cores do arco-íris e cada chacra se apresenta com um
vórtice de cor diferente:
• Chakra 1 – Básico - vermelho
• Chakra 2 – Esplênico - vermelho laranja
• Chakra 3 – Umbilical - amarelo
• Chakra 4 – Cardíaco - verde relvoso brilhante
• Chakra 5 – Laríngeo - azul celeste
• Chakra 6 – Frontal - anil
• Chakra 7 – Coronário -branco
Essas cores variam de tonalidades claras e brilhantes até escuras e turvas, dependendo dos sentimentos
ou das energias que a pessoa emana. Sentimentos como o amor, a comoção, a alegria, são brilhantes e
claros, enquanto os sentimentos negativos são escuros e turvos.
Em certas condições após o desencarne, o corpo etérico poderá ficar ativo por períodos mais longos,
assemelhando-se a um espectro quando observado por sensitivos. Esse fenómeno não pode ser
confundido com a aparição de um espírito. É chamado vulgarmente de ‘cascão espiritual’.
Esse cascão é visto nos cemitérios no formato de uma nuvem que vai se dissolvendo lentamente,
servindo de alimento vital para espíritos e outros seres habitantes do astral inferior que vivem naqueles
locais.
O duplo etérico está associado à produção de ectoplasma, substancia emanada do núcleo das células
de seres vivos e da própria Natureza, sendo a base dos fenômenos mediúnicos de efeitos físicos. Sua cor
é azul do lado esquerdo e alaranjado do lado direito e, quando em intensa atividade, tende ao azul-
cinzento-violáceo.
Todos os seres vivos possuem duplo etérico, embora nem todos tenham corpo astral.
OUTROS ASPECTOS
O duplo etérico nunca tem acesso ao plano astral devido à sua densidade e pertence exclusivamente ao
plano físico. Ele mantem os espíritos que desencarnaram pelo suicídio ou outras mortes violentas,
prisioneiros das sensações carnais, que sofrem as sequelas de seus atos por muito tempo, até
esgotarem as reservas fluídicas ou serem resgatados pelos benfeitores espirituais.
Nas desencarnações programadas, com a dissolução das células físicas este corpo vital se dissolve
normalmente, integrando-se à Natureza.
Os médiuns videntes descrevem sua aparência como fosforescente, emitindo uma luminosidade que
varia entre as cores azul e vermelha ou cinza cintilante, quando associadas, apresentando-se com
clarões de radiações ectoplásmicas com dois polos energéticos, o negativo e o positivo, o yin e o yang do
Taoísmo.
Sua constituição de natureza radioativa, responsável pelo efeito eletromagnético é observada nas
fotografias Kirlian. A foto Kirlian não é a foto da aura como muitos acreditam, mas a captação em filme
fotográfico da radiação do duplo etérico. O duplo etérico pode ser fotografado por vários métodos,
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mas a kirliangrafia continua sendo o mais usado.
Seu conhecimento pela Medicina trará grande contribuição para o estudo da realidade energética do ser
e tratamento de diversas doenças. Tem papel crucial nas reuniões mediúnicas, principalmente naquelas
que usam ectoplasma na preparação de medicamento.
.
Abaixo, apresentamos um trecho ditado pelo Espírito Joseph Gleber, pela psicografia de Robson
Pinheiro, no importante livro sobre o tema:
LIVRO “MEDICINA DA ALMA”
“A constituição físico-psico-espiritual do ser humano é uma obra-prima da criação divina,
síntese de todas as experiências evolutivas já realizadas no orbe terreno em últimos milhões de
anos, podendo ser entendida como um complexo mecanismo energético, iluminada pela razão e
pelo sentimento, em direção a outras formas de expressão da consciência, em sua marcha
ascendente rumo às regiões luminosas das moradas angélicas, para onde demanda nossa
caminhada.
Desde as primeiras manifestações do princípio inteligente na matéria, passando pelos diversos
reinos que a natureza prodigalizou sob a orientação amorosa de Jesus, vê-se a mônada divina
aperfeiçoando-se, materializando-se e desmaterializando-se nos campos experimentais do
mundo das formas, adquirindo predicados que a enriquecem cada vez mais em sua marcha
ininterrupta para as formas mais primorosas de expressão de sua intimidade divina.
No vai-e-vem das experiências vivenciadas e divinamente direcionadas, nota-se a presença de
um modelo diretor, organizador de suas manifestações em qualquer forma que se expresse, seja
no plano denso da matéria ou no ambiente astralino no qual estagia o psiquismo em formação.
É no ambiente dos reinos inferiores que a mônada, ou o psiquismo adormecido do futuro
arcanjo, começa a sensibilizar-se de forma intensa, ao mesmo tempo em que, já no reino
vegetal, começa a desenvolver as manifestações mais complexas de um duplo, composto das
energias bioplasmáticas de que são constituídos os diversos seres integrantes desse prodigioso
reino da natureza.
As análises realizadas pelos nossos irmãos encarnados no campo precioso do magnetismo
comprovaram aos céticos de todas as procedências, há muitos anos, a existência do perispírito e
do duplo etérico nas experimentações de exteriorização dos recursos anímicos.
O duplo etérico desdobrado ou dissociado do corpo físico, seja espontaneamente ou sob ação
magnética exterior, foi amplamente provado pelos estudiosos das ciências psíquicas, servindo
para comprovar a existência e sobrevivência do Espírito, sua atuação e independência na vida.
Foi investigada e constatada a realidade do corpo etérico através de processos científicos
desenvolvidos pelos companheiros encarnados, como fotografias, materializações e muitas
impressões físicas observadas e sobejamente atestadas por pesquisadores e médiuns que se
dedicaram ao estudo da ciência psíquica.
No ser humano, o duplo constitui a camada mais eterizada, ou menos grosseira, do corpo físico.
Em sua constituição íntima encontra-se, além das substâncias físicas comuns, em vibração
ligeiramente diferente, grande quantidade de ectoplasma, a essência básica dessa contraparte
etérica do corpo humano, cuja razão de ser está na distribuição equilibrada das energias
provenientes do grande reservatório cósmico universal e sua transformação em fluido vital,
encarregando-se de irrigar toda a comunidade orgânica do aparato fisiológico humano.
O duplo etérico, também chamado corpo vital, é, assim como os outros corpos de manifestação
da entidade pensante, uma conquista do ser em sua longa caminhada de evolução anímica,
constituindo-se em elemento preciosíssimo na economia orgânica e na manutenção da saúde
do ser humano. Elemento de constituição delicada, de natureza material mais sutil,
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ectoplásmica e de alta sensibilidade, o duplo etérico é altamente influenciável e se ressente, em
sua estrutura íntima, do comportamento humano equilibrado ou não, no que tange às virtudes
ou viciações.
Além do seu potencial de centro distribuidor do fluido vital, o duplo reveste-se de importância
maior ao servir de base, quando exteriorizado, para a materialização de entidades espirituais,
que, manifestando-se para meus irmãos da Terra, demonstram que continuam vivas, com todas
as suas faculdades anímicas que provam a inexistência da morte e a continuidade da vida em
outros campos vibratórios, em outras dimensões do universo.
Enquanto o corpo físico, de natureza carnal e orgânica, manifesta-se num complexo polizóico
celular, distribuído em órgãos, sistemas e aparelhos, objetos de estudo das ciências oficiais, o
duplo é formado de substâncias eterizadas do mundo terreno. Os fluidos constitutivos do duplo
etérico são muito mais grosseiros ou materializados do que o fluido cósmico, sendo perceptíveis
aos clarividentes na formação da chamada aura, que reflete a saúde do ser humano.
A utilização de matérias tóxicas, como o fumo, o álcool ou mesmo substâncias considerada
medicamentosas, com teor tóxico inegável, afeta a estrutura íntima do duplo, desregularizando-
lhe os centros de força e, por consequência, a rede de distribuição das energias vitais que
irrigam as células do corpo físico. O tabaco, o álcool e as drogas mais utilizadas pelo homem
envenenam lhe as reservas vitais, obstruindo os centros de força que as distribuem. A nicotina e
o alcatrão, de forma mais atuante, corroem a própria matéria etérica de que é constituído o
duplo, formando "buracos" semelhantes às bordas queimadas de um papel, facilitando assim a
eclosão dos diversos distúrbios que comprometem o equilíbrio psicofísico do ser humano.
Funciona o duplo etérico para o ser encarnado como um manto protetor ou uma tela eterizada,
que impede o contato constante e sem barreiras com o mundo astral, atuando também como
proteção natural contra investidas mais intensas dos habitantes menos esclarecidos daquele
plano e, ainda, protegendo o homem contra o ataque e a multiplicação de bactérias e larvas
astralinas, que, sem a proteção da tela etérica, invadiriam a organização não somente do corpo
físico, durante a encarnação, como a própria constituição perispiritual.
Quando, por meio de seus desregramentos e vícios, passa a consumir substâncias corrosivas,
como o álcool, o fumo, a maconha e outras drogas, ou quando, no seu comportamento abusivo
na esfera da moralidade, bombardeia a sensível tessitura do duplo, queimando lhe e
envenenando lhe as células etéricas, o ser humano nele cria verdadeiras brechas, que
ocasionam consequências nefastas. Através delas, penetram as comunidades de larvas e vírus
do subplano astral, comumente utilizadas por inteligências sombrias para facilitar-lhes o
domínio sobre o homem; além disso, favorecem o assédio mais intenso das consciências
vulgares, que usam o ser encarnado para saciar sua fome e sede de elementos materiais,
quando não, para acirrarem ainda mais a perseguição contumaz e infeliz sobre a pobre vítima
de seus desequilíbrios.
A ingestão de drogas mais fortes, como a maconha, o LSD, a cocaína e seus derivados, bem
como de medicamentos específicos, cujos componentes químicos sejam inegavelmente tóxicos,
violenta a tela etérica, provocando sua ruptura. Sabemos que a lesão do duplo dificilmente se
recompõe, donde vem a facilidade de as pessoas que fazem uso de tais tóxicos verem
verdadeiras monstruosidades e aberrações quando estão sob o seu efeito devastador. Acontece
que, sem a proteção dessa tela, que os manteriam naturalmente protegidos dos habitantes dos
subplanos astrais, começam a perceber as formas horripilantes, criadas e mantidas pelos seres
infelizes que estagiam nas regiões mais densas do plano astralino. Falta-lhes a proteção etérica,
que violentaram pelo consumo de drogas, estimulantes ou excitantes que lhes destruíram parte
da proteção de que a natureza os dotou, para sua própria segurança na marcha evolutiva.
Embora essa destruição não seja completa, criando apenas rasgos ou brechas, utilizando-nos do
vocabulário de meus irmãos, é verdadeiramente nociva a sua falta, pois o duplo é de essencial
importância para o equilíbrio do ser humano. Quando isso ocorre, além dos recursos
terapêuticos comumente empregados nas casas espíritas para tais casos, deve-se promover a
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doação e a transfusão de fluido vital, ectoplásmico, para suprir a falta ou para revitalizar a
parte afetada do duplo etérico.
E o duplo etérico o responsável pela metabolização das energias advindas dos chamados planos
material e astral.
Todo ser vivo, por meio de seu duplo etérico, mantém- se em relação direta com os outros
elementos da grande família universal, através dos campos de energia que se interligam em
toda a natureza. Vindas de várias dimensões do universo, as energias do plano etérico da
criação participam da formação e do equilíbrio do homem, ligando-o etéricamente com os
animais, vegetais e minerais, na troca incessante de recursos presentes na criação. Todos esses
planos, se assim podemos denominá-los, estão envoltos em uma rede de energia etérica que
nutre e revigora os corpos de manifestações mais densas do ser humano; por isso, as
transferências de energias etéricas se realizam em todos os reinos da natureza, contribuindo
tudo para o equilíbrio integral do ser humano. Daí a necessidade de o homem viver em
harmonia com a natureza que o envolve e onde evolui. Assim, as questões relativas à ecologia
deixam de representar apenas fatores de preservação externa para assumirem um papel de
equilíbrio energético em que o homem é o maior beneficiado.
É necessário esclarecer aos meus irmãos que, além das energias comuns nos reinos naturais que
os antecedem na escala evolutiva, outras, de natureza eletromagnética, atuam para o equilíbrio
da vida humana, como de todo o planeta em que vivem. São as energias astrais ou cósmicas,
que vêm do espaço, de estrelas e planetas, que emitem suas radiações entre si, e, no caso
presente a que aludimos, a Terra sofre a sua influência, como também lhes envia a sua própria,
em direção ao espaço intermúndio. Essas radiações afetam todo o contexto da vida terrena,
sendo que, no homem encarnado, é o duplo etérico o responsável pela metabolização e
sutilização dessas energias, de forma automática, através dos vórtices ou chacras, conforme as
circunstâncias vividas por ele.
Dessa maneira, observamos que os estados realmente saudáveis encontrados no ser são o
resultado de uma vivência harmoniosa com a atmosfera psíquica e moral, que contribui para o
seu equilíbrio integral.
Tendo em vista que o espírito está em via de progresso e que a grande maioria ainda progride
mais por força da lei cósmica, de forma semiconsciente, com uma existência anômala e
inadequada, fica difícil alcançar esse estado de saúde integral por seus próprios esforços
volitivos, uma vez que sua vontade se encontra por vezes indisciplinada, em meio às
sinuosidades da jornada que percorre.
A medida que o indivíduo adquire maior experiência, entendimento e moralidade, conforme os
princípios cósmicos que o Evangelho preceitua, posiciona-se cada vez mais acertadamente ante
as energias que interagem em seu psiquismo e no fisiologismo de sua existência no plano das
formas.
Vemos em Jesus um modelo a ser seguido pelos espíritos da Terra, fato este que é corroborado
pela sua alta estirpe espiritual e pelos exemplos de convivência com os diversos reinos no
grande ecossistema universal. Notamos, na vida de Jesus, a integração com os animais, vegetais
e minerais, num processo de transmutação e canalização de energias com vistas à elevação
geral do ser humano.
Examinemos mais detalhadamente as lições evangélicas sob essa perspectiva e com certeza
encontraremos farto material, que, longe de se constituir em fator místico, nos indicará um
método de vida que promove maior integração com a vida universal.
Por isso, não nos cansamos de falar, ao longo destas páginas, que o Evangelho do Cristo, com
todo o seu alcance para a vida do homem, é ainda o único tratamento conhecido de eficácia
comprovada para debelar o sofrimento do ser humano, para solucionar seus problemas morais,
que provocam as disfunções orgânicas ou fisiológicas, por impositivo das leis cósmicas,
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conduzindo-nos a estágios cada vez mais avançados de evolução anímica e, por conseguinte, a
alcançar uma saúde mais perfeita, uma atitude mais equilibrada ante nós mesmos e perante a
vida.
Retornando à análise do duplo etérico, vemos, em sua estrutura, a existência de uma delicada
rede de filamentos energéticos, responsáveis pela interação entre os diversos chacras ou
vórtices energéticos, que propiciam a estes a realização de suas funções de aferència ou
eferência, nem sempre absolutas, mas variantes. Tais canais ou filamentos há muito foram
identificados pelos nossos irmãos encarnados na índia e nas demais regiões do Oriente, sendo
denominados por eles como nadis, por onde circulam as energias etéricas e o fluido vitalizante,
que irrigam os órgãos do corpo físico, funcionando, para essas energias mais sutilizadas,
exatamente como as artérias, para o sangue.
Esses canais, por onde circulam as diversas modalidades de energia processadas pelo corpo
etérico, são de natureza hipersensível, sendo por isso diretamente afetados pelo
comportamento humano, mais ou menos como as células nervosas, que lhe são uma
continuação, ou materialização. Esse assunto é pouco pesquisado por meus irmãos espíritas e,
por isso mesmo, pode causar certas reservas quanto ao que falamos, por escapar ao círculo do
conhecimento ortodoxo, mas que não podemos ignorar, por constituir uma realidade a sua
existência. Tais filamentos existentes na constituição etérica humana são muitas vezes
obstruídos ou destruídos, devido ao uso, por parte do homem, de elementos tóxicos e
venenosos, que, como já dissemos, afetam diretamente esse corpo de natureza menos densa, o
duplo etérico. São as bebidas alcoólicas de natureza variada e o tabaco os responsáveis mais
comuns por tais obstruções energéticas, as quais provocam inúmeros distúrbios na circulação
sanguínea e no sistema nervoso, além de disfunções nos chacras. Muitos abusos na área
alimentar também provocam a obstrução desses canais ou filamentos, notadamente na área de
atuação do baço e do pâncreas, e promovem, juntamente com diversos fatores emocionais, o
desequilíbrio nesses órgãos, que passam a ter funcionamento irregular, causando assim
enfermidades que, apesar de catalogadas pela medicina da Terra, são de difícil tratamento.
O duplo etérico assemelha-se à camada de ozônio que reveste o orbe terráqueo, pois, na
verdade, essa camada protetora da Terra tem, por analogia, a mesma função do duplo etérico
no ser humano. Quando é destruída a camada de ozônio do planeta, formam-se "buracos" em
locais onde deveria haver a proteção natural e, assim, certos raios solares penetram pelas
falhas e produzem diversos males nos habitantes imprevidentes do mundo.
Note-se como se assemelham os casos a que nos referimos, pois, assim como o homem destrói
sua tela etérica pelo consumo de material tóxico e corrosivo, o faz igualmente com a camada
etérica planetária, com o uso, em maior escala, dessas mesmas substâncias.
Há que se proceder a uma reeducação dos padrões humanos para se entender o sentido
universalista da ciência espírita, a fim de que o homem compreenda a grandeza em que se
fundamentam os ensinos de tão grande doutrina.
Observamos multidões procurando o serviço de médicos especializados ou de médiuns
receitistas a fim de resolverem muitos de seus problemas de saúde, como se a medicina terrena
ou a espiritual possuíssem fórmulas de eficácia instantânea para a resolução de suas
dificuldades, quando estas residem basicamente em sua própria postura de vida e diante da
vida. Esquecem-se de que o homem não é apenas um agregado de matéria, mas um complexo
de energias, um ser moral, uma individualidade eterna, de natureza sideral, e de que da sua
postura íntima dependem seus estados enfermiços ou saudáveis, assim como sua felicidade ou
infelicidade. O equilíbrio em todos os sentidos, no falar, no agir ou no pensar, é a fórmula única
de manter a harmonia interativa do espírito imortal e dos seus corpos de manifestação no
universo.
Igualmente, podemos afirmar que as questões relativas à ecologia, defendida por muitos na
atualidade, não se resolvem apenas com decretos governamentais ou intervenções políticas; é
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notório que os problemas enfrentados nas coletividades humanas são o reflexo dos problemas
íntimos, e a solução para qualquer deles é uma questão de reeducação e postura interior
perante a própria vida.”
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A AURA
A aura é o espelho da alma, revelando o nosso estado físico, emocional e espiritual, refletindo
determinadas colorações identificadas pelos médiuns videntes.
Também conhecida como psicosfera, é a somatória das vibrações energéticas emanadas pelos corpos
sutis. De constituição etérea, apresenta normalmente uma aparência ovoide que envolve o corpo
humano com um campo energético multicolorido, permitindo através das suas cores e formas a
visualização de diferentes estados emocional, como: alegria, medo, raiva, etc. Na sua leitura, podemos
diagnosticar patologias ainda não detectadas no corpo físico e podemos realizar diversos métodos de
tratamento e de limpeza energética, tais como: cirurgias espirituais, extração de chips e instrumentos de
tortura implantados por entidades do Mal, limpeza dos canais energéticos de larvas astrais, eliminação
de energias cristalizadas, limpeza e remoção de feitiços, quebra de contratos e acordos feitos com as
Trevas.
Uma aura brilhante e saudável é obtida pelos bons pensamentos e atitudes. Por isso devemos ter uma
postura positiva da vida e das pessoas com quem nos relacionamos. Isso, juntamente com uma
alimentação sadia, exercícios físicos simples e prática da meditação, aliados a ações voltadas para a
caridade anônima, nos ajudarão a obter uma melhor qualidade de vida e a nos precaver das energias
negativas que nos chegam diariamente, pelo convívio com outras pessoas e pela própria energia
negativa que envolve o planeta, oriunda dos pensamentos da atual humanidade.
A aura constitui-se também num reflexo natural da consciência espiritual, estampando através de suas
combinações de cores as manifestações de espiritualidade ou as degradantes imagens da perversão do
ser. Durante as vivências do Espírito, espelham-se, nas irradiações da aura, todos os seus vícios ou
virtudes adquiridos ao longo da sua jornada evolutiva, registradas no perispírito.
Através do estudo das energias da aura podemos detectar formas pensamento, criações fluídicas e
clichés mentais, e desenvolver diagnóstico e técnicas que irão contribuir com a medicina do futuro.
VAMPIRISMO
Convivemos com pessoas que emanam pensamentos negativos e precisamos nos cuidar para não fazer
parte desse grupo de vampiros energéticos. Esses seres, consciente ou inconscientemente absorvem a
energia do duplo etérico, afetando as auras alheias sem que suas vítimas o percebam.
Toda energia que toma a aura sadia é de origem cósmica e vem de forma natural, suprindo as nossas
necessidades existenciais. A pessoa saudável alimenta inconscientemente sua aura com boas energias,
mas o vampiro energético não quer ou não sabe recarregar a sua aura, devido à negatividade que emite
e pela incapacidade de vivenciar momentos felizes. Eles possuem uma imperiosa necessidade de se
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alimentar da energia alheia sugando-as avidamente.
O médium vidente consegue ver projetarem-se da aura de um vampiro energético, vários filamentos
que parecidos com tentáculos, que rodeiam e tateiam o campo energético da vítima, em busca de
pontos fracos onde se possam fixar. Ao encontrá-los, crava seus tentáculos na aura do involuntário
doador e começa a drenar os seus fluidos áuricos, havendo por parte do vampiro uma preferência pelas
regiões correspondentes aos chacras coronário, cardíaco e sacro.
A convivência com esses vampiros deveria ser evitada, mas isso não é fácil, pois geralmente eles fazem
parte de um ciclo familiar e social.
Transcrevemos abaixo importante questionamento sobre a aura, constante no livro “Técnica da
Mediunidade”, de Carlos Torres Pastorinho:
Pergunta: “Dizem que azul é a cor da aura das pessoas adiantadas, e vermelho a das atrasadas.
Que têm que ver as cores com a espiritualidade?
Resposta: A razão das cores não é espiritual, mas física; não é religiosa, mas científica.
Deus é A LEI, que vigora em todos os planos: físico, moral, mental e espiritual. Elucidemos estas
afirmativas.
A luz se propaga (assim como o som, a eletricidade, etc.) em ondas, que são projetadas de seu
foco: Se o foco luminoso e o objeto estão parados, as ondas atingem o objetivo sempre na
mesma freqüência.
Mas se o objeto se está distanciando do foco, o raio de luz vai atingindo o objeto sempre
atrasado. E quanto maior a velocidade do distanciamento do objeto, mais atrasadamente vai
ele recebendo cada onda sucessiva:
Se ao contrário o objeto se está aproximando do foco luminoso, a raio de luz vai atingindo esse
objeta cada vez mais adiantado. E quanto maior a velocidade da aproximação do objeto, mais
adiantadamente vai ele recebendo cada onda sucessiva.
Ora, acontece que o atraso sucessivo produz uma vibração cada vez mais baixa, como se a onda
se esticasse constantemente.
E ao contrário, o adiantamento sucessivo produz uma vibração mais alta, como se a onda se
encurtasse constantemente.
Então, no primeiro caso temos um alongamento contínuo da freqüência, e no segundo um
encurtamento constante da freqüência.
Esse fato produz um efeito singular, conhecido em Física como “Efeito de Doppler”: o
alongamento sucessivo de uma freqüência produz uma luz vermelha e o encurtamento
sucessivo de uma freqüência produz uma luz azul.
A cor dos espíritos (azul e vermelho) - Aplicando esses princípios aos corpos espirituais,
verificamos que:
a) se a direção de seu caminhar é um afastamento do Foco de Luz (Deus = Amor), eles
nos aparecerão vermelhos; e tanto mais vermelhos quanto maior for a velocidade de
seu afastamento constante;
b) se a direção de seu caminhar é uma aproximação do Foco de Luz (Deus = Amor), eles
nos aparecerão azuis; e quanto maior for a velocidade de sua aproximação, mais azuis
nos aparecerão eles. Note-se que a cor vermelha ou azul não dependem da colocação
do corpo espiritual na escala evolutiva.
Assim:
a) Pode tratar-se de um corpo espiritual muito adiantado; se caminhar afastando-se do
Foco Luminoso (Deus = Amor), isto é, se se dirigir para o polo oposto (ódio), sua luz será
vermelha;
b) e pode tratar-se de um corpo espiritual bastante atrasado; se caminhar na direção
do Foco de Luz (Deus = Amor), sua luminosidade será azul.
Podemos então fixar:
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1º - A Intensidade da coloração azul ou vermelha dependerá da velocidade da
aproximação ou do afastamento, independente do atraso ou adiantamento próprio na
escala evolutiva.
2º - O brilho (ou opacidade) dessas cores é que nos revelarão a maior ou menor posição
na escala evolutiva: quanto mais estiver nas cercanias do Foco de Luz, mais brilhantes
as cores, e quanto mais nas regiões (vibrações) distantes, mais opacas serão elas.
3º - A tonalidade das cores (claro ou escuro) já dependerá da maior ou menor
densidade específica do corpo espiritual. Quanto mais denso, mais escuro será o
vermelho, ou o azul (azul marinho); quanto menos denso mais claras serão as cores
chegando a um azul claro lucilante, que se aproxima do branco.
Daí, concluímos que em qualquer movimento de ódio, mágoa, ressentimento, egoísmo, ciúme
ou orgulho, a aura toma a tonalidade vermelha, porque está em processo de afastamento da
Vibração Divina, que é o Amor. E também o contrário: qualquer ato de amor, em qualquer
ponto da escala, dá à aura a coloração azul, porque aproxima da Divindade que é Amor.
Logicamente, entretanto, quanto menos espiritualizado o amor, mais escuro o azul; quanto
mais espiritualizado o amor, mais claro o azul, porque o ato, de acordo com sua espiritualidade
maior ou menor, faz tornar-se mais leve ou mais pesada a densidade específica do corpo
espiritual.”
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O CORDÃO DE PRATA
O cordão de prata é a “algema energética” que prende o Espírito na carne. Só se rompe na hora da
desencarnação do corpo físico. Em alguns casos, mesmo após o desligamento do corpo denso, o cordão
ainda retém um pouco da vitalidade do duplo etérico e dos chacras, mantendo assim, o Espírito
agregado energeticamente ao cadáver.
É por isso que espíritos benfeitores dão assistência aos que estão desencarnando, desconectando-os dos
fios energéticos que o prendiam ao corpo denso. O cordão de prata é tão resistente, que em muitos
casos é necessário auxílio do Alto para rompê-lo.
Também é chamado comumente de fio de prata, fio fluídico, cordão astral e cordão fluídico. Este último
é a forma utilizada por Allan Kardec em algumas obras, como no seguinte trecho da Revista Espírita de
1860, pág. 86:
“Ainda encarnado, o Dr. Vignal, tal como ocorreu com o Conde R…, tendo sido evocado por
Kardec em 3 de fevereiro de 1860, explicou que seu Espírito se comunicava com o corpo,
adormecido em Souilly, através do cordão fluídico.”
Na Doutrina Espírita, o cordão de prata representa uma espécie de apêndice energético que concede a
energia vital para o corpo, vitalizando-o.
Cada célula do corpo astral está ligada à célula correspondente do corpo físico, contudo, quando esses
corpos se afastam através do desdobramento, os elementos sutis do corpo astral formam uma espécie
de apêndice, que é designado cordão de prata. Ele liga a região da cabeça física à astral, garantindo uma
firme ligação entre ambos os corpos.
O cordão de prata possui importante função, tanto nos casos de morte do corpo físico quanto nos
processos de desdobramento. No momento da morte física ele é rompido definitivamente, enquanto
que, durante o desdobramento, mantém a conexão do corpo astral com o físico, impedindo a morte
deste e conservando ambos ligados e em comunicação permanente.
Em sua constituição, o cordão de prata apresenta elasticidade, com densidade e diâmetro variáveis.
Quando observamos sua estrutura junto ao corpo humano, visualizamos vários fios tênues cintilantes.
Quando a pessoa está em desdobramento, possui a sensibilidade térmica e apresenta a luminosidade
própria de sua aura, com uma fosforescência natural. A distancia que pode se expandir depende da
quantidade de fluido vital existente no duplo etérico.
Quando o cordão se apresenta como uma corda enrolada, a pessoa pode se sentir sufocada ao entrar
no transe mediúnico e pode achar que é uma influencia externa, de outros espíritos.
Na extremidade junto ao corpo humano tem origem física, embora possamos encontrar indícios de
matéria astral ou ectoplásmica em sua constituição. Sua sede no corpo físico é a glândula pineal e a
medula oblonga ou bulbo raquidiano. No outro extremo, junto ao corpo astral, sua constituição é
astralina, com elementos próprios da vida extrafísica.
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Na extremidade que fica próxima do corpo físico, podemos observar que esse cordão fluídico tem forte
ligação com a epífise e ramifica-se por todo o organismo, com ligações profundas com os chacras e o
sistema nervoso. No extremo do corpo astral ele se liga aos vórtices de energia.
Durante os desdobramentos, o cordão de prata se destaca visualmente, conectando o corpo astral ao
corpo físico. É isso que diferencia no plano astral os encarnados dos desencarnados. Ele costuma se
afrouxar, para permitir a viagem astral, mas só rompe quando é chegada a hora de voltar ao plano
espiritual. Ele sempre atrai o corpo astral de volta para o corpo físico.
O cordão de prata se forma no momento da concepção e passa a maior parte do tempo recolhido na
intimidade das células físicas. Nos processos de desdobramento, expansão da consciência ou transe, ele
ajuda o duplo etérico a manter os processos vegetativos vitais do corpo físico.
Entre as sensações causadas por anormalidades do cordão de prata, listamos:
 Sufocamento.
 Alguém apertando a garganta.
 Quase morte.
 Formigamento, insensibilidade no corpo físico.
 Hipersensibilidade na região da garganta (chacra laríngeo).
 Tonteira durante o transe, desdobramento ou projeção astral.
Embora existam certas semelhanças entre o ectoplasma e o cordão de prata, eles são elementos
totalmente distintos.
Vejamos o que nos fala o Espírito Joseph Gleber, na obra “Além da Matéria”, pela psicografia de Robson
Pinheiro:
“Olhei e vi que o cordão prateado enraizava-se no cérebro físico através da glândula pineal.
Parecia originar--se ainda mais profundamente, misturando-se ou confundindo-se com as
ramificações do sistema nervoso. À medida que o espírito amigo persistia na transferência
magnética, todo o quantum energético era transmitido pelo cordão de prata para mim
(espírito), que estava desdobrado, atuando como observador e aprendiz.
- Toda vez que o espírito está afastado do corpo físico -falou Joseph - o cordão de prata forma
um veículo transmissor de poderosas correntes magnéticas, tanto da dimensão extrafísica para
o corpo físico, quanto do corpo para o psicossoma desdobrado em outras dimensões. O fio
prateado é o transformador e condutor dessas energias revigorantes, sedativas ou calmantes,
que podem ser projetadas até mesmo a longas distâncias para o socorro do sensitivo”.
O cordão de prata é o elemento que possibilita a vida do ser humano na Terra, permitindo o seu pleno
funcionamento.
No desencarne, se desfaz definitivamente, rompendo o laço entre os corpos físico e astral, quando
cessa a transferência de energia vital, possibilitando ao Espírito o retorno à espiritualidade. Nas mortes
violentas, como crimes e acidentes fatais, ele se rompe de forma também drástica,
Ele é citado na Bíblia, inclusive, com o mesmo significado, como nessa passagem em “Eclesiastes”,
capítulo 12:
“Quando você tiver medo de altura, e dos perigos das ruas; quando florir a amendoeira, o
gafanhoto for um peso e o desejo já não se despertar. Então o homem se vai para o seu lar
eterno, e os pranteadores já vagueiam pelas ruas. Sim, lembre-se dele, antes que se rompa o
cordão de prata, ou se quebre a taça de ouro; antes que o cântaro se despedace junto à fonte, a
roda se quebre junto ao poço, o pó volte à terra, de onde veio, e o espírito volte a Deus, que o
deu”.
Podemos também entendê-lo como uma extensão do corpo astral ou perispírito, conforme escreve Allan
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57
Kardec em “O Livro dos Espíritos”:
“O laço ou perispírito, que prende ao corpo o Espírito, é uma espécie de envoltório semi-material.
A morte é a destruição do invólucro mais grosseiro. O Espírito conserva o segundo, que lhe
constitui um corpo etéreo, invisível para nós no estado normal, porém que pode tornar-se
acidentalmente visível e mesmo tangível, como sucede no fenômeno das aparições (…)”.
Em outras obras, Kardec também faz menção ao perispírito e ao corpo fluídico, como em “A Gênese”:
“O Espiritismo experimental estudou as propriedades dos fluidos espirituais e a ação deles sobre
a matéria. Demonstrou a existência do perispírito, suspeitado desde a antiguidade e designado
por Paulo sob o nome de corpo espiritual, isto é, corpo fluídico da alma, depois da destruição do
corpo tangível. Sabe-se hoje que esse invólucro é inseparável da alma, forma um dos elementos
constitutivos do ser humano, é o veículo da transmissão do pensamento e, durante a vida do
corpo, serve de laço entre o Espírito e a matéria. O perispírito representa importantíssimo papel
no organismo e numa multidão de afecções, que se ligam à Fisiologia, assim como à Psicologia
(…)”.
André Luiz, pelas mão de Chico Xavier, no livro “Missionários da Luz” aborda a importância do cordão de
prata durante o sono:
“o cordão de prata é imprescindível à vida carnal, pois assegura a perfeita realização das
funções biológicas vitais durante o período do sono natural, quando então o Espírito se
desprende do corpo físico para interagir no mundo espiritual (…)”.
Durante o sono, ocorre o momento em que o Espírito visita o plano astral, enquanto o corpo físico
recarrega as energias de que precisa. Essa experiência é relatada em “O Livro dos Espíritos”, com a
seguinte pergunta feita por Kardec aos Espíritos:
“Pergunta 40: Durante o sono, a alma repousa como o corpo?
Resposta: Não, o Espírito jamais está inativo. Durante o sono, afrouxam-se os laços que o
prendem ao corpo e, não precisando este então da sua presença, ele se lança pelo espaço e
entra em relação mais direta com os outros Espíritos.”
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O CORPO ASTRAL
O corpo astral, também denominado de psicossoma (André Luiz) e perispírito (Kardec) pode ser
entendido como corpo de desejo, uma vez que reflete nossas verdadeiras aspirações, de acordo com a
lei da vibração. Emanando vibrações a certa distância além do corpo físico, em todas as direções, o
corpo astral colhe sensações, transmitindo-as ao corpo mental, causando-nos sensações de acordo com
a faixa vibratória do ambiente aonde nos encontramos.
O corpo astral possui as mesmas cores do duplo etérico, mas contém também a luz rósea do amor. É o
corpo que utilizamos no plano astral (geralmente o Umbral), refletindo nossos sentimentos e
relacionamentos nesta dimensão. Possui peso específico, massa e densidade média de matéria astral,
composição semifísica da matéria constitutiva da atmosfera terrestre, além de elasticidade e
sensibilidades extremas.
O Dr. Hernani Guimarães Andrade (1913 – 2003) definiu-o como o Modelo Organizador Biológico do
corpo físico, agente intermediário ente o corpo mental e o corpo físico. Seu chacra correspondente é o
umbilical. Observamos na sua anatomia os chacras ou centros de força, possuindo órgãos semelhantes
aos do corpo físico, pelo fato de lhe presidir a formação, além de um cordão de prata, ligado ao corpo
físico e ao duplo etérico. Não se restringe ao espaço do corpo físico, mas o interpenetra e se expande
além dos limites deste.
O Modelo Organizador Biológico, segundo esse cientista, possui, além das matrizes dos órgãos
biológicos, um sistema de vórtices energéticos, responsáveis pela transformação, filtração, distribuição
e canalização das energias cósmicas e eletromagnéticas, oriundas tanto do espaço universal como da
própria intimidade do ser, mais precisamente de sua estrutura psicofísica e espiritual, que mantém sua
natureza eletromagnética inalterada, em meio às transformações da matéria.
Ele é o veículo de manifestação no mundo das formas, pois se situa em dois planos, físico e astral,
conectado ao cordão de prata, quando estamos reencarnados. Da mesma forma, liga-se ao corpo
mental, através do cordão de ouro, O corpo mental é o responsável pela manifestação do intelecto e
dos sentimentos e o corpo astral, pelas emoções, por isso os esoteristas o chamam de corpo emocional.
É a matriz do corpo físico, presidindo-lhe a formação desde o útero materno e acompanhando as
transformações que ocorrem ao longo da reencarnação. Ajuda na formação e funcionamento das
células no organismo físico, através do DNA.
Carrega algumas propriedades que serão impressas nas reencarnações seguintes, tais como: impressão
digital, íris dos olhos, DNA e as chamadas ‘marcas de nascença’, objeto de estudo de grandes cientistas
como Ian Stevenson, Banerjee e o próprio Hernani.
Funciona como a sede do subconsciente, responsável pelo crescimento da consciência no ser, refletindo
as paixões, as emoções, as sensações e os desejos do instinto, gravada nos corpos mais sutis ao longo
das muitas reencarnações.
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É utilizado no mundo espiritual para incorporar espíritos que vêm do plano mental, tal como ocorre nas
nossas incorporações mediúnicas advindas do astral. O corpo astral pode se desdobrar do corpo físico
por anestesia, coma alcoólico, droga, choque emotivo ou desdobramento por técnicas de apometria
assim como o duplo etérico. Assim, as técnicas de desdobramento podem ser feitas:
 Saindo no corpo astral e deixando o duplo etérico a alguns centímetros acima do coro físico.
Neste caso, a distância a percorrer estará condicionada à elasticidade do cordão de prata e o
ser não poderá ultrapassar os limites da nossa estratosfera.
 Saindo no corpo mental e deixando também o astral próximo ao corpo físico. O ser estará
então sob uma forma ovoide e ligada ao corpo astral pelo cordão de ouro, sem limites de
espaço ou mesmo de tempo, podendo ir a outros planetas ou dimensões e avançar ou
regressar no tempo.
Sua forma pode ser modicada tanto pela vontade do próprio Espírito como por seres do Mal, como nos
casos de zoantropia, podendo chegar até a condição de ovoide. Nas reuniões mediúnicas de psicopraxia,
vulgarmente chamada de incorporação, o espírito comunicante transmite emoções, sensações, desejos,
etc., em maior ou menor grau, em função da sua evolução espiritual.
O corpo astral somatiza moléstias e deformações decorrentes de vícios, sexo desregrado, persistência
no mal, pensamentos e ações negativas.
Separado do corpo físico durante o sono, por traumatismos ou fortes comoções, acessa principalmente
os vários níveis do Umbral, desde locais de sofrimento até as colônias espirituais. Após o desencarne, o
corpo astral continua sua jornada, levando consigo toda a bagagem espiritual com suas virtudes e
defeitos, vivenciando suas emoções de forma mais intensa.
Vejamos o que nos fala o Espírito Joseph Gleber, pela psicografia de Robson Pinheiro, no livro “Medicina
da Alma”:
“Desde há milhares de anos, quando a mônada divina inaugurou sua escala no fundo dos
oceanos, rumo à ascese infinita no seio do cosmos, teve início a elaboração dos princípios
eletromagnéticos com os quais são sustentadas as células astrais do corpo espiritual,
desenvolvendo-se nele os órgãos e sistemas, sensibilidades e sutilezas que caracterizam a
organização psicossomática.
A idéia de órgãos funcionando na intimidade do corpo espiritual às vezes assusta muitos dos
irmãos espiritistas, que ainda nos imaginam os espíritos como fantasmas vaporosos e
gaseificados. Na realidade, a existência de toda uma organização íntima no perispírito é um
fato, pois que é ele o organizador das contrapartes físicas, estruturando cada célula, cada órgão
e cada sistema existente no corpo físico de acordo com a matriz original — que é ele mesmo.
Embora os órgãos existentes no interior daquilo que se pode chamar de campo espiritual, suas
funções diferem daquelas desempenhadas pelos seus correspondentes na área biológica,
dependendo da maior ou menor desmaterialização do espírito. Alguns órgãos, de natureza mais
material, encontram-se, muitas vezes, atrofiados pelo desuso que a condição de desencarnado
impõe ao ser, mesmo porque, no ambiente da erraticidade, em que o espírito se encontra,
outras necessidades se fazem presentes, e muitas daquelas de que se servia na Terra
desaparecem, por desnecessárias, à medida que se adapta à forma existencial extrafísica.
Enquanto encarnado, é o perispírito o fator de equilíbrio vital que proporciona a coesão
molecular e a manutenção da forma do mundo físico.
Este corpo é constituído de matéria astral — advinda de elementos imponderáveis da própria
atmosfera — que, por sua vez, já é a transformação do fluido primordial, que meus irmãos
espiritistas denominam fluido cósmico universal ou simplesmente fluido universal.
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A natureza sutil e energética do corpo espiritual ou perispírito, constituído por matéria de
freqüência energética situada além da faixa normal de percepção humana, torna-o
extremamente sensível aos fatores externos e in- ternos, gravando, em sua própria estrutura
astralina, todas as informações produzidas pela experiência do espírito, encarnado ou
desencarnado, atuando sobre o dinamismo de seus centros energéticos. Sendo assim, a vida
moral e emocional de cada ser pode alterar, preservar ou violentar todo o sistema
eletromagnético do corpo espiritual. Vemos, por isso, que as nossas ações, pensamentos e
emoções de- terminarão, segundo sua intensidade e persistência, o grau de saúde espiritual
demonstrado por nosso espírito no plano das inteligências imortais. Por isso é que as várias
enfermidades, ou os estados enfermiços de natureza patológica ou psicológica, guardam
estreita ligação com as atitudes morais desenvolvidas pelo espírito nesta, como em existências
transatas.
As emoções humanas, com seus padrões muitas vezes inexprimíveis de moralidade, têm sua
origem na intimida- de do corpo perispiritual, segundo se expressa o espírito em seu veículo
imortal de manifestação. Todas as funções puramente físicas ou glandulares, que determinam,
de maneira básica, os estados de saúde ou as condições psicológicas enfermas dos indivíduos,
enquanto na carne, trazem suas raízes na atividade das células e dos órgãos do corpo
perispiritual.
A esfera extrafísica ou energética, onde se localiza e movimenta o corpo espiritual, apresenta,
em idêntica expressão à do perispírito, a propriedade de fazer com que os pensamentos e
emoções possuam suas formas, cores, odores e características singulares, os quais chegam até
mesmo a adquirir uma existência temporária e desvencilhada do seu criador, de acordo com a
intensidade da mente geradora ou da vontade, expressa através mesmo do pensamento.
A possibilidade de os nossos pensamentos poderem influir tão profundamente na intimidade do
nosso perispírito, bem como nas atividades morais do ser pensante, descortina uma nova visão
a respeito da problemática da existência humana, com implicações muitíssimo sérias, tanto
para os pesquisadores do campo científico quanto para o homem comum.
A própria existência de uma energia magnética que faz parte da estrutura do corpo astral,
assim como de todo o ambiente astralino ou extrafísico, faz com que o psicossoma atraia para
si tudo aquilo que esteja em harmonia com suas vibrações ou repila tudo aquilo que lhe é
contrário. Por conseguinte, o perispírito determina que as energias salutares ou enfermiças
estejam ligadas diretamente a ele e sejam absorvidas ou agregadas às próprias células,
conforme o posicionamento íntimo do espírito, não importando de que lado da vida se encontre.
Por isso mesmo, as substâncias mentais, os pensamentos, as emoções, os atos e as palavras
deveriam ser vistos não apenas como manifestações da alma humana, mas, sim, e
principalmente, como sendo um produto de estrutura não-física e altamente eletromagnética.
Encontra-se o homem, na Terra, em estágio de vida que o algema às formas de expressão
inferiores, tanto por pensamentos, palavras ou atos, quanto por suas emoções ou sentimentos.
Ignorantes, em sua grande maioria, das leis vigentes na esfera dinâmica do psiquismo, os seres
humanos criam, através dessas mesmas expressões subjetivas ou objetivas, verdadeiros
agregados de energias desequilibradas, que acabam por aderir à delicada tessitura do seu
corpo espiritual e traduzem-se, na esfera objetiva da realidade humana, como traumas,
psicoses ou enfermidades de natureza variada.
Determinados pensamentos ou posicionamentos íntimos desequilibrados atraem para o corpo
espiritual matéria astralina ou mental de igual teor e intensidade, causando disfunções
correspondentes na área física, as quais escapam, na maioria das vezes, ao diagnóstico da
medicina convencional. Enquanto isso, seus agentes-portadores rejeitam a mudança do padrão
energético, pela reformulação de seus hábitos, pensamentos e posicionamentos, e assim
conservam-se longamente à mercê das vibrações mórbidas geradas por si mesmos.
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A mensagem evangélica revivida e ampliada pelo espiritismo cristão é toda uma ciência de
magnetismo espiritual, com consequências profundas para a dinâmica da existência humana.
Essa divina ciência, com suas implicações terapêuticas para o nosso espírito enfermo, aguarda a
vontade e o interesse do espírito de devassar-lhe os sublimes postulados, a fim de operar
eficazmente na própria intimidade do ser e modificar lhe o padrão energético, elevando-lhe a
vibração e harmonizando-lhe com as substâncias sutilíssimas da vida imortal.
A mudança íntima ou reformulação moral, quando adotada pelo indivíduo, exerce seu efeito por
todo o sistema vibracional do psicossoma ou corpo espiritual.
Todo pensamento de natureza elevada ou posicionamento a que o ser, em sua intimidade, dá
continuidade influenciam imediatamente as células do perispírito, transferindo a vibração do
pensamento para a periferia fisiológica.
O pensamento evangelizado ou elevado produz formas-pensamento ou clichês mentais que
influem de maneira direta sobre o metabolismo perispiritual, através de ondas
eletromagnéticas mais sutis e vibrantes, projetando raios de elevado teor, fazendo com que, no
perispírito, se processe uma mudança em sua estrutura interna, que, por sua vez, se reflete nos
estados emocionais ou na contraparte física, com a consequente recuperação da vibração local,
o que se chama normalmente de saúde.
A realidade espiritual em que se situa a existência deste veículo de expressão do espírito, o
psicossoma, encontra- se em dimensão superior à física e lida diretamente com a intimidade de
todas as coisas, o subjetivismo da criação, os modelos originais de todas as formas físicas
perceptíveis.
O tratamento ou a cura de qualquer enfermidade, de natureza psicológica ou fisiológica,
deveria de antemão ater-se a essa realidade do corpo espiritual, ao dinamismo da vida imortal,
para que o homem seja visto em sentido integral.”
Do livro “Técnica da Mediunidade” retiramos o seguinte texto:
“Vidência astral: Ao córtex cerebral, na área visual, chegam os impulsos nervosos, conforme a
ciência médica conclui, baseando-se no fato de que aí terminam os nervos ópticos e na
experiência comprovada de que um trauma nesse local causa cegueira irrecuperável.
Ora, de acordo com a hipótese que formulamos, os impulsos daí se transmitem à substância
branca, passando desta ao corpo astral; só no corpo astral é que os impulsos nervosos se
transformam de novo em imagem, retomando a grandeza real, e isto porque a mente espiritual,
que se projeta muito além do corpo físico, abrange a figura observada e a localiza no espaço
real em que se encontra no plano material.
O corpo astral não possui órgão especializado para receber vibrações visuais; sendo todo ele
constituído de larga faixa de freqüência, que vai em escala ascendente desde a matéria (sistema
nervoso) até o espírito, tem a capacidade de registrar os impulsos das vibrações luminosas em
qualquer parte de sua constituição: basta-lhe sintonizar aquela freqüência.
Transforma, pois, os estímulos nervosos em imagem.
Não é o olho físico que “vê”, prova-o o cadáver, em cuja retina não mais se converte as imagens
em impulsos nervosos. Na pessoa viva, a impressão luminosa causa uma depleção e
restauração do pigmento visual dos fotorreceptores (descoramento e regeneração do pigmento
visual dos fotorreceptores (descoramento e regeneração da rodopsina, que é o pigmento
fotossensível) e isso dura um centésimo de segundo (duração “crítica”). Algo que dure menos,
Corpos Sutis e Chacras - Guia de Estudos - Olivio Cezar
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não será conscientemente visto, a não ser sob fortíssima luminosidade (flash eletrônico).
Quanto menos luminoso o estímulo, mais tempo terá que permanecer para ser percebido.
O fato de os bastonetes serem mais numerosos e compactos nas paredes laterais, sendo
também mais sensíveis, explica por que as vidências dos “espíritos”, quando realizadas através
do globo ocular, sejam mais bem vistas se não as olharmos de frente. Se percebemos,
lateralmente, uma pessoa encarnada, voltamo-nos de frente, encarando-a, para vê-la melhor.
Se ocorrer percebermos um “espírito” com o lado dos olhos, não nos voltemos de frente para
ele: se o fizermos, a “visão” desaparecera, porque, focalizando-a na fóvea, a colocaremos no
feixe de cones que a não perceberão, pois precisam de mais luz. Tanto assim que, em ambiente
escuro, fixamos melhor os objetos ou a pessoa de lado, para que a imagem se forme nas
paredes laterais da retina.
Mas a vidência mais comum dos planos astrais só é sensível à hipófise (formas astrais) ou à
epífise (“espíritos”), não passando pelo globo ocular.
Audiência: Levados pelos nervos ao córtex, na área auditiva (segunda circunvolução do lobo
temporal), os impulsos elétricos são comunicados à substância branca e daí passam ao corpo
astral, novamente se transformando em sons, no espírito.
A prova é que não ouvimos os sons dentro da cabeça, mas FORA, exatamente no lugar de
origem, só repercutindo no cérebro; é que a mente espiritual, sendo adimensional, projeta-se
fora e além do corpo, ouvindo o som no local em que é produzido; tanto que sabe dizer qual a
direção de que provém o som; o ouvido serve apenas de captador e transformador,
repercutindo, no cérebro, o som. O ouvido humano percebe as vibrações de 16 a 20.000 ciclos
por segundo (o cão tem a escala mais extensa: de 15 a 50.000 c/s, e o golfinho mais ainda: de
150 a 150.000 c/s).
As pessoas cuja escala auditiva seja mais extensa que a normal, podem “ouvir” realmente os
sons emitidos por espíritos de plano astral. Como são ouvidas as vozes sem que sejam vistas as
pessoas que falam; e como isso ocorre com espíritos de vibração barôntica, quase sempre os
médiuns audientes, por falta de preparo cultural e, sobretudo espiritual, são classificados de
dementes, alucinados ou loucos, pela medicina oficial. Com efeito, irritam-se com as frases só
ouvidas, respondem falando sozinhos, embrenham-se em discussões intérminas, xingam e são
xingados. E suando dizem que estão “ouvindo vozes” e conversas, os “entendidos” sorriem
compassivos em sua superioridade acadêmica e giram o indicador à altura do temporal... e
asseveram dogmáticos: alucinações auditivas; tratamento: internação hospitalar com
eletrochoques. E por vezes, a cura é obtida, porque não só os espíritos inferiores se afastam
para fugir aos choques, como também a violência do tratamento acaba embotando o ouvido
interno e sacrificando o nervo auditivo.
Ainda do citado livro, retiramos essas importantes observações:
“O corpo astral é o molde, ou a forma, por onde se modela o corpo físico-denso. Poderíamos,
talvez, exprimir mais verdadeiramente o que se passa, dizendo que o corpo astral se condensa
ou se congela no físico-denso. Job utilizou uma expressão (mais de 1.500 anos antes de Cristo!)
que é bem realista: “derramaste-me num jarro como leite, e como queijo me coagulaste,
tecendo-me de ossos e nervos e vestindo-me de carne e pele” (Job, 10: 10-1 1). Referia-se à
materialização do corpo no líquido amniótico no útero materno.
Mas os fatos se passam bem assim. O corpo astral é constituído de células de fluido astral, com
sua vida própria. Essas células de tecido astral acompanham a evolução do espírito nas diversas
e sucessivas existências, evoluindo elas também, porque já pertencem ao reino animal, embora
monocelulares. Mas são como que agregadas permanentemente ao corpo astral de cada
indivíduo, com ele evoluindo enquanto ajudam sua evolução.
Corpos Sutis e Chacras - Guia de Estudos - Olivio Cezar
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Ora, a cada nova encarnação da criatura, quem se “materializa” são exatamente essas células,
cada uma de per si, cada uma dentro das funções que lhe cabem, cada uma cumprindo seus
deveres especializados, tudo bem gravado no DNA, em código cifrado.
Então, o conjunto das células astrais forma o CORPO ASTRAL. Materializadas as células astrais,
temos como resultado palpável em nosso planeta, o CORPO FISICO. Por Isso dizemos que o
corpo físico é a “condensação” do corpo astral.
Ora, obedecendo, como vimos, ao pensamento, a matéria astral toma a forma que a essência
do pensamento subconsciente plasma. Dai ser o corpo físico a manifestação visível do corpo
astral invisível. E este comanda aquele por intermédio do sistema nervoso, que é o
intermediário adrede construído.
Dizem os cientistas que as células do corpo humano se renovam todas (menos as nervosas) de
sete em sete anos, sendo que a vida de algumas é muito mais breve. O que ocorre é que o corpo
físico das células, cada uma de per si, envelhece e morre e a célula torna a reencarnar. A prova
disso é que as cicatrizes superficiais desaparecem, quando não atingem o corpo astral das
células, mas apenas seus corpos físicos, e então elas reencarnam no mesmo lugar. Mas quando
o ferimento atinge seus corpos astrais, expelindo os do lugar, a cicatriz permanece, porque não
vêm outras células para substituir as que voltaram ao acervo do plano astral.
Como vemos, só a parte mais condensada, a menor e mais limitada, a mais rígida e sólida, o
corpo físico-denso, é que tem capacidade para manifestar-se em nosso globo.
Toda a parte mais etérica e espiritual, muito maiores e mais fluídicas, não são percebidas por
nossos sentidos.”
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O CORPO MENTAL
O corpo mental está associado à função intelectiva. Ele se divide em mental inferior ou concreto e
mental superior ou abstrato. Nessa obra, vamos chama-los respectivamente de mental e causal,
respeitando os conceitos esotéricos. A função intelectiva do corpo mental (inferior) é englobar as
percepções que sensibilizam os cinco sentidos comuns ao homem terreno. É o corpo cognitivo, cujo
raciocínio é naturalmente seletivo e impressiona diretamente o sistema nervoso. Está diretamente
relacionado à personalidade encarnada e encontra-se ligado ao chacra laríngeo, o chacra da expressão.
O corpo mental constitui o aspecto mais externo e menos denso de todo o conjunto neuro-psicológico-
energético também denominado aura. Ele começa na periferia do corpo astral, interpenetrando o
astral. Podemos deduzir que o corpo mental emana vibrações do consciente e do subconsciente. Que
são dois aspectos da mente, responsáveis pelo raciocínio lógico e pelos mecanicismos dos centros
psicológicos.
É nesse corpo que a consciência se manifesta no plano mental e não está mais sujeita às ações do
tempo, do espaço e da forma, como no caso do astral e se compõe de um conglomerado de energias
sutis, podendo ser visualizado como nuvens de cores branca, dourada ou azul.
Enquanto o astral é conceituado como um corpo de desejos e emoções, o mental é um corpo de
sentimentos elevados, aumentando seu formato ovalado ao longo das reencarnações, acompanhando o
processo evolutivo do Espírito e a energia que emana não pode ser observada no plano físico.
O corpo mental, repetimos, tem o formato ovalado e está conectado ao corpo astral por um conduto
energético sutil chamando de cordão de ouro, analogamente ao cordão de prata que une o corpo astral
ao corpo físico.
Seu desdobramento acontece quando ele se projeta para fora da paracabeça extrafísica do corpo astral,
podendo se projetar para fora deste, deixando-o alguns centímetros acima do corpo físico ou mesmo
em algum subplano intermediário do plano astral.
Funciona como o primeiro acervo de dados que a mente física precisa para obter informações,
impressionando o nosso sistema nervoso, relacionando-se com o ego inferior ou personalidade
encarnada.
Em estado de desequilíbrio, traz diversas dificuldades do comportamento humano, como o comodismo,
a busca descontrolada de prazeres mundanos, os vícios e outros defeitos, variando suas cores conforme
o estado mental que o ser apresenta.
Não tem órgãos internos semelhantes ao corpo físico, como o corpo astral, atuando como organizador e
gestor dos corpos inferiores.
O corpo mental se manifesta pela telepatia, sem articulação que se assemelhe a palavras, transmitindo
Corpos Sutis e Chacras - Guia de Estudos - Olivio Cezar
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imagens mentais, formas-pensamento, intermediando informações de um plano ao outro e ordenando
os sentimentos.
Tem uma natureza vibracional magnética muito superior à do corpo astral, que varia conforme o
pensamento emitido, impulsionando os átomos mentais (matéria psi) para freqüências cada vez mais
altas, formando um ultracampo mental, portador de radiações benéficas, construtivas, de cor, forma e
cheiro específicos, chegando ao corpo búdico (Registro Akáshico), onde estão arquivados todos os
acontecimentos e memórias, impressos no éter cósmico.
Esse corpo aparece geralmente como luz amarela brilhante que se irradia nas proximidades da cabeça,
dos ombros e se estende dando volta em todo corpo.
André Luiz, pela psicografia de Chico Xavier, faz uma referência expressa ao corpo mental no livro
“Evolução em Dois Mundos” (1959), afirmando que o perispírito ou corpo espiritual "retrata em si o
corpo mental que lhe preside a formação". Esclarece que, na falta de terminologia adequada, ficava
impossibilitado de defini-lo com maior amplitude de conceituação, além da que tem sido utilizada pelos
pesquisadores espiritualistas.
Já no livro “Medicina da Alma”, o espírito Joseph Gleber explica que - o corpo mental:
“É o corpo ou veículo superior de que se reveste a individualidade eterna e onde se processa o
raciocínio puro, elaborador, e de onde procede igualmente a formação dos outros corpos
inferiores, através dos quais se manifesta o espírito no mundo das formas.
Sua estrutura íntima é de natureza vibrátil muito superior à do perispírito, embora suas energias
sejam de características magnéticas, variando sua frequência vibracional de acordo com a
natureza do pensamento”.
Deduzimos que o corpo mental é o revestimento sutil do Espírito que, pela mentalização, realiza a
modelação do corpo que será utilizado nos diferentes planos sutis.
Podemos entendê-lo como a auréola com que pintores medievais representavam nas gravuras dos anjos
e santos.
No livro “Nosso Lar”, podemos verificar que André Luiz visita sua mãe, que se encontrava em uma
dimensão vibratória mais elevada (Plano Mental). Ele adormece e se desprende do perispírito, ficando
apenas no corpo mental e vai à dimensão em que ela se encontrava. Seu perispírito, denso e grosseiro,
não poderia acessar o plano de existência habitado por sua mãe.
Analogamente, quando dormimos, nosso Espírito se desprende do corpo físico e, em razão do
perispírito possuir composição bem mais sutil que o corpo físico, é possível visitar dimensões mais sutis.
Lembrando, contudo, que os lugares visitados serão limitados ao nosso grau de evolução.
O Espírito Dr. Inácio Ferreira, em muitas de suas obras psicografadas pelo médium Carlos A. Baccelli
narra que, em suas raras incursões no plano mental, teve que colocar um traje similar ao de um
astronauta e assim mesmo, o tempo de permanência naquele plano era muito restrito.
Ainda das obras de André Luiz podemos tirar as seguintes conclusões:
“Claro está que é ele santuário vivo em que a consciência imortal prossegue em manifestação
incessante, além do sepulcro, formação sutil, urdida em recursos dinâmicos, extremamente
porosa e plástica, em cuja tessitura das células, noutra faixa vibratória, à face do sistema de
permuta visceralmente renovado, se distribuem mais ou menos à feição das partículas colóides,
com a respectiva carga elétrica, comportando-se no espaço segundo a sua condição específica e
apresentando estados morfológicos conforme o campo mental a que se ajusta”
“Evolução em Dois Mundos”.
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O corpo mental é a individualização do ser vivente e dá origem à formação do perispírito, que é um
corpo espiritual mais denso, que assim como o corpo físico, também é perecível, naquilo que
comumente chamamos de segunda morte.
Encontramos essa afirmativa em “Evolução em Dois Mundos”:
“Esse corpo (perispírito) que evolve e se aprimora nas experiências de ação e reação, no plano
terrestre e nas regiões espirituais que lhe são fronteiriças, é suscetível de sofrer alterações
múltiplas, com alicerces na adinamia (falta de forças) proveniente da nossa queda mental no
remorso, ou na hiperdinamia imposta pelos delírios da imaginação (…), e pode também
desgastar-se, na esfera imediata à esfera física, para nela se refazer, pelo renascimento,
segundo o molde mental preexistente, ou ainda restringir-se a fim de se reconstituir de novo, no
vaso uterino, para a recapitulação dos ensinamentos e experiências de que se mostre
necessitado, de acordo com as falhas da consciência perante a Lei”.
Deste trecho podemos concluir que:
 O perispírito é formado por uma matéria vibracional mais plástica, suscetível à influência direta
da mente e pode sofrer diversas alterações, adotando a aparência de vidas pregressas, tornar-
se mais jovem ou mesmo somatizar deformações.
 Pode sofrer um grande desgaste que o levará a uma segunda morte, sendo necessária a
construção de um novo perispírito.
Em síntese, podemos concluir que o corpo mental:
 É um envoltório mais sutil que reveste o Espírito;
 É a origem dos demais corpos de composição inferior.
A PROJEÇÃO MENTAL
A projeção mental é o desdobramento mais elevado da consciência, sendo necessário se projetar
primeiro no astral acalmando completamente os processos emocionais e se abstraindo dos sentidos,
para depois acessar o plano mental,
Assim como no astral há o cordão de prata, no mental existe o cordão de ouro, que liga o corpo mental
ao astral e impede uma separação definitiva antes da hora certa.
Nesse corpo, não portamos geralmente a forma humanoide e sim, a ovoide e nos sentimos numa fusão
com o divino, absorvendo profundas emoções de um amor mais elevado.
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O CORPO CAUSAL
É o corpo onde se manifesta a inteligência e a memória, sede da consciência ativa, manifestada. Possui
uma memória criativa elaborada pelas ideias abstratas, sintetizando-as contínuamente. Em sua forma
ovalada, apresenta a cor rosácea com nove pétalas.
Ligado aos objetivos superiores propicia o aprimoramento do ser. Apegado aos pensamentos inferiores,
desperta os instintos de poder e domínio atrasando nossa evolução.
O corpo causal é a causa responsável pela vontade e imaginação do ser e pela criatividade, pois em sua
intimidade são elaboradas as intuições para o progresso científico da humanidade. Está ligado ao chacra
frontal e é a sede das virtudes e dos defeitos.
É chamado de superconsciente pela psicologia, sendo a fonte dos mais sublimes desejos, pensamentos e
inspirações nobres e elevadas, representando a intuição pura. É o corpo que percebe as emanações dos
cinco sentidos, interpretando o mundo através do peso, cheiro, cor, tamanho, gosto, som, etc.
É o primeiro grande banco de dados onde a mente física busca as informações que precisa, com um
raciocínio seletivo, registrando as memórias da vida presente ou última reencarnação.
Com a força da nossa mente podemos emanar vibrações do bem ou do mal, formando um campo
protetor para quem vibra no amor ou destruidor para quem vibra no ódio.
Ele interpenetra o corpo mental e os demais corpos inferiores, imprimindo vibrações mais refinados e
sutis dentro do próprio ser. Temos pouca percepção deste corpo no estágio evolutivo em que nos
encontramos.
A energia que ele emite transforma-se em pensamento, tornando-nos conscientes de nossa natureza
intima, nos convidando a sair dos antigos clichês de natureza inferior.
Os corpos inferiores (físico, etérico e astral) ficam amortecidos a cada encarnação, por esse motivo não
nos lembramos de vidas anteriores, pois os cérebros dos corpos físico e astral não estão mais lá e com a
nova reencarnação formamos novos órgãos. Mas o corpo causal não morre e nosso ser integral continua
igual ao que já existia nas encarnações anteriores.
É chamado de corpo causal precisamente porque neste plano existem as causas de tudo o que somos e
do que seremos. Todas as experiências do Eu inferior são assimiladas pelo Eu superior, onde são
processadas.
Após a morte e algum tempo de estágio em outros planos sutis, nos preparamos para uma nova
encarnação, sentindo o que faltou para nossa evolução e decidimos então em qual corpo, família, nação
ou planeta iremos reencarnar.
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Segundo a tradição do Yoga, cada corpo está associado a um ou mais koshas, camadas de consciência
que velam o Atman, o verdadeiro Eu. A cada camada descoberta, o iogue se aproxima da unidade com o
Universo. O corpo causal contém a anandamaya kosha (bem-aventurança), que é onde o iogue atinge a
calma, a paz e a alegria em níveis mais elevados.
Segundo Arthur E. Powell (Teosofia) ao contrário dos corpos etérico, astral e mental, o corpo causal
permanece sempre o mesmo ao longo da evolução do ser humano, passando intacto de encarnação em
encarnação.
Para Alice Bailey, outra teosofista, o corpo causal é a “luz interior chamada Alma”.
A partir deste corpo, o ser começa seu caminho individual para perceber Deus na profundidade de si
próprio.
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O CORDÃO DE OURO
Fio que faz a ligação entre o corpo astral e o corpo mental, responsável pelas transferências energéticas
de nível superior. Diferentemente do cordão de prata, não se desfaz ou se rompe após a morte do corpo
físico, sobrevivendo aos choques e entre-choques biológicos de desencarnação e reencarnação ao longo
dos milênios.
O cordão de ouro é o responsável pelo fluxo de informações e mentalizações realizadas do corpo mental
em direção ao corpo astral, inferior em vibração. Sua sede está no corpo mental e, diferentemente do
corpo astral, não tem forma tangível. Exerce função importante na conexão entre o mental e o astral, ao
longo das múltiplas reencarnações..
Tem uma atuação física e extrafísica, por participar da parafisiologia do corpo astral e da fisiologia do
corpo físico. O elemento mental deste cordão possui dupla atuação extrafísica, representando uma
conexão mente-perispírito e servindo como ligação entre o plano dos sentimentos e das emoções. Sua
atuação não pode ser observada pelos sensitivos e médiuns videntes.
O cordão de ouro não parece funcionar como um cordão, e sim como uma conexão energética,
semelhante a um controle remoto saindo do paracérebro do psicossoma e retendo pelo magnetismo, o
corpo mental.
Apresentamos abaixo, algumas diferenças entre o cordão de prata e o cordão de ouro:
Cordão de prata Cordão de ouro
O cordão de prata abrange em suas raízes toda a
forma humana do homem, dos pés a cabeça.
Supõe-se que o cordão de ouro faça a ligação
apenas da consciência, desde a cabeça extrafísica
do psicossoma até o mentalsoma, de uma
dimensão para outra.
O cordão de prata é mais material, tendo uma das
inserções diretamente no corpo humano.
Supõe-se que o cordão de ouro tenha uma das
inserções diretamente no mentalsoma, em uma
condição duplamente extrafísica, difícil de ser
avaliada, porque deixando a dimensão intrafísica,
passa pela dimensão extrafísica propriamente
dita, e atinge a dimensão mentalsomática pura.
O cordão de prata apresenta forma, volume, peso
e processos de atuação até motrizes e táteis bem
definidos.
Supõe-se que o cordão de ouro seja apenas um
elemento energético sob o comando remoto do
mentalsoma.
O cordão de prata é uma ligação própria, mais
dependente do psicossoma do que do corpo
humano, porque desaparece com aquele em duas
etapas, na primeira e na segunda dessomas.
Supõe-se que o cordão de ouro seja um elemento
próprio, mais dependente do mentalsoma do que
do psicossoma, porque desaparece com aquele
quando a consciência alcança a condição de
Consciência Livre (CL).
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O cordão de prata constitui, sem dúvida, apêndice
do corpo humano.
Supõe-se que o cordão de ouro constitua, de fato,
apêndice do mentalsoma.
O cordão de prata veicula sensações, em primeiro
lugar, para a consciência no psicossoma, ou
paracorpo das emoções.
Supõe-se que o cordão de ouro veicule os
pensamentos da consciência no mentalsoma.
O cordão de prata é renovável, ou seja,
substituído a cada nova ressoma, surgindo e
desaparecendo miríades de cordões de prata para
cada consciência, iguais ao holochacra.
Supõe-se que o cordão de ouro permaneça único
durante toda a evolução do ego, até a consciência
alcançar a condição de Consciência Livre quando,
então, desaparece ou é descartado junto com o
psicossoma.
O cordão de prata recebe influência considerável
da esfera extrafísica de energia, incluindo aí a
gravitação e as experiências através da passagem
do tempo.
Isso não parece ocorrer com o cordão de ouro.
O cordão de prata aumenta e diminui ou se
contrai e se estende, crescendo com o psicossoma
apenas em uma vida humana, e depois de
atingida a forma adulta, também não cresce mais.
Supõe-se que cordão de ouro siga com o
mentalsoma, crescendo de algum modo com este,
que se amplia com a evolução, embora não tendo
forma definida como interpretamos na dimensão
intrafísica.
Para a consciência, o cordão de prata é o guardião
da dimensão extrafísica, quando a mesma está no
estado da vigília física ordinária.
O cordão de ouro é o guardião da dimensão
mentalsomática quando a consciência está, seja
no estado da vigília física ordinária ou mesmo na
dimensão extrafísica propriamente dita.
Fonte: “Projeciologia: Panorama das experiências da consciência fora do corpo humano” – Waldo Vieira.
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O CORPO BÚDICO
O corpo búdico ou budhi, contem o nível divino do amor, da sabedoria e da iluminação, direcionando o
ser a se conectar com a mente divina, a unidade essencial de nossas vidas. De um modo geral é pouco
conhecido. Seu nome é em homenagem a Sidarta Gautama, que foi um Buda, ou seja, um iluminado.
É uma experiência muito rara, que só pode ser obtida por seres que se encontram num elevado nível de
consciência. Sua luz, uma vez atingida pela consciência, torna a criatura um manancial de compaixão
ilimitada, a autêntica sabedoria do coração.
Possui três estágios de manifestação: Moral, Intuitivo e Consciencial:
 Moral - Discernimento do Bem e do Mal sob o ponto de vista individual e tem a forma de um
sol em chamas impulsionando o Espírito para a obediência das leis que regem o plano em que
está reencarnado.
 Intuitivo – Desperta o gênio científico, literário e artístico. Possui a forma de ponta de lança
triangular irradiando chamas ramificadas, animada de movimento rotatório lento, como uma
antena que capta e registra as informações do universo.
 Consciencial - Na forma de um pequeno sol muito brilhante, emite radiações retilíneas que são
o centro da individualidade maior e está ligado à centelha divina.
Nele estão registradas todas as reencarnações do Espírito, patrimônio adquirido e dele partem as
vibrações de harmonia ou desarmonia, as experiências positivas e negativas.
Tudo o que é inferior tende ao movimento descendente e o corpo físico é o grande fio terra do ser em
evolução. Nos trabalhos de limpeza dos cordões energéticos que ligam os corpos, observamos ao
desbloquear esses cordões, intensa e luminosa torrente de luz multicor fluir para os corpos inferiores.
Os corpos búdico e átmico formam maravilhoso e indescritível conjunto de cristal e de luz girando e
flutuando no espaço.
Arthur E. Powell (Teosofia) faz uma comparação interessante entre o corpo causal e o búdico:
“Como o elemento predominante no corpo causal é o conhecimento e a sabedoria definitiva,
assim o elemento predominante na consciência do corpo búdico é a beatitude e o amor. A
serenidade da sabedoria caracteriza o primeiro, ao passo que a mais terna compaixão emana
incessantemente do outro.”
“Não será preciso dizer que toda a descrição da consciência búdica é, necessária e
essencialmente, defeituosa. É impossível, em palavras físicas, dar mais do que um mero indício
do que é a consciência superior, porque o cérebro físico é incapaz de apreender a realidade.”
O búdico é o plano do sentimento do Eu, um nível de consciência elevadíssimo, que exige iniciação para
ser atingido. Sua luz transforma o ser num manancial de compaixão ilimitada e de autêntica sabedoria
que vem do coração. Ele representa o Cristo em nós, ao despertar uma iniciação superior.
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O CORPO ÁTMICO
Podemos conceituar este veículo como uma centelha divina, a mônada, uma porção de Deus que reside
dentro de cada ser.
A finalidade da reencarnação é permitir que essa centelha divina percorra as experiências na matéria na
direção infinita do Criador.
O corpo átmico é o princípio fundamental, um verdadeiro sol composto de luzes policrômicas.
Inexplicável, indescritível, imanente, transcendente e eterno. É o “Eu Cósmico”. a mônada ou semente
pulsante de vida. É o Espírito puro, a causa criada e imortal, que é ao mesmo tempo ator e ato, o
espectador e o produtor do grande drama evolutivo.
Segundo a Doutrina Espírita, o Espírito - termo que Kardec grafava sempre em maiúsculo provavelmente
equivale ao corpo átmico, uma vez que se trata da centelha divina ou essência primordial do ser.
"Há no homem três coisas:
1º, o corpo ou ser material análogo aos animais e animado pelo mesmo princípio vital;
2º, a alma ou ser imaterial, Espírito encarna- do no corpo;
3º, o laço que prende a alma ao corpo, princípio intermediário entre a matéria e o Espírito.
O homem possui, como propriedade sua, a alma ou Espírito, centelha divina que lhe confere o
senso moral e um alcance intelectual de que carecem os animais e que é nele o ser principal,
que preexiste e sobrevive ao corpo, conservando sua individualidade"
“O Livro dos Espíritos” – Allan Kardec.
Nas primeiras manifestações na matéria, a mônada aprende através das experiências, a despertar os
primeiros rudimentos do pensamento, a partir dos impulsos inconscientes, que se assemelham a
relâmpagos, ensaiando sua ligação com o mundo das formas, com os fluidos e a Natureza.
Passam-se os então bilhões de anos para que o princípio espiritual possa aprender, no trabalho
incessante de contato com o mundo material, elaborando as sensações que o enriquecem para a nova
etapa evolutiva. O instinto é desenvolvido, aumentando também o fluxo de pensamento, embora de
forma descontínua, como rudimentos de uma vida mental organizada. No homem, entretanto, o
pensamento assume uma função mais complexa e contínua, mesmo que alguns hiatos possam, de vez
em quando, se perceber em sua vida mental.
Dessa forma, no ser humano cuja mente está mais ou menos organizada, o pensamento surge como
vibração da mente. De natureza ainda material, o pensamento ou fluido mental está estruturado na
quintessência da matéria, com elementos sutilíssimos elaborados no laboratório íntimo do ser, em seu
corpo mental.
Imensamente superior ao fenômeno da luz, o pensamento propaga-se através de ondas, e,
considerando-se a vida mental do Espírito encarnado, na elaboração do pensamento entram em ação
inúmeros fenômenos fisiológicos ainda incompreensíveis para nós.
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As ondas mentais e formas-pensamento são o resultado do ato de pensar. Tais formas-pensamento
resultam de uma fixação da matéria mental na atmosfera psíquica. Essa substância mental de ordem
superior, da qual é formada essa atmosfera ou psicosfera, impregna todo o Universo e compõe
igualmente o campo magnético que circunda tanto os espíritos encarnados como os desencarnados.
Não temos como descrever o que designamos por Espírito, pois não existem palavras para isso.
O Absoluto, o Universal, manifesta-se em cada um dos seres individualizados, por menores que sejam;
mas exatamente por ser Absoluto, e, assim, escapar a todo entendimento humano, transcende a tudo
que tem existência.
A esse onipresente Absoluto, manifestado e manifestando cada ser, chamamos de Atman ou Espírito,
que constitui a essência divina em cada ser.
O termo mônada foi utilizado por André Luiz no livro “Evolução em Dois Mundos”, psicografada pelos
médiuns Waldo Vieira e Francisco Cândido Xavier, como podemos observar abaixo:
“Sob a orientação das Inteligências Superiores, congregam-se os átomos em colmeias imensas
e, sob a pressão, espiritualmente dirigida, de ondas eletromagnéticas, são controladamente
reduzidas as áreas espaciais intra-atômicas, sem perda de movimento, para que se
transformem na massa nuclear adensada, de que se esculpem os planetas, em cujo seio
as mônadas celestes encontrarão adequado berço ao desenvolvimento.”
“Evolução em Dois Mundos“- cap. 1 – Fluido Cósmico.
“A matéria elementar, de que o elétron é um dos corpúsculos-base, na faixa de experiência
evolutiva sob nossa análise, acumulada sobre si mesma, ao sopro criador da Eterna Inteligência,
dera nascimento à província terrestre, no Estado Solar a que pertencemos, cujos fenômenos de
formação original não conseguimos por agora abordar em sua mais íntima estrutura. A imensa
fornalha atômica estava habilitada a receber as sementes da vida e, sob o impulso dos Gênios
Construtores, que operavam no orbe nascituro, vemos o seio da Terra recoberto de mares
mornos, invadido por gigantesca massa viscosa a espraiar-se no colo da paisagem primitiva.
Dessa geleia cósmica verte o princípio inteligente, em suas primeiras manifestações...
Trabalhadas, no transcurso de milênios, pelos operários espirituais que lhes magnetizam os
valores, permutando-os entre si, sob a ação do calor interno e do frio exterior,
as mônadas celestes exprimem-se no mundo através da rede filamentosa do protoplasma de
que se lhes derivaria a existência organizada no Globo constituído.”
“Evolução em Dois Mundos“ - cap. 3 - Evolução e corpo espiritual.
“Nascimento do reino vegetal - Aparecem os vírus e, com eles, surge o campo primacial da
existência, formado por nucleoproteínas e globulinas, oferecendo clima adequado
aos princípios inteligentes ou mônadas fundamentais, que se destacam da substância viva, por
centros microscópicos de força positiva, estimulando a divisão cariocinética. Evidenciam-se,
desde então, as bactérias rudimentares, cujas espécies se perderam nos alicerces profundos da
evolução, lavrando os minerais na construção do solo, dividindo-se por raças e grupos
numerosos, plasmando, pela reprodução assexuada, as células primevas, que se
responsabilizariam pelas eclosões do reino vegetal em seu início.”
“Evolução em Dois Mundos“ - cap. 3 - Evolução e corpo espiritual.
“Formação das algas - Sustentado pelos recursos da vida que na bactéria e na célula se
constituem do líquido protoplásmico, o princípio inteligente nutre-se agora na clorofila, que
revela um átomo de magnésio em cada molécula, precedendo a constituição do sangue de que
se alimentará no reino animal. O tempo age sem pressa, em vagarosa movimentação no berço
da Humanidade, e aparecem as algas nadadoras, quase invisíveis, com as suas caudas
flexuosas, circulando no corpo das águas, vestidas em membranas celulósicas, e mantendo-se
à custa de resíduos minerais, dotadas de extrema motilidade e sensibilidade, como formas
monocelulares em que a mônada já evoluída se ergue a estágio superior.”
Corpos Sutis e Chacras - Guia de Estudos - Olivio Cezar
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“Evolução em Dois Mundos“ - cap. 3 - Evolução e corpo espiritual.
“Dos artrópodos aos dromatérios e anfitérios - Mais tarde, assinalamos o ingresso
da mônada, a que nos referimos, nos domínios dos artrópodos, de exoesqueleto quitinoso,
cujo sangue diferenciado acusa um átomo de cobre em sua estrutura molecular, para, em
seguida, surpreendê-la, guindada à condição de crisálida da consciência, no reino dos animais
superiores, em cujo sangue – condensação das forças que alimentam o veículo da inteligência
no império da alma – detém a hemoglobina por pigmento básico, demonstrando o parentesco
inalienável das individuações do Espírito, nas mutações da forma que atende ao progresso
incessante da Criação Divina.”
“Evolução em Dois Mundos“ - cap. 3 - Evolução e corpo espiritual.
“Faixas inaugurais da razão - Estagiando nos marsupiais e cretáceos do eoceno médio, nos
rinocerotídeos, cervídeos, antilopídeos, equídeos, canídeos, proboscídeos e antropoides
inferiores do mioceno e exteriorizando-se nos mamíferos mais nobres do plioceno, incorpora
aquisições de importância entre os megatérios e mamutes, precursores da fauna atual da
Terra, e, alcançando os pitecantropoides da era quaternária, que antecederam as
embrionárias civilizações paleolíticas, a mônada vertida do Plano Espiritual sobre o Plano
Físico atravessou os mais rudes crivos da adaptação e seleção, assimilando os valores
múltiplos da organização, da reprodução, da memória, do instinto, da sensibilidade, da
percepção e da preservação própria, penetrando, assim, pelas vias da inteligência mais
completa e laboriosamente adquirida, nas faixas inaugurais da razão.”
“Evolução em Dois Mundos“ - cap. 3 - Evolução e corpo espiritual.
“Na intimidade dos corpúsculos simples que evoluiriam para a feição de máquinas
microscópicas, formadas de protoplasma e paraplasma, fixam-se, vagarosamente, sob
influenciação magnética, os fragmentos de cromatina, organizando-se os cromossomos em
que seriam condensadas as fórmulas vitais da reprodução. Processos múltiplos de divisão
passam a ser experimentados. A divisão direta ou amitose é largamente usada para, em
seguida, surgir a mitose ou divisão indireta, em que as alterações naturais da mônada
celeste se refletem no núcleo, prenunciando sempre maiores transformações.”
“Evolução em Dois Mundos“ - cap. 7 - Evolução e hereditariedade.
Finalizamos com a conhecida frase de Léon Denis, do livro “O problema do ser, do destino e da dor”:
“Na planta, a inteligência dormita; no animal, sonha; só no homem acorda, conhece-se,
possui-se e torna-se consciente; a partir daí, o progresso, de alguma sorte fatal nas formas
inferiores da Natureza, só se pode realizar pelo acordo da vontade humana com as leis
eternas.”
Corpos Sutis e Chacras - Guia de Estudos - Olivio Cezar
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OS CHACRAS
Desde eras muito remotas, quando o principio inteligente estagiava nos reinos elementares da
Natureza, elaboraram-se os vórtices energéticos, com vistas ao aprimoramento, que continua seu
processo evolutivo no presente estágio e que passará para formas mais expressivas na infinita ascensão
espiritual, quando o espirito revestir a forma angélica e transformar esses centros irradiantes em focos
de luz imortal.
Chacras são centros de troca de energia vital. Os principais canais sutis se cruzam formando
importantes centros de energia de controle, selos nomeados, rodas ou chacras. Há chacras primários e
secundários.
Os chacras principais estão localizados ao longo do sushumna (canal pelo qual flui a energia sutil ao
longo da coluna vertebral). Eles têm a forma de cones duplos, na forma de um fio flexível e vivo. O
ponto de junção dos dois cones é colocado no canal central, as aberturas se alargam para fora, para
frente e para trás. Esses chacras são vitais e estão em constante troca com o canal do sushumna e,
através dele, com cada um dos outros canais.
Agem como antenas e centros de comunicação com os órgãos do corpo, nos colocando em contato com
a matriz energética da terra e com o plano espiritual.
O estado de energia dos chacras varia dependendo do estado emocional e espiritual da pessoa.
A relação entre a estrutura fisiológica, os corpos sutis e os chacras é realizado pelas glândulas
endócrinas. Cada grande chacra está em sinergia e atua como um intermediário na respectiva glândula
endócrina.
As glândulas endócrinas descarregam hormônios no sangue, influenciando as emoções e o nosso estado
psicológico. O bom funcionamento dos chacras é fundamental para o nosso bem-estar, enquanto que o
desequilíbrio mental piora os chacras.
Existe uma forte relação entre o chacra coronário e a glândula pituitária. A associação entre a glândula
pineal e a consciência (terceiro olho) é alterada com a abertura espiritual da consciência.
Em sentido horário os chacras recebem energia, em sentido anti-horário doam. Isso ocorre de forma
automática, pois quando queremos doar energia a rotação instantaneamente passa para anti-horário e
quando a recebemos, o giro será no sentido horário.
O tamanho desta rotação varia de acordo com o biotipo, os exercícios energéticos e o nível de
consciência de cada um. Quanto maior o nível de consciência mais rápido será o giro.
Esse sistema energético se assemelha muito ao nosso sistema circulatório.
O objetivo principal dos chacras é manter o equilíbrio psicofísico e permitir a comunicação entre as
dimensões mais sutis. Podemos sentir sua temperatura, movimento, cheiro e visualizar sua cor.
Corpos Sutis e Chacras - Guia de Estudos - Olivio Cezar
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Os chacras não pertencem ao nosso corpo físico, mas sim ao corpo etérico e vibram numa dimensão
mais sutil. Contudo, são indispensáveis para o bom funcionamento do corpo físico, pois sem chacras não
há vida.
Na sua escalada evolutiva, a centelha divina encontra as energias específicas para sua manifestação na
matéria. Tais energias são denominadas tattwas (emanação da consciência divina). Os tattwas são em
número de cinco e representam os cinco elementos: o éter, o ar, o fogo, a água e a terra. A alma realiza
a coesão dos tattwas por meio dos chacras.
A captação das energias alimentadoras dos chacras é efetivada pela rede de finos canais de matéria
energética sutil chamada pelos iogues de nadis que dão ao duplo etérico a aparência de uma grade
colorida. Segundo os ensinamentos iogues, existem 72 mil nadis ou canais etéreos na anatomia sutil dos
seres humanos. Os nadis são, portanto, os condutos da força vital de terapia vibratória. Dentre os 14
nadis maiores, três são de alcance fundamental: Sushumna, Pingala e Ida, sendo que todos os nadis
estão subordinados ao canal central, Sushumna, do chacra básico para o chacra coronário. Esse canal
central atravessa a coluna vertebral onde circula o líquido cérebro espinhal.
No ensinamento oriental, os nadis do corpo físico são as veias, as artérias e nervos.
Temos três tipos de energias que correm pelos chacras e que os fazem girar: éter cósmico (energia
espiritual), fluido vital (prana) e éter físico (kundalini).Esses três tipos de energias não se misturam, pois
têm freqüências diferentes. A principal entrada do éter cósmico é pelo chacra coronário, depois pelo
frontal e laríngeo. O fluido vital entra no corpo principalmente pelo chacra esplênico e, depois, pelo
gástrico, enquanto que o chacra genésico é a principal entrada do éter físico. Cada uma dessas energias
pode ser absorvida pelos outros chacras caso suas entradas principais estejam bloqueadas.
Há uma forte relação entre os chacras do corpo espiritual e os correspondentes do duplo etérico. Existe
um filtro interpenetrando-os, que impede a abertura precoce da comunicação entre os planos espiritual
e físico. Sem este filtro, todas as memórias de existências anteriores arquivadas no corpo búdico
poderiam chegar à consciência física, ocasionando grandes danos ao cérebro. Uma entidade espiritual
poderia introduzir forças para as quais o médium não estaria preparado para enfrentar levando-o à
obsessão ou mesmo possessão. Por isso, esse filtro atômico atua como uma defesa eficaz contra essas
entidades.
Caso esse filtro seja lesionado ou rompido, pelo uso de drogas, bebidas e fumo, provocará uma espécie
de explosão no corpo astral, causando enorme desequilíbrio, raiva ou violência. A destruição do filtro
pode ocorrer, quando o afluxo da matéria que se volatiza literalmente queima a tela e suprime a
barreira natural. Quando essa volatização se produz, os elementos em questão se precipitam através
dos chacras em direção contrária à que deveriam tomar. A força aplicada para seguir esse caminho se
rompe e destrói esse delicado filtro. Outra maneira pela qual ocorre essa destruição é quando os
elementos voláteis endurecem o átomo, bloqueando e paralisando suas pulsações até não poder mais
canalizar o tipo especial de fluido vital que os une. Então, ocorre uma ossificação e, em consequência, a
transmissão de um plano a outro, que antes era abundante, fica insuficiente.
Desenvolvidos, eles medem 20 cm, são brilhantes e absorvem mais energias. Pouco desenvolvidos
medem 5 cm e são escuros, oleosos, com o giro emperrado.
Ao serem observados de perfil em seu veloz funcionamento, os chacras se assemelham a verdadeiros
discos de energia giratória, com uma concavidade característica no centro. Vistos de frente, lembram o
movimento das hélices dos aviões em alta velocidade, porém, emitindo cintilações coloridas por causa
da absorção de fluido vital, que os irriga e neles se decompõe em cores, como a luz solar ao incidir em
um prisma de vidro.
Cada chacra do duplo etérico apresenta diversos matizes de cores, que se diferem, com tons mais belos
e límpidos ou mais feios e sujos, apresentando, contudo, uma tonalidade predominante sobre os demais
em sua absorção fluídica, revelando o tipo vibratório conectado com um sistema de órgão do corpo
físico.
Corpos Sutis e Chacras - Guia de Estudos - Olivio Cezar
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Podemos entender o sistema nervoso do ser humano, como uma rede complexa em que o Espírito
interage, através de impulsos, vibrações e outras formas de comunicação, que denominamos de
energias, sendo sua manifestação feita pelo fluido cósmico universal, segundo a Doutrina Espírita ou
éter, pelas escolas espiritualistas, como a Teosofia.
No corpo físico possuímos três organizações cerebrais: o encéfalo, os plexos e a coluna vertebral, que
constituem um único sistema nervoso.
Os plexos apresentam um sistema especial, por se constituírem de várias ramificações, por onde
circulam os fluidos eletromagnéticos advindos do duplo etérico. Podemos visualizar o sistema de
chacras onde se concentra a maior quantidade de nervos, apesar dos chacras, se encontrarem na
contraparte etérica.
Os chacras irradiam, em geral, três cores, refletindo energias eletromagnéticas, que apresentam as
cores vermelha, amarela e azul. Sua combinação se desdobra na gama de matizes e tons secundários
que podemos visualizar. Os chacras nunca são iguais, pois sua estrutura e coloração dependem do nosso
equilíbrio. As cores visualizadas pelos médiuns não são as mesmas identificadas na cromoterapia.
Criações mentais e estados emocionais negativos afetam o equilíbrio dos chacras e a glândula
correspondente, criando uma disfunção no corpo físico.
A compreensão dos chacras é uma importante ferramenta para o tratamento de doenças, tanto do
corpo físico como dos corpos sutis, mas os académicos da medicina ainda expressam muita rejeição aos
seus conceitos, seja por questões culturais ou por não encontrar meios de validar a sua existência.
Mas alguns investigadores de renome se dedicaram com afinco sobre este assunto, provando a sua
existência física e relação fisiológica. Entre eles, destacamos:
Charles W. Leadbeater (1954 – 1934) despertou o interesse do mundo ocidental pelos chacras com a
obra “Os Chakras”. Publicado em 1927, apresenta investigações sobre estes centros de força, que são
portais para outras dimensões, e se localizam no duplo etérico do ser humano. O livro apresenta
ilustrações coloridas de cada um dos chakras, suas pétalas, suas cores, como aparecem em sua
configuração etérica.
Hiroshi Motoyama (1925 - 2015) PhD em Filosofia e Psicologia Clínica inventou equipamentos que
podem detectar e analisar a energia eletromagnética e biofotónica emitida pelos meridianos
relacionados com os chacras, tendo como base sua própria experiência com o Yoga. A UNESCO o
classificou como um dos dez parapsicólogos mais importantes do mundo. Publicou diversos artigos,
resultantes de suas experiências, dos quais destacamos abaixo:
 “Pre-Polarization Resistance of the Skin as Determined by the Single Square Voltage Pulse
Methods”; Psychophysiology, 1984, Vol. 21, Number 5.
 “Before Polarization Current and the Acupuncture Meridians”; Journal of Holistic Medicine,
1986, Vol. 8, Number 1 & 2.
 “Acupuncture Meridians”; Science & Medicine, July/August 1999, Vol. 6, Number 4.
 “Rake Bioenergy Differences Among Races”; Energies & Energy Medicine, Vol. 9, Number 2.
 “Deficient/Excessive Patterns Found in Meridian Functioning in Cases of Liver Disease”; Energies
& Energy Medicine, Vol. 11, Number 2.
Por meio de exercícios intensivos de ioga, explicados em seus livros, o Dr. Motoyama conseguiu tomar
plena consciência de seus chacras, cuja atividade hoje pode ser medida cientificamente graças a
aparelhos de sua invenção, capazes de registrar as modificações no campo eletromagnético do corpo
humano.
O Professor Motoyama inventou dois equipamentos que utilizou em seus dedicados estudos:
 Um equipamento designado por “Instrumento Chakra” , concebido para detectar a energia
eletromagnética e a emissão de fotões a partir do corpo traduzindo-os num conjunto de dados
de variáveis físicas.
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78
 Uma máquina denominada AMI, sistema computadorizado que mede as condições funcionais
dos meridianos e a sua correspondência interna com os órgãos.
Motoyama foi cientista e sacerdote xintoísta e usou o aparelho citado acima (AMI), para comprovar que
o aumento da atividade na área do chacra cardíaco produzia uma luz física fraca, porém mensurável. Os
investigados apertavam um botão do aparelho sempre que sentiam sensações psíquicas, como
sentimentos, imagens ou sons. Ele encontrou uma correlação entre essas sensações internas e períodos
objetivamente mensuráveis da atividade cardíaca. Concluiu que a concentração mental em um chacra
era a chave para sua ativação.
Motoyama entendia que os chacras estão representados no cérebro e nos plexos nervosos,
analogamente aos pontos de acupuntura nos meridianos. Embora os chacras não se identifiquem com
o sistema nervoso central nem com os meridianos, ele acreditava que eles se sobrepõem aos dois
outros sistemas, ocupando o mesmo espaço físico.
Afirmava que os chacras fornecem ao corpo físico energia captada do exterior, por meio do sistema de
nadis, circuito que difunde energia sutil por todo o corpo. Motoyama alega que os “nadis grosseiros”
são idênticos aos meridianos, e que os dois sistemas representam “um sistema físico, mas invisível, de
controle siológico, situado dentro do tecido conjuntivo”.
Klaus-Peter, Walburg Maric, Fritz-Albert Popp em 2005, publicaram no “The Journal of Alternative and
Complementary Medicine, Vol. 11”, pela primeira vez, provas da existência da estrutura dos meridianos
de acupuntura no corpo humano. Depois de moxibustão (técnica terapêutica da Medicina Tradicional
Chinesa que consiste em queimar a erva Artemísia Vulgaris para aquecer os canais de energia do corpo),
os ‘canais de luz’ aparecem, assemelhando-se aos meridianos de acupuntura da medicina tradicional
chinesa.
Konstantin Korotkov é um professor de Física da Universidade de São Petersburgo, Rússia, que
desenvolveu uma câmara fotográfica de elevada sensibilidade para medir as emissões de radiação do
corpo e, com o auxílio de um software, medir os níveis de energia emitidos pelos chacras tendo por base
a correlação com o sistema de meridianos da Medicina Tradicional Chinesa e Indiana. Ele é reconhecido
internacionalmente por suas pesquisas na área da Bioenergética Humana.
Com base nos dados de Motoyama, o Dr. Korotkov encontrou uma correlação entre os chacras e os
meridianos dos dedos através dos BEO-gramas (fotografias desenvolvidas a partir da Máquina Kirlian).
Segundo ele, cada chacra está correlacionado com metade de um dedo. A experiência permitiu
estabelecer uma analogia com a Medicina Ayurveda e Chinesa.
Com esse conceito, Korotkov desenvolveu um software chamado de GDV Chakra, para medir os níveis
de energia advindas de pessoas que possuem a capacidade para ver os chacras, permitindo identificar a
existência de desequilíbrios físicos e/ou psico-emocionais.
William Tyller, professor emérito de engenharia da Universidade de Stanford, conceitua o sistema de
chacras e meridianos no contexto de antenas biológicas do corpo humano permitindo-lhe a troca de
informação com o ambiente.
Segundo ele, as antenas eletromagnéticas podem assumir muitas formas, captando e transformando
sinais que influenciam a secreção, a estrutura muscular, os vasos sanguíneos, o eletrocardiograma, a
respiração, etc. Esses sinais seriam os pontos de acupuntura do corpo físico e fornecem uma vasta rede
interligada de pontos com capacidades que excedem a maior parte dos sistemas de radar atualmente
existentes. Estes pontos sensíveis se ligam aos meridianos da acupuntura, compreendendo uma grande
variedade de comprimentos de onda, podendo produzir um feixe de rastreio direto de radiação
circularmente polarizada, permitindo compreender como essas antenas e energias sutis do ambiente se
comunicam com as substâncias sutis do corpo.
Um segundo sistema de antenas está relacionado ao sistema endócrino/chacras. No corpo físico, as
glândulas mestras que fabricam as principais hormonas que controlam a fábrica química do corpo são as
glândulas endócrinas. Estas correspondem também à localização dos principais chacras, que atuam em
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planos mais sutis. Assim, podemos conceituar o sistema endócrino-chacra como transdutor de
informação e energia a partir de níveis sutis para o nível físico, funcionando como um circuito através do
qual podemos ligar-nos com a energia do Universo. Podemos com isso, ajustar este circuito e produzir
um fluxo de corrente magnética no circuito etérico. O sistema plexo-glandular/neural-chacra/endócrino
transfere energias sutis de vários tipos para os nossos corpos por meio de um processo de transdução.
Estas energias alimentam a fábrica de hormônios das glândulas endócrinas e vitalizam o sistema nervoso
central. Isso também ocorre no nível etérico, que interage intimamente com o sistema que conhecemos
como meridianos da acupuntura.
O cientista russo Itzhak Bentov (1923 – 1979), pesquisador das mudanças siológicas associadas à
meditação também reproduziu as descobertas de Motoyama a respeito das emissões eletrostáticas dos
chacras.
Com o advento do Espiritismo e o estudo das leis que regem o Espírito, principalmente após as
revelações do Espírito André Luiz, pela psicografia de Chico Xavier as implicações para o Espírito em
relação aos seus atos e pensamentos ficaram mais bem esclarecidas.
A seguir, abordaremos cada um dos sete grandes chacras com suas associações particulares inclusive
com a estrutura do corpo físico.
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CHACRA CORONÁRIO
O CENTRO DA CONSCIÊNCIA
Os chacras são degraus energéticos. À medida que vamos subindo, chegando ao chacra da coroa, o nível
de vibração aumenta. Por meio do chacra coronário, chegamos aos mais elevados níveis de meditação.
Está no topo da cabeça e tem 960 raios, com uma flor central de 12 pétalas. De cores variadas e
altíssima velocidade em sua rotação, é sede da consciência, centro da união divina.
Associada ao sétimo chacra está a glândula pineal que tem por atividade receber as energias dos
chacras e distribuí-las na função celular de todo o sistema endócrino.
Sobre os aspectos positivos e negativos do desenvolvimento do chacra da coroa, Patrick Drouot explica:
“O sétimo chacra, chacra dos místicos, pode ser também o dos esquizofrênicos. É um chacra
ligado à iluminação. Segundo Ronald Laing, o pai da anti psiquiatria, os místicos e os
esquizofrênicos se encontram no mesmo oceano (líquido encefalorraquidiano). Mas lá onde o
místico nada, o esquizofrênico naufraga. O místico é capaz de apreender e gerar visões do após-
vida, de entrar em estados de felicidade de Samadhi e de união, enquanto o esquizofrênico
ignora o que lhe acontece. Ele está aqui e ao mesmo tempo do outro lado. Qualifica-se de
delírio místico a desregulagem do sétimo chacra que tem necessidade de ser regulado da
mesma forma que sua glândula endócrina correspondente, a epífise ou ainda a glândula
pineal.”
“Cura Espiritual e Imortalidade” - Patrick Drouot
AS CORES DA CURA
Signo: Capricórnio (casa 1).
Designação hindu: Sahasrara.
Elemento: No mundo físico não existe elemento correspondente.
Glândula endócrina: Pineal ou epífise.
Localização: Topo da cabeça.
Cor: Branco ou lilás.
Pétalas etéreas: 960.
Nota musical: Si.
Plexo: Coronário.
Cristais de cura: Quartzo branco, topázio branco, ametista, dolomita branca e
fluorita violeta.
Expressividade: iluminação espiritual, união com o divino, o eterno, o
imutável.
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O violeta apresenta a mais alta taxa de vibração no espectro das sete cores. Trata-se da cor dos
imperadores e da realeza. O branco simboliza tanto a inocência quanto a perfeição. É a cor da página em
branco, da criança sem experiência, da noiva virginal, mas também a cor do iniciado superior refletindo
a pureza que advém da inocência depois da experiência. O dourado simboliza a energia do Sol e de tudo
o que é sagrado. É a cor do metal mais precioso, que também simboliza a pureza.
O violeta é uma cor da purificação - visualizá-lo no chacra coronário ajudará a eliminar as impurezas do
campo energético. O branco e o dourado ajudam a estimular o contato com o seu Eu superior e com os
seus mentores.
Em sânscrito é denominado de Sahasrara. O francês Michel Coquet (1944 - ), em “Les Chakras et
Linitiation” escreve que pode ser chamado também de Brahmarandhra, cuja tradução significa "orifício
divino e representa a haste do chacra coronário ou, para ser preciso, a fontanela etérica por onde escapa
a alma no momento da transição".
A aura dos santos retratada pelos pintores medievais na região da cabeça corresponde ao Sahasrara,
que é composto de uma parte central com doze pétalas maiores, menos ativas e outra ao redor desta
com 960 pétalas menores, vibrando com grande rapidez.
Ao contrário dos demais chacras que, ao abrirem se voltam para cima, o coronário mantém sempre a
sua posição invertida.
Recebe diretamente a influência do Espírito, atuando sobre os outros chacras, embora conserve sua
função independente. A matéria mental encontra nele sua fonte sagrada de manutenção e renovação,
quando é absorvido e transformado o fluido cósmico universal em matéria psíquica destinada à
dinamização do pensamento, enquanto infunde sua energia magnética nas células nervosas, sob o
comando do Espírito.
É o mais luminoso dos chacras. O teosofista inglês Charles Webster Leadbeater (1854 – 1934) descreve
este chacra como detentor de efeitos cromáticos incríveis, aparentando conter todos os matizes do
espectro, apesar da predominância do violeta na parte exterior e do branco no centro, com um núcleo
cor de ouro.
Coquet ensina que ele surge como um maravilhoso Sol, branco brilhante de mil flores douradas. O “Shat
Chakra-Nirupana” (A Descrição dos Seis Centros). Em um livro do século XIV, Puramananda Swami (1884
– 1940), professor Indiano que foi aos EUA ensinar filosofia e religião Vedanta, descreve-o como tendo a
cor de um jovem Sol, portanto o branco brilhante. Motoyama indica-o como um disco de cor de ouro ou
de luz rosada. Nos livros hindus é chamado de "lótus de mil pétalas", de cor branca e com a coroa
voltada para baixo, cerca de quatro polegadas acima da parte mais alta da cabeça.
O chacra coronário não se relaciona com nenhum plexo, mas sim com a glândula pineal. Leadbeater
aborda uma diferença que varia de acordo com o tipo de indivíduo. Em muitos deles "os vórtices do
sexto e do sétimo chacras astrais convergem ambos ao corpo pituitário, que em tal caso é o único enlace
direto entre o corpo físico denso e os corpos superiores de matéria relativamente sutil". (...) "Mas outros
indivíduos, embora ainda aliem o sexto chacra com o corpo pituitário, inclinam o sétimo até o seu vórtice
coincidir com o atrofiado órgão chamado glândula pineal, que, em tal caso, se reaviva e estabelece
ligação direta com o mental inferior sem passar pelo intermediário comum do astral".
O Espírito André Luiz, em obra psicografada por Chico Xavier e Waldo Vieira, em 1958, destaca sua
função de assimilação dos estímulos dos planos superiores, a orientação da forma, do movimento e da
estabilidade do metabolismo orgânico e da vida consciencial do Espírito encarnado ou desencarnado,
supervisionando, além disso, os outros centros que lhe obedecem ao impulso, procedente do Espírito,
porque ali se encontra exatamente o ponto de Interação entre as forças determinantes do Espírito e as
forças fisiopsicossomáticas organizadas ("Evolução em Dois Mundos"):
"Dele parte, desse modo, a corrente de energia vitalizante formada de estímulos espirituais com
ação difusível sobre a matéria mental que o envolve, transmitindo aos demais centros da alma os
Corpos Sutis e Chacras - Guia de Estudos - Olivio Cezar
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reflexos vivos de nossos sentimentos, ideias e ações, tanto quanto esses mesmos centros,
interdependentes entre si, imprimem semelhantes reflexos nos órgãos e demais implementos de
nossa constituição particular, plasmando em nós próprios os efeitos agradáveis ou desagradáveis
de nossa Influência e conduta".
Pela determinação da vontade, a mente se apropria dos elementos à sua volta e cria livremente, mas o
centro coronário fixa de modo automático, a responsabilidade correspondente a essas criações,
conduzindo ao corpo causal as sequências das ações e Inações, felizes ou infelizes ("Evolução em dois
Mundos" e "Nosso Lar").
André Luiz escreve sobre a relação entre o mecanismo de ação do centro coronário e o corpo:
"...o centro coronário, através de todo um conjunto de núcleos do diencéfalo, possui no tálamo,
para onde confluem todas as vias aferentes à cortiça cerebral, com exceção da via do olfato,
que é a única via sensitiva de ligações corticais que não passa por ele (contudo, essa via
mantém conexões com alguns núcleos talâmicos através de fibras provenientes do corpo
mamilar, situado no hipotálamo), vasto sistema de governança do Espírito, portanto aí, nessa
delicada rede de forças, através dos núcleos intercalados nas vias aferentes, através do sistema
talâmico de projeção difusa e dos núcleos parcialmente abordados pela ciência da Terra (quais
os da linha média, que não se degeneram após a extirpação do córtex, segundo experiências
conhecidas), verte o pensamento ou fluído mental, por secreção sutil não do cérebro, mas da
mente, fluido que influencia primeiro, por intermédio de impulsos repetidos, toda a região
cortical e as zonas psicossomatossensitivas, vitalizando e dirigindo o cosmo biológico, para, em
seguida, atendendo ao próprio continuísmo de seu fluxo incessante, espalhar-se em torno do
corpo físico da individualidade consciente e responsável pelo tipo, qualidade e aplicação de
fluído, organizando lhe a psicosfera ou halo psíquico, qual ocorre com a chama de uma vela
que, em se valendo do combustível que a nutre, estabelece o campo em que se lhe prevalece a
influencia" ("Evolução em dois Mundos")
As energias do plano espiritual chegam, pelo coronário, aos outros centros, enquanto as energias
provenientes de outros centros também o atingem. Ali é canalizada a energia violeta que vem do centro
laríngeo e a energia amarela originária do centro cardíaco.
Esclarece Leadbeater que à medida que evoluímos espiritualmente, o centro coronário vai aumentando
até ocupar toda a parte superior da cabeça:
"No princípio é, como todos os demais chakras, uma depressão do duplo etérico, pela qual
penetra a divina energia procedente do exterior. Mas quando o homem se reconhece rei da
divina luz e se mostra magnânimo com tudo o que o rodela, o chakra coronário reverte, por
assim dizer, de dentro para fora, e já não é um canal receptor, mas uni radiante foco de energia,
não uma depressão, mas uma proeminência ereta sobre a cabeça como uma cúpula, como uma
verdadeira coroa de glória".
“Os Chakras” – C.W.Leadbeather.
Sem bloqueios, é através deste chacra que alcançamos o mais elevado grau de meditação e de ligação
com os guias e mentores espirituais. Esse equilíbrio proporciona fé e paz, nos permitindo obter uma
visão global do Universo, aperfeiçoando o conhecimento, a consciência universal e a comunhão com o
divino.
Ainda segundo Leadbeater: “no homem muito evoluído, o chakra coronário fulgura com tanto esplendor,
que cinge a sua cabeça como uma verdadeira coroa”.
Com bloqueios nos leva a uma perspectiva materialista da vida, insensibilidade espiritual e violência.
Também atrasa o período da puberdade.
Corpos Sutis e Chacras - Guia de Estudos - Olivio Cezar
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O coronário é responsável pela vivência mais elevada e pela consciência ampla do Espírito. Conecta-se
às correntes de pensamento superiores que circundam a aura magnética do planeta. Quando está
desequilibrado, trabalha em desarmonia, absorvendo um quantum energético superior à sua
capacidade de processamento, afetando seu desempenho.
Esse acúmulo energético produz uma hiperatividade na glândula pineal e afeta diretamente certas
funções do cérebro, aumentando a atividade mental, provocando desgaste rápido, levando a pessoa à
hiperatividade e dificuldade nos relacionamentos. Ocorre um colapso das atividades superiores, apesar
de uma aparente atividade mental, congestionando o fluxo de vitalidade processado através do chacra.
O coronário recebe as energias vitais do chacra básico e as transforma em energias superiores. Quando
está congestionado, com excesso de vitalidade, o indivíduo sentirá pressão na cabeça e sensações de
dor, provocadas pelo acúmulo de energia vital. Isso requer uma ação urgente, como por exemplo,
passes de dispersão magnética, com vistas ao retorno das atividades normais do vórtice energético.
O ser humano precisa constantemente de uma cota de energia psíquica, que é extraída
ininterruptamente do grande oceano de vibrações mentais que preenche todo o Universo. O próprio
hálito divino, expresso pelo fluido cósmico universal, alimenta os seres de vitalidade, mantendo a
ligação permanente do homem com Deus e com todas as criaturas. Quando o coronário não absorve
esse elemento de acordo com as necessidades mínimas de manutenção da vida mental do ser
desencadeia um desequilíbrio em todos os corpos sutis. A pessoa que sofre esse tipo de hipoatividade
do centro coronário sente dificuldades para as atividades mentais e mediúnicas, pois encontra grande
dificuldade de concentração. Observamos também uma disposição para o excesso de sono e bloqueios
da atividade mental.
Subordinado ao chacra coronário, o córtex cerebral funciona como uma delicada rede de intercâmbio
psíquico, através do qual poderão ser sensibilizadas certas faculdades anímicas e mediúnicas, como por
exemplo, lembranças arquivadas de vidas passadas. Nos processos de regressão espontânea ou induzida
e no acesso aos arquivos do passado mais remoto, é importante estudar a influência do coronário, que
guarda estreita ligação com os registros da memória do ser. Quando estimulado através do magnetismo,
poderá abrir os arquivos da memória, trazendo ao plano consciente lembranças de reencarnações
pretéritas.
Nas técnicas de regressão de entidades em tratamento nas reuniões de desobsessão, o chacra coronário
poderá ser acionado através dos médiuns, com a inversão de sua polaridade energética. Esse processo
propicia ao Espírito em tratamento a revisão de suas posturas, à medida que visualiza todo o seu
passado. A inversão do centro coronário poderá ser produzida ao se cruzarem as mãos sobre o córtex,
mentalizando pulsos de energia. Após a mentalização, que produz nos fluidos certa agitação e
movimento, as mãos deverão descer em direção ao bulbo raquidiano (nuca), e assim se desfará a
ligação magnética entre o passista e o médium. Durante o processo de inversão da polaridade
magnética do coronário, destrava-se a memória pretérita, trazendo os registros para o consciente da
entidade. Para o retorno da memória ao presente, o procedimento deverá ser em sentido inverso, do
bulbo em direção ao centro coronário.
Na regressão da memória de uma entidade em tratamento, é importante que o passista tenha um
conhecimento mínimo do processo com experiência em transferências magnéticas. O passe exige um
controle mental sobre os fluidos, obtido por meio de exercícios repetidos. Com o conhecimento relativo
ao funcionamento dos chacras e sua influência nos estados mentais de encarnados e desencarnados,
evita-se que o Espírito em tratamento se mantenha indefinidamente acoplado ao médium.
É necessário conhecimento do assunto para o acesso aos arquivos da memória espiritual de encarnados
ou desencarnados, sempre com o apoio de mentores, para evitar prejuízo mental e emocional para a
pessoa em tratamento.
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CHACRA FRONTAL
O CENTRO DA VISÃO INTERIOR
O chacra frontal localiza-se entre as sobrancelhas e possui 96 raios. Também é descrito como tendo
duas pétalas, uma branca e uma negra, representando as duas asas do caduceu, o bastão de Hermes, o
atributo do terapeuta. As cores observadas são rosa e amarelo de um lado e azul e roxo do outro.
É ligado à glândula pituitária ou hipófise que tem função coordenadora de todas as outras glândulas
endócrinas. O chacra frontal desempenha papel importantíssimo na vigília espiritual e em toda a
química do corpo. Quando bem desenvolvido possibilita a clarividência e os poderes da psicometria.
A ligação do chacra frontal é mais intensa com o corpo mental superior, veículo da inspiração que dá
origem às ideias antes de tomarem forma. É o plano dos seres arcangélicos: Miguel, Uriel, Rafael e
Gabriel.
O USO DAS CORES PARA A CURA
O índigo é uma cor cuja percepção e descrição é difícil de descrever. Trata-se de uma cor intensa, às
vezes quase preta, mas sempre apresentando uma tonalidade vermelha. Aprender a diferenciar o índigo
é um bom exercício para desbloquear e ativar o chacra da fronte. A cor índigo deve ser mentalizada para
desenvolver a percepção, a turquesa para a lucidez e a malva para ajudar no sistema hormonal.
O centro frontal é chamado em sânscrito de Ajna, cujas raízes significam "saber" e "obedecer". Ajna
significa "comandar".
Signo: Sagitário(casa9) e Aquário (casa1).
Designação hindu: Ajna.
Elemento: No mundo físico não existe elemento correspondente.
Glândula endócrina: Pituitária ou hipófise.
Localização: Entre os olhos e na testa.
Cor: Azul índigo ou violeta.
Pétalas etéreas: 96.
Nota musical: Lá.
Plexo: Frontal.
Cristais de cura: Lápis-lazúli, sodalita e azurita.
Expressividade: Vigília dos sentidos superiores, clarividência, psicometria.
Associação: corpo mental superior.
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Localiza-se à altura da raiz do nariz entre os dois olhos, no ponto onde os nadis Ida, Pingala e Sushumna
se encontram para formar um único canal que segue em direção ao Sahasrara. Aos olhos do clarividente
ele surge no meio da testa.
Está dividido em duas partes, cada uma das quais com 48 pétalas, por isto as escrituras hindus só se
referem a duas pétalas. Uma delas, segundo Leadbeater, é de cor rosada, com muito amarelo, enquanto
na outra sobressai um azul-purpúreo, correspondentes com as cores da vitalidade que o chacra recebe.
Coquet e Powell indicam as mesmas cores. Satyananda sugere a cor cinza (ele destaca que outros
autores descrevem-no como transparente). É preciso não esquecer que Satyananda descreve sempre os
centros astrais, enquanto Leadbeater se refere aos etéricos e Aurobindo à cor branca.
A força vital coletada através dos nadis é distribuída parte para o Sahasrara e parte para os corpos
físico, astral e mental.
Satyananda ensina que este centro está conectado com a glândula pineal (epífise). Também Coquet
adverte haver uma "interessante relação entre os dois lobos da glândula pituitária, cuja função,
especialmente ligada ao mental e aos sistemas nervosos, tem natureza dupla, com os dois lados do
centro frontal".
Para Coquet a sua principal função estaria em desenvolver no homem uma verdadeira personalidade,
um "ser interior", resultado das encarnações anteriores e de milhares de experiências. Seres que não
possuem uma personalidade definida se tornam plágios de pensamentos, ideias e atitudes alheias,
influenciados pela mídia. Para Coquet, quando o homem apresenta um caráter íntegro, calmo, flexível,
sereno e simpático, estará agindo de forma positiva com o chacra frontal.
Aurobindo entende que este é o centro de comando da vontade, da visão e do pensamento dinâmico. A
concentração sobre o chacra frontal é geralmente feita no ponto entre as sobrancelhas. Satyananda
alerta que é o primeiro chacra a ser despertado, pois tem o poder de dissolver o carma, eliminando os
riscos de ativação do carma em chacras de níveis mais baixos.
Satyananda, explica que o despertar deste chacra permite o contato com o "mentor interior", a fonte
inata do conhecimento e da sabedoria que reside no chacra frontal pessoal ou do "mentor exterior", o
nosso guia espiritual. Permite também o desenvolvimento da telepatia e da clarividência.
André Luiz ensina:
"se representa no córtex encefálico por vários núcleos de comando, controlando sensações e
impressões do mundo sensório."
"Evolução em dois Mundos".
Sem bloqueios, é o chacra da intuição, da inteligência mais elevada do ser, permitindo "ver" através do
"terceiro olho". Desenvolve o conhecimento psíquico, a intuição, a percepção extrassensorial, a
clarividência, a telepatia e a psicometria.
Com bloqueios, leva o ser à leviandade, inércia, vida instável, fobias, fanatismo, ausência de sentido
crítico e outros aspectos negativos.
Em relação aos outros chacras, o frontal tem uma ação mais psicológica e de harmonização com a vida.
Apesar de estar ligado à glândula pituitária, sua atividade permite uma visão mais ampla e racional com
o próximo e o mundo. Essa faculdade pode ser ampliada para as dimensões espirituais e sua prática
ajuda no despertamento da clarividência.
Atuando de forma irregular, absorve dos chacras coronário e cardíaco uma vitalidade maior, gerando
hiperatividade mental e consequente esgotamento mental e apatia, culminando em estresse., que se
desdobra em um tipo de febre mental e preocupações demasiadas com a vida. A pessoa que tem esse
Corpos Sutis e Chacras - Guia de Estudos - Olivio Cezar
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desequilíbrio terá insônias e pensamentos desordenados. Também terá dificuldades de aprendizado e
uma visão distorcida da vida com ausência de bom senso. Em consequência, sentirá alterações
hormonais que provocarão visões distorcidas das questões espirituais, dos valores morais, pois não
conseguirá identificar as causas de seus males e sentirá perseguições imaginárias e dificuldades de
enfrentar os problemas do cotidiano.
Quando este chacra está equilibrado ele comanda os demais centros energéticos, facilitando a aplicação
da razão e do sentimento, conectando o fluxo dos pensamentos do coronário ao cardíaco. Com isso, sua
visão de mundo será clara e otimista.
Nos tratamentos pelo passe magnético, devemos lembrar que este chacra está com excesso de
vitalidade e um procedimento inadequado poderá causar intensas dores de cabeça, aumento da
sensação de vácuo e de febre mental na pessoa. O correto é aplicar passes dispersivos neste centro,
direcionando o passe longitudinal para o chacra que está com deficiência de vitalidade. Sempre vale a
regra: para todo excesso, passe dispersivo, para carência energética, passe impositivo.
Finalmente, precisamos lembrar que o excesso de vitalidade do coronário, produz um sentimento de
apatia e o indivíduo se porta com frieza, racionalidade e superioridade. Então, o tratamento magnético
nem sempre irá modificar as disposições íntimas da pessoa. Poderá, contudo, através da reforma íntima,
oferecer condições favoráveis para o despertamento da sua visão interior.
Nos processos da saúde espiritual, precisamos considerar a importância desse chacra para o equilíbrio
do ser. As manifestações de clarividência e de faculdades mediúnicas estão intimamente relacionadas a
esse chacra, facilitando as manifestações de Espíritos.
LIVRO “TÉCNICA DA MEDIUNIDADE” DE PASTORINHO
“Como vemos, esses plexos assumem grande atividade na recepção mediúnica, quando é
atingido o chakra frontal. Suas ligações diretas entre a hipófise, o olho (gânglio oftálmico), o
ouvido (libra carótico-timpânica) e o nariz (ligação com o nervo nasal) fazem desse conjunto de
dois plexos o distribuidor de sensações, diante das vibrações recebidas pela chakra frontal.
Em vista disso, ao receber o impacto vibratório, o chakra comunica-o a esses órgãos, através da
hipófise, sensibilizando toda a região otorrino-oftalmológica.
Vidência e audiência - Por isso, as vibrações recebidas pelo chakra frontal se transformam em
vidência, desde que não reproduzem a figura vista, mas a faixa vibratória alcançada, sobretudo
a cor. Daí, também, a facilidade maior de ouvir-se o som da voz durante as vidências. Não é,
evidentemente, o som de uma voz articulada, como se proviera através do ar em ondas
sonoras: é um som inarticulado, "sentido" dentro do cérebro, sem som, mas ao mesmo tempo
com todas as características da palavra articulada; a idéia penetra de forma audível, através do
nervo auditivo, e repercute cerebralmente. Difícil de explicar, mas imediatamente
compreendido por quem já tenha experimentado o fenômeno.
Ocorre ainda a recepção por via nasal dos odores, ou melhor, das vibrações odoríferas do plano
astral, o que desenvolveremos ao falar do sentido do olfato.
Na vidência por meio da hipófise (chakra frontal), o médium não chega a ver com nitidez a
figura: entrevê combinações e variações de cores (ou de preto, cinza e branco), de acordo com
as emissões e a freqüência vibratória do ser que emite as radiações. A conformação da figura é
suprida pela imaginação, que interpreta as diferenças de cores (vibrações) atribuindo-lhe
formato, consistência e pormenores. Mas só muita prática pode fazê-lo distinguir um ser real
existente no mundo astral de uma forma pensamento criada pela mentalização de um
encarnado ou desencarnado.
Além disso, o impacto sofrido pela hipófise fá-la ativar-se, provocando a estimulação de outras
glândulas endócrinas, que aumentam a produção hormonal.
Corpos Sutis e Chacras - Guia de Estudos - Olivio Cezar
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Sua estreita ligação com o plexo cervical do sistema raquidiano (próximo capítulo) e com os
gânglios cervicais do simpático de que faz parte, qualquer impacto pelo chakra frontal
influencia grande parte do veículo somático. Por exemplo, ativação das glândulas sudoríparas,
sobretudo das palmas das mãos, quando a pessoa pensa ou fala a respeito de ocorrências do
mundo astral; ou ainda diminuição de circulação sanguínea das extremidades (mãos e pés) pelo
maior afluxo de sangue às artérias cerebrais e cardíacas (emoção), tornando frias essas
extremidades.
Os plexos carotídeo e cavernoso também são atingidos, quando o chakra frontal recebe o
impacto de imagens formadas pela imaginação do próprio paciente, e não somente por
imagens externas a ele.
Em todos os casos, todo o complexo nervoso do simpático é atingido, com maior ou menor
violência, por meio do chakra frontal, com efeitos secundários no sistema circulatório.
Do ponto de vista da ciência espiritualista, diríamos: a ação do corpo astral (nervos) repercute
no duplo etérico (sangue), modificando as expressões externas do corpo físico denso (matéria).
Vidência - Por sua complexidade de produção hormonal e pela importância das funções sobre
que atua, a hipófise (ou “pituitária”, mas que não deve confundir-se com a “mucosa pituitária”
que reveste internamente o nariz) é uma das glândulas-chave da criatura humana, em sua
ligação com o mundo astral mais denso.
Atingida pelas vibrações da visão - o quiasma óptico fica logo acima da hipófise - esta recebe o
impacto da visão e, conforme o caso, ativa sua produção. Por exemplo: quando certas criaturas
contemplam gravuras eróticas ou atitudes provocantes (visão) a hipófise aumenta a atividade
sexual (gônadas) pela produção maior do ICSH (hipófise); ou ainda, ao verem certas formas
assustadoras que as amedrontem (visão) lançam no sangue grande quantidade de adrenalina
(suprarrenais) por estímulo vindo do ACTH (hipófise).
Ora, isso também ocorre na vidência do nível inferior do mundo astral, sobretudo com pessoas
ociosas: a imaginação delas mesmas ou a que outros espíritos desencarnados lhes apresentam
em quadros fluídicos e formas astrais ou de pensamento, provocam os mesmos efeitos físicos,
porque a vidência astral via globo ocular tem a mesma influencia na hipófise que a vidência
física.
Não se trata, porém - fique bem claro - de vidência do próprio mundo astral, que se dá pelo
“terceiro olho” ou “olho de Shiva”, que é o corpo pineal ou epífise. Trata-se, sim, das seguintes
percepções que chegam através ou do globo ocular ou do chakra frontal:
1 - formas pensamentos do baixo astral;
2 - quadros fluídicos densos;
3 - imagens criadas pela imaginação;
4 - cenas revividas pela memória e novamente plasmadas.
Da mesma forma que, pela visão, a hipófise é atingida pela audição, também do plano astral
mais denso, pois o nervo auditivo também está ligado à hipófise; com efeito, o gânglio cervical
simpático liga-se, pelo plexo cavernoso à hipófise, aos nervos das órbitas, à raiz simpática do
gânglio oftálmico e ainda (pelos ramos anteriores do plexo intercarotídeo) ao auricular
posterior e ao temporal superficial. E também o plexo cervical raquidiano possui ligações
análogas.”
Corpos Sutis e Chacras - Guia de Estudos - Olivio Cezar
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CHACRA LARÍNGEO
O CENTRO DE COMUNICAÇÃO
O chacra da garganta possui 16 raios nas cores azul-claro, turquesa, lilás e prateado brilhante.
O chacra do coração é o local de encontro e de fusão das energias que descem do chacra da coroa e das
que sobem do chacra básico, enquanto o chacra da garganta atua como uma passagem. O sistema dos
sete chacras é subdividido em dois grupos que apresentam ação recíproca e o chacra da garganta faz
parte dos dois. Na qualidade de um dos cinco chacras inferiores, ele se relaciona com um elemento, com
uma idade de desenvolvimento e com um sentido. Como o primeiro dos três chacras superiores, ele se
relaciona com a expressão transpessoal e com o Eu superior, o Espírito.
Quando os três chacras superiores estão abertos e se mostram desenvolvidos e equilibrados, possuímos
um sentimento mais apurado de serviço ao próximo, saindo do isolamento do ego.
Este chacra, simbolicamente, comanda a pessoa entre os 28 e 35 anos de idade, induzindo-a a dormir
em torno de seis horas, mudando de lado.
Sua função está relacionada à expressão das comunicações mediúnicas, através de sua ligação com a
glândula tireoide, localizada na garganta.
A conexão com os corpos sutis fica mais intensa no corpo mental inferior apresentando uma textura de
cores semelhantes ao chacra laríngeo. Nas comunicações de guias e mentores, os corpos mais sutis do
Signo: Escorpião (casa8) ePeixes(casa 12).
Designação hindu: Vishudda.
Elemento: Éter.
Glândula endócrina: Tiroide e Paratireoide.
Localização: Garganta epescoço.
Cor: Azul celeste.
Pétalas etéreas: 16.
Nota musical: Sol
Plexo: Laríngeo.
Cristais de cura: Topázio azul, turmalina azul, água-marinha, turquesa,
quartzo azul e calcedônia.
Expressividade: relaciona-se com o transpessoal e o chamado eu superior.
Comunicação espiritual e com a vida.
Associação: corpo mental inferior.
Corpos Sutis e Chacras - Guia de Estudos - Olivio Cezar
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médium e do Espírito comunicante se contrapõem, possibilitando o repasse da mensagem por meio de
palavras. Contudo, se houver uma interação ainda maior, envolvendo os chacras cardíaco e frontal, as
comunicações serão ainda mais claras e precisas.
A paratireoide está contida na própria tireoide e secreta um hormônio que conserva os níveis
adequados de cálcio no sangue. A atividade muscular de todos os órgãos, incluindo o coração, depende
dos níveis corretos de cálcio no plasma sanguíneo.
Crianças que não apresentam um bom funcionamento da tireoide podem sofrer de idiotia, pois esses
hormônios são essenciais para o desenvolvimento do seu intelecto.
O USO DAS CORES PARA A CURA
Toda tonalidade de azul, do mais fraco até o mais escuro, afeta o chacra laríngeo. Para os tratamentos
de cura é indicado o uso do azul do lápis-lazúli. O turquesa e a água-marinha são úteis para aumentar a
capacidade de comunicação em público. Professores, escritores e expositores devem usar roupas com
essas tonalidades e meditar sobre essas cores. A cor prateada também fortalece o chacra da garganta e
sempre deve ser visualizado quando ocorrem infeções na garganta. Essas cores estão relacionadas com
a tireóide e a paratireóide.
Em sânscrito, é chamado de Vishudda, palavra derivada de "shuddhi", que significa purificar. Situa-se à
base e atrás da garganta, na nuca, na junção da espinha dorsal e da medula espinhal alongada, no
Sushumna-nadi, corresponde à glândula tireóide e estende-se até a medula alongada, envolvendo a
glândula carótida, na direção das omoplatas, relacionando-se também com os plexos nervosos da
faringe e da laringe.
Possui 16 pétalas na periferia, nas quais, segundo Leadbeater, "embora haja bastante do azul em sua
cor, o tom predominante é o prateado brilhante, parecido com o fulgor da luz da lua quando roça o mar.
Em seus raios predominam alternativamente o azul e o verde".
Arthur Powell entende este chacra como um prateado brilhante com muito azul. Aurobindo - cinza.
Satyananda - cinza-violeta. Schat chakra-Nipurana - purpúreo escuro. Siva Samhita - ouro brilhante e o
Garuda Purana - prateado.
Também é visualizado como um lótus transparente com 16 pétalas de cor cinza fumaça (violeta- cinza).
No pericárdio se encontra um círculo de cor branca (Yantra) envolvido por um triângulo e no centro está
o bija mantra "Ham". O animal representativo é o elefante.
O centro laríngeo tem a função de purificar o corpo, eliminando as toxinas provenientes do exterior. A
glândula tireóide, que corresponde ao centro laríngeo, tem uma função antitóxica. É, segundo
Aurobindo, a consciência criadora, "a mente física, a consciência externalizadora expressiva". A
expressão da verdade, através do pensamento, da palavra e da ação, flui através deste centro.
Ele é o responsável pela recepção das ondas telepáticas, que dali são transmitidas aos outros chacras e
em alguns casos o indivíduo pode sentir que os pensamentos de outras pessoas chegam pelo chacra
umbilical ou de outros centros mais abaixo. A esse respeito ensina Arthur Powell (1882 – 1969), no livro
"O Duplo Etérico".
:
"O despertar do centro astral correspondente dá a faculdade de ouvir os sons do plano astral,
isto é, a faculdade que no mundo astral produz efeito semelhante ao que denominamos audição
do mundo físico". "Quando o centro etérico está desperto, o homem em sua consciência física
ouve vozes que às vezes lhe fazem todas as espécies de sugestões. Pode ouvir música, ou outros
sons menos agradáveis". "Quando funciona plenamente, o homem se torna clariaudiente nos
planos etérico e astral".
Corpos Sutis e Chacras - Guia de Estudos - Olivio Cezar
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Sem bloqueios: É o chacra da comunicação clara e objetiva, da facilidade oratória em público. Permite o
desenvolvimento do sentido de responsabilidade em todas as áreas, desde as de ordem material até as
espirituais. Este chacra também está relacionado com a comunicação espiritual, principalmente a
psicofonia. É a mediunidade mais fácil de ser desenvolvida.
Com bloqueios: Gera sentimentos de receio de recriminação social, dificuldades de se apresentar em
público, gagueira, etc.
O chacra laríngeo é o órgão extrafísico responsável pela comunicação com a vida e rege a expressão do
Espírito. A função do laríngeo vai além da simples atuação da voz humana e inclui todos os aspectos de
relacionamento com a mensagem da vida, pois comunicar-se significa relacionar-se com o próximo em
todos os sentidos.
Tudo o que acontece no Universo recebe um registro. Todas as ocorrências com o ser e no seu entorno
está relacionado com uma determinada linguagem da vida, mesmo que não seja articulada ou escrita.
Este chacra é o elo entre os corpos mental inferior e astral.
Quando este chacra é predominante, a pessoa torna-se mais comunicativa, extrovertida e possui maior
dinâmica na voz, resultando numa influência positiva para o seu psiquismo, despertando de forma mais
objetiva um sentimento de servir a humanidade. As pessoas que têm o chacra laríngeo mais estimulado
possuem maior criatividade, mais energia nas palavras, maior magnetismo verbal e atividade mental
ampliada.
Já as pessoas com pouca vitalidade no chacra laríngeo, têm maior dificuldade de comunicação, ou seja,
compreensão da vida, interação com o mundo. A voz deixa de ser clara, e as palavras são difíceis de
serem pronunciadas. O ser que não tem o laríngeo vitalizado sofre de depressão magnética ou carência
de vitalidade nesse chacra e pode ter grande dificuldade em entender o mundo e a si própria. Vive,
respira, mas não compreende o que acontece consigo.
LIVRO “TÉCNICA DA MEDIUNIDADE” DE PASTORINHO
“Psicofonia - Conforme estamos verificando, a atuação no chakra laríngeo repercute nos dois
plexos, movimentando toda a área governada por eles. A influência no plexo cervical provoca
fenômeno bastante comum: o médium com freqüência ouve antes de falar, as palavras que vai
dizer, e sente uma pressão leve em toda a região da garganta.
Ao ligar-se fluidicamente ao chakra laríngeo, atinge mais particularmente, porém, o plexo
laríngeo, dominando totalmente o aparelho fonador, desde os músculos involuntários dos
pulmões, para expulsão controlada do ar a ser utilizado na fala, até a traqueia, a laringe, as
cordas vocais e a língua. O espírito atua como controlador, de forma que o médium não
consegue resistir-lhe. Tem a impressão, por vezes, de que lhe colocaram na garganta um
aparelho de comando, que passa a falar independente da vontade do sensitivo.
Nesses casos, verificamos que há mudanças no timbre da voz, na musicalidade da frase, na
pronúncia das palavras; ora surge um sotaque estrangeiro, ora o espírito fala diretamente em
sua língua de origem, às vezes totalmente desconhecida do sensitivo.
Trata-se do fenômeno conhecido como XENOGLOSSIA, isto é, falar em "língua" (glosa)
"estrangeira” (xênios). Em o Novo Testamento é denominado GLOSSOLALIA, que simplesmente
diz: "falar" (lalía) em língua.
Embora não muito comum, há diversos casos bastante conhecidos na literatura espírita. Mas
cuidem os dirigentes de não deixar-se enganar por espíritos mistificadores que fazem o médium
desandar numa algaravia incompreensível, fazendo crer que se trata de idioma desconhecido.
Quase sempre o espírito se diverte à custa dos crédulos que os levam a sério. Remédio: prece
sincera e pedir que se exprimam em língua conhecida. Se o não fizerem, comprovada está a
mistificação, que deve ser tratada especificamente como tal. Se o médium, já fascinado, não
aceitar, paciência! Seu fim todavia, é triste, pois do fascínio passara com facilidade à obsessão.
Corpos Sutis e Chacras - Guia de Estudos - Olivio Cezar
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Para um espírito estrangeiro falar em nosso idioma, não é difícil: basta-lhe transmitir ao
médium as idéias, que este transformará em palavras. Pois as idéias são as mesmas em todas
as línguas.
Nesse setor, o dirigente não deve "ter pena" nem alegar "caridade", pois esta consistirá em
esclarecer e educar o médium, quebrando qualquer fascínio de espíritos mistificadores.
Médiuns hipo-tireoidianos - Sendo tão grande e importante a ação da tireóide, vemos que a
influência, nela exercida pelas vibrações que atuam no chakra laríngeo, também repercute na
produção hormonal, afetando todo o organismo.
O chakra, ao agir, faz ativar-se a ação glandular. E daí observarmos um fato digno de registro:
os médiuns receptivos são hipo-tireoidianos (além de geralmente apresentarem pressão
sanguínea baixa, ou seja, hipotensão arterial). Mas o exercício da psicofonia aumenta a
produção hormonal, ajudando o equilíbrio somático. Os hiper tireoidianos são menos sujeitos a
esse tipo de mediunidade, preponderando neles a sensibilidade nervosa ativa, dificilmente
propiciando a calma necessária para a recepção passiva.
Aumentando a produção e distribuição de iodo no organismo, verifica-se um acréscimo nas
capacidades intelectuais. Pois assim como a falta de iodo produz o cretinismo, assim seu
aumento causa maior vivacidade intelectiva. Por isso, o exercício da mediunidade faz que o
sensitivo passe a gostar mais de leituras e adquira, com o tempo, independente da cultura que
tenha, maior facilidade de falar em público. Vê-lo-emos melhor no capítulo da “linguagem”.
Ligação direta na psicofonia - Trata-se, porém simplesmente de hipótese. Nada há de
cientificamente certo, quanto a essas localizações.
O comando mediúnico da palavra, que é o que interessa estudar neste trabalho, pode ser
distinguido de vários modos:
Quando o espírito se liga fluidicamente a um chakra, pode o médium perceber as sensações e
idéias, mas quem fala é o próprio médium, plasmando em sua mente as palavras que fala ou
escreve.
Quando o espírito inspira as idéias (influindo no corpo pineal através do coronário, ou na
hipófise através do frontal, etc.), também é o médium que fala por si mesmo, traduzindo as
idéias recebidas.
Quando, todavia, o espírito quer falar por si mesmo, pode ligar-se fluidicamente a um chakra,
mas terá que, concomitantemente, obter o comando da “linguagem falada”, na zona
extrapiramidal do sistema córticobulbar no frontal inferior, o que é conseguido não
diretamente, mas através do sistema nervoso. Isso o espírito pode conseguir automaticamente,
por impulsos eletromagnéticos lançados no plexo nervoso. Entendemos por que, se o
comunicante é de baixo teor vibratório, o médium permanece com pequena cefalalgia na base
do frontal.
Mas, quando o espírito é de maior evolução, pode, também, agir diretamente no chakra
laríngeo. Neste caso interfere no plexo carotídeo (e por isso o médium tem a impressão de
“ouvir dentro da cabeça” as palavras que vai falar ou escrever, frações de segundo antes de
externá-las). Também a glândula tireóide é ativada, ocorrendo-lhe o mesmo fenômeno que
ocorre quando a pituitária lhe envia seu estímulo, isto é, o iodo armazenado é distribuído mais
ativamente a todo o organismo através do sangue, e novo iodo é produzido e estocado. Por esse
motivo, o exercício mediúnico da psicofonia traz sempre vantagem para o médium, pois a
produção e a maior quantidade de iodo no organismo lhe assegura saúde mais estável e
inteligência mais viva.
Observem em si mesmos aqueles que praticam a. mediunidade psicofônica, e verifiquem se a
saúde não lhes permanece cada dia mais equilibrada e, sobretudo, se não percebem que
Corpos Sutis e Chacras - Guia de Estudos - Olivio Cezar
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adquirem maior capacidade de compreender e de explicar as coisas; numa palavra, se seu
intelecto não se torna cada vez mais lúcido, mesmo quando a cultura não é muito grande.
Anotemos, todavia, que o mais frequente é o médium falar por si mesmo, traduzindo, apenas,
as idéias do comunicante. Daí só falar, geralmente, nas línguas que conhece fora do transe. Só
quando o espírito comunicante assume o comando da área de Brocá é que o médium manifesta
o fenômeno da xenoglossia (ou glossolalia, que é expressar-se em línguas normalmente
desconhecidas pelo médium). O fenômeno é bastante raro. E ocorre uma duplicidade de
comportamento: ou o médium fala (ou escreve) um idioma desconhecido e nada entende do
que está dizendo; ou, enquanto fala uma língua, embora para ele totalmente desconhecida, vai
entendendo o que diz; neste caso, enquanto o espírito comunicante comanda a área de Brocá,
ao mesmo tempo realizam-se ligações com o giro superior do lobo temporal, e as idéias são
percebidas pelo médium que pode, depois, traduzir por si a mensagem recebida, porque o
sentido foi gravado na memória cerebral.”
Corpos Sutis e Chacras - Guia de Estudos - Olivio Cezar
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CHACRA CARDÍACO
O CENTRO DOS SENTIMENTOS
Localiza-se na região do coração físico, mais próximo do centro do peito. Podemos afirmar que
representa o equilíbrio entre os três chacras que se localizam acima dele e os três da parte inferior do
corpo. Seu elemento é o ar e apresenta-se com 12 raios ou pétalas de um amarelo brilhante.
Diz-se que no coração encontra-se o antílope que é o símbolo do coração, muito aberto, muito sensível
e muito inspirado. Um indivíduo ligado ao quarto chacra entra numa vibração de compaixão, de
desprendimento, de sabedoria e de amor incondicional. Os apegos aos prazeres terrestres, honras e
humilhações, não o preocupam. Portanto, vive em harmonia com os mundos interior e exterior.
Dos 21 aos 28 anos, o ser estará mais ligado ao quarto chacra, pois este seria o período de seu
desenvolvimento.
A ligação glandular aqui se faz com o timo. Ele faz parte do sistema linfático, situado abaixo da tireóide e
das glândulas paratireoides. Em seu livro "Cura Espiritual e Imortalidade", Patrick Drouot explica:
"A atividade tímica e o funcionamento de nosso sistema de defesa imunológica são objeto de
atenção considerável, especialmente com o drama da AIDS que destrói os leucócitos e também
as células cerebrais humanas, causando deficiência imunológica, demências e outras desordens
neurológicas. Já que uma percentagem de pessoas soropositivas não desenvolve a AIDS e só
manifesta leves sintomas, pode-se deduzir daí que o corpo tem provavelmente mecanismos de
proteção natural. Mais uma vez, agindo com técnicas mentais, terapias vibratórias, dedos de
luz, arcos de luz, focalizando-os em certas pétalas do quarto chakra e agindo também sobre o
tattwa correspondente ao nível etéreo e astral, é provavelmente possível influenciar a timosina,
Signo: Áries(casa 3) e Libra (casa7).
Designação hindu: Anahata
Elemento: Ar.
Glândula endócrina: Timo.
Localização: Centro do peito, na zona do coração.
Cor: Verde.
Pétalas etéreas: 12.
Nota musical: Lá.
Plexo: Cardíaco.
Cristais de cura: Jaspe verde, malaquita, turmalina verde, quartzo verde e
hematita.
Corpos Sutis e Chacras - Guia de Estudos - Olivio Cezar
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um hormônio complexo sintetizado pela glândula timo. Trata-se obviamente de uma hipótese
que resta demonstrar no plano científico.
Os linfócitos T produzem moléculas do tipo hormonal chamadas linfocinas que atacam todo
invasor. Uma dessas moléculas é chamada interferon, composto utilizado com algum sucesso
contra a proliferação das células cancerosas.
Elevando-se graças à vibração do quarto chacra, é possível dominar a arte da língua, a poesia e
o verbo. O ser começa a dominar seu eu obtendo sabedoria e força interior. A energia
Ying/Yang se equilibra. Um ser centrado segundo o chacra Anahata começa a evoluir além dos
limites de seu ambiente para tornar-se autônomo; sua vida de torna então uma fonte de
inspiração para os outros."
A pulsação do chacra do coração saudável é a mesma pulsação dos batimentos cardíacos constantes.
Esse ritmo de pulsação é universal e quando o chacra está equilibrado, estamos em paz com os outros e
com o ambiente.
O USO DAS CORES PARA A CURA
O verde-primavera cura a dor causada nas pessoas que estão muito vulnerável à vida, ajudando a abrir o
chacra cardíaco quando este estiver "endurecido" pelas experiências emocionais negativas. O rosa
oferece uma sensação de brandura e transmite conforto do luto. O rosa-ametista fortalece o chacra do
coração nas pessoas que têm debilidade física ou estão muito tensas, ajudando no reequilíbrio da
pressão sanguínea.
Em sânscrito é chamado de Anahata (imbatível, inviolado), estando localizado entre as omoplatas,
ligeiramente à esquerda da espinha dorsal. Satyananda esclarece que, ao contrário do coração físico, o
espaço astral ocupado por este chacra é vasto e informe.
Segundo Leadbeater, Powell e Tara Michael, suas pétalas seriam de uma brilhante cor de ouro. Para
Coquet, sua cor é próxima do amarelo ou ouro incandescente e para Aurobindo é o rosa dourado.
Satyananda descreve-o como normalmente escuro, de um vermelho radiante e brilhante quando
ativado. O Schat-chakra-Nirupana atribui-lhe o vermelho, o Siva Samhita, o vermelho escuro e o Garuda
Purana, o dourado.
André Luiz indica-o como centro da emoção e do equilíbrio geral ("Entre a Terra e o Céu"), dirigindo a
circulação das forças de base ("Evolução em dois Mundos").
Ele é representado por um lótus com 12 pétalas envolvidas por uma cor vermelha. No interior do
mandala se acham dois triângulos entrelaçados (estrela de Salomão), de cor cinza esfumaçado,
tornando-se, quando ativado, de um brilho radiante. É o centro do amor e diz respeito ao princípio
espiritual do ser.
Leadbeater Indica um segundo lótus no coração, abaixo do maior. Aurobindo, no entanto, em "More
Lights on Yoga"', traduzido como volume da coleção "A Consciência que vê", afirma:
"Nunca ouvi falar de dois lótus no coração; mas ele é a sede de dois poderes - na frente, o vital
mais alto ou ser emocional, atrás, e escondido, o ser psíquico ou alma".
Aurobindo afirma que sua função está relacionada o comando do ser superior, com o psiquismo
profundo.
"O centro do coração" ensina Coquet, "terá todas as chances de desenvolver-se
harmoniosamente e sem perigo se o neófito, ou o homem em geral, viver tendo em
consideração, sobretudo os interesses do grupo, cultivando o sentido amplo da fraternidade e
da tolerância, amando coletivamente e buscando servir o plano divino sem preocupação de
agradar, de ser apreciado ou recompensado".
Corpos Sutis e Chacras - Guia de Estudos - Olivio Cezar
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Antes de desenvolver a força criadora do centro laríngeo é recomendado despertar o centro cardíaco,
adverte Coquet. É o caminho natural que procura cultivar o Karma-yoguin, ou seja, realizar ações sem
apego ao resultado. Isso também é recomendado pelos Espíritos que codificaram a Doutrina Espírita.
Satyananda relaciona as seguintes habilidades para o seu despertar:
a) adquirir o controle do ar;
b) despertar um amor não individualista e cósmico;
c) desenvolver a eloquência e o gênio poético;
d) adquirir o poder de ter seus desejos satisfeitos;
e) tornar o sentido do tato tão sutil que pode sentir a matéria astral, através do sentido astral,
sensação que pode ser transmitida a outros (o sentido desse chacra é a pele e o órgão ativo, o
coração).
Motoyama acrescenta que seu despertar provoca o desenvolvimento do poder da cura psíquica. "Prana
pode ser transmitido através das palmas das mãos e dirigido à área doente do corpo de outra pessoa. A
técnica bem conhecida da "imposição das mãos" está provavelmente relacionada com o
estabelecimento de uma conexão Intima entre o anahata e as mãos. Poderes psicocinéticos também se
desenvolvem quando o anahata é despertado".
Sem bloqueios: Traz o poder do conhecimento, da sabedoria, da humildade e do amor incondicional.
Aumenta a tolerância, a afetividade, a bondade e a piedade, sentimentos superiores, que representam o
equilíbrio emocional e energético. É o chacra mais importante nos tratamentos de cura espiritual.
O chacra cardíaco é um dos mais importantes para a vida espiritual superior, pois rege o sentimento e o
entusiasmo, impulsionando o ser em tudo o que ele realiza e concentra em si toda a expressão de
afetividade e envolvimento com o belo.
Quando vitalizado, atua em parceria com o chacra frontal nos processos de despertamento da intuição,
criando um vórtice, conhecido como terceiro olho - responsável pelo aprimoramento da visão interior -
e é utilizado na intuição. Nesse processo, o cardíaco desperta o sentimento de compaixão; atuando
como uma espécie de termômetro, criando condições para a manifestação da intuição.
Com bloqueios: Induz a paixões obsessivas, sentimentos doentios, egoísmo, violência, soberba,
incapacidade de amar, etc. mantendo a pessoa numa aparência de apatia para com tudo e todos ao seu
redor. Elas não se envolvem, nem se apaixonam por nada, tornando-se Insensíveis e estéreis, sem
nenhuma noção do que é harmônico e de belo.
A pouca vitalidade neste chacra torna as pessoas pragmáticas, endurecidas, muito racionais e sem
percepção da harmonia e das belezas da vida., atuando apenas de forma pratica, sem compreender o
sentido da compaixão. Não enxergam as necessidades do outro e nem gostam de serem contrariadas.
Impondo suas convicções e nunca se colocam no lugar do outro..
As pessoas que possuem grande vitalidade neste chacra acumulam valores excessivos, sentimentos
aflorados e não sabem colocar limites ao expor seus sentimentos e com isso se decepcionam.
Desenvolvem grande intuição das coisas belas e um sentido que as ajuda a compreender as pessoas.
Mas não estabelecem limites em sua forma de agir e com isso não sabem se proteger. Adquirem uma
carência afetiva que gera infelicidade e inconformação, deixando-as frustradas por não terem seus
sentimentos correspondidos.
Nas reuniões mediúnicas os Espíritos guias e mentores retiram deste centro, um ectoplasma
translúcido, de coloração rosada, que é utilizado em tratamentos de cura espiritual. Neste chacra, que é
o centro dos sentimentos mais elevados os Espíritos superiores interagem com seus médiuns, enviando
boas energias. Também é utilizado no tratamento de entidades endurecidas quando se dá a irradiação de
fluidos amorosos para estes.
LIVRO “TÉCNICA DA MEDIUNIDADE” DE PASTORINHO
Corpos Sutis e Chacras - Guia de Estudos - Olivio Cezar
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“O plexo cardíaco é largamente comprometido na mediunidade passista. Daí a emoção ou até
comoção dos sensitivos que possuam bem desenvolvido esse chakra, o que é mais frequente nas
mulheres.
A atuação direta no chakra cardíaco atinge, comumente, o ritmo do coração, que pode
apresentar taquicardia, braquicardia ou disritmia.
Sendo todo formado pelo sistema simpático, qualquer atuação que vibratoriamente o atinja, é
sentida repercussivamente em todo o organismo. Assim observamos aparecerem, geralmente,
alterações na respiração, que se torna mais profunda e rápida.
Aprofundaremos um pouco mais o estudo ao falar diretamente sobre o coração.
Médiuns introvertidos - O chakra cardíaco está intimamente ligado ao timo, e qualquer
influência astral compromete essa glândula que, segundo os fisiologistas, nenhuma função
possui depois da puberdade, tanto que se atrofia.
No entanto, do ponto de vista espiritual, a função tímica é bastante sensível, pois atua no setor
mais elevado da criatura: com efeito, não apenas na criança, em que o timo é mais
desenvolvido, como nos adultos, pessoas ditas timicolinfáticas caracterizam-se por um ar
angélico e místico, não apenas na aparência física, como no comportamento diante da vida.
Realmente o timo desenvolvido favorece as ligações com o chakra cardíaco e, portanto, a união
do eu personalístico com o Eu da individualidade: o conhecido “encontro”.
Nas pessoas comuns, em que o timo se atrofia, observamos as características do chamado
“homem do mundo”, extrovertido, lançado para fora, atuante no campo financeiro, comercial
ou industrial, enfim, nas atividades externas.
Ao contrário, aquelas em que o timo permanece mais ativo, são os introvertidos, dados à
meditação, à contemplação, à vida mística e religiosa, voltados para seu interior. E por isso
mesmo despreparados para qualquer atividade externa. Sua expansão é interna. Sua vida
desenvolve-se mais no espírito que na matéria.
Outras criaturas há que apresentam épocas de altos e baixos, ora esfuziantes de entusiasmo e
otimismo extrovertido, ora deprimidos e pessimistas quanto à vida, introvertidos: são os
ciclotímicos, muitos dos quais célebres, como Lucrécio, Goethe, etc.
Ora, tudo isso vem trazer à nossa meditação a larga influência espiritual que essa glândula
exerce sobre a criatura.
Os de timo atrofiado quase não possuem reações emotivas, pois são pouco sensíveis ao
sentimento elevado. Já os outros apresentam sensibilidade quase mórbida, como ocorre,
sistematicamente, com os médiuns que, exatamente por isso, são chamados “sensitivos”.
Sob a influência de espíritos elevados (“guias” ou “mentores”) o timo também é ativado,
através da atuação por meio do chakra cardíaco. Tanto que, após longo intercâmbio com eles,
os médiuns apresentam expressão de alegria infantil e de tendência ao misticismo e às atitudes
“angelicais” em seus atos, palavras e conceitos, como é fácil verificar nos meios espiritualistas.”
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CHACRA UMBILICAL
O CENTRO DAS EMOÇÕES
Possui 10 raios ou pétalas que variam do vermelho ao esverdeado. É o centro da vontade ou do ego
inferior. Está ligado ao sistema digestivo à absorção dos alimentos e dos nutrientes. Sua função deve ser
entendida num sentido mais amplo que inclui a assimilação mental e psicológica do conhecimento e da
experiência. É também ligado ao elemento fogo, à visão e às energias psíquicas. A pessoa que tem esse
plexo desenvolvido terá maior sensibilidade para perceber as intenções dos outros, sejam boas ou ruins.
O desenvolvimento desse chacra produz uma independência maior e irá coincidir com a fase da
adolescência. O chacra umbilical relaciona-se com o corpo astral, de estrutura bem mais sutil que o
duplo etérico e ligado essencialmente às emoções.
Pessoas dominadas por este chacra terão foco no poder pessoal e no auto reconhecimento, sem se
importarem com o prejuízo alheio. Dormirão em média de seis a oito horas, sempre de costas.
Quando esse chacra se encontra com um funcionamento irregular, leva a pessoa a uma rotina de
inércia, tornando=a incapaz de realizar uma mudança positiva em sua vida.
Equilibrado, desenvolve o sentimento de servir incondicionalmente, com alegria e paixão pela vida.
O USO DAS CORES PARA A CURA
O amarelo claro é a cor predominante e relaciona-se com a realização de trabalhos e estudos que exijam
o uso da memória. No tratamento deste chacra, devemos usar lâmpadas da cor amarela no local de
trabalho ou no lar.
Signo: Touro(casa 2) e Virgem (casa 6).
Designação hindu: Manipura.
Elemento: Fogo.
Glândula endócrina: Pâncreas e Baço.
Localização: Zona do estômago, entre o umbigo e a base do esterno.
Cor: Amarelo.
Pétalas etéreas: 10.
Nota musical: Mi.
Plexo: Solar interno, médio e externo.
Cristais de cura: Enxofre, citrino, jaspe amarelo, alabastro amarelo e topázio
amarelo.
Corpos Sutis e Chacras - Guia de Estudos - Olivio Cezar
98
O dourado e o rosa são as melhores cores de cura para emanar para esta região. O dourado deve ser
visualizado na forma da luz do Sol pura e branda, que ajudará na melhoria do metabolismo, da visão e
bem-estar do corpo físico. O rosa ajuda para suavizar esta região.
Seu nome em sânscrito é Manipura, isto é, ‘cheio de jóias’. No Tibete é denominado Manipadma, ‘o
adornado com jóias’ (Satyananda). Coquet entende ‘mani’ significando gema flamejante, e ‘pura’.
Está situado à altura do plexo solar na junção das vértebras dorsais e lombares, alguns centímetros
atrás da coluna vertebral. Alguns autores alertam que não devemos confundi-lo com o plexo solar que
é somente um reflexo deste centro. Segundo Leadbeater, "sua cor predominante é uma curiosa
combinação de vários matizes do vermelho, ainda que também contenha muito do verde”.
“Suas cores são alternativas e principalmente vermelhas e verdes" (Powell). Coquet indica-lhe uma cor
rosa mesclada de verde. Tara Michael como flamejante. Aurobindo vê a violeta e Satyananda a azul
escuro. O Schat-chakra-Nirupana indica-lhe a cor azul e Siva Samhita, a dourada, enquanto Garuda
Purana, o vermelho. Sua correlação com o corpo físico está no pâncreas.
O Manipura é representado como um lótus de 10 pétalas de cor cinza plúmbeo com letras em sânscrito
em cada uma delas. Dentro do mandala se encontra um triângulo vermelho Invertido, com o bija
mantra ao centro ‘Ram’.
"A energia solar, ensina Coquet, é uma força de natureza emocional fortemente influenciada
pelos desejos e pelos nervos sensitivos do tato. O centro solar é o cérebro pelo qual reage o
reino animal; semelhantemente à consciência de uma grande parte das pessoas pouco
evoluídas e dos aspirantes sobre a senda está fundamentalmente polarizada no centro solar".
Este centro gástrico se "responsabiliza pela penetração de alimentos e fluidos em nossa organização",
escreve André Luiz em "Evolução em dois Mundos".
Seu despertamento nos leva a uma atitude benevolente e de compaixão, possibilitando domínio sobre
o fogo, habilidade de visualizar os órgãos internos do corpo, evitar doenças e capacidade para enviar o
prana ao centro cardíaco. “A concentração de energias sobre o Manipura melhora a digestão dos
alimentos” (Satyananda). Leadbeater escreve que seu despertar ajuda a identificar as influências
astrais, identificando regiões afetadas.
“Uma grande parte da energia da natureza emocional e astral se derrama pelo centro solar,
devendo cada indivíduo esforçar-se por transmutar esta energia em aspiração, porque por ele é
que operam o médium e o vidente” (Coquet).
Coquet recomenda um cuidado especial para este centro: "a usura e a degradação que surgem
predisporão o indivíduo a uma frágil santidade, na verdade inexistente e isto por causa das energias
interiores mal dirigidas e sobretudo mal empregadas ".
É o centro da vontade, do ego, responsável pela absorção das emoções e das experiências necessárias
para o despertar da consciência. Ligado ao corpo astral, esse chacra está conectado com os instintos e
emoções passionais.
Sem bloqueios: Emana poder criativo, sentido de justiça e generosidade. É o chacra da sabedoria, da
vontade, da ação e do poder pessoal. Traz naturalidade e elegância no relacionamento social,
segurança, vigor físico e mental, sensibilidade às percepções e intuições e est[a suscetível às influências
externas de energias tanto negativas como positivas.
Com bloqueios: Induz à insegurança, ao egoísmo, complexo de inferioridade, perda da capacidade
cognitiva, megalomania, etc.
Corpos Sutis e Chacras - Guia de Estudos - Olivio Cezar
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Localizado entre os chacras inferiores e os superiores, o solar é um centro que reúne as energias dos
centros inferiores que devem ser elevadas. A pessoa que vibra com frequência neste centro será
egoísta, egocêntrica, hipersensível e angustiada, somatizando doenças de fundo emocional, além de
males do estômago, do intestino, perturbações hepáticas, etc.
Nas pessoas em que o chacra umbilical tem uma vitalidade maior, notamos congestionamento das
emoções, que descem vibratoriamente do corpo astral, produzindo descontrole emocional, excesso dos
instintos e das emoções. Uma ansiedade se estabelece em sua intimidade, causando emoções violentas,
e comprometimentos no comportamento. Raiva, ressentimento, mágoa, ciúmes, irritabilidade e
agressividade, são características encontradas nesses indivíduos, tanto pelo excesso de vitalidade como
pelo congestionamento deste plexo.
Quando desvitalizado, deixa a pessoa apática, sem motivação para nada e sem objetivos, causando
danos irreversíveis na mente.
Grande maioria de pessoas vive sob a influência deste plexo, buscando novidades, tendo grandes
inspirações, mas falta-lhes determinação para realiza-las.
Por este plexo também podemos expelir ectoplasma, fluido doado nos tratamentos das curas
espirituais.
Neste chacra devem ser direcionados os esforços para o tratamento de pessoas nervosas, irritáveis ou
que choram com facilidade, pois a magnetização ajudará a recuperar a saúde física e emocional do
paciente, principalmente nos casos de depressão, tristeza ou melancolia. Nos casos de desenvolvimento
da mediunidade este centro deve merecer especial atenção. Vejamos o que nos fala Pastorinho, sobre o
assunto:
LIVRO “TÉCNICA DA MEDIUNIDADE” DE PASTORINHO
“Sofredores - O plexo solar é o mais atingido no setor da mediunidade receptiva, na faixa dos
sofredores e necessitados comuns, sobretudo na daquela que, tendo perdido o corpo físico,
também perderam a noção da própria personalidade, de nada mais se recordando. Sabem que
existem porque sofrem, sentem dores, aflições, angústias, calor ou frio, como qualquer animal
irracional, mas não sabem mais quem são nem quem foram quando encarnados na Terra. Com
esses nada adianta perguntar, pesquisar, inquirir: são quase autômatos, em quem só restam a
sensibilidade do etérico e as emoções do astral, sem nenhuma ou com pouquíssima participação
do intelecto: a amnésia é total (ou quase), julgando-se ainda presos ao corpo físico, mas
abandonados de todos os parentes e amigos, acabando por se esquecerem deles.
Todos os que alimentam vibrações de sofrimento, de tristeza, de angústia e de dores físicas, se
ligam pelo chakra umbilical que pode ser definido como o chakra da mediunidade sensitiva,
quase visceral. Nem é de estranhar que a ligação por aí se faça, pois o plexo solar é o centro das
sensações físicas que não tenham ligação com o intelecto racional (o "cérebro do abdome”).
Ao ligar-se, o espírito transfere para o sensitivo seus sofrimentos que, de acordo com a
localização por eles mentalizada, vai refletir-se nos órgãos do médium: fígado, estômago,
pulmões, baço, pâncreas, rins, bexiga, etc., não se excetuando, mesmo, certos órgãos
superiores, como sobretudo dores de cabeça, de garganta, de olhos, etc. etc.
O desequilíbrio nervoso ou mental é o pior deles. Nesse quadro tétrico podemos assinalar os
dementes e os dementados pela dor, os traumatizados pelos desastres, os desequilibrados pelo
suicídio, os alucinados pelas perseguições dos inimigos, os parafrênicos perseguidos, os
prisioneiros das trevas, os enlouquecidos pelo ódio, os perturbados, pelos vícios.
De modo geral a ligação desses pobres espíritos é feita exclusivamente para tentar um
reequilíbrio deles (e por vezes do próprio médium que a elas está ligado) a fim de facilitar o
atendimento por parte dos "samaritanos do astral". Não adianta querer doutriná-los ou curá-
los, pois quase sempre são refratários a melhoras imediatas, sendo indispensável o tratamento
Corpos Sutis e Chacras - Guia de Estudos - Olivio Cezar
100
a longo prazo ou a reencarnação imediata para esquecimento do passado. O meio mais eficaz
de atendimento, a nosso ver, é constituído pela prece e pelo hipnotismo, induzindo-os ao sono
profundo, a fim de serem levados pelos enfermeiros e internados nos hospitais do espaço, onde
a paciência dos médicos espirituais os irá tratando por meio da sugestão continuada.
No entanto, a cura pela sugestão poderá, raras vezes, ser tentada pelo dirigente capaz, por
meio de passes, curadores e magnéticos, mas só em casos mais leves, em que se veja
probabilidade de aproveitamento real. Isso porque não se deve tentar uma "caridade" talvez
infrutífera, à custa da falta de caridade para com o médium, que lhe está sofrendo os impactos
terríveis em seu organismo, com desequilíbrio de todo o sistema nervoso simpático e prejuízo
dos órgãos internos.
Não devemos nós, encarnados, ter a pretensão de possuir maiores poderes que os
desencarnados: eles os trazem para que recebam aquilo que para eles é mais difícil: fluidos
magnéticos mais densos e o som da voz humana em vibração mais baixa, que talvez seja o
único som que sejam capazes de perceber em sua condição muito materializada; e também o
contato com o perispírito do médium, para causar-lhes novamente o impacto da matéria.
Outro serviço realizado pelo chakra umbilical, com interferência do plexo solar, é a moldagem
dos corpos astrais de espíritos que sofrem de licantropia. Como temos conhecimento, desde a
mais remota antiguidade, os envoltórios astrais de criaturas humanas muito involuídas,
animalizadas e atingidas por vícios e por ódios, tomam a forma externa animalesca (já
assistimos em reuniões, a ligações de espíritos com formas diversas de cão, de cavalo, de
abutre, de lobo, etc.). Aliás as lendas do "lobisomem" é um exemplo típico. Nesses casos, o
médium sofre a ligação do espírito e procura moldá-lo novamente à forma humana, o que
dificilmente é conseguido numa só reunião. Em geral o necessitado fica preso ao médium o
tempo necessário à remodelação da forma astral. E isso traz sofrimento ao sensitivo encarnado.
Fluidos – Úlceras - Em vista disso, também o estômago é atingido quando o plexo solar recebe o
impacto de uma ligação no chakra umbilical.
Tratando-se de órgão mais percebido externamente, é mais comum ouvirmos referências a
perturbações estomacais, quando se efetuam reuniões espíritas.
Mas algo de mais importante ocorre.
Quando a criatura possui capacidade produtora de fluidos etéricos e sobretudo de ectoplasma,
é comum que esses elementos se depositem no estômago; e seu acúmulo provoca irritação das
paredes estomacais, chegando até, por vezes, em certos casos, a aparecerem ulcerações. A
própria medicina reconhece que certas atitudes mentais da pessoa podem chegar a esse
resultado.
Já observamos casos de úlceras comprovadas pela radiografia com indicação para operação
cirúrgica, desaparecerem por completo sem deixarem sequer cicatriz (comprovação
radiográfica) pelo simples exercício da mediunidade de passes.
Com efeito, dedicando-se a dar passes, o sensitivo escoa os fluidos acumulados, faz cessar a
irritação e curam-se as ulcerações porventura provocadas.
Atingido pelas vibrações - A ativação do plexo solar atinge o fígado e a vesícula, assim como
ocorre com os demais órgãos abdominais.
Daí por que, ao receber o impacto de uma ligação através do chakra umbilical, de um espírito
de baixo teor vibratório, o médium sente dores e mal-estar nessa região.
Se o sofredor traz vibrações demais pesadas, descontrola não apenas o sistema nervoso, mas
todos os órgãos.
Corpos Sutis e Chacras - Guia de Estudos - Olivio Cezar
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Em vista disso, as reuniões chamadas “de caridade” ou de “desobsessão”, em que predominam
esses espíritos, só devem ser realizadas uma vez por semana; e em cada uma os médiuns só
devem receber no máximo três comunicações. Dessa forma poderá refazer-se a tempo, para
outra reunião na semana seguinte. Não se deve abusar, sob alegação de que os “guias” suprem:
eles não são todo-poderosos nem fazem “milagres”. Para isso temos o raciocínio e o bom-senso,
com a obrigação de estudar.
Em certos casos de médiuns não desenvolvidos ou que não “trabalham”, observamos que as
enfermidades dos órgãos abdominais são causadas, por vezes, por ligações permanentes ou
demais frequentes de espíritos sofredores, que acabam obsidiando a vítima. Se há recurso ao
Espiritismo, é possível o alívio e a cura. Mas os remédios químicos da medicina oficial nada
conseguem, porque enquanto “arrumam a casa” de um lado, os desencarnados encarregam-se
de “desarruma-la” do outro lado.”
Pastorinho traz neste livro importantes informações sobre a epilepsia.
“Ação de obsessores no “ponto fraco” - Não é difícil reconhecer, nos ataques epilépticos, uma
ligação da vítima com seu obsessor, em legítima “incorporação”. Com isto não queremos negar
os progressos científicos da medicina, voltando à simples crendice: antes, buscamos explicar as
conclusões da ciência, pela realidade do que ocorre.
A epilepsia pode ocorrer naqueles que apresentam disritmias cerebrais. Neste caso, ou se
verifica um lapso momentâneo nas funções nervosas (pequeno mal, ausências, etc.) e isso quase
nunca é obra de obsessores; ou o ataque se desenvolve até às convulsões.
Neste último caso dá-se a influência espiritual pelo lócus minóris resistentiae (o que é normal
em todas as “incorporações”), que é exatamente a lesão ou disfunção cerebral, que pode ser ou
não “hereditária”. Feita a ligação pelo chakra umbilical (ou até mesmo pelo esplênico ou pelo
fundamental), a repercussão violenta do choque psíquico atinge o “ponto fraco”, que é a parte
cerebral afetada. Com o choque, a vítima caminha até o clímax convulsivo, quando então se dá
o desligamento automático. O paciente, contudo, pela exaustão e desvitalização, cai de
imediato em sono profundo durante uma ou duas horas. Ao despertar de nada se lembra, não
tendo consciência nem mesmo de ter tido as convulsões.
Doutras vezes a vítima nada tem de anormal no cérebro; o EEG nada acusa e, no entanto, a
sintomatologia apresenta-se idêntica. Nestes casos ocorre a ligação obsessiva violenta, com
disritmia cerebral durante as convulsões, embora o EEG posterior nada acuse. Entretanto, se
não forem evitados os ataques convulsivos, a lesão aparecerá com o tempo, pois mesmo que o
EEG não acuse disritmia no cérebro físico, sua contraparte astral sofre desse mal, sendo aí o
lócus minóris resistentiae.
Uma das provas maiores do que afirmamos é a premonição sentida pela vítima do que vai
ocorrer. Sendo médium, percebe a aproximação do obsessor, pelo fenômeno que os médicos
denominam de “aura epiléptica”. Dependendo do ponto de maior sensibilidade, os fluidos do
obsessor que se aproxima são notados pela vidência (cores, luzes ou, mais frequentemente,
sombras), pela audiência (sons, ruídos, vozes), pelo olfato (odores típicos, acres ou fétidos), pelo
paladar (gosto ácido na boca, ou por vezes adocicado), ou pelo tato (uma onda de calor
irradiado que o envolve). Ora, a sensação de calor é muito comum nas sessões mediúnicas,
antes da ligação do espírito com os médiuns. Assim também a dor na “boca do estômago” é
com freqüência notada, no momento da ligação através do chakra umbilical (plexo solar).
O tratamento preventivo (a medicina até hoje não conseguiu a cura, mas apenas evita as
convulsões) é ótimo para os médiuns: Pensamentos bons e alegres, mente higienizada, sem
aborrecimentos nem raivas, sem emoções nem ressentimentos. Quanto às drogas, o efeito que
alcançam é isolar o tálamo do córtex e interromper as associações do lóbulo frontal; ora, essas
mesmas drogas impedem qualquer ligação do espírito com o médium, embora este seja
normal.”
Corpos Sutis e Chacras - Guia de Estudos - Olivio Cezar
102
CHACRA ESPLÊNICO
O CENTRO DA VITALIDADE
O segundo chacra possui 6 raios revelando as cores: roxo, azul, verde, amarelo, alaranjado, vermelho-
forte e rosa.
O chacra esplênico localiza-se na região correspondente ao baço físico e está intimamente relacionado à
circulação sanguínea. Disfunções nesse chacra podem gerar anemias e até mesmo a leucemia. É
também responsável pela vitalização do duplo etérico enquanto o chacra básico está mais relacionado
ao corpo físico.
Uma criança com a idade de 8 a 14 anos está motivada por este centro e dormirá entre 8 a 10 horas em
posição fetal. Mais adaptada ao mundo físico (função do primeiro chacra) a criança começa a sair do
círculo familiar e a fazer amizades. Desejos e fantasias refletem a necessidade do Espírito sair do corpo
gerando uma fuga da realidade.
No desenvolvimento desse chacra iniciam-se as descobertas da individualidade. É um período
fascinante, mas também cansativo para pais e professores, pois se faz necessário o equilíbrio entre os
limites e a flexibilidade. Os padrões de comportamento, os gestos repetidos e a rotina devem nortear as
bases da educação. A repressão, os traumas e os conflitos durante este estágio repercutem por longo
tempo e deixam marcas na personalidade do indivíduo.
O chacra esplênico fornece energias vitais para a vida, se ligando ao chacra da garganta, que é o centro
da expressão. A insuficiência de um bom fluxo entre esses dois centros prejudica a vida do ser.
Com sua vitalidade, este chacra oferece um grande potencial de cura, tanto para si mesmo como para os
outros.
Signo: Gêmeos(casa 3 e Leão casa 5)
Designação hindu: Svadhisthana.
Elemento: Água.
Glândula endócrina: Gônadas.
Localização: Entre o osso púbico e o umbigo.
Cor: Laranja.
Pétalas etéreas: 6.
Nota musical: Ré.
Plexo:
Cristais de cura: Pedra da lua, coralina, calcita laranja e pedra do sol.
Corpos Sutis e Chacras - Guia de Estudos - Olivio Cezar
103
USO DAS CORES PARA A CURA
A cor laranja em tonalidades mais brilhantes pode trazer um sentimento enervante e conflituoso,
portanto, é recomendado usar o âmbar e o dourado nas visualizações e na cura deste centro. Nos
períodos de tratamento e recuperação, quando a pessoa se sente cansada ou com pouca energia,
visualizar a luz laranja fluindo para o chacra esplênico tem sido muito eficaz.
Nas pessoas desvitalizadas podemos colocar uma tigela com laranjas em determinado cômodo ou um
vidro âmbar ou laranja pendente de uma janela atravessada pela luz do Sol para ajudar na sua
revitalização.
"Este centro", diz Michel Coquet (1944), na obra “Les Chakras et L’initiation” "é o agente mais
importante da força inerente à matéria”.
"É o mais importante centro ativo distribuidor de energia. Nele estão colocados em contato a
via negativa da matéria (a energia do espírito) e a energia positiva do duplo etérico (Nous ou
Prana). Deste modo se produz ‘a centelha’ entre o plano divino e o plano físico, e isto por
intermédio do corpo etérico. A vida dinâmica inerente ao oxigênio vitaliza o corpo penetrando a
princípio pela cabeça e pelo coração; entretanto uma corrente mais reduzida e ligeiramente
diferente entra no corpo físico pelo baço e se eleva em direção do coração para unir-se a outra
corrente".
"No ser humano", continua adiante, "a energia vital do sol é assimilada pelo centro etérico do
baço que é, assim o chamo, a contrapartida do baço físico. Mas o centro receptor principal se
acha entre as omoplatas; está situado, precisamente, entre o centro laríngeo e o centro
cardíaco, mas fica, entretanto, mais próximo do coração que da garganta. Um terceiro centro
está situado ligeiramente acima do plexo solar mas permanece adormecido e inativo, ao menos
parcialmente, e isto por causa das condições de vida (poluição) nas grandes cidades".
Segundo André Luiz, pela psicografia de Chico Xavier, este centro regula "a distribuição e a circulação
adequada dos recursos vitais em todos os escaninhos do veículo de que nos servimos" ("Entre a Terra e o
Céu"), "determinando todas as atividades em que se exprime o sistema hemático, dentro das variações
de meio e volume sanguíneo" ("Evolução em dois Mundos").
O chacra esplênico funciona como um transformador biológico, em analogia ao transformador de
tensão elétrica. Tem a função de vitalizar o duplo etérico e distribuir a energia correspondente, através
dos nadis. Absorve energia prânica do Sol, nutrindo e revitalizando através da irrigação das suas células
o sistema sanguíneo.
Quando predomina sobre os demais chacras, agindo na vida social do indivíduo, este tende a dormir
além do período necessário de 8 horas e como já citamos anteriormente, as pessoas regidas por esse
chacra dormem geralmente na posição fetal. Isto faz com que o indivíduo fique exposto a muitas
fantasias e desejos, condicionados em seu íntimo, que dificilmente se concretizam, gerando medo,
angústia e frustração.
Contudo, as pessoas que desenvolvem esse chacra terão condições de absorver grande quantidade de
fluidos revitalizantes que poderão ser direcionadas para os tratamentos de cura, como anemias,
leucemias e outras enfermidades que afetam o sistema imunológico ou mesmo para na produção de
ectoplasma em reuniões mediúnicas.
O chacra esplênico é o principal local onde seres vampirizadores se ligam, muitas vezes de forma
inconsciente, sugando a energia vital das pessoas, diminuindo-lhe a resistência, ocasionando também a
redução da capacidade de absorção dos fluidos vitalizantes que se manifestam através prana. Para
bloquear a ação de vampiros e outros parasitas astrais, precisamos fazer um tratamento espiritual.
Corpos Sutis e Chacras - Guia de Estudos - Olivio Cezar
104
LIVRO “TÉCNICA DA MEDIUNIDADE” DE PASTORINHO
“Sendo, quase sempre, vampiros que sugam vitalidade do médium, observamos repercussões
em toda a região lombar e abdominogenital, com tremores nas pernas, que parecem
enfraquecidas e doloridas.
Doutro lado, também observamos repercussões no plexo sacro, pois as ligações pelo esplênico,
via de regra, procuram agir também no fundamental, para que a absorção da vitalidade seja
mais completa. Disso falaremos a seguir.
Mas anotemos que não é raro vermos, grudado nas costas do obsidiado (região lombar
esquerda, altura da cintura) formas ovoides, aracnídeos escuros, espécie de carrapatos
enormes: são formas astrais, quer (raramente) assumidas pelos espíritos vampirizadores, quer
por ele criadas, para que funcionem à maneira das antigas "sanguessugas", que de vez em
quando eles vêm sugar, deixando-as lá para que novamente se locupletem.
Há espíritos que distribuem essas ‘sanguessugas’ por diversas criaturas, do mesmo modo que
há ‘quadrilhas’ deles, que se reúnem para essa exploração baixa e prejudicial.
Com freqüência as pessoas atingidas vão emagrecendo e definhando a olhos vistos, sem que
nenhum facultativo descubra a causa real: todos os órgãos são perfeitos, tudo funciona bem, e
a pessoa constantemente se depaupera. Uma boa sessão de desobsessão, todavia, pode curá-
la.”
Continua Pastorinho:
“Coletor de prâna – vampiros - Além dessas, outra função típica do baço é a assimilação ao
sangue do “prâna” captado pelo chakra esplênico.
Essa absorção é feita constantemente e fornecida a todo o sangue que passa pelo baço,
produzindo largas quotas de energias vitais ao sangue e, ainda, retemperando o grande
simpático, através dos nervos que o envolvem.
Daí a força que possui o baço, e a necessidade de o sangue passar por ele. Por isso pode
executar sua tarefa de equilibrar o volume, do sangue circulante.
Sendo o armazenador do ferro extraído das hemoglobinas e o fornecedor do prâna necessário à
manutenção do organismo, a baço é o órgão mais visado pelos ‘vampiros’ que, através do
chakra esplênico, sugam a força vital da vítima, prendendo-se às suas costas.
O ‘prâna’ (nitrogênio) aí armazenado é distribuído à medida das necessidades. Quando a
pessoa, por exercícios demais violentos e prolongados (como em corrida mais longa) consome
mais ‘prâna’ do que o normal, e o baço esgota seu estoque, ele se violenta para absorvê-lo em
ritmo mais acelerado; mas, não estando preparado para isso, dá um grito de alerta, por meio de
uma dor violenta e aguda, que força a criatura a interromper a corrida, a fim de dar tempo de
reequilibrar o fornecimento de ‘prâna’. Anotemos, no entanto, que a dor não se manifesta no
próprio baço, mas no plexo esplênico, na altura do chakra do mesmo nome, que é o inalador
para entrada de ‘prâna’. Se a pessoa, porém, realizar exercícios de treinamento, o chakra se
habituará a trabalhar com maior velocidade, possibilitando esforços prolongados sem acusar
sofrimento, como se dá com os atletas. E por absorverem mais ‘prâna’, eles se apresentam
muito mais vigorosos que as criaturas que não fazem exercícios físicos.
Equilíbrio nervoso - Também afetado quando é atingido o plexo solar, por ação do chakra
umbilical, sobretudo se existir influência nociva de espíritos mentalmente perturbados.
Corpos Sutis e Chacras - Guia de Estudos - Olivio Cezar
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No entanto, num organismo sadio, com equilíbrio pancreático, pode produzir-se, por ação
reflexa da vibração astral da insulina, que age sobre o sistema nervoso, uma ajuda aos espíritos
comunicantes com desequilíbrio nervoso.
Ligação com vampiros – Angustia - As suprarrenais são atingidas quando a ligação do espírito
se faz pelo chakra esplênico, através do plexo lombar.
Os médiuns que sejam vítimas de espíritos vampirizantes que lhes esgotam a vitalidade,
sugando hormônios indispensáveis à vida, produzidos pelas suprarrenais, definham
constantemente, pois descontrolam seu metabolismo interno.
Além disso, a irritação da glândula, por ser muito solicitada, causa superprodução de
adrenalina, o que mantém o paciente amedrontado, neurastênico, irritadiço e angustiado.
A simples aproximação do espírito involuído causa pavor ao sensitivo, ativando a glândula que
produz mais adrenalina, que é derramada no sangue.
Não é sem motivo que toda e qualquer criatura que possua sensibilidade mediúnica demonstro
grande medo da mediunidade e das sessões mediúnicas, antes de educar-se e desenvolver-se.
Prefere fugir desses ambientes que lhe causam terror incontrolável: as suprarrenais são a causa
desse temor bem natural e cientificamente explicável.
Outra atuação dos espíritos obsessores sobre suas vítimas, é exatamente procurar irritá-las de
todas as maneiras e assustá-las todas as vezes que podem; com isso, produzem os conhecidos
‘angustiados’ crônicos, os que sofrem de insônia e pesadelos, e os ‘apavorados’ diante da vida.”
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CHACRA BÁSICO
O CENTRO DA ENERGIA DA VIDA
Esse primeiro chacra é responsável pela vitalidade e pela manutenção dos aspectos sólidos do corpo. É
também fonte do fogo serpentino ou Kundalini e está localizado na base da coluna vertebral, possuindo
4 pétalas e visualizado na cor vermelha.
O chacra básico ou raiz representa a manifestação da vida física. Portanto, do 1
o
.ao 7
o
.ano de vida a
criança aprende a enraizar-se, fixando-se nas leis de seu mundo e aprendendo a regular suas
necessidades de alimentação, adequando-se à sua identidade.
Esse chacra se relaciona com a juventude, a ilusão, a cólera, a avareza e a sensualidade. Pessoas vivendo
motivadas pelo chacra básico têm um comportamento violento ligado à insegurança e chegam a dormir
entre 10 a 12 horas sobre o estômago. São normalmente materialistas e pragmáticas.
Está relacionado com as glândulas suprarrenais, cujos hormônios são fundamentais para a manutenção
da vida no corpo físico.
As gônadas são a ligação glandular para o chacra raiz e se encontram nos testículos do homem e nos
ovários da mulher. Fazem parte deste sistema endócrino as células secretoras com capilares nas regiões
adjacentes ligadas pelo tecido conjuntivo. A glândula pituitária às vezes é chamada de ‘glândula mestra’,
Signo: Câncer (casa 4)
Designação hindu: Muladhara
Elemento: Terra.
Glândula endócrina: Suprarrenais.
Localização: Base da coluna vertebral, na zona do cóccix.
Cor: Vermelho.
Pétalas etéreas: 4.
Nota musical: Dó.
Plexo:
Cristais de cura: Quartzo vermelho, granada, jaspe vermelho, rubi, mica
preta, ônix, quartzo fumado, dolomita vermelha.
Expressividade: Juventude, ilusão, sensualidade, agressividade, cólera,
insegurança, violência, materialismo.
Associação:
Corpos Sutis e Chacras - Guia de Estudos - Olivio Cezar
107
pois pode ser comparada analogamente ao maestro de uma orquestra e, ao seu comando, os
hormônios são secretados dos testículos e dos ovários. Está relacionada com a fertilidade, o
desempenho e os impulsos sexuais. Sua secreção garante um desenvolvimento correto dos processos
naturais da sexualidade.
USO DAS CORES PARA CURA
O chacra raiz saudável é observado em cores vermelhas muito vívidas e nos processos de cura essas
tonalidades mais brilhantes devem ser utilizadas com muita cautela. Um bom exercício visual de cura é
imaginar as cores ‘familiares’ do chacra fluindo nas pétalas a fim de abastecê-lo. Devemos utilizar tons
mais suaves de vermelho e no caso de pessoas muito sensíveis a esta cor, usar tons de marrom ou a cor
de malva (cor clara pertencente à faixa do violeta e magenta), ou ainda, o verde, que é um
complemento do vermelho.
É denominado em sânscrito de Muladhara (Mula = raiz; adhara = suporte). É formado de 4 pétalas em
forma de cruz, sendo a 15 graus a representação do reino mineral, a 25 do vegetal, a 34 do animal e a 45
do hominal. Powell e Leadbeater indicam a cor das pétalas como sendo de ‘ígnea cor vermelha
alaranjada’; Michel Coquet - fogo alaranjada; Aurobindo - vermelha; Tara Michael - carmesim. Nos
livros Schat-chakra-Nirupana e Siva Samhita, vermelho.
O animal é um elefante branco.
Neste chacra está adormecida a energia básica, denominada, em sânscrito, Kundalini. Ensina Coquet: "A
humanidade em geral é, sobretudo controlada pela vontade de viver e existir; está ali um aspecto de sua
consciência que controla e organiza toda sua vida, e produz também isto que nós conhecemos sob o
nome de reencarnação. E, do modo que o princípio de vida firma- se no coração, do mesmo modo a
vontade instintiva e inconsciente de existir está localizada na base da coluna vertebral".
Sem bloqueios: Está ligado à nossa vida no plano material, condicionando nossa vontade de viver. É
conhecido no Oriente como o chacra do nascer e renascer, o portal da vida e da morte. Proporciona
determinação, predisposição física e equilíbrio frente aos desafios da vida.
Com bloqueios: Gera excessiva agressividade ou pacifismo exagerado, falta de paciência, egocentrismo,
histeria, desânimo, tendência para a obesidade, medo de viver, dependência, etc.
É extremamente perigoso o desenvolvimento deste chacra. Exige uma disciplina dos corpos físico,
astral e mental durante uma série de reencarnações, uma moral rigorosa.
"O aspecto vida domina, pois quase inteiramente o centro coccígeo, tendo este por principal
função participar na formação do veículo físico. É esta a razão pela qual toda a energia do
centro coccígeo está centrada na procura do desenvolvimento e da perfeição ao nível do corpo
denso" (Coquet).
É o centro responsável pela vitalidade das glândulas suprarrenais, colocadas na parte superior de cada
rim, ao nível da primeira vértebra lombar, que segregam importantes hormônios: a córtico-suprarrenal
segrega adosterona, o cortisol e andrógenos, a medula suprarrenal segrega a adrenalina.
Existem chacras menores mais abaixo, mas subordinados ao básico, localizados entre o cóccix e os
calcanhares, controlando nossos instintos animais. São: o Atala, na planta do pé; o Vitala, no dorso do
pé; o Nitala, na articulação superior da perna com o pé; o Sutala, no joelho; o Mahatala, na parte
inferior da coxa; o Rasatala, na parte superior da coxa e o Talatala, na parte média da coxa. O Uttara-
Gitta descreve o Muladhara como:
"O Patala, onde as cobras vivem enroscadas abaixo do umbigo, é o lugar conhecido com o nome
de Bhogindra. Este lugar, terrível como o dia do juízo final e como o ardente inferno, tem
Corpos Sutis e Chacras - Guia de Estudos - Olivio Cezar
108
também o nome de Mahapatala. O eternamente denominado Giva manifesta-se nesta esfera
em serpentina roda, semelhante a um círculo".
No Muladhara se encontra a base do Sushumna nadi, pois ali está o lugar de reunião (kanda) da raiz de
todos os nadis. Nesse centro localiza-se também o nó de Brahma, o 1º nó a impedir a subida de
kundalini. Os outros dois nós se encontram no centro cardíaco - o nó de Vishnu e no frontal - o nó de
Rudra ou nó de Shiva.
Veremos esses chacras secundários no próximo capítulo.
O chacra básico é responsável pela solidez que nos identifica em diversos aspectos da vida material, nos
relacionando com o mundo das formas e aparências. Facilita o relacionamento com as leis que regem o
mundo material e a vida em sociedade.
Os sensitivos sentem um odor desagradável quando se aproximam de pessoas que estão com este
chacra em atuação mais intensa devido a uma exalação mais forte do ectoplasma, trazendo vibrações
animalizadas.
Nos casos de vampirismo, seres mal intencionados sugam energias de profundo conteúdo sexual das
pessoas que exalam grande vitalidade animal por este chacra, gerando incômodos na base da coluna,
em função dos pensamentos recorrentes de erotismo e sensualidade. Essas energias podem fluir
diretamente para o coronário, irradiando monoideias negativas que afetarão a saúde da vítima.
Outro aspecto nefasto deste chacra é a indução à violência, tanto em pensamentos, como em palavras e
atitudes. A espiritualidade maior desaconselha o desenvolvimento desse chacra, devido à nossa pouca
maturidade espiritual sobre o uso sadio do sexo.
Kundalini é uma palavra em sânscrito, que significa a força vital existente em nosso ser, localizada na
região do osso sacro e com possibilidade de ascensão ao longo da coluna vertebral, através dos chacras.
No básico atuam os chamados parasitas astrais, as larvas e outras criações mentais mórbidas,
penetrando e alastrando-se pela constituição sutil do duplo etérico e atingindo o corpo astral, afetando
a energia vital e impactando no corpo físico.
Quando reencarnamos, trazemos no corpo astral um registro das sequelas do passado, do abuso das leis
básicas da vida, carregado de fluidos mórbidos que adquirimos nos vícios e desregramentos, sendo
necessário um tratamento por passes magnéticos, mas principalmente uma mudança do
comportamento moral para nos reajustarmos. É o que a Doutrina Espírita chama de reforma íntima.
Um exemplo típico é a contaminação pelo vírus HIV, onde verificamos a deformação nos chacras
genésico, esplénico e gástrico. No caso particular do chacra genésico, essa contaminação absorve
resíduos da atmosfera fluídica, muitas vezes expelindo os fluidos vitais daquele que é portador do vírus,
causando enorme descompensação magnética e consequente exaustão física. Em seguida, provoca a
decomposição das células sanguíneas e a intoxicação do duplo etérico, contribuindo para o desencarne
prematuro da pessoa.
A espiritualidade sempre dispõe de recursos terapêuticos que ajudam na reposição de energias
revitalizantes tanto no duplo etérico — com antivírus estruturados com base na matéria astral ou no
ectoplasma fornecido pelos médiuns — quanto diretamente no corpo astral — através de substâncias
extraídas dos reinos da natureza. Essas energias atuam como organismos vivos no corpo etéreo
retardando a ação destruidora do HIV.
Os médiuns treinados em cura podem visualizar esse processo numa analogia com um carro que roda
desgovernado, quase parando sua roda (chacra), em torno de si mesmo, apresentando uma coloração
Corpos Sutis e Chacras - Guia de Estudos - Olivio Cezar
109
anormal de cor verde esbranquiçada, com manchas azuladas nas bordas, parecendo expelir uma
substância repulsiva, um pus, como nos casos de inflamação.
O animal místico é a makara, criatura marítima mitológica hindu, que é geralmente representada como
um animal semi-terrestre na parte frontal (veado, crocodilo ou elefante) e aquático na parte traseira
(usualmente uma barbatana de peixe ou de foca, embora por vezes tenha uma cauda de pavão ou até
um arranjo floral).
Segundo Coquet, na obra já citada, "sua função o a conversação da vitalidade que anima e sustenta o
corpo físico, como os diferentes órgãos de assimilação. Este centro afeta sobretudo os órgãos genitais ou
gônadas, que são a exteriorização física". No futuro, ele "deverá ser perfeitamente controlado e a maior
parte de suas atividades serão submetidas à vontade e à razão", sendo a energia que alimenta os órgãos
sexuais transferida para a garganta, possibilitando um nível mais alto de criação no campo do
pensamento e das ideias, como acontece nos grandes mestres da humanidade.
É este o ponto de vista de Aurobindo:
"A energia sexual utilizada pela natureza para a reprodução é na sua natureza real uma energia
fundamental da vida. Ela pode ser utilizada não por uma elevação, mas por uma certa
intensificação da vida vital emotiva. Ela pode ser dominada e desviada dos fins sexuais e
utilizada para a criação, e a produtividade estética, artística ou outra, ou conservada para
elevar as energias intelectuais. Inteiramente dominada ela pode também ser transformada em
uma forma de energia espiritual. Era um fato bem conhecido na Índia antiga e chamava-se a
conversão de Retas em Ojas pelo Brahmacharya (15). Mal utilizada, a energia sexual conduz à
desordem e à desintegração da energia da vida e dos seus poderes".
O descontrole do centro genésico resulta nos exageros do prazer sexual, no apego a outro ser ou a
objetos, no ciúme, no instinto de posse e na autoproteção. Isto continua na vida após a morte. André
Luiz destaca que o descontrole do centro genésico impede o Espírito de ter uma visão mais ampla da
realidade, "em vista do apego enlouquecedor aos vínculos do sexo" ("Entre a Terra e o Céu"), gerando
perturbações que acabam por anular as qualidades morais já adquiridas.
Satyananda desenvolve interessantes considerações a respeito do Swadhisthana, como centro do
inconsciente. Segundo ele, o centro frontal mantém uma conexão com o centro genital, mantendo sob
controle a mente consciente, incluindo o inconsciente coletivo, que é ainda mais poderoso que a própria
consciência individual. A grande maioria da humanidade não se apercebe disso.
LIVRO “TÉCNICA DA MEDIUNIDADE” DE PASTORINHO
“Chakra fundamental – obsessores sexuais - Atingido através do chakra fundamental, que
corresponde ao períneo do corpo astral, isto é, que fica localizado entre o ânus e os órgãos
genitais.
Ligam-se aí os obsessores de vibração sexual e aqueles que além de absorverem a vitalidade
pelo chakra esplênico, sugando o prâna do baço, conseguem dobrar essa ligação com o
fundamental, para extraírem energia vital das gônadas.
As vítimas desses obsessores tornam-se altamente sexuais e sensuais, insaciáveis nesse campo,
e sem qualquer freio que as retenha diante da satisfação entrevista para seus desejos
exacerbados.
Mesmo quando só estão ligados ao fundamental, em casos de sessões de desobsessão, o
médium experimenta vibração mórbida em suas partes sexuais, que se replenam de sangue, ao
mesmo tempo que as sensações desagradáveis e doloridas se estendem pelas nádegas
(piramidal), pelas coxas (ciático) e pés (calcâneo), dificultando-lhes, por vezes, o caminhar
depois das reuniões.
Corpos Sutis e Chacras - Guia de Estudos - Olivio Cezar
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A comunicação desses elementos de baixo teor vibratório é de molde a sacrificar o aparelho
mediúnico, devendo, por isso, limitar-se o recebimento a um, no máximo, por sessão.
Depois disso, o dirigente deve recomendar ao médium que se não concentre e se mantenha em
prece, a fim de reequilibrar seu sistema nervoso duramente atingido.
De modo geral as formas astrais desses espíritos é animalesca: larvas, lagartas, aranhas,
serpentes e até, quando em reuniões grupais, polvos. O movimento constante dessas formas
causa comichão nas partes sexuais, no ânus ou na vagina, onde penetram para satisfazer-se. E
essa movimentação leva a vítima a paroxismos de excitação nervosa, que vai causar-lhe, com o
tempo, profundo, mórbido e por vezes irreparável esgotamento físico e nervoso, por uma
irritabilidade constante e crônica.
Todo complexo nervoso que atua nas glândulas e nos órgãos sexuais masculino e feminino é
atingido quando se dá qualquer ligação de espírito de vibração barôntica no fundamental
(obsessores) ou no chakra esplênico (vampiros).
Daí a excitação que os médiuns experimentam durante essas manifestações, sumamente
desagradáveis.
Ainda temos que considerar as ligações (por vezes obsessivas) que certos espíritos mantêm com
criaturas muito animalizadas, levando-as a abusos sexuais de toda ordem. Tomam formas
diversas, prendem-se e alimentam-se de formas-pensamentos larvais, emitidas por encarnados
ou desencarnados involuídos, e permanecem presos a eles, sugando a vitalidade que deles se
desprende durante as ligações sexuais animalizadas e fazendo que se sintam suas vítimas
sempre insatisfeitas, de forma a repetir as uniões, para fornecer-lhes o alimento de baixo teor
vibratório. Essas criaturas ficam continuamente obcecadas pelo sexo e experimentam orgasmos
fortíssimos, somando-se o próprio com o do espírito que lhe está ligado.
Daí o perigo que constitui o contato com criaturas desse jaez: pode o infeliz trazer consigo
algum desses elementos, que passa a atormentá-lo para atraí-lo cada vez mais aos antros. Por
isso Paulo adverte que não unamos os membros do Cristo aos de uma prostituta (1ª Cor. 6:15).
No entanto, a produção glandular das gônadas masculinas e femininas apresenta utilizações
sublimes, na criação de novos corpos para os filhos de Deus que precisam reencarnar; na
expansão das vibrações de amor puro e santo que se desprendem das uniões castas e
amorosas, e que podem dar pábulo de conforto a tantos famintos de afeto, os quais são
atingidos pela irradiação que possam as criaturas imprimir a seus impulsos verdadeiramente
amorosos (não passionais nem animalescos); no aprimoramento de nossas vibrações espirituais
pelo Amor, que é Deus, sendo divinas suas manifestações puras e sublimes; e também pela
facilitação que traz para a união com a Divindade através do Amor que se doa.”
Corpos Sutis e Chacras - Guia de Estudos - Olivio Cezar
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MAIS INFORMAÇÕES SOBRE OS CHACRAS
CHACRAS MENORES
Há outros chacras menores, mas também importantes na cabeça:
 CHACRA BINDU: localiza-se perto do topo do cérebro, na direção da parte posterior da cabeça.
 CHACRA DA NUCA: está localizado na nuca, lembrando que durante os desdobramentos a
principal raiz energética do cordão de prata está anexada na paranuca.
 CHACRA SOMA: está situado logo acima do chacra frontal.
 CHACRA LALANA: está situado no palato.
Além desses, há chacras secundários nas têmporas, no queixo, na língua, logo abaixo do nariz, nas faces
e nos ouvidos.
Segundo Michel Coquet, os chacras menores são algumas vezes mencionados nos textos sagrados dos
hindus. Contudo, eles oferecem muito pouco interesse, salvo aqueles que estão em estreita relação com
o cérebro e aos quais fazem algumas vezes alusão certos autores:
"O lalanâ chakra, em frente da úvula (estrutura localizada no fundo da garganta, que ajuda na
deglutição e na fala, e é também conhecida como sininho da garganta), com doze pétalas (ou
lobos), região que se supõe associadas à produção dos sentimentos e das afeições ego-
altruístas, como o amor próprio, o orgulho, a afeição, a cólera, o pesar, a veneração, o
contentamento, etc.
Este centro é usado pelos mentores para abrir novos conhecimentos aos médiuns. O centro
Lalanâ é responsável pelos doze pares de nervos cranianos que partem do cérebro para
terminar-nos diferentes órgãos dos sentidos.
O mana chakra, o sensório, com seis lobos (cinco sensórios especiais para as sensações de
origem periférica, e um sensório comum para as sensações de origem central, como nos sonhos
e nas alucinações.
O mana chakra é fisicamente exteriorizado pelo cerebelo e a partir de suas pétalas nascem as
sensações dos cinco sentidos: visão, olfato, audição, paladar e tato.
O soma chakra, gânglio com dezesseis lobos, compreendendo os centros do cérebro, acima do
sensório; sede dos sentimentos altruístas e do controle da vontade, da compaixão, da bondade,
da paciência, da renúncia, da determinação, da magnanimidade, etc."
Os yogues afirmam que, neste centro, podem ser contempladas as bem-aventuranças do glorioso
Ishvara, que é o segundo aspecto da trindade cristã, o Filho, o Cristo Manifestado.
Segundo Mircea Eliade:
Corpos Sutis e Chacras - Guia de Estudos - Olivio Cezar
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"Existem, além disso, outros chakras, menos importantes. Assim, entre o Muladhara e o
Swadhisthana encontra-se o Yonisthana: lugar de reunião de Shiva e Shakti, lugar de beatitude
também chamado Kamarupa. É a fonte do desejo e, no nível carnal, uma antecipação da união
Shiva-Shakti que finaliza no Sahasrara. Mui perto do Ajna chakra encontra- se o Mana chakra e
o Soma chakra, relacionados com as funções intelectivas e certas experiências yogues. Perto do
Ajna chakra encontram-se igualmente o Kāraṇa-rupa, assento das "sete formas causais", das
quais se diz que produzem e constituem o corpo "sutil" e o corpo "físico". Finalmente outros
textos se referem a certo número de Adhara (suporte, receptáculo), situados entre os chakras
ou identificados com eles.”
Segundo Alice A. Bailey, os centros menores, em que os nadis se cruzam 14 vezes, são em número de
21, assim dispostos:
 Dois em frente às orelhas, próximo da articulação do maxilar;
 Dois justamente acima dos peitos;
 Um na junção das clavículas, próximo da glândula tireóide. Com os dois centros dos peitos,
eles formam um triângulo de força.
 Dois, sendo um em cada palma da mão;
 Um em cada planta do pé;
 Dois, justamente, atrás dos olhos;
 Dois em ligação com as gônadas;
 Um próximo ao fígado;
 Um em conexão com o estômago, ligado ao plexo solar, mas sem lhe ser identificado;
 Dois em conexão com o baço. Não formam em realidade mais que um centro, composto,
porém, de dois centros superpostos;
 Dois, com um na cavidade de cada joelho;
 Há um centro extremamente forte em conexão com o nervo vago, o mais longo do corpo
humano;
 Existe um centro próximo do plexo solar, ligado ao centro.
O CENTRO ALTA-MAIOR
O centro alta-maior está correspondido fisicamente na glândula carótida, achando-se no bulbo
raquidiano, no cume da medula que se conecta com o cérebro.
Este centro normalmente só fica ativo nos iniciados, que já desenvolveram um transmissor adequado da
energia vital. Nesse caso, o cérebro utiliza a glândula carótida governada pelo centro psíquico alta-
maior, estabelecendo assim uma relação muito estreita com o coração e o centro coronário. As
glândulas carótida, pituitária e pineal condicionam tudo, particularmente a substância cervical. Este
triângulo está inteiramente unido nos iniciados.
“A tradição oriental indica que quando um homem tornou-se um adepto, tendo unificado sua
personalidade e a alma, somente neste momento lhe é possível agir sobre a energia para
despertar o fogo kundalini que dorme nas profundezas das vértebras sagradas. Deste modo a
energia projetada para baixo deve passar por Alta-Maior, descer ao longo da medula espinhal e
unir-se às duas correntes em expectação. A reelevação unificada destas três forças determinará
então a abertura e atividade de todos os centros, deste modo: o canal central unido ao centro
coronário e os dois outros canais unidos, um ao Ajna, o outro ao Alta-Maior".
Michel Coquet, “Les Çakras – L’anatomic occulte de l ‘home”
PONTO DA GORA (Bindu Vusargha)
É um centro menor localizado na parte superior do cérebro, na direção da parte posterior da cabeça. Ali
se encontra uma leve depressão, dentro da qual existe uma pequena elevação.
Tanto o Bindu, quanto o lalanâ, estão conectados com o centro laríngeo.
Corpos Sutis e Chacras - Guia de Estudos - Olivio Cezar
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Os chacras menores em geral, ao contrário dos sete maiores, não são chamados de chacras de
despertamento, mas quando estão conectados a esses, despertam conjuntamente.
O funcionamento harmonioso desses centros permite ao indivíduo sobreviver longo tempo sem água,
alimento ou ar. O Bindu reduz, inclusive, o metabolismo do corpo, fato comprovado pela falta de
crescimento de cabelo nos yogues em estado de meditação e hibernação induzida. O Dr. Motoyama
comprovou experimentalmente que, com o centro laríngeo desperto (em conexão com o Bindu e o
lalanâ), é possível o controle consciente do metabolismo da respiração, da ingestão de alimentos, da
digestão, etc.
O Bindu, segundo Satyananda, controla a percepção visual e qualquer anormalidade no Bindu provoca
uma doença ótica.
CHACRAS PALMARES
São os chacras das palmas das mãos. Muito importantes nos trabalhos de passes magnéticos, reiki,
johrei, etc., pois são canais permanentes de doação de energia. Sua rotação natural é normalmente
anti-horária e quando queremos receber energia, estendemos a palma da mão para cima. Neste caso,
sua rotação será invertida.
CHACRAS DOS JOELHOS
O chacra da parte anterior do joelho está relacionado com as emoções e, portanto, ao chacra cardíaco.
Quando há bloqueios no cardíaco, também este chacra fica afetado.
O chacra posterior dos joelhos está ligado com o nosso movimento na vida, com nossos objetivos e
como enfrentamos os desafios diários.
CHACRA PERINEAL
Fica localizado entre o órgão genital e o ânus e está conectado diretamente ao canal central. Suas
pétalas são posicionadas para baixo. Está relacionado com as glândulas suprarrenais, aos testículos,
ovários e útero. Sua função também é de captar a energia da Terra.
CHACRA SEXUAL
Também conhecido como genésico, está localizado no púbis e relacionado com as glândulas de
reprodução, testículos no homem e ovários na mulher. Ligado ao prazer da atividade sexual, à criação e
reprodução, mas principalmente pelo prazer de viver. Também recebe energia telúrica.
CHACRA 1º DAS COSTAS
Chamado de chacra cervical (nuca). Sua função é captar a energia do ambiente, somatizando dores de
cabeça, irritação, mas também, sensação de bem-estar. Está ligado às glândulas tireoide e paratireoide e
está situado na 7ª vértebra cervical.
CHACRAS 2º, 3º e 4º DAS COSTAS
Todos os chacras das costas tem relação com a força de vontade e a determinação.
CHACRA 5º DAS COSTAS
Esse chacra tem como função também receber energia telúrica. Está localizado no cóccix e ligado às
glândulas reprodutoras.
CHACRAS NOS ANIMAIS
Corpos Sutis e Chacras - Guia de Estudos - Olivio Cezar
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Plantas e animais possuem chacras, identificados como pontos luminosos que captam e distribuem
energias.
COMO VISUALIZAR OS CHACRAS
Ilza Andrade, terapeuta bioconscencial dá uma série de dicas para isso, no seu canal no Youtube.
Recomendamos aos interessados acessar seu canal.
 Coloque uma música que te deixe em um estado de bem estar.
 Respire profundamente. Conecte-se interiormente, faça contato com seu corpo.
 Mantenha um estado de presença, bata os pés no chão, movimente seu corpo.
 Depois, feche os olhos e sinta.
 Pratique isso diariamente.
BLOQUEIO ENERGÉTICO
A cor original do chacra é de um branco brilhante.
O bloqueio energético é uma obstrução que impede o fluxo correto da energia, provocando a
diminuição na sua rotação e alterando a cor original do chacra para uma cor sintonizada naquele
momento, repercutindo no corpo físico.
Abaixo, listamos algumas cores que afetam as emoções:
 Azul: É visualiza geralmente no cardíaco, laríngeo e frontal, devido ao excesso de preocupação
afetiva;
 Roxo e Violeta: Vistas no cardíaco, também ligadas às preocupações afetivas;
 Laranja: Visualizadas no cardíaco, laríngeo, umbilical e básico, relacionadas com preocupações
financeiras, ansiedade e pequenas contrariedades.
 Vermelho: Vista no umbilical e básico, devido às Irritações e problemas emocionais;
 Marrom com vermelho: geralmente aparecem no umbilical e básico, ligadas à saúde do corpo
físico e inflamações;
 Marrom: localizadas no cardíaco, laríngeo, umbilical e básico, devido às mágoas e ódio.
O desbloqueio energético dos chacras ajuda na melhoria da saúde física, nos relacionamentos e bem
estar em geral. Seguem algumas sugestões que devem ser praticadas rotineiramente para esse fim:
 Respiração: pratique respiração profunda por pelo menos 5 minutos durante o dia;
 Água: beba bastante água;
 Atividade física: movimente seu corpo;
 Exercícios energéticos: visualize uma luz branca brilhante entrando pelo chacra coronário
passando por toda sua coluna e saindo pelos pés;
 Observe o que você pensa: pensamentos negativos interferem no fluxo da energia dos chacras;
 Expresse sentimentos positivos: diga às pessoas que elas são muito importantes para você;
 Autoestima: valorize suas virtudes, suas conquistas. Ame- se profundamente;
 Elimine ou minimize as carências de ordem financeira, emocional e sexual;
 Seja responsável pelas suas escolhas e deixe de culpar os outros;
 Não se compare com ninguém, você é um ser único e especial para Deus;
 Tenha um olhar de amor e respeito para com tudo o que existe no Universo.
Fonte: “Chacras na Visão de uma Clarividente” – Ilza Andrade. Disponível em:
<https://www.bioconsciencial.com>.
Abaixo, postamos uma tabela com algumas doenças e os sentimentos que as desencadeiam, baseada no
livro de Louise L. Hay, “Você Pode Curar Sua Vida”:
Corpos Sutis e Chacras - Guia de Estudos - Olivio Cezar
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ENERGIA KUNDALINI
A energia vital básica reside no chacra básico (muladhara). Os hindus a chamam de kundalini - o fogo
serpentino. Ali se encontra a concentração energética que supre o corpo humano através dos nadis - Ida
e Pingala. Kardec, o codificador do Espiritismo as denominou de fluido universal e principio vital.
Confere plenamente com isto a observação de Coquet - "É unicamente graças a esta energia que o
mundo pode existir, e, em último lugar, é ela a força primitiva que está subjacente a toda a matéria
orgânica e inorgânica." É também o que ensina o Espírito Galileu, em “A Gênese” sobre o fluido
cósmico:
"Esse fluido penetra os corpos, como um oceano imenso. É nele que reside o princípio vital que
dá origem à vida dos seres e a perpetua em cada globo, conforme a condição deste princípio
que, em estado latente, se encontra adormecido onde a voz de um ser não o chama. Toda
criatura, mineral, vegetal, animal ou qualquer outra - porquanto há muitos outros reinos
naturais, de cuja existência nem sequer suspeitais - sabe, em virtude desse princípio vital o
universal, apropriar as condições de sua existência e de sua duração".
Sintoma Causa
Anorexia Ódio ao extremo de si mesmo.
Apendicite Medo da vida. Bloqueio do fluxo do que é bom.
Arteriosclerose Resistência. Recusa em ver o bem.
Asma Sentimento contido, choro reprimido.
Bronquite Ambiente familiar “inflamado”, Gritos e discussões.
Câncer Mágoa profunda, tristezas mantidas por muito tempo.
Colesterol medo de aceitar alegria.
Derrame Resistência. Rejeição a vida.
Diabetes Tristeza profunda (vida sem doçura).
Diarreia Medo, rejeição, fuga (eliminar de dentro o que está ruim).
Dor de cabeça Autocrítica, falta de autovalorização.
Enxaqueca Medos sexuais. Raiva reprimida. Pessoa perfeccionista.
Fibromas Alimentar mágoas causadas pelo parceiro.
Frigidez: Medo. Negação do prazer.
Gastrite Incerteza profunda. Sensação de condenação, ideias mal digeridas.
Hemorroidas Medo de prazos determinados. Raiva reprimida. Pessoa perfeccionista.
Hepatite Raiva, ódio. Resistência a mudanças.
Insônia Medo, culpa.
Labirintite Medo de não estar no controle.
Meningite Tumulto interior. Falta de apoio.
Nódulo Ressentimento, frustração. Ego ferido.
Pele (acne) Individualidade ameaçada. Não aceitar a si mesmo.
Pneumonia Desespero. Cansaço da vida.
Pressão Alta Problema emocionalmente duradouro e não resolvido.
Prisão de Ventre Preso ao passado. Medo de não ter dinheiro suficiente.
Pulmões Medo de absorver a vida.
Quistos Alimentar mágoa. Falsa evolução.
Resfriados Confusão mental, desordem, mágoas.
Reumatismo Sentir-se vítima. Falta de amor. Amargura.
Rinite Alérgica Congestão emocional. Culpa. Crença em perseguição.
Rins Crítica, desapontamento, fracasso.
Ronco Teimosia, apego ao passado.
Sinusite Irritação com pessoas próximas.
Tireoide Humilhação.
Úlceras Medo. Crença de não ser bom o bastante.
Varizes Desencorajamento. Sentir-se sobrecarregado.
Corpos Sutis e Chacras - Guia de Estudos - Olivio Cezar
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"As moléculas do mineral têm uma certa soma dessa vida, do mesmo modo que a semente do
embrião, a se agruparem, como no organismo, em figuras simétricas que constituem os
indivíduos”.
Ao contrário do que pensam certas pessoas, somente alguns sistemas tratam do trabalho direto para
ocasionar o despertar de kundalini - a Laya-Yoga, a Hatha-Yoga e Kundalini-Yoga. Existem outros
caminhos de iluminação espiritual que não se relacionam diretamente com o despertamento de
kundalini.
Rajneesh (mais conhecido como Osho) afirma que Kundalini não é a energia da vida, mas um dos
caminhos que podem ser tomados por esta força e que é possível despertar a iluminação através de
outros caminhos, embora a Kundalini seja o mais curto. Ele entende que a Kundalini é uma passagem
relacionada com os chacras que estariam no corpo etérico, de modo estático, "mortos" até que a
energia penetrasse neles através da passagem Kundalini. Essa força estaria localizada no Muladhara,
ponto que Rajneesh chama de centro do sexo (um sistema tântrico, que une o básico ao genital).
Outros métodos são usados pela yoga, zen, budistas, taoístas e cristãos, através de outras passagens
que não pertencem ao duplo etérico, ou seja, via corpo astral ou corpo mental, etc. Contudo, mesmo
assim podem despertar a Kundalini, pois todos estão interligados.
No Espiritismo, Emmanuel recomenda um roteiro para o caminho espiritual pela autoanálise (conhece-
te a ti mesmo) diária, examinando constantemente cada uma das nossas ações. Para isso, a oração e a
caridade desinteressada oferecem o melhor caminho para o desenvolvimento espiritual.
Reproduzimos abaixo, trecho da obra de Coquet:
OS PODERES PSÍQUICOS DOS CENTROS - MICHEL COQUET
O desenvolvimento e a atividade dos centros psíquicos são responsáveis pela aquisição dos
poderes de mesma natureza. Algumas palavras tornam-se pois necessárias em razão dos
perigos que tais poderes podem criar.
Os poderes ocultos têm sido unia das grandes motivações que tem levado mais de um aspirante
ao ascetísmo e às práticas ocultas. O poder foi e permanece ainda um importante tema de
preocupação, e não basta repetir que ele não é um fim em si mesmo ou que sua obtenção não
prova de nenhum modo um avanço espiritual; o fato permanece atual e hoje como outrora
numerosos aspirantes nessa senda têm sido profundamente perturbados pelos fenômenos
auditivos ou visuais resultantes da prática mística.
É preciso, entretanto, reconhecer que, a atração pelos poderes é uma coisa natural, não
somente pelo fato de que eles são uma consequência da evolução, mas ainda porque eles são
(ou supõe- se ser) o símbolo de uma superioridade à qual todos nos aspiramos. De outro modo
os poderes psíquicos e espirituais têm fortemente chocado o espírito daqueles que, ignorantes
da natureza das leis colocadas em ação, as consideram conto verdadeiros milagres, o que
certamente eles não são.
Todos os grandes seres do passado têm sabido utilizar e manifestar estas possibilidades
psíquicas e espirituais. É necessário reconhecer, entretanto que o fim não era o de exibir sua
ciência, mas o de aplicar as leis universais do cosmo, e dos poderes que eles possuíam não era
eu o repito, mais do que a consequência de sua evolução espiritual e não eram utilizados mais
do que conto simples, porém maravilhosos instrumentos a serviço de sua missão sobre a Terra.
Trata-se de Zoroastro, de Orfeu, de Gautama Buddha ou em seres como Apolônio de Tiana, o
mestre Phillipe de Lyon, Cagliostro, ou simplesmente os misteriosos Rosa-Cruzes, todos sem
exceção foram detentores de uma grande sabedoria, mas igualmente de grandes poderes,
demonstrando desta maneira que eles tinham transcendido uma parte importante de sua
natureza humana. Nos casos citados acima, trata-se de poderes espirituais como expressão
direta da alma, poderes que continuam a ser prerrogativa dos seres liberado. É unicamente a
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estes poderes que se referia o Cristo quando prometeu a seus discípulos, admirados dos
milagres por ele executados, que um dia eles os fariam ainda bem maiores.
Os poderes psíquicos inferiores ou superiores constituem, segundo a opinião esclarecida dos
mestres da sabedoria, obstáculos ao estado espiritual mais elevado e o simples fato de
interessar- se por eles indicaria no estudante uma falta evidente de progresso, porque os
poderes não podem ser utilizados sem perigo senão depois ao abandono total de todo o desejo
e paixão terrenos. Sendo assim, no momento em que o discípulo é capaz de pensar em termos
de consciência de grupo e de viver profundamente de maneira fraterna e quase inteiramente
despolarizada de si mesmo, tendo como desígnio imediato o serviço desinteressado, nesse caso
unicamente, os poderes tornam-se instrumentos dóceis e úteis ao serviço projetado. Os perigos
da aquisição de poderes a serviço de seus próprios interesses têm sido claramente
demonstrados por intermédio do grande yogue Milarepa que havia utilizado (alegoricamente)
duas formas de poder, primeiramente aqueles de natureza inferior, na primeira parte de sua
vida, e aqueles de natureza superior na segunda parte. Explicamos a diferença: os poderes
inferiores resultantes unicamente das forças e energias (animamundi) de todas as formas nos
três mundos e todos os corpos nos quatro reinos da natureza. Estes poderes são a expressão dos
centros psíquicos localizados sobre o diafragma. Os poderes superiores resultam, quanto a eles,
da consciência não mais individual, mas coletiva; eles englobam os poderes interiores e colocam
cada vez mais o homem em comunhão com as formas de vida que se encontram nos planos
superiores da consciência (o reino dos céus). Os efeitos destes poderes superiores são chamados
de diversos modos, mas exprime de modo justo sua natureza, como por exemplo: percepção
intuitiva, compreensão espiritual, conhecimento direto.
As tradições orientais têm arrolado com extrema precisão os diferentes poderes. A lista dos
poderes de natureza Inferior seria muito longa, por isso consignaremos somente os oito poderes
de natureza superior. Aquele que dominou de modo integral os oito poderes superiores recebe o
titulo de Siddha, mas convém ser muito prudente e circunspecto no que concerne aos adeptos
cuja vida é aquela dos Siddhas. Poucos dentre eles (sobretudo entre aqueles conhecidos na
Europa) tem sabido associar um desenvolvimento espiritual paralelo. Descrevemos agora estes
oito poderes:
1) ANIMA (exiguidade). Esta é a faculdade que possui o iniciado de fazer-se tão pequeno quanto
um átomo, ou, melhor dizendo, identificar-se com a essência da menor parte do universo de que
é ele mesmo constituído. Segundo Leadbeater, este órgão de visão é formado de um pequeno
tubo flexível de matéria etérica terminado por uma intumescência em forma de olho, e é este
olho que, dilatando-se ou contraindo-se, permite ver o infinitamente grande (Mahima) ou, ao
contrário, o infinitamente pequeno (Anima).
2) MAHIMA (magnitude). Este é o poder de aumentar de volume, quer dizer de alargar o círculo
de sua consciência e de alcançar a plenitude do conhecimento do infinitamente grande.
3) GARIMA (gravitação). Isto é relativo ao peso e à massa, e se aplica à lei de gravitação que é
um dos aspectos da lei de atração. Um mestre japonês de artes marciais conhece bem esta
técnica ao ponto de que ele pode tornar-se tão pesado que um agressor muitas vezes superior
em peso e em força não poderá remover-lhe de uni milímetro. Este fenômeno tem igualmente
sido observados nos yogues em estado de Samadhi.
4) LAGHIMA (levitação). Esta é a possibilidade que tem o adepto de 'tornar-se mais leve que o ar
afastado a força de atração da Terra e de desligar-se dele. O exemplo mais belo que foi
manifestado aos homens é aquele do mestre Jesus Cristo andando sobre as águas.
5) PRAPTI (realizar o objetivo). Aquele que possui este poder tem a capacidade de atingir seus
fins projetando sua consciência em todos os lugares que ele julga necessário quer esteja sobre o
plano físico ou sobre o plano cósmico. Este poder foi sempre muito utilizado pelos místicos do
mundo inteiro. Este é poder que utilizou Jesus para ensinar seus discípulos depois da
crucificação: "À tarde deste mesmo dia, o primeiro da semana, estando todas as portas
fechadas por temor dos judeus, no lugar onde se encontravam os discípulos, Jesus vem e coloca-
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se no meio deles. Ele lhe diz: "Paz seja convosco" (Evangelho de São João 20:19). Prapti
desenvolve também a clarividência, clariaudiência e telepatia. Ele permite compreender a
linguagem da natureza e possuir o dom das línguas, como o receberam os apóstolos de Jesus
Cristo.
6) PRAKAMYA (a vontade irresistível). Este poder confere ao adepto a possibilidade de ver
realizar-se todos seus desejos pela força da vontade divina, quando esta vontade substituiu em
parte a vontade pessoal e seus desejos estão em perfeita harmonia com o plano divino. A
perfeição deste poder tem sido atingida pelo mestre Jesus, quando, no momento de beber a
taça amarga, exclamou para o Pai: "Que Tua vontade seja feita, e não a minha". Segundo
Sivananda, o yogue provido deste poder é capaz de permanecer sob a água durante o tempo
que ele deseje. É também este poder que permite ao yogue penetrar no corpo de outro homem
e deste modo animá-lo. É isto que fez, se bem em um grau altamente superior, o Cristo em
animando seu discípulo Jesus (1).
7) VASITVA (o poder de comandar). É o poder de tornar-se mestre das forças elementares da
natureza utilizando o poder do som criador ou mantra. Pela palavra sagrada, as vibrações são
produzidas no éter e as diversas formas podem ser produzidas. A gente se recordará da
transformação da água em vinho pelo mestre Jesus, do mesmo modo que da multiplicação dos
pães. Segundo os yogues, este poder permite igualmente tornar dóceis os animais selvagens
,bem como exercer um, ascendente sobre o espírito dos seres e das coisas.
8) ISATVA (o poder criador). Isatva se refere ao poder que tem o adepto de dispor dos elementos
em suas cinco formas e de ressuscitar a vida no plano físico, como fez Jesus Cristo com Lázaro.
Muitos outros mestres têm conseguido este grande poder espiritual, tais como, TomoGershè
Rimpoché, Babaji, para não citar outros.
Como vamos agora constatar, cada centro desenvolve certos poderes particulares. Isto é o
resultado de exercícios místicos tais como o TRATAKA, Isto, é a fixação do olhar sobre um
objeto. Entretanto os poderes resultam, sobretudo de um triângulo constituído da concentração
(DHARANA), da meditação (DHYANA), e do êxtase contemplativo (SAMADHI), estado resultante
da subida de Kundalini. Estes três estados são chamados de SAMYAMA. Existem, bem
entendido, vias mais específicas que insistem sobre o desenvolvimento dos centros psíquicos
como o LAYA YOGA ou KUNDALINI YOGA; ambas incluídas, por outro lado, na prática das
técnicas tântricas. Eis aqui, resumidamente, a qualidade dos poderes inerentes a cada centro
psíquico:
1) O CENTRO COCCÍGEO confere, segundo sua própria natureza, poderes excepcionais sobre a
energia da matéria e sobretudo sobre seu aspecto negativo. Ele é, pois muito perigoso para
aqueles que não alcançaram uma pureza moral absoluta, pureza moral que de resto é a
essência mesma de todos os ramos do Yoga. O poder de levitação, o controle mental e o do
sopro, o conhecimento do passado e do futuro, o domínio do líquido seminal, tudo isso resulta
da atividade normal do centro coccígeo.
2) O CENTRO SAGRADO. A ciência oriental explica que dois nadis ligam diretamente o centro
sagrado a outro centro secundário, o BODHAKA, localizado na abóbada palatina, e toda ação
realizada sobre ele influencia automaticamente o outro. O centro sagrado confere o poder de
controlar a energia sutil da água e de dominar os desejos do corpo. Para alcançar isto, é
necessário que o estudante aprenda a combater fortemente a ilusão a aversão à luxúria, a
suspeita e a indiferença (com compaixão).
3) O CENTRO SOLAR confere o poder de controlar toda a vida vegetativa e de colocar à vontade
o corpo físico em profunda letargia. Pela atividade do centro solar, a saúde se desenvolve e se
mantém. Tendo o iniciado conseguido o controle deste centro, presume-se que não mais tema o
fogo. É de resto este centro que permite aos Yamabushis, ascetas, japoneses, marcharem de pés
descalços sobre as brasas ardentes sem sofrer qualquer dor ou queimadura... Obtém-se o
domínio do centro solar pela purificação das imperfeições, como o apego, o orgulho, o ciúme, a
cólera, a indolência e o medo.
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4) O CENTRO CARDÍACO dá o poder de ler o coração aberto no espírito dos outros e de conhecer
todos os pensamentos. Ele confere a possibilidade de ver seus desejos e rogativas realizados. Ele
permite ouvir o som sagrado no interior do coração. O fato de poder controlar o elemento ar
significa que o adepto pode projetar sua consciência na direção de todas as partes do mundo,
para um lugar onde uma pessoa se encontra, e operar à distância, sem ter de deslocar seu
corpo físico.
Purificando-se do egoísmo, da vaidade, da cupidez, da indecisão, desenvolvendo depois o
sentido fraternal, a caridade, o amor e o discernimento, obter-se-á sem dúvida alguma uma
atividade normal do centro cardíaco.
5) O CENTRO LARÍNGEO confere um grande poder sobre a energia vital do espaço e sobre o
controle da transição. Permite, além disso, o desenvolvimento da clariaudiência, e do
conhecimento do passado, do presente e do futuro. Desenvolve a memória psíquica e dá a
faculdade da profecia.
6) O CENTRO FRONTAL, confere um poder espiritual imenso, o de ser um membro da
fraternidade dou homens e mulheres tornados "perfeitos". Ele destrói todo elemento de
natureza cármica (negativa) e atribui ao yogue a totalidade dos oito poderes maiores e os trinta
o dois menores. É por intermédio dele que serão percebidos a "luz na cabeça", assim como o
"OM" sagrado em sua mais esplêndida realidade.
7) O CENTRO CORONÁRIO dá ao adepto a totalidade de todos os poderes assim como o de não
mais ter necessidade de operar no triplo mundo inferior dos homens. O centro coronário
normalmente ativo permite ao iniciado deixar em plana consciência o invólucro físico. Além
disso, este centro é frontispício da completa liberação, da aquisição de um poder divino de
natureza intraduzível e inexprimível.
Convém, depois deste breve resumo, não cometer o erro de crer que só um centro permite
alcançar as faculdades enumeradas, quando os poderes não funcionam senão por intermédio
de muitos centros simultaneamente. Por outra parte, os efeitos engendrados no mundo
fenomenal não ofereciam mais que um valor relativo e limitado se se acredita nas afirmações
dos maiores mestres cujo único fim era a reintegração final no seio da divindade. Assim, por
conseguinte, antes de prestar atenção excessiva sobre a obtenção dos poderes psíquicos, não
esqueçamos as sábias palavras do Senhor Cristo: "Buscai antes o reino de Deus e a sua justiça e
tudo o mais vos será dado de acréscimo".
9. O carma é uma propriedade do universo, se iniciou com este, é a combinação dos
pensamentos, sentimentos, energias e ações do todos os seres, de todos os reinos, de todos os
tempos, recantos, orbes, galáxias, multiversos, multidensidades e faz parte da evolução de
todos sem exceção;
10. É permitido e sugerido interferir no carma alheio a fim de ajudá-lo a superar, já que
estamos, a todo momento envolvendo, interagindo e influenciando nossos carmas.
Quita-se carma auxiliando o carma alheio, somos todos Um;
11. As consequências negativas de um carma podem ser atenuadas ou desaceleradas pelos
pensamentos, sentimentos e energias do próprio sujeito ou de outrem que com ele se
importa, esta última com ressalvas. Se certa causa criou tal carma ruim, então é permitido criar
outras causas boas que afetem este carma ruim, a fim de atenuá-lo;
12. O carma para agir, retificar e ensinar aos agentes geradores do mesmo, precisa de
instrumentos adequados a sua complexa ação, portanto, é comum e às vezes necessário, um
lapso de tempo para que as variáveis intervenientes do processo cármico retificador em si, para
que possam agir com a devida perfeição;
13. Todo carma precisa de um cenário para operar, e neste, vários agentes para agirem como
peças inconscientes de um tabuleiro onisciente de uma força maior. Agentes sadios e positivos
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serão usados de forma sadia e positiva. Agentes patológicos e negativos serão utilizados da
mesma qualidade com que atuam em suas vidas;
14. Enquanto um ou alguns carmas prioritários estão operando na existência de um ser, outros
carmas aguardam incólumes para se manifestarem no momento certo de um justo
cenário futuro para contextualização espaço-temporal;
15. Qualquer carma sempre atua e integra o holossoma (todos os veículos densos e sutis e o
invólucro energético) de um ser, qualquer que seja seu nível evolutivo, podendo bloquear ou
limitar partes e capacidades de alguns e ampliar a de outros numa combinação supercomplexa
e sofisticada que nenhum humano jamais poderá conceber;
16. O carma não é bom nem mau, ele é impessoal e justo, pois seu foco, objetivo e intenção é
ensinar algo e não punir ou vingar. A punição e vingança estão intimamente ligados aos
egos humanos do ressentimento e da culpa;
17. A principal lição do carma a todos é: "eu existo, eu sou o carma, me respeitem, me utilizem
a seu favor e não contra, olhem eu aqui"! Isto se chama cosmo ética" ou "consciência ética",
uma lei de fundo reguladora da evolução consciencial de todos os seres;
18. Quem fiscaliza e impõe as leis do carma é a consciência do próprio ser (Eu superior, Self,
Consciência, etc) baseada nas leis naturais, ele mesmo se aplica, se regula, se ensina, se
absolve;
19. Os amparadores (amigos espirituais) e os Mestres ou mentores apenas se valem do que
permite a lei cármica no momento em que opera no ser que amparam, para auxiliar o
aprendizado e processo evolutivo de quem auxiliam e não por preferência pessoal ou
favoritismos corruptos;
20. Ninguém pode especular sobre o carma alheio, pois atrás de “serras existem serras” e
ninguém sabe dos motivos e sofrimentos que percorreram as vidas de um ser. As exceções são
sensitivos iniciados e evoluídos que desejam de fato auxiliar o ser em foco no momento e
que possam comunicar-se claramente com os amigos espirituais de si e do amparado, mesmo
assim com ressalvas;
21. Devem-se evitar análises fatalistas e de tentar adivinhar os carmas alheios, e evitar os
determinismos matemáticos. Se alguns recebem compulsoriamente um carma duro que
merecem, outros escolhem enfrentar duras provações por opção lúcida a fim de
experimentarem a disciplina elevadora da alma;
22. Nenhum ser de um específico grupo está isento de receber o merecido carma do grupo. Há
uma lei compulsória de distribuição grupo-cármica. Exemplo de grupo-carma: uma família, um
bairro, uma nação, etc;
23. Carma fundamental - este é um carma do ambiente, mesológico, em nível macro social. Em
qualquer sociedade, planeta ou dimensão (multidensidade) que você encarnar, sofrerá as ações
deste meio, embora, possa ter atenuado e estar protegido por seus próprios méritos ou carmas
positivos pessoais.
"Les Çakras: L”anatomic occulte de 1"homme" - M. Coquet.
PROCESSOS DE MANUTENÇÃO DO PERISPÍRITO
Do livro “Medicina da Alma” de Joseph Gleber, pela psicografia de Robson Pinheiro obtivemos essas
importantes informações:
“Os processos e a alimentação do organismo físico, embora sejam diferentes daqueles do
perispírito, guardam com ele estreitas ligações, variando quanto ao grau de materialização ou
espiritualização do espírito. No organismo espiritual continuam as funções de alguns órgãos
Corpos Sutis e Chacras - Guia de Estudos - Olivio Cezar
121
similares aos físicos, porém adaptados ao ambiente e às energias mais eterizadas do mundo
espiritual.
Através da respiração é que o perispírito absorve a maior quantidade de fluidos responsáveis
pelo bom funcionamento da fisiologia espiritual, uma vez que respira diretamente do meio as
energias superiores emanadas do foco divino. O fluido cósmico universal, o prana dos hin- dus,
presente em toda a criação, como energia primordial que preside e a tudo interpenetra, é
absorvido através do processo respiratório, também comum ao corpo espiritual, irrigando todos
os órgãos, sistemas e células astrais através de sua vitalidade divina.
Os raios solares captados e também assimilados pelos poros perispirituais transportam a
energia que mantém o magnetismo psicossomático sempre ativo e atuante, colaborando com o
equilíbrio íntimo do organismo em processos difíceis de entender pela medicina humana atual.
Os pulmões perispirituais, quando o ser se mantém em faixas mais sutis de ambiente espiritual,
processam a trans- formação dos fluidos assimilados pelo espírito, produzindo a leveza com que
se caracterizam as expressões diáfanas dos seres elevados.
Igualmente, o coração astral, comandado pelas energias absorvidas pelo centro energético
cardíaco, é um transformador vivo do fluido cósmico universal — que, após ser processado pelo
coronário, irriga todos os átomos astrais de que se constitui o corpo espiritual. O órgão
extrafísico cita- do converte tal energia divina, esse magnetismo amoroso do Pai, em
cambiantes de luz que é exsudada por todos os poros da epiderme perispiritual e lembra, em
sua aparência, astros imortais, que, luminosos, gravitam em torno do grande amor do Criador.
De forma semelhante ao sistema glandular, no psicossoma ou perispírito encontram-se os
centros de força, que estão intimamente relacionados com as glândulas do corpo físico, mas
são responsáveis não pelos hormônios — que suas contrapartes físicas produzem —, mas pela
manutenção dos estados superiores do sentimento, das emoções e da própria condição
psicológica do desencarnado em cresci- mento espiritual.
Ao contrário, quando o espírito se degrada e se avilta, sob o império das paixões e dos sentidos,
imantando-se às zonas primárias nas quais se detém o psiquismo enfermo, seus órgãos
perispirituais, algo que materializados, absorvem fluidos de densidade pesada e grosseira,
obrigando todo o sistema de órgãos perispirituais a funcionar como máquinas pesadas. São
absorvidas verdadeiras substâncias cinzentas, massas de fluidos mórbidos e aluviões de
energias animalizadas, quase materializadas, exsudando do corpo astral, em lugar da
luminosidade dos ambientes sublimes, apenas a fuligem fluídica, semelhante às nuvens
pastosas liberadas pelas grandes fábricas da crosta terrena.
Os pulmões perispirituais de tais espíritos, acostumados com a grosseria dos fluidos deletérios,
absorvem-nos a longos haustos, de modo a impregnar as fibras sensíveis de sua organização
espiritual com os miasmas pestilentos que povoam a atmosfera perniciosa em meio a qual se
movimentam, aumentando, assim, o magnetismo primário que os mantém presos ao solo
astral.
Igualmente, os outros órgãos, obrigados a exercer um metabolismo diferente daquele a que
foram destinados na existência extrafísica, envenenam-se pelo desequilíbrio do espírito,
mantendo-se este distante dos ideais do belo e do bem a que todos fomos destinados. Como
consequência, observa-se que, na encarnação subsequente, o perispírito enfermo agrega em
torno de si, revestindo a nova couraça de carne desde a fase de célula-ovo ou zigoto, já
impressos nos genes e cromossomos do corpo somático, outros núcleos igualmente propensos a
estados enfermiços e a doenças variadas, muitas vezes de difícil cura nos quadros da medicina
humana. Uma vez reencarnado, adota comportamentos como a ingestão de alimentos em
quantidades maiores que as essenciais, o uso de condimentos e carnes em excesso, bem como o
consumo de tabaco e substâncias alcoólicas ou tóxicas. Tais ações do indivíduo promovem a
adesão de formas astrais densas ao delicado sistema perispiritual, comprometido previamente
Corpos Sutis e Chacras - Guia de Estudos - Olivio Cezar
122
em seu equilíbrio original, o que favorece, muitas vezes, o surgimento de determinada doença,
conforme o registro cármico que traz impresso na sensível intimidade do DNA.
As substâncias mentais infelizes, produto de leituras, imagens e informações igualmente
inferiores que o homem teima em continuar despejando para o seu íntimo, somado ao cultivo
de conversações e hábitos menos dignos criam a fuligem mental absorvida e assimilada por seu
perispírito, conservando-o imantado a condições inferiores de existência no mundo astral ou
emocional. Estabelece-se então um círculo vicioso, que produz mais e mais formas mentais
infelizes e abjetas, as quais progressivamente lhe sugam as energias psicofísicas, retendo-lhe
indefinidamente no estado enfermiço; isso sem contar as inteligências vulgares que se imantam
ao ser, em doloroso processo obsessivo, causa oculta de inúmeros problemas ainda insolúveis
pela psicologia moderna.
Envolvendo-se nas complicadas experiências do mundo das formas, o homem agita-se em meio
ao turbilhão de energias que constantemente se transformam e geram o mundo das
aparências, o mundo dos efeitos — e não das causas. Na euforia de suas percepções, detém-se
prisioneiro das ilusões, das sensações detectadas pelos seus cinco sentidos, pois que as coisas
objetivas, externas ou materiais são apenas a simulação das coisas eternas, permanentes, do
mundo espiritual. Assim, o ser pensante, devendo utilizar-se dessas coisas objetivas como
matéria de aprendizado para robustecer e abrilhantar seu corpo espiritual, acaba aviltando-se e
submetendo-se ao torvelinho das mesmas experiências que deveriam erguê-lo, caindo pelos
despenhadeiros da viciação e do desequilíbrio.
Com base na realidade do corpo espiritual, corpo astral ou psicossoma e na certeza da realidade
da vida extracorpórea, do plano do espírito, vemos como a verdadeira natureza do ser humano
é quase desconhecida e ainda mal compreendida pelos nossos irmãos cientistas da Crosta,
assim como pela grande maioria dos homens.
Embora a associação íntima do perispírito com as funções fisiológicas, esse corpo espiritual —
preexistente e sobrevivente à agregação e à desagregação da matéria física — alcançou o seu
presente estágio evolutivo, ao longo dos milênios, por razões outras que não apenas as que se
relacionam com a manutenção dessas funções puramente materiais e mecânicas do veículo
biológico, mas acima de tudo para servir ao espírito em sua experiência evolutiva ao longo dos
séculos.
Embora considerando-se o psicossoma como um modelo energético supra dimensional, ele não
foi gerado pelas células físicas; ao contrário, sendo a matriz, o molde energético de natureza
superior, é ele, o perispírito, a sede da consciência eterna, presidindo a formação e a
manutenção dos agregados celulares que constituem a indumentária carnal. Assim, ossos,
músculos, tecidos vasculares, nervos, cérebro e outros órgãos e substâncias do corpo são todos
estruturados conforme o modelo original preexistente: o corpo espiritual.
A nossa insistência em esclarecer a natureza e a realidade desse corpo vem da necessidade de
se encarar a problemática dos estados enfermiços, físicos ou psicológicos num contexto mais
amplo, mais abrangente que aquele até então visto de forma puramente material, conforme a
visão atual de certos pesquisadores.
Qualquer terapia que não observar a questão do homem de forma integral, mais do que
simplesmente um agregado de nervos e músculos, falha em seu tentame, pois o ser,
temporariamente envolto no pesado escafandro de carne, existe, apesar dessa aparência física,
como originário de dimensões superiores da vida, consistindo o seu corpo espiritual no
verdadeiro e eterno veículo de expressão de seu psiquismo mais profundo, de seu espírito
imortal.
Conforme falamos alhures, a alimentação perispiritual se exerce através do próprio magnetismo
ambiente, absorvido ou eliminado, conforme o caso, de maneira bem semelhante ao processo
conhecido na Terra como osmose. O automatismo espiritual, adquirido através de milênios e
Corpos Sutis e Chacras - Guia de Estudos - Olivio Cezar
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milênios de experiências, fez com que o perispírito desenvolvesse sua sensibilidade, que lhe faz
gravar nas células astrais os acontecimentos vividos pelo espírito.
Eis aí a necessidade imperiosa de um estudo pormenorizado a respeito de nossos
comportamentos, atitudes e pensamentos, que, com absoluta certeza, influem, de forma direta
e total, nos estados de saúde ou de enfermidade em que se encontra o espírito, pelo que ainda
recomendamos a terapia evangélica do amor, do perdão, da vigilância, enfim, do equilíbrio e da
harmonia com as leis maiores da vida.”
A BIOQUIMICA COMPROVA A LEI DO CARMA - PASTORINHO
Consideramos importante transcrever este trecho do livro “Técnica da Mediunidade” de Carlos Torres
Pastorinho sobre a Lei do Carma, para melhor entendimento dos mecanismos que regem a causa e o
efeito de nossas ações:
“Após alguns milênios de conhecimento da Lei do Carma (ou Lei de Causa e Efeito) quer por
meio das Revelações Espirituais quer pelas filosofias, sobretudo orientais, chegou a vez da
comprovação científico-experimental dessa Lei.
Em estudos e pesquisas laboratoriais de bioquímica, os biólogos descobriram que, dentro do
núcleo ultramicroscópico da célula microscópica, existe o ácido desoxirribonucleico, mais
conhecido pela sigla DNA, do nome inglês (Desoxyribosenucleic Acid).
Trata-se de um ácido de açúcar desoxidado, em cuja composição são encontrados: fósforo sob a
forma de ácido fosfórico (H3PO4); açúcar sob a forma de desoxirribose; e quatro bases de
nitrogênio: adenina, guanina, citosina e timina.
Base do registro físico do carma - Essas bases de nitrogênio são, precisamente, a quota de
‘prâna’ que alimenta cada célula, pois do nitrogênio formam-se os aminoácidos, blocos
construtivos das proteínas. Prâna é o nome dado pelos hindus à energia radiante do sol, que
vitaliza tudo o que vive, através da fotossíntese e da respiração. No fenômeno da hematose, o
sangue absorve, nos pulmões, oxigênio e nitrogênio, que são recolhidos, o primeiro, pelos
eritrócitos, o segundo pelos linfócitos. Além dessa absorção por via aérea, há o nitrogênio que é
extraído dos alimentos, pelo canal digestivo, e aquele que é retirado do ar, em sua forma astral,
pelo chakra esplênico, e transformado em energia física e distribuído ao organismo pelo baço.
Com isso, pode explicar-se a grande quantidade de nitrogênio no ar atmosférico, numa
proporção de 78 partes, para 21 partes apenas de oxigênio: a natureza não perderia tempo com
coisas inúteis.
O nitrogênio, pois, entra na formação química da célula física (núcleo, citoplasma e membrana)
e da célula astral, isto é, a parte astral materializada da célula, que é o DNA, que constitui o
sistema nervoso cerebral, que representa a mente da célula, no mais intimo de seu núcleo.
Lógico que, nada sendo casual, muito menos o seria o princípio determinante da vida de uma
criatura, o modulo pelo qual são regidos: todos os esquemas físicos de um corpo que vai servir
de veículo a um Espírito eterno; toda a programação das atividades, das qualidades, dos
defeitos; todas as determinantes da saúde e das enfermidades genéticas (mesmo que só se
manifestem muitos anos depois do nascimento); das perfeições e das deficiências; todas as
ocorrências somáticas e sua periodicidade e suas consequências.
A estrutura do DNA não depende mesmo do acaso, nem mesmo apenas dos pais: é a resultante
daquilo que nosso Espírito determina para si mesmo, automaticamente, por sintonia vibratória
própria, influindo na constituição interna do cérebro de cada célula, para que ela reproduza o
melhor modelo e o mais perfeito esquema que sirva para a caminhada evolutiva desse EU que,
durante predeterminada temporada, vai empreender uma viagem de instrução, aprendizado e
experiências, no plano mais denso da matéria. O DNA traça o roteiro “turístico” dessa viagem
evolutiva naquele período, e automaticamente vai marcando as paradas nos portos das dores e
as festas nas cidades das alegrias.
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A determinação do módulo é paulatina e gradativamente construída durante uma vida, pela
gravação nesse cérebro-relógio celular de todos os nossos atos, palavras e, sobretudo de todos
os nossos pensamentos e desejos, desde que tenham força, intensidade, constância e
capacidade de moldá-las.
Nesse DNA vamos, diariamente, numa vida, gravando o que nos ocorrerá na vida seguinte: é a
construção lenta, mas segura, de um carma infalível e inevitável. Não depende do acaso, não:
depende a árvore que nascerá da plantação que formos realizando ao longo de nossa vida.
O DNA tem importância biológica fundamental nas células animais, vegetais e bacterianas, e
em alguns vírus, como depositário da informação genética. Assim os cromossomos dos
espermatozoides e das células somáticas consistem, principalmente, em desoxirribonucleicas.
Nos espermatozoides (que possuem número haploide de cromossomos) a concentração do DNA
é a metade do encontrado nos núcleos das células somáticas da mesma espécie..
Com efeito, “As células tem 46 cromossomos, enrodilhados em novelo ultramicroscópico; cada
par é rotulado com os números 1 a 22. O 23º par é formado, na mulher, por 2 cromossomos
homólogos x; no homem, por 2 héterocromossomos, x e y.
Vejamos, ainda: Se o DNA perde a estabilidade ou é afetado pelas reações químicas, modifica o
código vital e enlouquece.
Aqui, pois, observamos que o DNA e seu código podem ser modificados por substâncias
químicas. Ora, a produção hormonal pode influir na modificação do DNA. E essa produção
endócrina é afetada pelos atos, palavra, sentimentos e pensamentos das criaturas. Daí
deduzimos que:
a) atos e pensamentos harmoniosos, emoções agradáveis, alegria e amor, trazem modificações
benéficas ao DNA, melhorando o padrão e marcando ótimo carma para a vida seguinte;
b) em contraposição, atos e pensamentos de raiva, ódio, mentira, sentimentos baixos, emoções
desregradas, provocam produções hormonais que atingem o DNA, mundificando-lhe os códigos,
aí gravando marcas que determinarão, no futuro, as reações a ações e pensamentos
destrutivos.
Eis, pois, que o carma é fruto NOSSO, e se ‘a plantação é livre, a colheita nos é imposta’, pois a
gravamos no íntimo de nossas células, no código de vida do DNA. Daí ser o homem aquilo que
ele pensa.
As substâncias ‘desconhecidas’ que provocam o DNA a enviar um RNA ao citoplasma para
efetivação dos resultados previstos, podem bem ser ou as vibrações de nossos pensamentos,
desejos e emoções, ou os hormônios que, por meio deles, lançamos, na corrente sanguínea,
ativando sua produção. Daí dizermos que nenhum mal externo a nós pode prejudicar-nos: não
modificam o código do DNA. Só aquilo que nós mesmos pensamos e praticamos é que pode
provocar efeitos futuros agradáveis ou desagradáveis.
O fato é que cada célula tem seu ‘relógio biológico’, onde estão marcados os minutos em que
receberemos as reações benéficas do bem que fizemos ou as dolorosas do mal que praticamos
ou pensamos.
Realmente, diz o Tratado de Bioquímica: ‘Moderna hipótese de trabalho estatui que o DNA
cromossômico transporta informe genético sob a forma de sequências codificadas de
nucleotídeos que tal informe codificado é transmitido por intermédio do RNA, que vai do núcleo
até o citoplasma, o que resulta numa sucessão especifica de nucleotídeos no “molde”
(template) de RNA dos microssomos, que têm a missão de ordenar a sucessão de aminoácidos
nas proteínas (ex. enzimas) que estão sintetizadas’.
Exatamente. Assim as doenças cármicas, marcadas no ‘relógio celular’, aparecem no minuto
preciso para o qual estão previstas. Naquele segundo, o DNA solta a informação, por meio do
Corpos Sutis e Chacras - Guia de Estudos - Olivio Cezar
125
RNA-mensageiro, que vai ao citoplasma e monta a célula provocadora da desordem, no molde
armado no ribossomo; daí parte a cadeia tétrica de sofrimentos previstos, e determinados por
nossas ações passadas.
No entanto, também, o contrário pode dar-se: pode o DNA, modificado por ações e
pensamentos elevados, enviar um RNA-mensageiro para corrigir defeitos, para curar doenças
em curso, para trazer benefícios à criatura.
Quantas curas inexplicáveis para a ciência terão sido obtidas desse modo, inclusive com a
recuperação de tecidos: o DNA fabrica não apenas proteínas, mas também células de muitos
tipos, sobretudo na intimidade da medula óssea.
O DNA pode ser comparado a uma escada em caracol cujo corrimão é formado por açúcar e
fósforo, alternado, e cujos degraus são constituídos pelas bases nitrogenadas: p = fósforo; z =
açúcar; a = adenina; t = timina; c = citosina; g = guanina.
O DNA é o responsável pela identidade dos indivíduos, desde que nascem até que morrem,
assim como estabelece a diferenciação das espécies. E mantém-se a mesma, independente de
alimentação, e de qualquer outro fator externo.
Tudo isso confirma nossa hipótese alhures divulgada, de que as células astrais acompanham o
espírito após a desencarnação, e com ele regressam à vida no plano físico, durante toda a
cadeia evolutiva, pelo menos no estágio humano. A contraparte física de nossas células (seu
“corpo físico”) é que se estraga, desfaz e recompõe, dando a impressão de que a célula morre,
quando, ao invés, ela apenas desencarna e reencarna no mesmo local: o DNA, que é a “mente
celular” permanece o mesmo, acompanha o perispírito desencarnado, e volta para moldar o
outro corpo físico que construímos na vida seguinte.
De fato, todo o comportamento do DNA demonstra que se trata de um elemento superior, com
atividade específica própria, verdadeiro cérebro nervoso a comandar todo o comportamento
celular, tal como, no corpo humano em seu todo, o faz o sistema nervoso central, sobretudo o
cérebro (o intelecto).
Mas cremos haver dito o suficiente: os especialistas e técnicos estão com o campo aberto para
as pesquisas e comprovações bioquímicas.”
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126
O PASSE MAGNÉTICO
Os tratamentos pela imposição das mãos e os medicamentos provenientes da homeopatia, dos florais e
da fitoterapia atuam nos corpos etérico e astral ajudando no processo de equilíbrio do corpo físico.
Listamos abaixo os principais:
 Passe – prática utilizada nos centros espíritas de imposição das mãos;
 Reiki – técnica japonesa de imposição das mãos;
 Johrei – imposição das mãos aplicada na Igreja Messiânica;
 Cura Prânica – diversas técnicas advindas da Índia;
 Cirurgia Espiritual – com uso da ectoplasmia;
 Apometria – técnica de tratamento espiritual que envolve a separação do corpo astral do físico;
 Cristais – atuam como catalisadores e acumuladores de energia;
 Cromoterapia – técnica que usa as cores para promover o equilíbrio físico, emocional e
energético;
 Florais
 Homeopatia;
 Fitoenergética, entre outros.
Neste capítulo, vamos abordar o relacionamento entre os passes espíritas e os chacras. Os passes
espíritas estão classificados em magnético e espiritual e podem ser aplicados de forma individual (mais
comum) ou coletiva.
Sobre o passe magnético, damos palavra, ao Espírito Joseph Gleber, em “Medicina da Alma”:
“Dos diversos tratamentos utilizados para o reequilíbrio bioenergético, o magnetismo é um dos
recursos que tem contribuído, de forma muito eficaz, para o auxílio a meus irmãos encarnados e
também aos desencarnados. Desde a simples imposição de mãos, até as diversas técnicas
utilizadas por eminentes magnetizadores do passado, essa energia abençoada pode atuar na
reconstituição eletromagnética do corpo espiritual ou perispírito como também do corpo vital
ou duplo etérico.
Os passes longitudinais ou de grandes correntes, quando aplicados na região do sistema
nervoso central e do córtex cerebral, tendem a destruir os parasitas e as larvas astralinas que
possam estar aderidas a essa região delicadíssima, onde interagem as energias dos dois planos
da vida, com vistas ao equilíbrio orgânico. Igualmente, quando aplicados sobre a parte frontal,
produzem benéficos resultados sobre o psiquismo, desobstruindo os canais de energia por
onde circula o elemento divino, a energia cósmica ou o prana dos hindus, que irriga a fisiologia
energética do ser humano.
Passes rotatórios administrados sobre os diversos chacras, com o devido conhecimento,
podem infundir-lhes os fluidos revitalizantes responsáveis por seu funcionamento harmonioso,
conforme a necessidade de cada um de meus irmãos. Podem despertar os fulcros energéticos
para suas atividades sagradas, quando se encontram momentaneamente paralisados pelos
desequilíbrios gerados pelo homem.
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127
Ministrada sobre o coronário, a energia superior passa a penetrar no cosmos interior,
irrigando todos os chacras de forma harmônica e promovendo a elevação vibratória desses
centros energéticos, que passarão a funcionar como dínamos geradores do energismo divino.
Sabiamente empregados nos casos obsessivos, naqueles espíritos que se encontram em
tratamento, a energia magnética promove a despolarização dos estímulos da memória
espiritual, facilitando o acesso ao passado do espírito pelas lembranças até então adormecidas,
o que tantas vezes beneficia o companheiro espiritual em seu retorno aos caminhos da razão.
Pode-se utilizar o magnetismo espiritual na estruturação de campos de força ou células de
contenção para impedir entidades perigosas de levarem a termo sua ação maléfica sobre
indivíduos e comunidades.
Mas é exatamente na restauração das energias psicofísicas, nos tratamentos espirituais, que o
magnetismo é empregado de forma a desafiar o conhecimento vulgar das criaturas terrícolas.
Quantas vezes não se presenciou o restabelecimento da saúde daqueles que foram
desenganados pela medicina da Terra. Quantas vezes um copo de água magnetizada ou
fluidificada não serviu de impulso para desencadear uma reação de reequilíbrio no íntimo da
comunidade orgânica. E, quantas vezes mais, não se presenciou o energismo curador de
determinado companheiro que serve de instrumento nas mãos do eterno bem, para lenir a dor,
para tranquilizar o aflito ou para restaurar a harmonia psicossomática que jaz abalada por
causas variadas.
Uma infinidade de possibilidades abre-se ante a visão daquele que se propõe investigar ou
servir, sob a orientação das leis soberanas que nos regem a vida em todas as dimensões.
Para a tarefa de servir ao próximo, como instrumento de auxílio superior, é necessário se despir
do orgulho e das tolas vaidades que agrilhoam os trabalhadores aos vales sombrios das
realizações infelizes, que os fazem instrumentos de inteligências enegrecidas pela ação inferior.
É preciso romper o convencionalismo das religiões e dos religiosos e se entregar
incondicionalmente ao serviço do Cristo, admitindo os limites e a nossa inexperiência ante a
grandeza da suprema lei.
Aquele que se dedica ao estudo do magnetismo e de suas leis é amparado por numerosos
companheiros que se afinizam com os seus ideais, podendo, no futuro, vir a ser colaborador
eficaz das consciências sublimes, para o auxílio à humanidade. É uma tarefa gratificante a
daquele que se dispõe a ser instrumento do Alto para a manutenção do equilíbrio e da
harmonia dos seres.
Além das energias cósmicas ou telúricas que são assimiladas por meus irmãos para serem
manipuladas pelos dignos trabalhadores do Cristo, a natureza também contribui com seu
magnetismo ou energismo peculiar, absorvido pela respiração e interagindo na intimidade
ultra-sensível dos átomos e células espirituais, para a utilização proveitosa por parte de meus
irmãos.
Fontes de água, vegetação e o próprio ar transformam a matéria elementar primitiva através
da metabolização dos raios solares absorvidos e desencadeiam processos internos no quimismo
astralino do corpo espiritual, encontrando-se esses recursos à disposição daquele que queira
utilizá-los de acordo com suas propriedades. Por isso, recomendamos inúmeras vezes que os
companheiros médiuns ou os mesmos que vêm em busca do lenitivo possam entrar em
contato com a natureza, a fim de se reabastecer dos eflúvios balsamizantes que estão à
disposição nas fontes naturais. Eis também o motivo de aconselharmos aos estressados e
portadores de desequilíbrios no sistema nervoso que procurem entrar em contato com a
natureza, a fim descarregar o magnetismo mórbido ou grosseiro no solo absorvente do planeta
e, ao mesmo tempo, reabastecer-se dos elementos encontrados em meio ao sistema natural.
Tudo na criação é energia. As formas revestidas pela consciência são apenas aparentes, no que
diz respeito à sua realidade espiritual e ao plano do absoluto. O corpo físico é a energia
Corpos Sutis e Chacras - Guia de Estudos - Olivio Cezar
128
materializada, condensada; o perispírito é a energia dinâmica, e o espírito é a fonte inesgotável
desse energismo que se manifesta na criação em várias dimensões ou planos.
A ação magnético-espiritual é uma das formas mais eficazes de intervenção nas diversas
manifestações da consciência. Estudemos a respeito dessa fonte natural da vida superior e
entenderemos as palavras do Cristo, quando disse: ‘Em verdade, em verdade vos digo que
aquele que crê em mim também fará as obras que eu faço. E as fará maiores do que estas...’
[Bíblia, Jo 14:12].”
Edgard Armond (1894 - 1982), um dos grandes expoentes da Doutrina Espírita, no livro “Passes e
Radiações”, assim classificou os passes:
Passes magnéticos: São aplicados pelos encarnados, mesmo não sendo médiuns. Consistem na
transmissão, pelas mãos ou pelo sopro, de fluido animal do corpo físico do operador para o do doente.
Sendo a maior parte das moléstias, desequilíbrios do ritmo normal das correntes vitais do organismo, os
passes magnéticos tendem a normalizar esse ritmo ou despertar as energias dormentes, recolocando-as
em circulação. Podem ser aplicados por qualquer pessoa e até mesmo por pessoas materialistas, desde
que possuam os conhecimentos necessários e capacidade de doar fluidos. No caso dos médiuns de
efeitos físicos, haverá também doação de ectoplasma.
Passes espirituais: São os realizados pelos Espíritos desencarnados, através de médiuns, ou diretamente
sobre o perispírito dos enfermos e o que se transfere para o necessitado não são mais fluidos animais de
encarnados, mas outros, mais finos e mais puros do próprio Espírito operante ou dos planos superiores.
A diferença está na qualidade no fluido transmitido, pois tanto o encarnado, como o Espírito doam
fluidos que lhes são próprios, mas no segundo caso, a energia é de uma classe mais elevada e tem um
maior poder curativo.
Entendemos, contudo, que mesmo no passe magnético sempre haverá a ajuda de entidades espirituais,
seja do guia espiritual do operador passista, seja de um mentor presente no momento da aplicação.
Passe individual: é uma transfusão de fluídos de pessoa para a outra. Jacob Melo, no livro “O Passe”
explica que: “... o passe atua diretamente sobre o corpo espiritual, através dos campos vitais (chacras),
diretamente sobre o campo orgânico, propiciando interações intermoleculares de refazimento e
recomposição, e diretamente sobre a mente, ensejando refrigérios psíquicos e/ou atenuando
envolvimentos espirituais negativos. De uma forma ou de outra, ele atua como revitalizador...;
dispersando (refinando, distribuindo, eliminando ou sintetizando, pelo menos) fluidos negativos
contraídos, assimilados e/ou cultivados; e auxiliando a cura das enfermidades de toda ordem, a partir do
reequilíbrio geral”.
Passe coletivo: produz os mesmos efeitos do passe individual com a diferença de que o passista será
apenas uma pessoa e o receptor uma coletividade. A experiência demonstra que no passe coletivo o
potencial energético do passista é ampliado pela espiritualidade, “suprindo-se” a falta do passe
individual.
Metodologia: existe uma grande variedade de técnicas aplicadas nas casas espíritas, mas entendemos
que a condição mais importante vem do amor incondicional do passista no momento da aplicação. Em
seguida, a sua sintonia com os guias e mentores espirituais, entendendo-se ele, o passista, como um
simples veículo de transmissão de energias, sejas suas ou das entidades benfeitoras.
Pastorinho aprofunda sua visão técnica e de grande utilidade dos passes no serviço ao próximo:
“AS PONTAS – A eletricidade positiva ou negativa se agrega mais nas pontas ou extremidades
pontuadas. Daí terem nascido os para-raios. Essa a razão pela qual as mãos, os pés e, sobretudo
os dedos, são as partes mais carregadas em nosso corpo.
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129
Por esse motivo os passes são dados com as mãos abertas (o que em o Novo Testamento se diz
‘impor as mãos’), para que os elétrons fluam através dos dedos.
Os passes - Daí qualquer dor que sintamos ser imediatamente socorrida pela nossa mão que vai
ao local, para restabelecer o equilíbrio dos elétrons: é o passe instintivo e natural. Por isso as
pessoas fracas gostam de ficar segurando as mãos das pessoas fortes: os enfermos assim fazem
com os sadios.
Os passes, portanto, são um ‘derramamento’ de elétrons, através das pontas dos dedos, para
restabelecer o equilíbrio daquele que recebe o passe, e que deles está carecente.
Todavia, da mesma forma que o pente de ebonite depois de certo tempo perde os elétrons em
excesso que recebeu ao ser atritado com lã, assim também ocorre com o corpo humano. Daí a
necessidade de os passes serem periódicos. Bem assim os obsedados (permanentemente
‘sugados’ por amigos invisíveis), os fracos de saúde, os que lidam com multidões, precisam
periodicamente de passes reequilibrantes, recebendo um acréscimo de elétrons.
Por essa razão, as pessoas doentes (a quem faltam elétrons) não deverem dar passes: ao invés
de dá-los, tirariam os poucos do paciente, depauperando-o ainda mais.
Além disso, existem os que, sem elétrons positivos, possuem um excesso de carga negativa. Com
esses, é mister primeiro dar passes ‘de descarga’, tirando as cargas negativas, para depois dar-
lhes elétrons. Essa a razão por que alguns, ao dar passes sem técnica, absorvem a carga
negativa dos enfermos, ficando eles mesmos doentes: então, em, primeiro lugar, passes
‘dispersivos’ para limpar de cargas negativas; depois então, passes de fornecimento de
energias.
Todos sabemos que um sensitivo, ligado a um espírito desencarnado, pode transferir fluidos
espirituais a um necessitado.
Mas ocorre que, com freqüência, os fluidos magnéticos provêm de nós mesmos, e são
acompanhados de energia vital poderosa, que refaz as forças do enfermo, acalmando,
equilibrando, revigorando e, muitas vezes, curando.
Ora, toda essa produção de energia vital é realizada, para nós, pelas glândulas genitais; e, por
vontade nossa, podemos transferi-la a outros, através de passes. Essa é uma das utilizações
mais nobres que está a nosso alcance: ceder os fluidos que a natureza produz para nós, gratuita
e generosamente, para acudir às necessidades alheias.
Essa a razão por que os médiuns casados, acostumados às relações sexuais, se sentem
sexualmente enfraquecidos após aplicação de passes magnéticos. Daí também a vantagem que
podem usufruir os celibatários: descarregar em passes benéficos e curadores a superprodução
de seu vigor vital, pois isso lhes trará tranquilidade sexual, pelo menos durante algum tempo,
até que a natureza torne a locupletar os reservatórios. Assim são superadas, por vezes, as
chamadas “tentações”.
Outra utilização desses fluidos e dos produtos glandulares das gônadas, tanto masculinas
quanto femininas, é realizada na mediunidade de efeitos físicos e nas materializações, na
produção de ectoplasma, em combinação com outros elementos do corpo físico, do etérico e do
astral, assunto que exporemos em outro local.
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130
O REIKI
O Reiki utiliza a mesma energia que já conhecemos ao longo da história da humanidade, nas diferentes
culturas e civilizações, com nomes diferentes. As condições básicas para sua aplicação são:
pensamento, vontade e amor.
Do excelente livro “O Reiki segundo o Espiritismo” de Adilson Marques, obtido através de diálogo com
espíritos mentores, extraímos alguns trechos importantes para a reflexão do leitor:
“Vamos esclarecer como funciona a comunicação entre o espírito (mente) e o cérebro. Em
primeiro lugar, vocês devem saber que o ser humano não pensa através de palavras. E, para se
transmitir uma idéia, o ser humano necessita converter o seu pensamento em um sistema de
códigos. Este sistema pode ser na forma de sinais ou imagens simbólicas, como no caso do Reiki
e de tantas outras práticas orientais, ou na forma de palavras, que também são símbolos.
Em qualquer um dos casos, para funcionar, é necessária a decodificação, ou seja, a
interpretação da mensagem. É por isso que a pessoa que não conheça o símbolo e não saiba
para que o mesmo funciona, não vai sentir nada, não vai enviar energia. Ele não tem ainda a
chave para decodificar a mensagem. Seu cérebro e seu subconsciente não sabem decodificar o
símbolo. Ao contrário, o ‘iniciado’ vai movimentar sua energia vital, sua bioenergia, porque
associou ao símbolo, à imagem gráfica, uma função. Ou seja, ele sabe que ao desenhar um
determinado símbolo ele deve dar um comando inconsciente para o seu duplo-etéreo liberar a
energia. Ele está substituindo a palavra por um outro símbolo, por uma imagem.
A criação de símbolos é uma forma de codificação. E como o ser humano ainda não é capaz de
viver sem símbolos para se comunicar, eles são muito úteis.”
“Pergunta 07 – Pelo exposto acima, podemos inferir que não há diferença entre o Reiki e o
passe espírita?
Resposta – O nome Reiki se popularizou na segunda metade do século vinte. Hoje ele é uma
realidade mundial. Não dá para desprezá-lo ou ignorá-lo. É uma variação metódica do que
poderíamos chamar de Fluidoterapia. E como vocês necessitam de nomes, poderiam chamar
todas as técnicas conhecidas, como o Passe espírita, o Johrei, da Igreja Messiânica, a Cura
Prânica dos filipinos etc. como Fluidoterapia.
A Fluidoterapia nasceu, na Terra, com os primeiros capelinos exilados. Gradativamente, eles
foram redescobrindo a forma de manipular a energia cósmica para a cura. E, em cada local,
como já dissemos, inventaram rituais e exterioridades para fazer a manipulação energética que,
no fundo, funcionará sempre através dos três condicionamentos já apresentados: pensamento,
vontade e amor.
Se não há diferença no tipo de energia, há diferença no procedimento. Muitas casas kardecistas
fazem o ‘passe de cura’, que seria um passe mais demorado, em uma sala diferenciada, com o
paciente deitado em uma maca. O ‘passe de cura’ funciona como o Reiki, porém, sem símbolos,
músicas ou aromas.”
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131
“Pergunta 12 – Se a pessoa se comprometeu a doar energia e cobra por ela, o que acontece
quando desencarna?
Resposta – É muito comum os 1médiuns de cura’ falharem. O egoísmo, o orgulho, a vaidade
costumam comprometer uma encarnação. E aquele que cobra ao invés de doar sua energia, ao
desencarnar irá tomar consciência que já recebeu na Terra o que estava previsto para ele no
plano espiritual. Ou seja, tomará consciência de que sua dívida pretérita continua do mesmo
tamanho, se não aumentou ainda mais.
Outros podem, devido à dor moral, que é muito mais sofrível que a dor física, entrar em um
estado de sofrimento similar aos descritos por autores que escrevem sobre os Vales dos
Suicidas. No fundo, cometeram também um suicídio, pois desperdiçaram mais uma encarnação
retificadora.”
“Pergunta 17 – Voltado ao Reiki, quais são os cuidados que se devem ter antes, durante e após
cada sessão?
Resposta – Antes de cada sessão é importante se concentrar por alguns minutos, relaxar e fazer
uma prece pedindo a presença e a proteção da espiritualidade médica que trabalha na casa.
Pode-se deixar um copo de água para o atendente e para o paciente beber, após a sessão.
Durante a sessão, o mais importante é manter o pensamento elevado e a concentração mental.
Daí ser inadequado trabalhar em locais onde as pessoas ficam conversando, vendo TV. Algumas
pessoas conseguem até fumar enquanto enviam energia. Isto é o cúmulo do absurdo, nesta
divulgação mercadológica do Reiki.
É importante permanecer concentrado e com o pensamento elevado para melhorar a qualidade
e a intensidade da energia enviada para o paciente. Muitas pessoas se preocupam em desenhar
corretamente o símbolo e depois ficam todo o tempo contando os minutos que faltam para
acabar a sessão, ou pensando em problemas cotidianos. Essa não é a pessoa adequada para
auxiliar a espiritualidade em uma sessão de Reiki.
Após a sessão, tanto o terapeuta quanto o paciente podem, mentalmente, fazer uma prece de
agradecimento e tomar a água. O atendente deve deixar um intervalo de pelo menos quinze
minutos entre uma sessão e outra. E, sempre que possível, entrar em contato com a natureza
para absorver saudáveis glóbulos de vitalidade e fazer um lanche leve.
Além disso, no dia de atendimento, nunca se alimentar com carne, e se abster do consumo de
cigarro e bebidas alcoólicas.”
“Pergunta 25 – E existe alguma vantagem ou mesmo desvantagem do Reiki em relação ao
passe espírita?
Resposta – A desvantagem está na mistificação. Todas as histórias mistificadoras que assolam
o Reiki, os vários graus de médiuns fascinados por histórias de extraterrestres que transmitem
símbolos “sagrados” que devem ser mantidos em segredo, como se o símbolo fosse a coisa mais
importante e não a mente e a vontade de ajudar; o charlatanismo, as falsas promessas de curar
toda e qualquer doença. Todas essas mentiras e mistificações formam o joio que deve ser
arrancado.
Mas há, também, inúmeras vantagens, sobretudo, no procedimento junto ao paciente. Ao invés
da fila e da impessoalidade que predomina no passe, no Reiki utiliza-se uma maca. O paciente
recebe energia com hora marcada. A sessão não é de apenas três minutos. O tratamento é
muito mais completo do que em um simples passe, pois este visa harmonizar a pessoa. O que
não significa que muitas casas espíritas ou centros de umbanda não façam os “passes de cura”
que são mais longos e voltados para tratamentos mais complexos, como os que a
espiritualidade realiza durante o Reiki.
Corpos Sutis e Chacras - Guia de Estudos - Olivio Cezar
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No Reiki não há preconceitos doutrinários que impeçam o atendente de colocar uma música
relaxante no fundo, usar essências aromáticas14 que ajudam no tratamento. Toda a ambiência
criada para a sessão de Reiki é importante. Os meios são tão importantes quanto os fins, que
são os mesmos no Reiki e no passe. Lembrando, sempre, que nenhuma técnica transgride a Lei
do carma e do merecimento.”
“Pergunta 26 – E em relação à polêmica de tocar ou não no paciente? Nos cursos de orientação
mediúnica os passistas aprendem que não se deve tocar, de forma alguma, no paciente. O Reiki,
por sua vez, costuma ser feito através do toque. Há problemas em se tocar o paciente?
Resposta – Esta diferença ressalta as diferenças de mentalidade entre o Ocidente e o Oriente,
entre a visão de mundo ocidental-cristã e a oriental. Existe muito pavor e incompreensão em
relação ao corpo físico aqui no Ocidente. A nossa visão de mundo é dicotômica. Desde a
Antiguidade se separa, radicalmente, espírito e corpo. Na verdade, parece que á uma guerra
Espírito X Corpo. Em alguns momentos da história ocidental se valoriza o corpo em detrimento
do espírito. Em outros, o contrário. Falta para nós a visão integrativa oriental.
No oriente, suas práticas espirituais e mesmo profanas buscam sempre o equilíbrio físico,
mental, emocional e espiritual. Não se concebe uma coisa dissociada da outra. Além disso, a
massagem ou o toque não tem a conotação pejorativa e sexualizada que tem no Ocidente. O
ato de tocar, de massagear é visto com naturalidade no Oriente. Aqui vocês levam tudo para o
campo da sexualidade, devido à própria formação cultural e sexual do homem ocidental. Aqui,
ao mesmo tempo, onde a maioria das religiões cristãs trata o sexo como Tabu, vocês são
bombardeados por propagandas e programas de TV que vivem da exploração de um erotismo
desenfreado. O homem ocidental vive angustiado pelo medo do pecado, de um lado, e pelo
erotismo exacerbado, de outro.
Sem segundas intenções, seria possível aplicar Reiki e fazer massagem ao mesmo tempo,
principalmente, nos pés. Mas o atendente necessita ter um autocontrole, dominando seus
instintos inferiores.
O único momento em que não se deve tocar no paciente é quando, o que é raro, ocorre uma
‘incorporação’. Se a sala é preparada para o trabalho e é protegida pela espiritualidade,
raramente isso irá acontecer. Mas é preciso lembrar que se o paciente for um médium e estiver
sob forte ação obsessiva, é necessário mandar energia sem tocar na pessoa e fazer muita prece
para a espiritualidade adormecer e levar para esclarecimento aquele irmão obsessor.
Vocês devem sempre se lembrar que na hora do tratamento, seja com o Reiki ou com o passe, o
momento não é para desenvolvimento mediúnico e nem para doutrinação.”
“Pergunta 27 - E por que alguns pacientes incorporam durante o Reiki?
Resposta – Esse processo deve ser evitado e nunca estimulado. Quando o local onde a sessão
estiver acontecendo for protegido pela espiritualidade superior, esse risco é quase nulo. Se o
paciente vem para a sessão acompanhado por irmãos desencarnados que necessitam de
auxilio, estes são retirados e levados para esclarecimentos ou socorro na própria casa, em sua
dimensão astral, ou em uma outra casa espiritualista, kardecista ou de umbanda, conforme o
grau de compreensão do espírito.
Porém, quando o local não possui a proteção necessária ou quando a sessão é feita na casa do
próprio enfermo e, principalmente, em locais de baixa vibração como bares, boates e locais
similares, o risco de acontecer uma manifestação mediúnica é maior, obviamente, se o paciente
for médium sem estudo.
É preciso esclarecer que, em alguns casos, o paciente pode possuir um obsessor que o
acompanha por muitas encarnações. Eles se revezam continuamente. Ora um é o obsessor, ora
o outro. E este ciclo de ódio pode se arrastar por muitas encarnações, enquanto não houver o
perdão. Eles são tão unidos que se retirarmos o obsessor, o paciente pode até desencarnar.
Nesse caso, ambos necessitam entrar juntos na sala. Não há como evitar a presença do
Corpos Sutis e Chacras - Guia de Estudos - Olivio Cezar
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obsessor durante a sessão. Daí a importância de um cuidado maior do atendente, elevando
sempre o pensamento, procurando manter seu padrão vibratório elevado para facilitar o
socorro a ambos.”
“O Reiki nada mais é do que a emissão de nossa energia vital ou ectoplásmica. Todos nós temos
energia para doar, uns mais outros menos. No espiritismo, a pessoa que tem muita energia para
doar é chamada de ‘médium de cura’. Estas pessoas são as que terão condições de trabalhar
com o Reiki. Uma pessoa que não tenha energia para doar, mesmo que faça o curso com o mais
popular mestre de Reiki, não terá como ajudar a espiritualidade socorrista.”
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ESPÍRITOS ELEMENTAIS
Quando abordamos os assuntos da vida além da matéria, precisamos falar de agêneres, larvas astrais,
contaminações fluídicas e outros assuntos, assim como a atuação de espíritos elementais nos diversos
planos sutis, ainda desconhecidos por grande parte do movimento espiritualista.
Desde as antigas eras da Atlântida, do Egito e da Mesopotâmia, nosso planeta sofre obstáculos
evolutivos pela ação de espíritos das Trevas, principalmente dos dragões e magos negros, usando em
muitos casos, a atuação de agêneres, de elementais da Natureza ou mesmo artificiais.
Sobre os agêneres, sabemos que são espíritos que se materializam por determinado tempo, através da
manipulação de formas-pensamento nocivas, emitidas pelo ectoplasma dos encarnados.
Esses seres são constituídos de matéria astral muito densa e podem ser percebidos por médiuns
videntes ou mesmo se materializarem por um determinado tempo. Eles afetam tanto nossa saúde,
‘roubando’ nossas energias e do meio ambiente que nos cerca. Aqueles que estão numa faixa mais
sutil, mental, afetam nosso sistema nervoso e a as funções cerebrais, criando estados de alteração da
nossa consciência.
Sobre o assunto, Kardec escreve um artigo na Revista Espírita de fevereiro de 1859, onde o Espírito de
São Luiz, arguido sobre o assunto, diz tratar-se de desencarnados que se materializam
momentaneamente. No livro “O Agênere” do Espírito Ângelo Inácio, pelas mãos de Robson Pinheiro,
temos a narrativa desses seres, em geral servidores do Mal, como observamos no trecho abaixo:
“Escondidos em corpos etéricos, físicos ou de uma fisicalidade ignorada e ainda não
admitida, seres de diferentes procedências perambulam por entre os gabinetes dos
governos de diversos países e se imiscuem na multidão. Caminhando entre os homens
terráqueos, filhos das estrelas, ou simplesmente filhos da Terra, em disfarces
imperceptíveis, influenciam os destinos das sociedades humanas. Não é para menos.
Depois de séculos e séculos de experimentações, os seres do submundo assumem de
maneira mais enfática e pujante um papel no palco dos acontecimentos na superfície.
Como quase ninguém está atento às possibilidades fenomênicas da ciência psíquica,
espiritual, o homem dorme e não percebe esses eventos ou menospreza seu alcance e
a chance de que venham a ocorrer. Colabora para esse desenho míope da realidade ofato
de a maioria, incluindo os que alegam se dedicar ao despertamento da consciência,
transformar-se em busca das paixões materiais, do ganho financeiro aqualquer custo ou
simplesmente distrair-se com os problemas cotidianos, que assumem importância vital
em momentos de crise, sobretudo em meio à crise contemporânea -que é a de valores
humanos.”
As formas-pensamento são criações mentais elaboradas a partir da matéria astral e se assemelham a
projeções tridimensionais, que expressam características do pensamento de quem as emitiu. Devido à
sua condição fluídica, podem ser percebidas tanto por Espíritos desencarnados quanto pelos médiuns
de vidência, podendo ser registradas em fotografias.
Quanto às contaminações fluídicas, na Revista Espírita de março de 1868, Kardec escreve:
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“Certas afecções, mesmo muito graves e passadas ao estado crônico, não têm como causa
primeira a alteração das moléculas orgânicas, mas a presença de um mau fluido que, a bem
dizer, as desagrega, perturbando a sua economia. Sucede aqui como num relógio, em que todas
as peças estão em bom estado, mas cujo movimento é parado ou desregulado pela poeira;
nenhuma peça deve ser substituída e, contudo, ele não funciona; para restabelecer a
regularidade do movimento basta expurgar o relógio do obstáculo que o impedia de funcionar.
Tal é o caso de grande número de doenças, cuja origem é devida aos fluidos perniciosos de que
é penetrado o organismo. Para obter a cura, não são moléculas deterioradas que devem ser
substituídas, mas um corpo estranho que se deve expulsar; desaparecida a causa do mal, o
equilíbrio se restabelece e as funções retomam seu curso. Concebe-se que em semelhantes
casos os medicamentos terapêuticos, destinados, por sua natureza, a agir sobre a matéria, não
tenham eficácia sobre um agente fluídico; por isso a medicina ordinária é impotente em todas
as moléstias causadas por fluidos viciados, e elas são numerosas. À matéria pode-se opor a
matéria, mas a um fluido mau é preciso opor um fluido melhor e mais poderoso. A medicina
terapêutica naturalmente falha contra os agentes fluídicos; pela mesma razão, a medicina
fluídica falha onde é preciso opor a matéria à matéria; a medicina homeopática nos parece ser
o intermediário, o traço de união entre esses dois extremos, e deve particularmente triunfar nas
afecções que poderiam chamar-se mistas. Seja qual for a pretensão de cada um destes sistemas
à supremacia, o que há de positivo é que, cada um de seu lado, obtém incontestáveis sucessos,
mas que, até o presente, nenhum justificou estar na posse exclusiva da verdade; donde se deve
concluir que todos têm sua utilidade, e que o essencial é os aplicar adequadamente. Não temos
que nos ocupar aqui dos casos em que o tratamento fluídico é aplicável, mas da causa pela qual
esse tratamento pode, por vezes, ser instantâneo, ao passo que em outros casos exige uma
ação continuada. Esta diferença se prende à própria natureza e à causa primeira do mal. Duas
afecções que, aparentemente, apresentam sintomas idênticos, podem ter causas diferentes;
uma pode ser determinada pela alteração das moléculas orgânicas e, neste caso, é preciso
reparar, substituir, como me disseram, as moléculas deterioradas por moléculas sadias,
operação que só pode ser feita gradualmente; a outra, por infiltração, nos órgãos saudáveis, de
um fluido mau, que lhe perturba as funções. Neste caso, não se trata de reparar, mas de
expulsar. Esses dois casos requerem, no fluido curador, qualidades diferentes; no primeiro, é
preciso um fluido mais suave que violento, sobretudo rico em princípios reparadores; no
segundo, um fluido enérgico, mais adequado à expulsão do que à reparação; segundo a
qualidade desse fluido, a expulsão pode ser rápida e como por efeito de uma descarga elétrica.
O doente, subitamente livre da causa estranha que o fazia sofrer, sente-se aliviado
imediatamente, como acontece na extirpação de um dente estragado. Não estando mais
obliterado, o órgão volta ao seu estado normal e retoma suas funções. (...) Esta teoria pode
assim resumir-se: Quando o mal exige a reparação de órgãos alterados, necessariamente a cura
é lenta e requer uma ação contínua e um fluido de qualidade especial; quando se trata da
expulsão de um mau fluido, ela pode ser rápida e, mesmo, instantânea.”
Para o Espiritismo, os espíritos elementais são seres que contribuem para o equilíbrio do mundo
material e espiritual. São também conhecidos como espíritos da Natureza. Podemos entendê-los como
seres em processo de evolução que desempenham funções essenciais para a Natureza, enquanto
aguardam seu processo evolutivo para reencarnarem no reino hominal.
Nas obras básicas da codificação espírita eles não são mencionados. A partir da Teosofia começamos a
ter informações desses seres, que atuam em todos os estágios da Natureza, a partir do reino mineral,
contribuindo com muitos acontecimentos climáticos.
No livro "Libertação”, André Luiz, pela psicografia de Chico Xavier, escreve:
"Estamos numa colônia purgatorial de vasta expressão. Quem não cumpre aqui dolorosa
penitência regenerativa, pode ser considerada inteligência subumana. Milhares de criaturas,
utilizadas nos serviços mais rudes da natureza, movimentam-se nestes sítios em posição
infraterrestre. A ignorância, por ora, não lhes confere a glória da responsabilidade. Em
desenvolvimento de tendências dignas, candidatam-se à humanidade que conhecemos na
Corpos Sutis e Chacras - Guia de Estudos - Olivio Cezar
136
Crosta. Situam-se entre o raciocínio fragmentário do macacóide e a idéia simples do homem
primitivo da floresta.”
Na "Revista Espírita Allan Kardec” no. 17 de 1992, encontramos entrevista de Divaldo Franco sobre o
assunto:
"Pergunta – Divaldo, existem os chamados Espíritos elementais ou Espíritos da Natureza?
Resposta - Sim, existem os Espíritos que contribuem em favor do desenvolvimento dos recursos
da Natureza. Em todas as épocas eles foram conhecidos, identificando-se através de
nomenclatura variada, fazendo parte da mitologia dos povos, alguns deles, "deuses”, que se
faziam temer ou amar.
Pergunta – Qual o estágio evolutivo desses Espíritos?
Resposta - Alguns são de elevada categoria e comandam os menos evoluídos, que se lhes
submetem docilmente, laborando em favor do progresso pessoal e geral, na condição de
auxiliares daqueles que presidem aos fenômenos da Natureza.
Pergunta – Esses Espíritos apresentam-se com forma definidas, como por exemplo, fadas,
duendes, gnomos, silfos, elfos, sátiros, etc?
Resposta - Alguns deles, senão a grande maioria dos menos evoluídos, que ainda não tiveram
reencarnações na Terra, apresentam-se, não raro, com formas especiais, de pequena dimensão,
o que deu origem aos diversos nomes nas sociedades mitológicas do passado. Acreditamos,
pessoalmente, por experiências mediúnicas, que alguns vivem o período intermediário entre as
formas primitivas e hominais, preparando-se para futuras reencarnações humanas.
Pergunta – Que tarefas executam?
Resposta - Inumeráveis. Protegem os vegetais, os animais, os homens. Contribuem para
acontecimentos diversos: tempestades, chuvas, maremotos e terremotos, interferindo nos
fenômenos ‘normais’ da Natureza sob o comando dos Engenheiros Espirituais que operam em
nome de Deus que ‘não exerce ação direta sob a matéria’.”
No livro “Espíritos Elementais”, através da psicografia de Carlos Baccelli, o Espírito Paulino Garcia nos
traz informações da atividade desses seres elementais, espíritos que, qual nos acontece, encontram-se à
caminho da Luz, emergindo das sombras de si mesmos, lutando para fixar os característicos de
racionalidade que lhes concederão definitivo acesso à condição humana.
Portanto, os elementais naturais são princípios inteligentes em processo de individualização e
despertamento da consciência. Esses seres, que estagiaram por longos períodos nos reinos da Natureza
que antecedem o tronco humano e que ainda não ingressaram na humanidade, se agrupam de acordo
com suas afinidades.
São chamados de elementais porque são compostos de um corpo ectoplásmico, de natureza híbrida,
com elementos da dimensão mental. Têm certa semelhança com o homem, porém apresentam sinais
correlacionados com o elemento natural ao qual estão associados.
Ainda não têm consciência ou senso moral, pois se encontram em aprendizado no grande laboratório da
Natureza. Sua primeira oportunidade de reencarnar no estágio humano não ocorre na Terra, mas sim,
em mundos apropriados, onde passarão por transformações no perispírito, saindo finalmente da
condição de princípio inteligente para Espírito, ganhando o livre arbítrio e a razão.
Até que isso ocorra, eles permanecem vinculados à Natureza, nas matas, cachoeiras, mares e outros
reinos, sempre amparados pelas mãos de Espíritos mais esclarecidos.
Muitas vezes eles são manipulados pelas Trevas que os transformam em escravos, sendo usados para a
prática do Mal.
Corpos Sutis e Chacras - Guia de Estudos - Olivio Cezar
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Vivenciamos muitos processos obsessivos nas casas espíritas, decorrentes da atuação de elementais
naturais ou artificiais imantados aos corpos sutis das pessoas em tratamento. Mas também
presenciamos muita ajuda deles durante os trabalhos mediúnicos.
As salamandras são potentes transmutadoras e condensadoras de energia e auxiliam na queima de
objetos e criações mentais associadas à magia negra. Os bons espíritos as utilizam para limpeza e
destruição de laboratórios das Trevas.
Os duendes e gnomos são excelentes colaboradores nas reuniões de tratamento espiritual, pois trazem
os elementos extraídos das plantas, o chamado bioplasma, de fundamental importância em reuniões de
ectoplasmia e de fluidificação das= água. Auxiliam assim os bons espíritos nos procedimentos de cura.
Os elementais que se relacionam à terra, associados a rochas e cavernas, trazem energia essencial para
a reconstituição da aparência perispiritual de entidades com zoantropia.
Sobre os elementais artificiais, o Espírito Joseph Gleber, em mais um obra psicografada por Robson
Pinheiro, “Consciência”, nos narra o seguinte:
“Os elementais artificiais, clone ou duplicadas astrais, conforme a manifestação de cada um
comportam-se como seres errantes no plano astral. À semelhança de todo ser vivo, procuram
alimentar-se energeticamente, com o objetivo de prolongar o máximo possível sua vida artificial
– que, embora temporária, possui duração indefinida e pode ser relativamente longa. Para
tanto, vampirizam seres humanos encarnados e desencarnados, principalmente na área
correspondente ao chacra básico, sugando-lhes as energias sexuais e vitais, através das quais se
abastecem. Em circunstâncias específicas, podem se alimentar do plasma que emana do sangue
de pessoas cujas vidas são tiradas em sacrifícios de cultos exóticos ou por matadores
profissionais.
Absorvendo as energias de suas vítimas ou dos alvos mentais para os quais foram dirigidos,
podem inclusive provocar certos fenômenos, embora pequenos, mas aterrorizantes, com vistas
a sugar as emoções das pessoas sobre as quais têm domínio. Dessa forma, causam acidentes e
desastres ocasionais, bem como problemas de ordem emocional mais ou menos graves, além de
envolver seus alvos em imagens e relacionamentos sexuais, cujo objetivo é a extração ou o
roubo das energias movimentadas a partir de tais associações mentais.
As criações mentais vivas ou elementais artificias guardam uma peculiaridade: oferecem
estrutura para que espíritos malévolos os assumam, num processo análogo ao da possessão, no
qual tomam posse da forma mental artificial, vivificando-a e treinando-a para levar a cabo suas
investidas ardilosas contra os alvos humanos. Em geral, nesses casos, as entidades perversas
arquitetam planos em que se mostram revestidas da forma astral manipulada, com poder de
iludir psiquicamente suas vítimas; apresentam-se com a aparência de algum mentor conhecido
ou apreciado pela pessoa, imitando-o de diversas maneiras e com características que lhes são
próprias.
Há casos, mais frequentes do que meus irmãos gostariam de acreditar, em que elementais
artificiais gerados por pensamentos de um povo ou de uma multidão passam a agir em
determinadas regiões do planeta – normalmente, nos locais próximos àquele de onde
emanaram os pensamentos originais. Nesses acontecimentos tão comuns, atuam nos
elementos da natureza, provocando devastações e desencadeando, na contraparte física,
imensos prejuízos, inclusive induzindo pessoas a cometer atrocidades e crimes hediondos.
Autoridades e estudiosos, embora toda a sua capacidade, não conseguem explicar a incidência
de crimes semelhantes ou de irrupções das forças da natureza em determinados países e
regiões, porque causados pelos seres artificiais, que reproduzem, em sua ação, o teor e a
qualidade dos pensamentos coletivos que os criaram.
No caso de comoções naturais ocasionadas pelos elementais artificiais, eis o que ocorre. Esses
seres flutuam sobre a atmosfera por tempo indeterminado, absorvendo as vibrações mentais e
emocionais da população, de tal forma que, quando essas forças irrompem desses seres,
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138
parecem explodir, derramando-se por inteiro nos elementos naturais. O caos se estabelece, e a
culpa, invariavelmente, é deslocada para as variações climáticas ou para o aquecimento global,
que, na atualidade do século que se inicia, virou desculpa generalizada para muitos prejuízos
com repercussão na esfera física.
As mentes enfermiças e acostumadas com as ideoplastias de longa duração, como ocorre nos
casos de monoideísmo, criam elementos mais ou menos duradouros no plano astral.
Pensamentos de forte conteúdo sensual e erótico, imagens de pessoas, seres e coisas plasmadas
pela permanência da mente em criações de vibração barôntica ganham forte conteúdo vital.
Devido à sintonia dessas criações com os planos e dimensões mais próximas à Crosta, forma-se
uma espécie de camada de matéria etérica, ectoplásmica e astralina em torno da ideia original.
A persistência nessas criações faz com que estas se movimentem, atuem e permaneçam nas
imediações da atmosfera mental que as gerou.
Com o tempo, tais criações, desprovidas de vontade própria, porém detendo imensa vitalidade,
podem ser utilizadas por consciências extrafísicas a fim de dar suporte a seus planos de
maldade. Algumas filosofias espiritualistas sugerem o nome de cascões ou sombras a essas
criações prenhes de vitalidade. O nome justifica-se devido ao fato de que são apenas matéria
vital, etérica ou ectoplásmica, sem o elemento espiritual consciente. Vazias de consciência, sem
espírito que as anime, essas formas vagam muitas vezes em torno de ambientes e pessoas que
as mantêm ativas com seus pensamentos recorrentes em situações e vibrações inferiores.
Entidades de força mental vigorosa podem fazer uso dos chamados cascões como robôs de sua
vontade, os quais obedecem às manipulações magnéticas infelizes. É o que ocorre nas ocasiões
em que os sensitivos percebem presenças extrafísicas em algum momento do transe, mas não
conseguem detectar nenhuma vibração emocional e nenhum pensamento se irradiando dessas
mesmas presenças. Isso acontece porque não são espíritos, consciências extracorpóreas. Aliás,
não possuem consciência. São criações mentais impregnadas de vitalidade, mas destituídas de
pensamento e emoções próprias. São enviadas como marionetes às reuniões mediúnicas, ou
simplesmente utilizadas como formas de manipulação mental, à distância. Quando o médium
não conhece com quem ou com o que está tratando, costuma deixar-se envolver por uma
pseudoincorporação, atraindo para si toda a carga mental que está acumulada no elemental
artificial.
Quando são criados um clima saudável, hábitos de oração e auxílio ao próximo e quando o
ambiente fica impregnado desse energismo superior, são estruturadas formas fluídicas de
duração tão permanente quanto mais intensas, salutares e persistentes forem as irradiações
mentais que as geraram. Nesses casos, tais elementos, que pairam em volta da atmosfera
psíquica, são também manipulados e deles se extrai o conteúdo emotivo, sentimental ou mental
que os gerou. Tais conteúdos podem ser sabiamente aproveitados pelos técnicos do mundo
espiritual para auxílio a encarnados e desencarnados.”
Corpos Sutis e Chacras - Guia de Estudos - Olivio Cezar
139
OS PLANOS SUTIS
O primeiro livro espírita que aborda de forma objetiva a divisão do nosso orbe em sete esferas,
confirmando as tradições da literatura esotérica é "Cidade no Além" recebido pelas mãos de Chico
Xavier e Heigorina Cunha.
Na imagem acima, as esferas são representadas com globos envolvendo uns aos outros, se
interpenetrando em linhas ascendentes dos diversos planos sutis.
O assunto está bem explanado no livro de Mário Frigeri, “As Sete Esferas da Terra”, editado pela FEB.
Tivemos a oportunidade de abordar anteriormente essa temática em nosso livro: “Nos Bastidores do
Hospital Esperança”, cujo trecho, pela didática, reproduzimos abaixo:
“Na organização espiritual do Planeta Terra temos diversas camadas, assim denominadas:
 Abismo;
 Trevas;
 Umbral (subdividido em Grosso, Médio e Fino) onde também está a crosta
terrestre;
 Arte, Cultura e Ciência;
 Amor Fraterno Universal;
 Diretrizes do Planeta.
No livro “O Abismo” de autoria de Rafael Américo Ranieri e orientado pelo Espírito André Luiz,
editado na década de 1970, temos a primeiras notícias do Reino dos Dragões, onde vivem seres
descomunais e horripilantes, com aspectos disformes que perderam a forma humana,
degradados pela permanência no Mal. Apesar do Espírito não retrogradar, sua forma
perispiritual pode chegar até à segunda morte, tornando-se um ovoide. Contudo, continuam
sendo nossos irmãos, presos em formas animalizadas e assistidos pela misericórdia divina
através da presença do Anjo Atafon e outros emissários do Cristo. Notícias recentes nos falam
de um esvaziamento dessa região provocado pelo êxodo planetário.
Nas Trevas, ainda abaixo do nosso solo material, encontramos o domínio dos Magos Negros,
seres iniciados nas diversas religiões da Antiguidade, especializados na manipulação dos fluidos
sutis da natureza e exímios conhecedores das leis que os regulam. Afetam o progresso da
humanidade, interferindo diretamente na política e nas religiões dominantes. Muitos autores
espirituais trazem notícias dessa região, a partir das obras de André Luiz, pela psicografia de
Chico Xavier na década de 1950 (livro “Libertação”, espírito André Luiz) e, mais recentemente,
pelo Espírito Ângelo Inácio, através do médium Robson Pinheiro.
No Umbral Grosso, que ocupa o mesmo espaço da nossa crosta terrestre, vive a grande maioria
dos desencarnados que ainda desconhecem as leis da fraternidade. É uma região destinada ao
esgotamento de resíduos mentais, uma zona purgatorial, onde se queima a prestações o
material deteriorado das ilusões que a criatura adquiriu, menosprezando as oportunidades de
existência nas reencarnações terrenas. Local de imenso sofrimento onde atuam os seres dos
Corpos Sutis e Chacras - Guia de Estudos - Olivio Cezar
140
planos inferiores já citados e seus comandados, explorando as criaturas que carregam dentro de
si os pecados capitais do ódio, vingança, poder, ganância, entre outros. Os bons espíritos
trabalham nesta região, resgatando aqueles que em algum momento demonstram
arrependimento e clamam pela necessidade da mudança.
Subindo para o Umbral Médio, que se estende a partir de 20 km da crosta até cerca de 50 km de
altitude, vamos encontrar os postos de socorro e as colônias espirituais onde vivem os Espíritos
que já despertaram para o serviço ao próximo. Os primeiros funcionam como pronto-socorro
avançado de resgate de Espíritos que se encontram no Umbral Grosso ou mesmo nas Trevas,
enquanto as segundas são zonas de transição de amparo e assistência, permitindo um tempo
de permanência maior para o reequilíbrio e educação dos seres que para lá vão. O Hospital
Esperança é uma delas.
Desde meados da década de 1940, através de Chico Xavier, as noções mais detalhadas da rotina
das cidades espirituais do Umbral Fino - que se localizam a até 100 km de altitude - vieram a ser
conhecidas e divulgadas. O livro “Nosso Lar” é referencia desse tipo de colônia. A verdade é que
milhares de colônias existem em torno da Terra cada uma em determinada faixa de vibração.
Todas as esferas citadas até aqui vibram no plano astral, ou seja, numa réplica do mundo físico
embora o correto fosse admitir que nós, aqui na matéria, vivemos num desdobramento do
mundo astral. Lá vivemos em 4 dimensões enquanto que aqui, em 3.
A partir deste ponto, saímos da esfera astral densa do Umbral para uma vibração mais ligada
ao plano mental embora ainda mantenhamos a constituição de nosso perispírito. Acessamos o
Plano da Arte, Cultura e Ciência, citado em várias obras do Espírito André Luiz, onde funcionam
universidades que ensinam e preparam os alunos para desempenhar importantes missões nas
próximas reencarnações, com foco no progresso moral e científico. Nesse plano, já nos
encontramos libertos do Karma, em um estado estável de felicidade e em condições plenas de
contribuir com a obra divina.
Na esfera do Amor Fraterno Universal já não precisamos mais da forma, ou seja, da fôrma
perispiritual, vivendo no corpo mental, num formato energético oval. A partir desse plano,
podemos interagir livremente com outros seres afins de nosso sistema solar ou circunvizinhos,
trocando experiências renovadoras de conhecimento e amorosidade.
Finalmente, no último plano espiritual do planeta nos defrontamos com as Diretrizes
Planetárias, onde vivem e trabalham os dirigentes de nosso orbe – a Grande Fraternidade
Branca – a serviço de Sananda, o Cristo Galáctico, que conhecemos como Jesus.
Naturalmente, todas as esferas de nosso orbe interagem com planetas do plano astral e físico
onde habitam seres de diferentes níveis evolutivos.
Somos visitados com frequência por seres de outros sistemas planetários que dispõem de
tecnologia muito avançada e podem vencer grandes distancias, medidas em anos luz,
acessando os buracos de minhoca, portais interdimensionais utilizados tanto por encarnados
como desencarnados.
Importante lembrar que a entrada em operação do Telescópio Espacial Webb vem ampliando
nosso conhecimento do Universo, sendo estimado hoje um conglomerado de mais de 1 trilhão
de galáxias. Quando olhamos para o céu à noite, nossos olhos só podem ver uma, a Via Láctea e
suas 88 constelações. Nosso lindo planeta situa-se na periferia da Constelação de Órion.
Apesar da aceitação no meio espírita sobre Jesus ser o governador espiritual da Terra,
entendemos que Ele é um dos responsáveis e quiçá, o co-criador da nossa galáxia e, portanto,
um Cristo Galáctico. Algumas correntes espiritualistas atribuem o atual comando da Terra ao
Arcanjo Miguel, nesta fase de Provas e Expiações, que passará para as mãos de Saint Germain
no novo ciclo de Regeneração.
Somos cerca de 32 bilhões de Espíritos vivenciando as experiências do orbe terrestre, entre
encarnados e desencanados, sendo que a grande maioria vive nas faixas vibratórias do Umbral
Grosso, submetidas às leis de causa e efeito e de reencarnações compulsórias. Um bilhão desses
Corpos Sutis e Chacras - Guia de Estudos - Olivio Cezar
141
Espíritos hibernam em corpos ovoides, na chamada segunda morte, aguardando o momento de
um novo recomeço a partir do livre arbítrio de cada um.
A misericórdia divina estabelece infinitas oportunidades para todos nós, seja no plano material
da Terra, em outros orbes ou mesmo nos planos sutis. Desde o momento de sua criação, a
mônada precisa imergir na matéria densa para experienciar as diversas fases da evolução, a
partir do reino mineral, onde adquire as características da atratividade, passando para o
vegetal e ganhando a sensibilidade, posteriormente para o animal, adquirindo instinto até a
fase hominal onde o principio inteligente ganha o livre arbítrio e se torna um Espírito
independente, apesar de ainda estar submetido ao determinismo divino. Milhões de anos ainda
serão necessários para acessar um novo degrau evolutivo, com o Espirito se libertando
definitivamente dos ciclos materiais através da segunda morte, passando a viver no Plano
Mental, ou seja, numa forma energética.
A partir desse ponto pouco se sabe das novas jornadas evolutivas, pois até mesmo os espíritos
superiores tem limitação para descrever tais planos.”
Segundo Pastorinho, na obra já mencionada: “Técnica da Mediunidade”, os planos sutis podem ser
assim subdivididos:
“Existe em nosso Universo uma vibração sutilíssima que permeia tudo: é o plano vibratório
divino (a que os hindus chamam ADI) e que nós ocidentais dizemos ser a “terceira manifestação
da Divindade” ou Cristo Cósmico.
Logo abaixo, vibracionalmente falando, embora por ele totalmente permeado, está o plano
monádico (chamado pelos hindus ANUPADAKA) em que vibram as Mônadas ou Centelhas
Divinas, também denominadas Cristo Interno.
Baixando ainda a freqüência vibratória surge outro plano, que dizemos ser o plano “espiritual”,
onde vibram os Espíritos ou Individualidades, e que tem o nome hindu de ÁTMICO.
Estabeleçamos agora o princípio: o Plano divino permeia TODOS os demais planos; o Plano
monádico permeia TODOS os planos, menos o divino, o plano átmico permeia TODOS os planos,
menos o divino e o monádico; mas embora o plano átmico não permeie os planos divino e
monádico e neles não influa, é, contudo, permeado por eles e por eles influenciado. Isto porque
o mais contém o menos. E também porque quanto mais altas são as freqüências vibratórias,
mais se expandem, e quanto mais baixas, mais se condensam.
Continuemos.
Quando as vibrações átmicas descem mais de freqüência, surge com isso o Plano da Luz, ou
Intuicional, chamado pelos hindus BÚDHICO, que também se comporta da mesma maneira: é
permeado por todos os que possuem vibração mais alta que ele, e permeia todos os que têm
vibração mais baixa que ele.
Descendo mais a freqüência, nasce o plano mental, denominado pelos hindus de MANAS, que
costuma dividir-se em duas partes: mental abstrato e mental concreto (que nós preferimos
distinguir em “mental” e “intelectual”). Nesse plano mental vibram as mentes das criaturas a
partir do estágio HOMEM para cima, embora os animais apelidados de “irracionais”, já
comecem a vibrar no plano intelectual (mental concreto). Mas o que distingue os homens dos
animais é a vibração do MENTAL (isto é: do mental ABSTRATO).
A razão de preferirmos “mental” e “intelectual”, à divisão tradicional “mental concreto” e
“mental abstrato” é a má interpretação que esses adjetivos podem receber por parte dos que
não possuam conhecimento suficiente. Sabemos todos que denominamos “abstrato” aquilo que
só existe em nossa imaginação, mas não possui existência REAL.
Ora, o plano mental superior possui existência REAL, logo é concreto e não abstrato.
Corpos Sutis e Chacras - Guia de Estudos - Olivio Cezar
142
Quando esse plano de vibrações desce sua freqüência, dá nascimento a outro plano, que é
justamente o ASTRAL que começamos a estudar agora. O plano astral é permeado por todos os
planos superiores a ele (MANAS, BÚDHICO, ÁTMICO, ANUPADAKA e ADI) e é influenciado por
todos eles, mas não atinge nenhum deles, embora esteja interpenetrado por todos.
Quando o plano astral baixa mais suas vibrações, ele se ‘condensa’, se ‘materializa’ (se
‘coagula’ como o leite que no vaso se torna queijo, na bela comparação de Job, 10:10) no plano
FÍSICO. Também não apreciamos essa denominação: FÍSICO do grego physis ‘natureza’, é tudo o
que é natural. Ora, todos os planos, inclusive o divino, e a própria Divindade, são NATURAIS.
Resumindo: todos os planos se interpenetram, todas as vibrações estão em todos os lugares,
MAS: as vibrações mais sutis sempre interpenetram e permeiam as mais densas, e nelas
influem, ao passo que as mais densas e mais condecoradas, não influenciam as mais sutis.
As vibrações, à medida que vão baixando de freqüência, se vão separando e ‘localizando’ cada
vez mais, porque se ‘densificam’. O máximo de localização separatista dá-se no plano físico em
que o corpo é limitado pela forma rígida e material grosseira (constituída ainda de elementos
do reino mineral), dando uma idéia perfeita (embora errônea) de que cada ser e cada coisa está
absolutamente separada de todas as demais.
Portanto: o PLANO ASTRAL é um plano DE VIBRAÇÕES, já sujeito à forma e à limitação, que se
encontra no nível mais próximo, vibratoriamente, do plano físico-material.
O plano físico-material de qualquer grau (mineral, vegetal, animal, hominal, etc.) está sempre e
totalmente envolvido e penetrado pelos demais planos vibracionais: divino, monádico,
espiritual, Intuicional, mental, astral.
Para esclarecer cada vez mais, recordemos o que hoje se sabe a respeito das ondas elétricas e
das hertzianas, de rádio e televisão: todo o plano material em que nos movimentamos, está
permeado, penetrado e cercado pelas ondas radiofônicas, embora delas não tenhamos
consciência, senão quando as captamos por meio de aparelhos construídos cientificamente.
Assim sucede com as vibrações de ordem muito mais elevada, dos planos mais sutis: estão
todas aí, a nosso lado, em redor de nós, penetrando-nos cada centímetro do corpo, sem que
delas tomemos conhecimento; e isto por uma única razão: não estamos com os nossos
aparelhos suficientemente treinados para percebê-las.
A finalidade de nossa encarnação é também esta: aprender a perceber, mesmo enquanto
materializados na forma densa, as vibrações dos planos mais sutis.
O inicio desse treino apareceu com o espetacular lançamento e progresso do Espiritismo, que
ampliou ‘para toda a carne’ (Atos, 2:17) a experiência do contato e percepção de tudo o que
ocorre no plano astral.
Após esse treinamento, necessário para o futuro, e que se vai tornando cada vez mais amplo e
universal, virão as outras etapas para a humanidade globalmente (já que há elementos isolados
desta humanidade que, mesmo atualmente, o conseguiram, como muitos outros no passado).
Essas etapas futuras consistirão no desenvolvimento da percepção e contato com os demais
planos, acima do astral, em ordem ascendente (evolutiva): mental, Intuicional, espiritual,
monádico, divino.
Isto, temos pregado desde o início da publicação da revista “Sabedoria”: o mergulho no EU
profundo (plano espiritual) o contato com a Centelha Divina (plano monádico) e a União com
Deus (plano divino).
Em outras palavras: a consciência atual que está limitada, na grande maioria, à consciência da
matéria (plano físico) se estenderá e passará a vibrar conscientemente no plano astral, depois
Corpos Sutis e Chacras - Guia de Estudos - Olivio Cezar
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no mental, e a seguir nos outros, até que atinjamos, o estado de Homem Perfeito, a medida
plena da evolução crística” (Ef. 4:13).”
Existe uma grande variedade de paisagens neste plano. Assim se expressa Pastorinho sobre essas
localizações, um pouco diferente da versão que apresentamos no início deste capítulo:
“O mais importante é saber que essas aparências, na maioria das vezes, é subjetiva, isto é,
trata-se de uma emissão de formas que parte de nós, consciente ou inconscientemente, e não
de uma impressão externa que nos fira os sentidos.
Explicamo-nos: num mesmo local, na mesma posição, lado a lado, dois espíritos podem estar
contemplando cenas totalmente diferentes; um, de acordo com sua mentalização, talvez se veja
em ambiente fechado e escuro, sentindo-se sufocado pela claustrofobia, em trevas absolutas,
enquanto o outro pode, ali mesmo, descortinar luzes fabulosas e vistas panorâmicas
multicoloridas, de suma beleza.
Ainda quanto aos sons: podem lado a lado encontrar-se dois espíritos; um, sumamente
perturbado e atacado de remorsos, ouve gritarias e maldições, ao passo que o outro pode estar
deliciando-se com músicas celestes e tranquilas.
Pode outro grupo de três diferir ainda quanto às sensações. Enquanto um sente queimar-se em
fogo que não o consome, a seu lado outro pode estar tiritando de frio enregelante, e um
terceiro a sorrir, goza de clima ameníssimo.
Então, a visão, a audição, os sentidos, todos, variam conforme o estado de espírito da criatura.
E mesmo enquanto estamos encarnados, podemos fazer essa experiência com dois sentidos
aferentes que estejam intimamente ligados, por exemplo: sentindo o odor de um assado, o
paladar prepara-se para degustar o acepipe, enchendo-se de água a boca, e preparando o
estômago os sucos gástricos adequados a digerir aquele alimento que, de fato, nenhuma
atuação teve no paladar, mas constitui apenas uma ‘impressão’. E por vezes basta alguém falar
em certas comidas, para processar-se tudo isso.
Compreendemos, assim, que os olhos veem, os ouvidos ouvem, tato sente, o olfato cheira e o
paladar saboreia tudo o que a mente imagina.
Dai o acerto de dizer-se que céu e inferno são ESTADOS D'ALMA, e não lugares geográficos.
Poderá perguntar alguém: não haverá, no astral, lugares com paisagens fixas, prédios
construídos permanentes, hospitais e colônias, como descritas em diversas obras mediúnicas
antigas e modernas, através de médiuns diferentes, em países diversos?
A resposta é positiva. Mas esses ambientes são mentalizados e tomam forma e consistência
pela permanência da mentalização de mentes fortes que mantêm com outros auxiliares a
plasmação palpável. E sua duração depende da manutenção dessa mentalização.
Entretanto, só conseguem perceber essas criações os encarnados e desencarnados que estejam
na mesma faixa vibratória dos criadores e mantenedores dessas formações fluídicas. Observe-se
que dizemos ‘faixa’ vibratória, e não somente na mesma ‘freqüência’ vibratória, porque a faixa
é muito mais extensa, admitindo variações bastante elásticas para mais e para menos, até
certos limites. A mesma ‘freqüência’ vibratória exigiria sintonia dificilmente atingível por grande
número.
Então, no plano astral, há lugares organizados com forma, percebidos por alguns espíritos que
estejam na faixa vibratória adequada.
Essas construções (chamemo-las assim) existem em vários níveis do plano astral, dos mais
baixos aos mais elevados, com inúmeras gradações, desde a zona tétrica e atormentada das
‘trevas’, até a excelcitude diáfana habitada por seres bastante evoluídos.
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144
Tentemos classificar essas zonas em faixas.
1ª Região
Geralmente denominada das ‘trevas’ ou ‘inferno’, mesmo na literatura profana de Roma
(‘inferno’ é palavra composta de infra, e significa que está ‘em baixo’; tal como ‘superno’ é
composto de supra, e significa o que está ‘em cima’). Região de horror e escuridão, onde
permanecem todos os que ainda são escravos de paixões violentas e desordenadas. Aí reina
fero animalismo, de tal forma que, por vezes, o espírito desencarnado assume formas de
animais (licantropia) causadas pela própria mente da criatura embrutecida ou hipnotizada por
elementos perversos. Era isso que ensinavam os mestres antigos, quando diziam que os
encarnados que se degradavam em vícios, tomavam formas de animais. Os discípulos
pensavam que era na próxima encarnação. Na realidade, era no mundo astral, após o
desencarne. Tudo isso, porém, que ai se passa, não é ‘castigo’ mas puro efeito das causas que
cada um põe em movimento durante a permanência na matéria. O somatório de todas as
criações mentais de uma existência condensa-se em formas subjetivamente palpáveis para cada
um, no momento em que os fluidos astrais se plasmam na ‘revisão mental’ do instante da
desencarnação (o chamado ‘juízo particular’). Na região das trevas permanecem até o final da
catarse os suicidas e os mentalmente empedernidos no erro. Localiza-se debaixo da terra,
dentro das rochas, sob os pântanos e charcos, no fundo dos mares: a matéria física não é
obstáculo ao plano astral vibratório, e os habitantes desses lugares podem movimentar-se com
facilidade e até ver através das pedras, quando disso são capazes.
2ª Região
Geralmente conhecida como ‘purgatório’ ou ‘umbral’. Reproduz em tudo o mundo físico, sendo
quase uma réplica dele. Ai se localizam quase todos os desencarnados comuns, que ainda estão
presos à Terra por qualquer motivo, bom ou mau. Daí procede o grande número de sofredores e
perseguidores que se manifesta nas sessões espíritas. Aí perambulam os ‘socorristas’,
procurando tirar dos sofrimentos aqueles que conseguiram melhorar sua condição psíquica.
3ª Região
Onde permanecem as almas um pouco mais evoluídas, ou seja, mais esclarecidas, embora ainda
presas à Terra. Mas já aprenderam que existe algo de superior, que convém buscar. Espíritos
arrependidos e dispostos a recomeçar para resgatar erros e preparar-se novas tentativas pela
reencarnação. Nessa região é que costumam localizar-se os asilos de socorro imediato, os
hospitais de transição, que recebem todos aqueles que se libertam do umbral.
4ª Região
Mais elevada vibratoriamente que a anterior, embora bastante lhe assemelhe. As construções
são mais perfeitas e organizadas, sendo maiores as possibilidades socorristas. As ‘construções’
de hospitais, de ‘aldeias’ e até de ‘cidades’ conservam-se mais ‘sólidas’ (se é que podemos
designá-las assim) e duradouras. A grande maioria dos socorristas e grupos assistenciais ai
permanece para ajudar encarnados e desencarnados, para efetuar curas e atender a chamados
de socorro das diversas esferas inferiores.
5ª Região
Mais luminosa que as anteriores, chegando os desencarnados católicos a confundi-la com ‘o
céu’. Nessa região situam-se os templos de diversas religiões, e também escolas mais
avançadas, hospitais perfeitos com a finalidade de estudo e aprimoramento científico,
ministérios de preparação e assistência para reencarnação de espíritos que possuem tarefas
mais especializadas, treino rigoroso e sério de criaturas que vão desempenhar papéis de maior
importância quando regressarem ao corpo físico. Para essa região encaminham-se os seres que,
na Terra, já se haviam entrosado no trabalho filosófico e religioso, e que assistem os
encarnados como mentores de maior ‘gabarito’ e elevação comprovada. Dessas regiões vem os
denominados ‘espíritos guias’ de coletividades e de médiuns, que assumem a tarefa de dar
Corpos Sutis e Chacras - Guia de Estudos - Olivio Cezar
145
comunicações e mensagens instrutivas e edificantes, de ditar obras esclarecedoras, de trazer,
enfim, aos encarnados, conselhos e diretivas para a vida.
6ª Região
Muito mais bela, feérica e colorida, luminosa e deslumbrante, onde geralmente permanecem os
BONS artistas e os espíritos mais elevados em todos os setores do progresso humano.
7ª Região
Onde permanecem, geralmente, os intelectuais que dignificaram a inteligência com obras de
valor, os cientistas que se dedicaram desinteressadamente ao desenvolvimento da humanidade,
os inventores de obras úteis aos homens, quando ainda estejam, todos eles, presos aos
problemas intelectuais de mistura com as emoções. Nessa região existem, criadas pela mente
dos homens desencarnados ou mesmo encarnados, bibliotecas fabulosas, nos mais diversos
idiomas, com obras de todas as idades e de todos os tempos. Aos estudiosos encarnados,
quando trabalham desinteressadamente para o bem e o progresso da humanidade, é facultado
acesso a essas bibliotecas, e alguns, mais adiantados, conseguem mesmo construir suas
próprias bibliotecas, que passam a ser seus ‘estúdios’ particulares nos momentos de parcial
desprendimento durante o sono. Ao despertar pela manhã, trazem na memória, consciente ou
inconscientemente, o resultado de suas pesquisas, que utilizam para desenvolver temas
instrutivos.”
O PLANO ASTRAL
Prossegue este grande estudioso da Doutrina Espírita, cuja obra infelizmente ainda é desconhecida da
maioria de seus adeptos:
“Uma vez compreendida a situação do plano astral em relação aos demais planos vibratórios,
focalizemos nossa atenção na matéria de que é ele constituído em si mesmo.
Embora seja muito difícil explicar aquilo de que não temos conhecimento profundo e exaustivo -
como é o caso do astral - tentaremos expor o que nos foi dado compreender até hoje,
ressalvando, porém, que não dogmatizamos: expomos o que percebemos até hoje; talvez
amanhã tenhamos que modificar nosso ponto de vista, se nos chegarem, com segurança, novos
dados a respeito. Mas, o que até hoje conseguimos pesquisar foi o que se segue:
A primeira impressão que temos, é que a matéria astral é constituída de ENERGIA, em diversos
graus: desde seu estado mais degradado, até suas freqüências mais elevadas.
Essa energia é sustentada e alimentada, em nosso planeta, pelo SOL, que nos envia
ininterruptamente irradiações de diversas espécies, algumas já descobertas e classificadas pela
ciência oculta e pelos hindus e espiritualistas. Embora pela teoria do campo unificado tudo seja
UM, podemos didaticamente distinguir, nas irradiações solares, várias correntes, que
alimentam as várias faixas (de que conhecemos somente a parte mais grosseira de cada uma), e
que citamos sem ordem:
I - Eletricidade e Magnetismo
II - Luz (cores)
III - Som
IV - Calor
V - Gravitação (movimento).
Todas essas energias agem nos planos físico, etérico, astral o mental, em tipos de onda
adaptáveis aos veículos, através dos quais se manifestam.
Mas constituem, em si mesmas, matéria (que assim denominamos por falta de outro termo),
que tem existência própria e age ativamente no plano físico.
Corpos Sutis e Chacras - Guia de Estudos - Olivio Cezar
146
A VIDA é propriedade do espírito, não da energia. Mas para o espírito poder manifestar-se em
planos mais densos, necessita condensar-se em energia. Para melhor compreensão do que
dizemos, tomemos como exemplo o que ocorre no corpo humano.
Neste, encontramos a matéria densa, inerte e obediente ao comando da energia. E esta se
manifesta, no corpo humano, em dois planos: o astral propriamente dito, e o físico. Por ai
descobrimos como ocorrem as coisas: o astral divide-se em duas partes distintas, mas
complementares, para conseguir a plenitude de sua ação.
A parte física do plano astral constitui o sistema nervoso, desde os neurônios cerebrais (aptos a
sofrer influência do plano mental) até as mínimas fibras nervosas (aptas a receber influência da
matéria densa), e todas têm a finalidade de transmitir e receber sensações.
Firmemos, entretanto, desde logo, o principio básico e definitivo: OS NERVOS NADA SENTEM:
APENAS TRANSMITEM SENSAÇÕES. Os nervos transmitem: quem sente é o espírito consciente. E
é esse espírito consciente que dá as ordens obedecidas pelo físico, através do sistema nervoso.
Então, observemos: a matéria nervosa é a condensação intermediária da matéria astral, a fim
de possibilitar, por esse meio, o controle da matéria grosseira, pela mais fluídica matéria astral.
Resumindo, pois: a) matéria astral bem fluídica; b) matéria astral meio condensada (nervos); c)
matéria astral condensada ao máximo (corpo físico-denso).
Como essa matéria astral no corpo humano é a que melhor conhecemos, analisemo-la.
Em seu papel de transmissores, os nervos assumem importância capital em relação ao espírito
(eu atual) e ao seu veiculo mais grosseiro: todo e qualquer contato com o mundo externo é feito
através dos nervos.
Para isso, o espírito construiu para si um veículo com cinco janelas, através das quais poderá
receber as impressões do mundo ambiente, a fim de julgar e decidir o que mais lhe convém
fazer em cada circunstância. Os nervos adaptaram suas pontas (extremidades) para recolher as
diversas vibrações exteriores, e as comunicam ao espírito. Assim nasceram aquelas
sensibilidades a que denominamos sentidos eferentes ou perceptivos:
1 - OLHOS, em que os nervos se adaptaram, tornando-se cones e bastonetes
espalhados na retina, para perceber as sensações luminosas em todas as suas
gradações coloridas, dentro de uma faixa vibratória;
2 - OUVIDOS, com a adaptação especial em ‘cordas’, no caracol, para registrar os sons
e ruídos, dentro de uma escala de 16 a 32. 000 vibrações por segundo;
3 - BOCA, com a formação de papilas gustativas, a fim de distinguir os sabores doce,
salgado, acre, amargo e azedo, recebendo, ainda, as sensações calóricas;
4 - NARIZ, onde se espalham as pontas nervosas com a finalidade de diferençar os
diversos odores; e
5 - TATO, em que os nervos se espalham por toda a superfície do corpo físico, para
serem impressionados pelas ondas calóricas, especializando-se mais em certas zonas, a
fim de reconhecer a dureza, a aspereza, a forma, o volume, etc., dos corpos que
chegam a contato com o corpo.
Todas essas formações nervosas são especializadas em perceber e transmitir o que recebem ao
espírito, embora os nervos, em si, nada sintam, pois, como matéria, são insensíveis: quem sente
é o espírito.
Para isso, os nervos transmitem as impressões que os ferem, ao cérebro, e o cérebro as passa à
mente, e esta as faz repercutir no espírito.
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147
Da mesma forma, tudo aquilo que o espírito deseja realizar no corpo físico ou através dele - ele,
o espírito, que está em ligação fluídica com o cérebro, influencia as diversas zonas cerebrais, e
estas comandam os cinco sentidos aferentes ou ativos, por intermédio, também, do sistema
nervoso. Aqui, como lá, o ‘modus faciendi’ é bastante complexo, embora possamos dividi-los em
setores:
1 - AÇÃO, por intermédio das mãos, com habilidades definidas e de imensa variedade,
sobretudo depois que o espírito conseguiu plasmar a oposição do polegar;
2 - LOCOMOÇÃO, por meio das pernas e pés, pela qual o espírito conduz o corpo para os locais
desejados;
3 - EXPRESSÃO, em que utiliza o aparelho fonador (laringe, cordas vocais, boca, nariz, língua)
criando sons variadíssimos, com os quais expressa suas idéias, em sinais sonoros convencionais
(palavras) de acordo com a tradição do local onde reencarna;
4 - REPRODUÇÃO da espécie, por meio dos órgãos especializados, de tão grande influência
sobre o próprio indivíduo que, de acordo com a parte da reprodução escolhida pelo espírito para
ai mesmo, a criatura se distinguirá em “homem” (órgãos ativos ou doadores) ou “mulher”
(órgãos passivos ou receptores);
5 - LIMPEZA ou catarse do corpo físico, por intermédio dos sentidos excretores, cada um
especializado em sua função, em seu lugar próprio. Assim encontramos cinco tipos principais
que funcionam globalmente no corpo (sem entrarmos na minúcia da excreção de cada célula):
a) a pele, que elimina as impurezas da superfície, pela expulsão de sais, por meio do suor
e da leve respiração através dos poros;
b) os pulmões, que expelem o anidrido carbônico produzido pela hematose, onde se
queimam as impurezas do corpo etérico, recolhidas ao sangue;
c) as glândulas lacrimais, que têm a função de manter úmido o globo ocular para limpeza
de poeira, e que faz a catarse dos fluidos pesados do corpo astral, após emoções
violentas, alegres ou tristes;
d) o intestino, que expele pelo ânus a matéria sólida nociva e os restos inúteis, sobras do
que foi aproveitado;
e) os rins, que lançam fora, pela uretra, após a destilação, a parte do que não mais serve
ao corpo.
Notemos, porém, que dos dez sentidos (cinco aderentes e cinco coerentes só estão inteiramente
sujeitos ao controle do espírito consciente, as mãos, os pés e o aparelho fonador; os outros sete
apenas em parte lhe estão sujeitos à direção, pois em sua quase totalidade, se tornaram
automáticos e instintivos, libertos da ação da vontade.”
Vimos a interpenetração dos dois planos de consciência: o físico e o astral. Chegamos, pois, à
conclusão de que o plano astral é tão ilusório (ou mais ainda) que o plano físico, pois sua
realidade é relativa.
Ensina-nos o Mestre Djwal Khul (o Tibetano): “O chamado plano astral é o simples nome dado
ao conjunto das reações sensíveis, da capacidade de sentimento e da substância emocional, que
o próprio homem criou e projetou com tanto êxito, que hoje é vítima de sua própria obra.
Oitenta por cento dos ensinos dados sobre o plano astral são parte de grande ilusão e também
do mundo irreal a que nos referimos, quando proferimos a antiga oração: “conduze-nos do
irreal ao real”. Pouca base tem o que se diz sobre ele; no entanto serviu ele a um propósito útil
como campo de experiências, no qual podemos aprender a distinguir o verdadeiro do falso; é
também uma área em que o aspirante pode usar a faculdade de discriminação da mente, a
grande reveladora do erro e da verdade. Uma vez que em nós haja ‘o sentir que houve em Cristo
Jesus’ (Fil. 2:5), se completa o controle da natureza emocional e da área consciente (o ‘plano
astral’ se preferem o termo). Então já não mais existirá nem o controle sensível, nem sua área
de influência. O plano astral não tem nenhuma realidade, a não ser prestar-se a campo de
serviço e um ‘reino’ no qual se extraviam os homens desesperados e perplexos. O maior serviço
que um homem pode prestar a seus semelhantes é libertar-se por si mesmo do controle dessa
Corpos Sutis e Chacras - Guia de Estudos - Olivio Cezar
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esfera, dirigindo as energias da mesma, através do poder de Cristo” (“La Reaparición de Cristo”,
de Alice A. Bailey, página 123/4).
Portanto, estado transitório do espírito (personagem), que para esse plano vibratório transfere
sua sensibilidade consciencial. Mas estado que também é de transição.
Em outras palavras sendo um estado de transição mais ou menos rápida, é transitório, e por
isso ilusório.
Depois de certo adiantamento espiritual e da aquisição de conhecimentos superiores, por meio
de experiências, o plano astral é atravessado e superado em brevíssimo tempo.
Quando, entretanto, ou não há conhecimento experimental consciente, ou a mente está
perturbada, ou a consciência carregada, a permanência no plano astral se prolonga.
São exercitações indispensáveis, como ‘campo de experiências’, a fim de poderem os espíritos
de lá sair com o treino do discernimento entre o bem e o mal, entre certo e errado. Aí se
aprende ainda a controlar plenamente a natureza emocional, a sensibilidade, assim como a
área consciente.
Mas todos os que se encontram ‘perplexos ou desesperados’ aí se perdem, presos de remorsos,
de dúvidas, de ignorância, de sentimentos baixos de egoísmo, de ódio, de apego às formas
materiais próprias ou alheias.
O plano consciencial a que denominamos ‘astral’ torna-se, para os seres inferiores - animais ou
homens - um interlúdio não-percebido, entre uma internação na matéria e outra. Nesses casos,
a estada do ser é rápida e praticamente insensível e inconsciente, como nos sentimos no estado
de sonho, quando dormimos. Algo mais avançados, já percebemos que ali nos achamos, da
mesma forma que, mesmo encarnados, ao sonhar, já temos consciência de que estamos
sonhando.
Na subida evolutiva, temos de partir conscientemente, como homens que já conquistamos o
intelecto, da forma condensada na matéria - que se utiliza dos elementos minerais, vegetais e
animais para prender o espírito na carne, onde vibra na consciência atual, - para
gradativamente ascender a outros planos vibratórios.
O ‘duplo etérico’, ainda parte dessa condensação (do STULA) é - como diz o nome - uma
reprodução exata dos elementos materiais densos, num plano mais sutil, mas ainda grosseiro.
Tudo o que existe coagulado no plano físico material, possui seu duplo no plano etérico:
minerais, metais, formas criadas pelo homem como cadeiras, mesas, cinzeiros, canetas, móveis,
casas etc.
Já no plano astral, simples ESPELHO do plano físico, acha-se a consciência a vibrar com os
desejos (KAMA), e por isso o astral é denominado KAMALOKA. Sendo um espelho, o astral
reflete apenas as imagens criadas por nosso intelecto, por nossa mente, por nossas palavras e
nossos atos; são formas vagas e variadas, que se transformam conforme se modifica nossa
imaginação. Quanto mais descontrolada e instável for nossa imaginação, tanto mais instável e
descontrolado será o plano astral que encontraremos em redor de nós.
Convençamo-nos, pois, de que o plano astral é simples REFLEXO, como de espelho, (onde as
imagens são irreais), daquilo que pensamos, dizemos e fazemos. E como imagens no espelho,
não apresentam consistência duradoura, nem mesmo existência própria: existirão enquanto as
mantivermos ativas pelo nosso pensamento. No momento em que nos libertarmos dessas
criações Mentais, estaremos automaticamente libertos do plano astral. Dai ensinar o Buddha,
que nossos males vêm de nossos ‘desejos’. O astral é o mundo dos desejos.
Os animais habitam, ao desencarnar, o plano astral: a vivência dos animais no plano físico, faz
que mentalizem (inconscientemente se o quiserem) sua forma, e a reflitam no plano astral,
onde permanecerão até novo e automático reencarne, com a mesma forma que possuíam na
encarnação anterior. Os desejos, amores e ódios desses animais, também permanecem. E por
Corpos Sutis e Chacras - Guia de Estudos - Olivio Cezar
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isso vemos formas astrais de cachorros e gatos, a acompanhar seus antigos donos amados. Ao
ser captada para nova encarnação, desaparece todo e qualquer reflexo no espelho do astral.
A subida é indispensável para que nos localizemos, posteriormente, no plano mental (MANAS)
destinado propriamente aos Homens que adquiriram o uso da razão. Nesse plano mental,
conquistamos BUDDHI, o estado consciencial iluminado, isto é, esclarecido, pleno, total.
Quando senhores de nós mesmos, isto é, permanentemente em estado de vigília (despertos),
estamos aptos a atingir o ATMA, a individualidade e a viver conscientes no Espírito. Tudo isso,
temos que conquistar enquanto encarnados na matéria.
Subida desalentadoramente lenta - a evolução não dá saltos - mas indispensável e inevitável, e
só obtida na carne. Uma vez de posse permanente desse estágio evolutivo, se quisermos voltar
à matéria, teremos que fazer o caminho inverso: ir descendo e centralizando a consciência,
passando de ATMA a BUDDHI, a MANAS, a KAMA e a STULA.
Em outros termos: uma vez fixada a consciência no plano átmico, é mister baixar as vibrações e
reduzir sua extensão a buddhi-manas; a seguir, baixar mais as vibrações e reduzir mais a
extensão até chegar a kama, o plano dos desejos. Atingido esse ponto, surge desejo de tornar a
mergulhar na forma física, e dá-se, então, uma nova encarnação.
No entanto, no âmago de tudo, reside a Vida do Logos, a vibração crística divina, que constitui a
substância última de tudo. Qualquer forma exprime vida, embora só a mínima parte de Vida
esteja limitada pela forma, seja esta um átomo ou universo.
A Vida do Logos ou vibração crística desce até reunir em torno de si os materiais indispensáveis
à sua expressão no mundo da forma, de acordo com a escala evolutiva em que quer manifestar-
se.”
Mais à frente, Pastorinho faz uma abordagem sobre o estado da matéria astral:
“Da mesma forma que, no plano físico-denso a matéria assume gradações diversas de
consistência (em relação a nossos sentidos), desde a luz até o mineral, passando pelo gasoso,
liquido, pastoso e sólido, assim também no plano astral o estado da matéria varia, em relação
às percepções do corpo astral.
Encontramos o fluido astral denso, quase materializado, e por vezes percebido, de tão denso,
pela própria visão do olho material, registrado que é pelos bastonetes. Conforme se eleva a
vibração, pode ir aparecendo matéria fluídica tão sutil, que os próprios espíritos desencarnados
de vibração mais pesada não na vejam. Por causa dessa dificuldade é que muitas vezes os
espíritos mais atrasados são trazidos às sessões mediúnicas, às igrejas, templos, mesquitas,
sinagogas ou pagodes, para que, em contato com os encarnados, cujas vibrações densas
percebem, sejam esclarecidos, já que não percebem o auxilio que lhes é trazido de planos mais
elevados por espíritos superiores.
No entanto, não esqueçamos: a diferença é apenas de freqüência vibratória entre os planos
material-denso e astral; não há distância de lugar; os dois planos se interpenetram, e toda
matéria densa é coexistente e interpenetrada pela matéria astral, no mesmo âmbito.
Podemos estabelecer uma escala:
a) a matéria-densa obedece à força do pensamento embora com lentidão e por vezes
só quando manipulada;
b) a matéria etérica, combinação de plano físico com plano astral, obedece
demoradamente;
c) a matéria astral obedece quase imediatamente, como testemunhamos no sistema
nervoso;
Corpos Sutis e Chacras - Guia de Estudos - Olivio Cezar
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d) a matéria mental obedece instantaneamente.
O chamado Plano Astral é constituído como o nosso, de matéria física, com a diferença de que
este que vemos e tocamos é denso, e o astral é fluídico; este é de freqüência vibratória mais
baixa, o astral de freqüência um pouco mais alta. Sendo menos denso, sua consistência é
menor, e por isso não é percebido pelos sentidos dos que estão encarnados, da mesma forma
que não vemos, com os olhos físicos, o ar limpo e os gases incolores, por serem pouco densos.
Essa densidade menor é provocada por uma força de coesão muito fraca, entre as suas
moléculas.
À proporção que se torna menos denso o plano astral rarefaz cada vez mais suas moléculas, de
tal forma que os que estão nos níveis mais baixos (mais densos) do astral, também não veem os
que se acham nos níveis mais altos (muito menos densos). Nos níveis mais baixos a densidade é
bem mais próxima da esfera material densa; nos níveis mais altos aproxima-se mais da
imaterialidade do plano mental.
A constituição atômica e molecular, nos corpos astrais inorgânicos e das células nos orgânicos,
torna esses corpúsculos maleáveis e dúcteis, com extrema mobilidade, de tal forma que basta o
impulso da força mental do pensamento para plasmá-los na posição desejada.
Mobilidade perispiritual - Daí provém a grande mobilidade e as mutações repentinas das
paisagens e locais que visitamos ou vemos durante os sonhos e que tanto nos desorientam.
Grande número de sonhos se desenvolve no plano astral, e basta um pensamento nosso para
modificar todo o panorama. Ocorre, também, por vezes, que outros seres, dominando-nos,
fazem que as cenas se transformem, sob nossos olhos espantados. Essa mutabilidade também
desorienta os recém-desencarnados que não conheçam o novo local em que passam a
encontrar-se, depois que largam o corpo físico denso, e por isso tanto espírito perturbado
procura as sessões mediúnicas.
O plano astral é constituído de matéria em estado energético (dinâmico), em contraposição ao
plano material denso, em que a matéria parece em estado de repouso (estático). Esse estado
energético é o intermediário entre espírito e matéria sólida. A mente espiritual precisa, se quiser
agir sobre a matéria sólida (densa) utilizar-se da matéria energética do astral.
O mesmo ocorre em nós, quando encarnados. Se quisermos movimentar, por exemplo, um
braço, não basta a força de nosso pensamento agir diretamente no braço: é mister que nos
sirvamos do intermediário astral existente em nosso corpo denso. São os nervos.
Nosso corpo sólido, de matéria densa, é completamente insensível. Nenhum dos cinco sentidos
lhe pertence; são apenas portas, isto é, aberturas na matéria, através das quais e nas quais se
localizam as pontas dos nervos, preparadas de acordo com a sensação que devem captar. O
corpo astral (perispírito) é que, através dos nervos, possui sensibilidade. Se extrairmos,
isolarmos ou amortecermos os nervos (por meio da anestesia, por exemplo) nada sentimos no
corpo, que se torna quase-cadáver quanto à sensibilidade.
Só vemos através dos olhos, quando as vibrações da luz (ou fótons) ferem o nervo óptico, que se
espraia na retina, transformando suas pontas em cones e bastonetes. Só ouvimos, quando as
vibrações das ondas sonoras agitam o nervo acústico em suas pontas, distribuídas, como uma
harpa, dentro do caracol. Só sentimos odores, gosto e tato, quando os nervos olfativo, gustativo
ou as extremidades nervosas situadas sob a epiderme são atingidas. O corpo físico denso, ao
invés de ajudar, amortece todas essas sensações, esses ‘registros’, porque é demais denso e
pesado.
O perispírito é que sente - Daí, nos seres desencarnados, as sensações serem muito mais agudas
e vibrantes, do que as que sentimos quando revestidos de carne. As dores são muito mais
violentas (imagine-se como sofrem os suicidas!) as vibrações de luz, som, etc., são percebidas
por todo o corpo astral, que não necessita de tecidos especializados para a visão, audição, etc.
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No corpo denso é que se tornou necessária a construção de terminações especiais para se
conseguir o objetivo. Aliás, podemos reparar em que os cegos mesmo de nascença, à noite, em
ambiente fechado, ‘sentem’ no corpo se a luz está apagada ou acesa.”
Pastorinho aborda as funções do sistema nervoso e plexos:
“O sistema nervoso, que liga o corpo astral ao físico, tem, já o vimos, dupla função, possuindo
para isso dois tipos de fibras:
1º - aferentes, quando levam ao mental as sensações percebidas nos planos astral ou
físico;
2º - eferentes, quando transmitem ordens do mental ao físico ou ao astral.
Outras funções exercem os nervos, além dessas, embora ainda não tenham sido ratificadas pela
ciência oficial; procuraremos anotar algumas.
O sistema nervoso é complexo e permeia todo o corpo físico denso em verdadeiro cipoal de
linhas, pois as células se tocam, uma na outra, pelos dendritos, e os nervos formam ‘cordões’.
No entanto, em certos pontos do corpo as células nervosas formam uma espécie de rede
compacta, entrecruzando-se abundantemente, em conglomerados complexos e emaranhados,
que parecem nós de uma linha embaraçada. A medicina chama a esses pontos ‘plexos’
nervosos. Existem bastantes no corpo, mas alguns são considerados de maior importância, pela
localização e pelo trabalho que realizam.
Ação do subconsciente - Assim, a título de exemplo, o chamado ‘plexo solar’, na altura da boca
do estômago (onde um soco bem dado pode fazer desmaiar uma criatura).
Esse plexo é responsável por todo o metabolismo alimentar. Verdadeiro ‘gerente’, se
considerarmos o corpo como uma usina ou fábrica, cujo ‘diretor’ é o cérebro ou intelecto.
Enquanto este expede ordens, o gerente é que as executa. E nem sempre estão de acordo.
Com freqüência o intelecto está distraído em outros afazeres, diversões ou repouso, ao passo
que o gerente não pode abandonar um minuto seu posto de trabalho, em hipótese alguma.
Mesmo com o cérebro adormecido, o gerente está desperto a dirigir o trabalho com
honestidade. Por vezes o diretor até atrapalha, introduzindo venenos no organismo (álcool,
temperos fortes, etc.) e o gerente se esforça em corrigir esses erros.
Mas por vezes não consegue consertar as tolices do diretor; manda-lhe então avisos urgentes
(as dores) para que tome providências externas que procurem debelar o mal, pois sua simples
atuação não pôde dominar os departamentos da fábrica (órgãos) nem acalmar os operários
(células) que se feriram, envenenaram ou rebelaram. Mas seu dever é cumprido à risca.
Os plexos nervosos, no físico, apresentam no corpo menos denso, contrapartes astrais, que não
se materializam, e que possuem funções e realizam trabalhos bem específicos.
Poderíamos dizer que é a parte do corpo astral que não se solidificou: como se o sistema
nervoso constasse de duas partes; uma física e outra astral, uma mais outra menos densa, uma
visível e tangível pelo físico, outra só visível e tangível pelo astral.
O plano astral é o das emoções, criado especialmente para moradia dos animais irracionais.
Como a humanidade ainda se encontra muito animalizada, por isso ainda habitamos o astral,
quando desencarnamos. Mas o plano próprio do homem é o mental, não o astral.
Quando o Espírito tem que mergulhar na carne, qualquer que seja sua situação evolutiva, ele
precisa primeiro revestir-se de matéria astral, para poder condensar-se posteriormente na
matéria. Mas isso constitui uma transição, não um estado próprio do homem. O astral só
Corpos Sutis e Chacras - Guia de Estudos - Olivio Cezar
152
constitui estado para o psiquismo animal e para espíritos animalizados, que não conseguiram
superar essa fase atrasada.
Quando o estágio evolutivo, ainda retardado, de um espírito exige esse contato com o plano
astral, os chakras são ‘abertos’ naturalmente, isto é, pela própria natureza. Nesse caso o
indivíduo nasce médium, na terminologia corrente, e então é necessário ‘educar’ essa
mediunidade já existente. Mas ‘desenvolvê-la’ quando não existe, é, a nosso ver, errado, pois
perturba e atrasa o progresso evolutivo da criatura.”
No Plano Astral convivem diversos tipos de habitantes, tanto encarnados como desencarnados e ate
seres artificiais, como podemos constatar nas descrições do eminente autor:
A – Humanos Encarnados:
1. Mestres, Iniciados, Discípulos e outros seres evoluídos, que saem do corpo físico em corpo
astral, e se movimentam no plano astral para trabalhos e experiências úteis.
2. Criaturas psiquicamente adiantadas, que permanecem conscientes no plano astral, ajudando
em trabalhos de socorro ou de aprendizado.
3. Criaturas vulgares, que vagueiam mais ou menos inconscientes, durante o desprendimento
do sono.
4. Magos negros e seus discípulos, conscientes no plano astral, em suas esferas mais baixas,
para trabalhos prejudiciais ou presos a compromissos assumidos.
B – Humanos Desencarnados:
1. Mestres, Iniciados, Discípulos e seres evoluídos que, transitoriamente, tomam um corpo astral
para realização de tarefas de auxilio e ensino (“Nirmanakaias”, em grego ággelos,
mensageiros).
2. Espíritos mais ou menos evoluídos, que aí permanecem durante algum tempo à espera da
reencarnação.
3. Espíritos dos mais variados graus de evolução (de acordo com as ‘regiões’ que analisaremos
mais tarde), que ainda não conseguem passar ao plano mental, e ai aguardam oportunidade de
reencarnação, comunicando-se com os ‘vivos’ nas sessões Mediúnicas (em grego daimôn, que
designava os ‘familiares’ desencarnados, ou em latim genius, manes, penares; ou ainda pneuma
hágion, se bons; e pneuma akarthatós, se involuído; e também eidôlon, não empregado com
esse sentido no N. T.).
4. ‘Sombras’ (em latim umbrae, em grego eikôn ou eídos), isto é, restos do corpo astral ainda
não desfeito, que podem ser magnetizados e mantidos ‘vivos’ durante algum tempo por
mentalidades fortes, para fins diversos, nem sempre bons.
5. ‘Cascões’ (em grego skiá ou phántasma, em latim larva ou lêmures, ou mániae), ou seja,
restos do corpo etérico, não desfeitos, e que permanecem magnetizados, com movimento e
aparência de vida, por espíritos de baixa categoria moral, para efeitos de magia e perturbação
de encarnados, e outros trabalhos pouco dignos.
6. Magos negros e seus discípulos e aprendizes, que voluntariamente prolongam sua estada no
plano astral, com fins inconfessáveis e para obtenção de prazeres de baixo teor vibratório.
C – Não humanos:
1. Corpos astrais dos animais, que geralmente aí transitam rapidamente entre uma encarnação
e outra, a não ser que sejam mantidos nesse estado pela mente mais evoluída de seres
humanos, para prestar serviços. Os animais domésticos também podem prolongar sua estada
Corpos Sutis e Chacras - Guia de Estudos - Olivio Cezar
153
no plano astral, por efeito do pensamento amoroso que os atrai a si, sendo então sustentados
pela mente de seus antigos donos encarnados ou desencarnados.
2. Espíritos elementais ou dos elementos da natureza, divididos, desde a antiguidade, de acordo
com os elementos: gnomos, da terra (os hindus os dizem chefiados por Kchiti); ondinas, da água
(chefiados do Varuna); silfos, do ar chefiados por Pavana ou Vâyu); e salamandras, do fogo
(chefiados por Agni). Outros ainda são citados: fadas, duendes, sátiros, faunos, silvamos, elfos,
anões, etc. Excetuando-se seus chefes e guias, não encarnaram como homens, preparando-se
para isso por seus contatos com o gênero humano. Embora possuam forças psíquicas, estas não
se desenvolveram, ainda, como ‘Espíritos’ (Individualidades) e por isso só possuem (como os
animais) o raciocínio concreto, não utilizando ainda a palavra como meio de expressão de seus
pensamentos. Manifestam-se muito nas sessões de umbanda e quimbanda, e podem obedecer
a ordens de criaturas treinadas (boas ou más), para operar o bem ou o mal, que ainda não
distinguem. A responsabilidade, pois, recai toda sobre os que emitem as ordem.
3. Devas ou Anjos de evolução superior à do homem e que, por isso, não mais revestirão forma
física, só podendo descer até o plano astral. São os mestres ou chefes dos elementos, os
‘senhores’ do carma, os elementos intermediários, no astral, entre as criaturas e os Grandes
Seres a quem prestam obediência total. O Novo Testamento enumera-os assim: anjos, arcanjos,
tronos, virtudes, dominações, poderes e principados; no Antigo Testamento encontramos duas
classes: Querubins e Serafins.
D – Seres artificiais:
São os aglomerados de moléculas do plano astral, que tomam forma quando criadas pelo
pensamento nítido e constante de uma pessoa ou de um grupo de pessoas, e passam a ‘viver’
magnetizadas por essas mentes.
Tais criações podem apresentar vários tipos: podem servir de ‘anjos-da-guarda’ e ‘protetores’,
quando fortemente mentalizados pelas mães para custódia de seus filhos, e sua ação será
benéfica, podem servir de perseguidores, obsessores, atormentadores, quando criados por
mentes doentias, que desejam perseguir e maltratar; podem ser formas que se agregam à
própria criatura que as cria mentalmente e as alimenta magneticamente, como, por exemplo, o
‘fumante’. E têm capacidade de ‘resistir’, para não se deixar destruir pelo pensamento
contrário. São comuns esses agregados em redor das criaturas, obra puramente do poder
criador mental sobre o astral. Assim são vistas ‘formas mentais’ de ambição de ouro, de
desregramento sexual, de gula, de inveja, de secura por bebidas alcoólicas, etc., etc.
Essas formas mentais, sobretudo quando criadas e mantidas por magnetização forte e
prolongada de numerosas pessoas (por vezes durante séculos e milênios), assumem também
proporções gigantescas, com poder atuante por vezes quase irresistível.
Denomina-se, então, um egrégoro. E quase todos os grupos religiosos o possuem, alguns
pequenos, outros maiores, e por vezes tão vasto que, como no caso da Igreja católica de Roma,
estende sua atuação em redor de todo o planeta, sendo visto como extensa nuvem multicolor,
pois apresenta regiões em lindíssimo dourado brilhante, outras em prateado, embora em certos
pontos haja sombreado escuro, de tonalidade marrom-terrosa e cinzenta. Isso depende dos
grupos que realmente se elevam misticamente e com sinceridade, e de outros, que interferem,
com pensamento de baixo teor (invejas, ódios de outras denominações religiosas, ambições
desmedidas de lucro, etc.). Há, também, os egrégoros de agrupamentos outros, como de raças,
de pátria etc.
De qualquer forma, esses ‘elementares’ ou criações astrais, funcionam quase ‘como uma
bateria de acumuladores, que são alimentados pela mente que os cria’, como escreveu
Leadbeater (“Plano Astral”, pág. 118). Logicamente, quanto mais forte a criação e a
alimentação, mais poderoso e atuante se torna esse ser artificial, muitas vezes cruel para com
seu próprio criador, pois não possui discernimento nem noção de bem ou mal, e age
automaticamente com a finalidade para que exista.
Corpos Sutis e Chacras - Guia de Estudos - Olivio Cezar
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Anotemos, ainda, que o mais das vezes, entre a massa, essa criação é inconsciente, plasmada
pelos desejos fortes e persistentes e pelas palavras que lhe dão forma. E quando o criador é um
médium, pode ocorrer que, ao sentir a influência dessa sua criação mental, venha a expressar
em palavras suas sensações, pensando tratar-se de manifestação de espírito desencarnado.
Daí o preparo que precisam ter os dirigentes de sessões, para distinguir se o ‘comunicante’ é
realmente um espírito de criatura humana desencarnada, ou uma forma mental criada
artificialmente, ou o produto do subconsciente do próprio médium (animismo), ou um elemental
da natureza, que pode estar sofrendo (mas nesse caso, não fala, embora o médium possa
manifestar com suas palavras o que sente).
As pessoas que se arvoram em dirigentes de sessão, sem o necessário aprendizado, podem
manter-se anos a fio enganadas, vindo a sofrer, no plano astral, as consequências desastrosas
de sua imprudência e de sua presunção. Realmente, ocorrem casos em que esses elementais e
essas criações mentais possuem até mesmo a capacidade de realizar cura, de dar pensamentos
bons, de fazer o bem, dirigidas por mentes sadias e desejosas de acertar. Mas nem por isso
deixará de haver o equivoco decepcionante.
Para onde vamos após a desencarnação? Pastorinho faz uma resenha completa sobre todas as
possibilidades:
“A criatura humana desencarnada (fora do veículo de carne) reveste-se de um envoltório de
matéria astral, isto é, de fluidos próprios ao plano astral em que se encontra.
Esse envoltório mantém a mesma forma (idêntica em seus mínimos pormenores, até, por vezes,
reproduzindo cicatrizes) do corpo físico que a revestia na Terra; muitas vezes conserva até
mesmo a forma do vestuário que costumava usar.
Essa figura recebe, nas religiões ortodoxas, o nome de “alma”; no espiritismo é chamada
‘espírito desencarnado’, ou simplesmente ‘espírito’. Kardec, tomando os dois termos, tenta
defini-los: ‘alma é o espírito encarnado; espírito é a alma desencarnada’ (Livro dos Espíritos,
Resposta nº 134).
A Teosofia diz que ‘'alma é a individualidade humana, ligação entre o espírito divino e sua
personalidade inferior; é o EGO (manas pensador); a inteligência é a energia de manas, que
opera através das limitações do cérebro’ (A. Besant, “La Sagesse Antique”, pág. 99).
Na “Sabedoria do Evangelho” costumamos chamar ‘alma’ (proveniente de ánima) o principio
vital que vivifica a matéria à qual se liga, e não apenas a do homem, pois o próprio animal a
possui (daí sua denominação universal), e as plantas também (a ‘alma vegetativa’ de Tomás de
Aquino). Então, usamos o termo ‘alma’ com o sentido tradicional da filosofia ocidental. Quando
esse princípio vital, que constitui a personalidade (e não a individualidade) larga a matéria, nós
o denominamos, como Kardec ‘espírito’ (com “e” minúsculo) que continua sendo a mesma
personalidade, apenas fora da carne. Quanto à individualidade, nós a denominamos sempre o
‘Espírito’ (com “E” maiúsculo), por falta de outro termo na língua. Veio-nos a idéia porque
consideramos Jesus o modelo e protótipo da Individualidade, e a Ele Bahá’u’lláh chamava
sempre ‘Sua Santidade o Espírito’.
A localização do espírito desencarnado se dará, nós o vimos, automaticamente de acordo com
sua sintonia vibratória, permanecendo no plano astral enquanto estiver vibrando, com seu
pensamento, na personagem ou personalidade que revestiu durante sua vida física. O plano
será aquele a que for atraído por igualdade de onda.
Se, no entanto, conseguiu, mesmo como encarnado, localizar-se e viver na individualidade,
passará no plano astral apenas o tempo necessário ao desligamento da memória da vida
terrena e ao desfazimento de seu corpo astral. Nos espíritos evoluídos, cerca de trinta a
quarenta dias. Mas é muito variável esse período: pode durar anos. Logo após essa libertação
(também chamada ‘segunda morte’) o espírito que vive na individualidade passa a seu plano
próprio, o mental.
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155
O PLANO MENTAL
A grande maioria da humanidade vive no plano astral, e lá permanece no intervalo das reencarnações
por muitos séculos e quiçá, milênios. Após vencer essa etapa evolutiva, por mérito, o Espírito então se
desfaz do corpo astral, sofrendo a segunda morte, ficando envolvido somente pelo corpo mental e
demais veículos superiores.
No plano mental já nos encontramos isentos de sofrimentos e nos revestimos de uma forma ovoide e
energética.
Pastorinho nos fala que lá “não há tempo nem espaço, apenas a consciência no eterno ‘agora’; a
consciência mais alta que aí funciona deixa para trás os elementos passados, embora conserve vivas
todas as qualidades e experiências adquiridas: trata-se de um mundo superior, difícil de entender por
quem nunca o habitou, impossível de descrever por falta de palavras na linguagem articulada humana; é
como descrever o gosto de uma fruta; só comendo-a é que lhe sabemos o gosto. Assim o ‘plano mental’
só pode ser entendido vivendo-o”.
E continua:
“Em princípio, o plano mental é aquele que possibilita a materialização, no intelecto, das idéias
provenientes da mente.
Os elementos constituintes (células) do plano mental possuem força intrínseca de
exteriorização, que as impele irresistivelmente para a matéria, que elas devem vivificar, a fim de
aprenderem a expressar-se por meio da matéria.
Enquanto o espírito do homem já superou essa fase, e se encontra no impulso ascendente para
liberar-se da matéria, as células de que o homem se serve para formar seus corpos, que o
ajudam a evoluir, tendem a mergulhar na matéria. São dois movimentos intensos em direções
opostas. Daí dizermos que os corpos ‘inferiores’ resistem à espiritualização do homem. Daí
afirmarmos que a matéria é o ‘opositor’ (satanás ou diabo) que ‘nos tenta’; daí as titânicas
lutas do homem e de seus veículos físicos, um querendo subir, e eles forcejando por descer; daí a
alegria do Espírito quando desencarna, libertando-se de sua matéria, e dai o ‘instinto de
conservação’ dos veículos físicos, que empregam toda a sua força para manterem-se
encarnados.
Isso porque, embora a célula ainda não possua em manifestação a mente, esta nela existe em
estado latente, por ser animada pela força cristônica que a dirige de dentro de seu âmago, por
meio do ‘átomo monádico’.
Essa mesma mente, latente na célula, jamais se desfaz. Ela vai manifestando-se, por trabalho
‘pessoal’, através de veículos cada vez mais aperfeiçoados. Mas a mente acompanhará esse ser
desde o estado monocelular até o super-homem mais evoluído: é sempre a mesma MOLÉCULA
MENTAL, uma só molécula, uma ‘unidade mental’ que, em si mesma, evolui, e que cada vez se
vai expressando melhor, à medida que vão sendo mais perfeitos os veículos que vai criando em
torno de si.
Essa ‘unidade’ ou ‘molécula mental’ única, que acompanha e dirige toda a evolução da
individualidade, filia-se, por sintonia vibratória, a um dos Sete Raios; e por isso a evolução é
feita em determinado timbre sonoro dominante.
Sendo essa molécula mental única e permanente, pode conservar gravadas em si todas as
experiências de todas as vidas nas quais se exterioriza a individualidade. E nesse mister a
molécula mental é considerada ‘repositório de experiências’ que, com a repetição, se tornam
hábitos, e estes, após longo emprego, formam o instinto; e de cada um desses instintos, se sobe
mais um passo evolutivo, para a conquista de novas qualidades: as agregadas a si como instinto
já são qualidades adquiridas.
Corpos Sutis e Chacras - Guia de Estudos - Olivio Cezar
156
Não pode dizer-se que a ‘molécula mental’ possua forma (ela é arúpica), embora possa ser vista
por videntes de alto treino como uma espécie de ovoide, quando ela se distancia dos corpos
físicos. Pois enquanto a eles se acha ligada, é comum adaptar-se às formas do corpo físico-
denso.
Todavia, nos seres evoluídos, que já conseguiram desenvolver a consciência do seu plano (o
chamado ‘corpo’) mental, ele não está sujeito a limites de forma: pode agigantar-se e crescer de
maneira a abarcar espaços incalculáveis (toda a galáxia... ).
A mente atua no homem aprisionado na personagem e materializado na carne, através do
intelecto, o qual funciona por meio de neurônios.
Por aí compreendemos à evidência como se torna restrito o alcance mental: um oceano que se
escoasse através de um buraco de agulha, deixando passar apenas gotículas, dá idéia do que
consegue atravessar da mente para expressar-se em palavras.
A tarefa atual da humanidade é desenvolver a mente, de tal forma que complete o estágio
humano. O físico denso e o astral já tiveram desenvolvimento suficiente: agora é a vez do
intelecto, que terá que superar e dominar totalmente as emoções. Uma vez integralmente
atingido o ápice do progresso mental, entrará, então, a humanidade no ciclo do Espírito, cujos
pródomos, entretanto, já vemos.
A mente (a molécula mental) possui três aspectos, ou melhor, se exterioriza de três modos:
poder de conhecimento (quietude); poder de vontade (concentração) e poder de dar energia
(ação); no oriente diz-se que a consciência total se manifesta em três planos:
a) perceber os objetos (inteligência, nota dominante do plano mental);
b) desejo de posse (vontade, nota dominante do plano astral);
C) esforço de conquista (atividade, nota dominante do plano físico).
Então a consciência registra o contato (no físico), a sensação (no etérico), a emoção (no astral),
a percepção (no intelecto), a conceituação (no mental).
A humanidade atual, em que o homem comum só é consciente de seu corpo físico denso, tudo o
que lhe chega do astral e do mental é considerado alucinação, imaginação, subjetivismo, etc.
A mente, neste atual estágio evolutivo (salvo exceções) serve para transmitir ao cérebro físico
as idéias, provenientes do Eu profundo, enquanto leva, para o Eu profundo, registrando-as em
sua memória, as experiências adquiridas durante a vida terrena.
Observemos (cfr. “Sabedoria do Evangelho”, volume 1º, página 22 ss) que a mente (ou melhor,
a MOLÉCULA MENTAL, faculdade inerente à centelha divina) já existe desde o inicio da
constituição do átomo, dirigindo e impressionando toda a evolução, a fim de que se vá
construindo veículos cada vez mais aperfeiçoados, através dos quais possa expressar-se cada
vez mais amplamente. Vejamos os diversos degraus:
Mineral - desenvolvimento da matéria bruta, com os primeiros resquícios do duplo
etérico;
Vegetal - desenvolvimento do etérico, prosseguindo a evolução da matéria, que passa
de inorgânica a orgânica, enquanto surgem os primeiros laivos do astral;
Animal - desenvolvimento do astral (emoções), enquanto se aperfeiçoam a matéria e o
etérico, mas já ensaiando as primeiras manifestações do intelecto;
Hominal - desenvolvimento do intelecto (mental concreto) que procura apoderar-se do
domínio das etapas inferiores, enquanto se exercita na conquista da mente abstrata,
aparecendo já os vislumbres do espiritualismo;
Super-hominal - desenvolvimento do mental superior, que já domina todos os veículos
anteriores, conquistando, ao mesmo tempo, um grau de espiritualidade mais
avançado;
Corpos Sutis e Chacras - Guia de Estudos - Olivio Cezar
157
Angélico (?) - desenvolvimento maior da espiritualidade, que absorve em si todos os
anteriores veículos, submetendo-os totalmente à sua vontade esclarecida.
O ‘desejo’ (kama) é o amor voltado para fora do ser, enquanto o ‘amor’ volta-se para o âmago
de si mesmo.
É o desejo que leva o espírito ao mergulho na matéria, a fim de desenvolver a criação.
Esse desejo mantém a mente presa às encarnações, pois busca apenas o que lhe dá prazer,
criando imagens, e rejeita o que lhe causa desprazer.
Quando a mente consegue, por esforço determinado e persistente, libertar-se dos desejos
externos, pode chegar a unir-se, livre, ao Eu interior; mas se, como ocorre no homem vulgar,
tende para o material, permanece na roda fatal das encarnações durante largo tempo.
É na mente que reside o livre-arbítrio, que só consegue ser soberano quando subjuga e destrói o
desejo e as emoções. Como isso não é obtido de inopino, vemos que a mente só se liberta aos
poucos, e quanto mais alcança a libertação, mais vai captando intuições profundas; ao atingir
determinado estágio, torna-se capaz de transmitir com eficiência chispas de gênio. Isso não se
alcança enquanto somos batidos pelas ondas emotivas. Só na calma e no silêncio pode o
cérebro perceber a voz da mente.
O desenvolvimento é lento, obtido em longa série de vidas, desde que todas sejam voltadas
para esse objetivo. Vemos, de fato, que o centro de consciência, embora ainda mergulhado no
desejo, já começa a ser controlado pela razão, transferindo-se do astral superior ao mental.
Ao pensar, a mente vibra e irradia vibrações ou ondas que se propagam pela matéria afim
circundante com que ela sintoniza. Como o universo está permeado de ‘matéria’ mental, a
propagação se faz em todos os sentidos, tal como a luz de uma lâmpada, e atinge distâncias
incomensuráveis (mesmo porque, no campo mental superior, não há espaço, pois a mente é
INESPACIAL, ao contrário do físico, do etérico e do astral, que ocupam espaço, e do intelectual
que é limitado em fronteiras vibratórias).
Sendo a mente um ‘reflexo’, também capta qualquer onda mental que a atinja, se ambos
vibrarem na mesma faixa sintonica. Para que isso ocorra, indispensável que o pensamento
emitido tenha clareza e nitidez, ao mesmo tempo que força propulsora na fonte irradiadora.
A considerar, ainda, que se a onda mental emitida é de teor barôntico (emocional), desce suas
vibrações ao plano astral, e logo se perde absorvida na multidão de vibrações similares que
incontáveis se cruzam nos níveis baixos. Dai a geral ineficiência das ondas mentais, mesmo
emitidas com as melhores intenções. Se, todavia, o pensamento é elevado, sem mescla de
emoções, alcança quase sempre seus objetivos. E grande parte do despertamento da
humanidade pode ser feito por meio de irradiações mentais conscientes, de seres que se reúnam
com esse objetivo.
Quem pensa baronticamente polui e envenena a atmosfera mental, podendo ser causa de
quedas e atrasos evolutivos. Quem controla seus pensamentos pode da mesma forma afetar os
outros, e ser o responsável, sem sabê-lo, pela salvação de muitas criaturas. E a ajuda mental é
muito mais vigorosa, eficaz e duradoura, que a própria ajuda física ou emocional. Os que
constantemente pensam em níveis elevados são verdadeiros ‘renovadores de ar’ da atmosfera
mental, melhorando-lhe a pureza o expandindo a consciência do mundo.”
No Espiritismo, as formas mentais são criações mentais que interferirem em nossas vidas sem que
tenhamos consciência disso. São também denominadas de "formas-pensamento", "fluídicas" ou
"ideoplásticas", elaboradas com matéria fluídica e refletindo os nossos pensamentos.
Mais uma vez recorremos ao livro “Técnica da Mediunidade”:
Corpos Sutis e Chacras - Guia de Estudos - Olivio Cezar
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“O pensamento emitido provoca uma série de vibrações na matéria do plano mental, o que faz
que as partículas desse plano se organizem em formas - tal como as vibrações sonoras
provocam movimentação e desenhos em pó finíssimo sobre membrana vibrátil”. A matéria do
plano mental, assim movimentada pela projeção das vibrações do pensamento, une-se para
plasmar a forma idealizada pela mente; em geral, se a mente é forte, as figuras são brilhantes e
coloridas, mantendo-se vivas e em movimento durante bastante tempo.
Os próprios emitentes podem vê-las e se espantam, sem compreender, de ora verem figuras de
‘santos’, ora de ‘demônios’, ora símbolos sagrados, ora armas de guerra e cenas de sangue.
Tudo, porém, é criação de formas mentais saídas de seus próprios pensamentos.
Essas formas são vivificadas pelo pensador, enquanto duram seus pensamentos. Se estes forem
constantes, perduram longamente e agem, impulsionados pelas vibrações que as fizeram
nascer.”
Arthur E. Powell no livro “O Plano Mental” assim define suas características:
1) a qualidade do pensamento determina a cor;
2) a natureza do pensamento determina a forma;
3) a precisão do pensamento determina a nitidez da forma.
O Espírito André Luiz, nas suas várias obras que abordam o mundo espiritual, nos fala que nosso orbe é
formado de nuvens de formas irregulares e cores terrosas, fruto dos pensamentos da nossa
humanidade.
Pastorinho usa o exemplo de um pintor ou um escultor, que antes de iniciar seu trabalho, o cria pelo
pensamento, chamado de “ideação”. E essa imagem perdura de tal modo, que o artista pode copiá-la,
na tela ou no mármore. Contudo, nunca conseguirá uma reprodução perfeita devido às limitações dos
materiais que dispõe da matéria grosseira e por isso sempre ficará insatisfeito. Michelangelo, o maior
pintor renascentista é uma evidencia disso. No caso dos escritores, essas formas mentais transformam-
se em seres reais no mundo mental, alimentadas pelos milhares de pensamentos nelas focados.
Essas formas mentais se manifestam de diversas formas, podendo flutuar em torno de seu criador e
acompanhá-lo em sua vida, sendo confundidas com os guias espirituais e até se tornarem defesas
psíquicas. Caso sejam de teor vibratório negativo, podem se tornar obsessores levando-o às mono
idéias.
Essas formas mentais inferiores podem nos prejudicar e a vigilância constante é fundamental, com a
prática da prece para nos protegermos.
O tempo todo estamos impregnando nossa aura com as criações inferiores, ligadas a desejos e paixões.
Nossas mentes precisam estar ocupadas com bons pensamentos para formarmos uma egregora
protetora que atuará como condensadora das energias funestas.
Pastorinho entende que o uso da telepatia no plano etérico se dá por meio da glândula pineal, no plano
astral, pela conexão direta entre os corpos astrais e no plano mental puro em função da evolução do
ser.
Através das imagens mentais plasmamos nosso futuro, que pode ser de pobreza ou de riqueza, de saúde
ou de doença, de alegrias ou de decepções.
Finalizamos esse capítulo com a interpretação de Pastorinho sobre o comando mental:
“Sabido e notório que todos os corpos são formados, em última análise, de átomos agrupados
em moléculas: a natureza executa essas operações há bilhões de milênios sem conta. Mas qual
o processo atual e até que ponto dependem de nós, é a interrogação que nos fazemos.
Para qualquer agrupamento dos elementos que, descendo sua freqüência vibratória, atingiram
a materialização, é indispensável uma MENTE que comande, um PENSAMENTO que atue.
Corpos Sutis e Chacras - Guia de Estudos - Olivio Cezar
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Lógico que nos reinos inferior - mineral, vegetal e animal - a mente é imanifestada ainda para o
exterior (por falta de órgãos capazes de expressá-la), mas internamente vibra, pela Centelha da
Vida que os impulsiona a evoluir, vivificada pela SOM (Verbo, Pai) que, com sua nota
característica inicia e sustenta a existência de qualquer ser.
Quando a formação das circunvoluções cerebrais no homem permite a exteriorização da mente
através das vibrações elétricas dos neurônios, começa a criatura a poder assumir o controle de
suas próprias criações de formas. Evidente que a escala que vai do selvagem ao gênio demarca
também uma escala de capacidade, que se estende entre as frações da unidade até as dezenas
de milhares.
Compreendido isso, verificamos que é o pensamento que reúne os átomos indispensáveis à
formação do corpo que lhe servirá de veículo e que é essencial à sua expressão.
Referimo-nos ao pensamento da MENTE, porque o que procede do intelecto (cérebro) só é
utilizado pelo homem no estado de vigília enquanto preso no plano físico.
Ora, assim como o pensamento pode imaginar uma estátua, que as mãos executarão no
mármore de Carrara, o mesmo ocorre no plano astral, com a diferença de que não são
necessárias as mãos para modelar a matéria: basta a força do pensamento, mesmo
independente da vontade.
Explicamos essa restrição. Se um de nós se encontra no plano astral (encarnado, em sonho, ou
desencarnado) e pensa em neve, quase imediatamente vê neve em torno de si, mesmo que a
vontade não tenha entrado em vibração para querer vê-la; se pensa, num jardim, o percebe à
sua frente, embora não tenha querido vê-lo; se, amedrontado, pensa em alguma figura
monstruosa, ela aparece à sua frente, mesmo que, até, não quisesse vê-la. Então, é a MENTE, e
não a vontade que modela. Embora se houver reunião da mente e da vontade, a modelagem
seja mais perfeita e mais duradoura.
Plástico mais que a água, fluido como o ar atmosférico, mais leve que se possa imaginar,
sensível às vibrações mentais, maleabilíssimo e sumamente refletor, ‘amolda-se’ ao
pensamento o faz-nos ver e ‘apalpar’ (quase diríamos) tudo o em que pensamos, desde a figura
sublime de Jesus, parado ou movimentando-se, às piores figuras.
Daí as incalculáveis e repentinas variações das visões que nos aparecem em sonhos e também,
pula os despreparados, após a desencarnação: tudo é REFLFXO de nossos pensamentos,
conscientes ou, por estranho que pareça, mesmo inconscientes.”
O PLANO BÚDICO
O plano búdico é um plano sutil elevadíssimo da consciência, descrito como um reino de consciência
pura.
É um estado de consciência intuitivo, caracterizado por uma sensação plena e que permite ao homem
eliminar a ilusão do ego e realizar a unidade com Deus.
Desenvolver a consciência búdica significa tornar-se altruísta e resolver problemas com o ego.
Num futuro ainda muito distante, o homem deverá polarizar-se definitivamente nos planos sublimes da
existência, libertando-se do desejo e da ilusão e conhecendo os mais profundos segredos da vida e da
existência.
Mas ainda estamos muito, muito distantes desse plano!
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PRÓLOGO
Nossa humanidade vive momentos cruciais de transformação exterior e principalmente interior, que os
espiritualistas chamam de “despertar da consciência”. O avanço moral ainda está em estágios primitivos
de evolução e precisaremos de muitas experiências na matéria densa para sublimar os resquícios dos
reinos inferiores que trazemos em nossos corpos sutis.
O Espiritismo é um dos meios utilizados pela espiritualidade que governa o nosso orbe para nos
impulsionar na subida dos degraus evolutivos. No livro “Seara Bendita”, Introdução – Atitude de Amor,
pelo Espírito Cícero Pereira, também conhecido como Pai João de Angola, psicografado por Maria Costa
e Wanderley Oliveira, encontramos uma síntese do projeto chamado Espiritismo, dividido em três fases
distintas:
Os primeiros 70 anos, iniciados a partir da codificação, com o lançamento de “O Livro dos
Espíritos” (1857), trazem as bases doutrinárias sintetizando os ensinamentos das grandes
correntes religiosas e filosóficas da Antiguidade numa linguagem moderna, isenta de símbolos e
sinais secretos, procurando unir a Ciência com a Religião, revelando o mundo espiritual e as leis
imutáveis que nos governam, tais como, reencarnação, causa e efeito, progressão dos mundos,
bem como, a complexidade dos corpos que nos revestem como procuramos desdobrar neste
livro.
A segunda fase (1927) consolidou a Doutrina Espírita, predominantemente no Brasil, sob um
caráter religioso, pela importantíssima contribuição de Chico Xavier, o maior médium de todos
os tempos, estabelecendo a prática da caridade como um caminho seguro de evolução moral.
Nesta fase foram explicitadas as máximas do Cristo sobre a humildade - no ato de pedir perdão
- e da compaixão - na atitude de perdoar o próximo. Em paralelo, no chamado primeiro mundo,
cientistas corajosos se dedicaram em incansáveis pesquisas para encontrar evidencias da
imortalidade da alma, enfrentando os preconceitos que ainda persistem nos meios acadêmicos
sobre as questões da vida além da matéria.
A terceira fase, de 1997 a 2067, coincidindo com a transição planetária de plano de provas e
expiações para plano de regeneração possui um grau de dificuldade maior. Além de enfrentar
os preconceitos que bloqueiam nossos avanços científicos e a insistência das religiões
dominantes, principalmente as abraamicas (cristianismo, islamismo e judaísmo) em manter
dogmas ultrapassados e inconcebíveis no atual estágio da humanidade, o grande desafio está
em nosso interior, com o despertar da consciência para uma essa nova era que se inicia. É a
fase do terceiro (e mais difícil) perdão – perdoar a si mesmo - para se libertar do carma e
praticar as leis de amor e fraternidade.
Somos cerca de 8 bilhões de Espíritos encarnados, 24 bilhões de desencarnador e talvez nem uma
décima parte da população tenha consciência que é um Espírito imortal, nascendo, vivendo, morrendo e
renascendo a partir de matrizes forjadas em corpos mais sutis, desconhecendo completamente o
mundo espiritual e a sua influencia em nossas vidas.
Enfatizamos em várias passagens dessa obra a importância do pensamento, que é um recurso do
Espírito para plasmar as energias que damos e recebemos de todas as partes do Universo, nos
diferentes planos sutis. Apresentamos os diversos planos de existência em que podemos viver a partir
de nosso pensamento e vontade e o impacto que as energias boas ou ruins nos causam, trazendo
doenças cada vez mais complexas, tanto orgânicas como psicossomáticas.
Os grandes mestres pacientemente nos apontam o caminho seguro para a saúde integral, que culmina
em felicidade e paz interior, desde eras remotas, principalmente pelas escolas da Índia, mas relutamos
em aceitar seus ensinamentos, optando por atalhos que nos levam a labirintos confusos, atrasando
nossa caminhada evolutiva.
De forma tímida, a Ciência avança, nos ajudando a encontrar a saída desses intrincados atalhos aonde
perdemos energia e tempo precioso, vivendo a vida com a cabeça enfiada sob a terra, como um
Corpos Sutis e Chacras - Guia de Estudos - Olivio Cezar
161
avestruz. Quando direcionarmos o nosso olhar para o horizonte, perceberemos a imensidão do cosmos
e aceitaremos o chamado do nosso eu interior para prosseguir. Cada um no seu tempo, pois a evolução
não permite saltos, mas que seja num ritmo constante e na mesma direção – para o Alto.
Para isso, se não queremos, não precisamos frequentar ou participar desta ou daquela instituição
religiosa. O manual da evolução está no nosso DNA, no nosso eu maior, na mônada que faz parte de
Deus, ou seja, de uma “coisa” que é a causa primária de tudo e que estabeleceu leis imutáveis para que
tudo, a partir de uma origem, cresça indefinidamente, por razões que não entendemos.
Kardec foi sábio na primeira pergunta que fez aos Espíritos da codificação. Ele não perguntou “Quem é
Deus” e sim, “O que é Deus”, pois já entendia que o Criador não poderia ser alguém, mas algo, que seria
a origem de tudo. A Física Quântica já provou que a matéria não existe, pois quando a desdobramos em
escala nanométrica, só sobram cordas, semelhantes aos sons musicais. Então o Universo que
conhecemos é uma imensa composição musical, cujos músicos estão fora de nosso campo de
entendimento.
Tudo, do macro ao micro, galáxias, estrelas, planetas, minerais, seres vivos, moléculas, células, vírus, etc.
são somente formas diferentes das mesmas melodias que fluem no Universo, comandadas por energias
que os Espíritos denominaram de fluido cósmico universal e que deve necessariamente ter uma origem
primária, provavelmente além dessa dimensão em que vivemos.
O conhecimento dos corpos sutis e dos chacras nos ajudarão a entender um pouco dessas energias e
usá-las para o nosso melhoramento como humanidade, eliminando as doenças e quiçá trazendo uma
era de justiça social e bem estar para todos num futuro próximo.
Então, busquemos o nosso despertar de consciência, através das vibrações que emitimos a cada
segundo, sempre focados na prática do Bem, nosso e do próximo, contribuindo com a nova era que
chega e nos preparando para sermos co-criadores do Universo.
Paz e luz.
Primavera de 2025.
Corpos Sutis e Chacras - Guia de Estudos - Olivio Cezar
162
BIBLIOGRAFIA
AÏVANHOV, Omraam. As Leis da Moral Cósmica. E Book.
ANDRÉA. Jorge. Forças Sexuais da Alma. E Book.
___Psicologia Espírita. E Book.
ANDRADE, Hernani Guimarães. Espírito, Perispírito e Alma. Editora Pensamento.
ÂNGELO, Arthur. Os Planos Sutis ao Redor da Terra. Espírito Duarte VilasBoas. E Book. 2022.
ARMOND, Edgard. Passes e Radiações. Editora Aliança, 1998.
AVALON, Arthur, O poder da serpente. E Book.
BACCELLI, Carlos A. Espíritos Elementais, pelo Espírito Paulino Garcia. Editora LEEPP, 2020.
BAILEY, Alice. Os chakras, anatomia oculta do homem. E Book.
BESANT, Annie. O Homem e seus corpos. Editora Pensamento, 1975.
BLAVATSKY, Helena. A Doutrina Secreta. Editora Pensamento, 2007.
BORGES, Wagner. Viagem espiritual: A projeção da consciência. Editora Luz da Serra. 2019.
BOUDE, Alain. Chakras e Corpos Sutis sua evolução desenvolvimento espiritual. Artigo 2006.
BRENNAN, Barbara Ann. Mãos de Luz. Editora Pensamento, 2000.
CEZAR, Olivio. Nos Bastidores do Hospital Esperança. E Book, 2024.
___Correlações entre a Ciência e o Espiritismo. E Book. 2025.
COQUET, Michel. Les Chakras et L’initiation. Editions Dervy, 1997
DALE, Cyndi. Enciclopédia de Anatomia do Corpo Sutil Um Guia Definitivo, Detalhado e Ilustrado sobre
a Bioenergia Humana. Editora Pensamento-Cultrix, 2021.
DROUOT, Patrick. Cura Espiritual e Imortalidade. Editora Nova Era. 1996.
ELIADE, Mircea. Yoga, Imortalidade e Liberdade. E Book.
EMOTO, Masaru. As Mensagens da Água. Editora Ísis, 2021.
KARDEC, Allan, O Livro dos Espíritos. FEB, 2019.
___A Gênese. FEB, 2010.
___Revista Espírita. FEB, 2010
LEADBEATER, Charles. Os Chakras - Os centros magnéticos vitais do ser humano. Editora
Pensamento, 2000.
___O Plano Astral. Editora Pensamento, 2000.
LEVY, Eliphas. Os paradoxos da sabedoria oculta. Clube de Autores, 2022.
OLIVEIRA, Therezinha. Fluidos e Passes. Editora Allan Kardec, 2023.
MACHADO, Cesar de Souza. Experiências Fora do Corpo Fundamentos. E Book.
Corpos Sutis e Chacras - Guia de Estudos - Olivio Cezar
163
MAES, Hercílio. Elucidações do Além - Espírito Ramatis. Freitas Bastos.1991.
___Magia de redenção – Espírito Ramatis. Freitas Bastos. 1989.
MARQUES, Adilson. O Reiki segundo o Espiritismo. E Book.
MATOS, Carlos Falcão. Chakras, Aura & Corpos Sutis em poucas palavras. Editora: A Luz do Ser Edições,
MELO, Jacob. O Passe. FEB, 2004;
MICHAEL, Tara. Corpo sutil e corpo causal. E Book.
MILLER, Joan P. O livro dos chakras, da energia e dos corpos sutis: uma nova visão das tradições
antigas e modernas sobre os nossos centros de energia. Editora Pensamento, 2015.
MOTOYAMA, Hiroshi. Teoria dos Chakras - Ponte para a consciência superior. Editora Pensamento,
1988.
OLIVEIRA, Sergio Filipe. Dissertação de Mestrado: Estudo da estrutura da glândula pineal humana
empregando métodos de microscopia de luz, eletrônica de varredura.
PASTORINHO, Carlos Torres. Técnica da Mediunidade. E book.
PINHEIRO, Robson. Além da Matéria. Espírito Joseph Gleber. Casa dos Espíritos Editora, 2011.
___. A Alma da Medicina. Casa dos Espíritos Editora, 2014.
___. Consciência, Espírito Joseph Gleber. Casa dos Espíritos Editora, 2013.
___. Energia, Espírito Joseph Gleber. Casa dos Espíritos Editora, 2016.
___. Medicina da Alma. Espírito Joseph Gleber. Casa dos Espíritos Editora, 2016.
___. O Agênere. Espírito Ângelo Inácio. Casa dos Espíritos Editora, 2015.
POWEL, Arthur E. O Duplo Etérico. Editora Pensamento, 1990.
REBELO, Vitor. Saúde Integral Os chacras e a bioenergia. Editora Escala.
SILVA, Aluney Elferr Albuquerque. Corpo Etérico e Perispírito. E Book.
STEINER, Rudolpf. O Conhecimento dos Mundos Superiores. Editora Antroposófica, 2008.
TRIGUEIRINHO. Viagens por mundos sutis. Editora Pensamento, 2005.
VIEIRA, Waldo. Projeciologia. E Book.
XAVIER, Francisco C. Entre a Terra e o Céu. Editora FEB.
___. Evolução em Dois Mundos. Editora FEB.
___. Missionários da Luz. Editora FEB.
___. Nosso Lar. Editora FEB.
___. No Mundo Maior. Editora FEB.
___. Nos Domínios da Mediunidade. Editora FEB.
WHITE, Ruth. Trabalhando com os seus Chakras. Editora Pensamento.1966.
Corpos Sutis e Chacras - Guia de Estudos - Olivio Cezar
164
Sites consultados:
https://consciencial.org/apometria-espiritismo/entenda-corpos-sutis-holossoma-planos-
densionais-multidimensionais/
https://www.equilibriointerior.net/index2.php?id=34
https://avidanomundoespiritual.com.br/texto-corpo-espiritual-corpo-mental/
https://www.circuloescola.com/corpos-astrais/
http://www.orion.med.br/index.php/livraria-orioncomsaber/o-homem-orion-vol-2/88-
principios- basicos?showall=&start=2.
https://www.recantodasletras.com.br/tutoriais-de-edicao-de-textos/7745492
Corpos Sutis e Chacras - Guia de Estudos - Olivio Cezar
165
O AUTOR
OLIVIO CEZAR RODRIGUES DA SILVA nasceu em 05/01/1953 em Ipaussu, SP. Viveu
algumas décadas em Salvador, onde trabalhou como engenheiro mecânico, professor
universitário e consultor técnico. Atualmente está aposentado e vive em Portugal.
Trabalhou no movimento espírita por quatro décadas, nas seguintes instituições:
Grupo da Fraternidade Leopoldo Machado (Salvador), Centro Espírita Chico Xavier
(Salvador), Centro Espírita Eurípedes Barsanulfo (Salvador) e Centro Espírita Caridade e
Luz (São Roque - SP) tendo exercido a função de presidente nas três ultimas casas.
É autor dos livros: A Era do Cordeiro, Nos Bastidores do Hospital Esperança e
Correlações entre a Ciência e o Espiritismo. Co-autor com o médium Arthur Ângelo
dos livros: Os Planos Sutis ao Redor da Terra e Um Grito de Loucura, ditados pelo
Espírito Duarte Vilasboas.
Contatos, críticas e sugestões para: oliviocezarsilva@gmail.com
Corpos Sutis e Chacras - Guia de Estudos - Olivio Cezar
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SINOPSE
Este livro traz informações inéditas do mundo espiritual próximo à Terra,
descrevendo comunidades do plano astral, detalhes da vida nas diversas
camadas do Umbral e em planetas de planos espirituais próximos ao
nosso orbe. Aborda aspectos históricos da origem do homem e das
civilizações que já estiveram aqui, oriundas de diversas constelações, que
utilizavam tecnologias de transporte avançadas, destacando sempre a Lei
do Progresso, que estabelece os processos da evolução dos seres, sejam
humanos ou extraterrestres.
Vamos conhecer a vida cotidiana nas cidades de Aruanda, Nosso Lar,
Hospital Esperança, Campo Formoso e outras, abordando temas como:
localização, alimentação, vestuário, moradia, lazer, trabalho, flora e fauna
da região.
Elementais da natureza, entidades sob a forma de zoantropia, ovóides,
dragões e magos negros, são alguns dos assuntos abordados ao longo da
narrativa, sempre com uma visão abrangente e de vanguarda, revelando a
diversidade de seres e planos convivendo de forma intensa.
Corpos Sutis e Chacras - Guia de Estudos - Olivio Cezar
167
SINOPSE
Afinal, por onde teria andado Jesus após Sua crucificação e morte até a madrugada da
Ressurreição?
- Em que tipo de corpo Ele aparece aos seus discípulos?
- O que ocorreu com Seu corpo carnal?
- Qual é a síntese de Sua mensagem?
Este livro nos leva a uma imersão na história do Cordeiro, criando um cenário a partir
da Sexta-feira da Paixão até o Domingo da Ressurreição, baseando-se nos registros
contidos nos Evangelhos Canônicos e no estudo cientifico do Sudário de Turim.
Avançando no tempo, busca também compreender a importância da mediunidade ao
longo dos séculos do cristianismo.
Corpos Sutis e Chacras - Guia de Estudos - Olivio Cezar
168
SINOPSE
Um Grito de Loucura - um grito aos loucos. Porque aos loucos? Louco é aquele que
decide se distanciar de sua missão. Nosso objetivo nesse livro é abordar essa loucura,
na busca da ressignificação da pureza e do amor. Respeitar todas as chagas é entender
a dor do outro de forma compassiva, vendo nele nosso semelhante, agregando a essa
dor nossa capacidade de empatia para absorver e aceitar suas necessidades. Hoje, o
mundo lentamente desperta seu interesse para tratar as chamadas doenças
silenciosas. Dentre elas, a ansiedade, a depressão, a esquizofrenia e a loucura, que
culminam no suicídio. A missão deste nosso despretensioso trabalho é ajudar as
pessoas a reencontrarem o amor - o amor perdido, o amor esquecido...
Corpos Sutis e Chacras - Guia de Estudos - Olivio Cezar
169
SINOPSE
No livro “O Abismo” temos a primeiras notícias do Reino dos Dragões, onde vivem
seres descomunais e horripilantes, com aspectos disformes que perderam a forma
humana, degradados pela permanência no Mal.
Nas Trevas, ainda abaixo do nosso solo material, encontramos o domínio dos Magos
Negros, seres iniciados nas diversas religiões da Antiguidade, especializados na
manipulação dos fluidos sutis da natureza e exímios conhecedores das leis que os
regulam.
No Umbral Grosso, que ocupa o mesmo espaço da nossa crosta terrestre, vive a
grande maioria dos desencarnados que ainda desconhecem as leis da fraternidade.
Subindo para o Umbral Médio, que se estende a partir de 20 km da crosta até cerca de
50 km de altitude, vamos encontrar os postos de socorro.
Através de Chico Xavier, as noções mais detalhadas da rotina das cidades espirituais do
Umbral Fino. O livro “Nosso Lar” é referencia desse tipo de colônia. A verdade é que
milhares de colônias existem em torno da Terra cada uma em determinada faixa de
vibração.
Este livro aborda informações da colônia espiritual Hospital Esperança, apresentando
trechos de livros que citam aquela instituição.
Corpos Sutis e Chacras - Guia de Estudos - Olivio Cezar
170
SINOPSE
O método cientifico atual baseia-se na observação e repetição de fatos, tanto os
realizados por experimentos como aqueles advindos da Natureza. Mas este método é
específico muitas vezes varia para cada determinada área de conhecimento humano. A
Ciência ainda precisa medir ou pesar para obter comprovações do fenômeno
estudado.
Neste modesto livro, não pretendemos criticar a Ciência materialista ou mesmo os
cientistas que a seguem, mas apresentar evidencias de um enorme campo do
conhecimento humano sobre os fenômenos chamados de paranormais, relembrando
as experiências de grandes cientistas que desafiaram a sociedade de sua época e
ousaram entrar no território proibido da espiritualidade.
A base será a Doutrina Espírita, que desde seu surgimento pela dedicada obra
codificada por Allan Kardec busca esclarecer e libertar a mente humana das prisões
que infelizmente as religiões formais a colocaram. Mas também navegaremos pelos
conceitos trazidos pela Teosofia e consequentemente as religiões seculares do
Oriente. Não é nosso intuito criticar esta ou aquela religião, pois a opção por seguir
uma doutrina é de foro intimo de cada um e tem forte ligação com seu despertar como
espirito imortal. Respeitamos todas, mas nos colocamos no direito de analisa-las à luz
da razão e da liberdade de pensamento, buscando uma interpretação que seja
coerente com o nosso desenvolvimento cientifico.
Estudaremos a parapsicologia, a psicotrônica, as experiências de quase morte, a
reencarnação, a transcomunicação instrumental, as teorias da origem da vida e muitos
outros assuntos, como a mediunidade, a glândula pineal, o registro akáshico, sempre
buscando as interpretações da Ciência com uma pitada de Espiritualidade.
Corpos Sutis e Chacras - Guia de Estudos - Olivio Cezar
171
Estes livros estão disponíveis para download gratuito nos seguintes sites:
https://www.bvespirita.net/
https://www.ebookespirita.org/
https://www.academia.edu/
https://doceru.com/
https://play.google.com/books/
https://pt.slideshare.net/
Para aquisição da obra impressa acesse o site abaixo, pesquise o nome do livro ou do
autor na busca e faça sua encomenda.
https://clubedeautores.com.br/

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Corpos Sutis e Chacras - Guia de Estudos - Olivio Cezar

  • 1. [Digite texto] Corpos Sutis e Chacras Guia de Estudos - Colorido Olivio Cezar
  • 2. Corpos Sutis e Chacras - Guia de Estudos - Olivio Cezar 1 Corpos Sutis e Chacras Guia de Estudos - Colorido Olivio Cezar 2025
  • 3. Corpos Sutis e Chacras - Guia de Estudos - Olivio Cezar 2 Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) (Câmara Brasileira do Livro, SP. Brasil) ISBN 978-65-01-46135-9 Cezar, Olivio Corpos Sutis e Chacras - Guia de Estudos , 2025. 1. Doutrina . Espírita 2. Corpos Espirituais 3. Chacras Reprodução total ou de trechos deste livro serão permitidos. Pedimos apenas a citação da fonte e do autor.
  • 4. Corpos Sutis e Chacras - Guia de Estudos - Olivio Cezar 3 AGRADECIMENTOS Aos meus filhos, Caroline, André e Arthur e à minha neta Aya, pelas muitas alegrias que trazem à minha vida. Aos meus saudosos pais, Maria e Olavo, que me honraram com essa reencarnação e aos irmãos, sobrinho e sobrinhas. In memoriam também dos nonos maternos Nazarena e Virgílio e avôs paternos Maria Luiza e Cristiano. Aos companheiros das casas espíritas: Centro Espírita Caridade e Luz (São Roque - SP), Centro Espírita Eurípedes Barsanulfo, Centro Espírita Chico Xavier e Grupo da Fraternidade Leopoldo Machado (Salvador - BA) pelas oportunidades de trabalho que me ofereceram. Aos mentores e guias espirituais, por sua presença permanente em minha vida, me norteando os caminhos do Bem. A Jesus, Mestre Maior, co-criador e dirigente de nossa Galáxia, por seu amor incondicional a todos os seres que nela vivem.
  • 5. Corpos Sutis e Chacras - Guia de Estudos - Olivio Cezar 4 "A vida espiritual é a vida normal do Espírito: é eterna; a vida corporal é transitória e passageira: não é mais do que um instante na eternidade." Allan Kardec - Obras Póstumas
  • 6. Corpos Sutis e Chacras - Guia de Estudos - Olivio Cezar 5 “A morte não é o fim de tudo. Ela não é senão o fim de uma coisa e o começo de outra. Na morte o homem acaba, e a alma começa.” Victor Hugo
  • 7. Corpos Sutis e Chacras - Guia de Estudos - Olivio Cezar 6 ÍNDICE Prefácio Composição dos Corpos Sutis Energia e Fluidos  Conceitos preliminares  O Prana A Água  A água fluidificada Os Corpos Sutis na Antiguidade  Hinduísmo  Grécia As Doutrinas Secretas  O Carma segundo a Teosofia Os Corpos Sutis O Corpo Físico  Glândulas do corpo físico A Glândula Pineal  A melatonina O Duplo Etérico  Os diversos níveis  Exteriorização  Sensibilidade  Influência das drogas  Epilepsia  Automatismo  Natureza  Desencarnação  Outros aspectos  Livro Medicina da Alma A Aura  Vampirismo O Cordão de Prata O Corpo Astral O Corpo Mental  Projeção mental O Corpo Causal
  • 8. Corpos Sutis e Chacras - Guia de Estudos - Olivio Cezar 7 O Cordão de Ouro O Corpo Búdico O Corpo Átmico Os Chacras Chacra Coronário Chacra Frontal Chacra Laríngeo Chacra Cardíaco Chacra Umbilical Chacra Esplênico Chacra Básico Mais informações sobre os chacras  Chacras menores  Centro Alta Maior  Ponto de Gora  Chacras palmares  Chacras dos joelhos  Chacra perineal  Chacra sexual  Chacras das costas  Chacras nos animais  Como visualizar os chacras  Bloqueio energético  Energia Kundalini  Os poderes psíquicos dos centros – Michel Coquet  Processos de manutenção do perispírito  A bioquímica comprova a Lei do Carma - Pastorinho Passes Magnéticos Espíritos Elementais Os Planos Sutis  O plano astral  O plano mental  O plano búdico Epílogo Bibliografia Sobre o autor
  • 9. Corpos Sutis e Chacras - Guia de Estudos - Olivio Cezar 8 PREFÁCIO A natureza possui fontes inesgotáveis de energia, através de seus diversos elementos, tais como: a água, o vento, o fogo, a terra. Tudo é energia, nós somos energia, o corpo físico é energia condensada. O termo energia provém do grego energes e significa movimento, atividade, força e poder. Prana é a energia cósmica, também conhecida como energia imanente, éter, luz astral, fluido universal. Portanto, prana é a energia da vida. Bioenergia é a energia que todo ser vivo tem e está relacionada com o movimento da vida, podendo ser manipulada de forma consciente. Somos um complexo de energia em várias frequências, portanto, estamos constantemente trocando energia uns com os outros e também com a Natureza, de forma consciente ou inconsciente. A qualidade dessa interação será de acordo com os nossos pensamentos e sentimentos. Nosso corpo energético é semelhante ao Universo. Ele possui milhões de pontos brilhantes. Junto com eles temos vórtices maiores de energia, que se parecem com as galáxias e são vórtices de luz brilhante, girando em alta velocidade. Dentro desses vórtices temos vários outros mini vórtices de luz, que denominamos de chacras. O termo “chacra” provém do sânscrito e seu significado é “roda” ou “disco giratório”, implica em movimento, transformando as energias psicofísicas e sutis em bioenergias. Os antigos mestres da Índia estudaram esses centros há milhares de anos e colocaram esse nome por ser semelhante a um disco. Eles também percebiam esses centros através da clarividência. O estudo desses mestres encontrou sete chacras principais, cada um correspondendo a uma glândula endócrina. Mas, além desses, existem mais chacras de grande porte, que iremos abordar neste livro. Somos seres dotados de múltiplas dimensões com diversos corpos anexados ao corpo físico, chamados de corpos sutis. Estes corpos têm centros de energia distribuídos ao longo do eixo central do nosso corpo físico, conhecidos como chacras. O homem é um ser de aspecto setenário, ou seja, sua constituição hiperfísica se manifesta em sete dimensões. Com os conceitos trazidos pela Física Quântica o homem ocidental já consegue comprovar os conhecimentos milenares praticados pelas escolas do Extremo Oriente. Max Planck, grande cientista do final do século XIX, revolucionou a Física conceituando a teoria dos “quanta” que são "pacotes de energia" associados às radiações eletromagnéticas. Em seguida, Albert Einstein enunciou a teoria do efeito fotoelétrico e formulou a teoria da relatividade espacial geral e restrita, abrindo novos caminhos para a Ciência. A Doutrina Espírita também traz uma grande contribuição abordando a realidade dos fluidos, a imortalidade da alma e a existência de planos espirituais, nos alertando que somos o que pensamos, interagindo o tempo todo com tudo ao nosso redor. Somente com o estudo e a pratica do Evangelho e dos ensinamentos dos grandes mestres da humanidade, transformaremos a nossa vida mental para encontrar a harmonia interior que é a nossa verdadeira condição, nos ajudando a evitar as doenças, tanto do corpo físico como dos corpos sutis. Esta obra está dividida em três partes principais: corpos sutis, chacras e planos sutis, pois esses assuntos estão interligados e consideramos importante a abordagem dos mesmos para uma melhor compreensão do leitor.
  • 10. Corpos Sutis e Chacras - Guia de Estudos - Olivio Cezar 9 COMPOSIÇÃO DOS CORPOS SUTIS Em nosso estudo, respeitamos as definições clássicas existentes, que incluem o corpo físico também como um corpo sutil.  Corpo físico: nosso corpo de carne e osso, onde temos nossos sentidos de tato, olfato, paladar, audição e visão.  Corpo etéreo: corpo energético, formado de energia vital, tem o mesmo formato e anatomia do físico. É composto da aura, dos chacras e tudo o que está relacionado com essas energias.  Corpo astral (perispírito): corpo mais sutil, ligado aos nossos sentimentos, à nossa racionalidade, sofre influência do Ego, corpo dos desejos, instintos e impulsos. É o molde do corpo físico.  Corpo mental inferior: corpo muito sutil, já não possui mais o formato do corpo físico e sim a forma ovoide. Responsável por manifestar os pensamentos do âmbito espiritual.  Corpo causal ou mental superior: corpo associado à "fonte" do Universo que tem acesso às leis universais, responsável por canalizar a intuição pura, também conhecida como sexto sentido.  Corpo búdico ou buddhi: corpo da iluminação, que também está ligado ao todo, onde estão registradas nossas memórias de vidas passadas.  Corpo átmico: nossa centelha divina, corpo que controla todos os outros. É a mônada, o Espírito criado por Deus. Nosso processo evolutivo passa pela necessidade de aperfeiçoar um a um esses sete planos, a partir do corpo físico até o corpo átmico, ao longo de milhões ou quiçá bilhões de anos.
  • 11. Corpos Sutis e Chacras - Guia de Estudos - Olivio Cezar 10 ENERGIA E FLUIDOS Tudo é energia. O Criador, através da Natureza, uniu os diferentes veículos de manifestação do nosso ser com diversos tipos de energia e o desequilíbrio em qualquer um desses corpos afetará também os demais. A desarmonia dos pensamentos influi nas emoções e no corpo físico, pois são ondas que afetam a nossa saúde. Tudo no Universo está conectado e os padrões de consciência da humanidade emitem energias que são absorvidas por nossas células provocando doenças físicas e psicossomáticas. Nosso bem estar está relacionado com tudo aquilo em que pensamos, sentimos e fazemos. A Doutrina Espírita nos recomenda a reforma íntima como a melhor terapia para a felicidade e a harmonia interiores. Albert Einstein entendia que o Universo é composto de campos de energia interconectados e, na atualidade, muitos cientistas se dedicam ao estudo de campos de ondas estacionárias interconectadas, aceitando a ideia de possíveis eventos que criam padrões de ondas que interagem com tudo ao nosso redor. No campo da energia humana temos a aura, um conjunto de energias com frequências e cores que variam conforme a distância em relação ao corpo físico. Esses campos áuricos se abrem para diferentes planos de energia através dos chacras, possibilitando a troca de informações entre o mundo exterior e o corpo físico. Segundo Rupert Sheldrake, os campos mórficos organizam não só os campos de organismos vivos, mas também cristais e moléculas. Cada tipo de molécula tem o seu próprio campo mórfico – hemoglobina, insulina, etc. Também, cada tipo de cristal, cada tipo de organismo, cada tipo de instinto ou padrão de comportamento tem seu campo mórfico que organizam a Natureza. Esses campos penetram a aura e chegam até o sistema elétrico do corpo físico. Os cientistas da atualidade pesquisam a existência de um campo de energia misterioso similar ao antigo conceito de éter, sugerindo que a única realidade seria um campo chamado de “ponto zero”, repositório de todos os campos de energia. Esse campo de ponto zero seria uma fonte de energia universal e, nesse conceito, o Universo se comportaria como um mar agitado de energia, onde tudo está conectado. O arquétipo da teoria quântica de campos descreve essencialmente a interação de partículas eletricamente carregadas através da emissão e absorção de fótons. O campo de ponto zero é composto de fótons ou unidades de luz que regulam todas as coisas vivas. Nosso DNA é feito de luz e todos nós estamos envolvidos por um campo de luz. Os campos L e T da teoria quântica são campos sutis de eletricidade e pensamento, que sofrem a ação das energias elétricas e magnéticas. Exteriorizamos, absorvemos e trocamos energia a todo instante, desde o útero materno ate o ultimo dia de nossas vidas, com pessoas, animais, meio ambiente, Natureza, etc. buscando o equilíbrio energético para nossos diversos corpos. Cada um desses campos ou corpos de luz de dimensões superiores está ligado à estrutura celular através de uma complexa rede de fios energéticos. Martin Luther King Jr. acreditava que a energia que dedicamos à melhoria do mundo corresponde à energia do Universo.
  • 12. Corpos Sutis e Chacras - Guia de Estudos - Olivio Cezar 11 “O Homem é verdadeiramente um Ser multidimensional, onde o corpo físico é o componente de maior densidade entre os diversos campos de energia interativos e que constituem o Ser como um todo”. Do livro: “O ser humano multidimensional. Estudo da Aura, Chacras e Corpos Sutis”. CONCEITOS PRELIMINARES Energia vital: Energia de uma rede vital que permite às forças vibracionais superiores se manifestar no corpo físico por meio de seus efeitos. É orientadora de padrões de crescimento celular e da expansão da consciência humana. Energia vibracional: Rede multidimensional que impulsiona diferentes características vibracionais para o interior do corpo e influenciam os processos fisiológicos, tanto no nível celular, como no nível do organismo geral. Energia sutil: Energia que entra no sistema vital, passando por transformadores redutores especializados para se integrarem à matriz celular. São conhecidas como chacras e processam energias vibracionais de frequências específicas, agindo no sistema endócrino afetando o sistema biológico e criando inputs vibracionais nos corpos etérico, astral e demais, de dimensões superiores. As glândulas endócrinas fazem parte de um poderoso sistema mestre de controle que influencia a fisiologia do corpo, desde o nível de ativação dos genes até o funcionamento do sistema nervoso central. Os chacras: São transformadores e distribuidores de energias sutis que entram no organismo, afetando nosso comportamento, nossa disposição de ânimo e nossa saúde através das influências hormonais e dos neurotransmissores, atuando na atividade cerebral e nos receptores celulares. Ligações cósmicas: São os caminhos da energia vital advindas do Universo até os chacras e destes ao corpo físico e seus respectivos órgãos. Espírito: Qual seria a natureza do Espírito? - O Espírito é luz. “O Livro dos Espíritos”. Em 1857, surge este livro, codificado por Allan Kardec, dando o primeiro passo para uma nova era da humanidade. Luz: A Física define que a luz é qualquer radiação/vibração eletromagnética que se situa entre as faixas de vibração infravermelha e ultravioleta. Assim a força eletromagnética tem a ver com o Espírito e com todos os fenômenos físicos, com exceção da Lei da Gravidade. Eletromagnetismo: As interações entre os átomos são regidas pelo eletromagnetismo, assim como as relações entre as moléculas que compõem uma pessoa, ou quaisquer objeto. Luz, Matéria e Energia: James Maxwell (1831 – 1879) descobriu que a luz é energia radiante, Einstein, que matéria e energia se transformam uma na outra e Kardec que o Espírito é luz. Portanto, com o Espiritualismo aprendemos que:  A aura é o envoltório energético que constitui e envolve o corpo espiritual, psicossoma ou perispírito.  No duplo etérico ou corpo vital se localizam os centros de força ou chacras.  O perispírito ou corpo astral é o portador dos sentimentos e emoções.  O corpo mental controla os pensamentos e as ideias.
  • 13. Corpos Sutis e Chacras - Guia de Estudos - Olivio Cezar 12 Corpo Espiritual: É o corpo que dirige o nosso “Eu Superior”, ligado ao lado direito do cérebro, local da linguagem mais simbólica e metafórica e dos registros de vidas passada, onde ficam gravadas as recordações de experiências vividas, positivas e negativas . O PRANA Energia é uma palavra derivada do grego "energes" e significa atividade. Na Índia, seu sinônimo seria “prana”, palavra derivada do sânscrito, significando respirar, viver. Na China é conhecida como "chi". A filosofia hindu classifica as energias em cinco tipos:  Prana: É a energia vital universal que permeia o cosmos, absorvida pelos seres vivos através do ar e é enviada para todas as células através do chacra coronário para o sistema circulatório. Prana é um conceito da Ayurveda e da Yoga, vindas por uma rede de canais sutis chamados nadis. Temos em nosso ser em torno de 72 mil nadis diferentes. O prana penetra no corpo sutil pelo chacra da coroa, situado no alto da cabeça e pela inspiração do ar passando pelas narinas. Ele é o principal tipo de energia cósmica.  Vyana: Localiza-se no coração. Age no corpo inteiro governando o sistema circulatório, as articulações e os músculos. É captado do ar inspirado nos pulmões e da energia dos alimentos.  Samaná: Localiza-se no intestino delgado, governa o aparelho digestivo e é captado principalmente pela energia vital dos alimentos vivos (sementes, frutas etc.), absorvidos pela digestão e pelo metabolismo celular.  Udhana: Localiza-se na região da garganta e governa a fala, o teor da voz, a força vital, a força de vontade, o esforço, a memória e a exalação do ar. É captado pela energia do chacra da garganta.  Apana: Concentra-se no baixo ventre, governa a evacuação e a micção, a potência sexual, o fluxo menstrual e o processo de parto. É captado pelo chacra localizado na base da coluna e pelo chacra dos órgãos genitais (chacra prostático ou uterino). É a energia que elimina os resíduos de tudo o que não é aproveitado pelo corpo através dos pulmões e sistemas excretores. O processo energético entra pelo chacra coronário para todo o corpo, vindo do cosmos, mas também entra pelo chacra básico e pelos plantochacras (planta dos pés), trazendo a energia da Terra, assim como, pela respiração traz o prana que é processado pelo sistema cardiorrespiratório (chacra cardíaco e laríngeo) e enviada para a corrente sanguínea que transporta a energia para todas as células do corpo, sendo exaladas pelos poros e formando um envoltório energético em torno do corpo, que chamamos de aura. Na China, os taoístas acreditam que a energia espiritual, ou chi, flui por toda a Natureza, através do modo Yin, que a armazena e o modo Yang, que a libera. O equilíbrio adequado entre a força de armazenamento “negativa” de Yin e a força de liberação “positiva” de Yang garante que uma energia saudável flua através de tudo, desde um órgão do corpo humano até a neve no topo de uma montanha. Para eles, a energia da Natureza não se move em uma sequência de causa e efeito (como entendida na ciência moderna), nem existe à parte da energia espiritual. Pelo contrário, toda energia é simultaneamente natural e espiritual e flui em um padrão circular modulado pela interação entre o Yin e o Yang. Nessa civilização milenar, o sistema de meridianos, equivalente aos nadis da Índia, seria o molde original da ramificação das células nervosas, em sua parte etérica, composto de uma delicada rede de filamentos, estruturados no duplo etérico, atuando como um sistema de abastecimento de vitalidade para o corpo físico. Na codificação da Doutrina Espírita os Espíritos adotaram a palavra ‘fluido’ para definir a energia do Universo, pois na época de Kardec o termo ‘energia’ era desconhecido. O Fluido Cósmico Universal foi o nome dado pelos Espíritos ao fluido elementar imponderável que serve como intermediário entre o Espírito e a matéria, possibilitando a adesão das partículas de matéria. Apresenta inúmeras
  • 14. Corpos Sutis e Chacras - Guia de Estudos - Olivio Cezar 13 combinações que são observadas como campo eletromagnético e como fluido vital, sendo ainda o princípio da matéria pesada. Atualmente, com o advento da Física Quântica entendemos que todo o Universo é composto exclusivamente de energia, e o Espírito André Luiz, pela psicografia de Chico Xavier, confirma esse conceito no capítulo 1 do livro “Evolução em Dois Mundos”: “... na essência, toda a matéria é energia tornada visível e que toda a energia, originariamente, é força divina de que nos apropriamos para interpor os nossos propósitos aos propósitos da Criação...”. O termo ‘fluido’ se traduz como um elemento muito sutil, quintessência, imponderável, existente na Natureza e a que antigamente denominavam ‘éter’. Vamos continuar usando o termo ‘fluido’ ao longo de nossos estudos considerando a sua aceitação consolidada no meio espirita, mas entendendo que tem um significado diferente de ‘energia’. Os fluidos resultam da modificação da matéria elementar, primitiva, do mesmo modo que a energia, mas ambos são elementos ligeiramente diferentes. A energia, como a modificação da matéria elementar, possui elementos dispersos que, uma vez condensados, constituem-se no elemento que denominamos matéria. Já os fluidos são uma modificação particular dessa energia. São Tomás de Aquino, um dos maiores teólogos da Igreja, entendia que esse fluido era uma ‘ força vital’. O Dr. W. Joseph Kilner, médico londrino do Hospital St. Thomas, em 1920, desenvolveu o ‘filtro de Kilner’ que consiste em uma lente pintada com uma anilina, composta por duas peças de vidro entre as quais se prensa uma solução de diacinina, uma tintura de cor índigo-violeta denotando um efeito notável sobre a visão fazendo com que o olho perceba o ultravioleta. Com o emprego da diacinina podemos distinguir num ambiente escuro três zonas de emanações emitidas pelo corpo: 1. Uma zona sombria ou rosa, que ele chamou de duplo etérico. 2. Uma zona muito densa, justaposta à primeira e que parece estar em contato com o corpo que ele chamou de aura interna. 3. Uma terceira zona que consiste numa espécie de nuvem amorfa, muito variável em dimensão, e que constitui a aura externa. O fotógrafo italiano Tomasseti, juntamente com outros experimentadores, tentou fixar numa placa fotográfica as radiações humanas e chegou à conclusão que o corpo humano emite: 1. Radiações violeta e ultravioleta, obtidas numa sala escura com uma chapa fotográfica comum. 2. Radiações alfa e beta, conseguidas com uma chapa fotográfica comum e uma película radiográfica usando uma caixa de madeira. 3. Radiações gama, muito mais poderosas do que os Raios X, conseguidas com uma película radiográfica usando uma caixa de alumínio. Podemos classificar os fluidos, segundo as escolas iniciáticas e espiritualista em:  Fluido Elementar - É o mesmo que Fluido Universal ou Fluido Primitivo.  Fluido Magnético - Fluido Nervoso ou Fluido Vital.  Fluido Vital – Fluido Perispiritual ou Fluido Perispirítico.  Fluido Primitivo – Fluido Elementar ou Fluido Universal.  Fluido Vital - Princípio orgânico, que produz os fenômenos da vida material. É o mesmo que Fluido Elétrico Animalizado, Fluido Magnético, Fluido Nervoso, Força Radiante, Força Vital, Principio Vital.  Fluido Universal - princípio formado de elementos etéreos e sutis, do qual o Espirito faz uso e onde está a causa primária da vida.
  • 15. Corpos Sutis e Chacras - Guia de Estudos - Olivio Cezar 14 A teoria do Fluido Universal já era muito conhecida pelas correntes esotéricas tradicionais da Antiguidade, chamado de Alcaeste por Paracelso, Fogo-Gerador por Heráclito, Fogo-Vivo por Zoroastro, entre outros. Nosso corpo é composto por 60 a 70 por cento de água, que recebe emanações advindas do fluido universal e atuam em nossos pensamentos, cristalizando energias boas ou ruins que afetam o nosso metabolismo. A importância da água para nosso organismo é fundamental, pois o corpo humano não consegue ficar mais de 4 minutos sem oxigênio, mais de 3 dias sem água ou mais de 50 dias sem alimentos. Reproduzimos abaixo, trechos do livro “Energia”, do espírito Joseph Gleber pela psicografia de Robson Pinheiro, abordando detalhes do assunto: 1. A energia cósmica é universal e imanente a todo o universo; ocupa todo o espaço, mas em diferentes concentrações e, por isso, produz uma variedade de fenômenos, muitos ainda desconhecidos, tanto no universo físico quanto no extrafísico. Apresenta-se em movimento permanente, que pode cessar ou ser interrompido por um agente externo. Caso isso ocorra, o fluxo da energia cósmica assume um aspecto diferente da organização primordial, às vezes desordenado e contrário a seu modo normal de manifestar-se, isto é, livre e com intenso movimento. O bloqueio da energia cósmica, mesmo que já diferenciada como fluido vital, pode repercutir nos corpos físico e etérico em forma de adoecimento, sendo interpretado como moléstia orgânica, ainda que seja, na verdade, um transtorno provisório. 2. A energia cósmica é primordial, é a gênese de todas as formações materiais e energéticas do universo, com todo o seu repertório de fenômenos. Sua existência antecede tanto a formação da matéria, em seus diversos estados e dimensões conhecidos, quanto a enorme variedade, quase infinita, de fenômenos de ordem energética, já conhecidos ou a conhecer. 3. Uma das características mais marcantes do fluido cósmico é o fato de ser completamente livre daquilo que nossos cientistas denominam de massa – pelo menos, essa é uma informação dada pelas inteligências extrafísicas que lidam diretamente com a fonte primordial, o fluido universal. Embora seja inteiramente destituído de massa, ele próprio é o responsável pelo surgimento da matéria na sua diversidade de formas e densidades. Por algum processo um tanto incompreensível para nós, encarnados, ocorre o adensamento de suas partes íntimas, moléculas ou substâncias, dando origem à massa, como resultado da transformação e adequação de suas propriedades. Em consequência das ondulações e modulações realizadas em determinada manifestação do fluido cósmico, modificam-se sua coesão e concentração, naturalmente sob influência dos mecanismos inerentes às leis universais, que presidem as formações primordiais. A partir de então, o elemento puramente material surge – matéria inerte, em sua primeira manifestação – desse laboratório cósmico de energia para ser utilizado pelas consciências imortais nos aglomerados energéticos e na formação ou criação astral, extrafísica, bem como nas protoformas, estruturas que antecedem a materialização de suas ideias-pensamento no mundo físico. 4. O movimento giratório, característica do fluido cósmico, impulsiona as formações primitivas e iniciais dos fenômenos ligados mais diretamente à dimensão energética. Surgem as diversas ondulações e remoinhos de matéria elementar, os quais reproduzem em si o sentido giratório do fluido universal. 4.1. Essa influência observada nos movimentos da energia cósmica e da matéria – primeiramente quintessenciada, como diria Kardec, ou etérica e sutil, e logo após bruta e densa, a partir das inúmeras transformações – fornece-nos uma visão moderna, clara e também atualizada de acordo com os recentes progressos e estudos da ciência. Igualmente entendemos o porquê de os vórtices localizados no duplo etérico, que são os órgãos conhecidos como chacras, também descreverem trajetória circular no processo de absorção e transmutação das bioenergias. É claro que as bioenergias são variações, transformações e manifestações da energia primordial.
  • 16. Corpos Sutis e Chacras - Guia de Estudos - Olivio Cezar 15 5. O oceano de fluido cósmico é, pois, a fonte, o motor, o dínamo primordial da arquitetura universal e, particularmente, de todas as manifestações da matéria extrafísica. Portanto, ao lidarmos com a matéria astral, etérica ou mental, estaremos essencialmente lidando com o fluido cósmico modificado e adaptado segundo as diversas particularidades das dimensões abordadas. 6. As concentrações naturais de fluido cósmico tendem a formar conjuntos de elementos, organizações cósmicas, evolutivas, os quais atingem o ponto máximo de sua ascensão e depois se reorganizam ou mudam de sentido, involuindo até dissolver-se, simplificar-se ao máximo. Com esse retorno à simplicidade original, o conteúdo de tais conjuntos cósmicos – átomos, moléculas e demais partículas – é reabsorvido e diluído no oceano primitivo de fluidos, participando de posteriores formações ou novas criações. Nunca se perdem, transformam-se infinita e constantemente em novos organismos siderais, cósmicos ou mesmo em corpos orgânicos. Os aglomerados estelares, a poeira cósmica, os sistemas, planetas e todas as manifestações do universo físico são produto das inúmeras transformações do fluido original, que se manifestam como unidades de desenvolvimento e gestação da vida no seio do universo, onde são gerados. 6.1. A partir de tais observações é que se pode compreender a natureza dinâmica, evolutiva e mutável de tudo aquilo que é material no universo. O nascimento e a morte da matéria e das criações materiais, tanto quanto de elementos da dimensão extrafísica que ainda possuem elementos materiais mais densos em sua constituição, são plenamente explicados pelo princípio exposto no item anterior, que é intrínseco à própria situação e característica do fluido original, ou da relação energia/matéria em âmbito universal. Noutro exemplo, a formação, transformação e dissolução dos mundos – seja de forma natural ou provocada pelas atitudes dos seres conscientes – e o retorno de todo o seu conteúdo material e energético ao estado primitivo de fluido cósmico obedecem ao padrão natural e comum a todo o cosmos, e, evidentemente, é em direção a tal situação que caminha toda a expressão da vida material no cosmos. Eis também por que os imortais, as consciências extrafísicas mais evoluídas falam-nos acerca da segunda morte, ou seja, o descarte do conteúdo material dos corpos energéticos ou psicossomáticos, com a natural posse de um corpo mental mais adequado à manifestação da consciência. 7. A concentração do pensamento de consciências extrafísicas evoluídas produz a fusão de correntes de fluidos de natureza cósmica e agrega a energia primordial, fazendo surgir o elemento material onde ele, até então, não se manifestava. Essa é a base das criações mentais permanentes e impermanentes, nos diversos departamentos da vida extrafísica. 8. A matéria que hoje é perceptível e inerte pode ser transformada pela ação da energia cósmica e ser reorganizada. Sob a atividade das inteligências cósmicas responsáveis pela criação, operam- se as transformações em formas vivas e orgânicas, surgindo os estágios iniciais ou manifestações primitivas dos átomos espirituais ou mônadas. Tal organização estará subordinada ao poder mental organizador das inteligências sublimes da criação, as quais se utilizam do poder intrínseco do fluido cósmico de gerar vida. 9. Uma camada de fluido cósmico se move em torno da Terra e a interpenetra. Juntamente com essa camada fluídica, outra de natureza psíquica faz parte da estrutura planetária; é elaborada pelo material mental ou psíquico oferecido pelos seres conscientes, estagiários da escola terrestre. Toda vez que surgem interferências externas ou no movimento do elemento psíquico circundante do planeta Terra, há inversão de sentido no movimento característico do fluido cósmico esparso na atmosfera; ocorre uma metamorfose. Esse fator faz-nos entender as diversas mudanças no teor energético da atmosfera psíquica e fluídica a que o globo terrestre está sujeito. Podem-se compreender, por exemplo, as notáveis alterações ocorridas em alguns eventos, percebidas por sensitivos e médiuns nos momentos de agravamento de conflitos bélicos ou de tumultos outros, em que o componente vital do planeta e as energias dele advindas assumem aspecto mais grosseiro ou sofrem manipulações que modificam seu estado natural. Essas modificações são comumente observadas quando ocorrem mudanças radicais operadas pelo
  • 17. Corpos Sutis e Chacras - Guia de Estudos - Olivio Cezar 16 comportamento humano, que podem afetar profundamente o panorama mundial. Falamos de eventos como guerras, maremotos, atrocidades ecológicas, catástrofes naturais que são respostas a agressões constantes ao ecossistema, entre outros fatos que interferem na aura magnética do planeta e podem ser pressentidos vibratoriamente e percebidos antecipadamente por pessoas mais sensíveis. Nessas ocasiões de mudanças abruptas, os sensitivos, médiuns e paranormais, havendo desenvolvido certos sentidos que no homem comum estão apenas latentes, manifestam em seus corpos físico e etérico o efeito energético dessas transformações da natureza. Geralmente, em razão da extrema sensibilidade, tais indivíduos ressentem-se, e muitos se abatem até mesmo fisicamente, em consequência das energias movimentadas, que repercutem em seus organismos ultrassensíveis. 10. O fluido cósmico, ao ser assimilado pelos organismos vivos, transforma-se em fluido vital. Tal ocorrência é realizada incessante e automaticamente, sem o concurso da vontade. Essa biotransformação pela qual passa o fluido original opera-se num campo ligeiramente mais sutil que o da matéria bruta, denominado plano etérico, que é representado vibratoriamente pelo duplo etérico humano. O fluido vital é responsável pela manutenção da qualidade de vida saudável e pelo dinamismo observado no cosmos celular. Portanto, o fluido vital não é somente uma transformação, como também o resultado da animalização do fluido original, cósmico, universal. 11. Qualquer sistema de cura ou tratamento, transmutação ou modulação de energias trabalha com a energia cósmica já modulada e convertida em fluido vital, animalizado. Sempre que a energia do cosmos estabelece contato com o elemento orgânico, a que chamamos corpo físico, ela se animaliza, pois o corpo físico é um transformador natural e mecânico da energia cósmica universal. Ainda que o acontecimento propriamente dito se dê na dimensão etérica, como visto no item 10, é bom lembrar que o corpo etérico é de natureza igualmente física e material, tanto assim que a consciência o descarta por ocasião da morte. 12. O movimento da bioenergia dentro do organismo humano cria uma estrutura etérica e, ao mesmo tempo, uma via energética que utiliza um sistema de distribuição composto por nadis e meridianos. Essa é uma condição indispensável para que se mantenha o funcionamento equilibrado de todo o mundo orgânico. A fim de que a vida se manifeste intensa e vibrante, há total dependência do metabolismo energético criado e mantido pelo fluido vital e por sua distribuição no organismo. Em virtude dessa dependência, toda vez que houver distúrbio na distribuição e na captação do fluido vital, algum tipo de congestão energética ou de baixa de vitalidade, a saúde física ficará seriamente comprometida. A fim de que ocorra o funcionamento sadio dos organismos vivos e que a energia vital – doravante também chamada de bioenergia – possa agir e manifestar-se de forma integral, é preciso atentar para alguns itens, enumerados a seguir. 12.1. Todos os corpos animais, incluindo o do homem, que se localiza em estágio superior na escala evolutiva, têm a característica de absorver intensamente e de forma plena a energia de que precisam por meio de uma série de procedimentos identificados como nutrição energética, a qual mantém o reservatório de fluidos vitais – o duplo etérico – em constante funcionamento. O duplo etérico, conhecido como corpo parafísico, muitíssimo afim com o elemento material do organismo humano, é uma espécie de bateria de energias vitais. A respiração é a forma mais comum de o ser humano manter-se ligado à fonte de vitalidade, que provém diretamente do núcleo do Sol. A irradiação solar empresta qualidade ao fluido vital e fornece elementos preciosos para sua composição ao entrar em contato com outros elementos sutis dispersos na atmosfera. As biomoléculas do elemento vital podem ser absorvidas pela respiração. 12.2. Se o Sol é o maior irradiador de energia e o nutriente por excelência, e sua energia de natureza superior está presente na composição do fluido vital de todas as criaturas do nosso planeta, a fonte mais importante de absorção desse fluido vital, em nosso organismo, passa a ser a respiração. É esse o primeiro ato da consciência ao utilizar o corpo físico e o último a ser desativado quando da reintegração ao mundo
  • 18. Corpos Sutis e Chacras - Guia de Estudos - Olivio Cezar 17 original, o extrafísico. Visto de uma forma mais abrangente, o ser vivo capta o oxigênio pela respiração e, numa ação ainda mais ampla e ostensiva, apodera-se do fluido cósmico incrementado e dinamizado pela força irradiadora dos raios solares, transformando-o, assim, em bioenergia. Desse modo, a energia vital é identificada como o motor da vida, a força que gerencia o movimento, a ação, as transformações e a dinâmica da vida nos seres vivos. Entre as manifestações da vida intrafísica no planeta, o fluido vital é considerado a alma vital, o fôlego de vida e a fonte que mantém o conjunto orgânico ativo e funcional. Também é identificado pelos habitantes da esfera extrafísica como energia imanente. 12.3. Historicamente, variadas culturas demonstraram prezar bastante a respiração, dedicando-se a seu aprendizado. Em diversas filosofias, escolas do pensamento ou em templos iniciáticos há práticas e ensinamentos que refletem preocupação imensa em ensinar as pessoas a viver bem, respirando de forma correta. Isso nos fornece uma pálida idéia da importância da respiração em qualquer sistema de cura ou tratamento bioenergético. Quando desenvolvemos a respiração cadenciada, regular e coerente com a necessidade do corpo somático de se abastecer no oceano de fluidos em que está mergulhado, a própria circulação do fluido vital é capaz de reorganizar o funcionamento do corpo físico, em muitos casos. O fluido vital ou bioenergia tem uma ação mais abrangente quando a pessoa realiza exercícios de respiração. Por meio da respiração cadenciada e rítmica, tanto o corpo quanto a mente são alimentados, energizados e saturados do fluido que dá ao corpo a resistência e a força de que carece, o que contribui bastante para o aumento da qualidade de vida, de modo geral. 12.4. A bioenergia se distribui livremente pelos canais de energia ou meridianos do corpo etérico e vitaliza a contraparte física de tal maneira que, onde quer que haja carência de tônus vital, a bioenergia está presente para repor e ativar os chamados bíons ou partículas vitais. 12.5. Diversos bloqueios energéticos ou vitais – como o roubo e a perda de energia, que diferem entre si, ou ainda a ação de parasitas energéticos e outros meios de escape desse fluido – podem ser tratados e até mesmo prevenidos. A ação reparadora visa desobstruir os canais energéticos bloqueados e pode ser muito eficiente. Quando os canais estão obstruídos, impede-se a livre circulação da energia cósmica ou do fluido vital, que é a própria energia cósmica modificada ou animalizada. Existem muitas terapias energéticas, emergentes ou naturais que devolvem o quantum energético e vital, promovendo reposições indiretas, canalizadas a partir do ambiente da natureza. Além disso, por meio de conexão mais intensa, livre e direta com as fontes naturais de vitalidade – mares, rios, matas, cachoeiras, ar puro – podem-se despertar agentes de eficácia extraordinária para o enfrentamento desses bloqueios e impedimento das perdas vitais. Convém ressaltar que a água é o maior veículo de absorção e canalização de certas partículas ativas do elemento vital, ou seja, daqueles que mantêm a qualidade da vida e sua dinâmica no organismo humano. Mesmo na falta de outras técnicas energéticas eficientes, qualquer pessoa poderá recorrer ao potencial curativo do fluido vital, que é intensificado ao compartilhar suas propriedades com a água. Isso pode ser conseguido recorrendo-se à magnetização ou fluidificação desse líquido, de maneira que a energia seja absorvida por quem dele se alimentar. Conforme a Física Quântica, quando o elétron deixa a sua posição no mundo das partículas e passa à dimensão classificada como não existencial, ou não perceptível, ele interage em duas realidades. O elétron passa então a ter uma existência interdimensional. Participa de mundos diferentes, que se inter-relacionam, formando os campos e ultracampos. O mundo material é apenas o espelho de outra realidade. A matéria deixa de ser tão importante e se integra a um mundo invisível, convertida em fluidos sutis. A energia mistura-se a outras vibrações do Universo e a vida espiritual governa a
  • 19. Corpos Sutis e Chacras - Guia de Estudos - Olivio Cezar 18 tudo e a todos. . A Ciência descobre que a matéria é o resultado da luz coagulada e que a energia é matéria em estado de expansão.
  • 20. Corpos Sutis e Chacras - Guia de Estudos - Olivio Cezar 19 A ÁGUA A água é de fundamental importância para a manutenção da vida. Ela tem o poder da cura, proteção e purificação de todos os seres. Ao entrar na Igreja Católica, por exemplo, você precisa fazer um sinal da cruz e molhar os dedos na ‘água benta’, um ato de purificação e reverência. Também o batismo com água é um ritual de purificação do ser que nasceu. Do ponto de vista da Física, a água é uma molécula que não pode ser magnetizável por ímã. É um fluido com recursos medicamentosos, que atua indiretamente no perispírito, ajudando a restabelecer a saúde do corpo físico. Ele colocou amostras de água em diferentes recipientes e os submeteu a diferentes estímulos, congelando as amostras e fotografando-as, obtendo resultados surpreendentes. As moléculas fotografadas apresentaram diferenças físicas relevantes. As imagens abaixo mostram variações em função das palavras e sons diferentes nas moléculas de água que se transformaram: Suas pesquisas basearam-se no princípio do congelamento de diversas amostras de 0,5ml de água, de onde extraía pedaços minúsculos de gelo das amostras. Os cristais formaram-se entre -5 e 0ºC de temperatura em diversos formatos que são a base e suas conclusões. Na pesquisa, recolheu água da torneira e as colocou em garrafas, etiquetando as palavras ‘amor’, ‘ódio’. Em outras, expos música clássica e heavy metal, pensamentos positivos e negativos. Em seguida, congelou as amostras de água, examinou-as no microscópio e fotografou os cristais formados. Concluiu que a água exposta a pensamentos positivos e música clássica apresentava cristais hexagonais muito belos, delicados, parecidos aos cristais da neve, contudo as restantes amostram de pensamentos e de palavras negativas apresentavam cristais feios, caóticos e deformados. Através das suas pesquisas, percebeu que a água não só recolhe informações, como também é sensível a sentimentos e a estados de consciência. Masaru Emoto (1943 - 2014). Foi um monge, empresário e escritor japonês conhecido por suas pesquisas em fotografias apresentando sentimentos que influenciam a formação de cristais de gelo. Publicou diversos volumes de sua obra “As Mensagens da Água”, contendo fotografias de cristais de gelo e seus experimentos relacionados.
  • 21. Corpos Sutis e Chacras - Guia de Estudos - Olivio Cezar 20 Ele afirmava que não importava a origem da água. Bastava deixa-la repousar, colocar palavras como ‘amor’ e ‘obrigado’, pronunciar essas palavras, agitar a garrafa antes de beber e com isso as substâncias negativas seriam substituídas por energias positivas. A boa música também altera os cristais da água, como se refletissem as emoções dos acordes musicais. Acreditava que a música era um potente meio de cura. Em síntese, pensamentos, palavras e músicas conseguem alterar a forma de moléculas de água e podemos deduzir que, se você manda amor, você vai receber amor na mesma intensidade. Se você manda ódio, vai receber a mesma coisa, na mesma intensidade. Lei da Ação e Reação. Esse conceito pode ser estendido ao corpo humano, composto por 60 a 70 por cento de água, sujeito a absorver as energias que recebe na interação de palavras e pensamentos o tempo todo, já que estamos interconectados com tudo no Universo. Masaro afirmou que: “a física não pode negar que tudo na existência vibra, ou seja, tudo é energia. A água vibra e os cristais hexagonais presentes na água representam a força viva da natureza, logo, a ausência desses cristais pode significar que a força da vida nessa área foi energeticamente comprometida”. Realizou testes também com potes de vidro contendo a quantidade idêntica de arroz com água, etiquetando as palavras amor, ódio e o descaso, falando diariamente essas palavras para cada pote e após um mês, o resultado foi impressionante! No pote ‘amor’, o arroz estava com fermentação normal, no pote ‘ódio’, os grãos se transformaram em uma substância escura e no pote ‘descaso’, o arroz estava em decomposição. Tive a oportunidade de fazer teste semelhante na casa espírita que frequentei, nas aulas de evangelização infantil. Pedi para crianças de 10 a 12 anos que colocassem em dois tapawares um pouco de arroz cozido, tampassem o recipiente e escrevessem etiquetas com as palavras ‘te amo muito’ e ‘não gosto de você’, repetindo diariamente as frases na frente dos recipientes. Na semana seguinte elas trouxeram o experimento e abrimos. Os recipientes ‘te amo muito’ estavam com o arroz conservado enquanto que os ‘não gosto de você’ estavam com o arroz em decomposição, alguns até com mau cheiro. Foi um excelente exercício para as crianças entenderem a importância das palavras em suas vidas. Em síntese, pensamentos, palavras e músicas conseguem alterar a forma das moléculas de água e podemos deduzir que, se você emana amor, você vai receber amor na mesma intensidade. Se você emana ódio, vai receber a mesma coisa, na mesma intensidade. Lei da Ação e Reação. Esse conceito pode ser estendido ao corpo humano, composto por 60 a 70 por cento de água, sujeito a absorver as energias que recebe na interação de palavras e pensamentos o tempo todo, já que estamos interconectados com tudo no Universo. A partir de suas pesquisas, cientistas estão realizando experimentos semelhantes, à luz da Física Quântica e dos conceitos recentes dos Campos Morfogenéticos, Segundo Kardec: “Quanto ao meio empregado para a sua cura, evidentemente aquela espécie de lama feita de saliva e terra nenhuma virtude podia encerrar, a não ser pela ação do fluido curativo de que fora impregnada. É assim que as mais insignificantes substâncias, como a água, por exemplo, podem adquirir qualidades poderosas e efetivas, sob a ação do fluido espiritual ou magnético, ao qual elas servem de veículo, ou, se quiserem, de reservatório.” “O Livro Dos Espíritos”, Parte 1ª, Capítulo II Emmanuel, pela psicografia de Chico Xavier, no livro “Segue-me”, pág. 131, escreve:
  • 22. Corpos Sutis e Chacras - Guia de Estudos - Olivio Cezar 21 “A água é passível de adquirir qualidades de natureza sutil ou ‘fluídica’ à indução de uma vontade como agente. A água magnetizada ou fluidificada tem como agente as propriedades que lhe quiseres investir e tem um poder medicamentoso que atua sobre o perispírito e indiretamente contribui para restabelecer o corpo carnal.” Therezinha Oliveira escreve em “Fluidos e Passes”, Capítulo 13, Água Fluidificada: “A água fluidificada ao ser ingerida (…) é metabolizada pelo organismo, que absorve as quintessências que vão atuar no perispírito, à semelhança do medicamento homeopático”. A ÁGUA FLUIDIFICADA A água é uma molécula polar composta, facilmente absorvida no nosso organismo e usada como agente do tratamento de fluidoterapia nas casas espíritas, juntamente com a prece. O tratamento com a água fluidificada traz muitos benefícios ao organismo e na cura das doenças psicossomáticas. Geralmente são realizados três tipos de fluidificação da água:  Magnético: fluidos medicamentosos são adicionados na água por ação magnética de um médium passista que coloca suas mãos sobre o recipiente com água e projeta seus próprios fluidos.  Espiritual: quando os Espíritos aplicam fluidos (sem intermediários) diretamente sobre os frascos com água. Nesta, a água não recebe fluidos magnéticos do médium, mas somente os trazidos pelos Espíritos.  Mista: fluidificação onde se misturam os fluidos do médium com os fluidos trazidos pelos Espíritos. A água fluidificada é magnetizada, principalmente, pelos Espíritos, com alterações na sua estrutura molecular, ocasionadas pelos fluidos salutares ali colocados e direcionados para o equilíbrio de alguma enfermidade física ou espiritual. O fluido medicamentoso será específico para cada pessoa. Tivemos a oportunidade de testemunhar a mudança da cor e cheiro da água em reuniões mediúnicas. Esse fenômeno ocorreu nos encontros com a médium Mãe Helena, em Salvador, quando a água ganhava tonalidade verde e apresentava um cheiro característico de remédio. Essa senhora, dedicada integralmente ao serviço ao próximo, administrava um orfanato na cidade bahiana de Alagoinhas, cerca de 100 km distante da capital. Também por seu intermédio ocorriam os fenômenos de transporte de rosas de um ambiente externo para suas mãos, na sala mediúnica, flores com o orvalho escorrendo pelos talos, exalando um perfume maravilhoso e à vista de todos.
  • 23. Corpos Sutis e Chacras - Guia de Estudos - Olivio Cezar 22 OS CORPOS SUTIS NA ANTIGUIDADE O conceito dos corpos sutis está presente em diferentes religiões e tradições antigas, como: hinduísmo, budismo, taoísmo, filosofia grega e xamanismo. Cada corpo representa uma dimensão da nossa existência e possui características específicas, com componentes energéticos que vão além do corpo físico e formam diferentes níveis ou dimensões da nossa existência. São denominados sutis por não serem perceptíveis pelos nossos sentidos físicos e definidos como campos de energia interpenetrando e interagindo com o corpo físico. HINDUÍSMO Na Índia, a história dos corpos sutis começa nos Upanixades, textos que analisam o aspecto sagrado dos Vedas, por volta do século IV ou V a.C. Com o aparecimento do Tantra, tradição esotérica do hinduísmo e do budismo, surge uma nova visão do corpo, como um templo do divino, que permite reflexões e experiências que o tornam um instrumento fundamental para a realização espiritual e a iluminação. O Tantra é importante na Yoga, pois apresenta um novo conceito para o corpo físico, que era considerado fonte da corrupção e inimigo do Espírito e passou a ser entendido como um reflexo do Universo. A Prāsna Upaniṣad (diálogo entre alunos e um mestre, sobre os segredos do Universo) diz: “Aquele que conhece a origem do prāṇa, suas entradas nos corpos, seus locais de atuação, modos como se distribuem e suas cinco divisões, seus aspectos internos e externos, obtém a imortalidade; sim, obtém a imortalidade.” Toda forma de energia é denominada prāṇa. No Ṛg-Veda é dito que prāṇa indica a respiração do puruṣa cósmico e da vida em geral. O Yoga Vaśiṣta define o prāṇa como o poder vibratório que está presente em todo o tipo de manifestação. O prāṇa é a energia do corpo sutil, tido como o molde energético do corpo físico. No Atharva-Veda o prāṇa é concebido como força vital. O Yuktabhāvadeva, além de prever a equivalência da anatomia sutil entre Yoga e Vedānta, inclui em sua descrição aspectos desenvolvidos pelo Sāṁkhya e adotados pelo Yoga, que consideram que a matéria possui três características distintas que, combinadas entre si, estão presentes em toda e qualquer manifestação da criação. Essas características são denominadas como guṇas. Antes da criação do Universo, a Natureza material existia em um estado caótico imanifesto denominado prādhana (a substância primordial) ou prakṛti (a Natureza). Ela se caracterizava primordialmente como apenas uma única substância e se constituía na raiz natural de todas as coisas.
  • 24. Corpos Sutis e Chacras - Guia de Estudos - Olivio Cezar 23 Dela, pela influência do tempo pulsando em três ondas, manifestam-se as guṇas e seus três modos ou qualidades fundamentais: 1. Tamas, a passividade, estabilidade ou ignorância; 2. Rajas, a atividade, flexibilidade ou paixão; 3. Sattva, a harmonia e a bondade. Estes se manifestam nos sentidos em movimentos cíclicos, de translação e vibração. Guṇa, em sânscrito, significa corda, qualidade, modo ou atributo. As guṇas (modos da natureza material) prendem o homem à natureza como três cordas resistentes. Prāṇas e Vāyus - influenciaram a doutrina do budismo tibetano. Nela, consideram-se os nadis como canais presentes no corpo responsável por funções fisiológicas. TAOÍSMO O conceito de corpo segundo o Taoísmo envolve uma dimensão sutil energética formada pelo chi. Essa energia vital flui por canais (meridianos) que não correspondem à anatomia. A escola que mais elaborou foi a Shangqing. Para ela, os princípios sutis dos corpos eram considerados também divindades, e seus rituais e práticas visavam o atingimento da imortalidade após a morte em planos superiores. Esse era um estado obtido através da unificação com inúmeros espíritos e entidades que constituíam o indivíduo complexo, criando um "corpo glorioso" sutil e luminoso. O conteúdo energético ou o fator é negativo, o feminino, yin, sem ser identificado com o mal. Negativo é sinônimo de passividade, ou associa-se ao elemento yin. Portanto, são fatores negativos o sentimento, a emoção, a experiência de meditação ou a sensibilidade extrema. Fatores positivos, masculinos, yang, podem ser identificados na razão, na irritabilidade, na capacidade de tomar decisões, na clareza mental ou nas relações comerciais. Conteúdos negativos ou positivos são apenas referências para identificação de agentes associados aos aspectos da consciência. GRÉCIA No contexto filosófico grego, a teoria de um veículo para a alma visava explicar como o princípio imaterial e incorpóreo, a alma (psyché), se conectava à realidade material de um corpo grosseiro. Os relatos atribuem tanto a Platão quanto a Aristóteles uma doutrina já postulada sobre isso. Nos conceitos iniciais encontramos a definição de pneuma definida por Aristóteles, que mediaria a atividade da psique à atividade motora do corpo. Para ele, a pneuma não é idêntica à alma, porém se conecta a ela no momento do nascimento e a carrega até a morte. Criticando a teoria da alma de Platão, Aristóteles afirmava a necessidade de um ‘corpo instrumental’ para que ela pudesse operar e se mover. O pneuma seria transmitido pelo sêmen durante a procriação como uma substância quente e aérea onde se localizava a alma nutritiva, sensitiva e imaginativa, e Aristóteles (em Da Geração dos Animais) afirma que ele é "análogo ao elemento que pertence às estrelas [isto é, ao éter]". Nisso, afirma que o sêmen possui um "corpo diferente e mais divino", do elemento etéreo do Céu que ele também chama de "primeiro corpo". Há evidências também de que Aristóteles utilizava da analogia platônica da carruagem e do Demiurgo timoneiro para descrever Deus sobre o globo terrestre como um cocheiro. Conforme Pseudo-Plutarco em Placita (século II): "Aristóteles diz que o Deus maior é uma forma separada, montada sobre a esfera do todo, que é um corpo etéreo o qual ele chama de o quinto". Platão forneceu mitos alegóricos sobre a origem celestial da alma e a formação de seu corpo; a "lei dos termos médios", o elemento éter e o termo okhema (em grego veículo), conforme a alegoria da biga, em que a alma é auto movente e um princípio do movimento, porém constituída por partes, representadas por um cocheiro em uma biga de dois cavalos. Vejamos um trecho de Timeu:
  • 25. Corpos Sutis e Chacras - Guia de Estudos - Olivio Cezar 24 "E quando Ele [o Demiurgo] compôs o todo, Ele o dividiu em almas iguais em número às estrelas, e cada uma das várias almas Ele designou para uma estrela, e, colocando cada uma como se estivesse em uma carruagem (okhema), Ele mostrou-lhes a natureza do Universo, e declarou-lhes as leis do destino, a saber, como que o primeiro nascimento deveria ser um e o mesmo ordenado para todos, a fim de que ninguém pudesse ser menosprezado por Ele; e como era necessário que elas, quando semeadas cada uma em seu próprio órgão de tempo, crescessem como as criaturas vivas mais tementes a Deus". Supõe-se que ele teria associado o éter a isso. Precisamos observar que sua doutrina estava inserida numa discussão filosófica de uma teoria da luz, se esta era material ou não. Essa teoria iniciada por Platão evocava que em última instância a luz fazia parte do elemento fogo e era formada por partículas. Para Aristóteles, a luz não era corpórea, mas uma qualidade da união de transparência de um corpo em interação com o elemento fogo. No Ocidente, a filosofia grega influenciou as definições do veículo da alma, corpo pneumático, corpo luminoso, corpo astral/sidéreo/estelar, corpo etéreo, principalmente a partir do contexto neoplatônico, do qual se derivaram os termos atuais. No Oriente, encontramos sistemas de corpos sutis nas doutrinas do Taoísmo, Hinduísmo e Budismo. Na era moderna, o conceito foi popularizado por doutrinas espiritualistas, teosofistas e ocultistas, que veremos a seguir.
  • 26. Corpos Sutis e Chacras - Guia de Estudos - Olivio Cezar 25 AS DOUTRINAS SECRETAS Helena Blavatsky (1831- 1891) fundou uma escola esotérica de pensamento, a Teosofia, em um contexto desenvolvido entre os homens e sua relação com o Universo. “A Doutrina Secreta”, sua principal obra, é uma síntese de História, Ciência, Religião e Filosofia. Ela teria passado por um período de treinamento sob a orientação de seu mestre, no Tibete. Divulgou entre outras coisas a unidade de toda a vida, a existência de leis exatas que regem todo o Universo, entre elas a do carma e do dharma, que enfatizam a responsabilidade do homem por seus atos e a necessidade do auto aperfeiçoamento pessoal baseado nessas leis e nas potencialidades espirituais latentes no homem, um ser essencialmente divino e imortal, através de um processo contínuo e ascendente ao longo das reencarnações. Os sete princípios, segundo a Teosofia, são os corpos que ele possui para manifestar-se nos diversos planos existenciais formando a constituição setenária do homem. As expressões são em sânscrito, pois estas ideias foram inspiradas no Hinduísmo. Segundo Blavatsky, o Absoluto emana de si raios, que são chamados de Mônadas ou Atman. Estas Mônadas são a essência Imortal do homem. Para se individualizar, o Atman emana um princípio mais denso chamado Budhi. Esta díade Atman-Budhi reveste-se de princípios cada vez mais densos, e em número de sete. Iniciando do mais denso para o mais sutil: Sthula sharira - O corpo físico, corpo denso. Prâna - O corpo vital. Linga sharira - O duplo etérico, o corpo astral na Teosofia original, de Blavatsky. Kâma rupa - O corpo de desejos ou corpo emocional, o corpo astral na literatura teosófica posterior a Blavatsky. Manas - Nossa Alma Humana, ou Mente Divina. É o elo entre a díade Atman-Budhi e nossos princípios inferiores; O corpo mental de Manas inferior. Budhi - Nossa alma divina. Atman - O raio do Absoluto, nossa essência divina. A escritora espiritualista Inglesa Alice Bailey (1880 - 1949) escreveu vinte manuais de ensino espiritual. Na França, na década de 1980 a obra de Michel Coquet, “Os chakras, anatomia oculta do homem” ajudou a popularizar parte dos ensinamentos de Alice Bailey sobre os chacras e sua ligação com o desenvolvimento espiritual. Devemos também mencionar Rudolf Steiner (1861 – 1925), um austríaco, fundador da Antroposofia, ensinamento espiritual para restaurar a harmonia entre o homem, o Universo e os mundos superiores. “As Leis da Moral Cósmica” é um livro de Omraam Mikhaël Aïvanhov (1900 – 1986), um mestre espiritual de origem búlgara que disseminou a Fraternidade Branca Universal. Mircea Eliade (1907 – 1986), em seu livro “Yoga, Imortalidade e Liberdade”, descreve os vários sistemas de
  • 27. Corpos Sutis e Chacras - Guia de Estudos - Olivio Cezar 26 sabedoria, que teve lugar na Índia, para a auto realização. Os chacras, suas posições, formas, cores e sua correspondência com as letras e sons são relatados lá. A Antroposofia tem uma vasta e complexa literatura que apresenta o ser humano como um centro que habita diferentes corpos sutis e atividades anímicas que interagem entre e si, nascem e se desenvolvem em diferentes fases da vida humana. Arthur Avalon (1865 – 1936) escreveu “O poder da serpente”, sobre a filosofia indiana e a Yoga. Tara Michael (1942 - ), em seu livro “Corpo sutil e corpo causal” relata seus estudos sobre os chacras obtidos de manuscritos da Índia antiga. A Antiga e Mística Ordem Rosae Crucis (AMORC), com sede mundial em São José na Califórnia, EUA, foi fundada em 1915, por Harvey Spencer Lewis e também aborda estudos detalhados dos corpos sutis. Tem influência do Antigo Egito, de organizações fundadas pelo Faraó Amenófis IV (também conhecido como Aquenáton) por volta de 1 500 a.C. Tal como está expresso no site oficial da Ordem: "A Ordem Rosacruz, AMORC é uma organização internacional de caráter místico-filosófico, que tem por missão despertar o potencial interior do ser humano, auxiliando-o em seu desenvolvimento, em espírito de fraternidade, respeitando a liberdade individual, dentro da Tradição e da Cultura Rosacruz". Estuda os corpos sutis de forma esotérica. O chamado gnosticismo moderno se desenvolveu a partir do Ocultismo do século XX onde Eliphas Levy traz conteúdos sobre o gnosticismo por meio da discussão da cabala judaica. Entende os corpos sutis como a Teosofia e estuda os chacras. O CARMA SEGUNDO A TEOSOFIA Síntese sobre o Carma baseado no conhecimento de Helena P. Blavatsky: 1. O carma só existe porque houve um agente para gerá-lo, ou seja, uma causa, sendo o carma o seu efeito. 2. Quem vivencia algum carma pode sentir sofrimento ou mesmo prazer. 3. O carma é uma lei maior, para equilibrar a lei natural e compensar o estado consciencial. 4. Os intervalos temporais nas ações do carma são necessários para um ajustamento de espaço- tempo nas ações focadas na justiça e compensação de leis maiores. 5. O carma atua em tudo, coisas, seres, dimensões e multiversos, 6. O carma se sobrepõe e está acima do espaço e do tempo e os controla conforme as leis que o regem. 7. O homem comum não entende o carma e sua a natureza essencial continua desconhecida. 8. O carma pode ser observado pela conexão do efeito e sua causa. O efeito (consequência) está incluído na causa e não surge antes desta.
  • 28. Corpos Sutis e Chacras - Guia de Estudos - Olivio Cezar 27 OS CORPOS SUTIS Os corpos sutis desempenham um papel fundamental na nossa saúde e bem-estar, atuando como intermediários entre o espírito e o corpo físico. São camadas energéticas que coexistem com o corpo físico, possuindo funções específicas que influenciam nosso estado emocional, mental e espiritual. São eles: Corpo Físico: Veículo material que todos conhecemos. Serve para nos manifestarmos no plano tridimensional, chamado comumente plano denso, onde a matéria tem sua completa manifestação. Esse corpo, adaptado para a zona física, não está adaptado para nos manifestarmos em outros planos existenciais onde a matéria é muito sutil. Duplo Etérico: Campo energético que permeia o corpo físico, responsável pela vitalidade e defesa energética que serve como uma ponte entre o corpo físico e os corpos superiores. Ele absorve e distribui a energia vital (prana, chi) e está intimamente ligado ao chacra esplênico (região do baço). Suas principais funções incluem:  Vitalidade: Mantém o tônus energético do corpo físico.  Defesa Energética: Protege contra agressões energéticas externas.  Ectoplasmia: Produção de ectoplasma, fundamental em fenômenos mediúnicos e de cura. No organismo humano existe um corpo bioeletromagnético, chamado também corpo etérico. É o assento da vida orgânica. Nenhum organismo físico poderia viver sem esse corpo vital. Cada átomo do corpo vital penetra dentro de cada átomo do corpo físico para fazê-lo vibrar intensamente. Ambos os corpos se penetram e compenetram sem, porém, confundir-se. Todos os fenômenos químicos, fisiológicos e biológicos, todo fenômeno de percepção, todo processo metabólico, toda ação das calorias etc., têm sua base no corpo vital. Sabemos que a cada sete anos o corpo físico muda totalmente devido à renovação constante das células. No entanto, o corpo vital não muda. Nele estão contidos todos os átomos da infância, da adolescência, da juventude e ainda da idade adulta e velhice. Durante os desdobramentos astrais, conscientes e inconscientes, o corpo vital repõe no corpo físico as energias perdidas durante o dia. Quando a pessoa dorme, o médico se tranquiliza, porque sabe que despertará melhor. Este corpo vital se desfaz com a morte orgânica, sendo absorvido pela Natureza do plano astral. Corpo Astral (Psicossoma, Perispírito): Corpo que molda o corpo físico e está relacionado com nossas sensações e paixões. Suas principais funções são:  Emoções e Sensações: Sede das emoções, que influenciam diretamente o estado físico e mental.
  • 29. Corpos Sutis e Chacras - Guia de Estudos - Olivio Cezar 28  Molde Biológico: Direciona a formação do corpo físico, refletindo as informações de vidas passadas e atuais. Geralmente, tem a mesma aparência do corpo físico.  Mediunidade: atua como Intermediário em fenômenos mediúnicos, permitindo comunicação com a dimensão astral. Durante o sono normalmente abandonamos temporariamente a parte densa do corpo físico utilizando- nos do corpo astral como veículo. Porém, o homem comum não é consciente do que lhe sucede no mundo astral enquanto dorme em seu corpo físico, recordando-se parcialmente pelos sonhos. Já com o desdobramento consciente, fica com plena consciência do que presencia no mundo astral. Nesse corpo temos centros sensoriais que na maioria das pessoas se encontram em estado latente. Mantem geralmente a aparência do corpo físico e está ligado a este pelo cordão de prata. É composto de matéria astral e precisa se alimentar para a manutenção dos órgãos internos, semelhantes ao corpo físico. Corpo Mental: É dividido em mental inferior e mental superior. Possui a forma ovoide e está relacionado com nossos pensamentos e processos mentais. Ele interage com os corpos sutis inferiores e superiores, moldando nossas percepções e ações. Suas funções incluem:  Processamento Cognitivo: Influencia a maneira como pensamos e interpretamos o mundo.  Criação e Manifestação: As ideias geradas no corpo mental podem se manifestar no físico e no astral.  Ligação com o Divino: Facilita a conexão com os corpos superiores e com a consciência espiritual. O corpo mental pode viajar através do tempo e do espaço, independentemente do cérebro físico. Neste processo se desdobra do corpo astral, ficando ligado a este pelo cordão de ouro. Corpo Causal (Mental Superior): É o veículo da alma humana, mantendo os registros da atual reencarnação. Corpo Búdico: Também chamado de “Budhi” ou alma divina. É um corpo totalmente radiante que todo ser humano possui, porém, ao qual ainda não está intimamente ligado. Nele estão registradas as memórias de nossas vidas pretéritas. Corpo Átmico (Espírito): Chamado também de Deus Interno, o Ser real, o Íntimo de cada um. Podemos considerar que: Atman, em si mesmo é o Ser Inefável, o que está além do tempo e da eternidade. Não morre ou se reencarna, é absolutamente perfeito. Atman se desdobra no corpo búdico, que por sua vez se desdobra em seus quatro veículos (corpo físico, etérico, astral e mental). Aura: A aura é o espelho da alma. Todo ser vivente tem um gerador de energia que produz um campo energético. A aura é um fluído ou essência sutil, que emana dos corpos humanos e dos animais. É um eflúvio psíquico que, por sua vez, participa da mente e do corpo e reflete o estado de ser e sua saúde integral. Ela se assemelha ao halo solar. Reflete as energias que estão nos corpos sutis, tanto as positivas como as negativas. Normalmente se expande até 24 centímetros para fora do corpo físico. Divide-se em aura espiritual e aura etérica. A aura etérica pode ser vista pelos seres humanos, por isso é comum dizer que uma pessoa encontrou a cor da aura da outra. A aura espiritual está ligada com o aspecto mental dos seres humanos. Cordão de Prata: Ligação do corpo físico com o corpo astral, sendo fundamental para os desdobramentos, tanto conscientes como inconscientes (sono). Prende o Espírito ao corpo físico e se afrouxa durante os desdobramentos, mas jamais se quebra. Só se rompe no momento do desencarne, quando é chegada a hora do Espírito retornar ao mundo espiritual.
  • 30. Corpos Sutis e Chacras - Guia de Estudos - Olivio Cezar 29 Cordão de Ouro: Conexão bioenergética entre o corpo astral e o corpo mental, muito sutil e invisível. Também chamado de cordão umbilical extrafísico. É responsável pelas transferências energéticas de nível superior, pelas informações e mentalizações realizadas do corpo mental em direção ao corpo psicossomático, inferior em vibração. Sobrevive aos choques e entrechoques biológicos de desencarnação e reencarnação ao longo dos milênios. Chacras: são centros de troca de energia vital vindas do duplo etérico, principalmente. Os principais canais sutis se cruzam em meridianos (nadis). Há chacras primários e secundários. Apresentamos abaixo, uma tabela com as respectivas nomenclaturas mais adotadas nas correntes espiritualistas: QUADRO COMPARATIVO Nº ESOTERISMO/TEOSOFIA ESPIRITISMO Jorge Andréa André Luiz Allan Kardec 1 Corpo Físico Corpo Físico Soma Corpo Físico 2 Duplo Etérico Duplo Etérico Duplo Etérico ou Biosoma Corpo Vital 3 Corpo Astral Psicosoma ou Perispírito Psicosoma Perispírito 4 Corpo Mental Corpo Mental Corpo Mental 5 Corpo Causal Inconsciente Atual 6 Corpo Búdico Inconsciente Passado 7 Corpo Átmico Inconsciente Puro Espírito Espírito
  • 31. Corpos Sutis e Chacras - Guia de Estudos - Olivio Cezar 30 O CORPO FÍSICO O corpo físico é o veículo com que o Espírito se manifesta quando reencarna. É constituído por matéria do plano físico, isto é, por substâncias do nosso mundo terrestre. Éneste mundo que o encarnado é submetido às provas que terá de superar, de acordo com os carmas e compromissos assumidos ao longo das reencarnações. Também chamado de corpo somático, seu centro de forças dominante é o chacra básico, responsável pelas energias telúricas - energias da Terra - e pela poderosa força do fogo serpentino ou Kundalini. O símbolo do caduceu (um bastão com duas serpentes entrelaçadas e um par de asas no topo) é tido como uma antiga representação simbólica da fisiologia da Kundalini. Kundalini, em sânscrito, significa "enrolada como uma cobra". É uma poderosa energia cósmica que, quando adormecida, fica concentrada na base da coluna do duplo etérico, no chacra básico, ou seja, na região correspondente ao osso sacro (cóccix}. Ao despertar, atravessará os demais seis chacras. Localiza-se acima do básico, percorrendo todo o corpo espiritual e equilibrando os canais energéticos e respectivos chacras. A energia Kundalini é muito citada nas antigas escolas de magia negra das antigas civilizações orientais e é extremamente perigoso lidar com esta poderosa energia. Segundo Charles Leadbeater (Teosofia), existe sério risco em “avivar as camadas inferiores do fogo serpentino antes de purificar e refinar a conduta espiritual do homem”. Por outro lado, o “fogo serpentino desempenha na vida cotidiana uma parte muito mais importante (...) que atua dia e noite levando a cabo a sua obra, ainda que estejamos inconscientes de sua presença e atividade (...) Como as demais modalidades de energia, kundalini é invisível”. A frequência vibratória mais densa existe apenas no tempo e espaço tridimensional e está ligada ao funcionamento do corpo físico e à sensação de dor ou prazer. Revela as atitudes mentais e emocionais. É um mapa que revela nossos corpos sutis, onde se expressam nossos pensamentos e emoções. É a sede das doenças psicossomatizadas.
  • 32. Corpos Sutis e Chacras - Guia de Estudos - Olivio Cezar 31 GLÂNDULAS DO CORPO FISICO As glândulas endócrinas têm por função a produção de hormônios: hipófise, pineal, tireoide, paratireoides, adrenais (suprarrenais). Hipófise: localiza-se na base do crânio. Divide-se em neurohipófise e adenohipófise. Produz os seguintes hormônios: gonadotrofinas, tireotrófico e prolactina. Apesar de ser mais conhecida por seu papel na produção de leite materno, a prolactina possui mais de 300 funções dentro do corpo humano. Algumas delas se relacionam a áreas reprodutivas, metabólicas, regulação de fluidos, regulação do sistema imunológico e controle de funções comportamentais. A prolactina humana também pode ser produzida no útero, nas células imunológicas, no cérebro, nas mamas, na próstata, na pele e no tecido adiposo. Pineal: também chamada de epífise. Localiza-se no meio do crânio. Vamos dedicar o próximo capítulo para ela. Tireoide: localiza-se na base do pescoço. Produz os seguintes hormônios: tiroxina, triiodotironina. Estes hormônios aceleram o metabolismo, influem no crescimento físico, amadurecimento sexual e desenvolvimento mental. Paratireoides: localizam-se na face posterior da tireoide. Secretam o paratormônio que regula os níveis de cálcio e fosfato no sangue. Adrenais: localizam-se acima dos rins, objetivam equilibrar o organismo diante dos mais variados estímulos: tensão emocional, jejum, variação de temperatura, exercício muscular, infecções. Ex: adrenalina. Glândulas Exócrinas: são sudoríparas (suor), sebáceas (gorduras), salivares (saliva) e gástricas (suco gástrico). Glândulas Mistas: estão no pâncreas, gônadas (testículos e ovários) e fígado. O corpo físico reflete todos os corpos e transmite todas as energias dos raios através dos chacras que estão representados pelo sistema endócrino. É um corpo material, constituído de ossos, pele, sangue. Apresenta cinco sentidos básicos: tato, paladar, olfato, visão e audição. As vibrações emitidas pelos corpos superiores são absorvidas pela estrutura óssea e pelos músculos, nervos e ligamentos. Este corpo reage aos toques físicos e depende de alimentos materiais para manter sua atividade. A saúde do homem é o resultado da ação da mente sobre os milhares e milhões de seres microscópicos que nascem, crescem, convivem e morrem diariamente na intimidade de seu corpo físico. Somente o poder mental é capaz de acionar as defesas imunológicas, promover o equilíbrio do mundo orgânico e coordenar os milhões de vírus, bactérias e outras formas de vida que se aglomeram no corpo humano. A mente é a usina diretora que transmite as ordens do Espírito e dirige a comunidade orgânica, produzindo células, substituindo tecidos e revitalizando ou recuperando sangue, ossos e membros. É, ainda, o poder mental o responsável pelas transformações do metabolismo humano, transferindo para o corpo físico todos os comandos provenientes do Espírito. Dessa forma, podemos compreender a importância do estudo da mente para a harmonia do homem e seu crescimento espiritual. O corpo físico representa uma ponte viva aberta para a natureza material do mundo. Formado por mais de 60 trilhões de células, é equipado com mecanismos naturais que regulam o tempo, à semelhança de relógios biológicos, que coordenam os sentidos. Alertam quanto ao desgaste e uso inadequado do mais perfeito mecanismo de atuação do Espírito sobre a Terra. O corpo físico é considerado o suporte passivo
  • 33. Corpos Sutis e Chacras - Guia de Estudos - Olivio Cezar 32 da consciência, recebendo a ação de elementos anímico-espirituais, representados por sua química originária do próprio mundo. Milhões e milhões de vidas microscópicas são geradas e mantidas em perfeita organização na intimidade das células físicas, administradas pelo Espírito por meio dos poderes da mente. É através do veículo carnal que se somatizam os impulsos desarmônicos oriundos dos demais níveis ou corpos espirituais, tanto quanto de seus subníveis. Esses focos de desarmonia expressam-se em doenças, desajustes e diversas desordens. É o efeito, e não a causa em si. Não há sistema biológico estático. Todas as células físicas passam por constante revezamento e substituição ao longo da vida. O sistema humano convive com um paradoxo: ao mesmo tempo em que se vê ameaçado pelas comunidades de seres microscópicos que vicejam em seu interior, depende deles para a manutenção de seu equilíbrio. Entretanto, tal sistema de equilíbrio e disciplina é administrado pela mente, órgão imaterial do Espírito. Tecidos, sangue, ossos, sucos, fermentos, hormônios, nervos e músculos transformam-se diariamente sob o comando do Espírito, imprimindo no corpo somático a expressão viva da mente, que tudo dirige para o aperfeiçoamento do ser. Dependendo das situações e do conteúdo qualitativo da mente, a usina humana fabrica ou desperta uma infinidade de seres microscópicos que poderão favorecer o seu equilíbrio psicofísico. Também sob a ação mental as falanges inumeráveis de seres que despertam para a sua evolução na intimidade das células físicas poderão estabelecer o colapso total. As tensões estabelecidas no corpo físico acabam atuando no mundo psicológico e a saúde resulta do perfeito equilíbrio desse sistema admirável. Eis a base de todo o sistema imunológico, que equilibra a ação do corpo somático. O homem encarnado tem dificuldade em acreditar e aceitar a realidade extrafísica dos planos sutis, pois está totalmente imerso no plano físico e sujeito às leis que regem a matéria. Caso todos os espaços existentes entre os átomos do corpo físico fossem eliminados, o corpo humano adulto poderia ser reduzido ao tamanho da cabeça de um alfinete. Portanto, 99% do corpo humano é constituído de espaços vazios. Assim como o corpo sutil, o corpo físico também é composto de energias que, contudo, são mais lentas e menos intensas em vibração do que as energias sutis. Embora as leis que governam os sistemas físico e sutil sejam diferentes, essas estruturas estão intimamente ligadas. Dependendo da função, as células variam em tamanho, forma e constituição e criam energia para todas as atividades da vida. As células se dividem e se multiplicam, sendo esse o meio pelo qual o corpo humano cresce e se modica. Células de funções semelhantes se unem e formam tecidos. Tecidos de funções semelhantes formam um órgão. Grupos de células especializadas desempenham várias funções corpóreas. Referimo-nos às hemácias, leucócitos, macrófagos, neurônios, células musculares e células da pele. A célula em si compreende o protoplasma (substância viva composta de 70% de água), a membrana que o rodeia e seu núcleo. A maioria das células possui uma membrana exterior e, dentro dela, em uma substância gelatinosa chamada citoplasma com muitas estruturas minúsculas (organelas). As subestruturas celulares mais importantes são:  Mitocôndria: Torna possível a geração de energia e é nela que se dá a respiração aeróbica que resulta na geração de ATP (trifosfato de adenosina).  Núcleo: Massa minúscula, geralmente de forma esférica ou oval, inserida no protoplasma, que controla a função celular. Contém informações genéticas na forma do DNA (ácido desoxirribonucleico).  Nucléolo: Fabrica as proteínas necessárias para a divisão celular, é rodeado pela membrana nuclear e se liga ao retículo endoplasmático.
  • 34. Corpos Sutis e Chacras - Guia de Estudos - Olivio Cezar 33  Retículo endoplasmático: Sistema de canais entre o núcleo e a membrana celular, também envolvido na manufatura de proteínas. O metabolismo celular depende de fornecimento constante de matérias primas e da remoção de substâncias fabricadas e de resíduos por meio da circulação sanguínea. A atividade celular é controlada pelo núcleo e mantida pelas reservas de energia. Cada célula é como uma pequena fábrica com três estágios de produção: matérias-primas, manufatura e descarte. As mitocôndrias geram energia para a célula. Também estão implicadas na formação das energias sutis, como se vê em pesquisas sobre os meridianos, estruturas de energias sutis. Somente cerca de 50% da energia celular é fornecida para uso do corpo, o restante é necessário para a conservação da própria célula. Cada célula é comparável a uma bateria, com carga positiva na parte de fora da membrana e negativa na parte de dentro. Assim, cada célula gera sua atividade elétrica e seu campo magnético. A célula saudável tem carga elétrica de cerca de 70 milivolts – os volts são unidade de medida das atividades elétricas. Quando o corpo está doente ou desnutrido, a carga da membrana celular se reduz para cerca de 30 milivolts, quantidade insuficiente para transportar os nutrientes para dentro da célula. O metabolismo físico se torna mais lento e as células morrem. A atividade elétrica geral do corpo físico também se reduz. A eletricidade ocorre toda vez que nossos músculos se movimentam, nosso sangue circula, nossa linfa flui, quando pensamos e nos exercitamos. A redução do metabolismo diminui a atividade em todos os níveis, diminuindo os campos elétrico e magnético do corpo. O corpo se torna, assim, mais suscetível a doenças, transtornos de humor e envelhecimento. As células moribundas se multiplicam, mas em velocidade mais lenta, a não ser que as mitocôndrias, que fornecem energia à célula, sejam capazes de gerar energia suficiente para a divisão celular, as tarefas metabólicas e a atividade elétrica. A atividade eletromagnética do corpo depende, em parte, de processos iônicos. As mitocôndrias participam do processo vital armazenando cálcio, mineral que contribui para as trocas iônicas de material e informação, além de outras funções. Por meio da própria atividade eletromagnética, as mitocôndrias processam a liberação de neurotransmissores nas células nervosas e de hormônios nas glândulas endócrinas. Um modo de ver a ação das mitocôndrias consiste em vê-las como parte dos microcircuitos do corpo. A micro-corrente é uma corrente elétrica medida em micro amperes, milionésimos de um ampere. Como escreve Kenneth Morgareidge, Ph.D., consultor de siologia, a aplicação de micro correntes produziu a cura de estruturas de tecido conjuntivo, como tendões e ligamentos. O próprio corpo pode ser visto como uma bateria que cria as próprias micro correntes. A Ciência já estabeleceu uma relação entre as micro correntes e locais lesionados chamadas de “correntes das lesões”. O Dr. Robert Becker estudou as correntes elétricas associadas à capacidade dos animais de regenerar seus membros. Quanto maior a corrente, mais completa a regeneração. Esses estudos induziram muitos pesquisadores a ver o corpo como um gerador de corrente direta de baixa intensidade – ou uma bateria. Essas correntes são transportadas pelos nervos, mas há um transmissor mais ativo: as células gliais. O Dr. Björn Nordenström descobriu um sistema elétrico secundário que interliga o tecido conjuntivo, o sistema vascular e os meridianos que ele denominou de “campos biomagnéticos”. O Dr. Morgareidge afirma que é possível que os meridianos realmente sirvam de modelo para esses microcircuitos enquanto o embrião se desenvolve. Deduzimos que eles continuam guiando os processos eletromagnéticos do corpo durante toda a vida. Os campos eletromagnéticos gerados pelos microcircuitos podem constituir um roteiro pelo qual o corpo e suas células se organizam. A ionização é um processo essencial para a transmissão das correntes elétricas por todo o corpo e dentro das células. Segundo esse cientista, a ação das mitocôndrias é fundamental nesse processo de modelagem. Dentro da mitocôndria encontram-se os citocromos, enzimas especiais que transferem íons de hidrogênio de um lado a outro das membranas mitocondriais, fornecendo energia para a criação do ATP (Adenosina
  • 35. Corpos Sutis e Chacras - Guia de Estudos - Olivio Cezar 34 Trifosfato), a principal molécula transportadora de energia nos seres vivos.. A concentração desses íons e do ATP fornecem energia para praticamente todos os processos celulares. As mitocôndrias também têm relação com o processo de ionização do cálcio e papel crucial na transformação da eletricidade em movimento e, provavelmente, no processo de contato entre os meridianos e o corpo por meio dos microcircuitos deste. O DNA (Ácido Desoxirribonucleico) é o código da vida, pois contêm, na forma de cromossomos as informações genéticas únicas de cada pessoa. Cada molécula de DNA contém muitos genes, que dirigem a construção e a manutenção do corpo humano. Apesar de microscópica, a molécula de DNA é uma das moléculas mais longas que se conhecem. Dispõe- se na forma de dupla-hélice, como uma escada caracol, sendo uma substância altamente complexa formada por uma cadeia de unidades químicas chamadas nucleotídeos. Cada nucleotídeo contém glicose, fosfato e um de quatro tipos de compostos chamados bases nitrogenadas. A glicose e o fosfato constituem os lados da escada em caracol e as bases formam os degraus. Estudos do Dr. Fritz-Albert Popp (1938 - 1918) e outros pesquisadores despertaram nos estudiosos o entendimento do DNA como uma forma de luz. Popp demonstrou que o DNA não funciona apenas por via química, como diz a teoria mais aceita, mas que o faz também em um nível mais além. É, em essência, uma unidade de armazenamento de luz e uma fonte de emissão de biofótons. Os fótons formam um espectro eletromagnético e aceleram os processos metabólicos do corpo, produzindo efeitos diferentes e particulares. Popp acredita que o corpo está rodeado por um campo de luz, que o DNA reage às várias frequências eletromagnéticas encontradas nesse campo e interage com elas. A MEDIDA DO CORPO MAGNÉTICO As propriedades magnéticas do corpo humano são uma descoberta relativamente nova. No final da década de 1960, os campos magnéticos emitidos pelo coração foram estudados por diversos cientistas, entre eles o físico David Cohen, que conseguiu medir pela primeira vez os campos magnéticos produzidos pelos sinais elétricos do cérebro, utilizando um detector de magnetismo muito sensível que ele chamou de SQUID (Dispositivo Supercondutor de Interferência Quântica). Na década de 1970, outros pesquisadores registraram os campos magnéticos emanados por outros órgãos do corpo humano sempre com base na atividade elétrica. Mais recentemente, o MEG (MagnetoEncefaloGrama) é considerado um método mais aperfeiçoado de medição da atividade elétrica do cérebro, pois, ao contrário dos sinais elétricos, os campos magnéticos atravessam o cérebro, o ruído cerebrospinal e o crânio sem sofrer alterações. Mais forte contudo, é o campo magnético ao redor do coração. O campo ao redor da cabeça também é grande e pulsante e será estudado a seguir, no tema da glândula pineal.
  • 36. Corpos Sutis e Chacras - Guia de Estudos - Olivio Cezar 35 A GLÂNDULA PINEAL A pineal, também conhecida por epífise, é uma pequena glândula responsável pela síntese da melatonina, que é secretada na ausência da luz. Regula o ritmo circadiano, períodos de aproximadamente 24 horas em que ocorrem diversas ações biológicas do corpo humano, como a digestão, o sono, a vigília, a produção e a renovação das células, entre outras funções. Localiza-se perto da região central do encéfalo na forma de uma pinha e do tamanho de uma ervilha. O conceito de que essa glândula seria uma espécie de "antena espiritual" da mediunidade, é conhecido há milhares de anos em várias religiões e cultos místicos. René Descartes (1596-1650) a ela se referia como o local onde a alma se fixaria mais intensamente. Ela desempenha um papel fundamental em atividades mediúnicas e anímicas, sobretudo nos chamados efeitos psíquicos, como na telepatia, clarividência e xenoglossia, entre outros. Também tem um fator relevante no desenvolvimento sexual e no metabolismo do homem e no caso dos animais comanda os mecanismos de procriação, de hibernação e de migração de aves e animais marinhos. A glândula pineal funciona como um sensor eletromagnético que regula todos os nossos estados, dede o humor até a percepção extrassensorial. Os neurocientistas Iris Haimov e Peretz Lavie constataram em laboratório, que indivíduos cuja glândula pineal não funciona bem têm dificuldade para detectar e transmitir informações por meio dos campos eletromagnéticos. Apresentam grande dificuldade para dormir e problemas de saúde associados à perturbação do ciclo circadiano. Na pesquisa bioquímica, a glândula pineal coordena uma importante priorização de etapas que envolvem a síntese do aminoácido triptofano interagindo com várias circunstâncias e, em alguns estágios, com a presença de luz. De forma simplificada, a sequência de produção é triptofano, serotonina, melatonina, pinolina, 5-MeO-DMT, droga psicodélica da classe das triptaminas. e DMT (Dimetiltriptamina). O triptofano é um aminoácido essencial encontrado na maioria dos alimentos à base de proteínas. A melatonina, fabricada à noite, regula o ritmo circadiano. A serotonina, fabricada durante o dia, é um neurotransmissor que regula o sono, a temperatura do corpo, o apetite e as emoções, a pinolina é uma substância neuroquímica implicada na consciência, a 5-MeO-DMT, é uma triptamina psicodélica encontrada no veneno de certos sapos, em plantas, sementes e na resina de certas cascas de árvores e a DMT é uma triptamina que ocorre naturalmente e também é neurotransmissora. Tanto os cientistas da atualidade como os espíritos que se comunicam pela psicografia concordam que essas substâncias químicas são importantes nas experiências místicas e psíquicas. A Dra. Serena M. Roney-Dougal, do Psi Research Centre, em Glastonbury, U.K., estudou indícios neuroquímicos e antropológicos que sugerem a produção de pinolina (pela glândula pineal) pode ajudar na atividade mediúnica.
  • 37. Corpos Sutis e Chacras - Guia de Estudos - Olivio Cezar 36 Os cientistas acreditam que a pinolina age sobre a serotonina para desencadear os estágios dos sonhos, possuindo propriedades alucinógenas, pois sua estrutura química se parece com as substâncias encontradas em um vegetal psicotrópico da Amazônia. No estado do sonho estamos mais sensíveis às experiências paranormais e mediúnicas. O Dr. Rick Strassman, pesquisador de EQM (Experiências de Quase Morte), estudou as substâncias psicotrópicas xamânicas e verificou que a glândula pineal pode produzir DMT, que nos leva a outros estados de consciência. Esses e outros estudos sobre a glândula pineal indicam que ela talvez seja de fato a “glândula do espírito” de várias tradições esotéricas. A glândula pineal é o órgão pelo qual o Espírito se expressa mais diretamente. Aos 4 meses de gestação, a pineal já está desenvolvida e o Espírito reencarnante começa a perder a consciência da vida passada e, aos sete anos, já não se lembra de mais nada. À medida que a pineal se forma, acentua-se a fixação definitiva do Espírito ao novo corpo, passando a depender exclusivamente do cérebro do feto, bloqueando-se as lembranças das vidas pregressas. As propriedades supranormais da pineal (existente em todos os animais vertebrados) se evidenciam nas espécies mais evoluídas como alguns mamíferos, que usam essa glândula para faculdades aímicas e mediúnicas semelhantes às nossas. AMELATONINA Ao recebermos a luz do Sol, a produção de melatonina pela glândula pineal é inibida e os hormônios produzidos mantêm-nos despertos. Quando escurece, a melatonina é produzida na glândula pineal que nos induz ao cansaço e ao sono. Por isso, a glândula pineal aumenta de produção em ambientes escuros, facilitando os trabalhos mediúnicos. O psiquiatra e investigador Dr. Sérgio Filipe de Oliveira, entende que o processo mediúnico é uma característica biológica que acontece na glândula pineal, captando o campo eletromagnético por onde atua a espiritualidade. Muitas correntes espiritualistas praticam a mediunidade, a comunicação entre o mundo físico e os planos espirituais. Com base nas informações trazidas pelo Espírito André Luiz, pela psicografia de Chico Xavier, ele vem desenvolvendo pesquisas para confirmar a função da epífise como um órgão sensorial intermediário entre os dois planos de existência. Confirmando Descartes, ela equivaleria a uma “antena” capaz de perceber, em potência variável, as ondas eletromagnéticas do mundo espiritual e convertê-las em estímulos neuroquímicos no cérebro. Vejamos o que escreve este iminente cientista: “Considero a glândula pineal o melhor laboratório de estudos da relação “Espírito-Matéria” e “Cérebro-Mente”. Responsável pelos ritmos biológicos, a Pineal é sensível a campos magnéticos e recebe informações astrofísicas do Sol que coordena os ciclos circadianos como a vigília e o sono, e da Lua, que coordena o ciclo reprodutivo. Relacionado à dimensão Espaço-Tempo, a Pineal impacta todas as áreas da Medicina, como a Psiquiatria – nos transtornos do humor, nos distúrbios do sono e em toda a fisiologia psicofísica; e a Clínica – nas desordens autoimunes, nos cânceres, nos distúrbios alimentares e metabólicos. Porém, em especial, a Pineal está ligada aos
  • 38. Corpos Sutis e Chacras - Guia de Estudos - Olivio Cezar 37 estados de transe dos fenômenos espirituais, implicados não só nas doenças, mas sobretudo em nossos potenciais. Assim, entendo que a Pineal nos conecta com as fontes superiores da vida, na destinação e sustentáculo do nosso bem-estar, e em nossa capacidade de alcançar a paz e compartilhar o amor.” Para o leitor que se interessar em aprofundar os conhecimentos técnicos sobre o assunto, compartilhamos o link da tese de mestrado deste médico: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/42/42131/tde-21062013-093730/pt-br.php O grande psiquiatra espírita Dr. Jorge Andréa (1916 – 2017), que tivemos prazer de conhecer, conceitua que o chacra coronário liga-se materialmente à pineal, sendo ponto de interação entre as forças determinantes do Espírito e as forças fisiopsicossomáticas organizadas. O físico Patrick Druot estudou diferentes escolas da Índia, principalmente a Kriya Yoga, o Budismo e a medicina tibetana. Conviveu com os índios da América do Norte e com as populações da Polinésia do Pacífico do Sul, descobrindo que tinham um conhecimento excepcional de técnicas para despertar os estados elevados de consciência. Descobriu que o ritmo do tambor corresponde exatamente ao ritmo do cérebro e eram capazes de induzir a estados alterados de consciência através dos batimentos expressivos deste instrumento. Isso já era conhecido pelos fisiologistas dos anos 50, que percebiam que o cérebro reagia a sons e luzes, entrando em sincronismo com os ritmos repetitivos. Um exemplo simples e muito conhecido é o metrônomo usado pelos hipnotizadores. Druot afirma que a oscilação de ondas cerebrais em vários iogues deve-se ao despertar da energia do chacra Kundalini e que essas ondas gama, muito elevadas, são uma das chaves da mediunidade. Segundo ele, no livro “Cura Espiritual e Imortalidade”, a Medicina Quântica e a Medicina Ciberespacial confirmam o que os espiritualistas chamam de mundo astral: “Os pesquisadores perceberam que existe uma diferença entre o nível das ondas cerebrais e o nível de consciência; a atividade cerebral é ligada a sinais elétricos emitidos pelo cérebro, mas o nível de consciência é ligado ao campo magnético emitido pelo cérebro; ou seja, todas as pessoas que têm capacidade ditas mediúnicas têm uma atividade cerebral elétrica e magnética particular que é algo inato que a pessoa já tinha com ela ou poderia ser alguma coisa que poderia ser aprendida, mas que isso também tenha uma ligação com a estrutura do seu corpo de energia,” Ao longo de mais de 40 anos de convivência com a mediunidade e mais especificamente, com o mediunismo em templos de umbanda e terreiros de candomblé, pude observar o impacto e a eficácia dos tambores como facilitadores das “incorporações” das entidades espirituais que se apresentavam naqueles locais. A pineal contém cristais de apatita, um mineral do grupo dos fosfatos que está presente com maior abundancia nos médiuns, facilitando as comunicações mediúnicas. Na autópsia de cadáveres de praticantes de yoga foi observado um maior volume da pineal, provavelmente devido às práticas de meditação da filosofia hinduísta. Na Codificação Espírita não encontramos citações diretas à glândula pineal, pois no século XIX ela não era objeto de estudo. Contudo, os Espíritos falaram a Allan Kardec que o processo mediúnico era orgânico e obedecia à estrutura física do médium. No livro “Missionários da Luz”, em 1945, o Espírito André Luiz , sempre pela mãos abençoadas de Chico Xavier, traz informações detalhadas sobre a função deste órgão no sistema endócrino influenciando o
  • 39. Corpos Sutis e Chacras - Guia de Estudos - Olivio Cezar 38 campo sexual e sua ligação com a mediunidade por princípios eletromagnéticos do campo vital (duplo etérico). “Examine atentamente. Estamos notando as singularidades do corpo perispiritual. Pode reconhecer, agora, que todo centro glandular é uma potência elétrica. No exercício mediúnico de qualquer modalidade, a epífise desempenha o papel mais importante. Através de suas forças equilibradas, a mente humana intensifica o poder de emissão e recepção de raios peculiares à nossa esfera. É nela, na epífise, que reside o sentido novo dos homens; entretanto, na grande maioria deles, a potência divina dorme embrionária.” Alexandre – “Missionários da Luz” - André Luiz/Chico Xavier - Cap. 1. Podemos verificar a relação da função fisiológica da pineal com as implicações do sistema nervoso e do controle das emoções, com o objetivo principal de despertar a mediunidade no texto abaixo: “Não se trata de órgão morto, segundo velhas suposições. É a glândula da vida mental. Ela acorda no organismo do homem, na puberdade, as forças criadoras e, em seguida, continua a funcionar, como o mais avançado laboratório de elementos psíquicos da criatura terrestre. O neurologista comum não a conhece bem. O psiquiatra devassar-lhe-á, mais tarde, os segredos. Os psicólogos vulgares ignoram-na. Freud interpretou-lhe o desvio, quando exagerou a influenciação da ‘libido’, no estudo da indisciplina congênita da Humanidade. Enquanto no período do desenvolvimento infantil, fase de reajustamento desse centro importante do corpo perispiritual preexistente, a epífise parece constituir o freio às manifestações do sexo; entretanto, há que retificar observações. Aos catorze anos, aproximadamente, de posição estacionária, quanto às suas atribuições essenciais, recomeça a funcionar no homem reencarnado. O que representava controle é fonte criadora e válvula de escapamento. A glândula pineal reajusta-se ao concerto orgânico e reabre seus mundos maravilhosos de sensações e impressões na esfera emocional. Entrega-se a criatura à recapitulação da sexualidade, examina o inventário de suas paixões vividas noutra época, que reaparecem sob fortes impulsos.” “[...] Ela preside aos fenômenos nervosos da emotividade, como órgão de elevada expressão no corpo etéreo. Desata, de certo modo, os laços divinos da Natureza, os quais ligam as existências umas às outras, na sequência de lutas, pelo aprimoramento da alma, e deixa entrever a grandeza das faculdades criadoras de que a criatura se acha investida [...]” “Segregando delicadas energias psíquicas — prosseguiu ele —, a glândula pineal conserva ascendência em todo o sistema endocrínico. Ligada à mente, através de princípios eletromagnéticos do campo vital, que a ciência comum ainda não pode identificar, comanda as forças subconscientes sob a determinação direta da vontade. As redes nervosas constituem lhe os fios telegráficos para ordens imediatas a todos os departamentos celulares, e sob sua direção efetuam-se os suprimentos de energias psíquicas a todos os armazéns autônomos dos órgãos. Manancial criador dos mais importantes, suas atribuições são extensas e fundamentais. Na qualidade de controladora do mundo emotivo, sua posição na experiência sexual é básica e absoluta [...]” “Segregando ‘unidades-força’, pode ser comparada a poderosa usina, que deve ser aproveitada e controlada, no serviço de iluminação, refinamento e benefício da personalidade e não relaxada em gasto excessivo do suprimento psíquico, nas emoções de baixa classe. Refocilar-se no charco das sensações inferiores, à maneira dos suínos, é retê-la nas correntes tóxicas dos desvarios de natureza animal, e, na despesa excessiva de energias sutis, muito dificilmente consegue o homem levantar-se do mergulho terrível nas sombras, mergulho que se prolonga, além da morte corporal...” Alexandre – “Missionários da Luz” - André Luiz/Chico Xavier - Cap. 2. No livro “No Mundo Maior” (1948) André Luiz/Chico Xavier escreve que a consciência do ser encarnado é uma manifestação resultante da interação entre o Espírito e o cérebro, mediada através períspirito, entendendo o cérebro como a interação de três compartimentos distintos, representados por:
  • 40. Corpos Sutis e Chacras - Guia de Estudos - Olivio Cezar 39  Cérebro inicial (tronco cerebral, diencéfalo e cerebelo),  Cérebro motor (córtex assistencial) e  Lobos frontais (córtex “pensante”, em especial a região pré-frontal e córtex límbico). A consciência e o fluxo da consciência se manifestam utilizando os recursos cerebrais destas três áreas. Em “Evolução em Dois Mundos” (1958) ele descreve a relação entre a pineal e a consciência como uma […] tradução e seleção dos estados mentais diversos, nos mecanismos da reflexão e do pensamento, da meditação e do discernimento […]. Transcrevemos abaixo trecho do excelente livro “Técnica da Mediunidade” de Carlos Torres Pastorinho (1910 – 1980), ex-padre, radialista e grande estudioso da Doutrina Espírita, que ficou famoso com o livro de bolso que se tornou o maior best-seller de autoajuda no País: “Minutos de Sabedoria”: “Na caixa craniana temos a principal válvula do corpo humano, o corpo pineal ou epífise. Aí se localiza a grande auxiliar da pineal, que é a hipófise. No resto do corpo também encontramos outras “válvulas”. No entanto, fique claro que, para a comunicação, necessitamos de uma válvula detectora ou retificadora, que é o corpo pineal. Comparativamente à termoiônica, a pineal funciona recebendo corrente alternada e deixando sair corrente direta: é, pois uma “transformadora de corrente”. Mas, ao mesmo tempo age como um transformador de freqüência, pois recebe “ondas pensamento” que de lá saem modificadas em “ondas-palavra”. Essa modificação da ideação em palavras é constante, no trabalho do eu interno que fornece as idéias à mente abstrata; essas ondas curtíssimas são enviadas do transmissor (coração) e captadas pela pineal (cérebro), sendo aí transformadas em palavras discursivas, em raciocínios, em deduções e induções. Com a prática desse trabalho constante, embora inconsciente, a pineal exercita-se para mais tarde, mais amadurecida, poder fazer o mesmo com idéias provenientes de fora, de outras mentes por meio da telepatia. A pineal, formidável válvula eletrônica, capta as ondas-pensamento, (corrente alternada) e as detecta em ondas discursivas (corrente direta pessoal) trabalhadas pelos lobos frontais do cérebro, e depois traduzidas em som (pelo aparelho fonador), ou em desenhos ideográficos (pelos músculos das mãos). Assim, teórica e praticamente observamos a transmutação das idéias de um ser para outro, no ponto exato da transformação das ondas.” Continua Pastorinho: “Dizem os cientistas que o corpo pineal, no homem, é órgão vestigial, representante involuído de um aparelho que era desenvolvido nos antigos vertebrados. Ainda hoje o tuatara (réptil sphenodon punctatum, único remanescente da ordem dos rhynchocephalia, existente na Nova Zelândia) possui uma pineal que consta de dois segmentos distintos: uma glândula, a epífise, que tem a mesma estrutura da pineal humana, e o outro, “sensorial”, o “olho pineal” situado no forâmen parietal (abertura central na abóbada do crânio), coberto por uma escama transparente, cujo verso tem a forma de lente, e a superfície mais baixa, oposta, é uma retina colorida. Parece não perceber a luz. Mas o tamanho enorme do forâmen parietal dos fósseis dos répteis parece indicar que se tratava de um olho funcional. Dizem os fisiologistas que a função do corpo pineal parece ser o freio do desenvolvimento sexual até a idade da puberdade (função também atribuída ao timo... ). Chegando aí, o controle das gônadas passa a outra glândula (a tireóide) e a pineal se atrofia, involuindo. A pineal é um dos órgãos mais importantes do corpo físico do homem, tendo sido a ela atribuída, por Descartes, a honra de ser o ponto em que a alma se prendia ao corpo. Observemos, de início, que é exatamente nos lacertídeos (ou sáurios), na escala animal, que começamos a encontrar um embrião do corpo pineal. Para trás, nada. Para diante, a cada passo evolutivo na escala zoológica, o animal vai fixando melhor e desenvolvendo mais o corpo pineal, embora seu tamanho físico se vá reduzindo.
  • 41. Corpos Sutis e Chacras - Guia de Estudos - Olivio Cezar 40 O funcionamento ainda é desconhecido pela ciência médica, que apenas lhe empresta a tarefa de “travar” a evolução dos órgãos sexuais até a época da puberdade. Afirma outrossim que desconhece qualquer hormônio por ela produzido. Ora, em realidade o corpo pineal não é glândula produtora de hormônios, mas uma CHAVE de ligação elétrica ou, talvez melhor dito, uma VÁLVULA. Os impulsos eletromagnéticos e eletroquímicos nos nervos seguem o trajeto que estudamos atrás, mas é no corpo pineal que são registrados esses impulsos e transmitidos para o espírito.” Do livro de Jean Leo Testut (1849 - 1925), grande anatomista francês, Pastorinho apresenta as seguintes relações da pineal com o Aqueduto de Silvio: “Ai se executa a função que até hoje não fora localizada. A própria chamada “areia” (sais calcários) tem sua tarefa específica, ainda não revelada: com suas lâminas concêntricas desincumbe-se de seu serviço à semelhança daquela pedra natural denominada “galena”, que possui capacidade idêntica, de detectar ondas hertzianas. Lembremo-nos de que, na própria galena, é indispensável procurar um “pontinho microscópico”, para conseguir essa transmutação. Assim ocorre com o corpo pineal, muito superior em seu funcionamento à galena, tanto quanto o cérebro é superior a um computador eletrônico. O corte do corpo pineal mostra a abundância e o desenho formado pelas fibras neuróglicas, bem como sua relações com as células, coloração pelo método de Weigert. Temos, pois, no corpo pineal não propriamente, como interpretou Descartes, o local em que o espírito se liga à matéria, mas a válvula transmissora-receptora de vibrações do corpo astral, regulando todo o fluxo de emissões do espírito para o corpo físico e vice-versa. Daí sua grande importância, também, para a mediunidade.” Mais adiante, no mesmo livro, aborda a questão da mediunidade receptiva: “Assim denominada porque recebe os impulsos vindos de fora, enquanto a mediunidade “captativa” é a que tem a capacidade de buscar, em sua origem, as idéias e os pensamentos. Os impulsos provenientes do espírito são transferidos do corpo astral ao corpo pineal, irradiando-se daí à substância branca, ao córtex, ao tálamo, até penetrar normalmente no sistema nervoso, comandando o veiculo somático. Essa é a ligação direta do próprio espírito (personalidade) com seus veículos físicos. No entanto, quando a irradiação provem da “mente” (da própria criatura, a individualidade), a emissão é feita através da onda emitida pelo “átomo-monático” localizado no coração. Daí sai e é recebida, também, pelo corpo pineal, que a transfere a seus veículos, sobretudo à zona pensante do cérebro, onde se transforma em raciocínio. Assim como serve ao próprio espírito, a pineal também detecta (recebe) as irradiações de outros espíritos, encarnados e desencarnados, naquele fenômeno que foi batizado de “telepatia”. A onda pensamento, desde que esteja sintonizada com a pineal da criatura, é recebida, distinguida, e retransmitida aos veículos, através da palavra escrita ou falada. Para isso, é indispensável que haja sintonia vibratória entre os dois (emitente e receptor) exatamente como ocorre com a galena, que recebe as ondas da emissora de acordo com a faixa em que ela emite as ondas. Com a galena a diferenciação das faixas é feita pelo número de voltas do fio enrolado na bobina. No corpo pineal, essa sintonia se realiza de acordo com o número de ciclos por segundo alcançado pela evolução da criatura através dos milênios. Quanto mais evoluída espiritualmente a pessoa, mais elevada a faixa de onda que pode receber. Quer do próprio espírito (personalidade), quer da “mente” (individualidade), quer de outro espírito (encarnado ou não), o corpo pineal constitui, então a “chave” ou “válvula” da recepção mediúnica por telepatia. Aparelho de alta sensibilidade, mas que necessita, não obstante, de treino, de exercício, para que se desenvolva, para que não se embote. E quanto mais exercitada, mais fácil e fielmente recebe. No entanto, como as vibrações do próprio espírito e a dos espíritos afins é do mesmo tipo, o médium, frequentes vezes não sabe distinguir se a idéia recebida é própria ou alheia.”
  • 42. Corpos Sutis e Chacras - Guia de Estudos - Olivio Cezar 41 Pastorinha aborda também uma visão interessante sobreo chamado Olho de Shiva: “O corpo pineal é denominado, também, “terceiro olho” ou “Olho de Shiva” pelos ocultistas, embora, por engano lamentável, alguns espiritualistas digam que é a hipófise (pituitária). O corpo pineal (epífise) é, pois, a responsável pela vidência do mundo astral e pela clarividência. Na vidência astral a epífise é utilizada, também, pelos animais, (cães, cavalos, etc.) que são sujeitos à visão de cenas do plano astral, que é seu plano específico próprio. A humanidade, no ciclo lemuriano, parece que utilizava ainda esse olho, lado a lado com olhos duplos materiais que começavam sua evolução. Realmente, o olho pineal, específico para as vibrações do astral, não percebia com clareza e nitidez a luz, cores e formas físicas. Com a mais forte materialização do homem, havia necessidade de órgãos que percebessem e “vissem” com mais acuidade o mundo físico, enquanto se fazia menor a necessidade de percepção do mundo astral, donde eles saíam. Houve, por isso, a involução ou atrofia do olho pineal (específico para vidência astral) e o aperfeiçoamento dos olhos físicos, que reproduziam e filtravam melhor as vibrações da matéria densa. Os sáurios são os remanescentes das experiências efetuadas para essa descida vibratória do espírito. Neles ainda hoje vemos os resquícios, desse olho singular com bastante evidencia. Lógico que, na experiência com os “tuataras” o olho não reagia à luz física; mas se a experiência pudesse ser feita com a luz astral, supomos que teriam tido êxito os experimentadores, haveria recepção e suas reações típicas.” Segundo o Espiritismo, a mediunidade deve ser desenvolvida e educada com responsabilidade, visando o bem de todos, de forma despretensiosa e abnegada.
  • 43. Corpos Sutis e Chacras - Guia de Estudos - Olivio Cezar 42 O DUPLO ETÉRICO O termo etérico vem de ‘éter’, estado intermediário entre a energia e a matéria. Este corpo tem a mesma estrutura do nosso corpo físico, incluindo todas as partes anatômicas e todos os órgãos. Os tecidos físicos se modelam e se fixam nesse campo de energia vital que os sustentam. É formado pela energia emanada dos cinco elementos básicos da Natureza: água, terra, fogo, ar e éter, e atua de intermediário entre o corpo físico e o corpo astral (perispírito). Sua energia vem das glândulas suprarrenais, localizadas na região umbilical. Sua estrutura se assemelha a uma teia em constante movimento, expandindo-se de 6 mm a 50 mm além do corpo físico e pulsando num ritmo de 15 a 20 ciclos por minuto. Sua cor varia do azul claro ao cinzento. Todos os chacras dessa camada são da mesma cor do corpo. Segundo Barbara Ann Brennan no livro “Mãos de Luz”, os chacras parecem vórtices feitos de uma rede de luz, exatamente como o resto do corpo etérico. Em analogia com a teoria da Psicanálise, o ser humano pode ser classificado segundo três aspectos conscienciais apesar do Espírito possuir um número maior de corpos sutis:  O subego - parte mais íntima, obscura e primitiva do ser, também conhecido como id, é autônomo, hipoconsciente e mantém uma ligação perceptível e direta com o duplo etérico.  O ego - parte sociável e emocional, estabelecendo relações mais íntimas com a consciência, cuja sede está no corpo mental. É a sede da personalidade.  O superego - ligado à consciência pura, ao corpo causal e está associado com todas as manifestações que nos distinguem dos animais, criando o nosso senso ético. Contudo, nossa essência mais pura não é material, não está no cérebro, e jamais poderá ser comparada às emoções, aos instintos, à mente ou à própria vida do ser humano encarnado. O Espírito, depois de criado não morre e não se destrói jamais, possuindo o poder de autoanimação e de autoexistência. Para se viver e evoluir infinitamente reveste-se de corpos compatíveis com as diferentes dimensões ou planos existenciais em que habita. OS DIVERSOS NÍVEIS O corpo etérico é formado de quatro níveis: éter químico, éter de vida, éter luminoso e éter refletor: Éter Químico: Ligado às forças de absorção e excreção. A absorção se processa pelos alimentos e pela respiração, de forma seletiva, realizando o crescimento e a manutenção do corpo físico. A excreção ocorre para eliminar os resíduos dos alimentos que são impróprios para o corpo. Esses processos atuam independentes da nossa vontade.
  • 44. Corpos Sutis e Chacras - Guia de Estudos - Olivio Cezar 43 Éter de Vida: Ligado às forças que mantêm a manutenção das espécies. As forças de polo positivo são as que atuam no feminino durante o período de gestação, para formar um novo ser. As forças que atuam no polo negativo ajudam o masculino a produzir o sêmen. Éter Luminoso: Relaciona-se com as forças que geram o calor do corpo do homem e dos animais mais evoluídos. As forças que atuam de forma passiva no polo negativo atuam nos cinco sentidos: visão, audição, tato, olfato e paladar. Colaboram com a construção e conservação dos olhos. Nas plantas, essas forças atuam pelo polo positivo realizando a circulação da seiva. No inverno, quando não está carregado de luz solar a seiva deixa de correr até a haste. As forças que atuam no polo negativo depositam a clorofila – substância verde das plantas – colorindo as flores. Éter Refletor: Refere-se ao Registro Akáshico. Todas as alterações geológicas da Terra e também os pensamentos e atos dos homens ficam gravados indelevelmente pela Natureza no éter refletor. Essa memória encontra-se em um reino muito mais elevado que pode ser acessada pela Psicometria, capacidade anímica de alguns sensitivos. EXTERIORIZAÇÃO O duplo etérico se separa do corpo físico durante: a anestesia, o transe mediúnico ou no desdobramento, provocando no homem uma redução de vitalidade física e queda da temperatura. Com isso, adquire maior liberdade de ação, aumenta sua energia e se torna hipersensível. O passe magnético, a hipnose, o transe mediúnico e em casos de acidente, podem afastar parcialmente o duplo etérico do corpo físico. Este mantem, contudo a forma humana, aparentando uma massa nebulosa um tanto brilhante e movediça e se projeta para o plano astral, onde se sente mais livre e absorve com mais facilidade o prana, sem necessidade de alimentar o corpo físico. Os fatores que afastam o duplo etérico são: • Transe mediúnico (mediunidade de efeitos físicos) • Epilepsia • Catalepsia • Anestesia geral  Drogas alucinógenas • Hipnose, mesmerismo • Sono • Passe magnético • Acidentes bruscos SENSIBILIDADE Por sua sensibilidade suprafísica, interagindo com o corpo astral de um lado e com o organismo físico do outro. O duplo etérico registra os acidentes, traumatismos, choques, lesões e agressões, que sucedem em ambos os corpos dos quais é intermediário, acusando de imediato, as hostilidades neles através dos centros sensoriais correspondentes nas consciências astral e física. Pessoas que sofreram mutilação de um ou mais membros do seu corpo físico queixam-se de dores nesses órgãos que já lhes foram amputados. Isso acontece porque a operação cirúrgica não foi exercida sobre o duplo etérico, que é inacessível às ferramentas do mundo material e mantém o duplo do membro que foi retirado. Os médiuns videntes conseguem visualizar os moldes invisíveis de tais órgãos. Por outro lado, o corpo astral, sendo um instrumento de atuação do corpo mental, manifesta o seu pensamento à consciência física, obrigando o duplo etérico a sentir esses impulsos, sejam bons ou maus.
  • 45. Corpos Sutis e Chacras - Guia de Estudos - Olivio Cezar 44 São fatores que afetam o campo energético do duplo etérico: • Frio e calor. • Eletricidade e magnetismo. • Perfumes, fumo, gases voláteis. • Alimentos condimentados. • Sedativos, antiespasmódicos, substâncias hipnóticas, anestésicos, entorpecentes (barbitúricos, certos alcaloides como mescalina e ácido lisérgico ou LSD, diversas drogas psicotrópicas, excitantes ou depressivas do sistema nervoso). • Ácidos e óxido de carbono. • Toque humano (em certos momentos de maior concentração). INFLUÊNCIA DAS DROGAS Os médiuns estão mais suscetíveis aos efeitos tóxicos secundários de remédios, drogas hipnóticas, anestesias operatórias ou entorpecentes, porque essas substâncias deixam resíduos prejudiciais no éter físico que flui pelo seu sistema nervoso, afetando o corpo astral e o duplo etérico. As anestesias, os antiespasmódicos, os gases voláteis, as drogas e sedativos hipnóticos, o óxido de carbono, o fumo, os barbitúricos, os entorpecentes, o ácido lisérgico e certos alcaloides, como a mescalina, são substâncias atuam de forma violenta no duplo etérico. As drogas entorpecentes e os gases anestesiantes, em geral afastam o duplo etérico para o lado esquerdo do corpo, à altura do baço físico, onde se localiza o chacra esplênico, provocando transes, sensibilizações extremas e inconvenientes, resultando na queda da temperatura do corpo e redução de sua vitalidade. Um exemplo dessa ação perniciosa é o uso por gestantes da “talidomida”, resultando na má formação fetal das crianças, como lábio leporino (fendido), mãos diretamente ligadas aos ombros, entre outras atrofias. Essa droga exerce um impacto tóxico e deformante através do duplo etérico em formação do feto, agindo nos genes formadores do novo ser e alterando as linhas de forças que comandam o processo normal dos cromossomos. Os tóxicos como os barbitúricos, entorpecentes e anestésicos também atuam e produzem alterações nocivas na estrutura do duplo etérico dos médiuns, levando-os a deformações de ordem psíquica, enfraquecendo suas defesas energéticas e expondo-os aos ataques obsessivos. O médium que abusa de entorpecentes pode se tornar um aleijão psíquico prejudicando seu duplo etérico e seu sistema nervoso. EPILEPSIA Nos epilépticos o duplo etérico se afasta com freqüência do corpo físico, e por isso, a semelhança entre o ataque epiléptico e o transe mediúnico, registrada em aparelhos como o ECG (Eletroencefalograma). Contudo, enquanto o médium ingressa no transe de forma espontânea, assessorado pelos mentores e guias para a realização de um trabalho mediúnico, no caso do epiléptico, este é derrubado instantaneamente ao solo, provocando um afastamento violento do perispírito e sua energia vital é drenada para o meio ambiente. Em muitos casos, o epilético é também um médium de efeitos físicos e somente com tratamento espiritual e a educação de sua mediunidade poderá se reequilibrar. HIPNOSE Nas sessões de hipnose o paciente manifesta os efeitos de muitas emoções, reagindo ao comando do hipnotizador, podendo baixar a temperatura, acelerar batimentos cardíacos, enrijecer a musculatura, elevar ou baixar a pressão arterial, sentir dores inexistentes e até aliviar-se momentaneamente de suas dores. A hipnose também possibilita que o duplo etérico somatize, ao ser tocado, a sensibilidade no corpo físico mesmo à distância, comprovando a ligação do duplo etérico. Um exemplo é o “vodu”, boneco
  • 46. Corpos Sutis e Chacras - Guia de Estudos - Olivio Cezar 45 usado em religiões xamânicas ou em magia negra que, sob o comando do hipnotizador recebe o magnetismo e a sensibilidade nervosa do hipnotizado, provocando picadas e beliscões que causam dores neste. O hipnotizador atua na mente do paciente, o induzindo ao transe hipnótico, provocando o afastamento parcial do duplo etérico, permitindo o acesso ao subconsciente do hipnotizado, de modo a impor-lhe a exteriorização da sensibilidade correspondente a cada uma das emoções ou sentimentos que ele quiser, inclusive facilitando o acesso às suas vidas passadas. AUTOMATISMO O duplo etérico não é um veículo consciente, e pode ser entendido como um “cascão”, sem inteligência, que atua devido a um automatismo instintivo e biológico do corpo físico, embora também reaja instintivamente às emoções e aos pensamentos danosos que afetam o corpo astral e são transferidos para o corpo físico. Mas, como é um filtro, tem a capacidade de reter as energias negativas que provêm do corpo astral evitando que o organismo físico sofra danos que podem levar até à desencarnação. Os pensamentos negativos geram vibrações de emoções desequilibras no cérebro físico através do duplo etérico e chegam ao sistema nervoso, dirigindo-se para os sistemas endócrino, linfático e sanguíneo, causando doenças que afetam a saúde. O chacra cardíaco, responsável pelo equilíbrio vital e fisiológico do coração é o centro de forças etéricas que mais sofre os efeitos de tais energias. É o caso de muitos enfartes fulminantes que levam ao óbito. Essas emanações tóxicas, provenientes dos corpos sutis, somatizam no corpo físico eczemas, urticárias, neuroses, má circulação, distúrbios coronários, congestões renais e hepáticas, hemorroidas e outras anomalias. Se elas forem aumentadas na vida presente irão desencadear doenças mais graves, como a lepra, o pênfigo (fogo selvagem), a leucemia, a tuberculose, o câncer e outras enfermidades. NATUREZA O duplo etérico é constituído de éter-físico emanado do próprio planeta Terra e flui através dos poros da Terra, que funcionam como um condensador perdendo sua característica de essência pura e se aderindo às impurezas do planeta, transformando-se em éter físico. Este, apesar de ser invisível, se compõe de matéria rarefeita, possuindo cor, peso, temperatura e cheiro. Os médiuns videntes conseguem visualizar essas emanações coloridas. O duplo etérico é o responsável por todos os fenômenos invisíveis que ocorrem na matéria, tais como, a eletricidade, o odor, a luz, o calor, etc. Sua composição varia de acordo com o tipo biológico evolutivo do homem, sendo mais sutil e delicado nos seres superiores e mais densos nos seres mais primitivos. Durante os preparativos para a reencarnação, o Espírito vai formando o embrião obedecendo ao molde pré-existente no corpo astral e o duplo etérico também vai se formando pela destilação do éter físico e consolidando fielmente as sensações físicas para o mundo espiritual e vice-versa. Todos os alimentos ingeridos, além do ar, da energia solar e outros fluidos invisíveis estão saturados de princípios similares aos da eletricidade, que garantem a manutenção da vida orgânica. Sua constituição mais íntima é produto do quarto estado da matéria: o plasmático ou bioplasmático e vibra em comprimento de onda inferior ao da luz ultravioleta, quase imaterial. Esse estado foi descoberto pelo cientista Wiliam Crookes em 1879, que o chamou de ‘estado radiante’. DESENCARNAÇÃO
  • 47. Corpos Sutis e Chacras - Guia de Estudos - Olivio Cezar 46 O duplo etérico se dissolve e desaparece depois da morte do corpo físico, pois é formada de éter-físico, substância emanada da própria crosta terrestre. Na desencarnação, ele funciona como um amortecedor, se afastando do cadáver de um lado e do corpo astral do outro, retornando para a Natureza, ajudando o corpo astral, em condições normais, a se libertar suavemente. As mortes por acidente, suicídio ou ataques cardíacos, provocam o rompimento brusco do cordão de prata afetando os chacras e expulsando violentamente o duplo etérico e o corpo astral, levando este último para regiões tenebrosas do Umbral Grosso. As emanações do duplo etérico partem do plexo solar, ligadas ao pâncreas, atingindo uma distância de 25 a 75 cm do corpo físico. Ele contém todas as cores do arco-íris e cada chacra se apresenta com um vórtice de cor diferente: • Chakra 1 – Básico - vermelho • Chakra 2 – Esplênico - vermelho laranja • Chakra 3 – Umbilical - amarelo • Chakra 4 – Cardíaco - verde relvoso brilhante • Chakra 5 – Laríngeo - azul celeste • Chakra 6 – Frontal - anil • Chakra 7 – Coronário -branco Essas cores variam de tonalidades claras e brilhantes até escuras e turvas, dependendo dos sentimentos ou das energias que a pessoa emana. Sentimentos como o amor, a comoção, a alegria, são brilhantes e claros, enquanto os sentimentos negativos são escuros e turvos. Em certas condições após o desencarne, o corpo etérico poderá ficar ativo por períodos mais longos, assemelhando-se a um espectro quando observado por sensitivos. Esse fenómeno não pode ser confundido com a aparição de um espírito. É chamado vulgarmente de ‘cascão espiritual’. Esse cascão é visto nos cemitérios no formato de uma nuvem que vai se dissolvendo lentamente, servindo de alimento vital para espíritos e outros seres habitantes do astral inferior que vivem naqueles locais. O duplo etérico está associado à produção de ectoplasma, substancia emanada do núcleo das células de seres vivos e da própria Natureza, sendo a base dos fenômenos mediúnicos de efeitos físicos. Sua cor é azul do lado esquerdo e alaranjado do lado direito e, quando em intensa atividade, tende ao azul- cinzento-violáceo. Todos os seres vivos possuem duplo etérico, embora nem todos tenham corpo astral. OUTROS ASPECTOS O duplo etérico nunca tem acesso ao plano astral devido à sua densidade e pertence exclusivamente ao plano físico. Ele mantem os espíritos que desencarnaram pelo suicídio ou outras mortes violentas, prisioneiros das sensações carnais, que sofrem as sequelas de seus atos por muito tempo, até esgotarem as reservas fluídicas ou serem resgatados pelos benfeitores espirituais. Nas desencarnações programadas, com a dissolução das células físicas este corpo vital se dissolve normalmente, integrando-se à Natureza. Os médiuns videntes descrevem sua aparência como fosforescente, emitindo uma luminosidade que varia entre as cores azul e vermelha ou cinza cintilante, quando associadas, apresentando-se com clarões de radiações ectoplásmicas com dois polos energéticos, o negativo e o positivo, o yin e o yang do Taoísmo. Sua constituição de natureza radioativa, responsável pelo efeito eletromagnético é observada nas fotografias Kirlian. A foto Kirlian não é a foto da aura como muitos acreditam, mas a captação em filme fotográfico da radiação do duplo etérico. O duplo etérico pode ser fotografado por vários métodos,
  • 48. Corpos Sutis e Chacras - Guia de Estudos - Olivio Cezar 47 mas a kirliangrafia continua sendo o mais usado. Seu conhecimento pela Medicina trará grande contribuição para o estudo da realidade energética do ser e tratamento de diversas doenças. Tem papel crucial nas reuniões mediúnicas, principalmente naquelas que usam ectoplasma na preparação de medicamento. . Abaixo, apresentamos um trecho ditado pelo Espírito Joseph Gleber, pela psicografia de Robson Pinheiro, no importante livro sobre o tema: LIVRO “MEDICINA DA ALMA” “A constituição físico-psico-espiritual do ser humano é uma obra-prima da criação divina, síntese de todas as experiências evolutivas já realizadas no orbe terreno em últimos milhões de anos, podendo ser entendida como um complexo mecanismo energético, iluminada pela razão e pelo sentimento, em direção a outras formas de expressão da consciência, em sua marcha ascendente rumo às regiões luminosas das moradas angélicas, para onde demanda nossa caminhada. Desde as primeiras manifestações do princípio inteligente na matéria, passando pelos diversos reinos que a natureza prodigalizou sob a orientação amorosa de Jesus, vê-se a mônada divina aperfeiçoando-se, materializando-se e desmaterializando-se nos campos experimentais do mundo das formas, adquirindo predicados que a enriquecem cada vez mais em sua marcha ininterrupta para as formas mais primorosas de expressão de sua intimidade divina. No vai-e-vem das experiências vivenciadas e divinamente direcionadas, nota-se a presença de um modelo diretor, organizador de suas manifestações em qualquer forma que se expresse, seja no plano denso da matéria ou no ambiente astralino no qual estagia o psiquismo em formação. É no ambiente dos reinos inferiores que a mônada, ou o psiquismo adormecido do futuro arcanjo, começa a sensibilizar-se de forma intensa, ao mesmo tempo em que, já no reino vegetal, começa a desenvolver as manifestações mais complexas de um duplo, composto das energias bioplasmáticas de que são constituídos os diversos seres integrantes desse prodigioso reino da natureza. As análises realizadas pelos nossos irmãos encarnados no campo precioso do magnetismo comprovaram aos céticos de todas as procedências, há muitos anos, a existência do perispírito e do duplo etérico nas experimentações de exteriorização dos recursos anímicos. O duplo etérico desdobrado ou dissociado do corpo físico, seja espontaneamente ou sob ação magnética exterior, foi amplamente provado pelos estudiosos das ciências psíquicas, servindo para comprovar a existência e sobrevivência do Espírito, sua atuação e independência na vida. Foi investigada e constatada a realidade do corpo etérico através de processos científicos desenvolvidos pelos companheiros encarnados, como fotografias, materializações e muitas impressões físicas observadas e sobejamente atestadas por pesquisadores e médiuns que se dedicaram ao estudo da ciência psíquica. No ser humano, o duplo constitui a camada mais eterizada, ou menos grosseira, do corpo físico. Em sua constituição íntima encontra-se, além das substâncias físicas comuns, em vibração ligeiramente diferente, grande quantidade de ectoplasma, a essência básica dessa contraparte etérica do corpo humano, cuja razão de ser está na distribuição equilibrada das energias provenientes do grande reservatório cósmico universal e sua transformação em fluido vital, encarregando-se de irrigar toda a comunidade orgânica do aparato fisiológico humano. O duplo etérico, também chamado corpo vital, é, assim como os outros corpos de manifestação da entidade pensante, uma conquista do ser em sua longa caminhada de evolução anímica, constituindo-se em elemento preciosíssimo na economia orgânica e na manutenção da saúde do ser humano. Elemento de constituição delicada, de natureza material mais sutil,
  • 49. Corpos Sutis e Chacras - Guia de Estudos - Olivio Cezar 48 ectoplásmica e de alta sensibilidade, o duplo etérico é altamente influenciável e se ressente, em sua estrutura íntima, do comportamento humano equilibrado ou não, no que tange às virtudes ou viciações. Além do seu potencial de centro distribuidor do fluido vital, o duplo reveste-se de importância maior ao servir de base, quando exteriorizado, para a materialização de entidades espirituais, que, manifestando-se para meus irmãos da Terra, demonstram que continuam vivas, com todas as suas faculdades anímicas que provam a inexistência da morte e a continuidade da vida em outros campos vibratórios, em outras dimensões do universo. Enquanto o corpo físico, de natureza carnal e orgânica, manifesta-se num complexo polizóico celular, distribuído em órgãos, sistemas e aparelhos, objetos de estudo das ciências oficiais, o duplo é formado de substâncias eterizadas do mundo terreno. Os fluidos constitutivos do duplo etérico são muito mais grosseiros ou materializados do que o fluido cósmico, sendo perceptíveis aos clarividentes na formação da chamada aura, que reflete a saúde do ser humano. A utilização de matérias tóxicas, como o fumo, o álcool ou mesmo substâncias considerada medicamentosas, com teor tóxico inegável, afeta a estrutura íntima do duplo, desregularizando- lhe os centros de força e, por consequência, a rede de distribuição das energias vitais que irrigam as células do corpo físico. O tabaco, o álcool e as drogas mais utilizadas pelo homem envenenam lhe as reservas vitais, obstruindo os centros de força que as distribuem. A nicotina e o alcatrão, de forma mais atuante, corroem a própria matéria etérica de que é constituído o duplo, formando "buracos" semelhantes às bordas queimadas de um papel, facilitando assim a eclosão dos diversos distúrbios que comprometem o equilíbrio psicofísico do ser humano. Funciona o duplo etérico para o ser encarnado como um manto protetor ou uma tela eterizada, que impede o contato constante e sem barreiras com o mundo astral, atuando também como proteção natural contra investidas mais intensas dos habitantes menos esclarecidos daquele plano e, ainda, protegendo o homem contra o ataque e a multiplicação de bactérias e larvas astralinas, que, sem a proteção da tela etérica, invadiriam a organização não somente do corpo físico, durante a encarnação, como a própria constituição perispiritual. Quando, por meio de seus desregramentos e vícios, passa a consumir substâncias corrosivas, como o álcool, o fumo, a maconha e outras drogas, ou quando, no seu comportamento abusivo na esfera da moralidade, bombardeia a sensível tessitura do duplo, queimando lhe e envenenando lhe as células etéricas, o ser humano nele cria verdadeiras brechas, que ocasionam consequências nefastas. Através delas, penetram as comunidades de larvas e vírus do subplano astral, comumente utilizadas por inteligências sombrias para facilitar-lhes o domínio sobre o homem; além disso, favorecem o assédio mais intenso das consciências vulgares, que usam o ser encarnado para saciar sua fome e sede de elementos materiais, quando não, para acirrarem ainda mais a perseguição contumaz e infeliz sobre a pobre vítima de seus desequilíbrios. A ingestão de drogas mais fortes, como a maconha, o LSD, a cocaína e seus derivados, bem como de medicamentos específicos, cujos componentes químicos sejam inegavelmente tóxicos, violenta a tela etérica, provocando sua ruptura. Sabemos que a lesão do duplo dificilmente se recompõe, donde vem a facilidade de as pessoas que fazem uso de tais tóxicos verem verdadeiras monstruosidades e aberrações quando estão sob o seu efeito devastador. Acontece que, sem a proteção dessa tela, que os manteriam naturalmente protegidos dos habitantes dos subplanos astrais, começam a perceber as formas horripilantes, criadas e mantidas pelos seres infelizes que estagiam nas regiões mais densas do plano astralino. Falta-lhes a proteção etérica, que violentaram pelo consumo de drogas, estimulantes ou excitantes que lhes destruíram parte da proteção de que a natureza os dotou, para sua própria segurança na marcha evolutiva. Embora essa destruição não seja completa, criando apenas rasgos ou brechas, utilizando-nos do vocabulário de meus irmãos, é verdadeiramente nociva a sua falta, pois o duplo é de essencial importância para o equilíbrio do ser humano. Quando isso ocorre, além dos recursos terapêuticos comumente empregados nas casas espíritas para tais casos, deve-se promover a
  • 50. Corpos Sutis e Chacras - Guia de Estudos - Olivio Cezar 49 doação e a transfusão de fluido vital, ectoplásmico, para suprir a falta ou para revitalizar a parte afetada do duplo etérico. E o duplo etérico o responsável pela metabolização das energias advindas dos chamados planos material e astral. Todo ser vivo, por meio de seu duplo etérico, mantém- se em relação direta com os outros elementos da grande família universal, através dos campos de energia que se interligam em toda a natureza. Vindas de várias dimensões do universo, as energias do plano etérico da criação participam da formação e do equilíbrio do homem, ligando-o etéricamente com os animais, vegetais e minerais, na troca incessante de recursos presentes na criação. Todos esses planos, se assim podemos denominá-los, estão envoltos em uma rede de energia etérica que nutre e revigora os corpos de manifestações mais densas do ser humano; por isso, as transferências de energias etéricas se realizam em todos os reinos da natureza, contribuindo tudo para o equilíbrio integral do ser humano. Daí a necessidade de o homem viver em harmonia com a natureza que o envolve e onde evolui. Assim, as questões relativas à ecologia deixam de representar apenas fatores de preservação externa para assumirem um papel de equilíbrio energético em que o homem é o maior beneficiado. É necessário esclarecer aos meus irmãos que, além das energias comuns nos reinos naturais que os antecedem na escala evolutiva, outras, de natureza eletromagnética, atuam para o equilíbrio da vida humana, como de todo o planeta em que vivem. São as energias astrais ou cósmicas, que vêm do espaço, de estrelas e planetas, que emitem suas radiações entre si, e, no caso presente a que aludimos, a Terra sofre a sua influência, como também lhes envia a sua própria, em direção ao espaço intermúndio. Essas radiações afetam todo o contexto da vida terrena, sendo que, no homem encarnado, é o duplo etérico o responsável pela metabolização e sutilização dessas energias, de forma automática, através dos vórtices ou chacras, conforme as circunstâncias vividas por ele. Dessa maneira, observamos que os estados realmente saudáveis encontrados no ser são o resultado de uma vivência harmoniosa com a atmosfera psíquica e moral, que contribui para o seu equilíbrio integral. Tendo em vista que o espírito está em via de progresso e que a grande maioria ainda progride mais por força da lei cósmica, de forma semiconsciente, com uma existência anômala e inadequada, fica difícil alcançar esse estado de saúde integral por seus próprios esforços volitivos, uma vez que sua vontade se encontra por vezes indisciplinada, em meio às sinuosidades da jornada que percorre. A medida que o indivíduo adquire maior experiência, entendimento e moralidade, conforme os princípios cósmicos que o Evangelho preceitua, posiciona-se cada vez mais acertadamente ante as energias que interagem em seu psiquismo e no fisiologismo de sua existência no plano das formas. Vemos em Jesus um modelo a ser seguido pelos espíritos da Terra, fato este que é corroborado pela sua alta estirpe espiritual e pelos exemplos de convivência com os diversos reinos no grande ecossistema universal. Notamos, na vida de Jesus, a integração com os animais, vegetais e minerais, num processo de transmutação e canalização de energias com vistas à elevação geral do ser humano. Examinemos mais detalhadamente as lições evangélicas sob essa perspectiva e com certeza encontraremos farto material, que, longe de se constituir em fator místico, nos indicará um método de vida que promove maior integração com a vida universal. Por isso, não nos cansamos de falar, ao longo destas páginas, que o Evangelho do Cristo, com todo o seu alcance para a vida do homem, é ainda o único tratamento conhecido de eficácia comprovada para debelar o sofrimento do ser humano, para solucionar seus problemas morais, que provocam as disfunções orgânicas ou fisiológicas, por impositivo das leis cósmicas,
  • 51. Corpos Sutis e Chacras - Guia de Estudos - Olivio Cezar 50 conduzindo-nos a estágios cada vez mais avançados de evolução anímica e, por conseguinte, a alcançar uma saúde mais perfeita, uma atitude mais equilibrada ante nós mesmos e perante a vida. Retornando à análise do duplo etérico, vemos, em sua estrutura, a existência de uma delicada rede de filamentos energéticos, responsáveis pela interação entre os diversos chacras ou vórtices energéticos, que propiciam a estes a realização de suas funções de aferència ou eferência, nem sempre absolutas, mas variantes. Tais canais ou filamentos há muito foram identificados pelos nossos irmãos encarnados na índia e nas demais regiões do Oriente, sendo denominados por eles como nadis, por onde circulam as energias etéricas e o fluido vitalizante, que irrigam os órgãos do corpo físico, funcionando, para essas energias mais sutilizadas, exatamente como as artérias, para o sangue. Esses canais, por onde circulam as diversas modalidades de energia processadas pelo corpo etérico, são de natureza hipersensível, sendo por isso diretamente afetados pelo comportamento humano, mais ou menos como as células nervosas, que lhe são uma continuação, ou materialização. Esse assunto é pouco pesquisado por meus irmãos espíritas e, por isso mesmo, pode causar certas reservas quanto ao que falamos, por escapar ao círculo do conhecimento ortodoxo, mas que não podemos ignorar, por constituir uma realidade a sua existência. Tais filamentos existentes na constituição etérica humana são muitas vezes obstruídos ou destruídos, devido ao uso, por parte do homem, de elementos tóxicos e venenosos, que, como já dissemos, afetam diretamente esse corpo de natureza menos densa, o duplo etérico. São as bebidas alcoólicas de natureza variada e o tabaco os responsáveis mais comuns por tais obstruções energéticas, as quais provocam inúmeros distúrbios na circulação sanguínea e no sistema nervoso, além de disfunções nos chacras. Muitos abusos na área alimentar também provocam a obstrução desses canais ou filamentos, notadamente na área de atuação do baço e do pâncreas, e promovem, juntamente com diversos fatores emocionais, o desequilíbrio nesses órgãos, que passam a ter funcionamento irregular, causando assim enfermidades que, apesar de catalogadas pela medicina da Terra, são de difícil tratamento. O duplo etérico assemelha-se à camada de ozônio que reveste o orbe terráqueo, pois, na verdade, essa camada protetora da Terra tem, por analogia, a mesma função do duplo etérico no ser humano. Quando é destruída a camada de ozônio do planeta, formam-se "buracos" em locais onde deveria haver a proteção natural e, assim, certos raios solares penetram pelas falhas e produzem diversos males nos habitantes imprevidentes do mundo. Note-se como se assemelham os casos a que nos referimos, pois, assim como o homem destrói sua tela etérica pelo consumo de material tóxico e corrosivo, o faz igualmente com a camada etérica planetária, com o uso, em maior escala, dessas mesmas substâncias. Há que se proceder a uma reeducação dos padrões humanos para se entender o sentido universalista da ciência espírita, a fim de que o homem compreenda a grandeza em que se fundamentam os ensinos de tão grande doutrina. Observamos multidões procurando o serviço de médicos especializados ou de médiuns receitistas a fim de resolverem muitos de seus problemas de saúde, como se a medicina terrena ou a espiritual possuíssem fórmulas de eficácia instantânea para a resolução de suas dificuldades, quando estas residem basicamente em sua própria postura de vida e diante da vida. Esquecem-se de que o homem não é apenas um agregado de matéria, mas um complexo de energias, um ser moral, uma individualidade eterna, de natureza sideral, e de que da sua postura íntima dependem seus estados enfermiços ou saudáveis, assim como sua felicidade ou infelicidade. O equilíbrio em todos os sentidos, no falar, no agir ou no pensar, é a fórmula única de manter a harmonia interativa do espírito imortal e dos seus corpos de manifestação no universo. Igualmente, podemos afirmar que as questões relativas à ecologia, defendida por muitos na atualidade, não se resolvem apenas com decretos governamentais ou intervenções políticas; é
  • 52. Corpos Sutis e Chacras - Guia de Estudos - Olivio Cezar 51 notório que os problemas enfrentados nas coletividades humanas são o reflexo dos problemas íntimos, e a solução para qualquer deles é uma questão de reeducação e postura interior perante a própria vida.”
  • 53. Corpos Sutis e Chacras - Guia de Estudos - Olivio Cezar 52 A AURA A aura é o espelho da alma, revelando o nosso estado físico, emocional e espiritual, refletindo determinadas colorações identificadas pelos médiuns videntes. Também conhecida como psicosfera, é a somatória das vibrações energéticas emanadas pelos corpos sutis. De constituição etérea, apresenta normalmente uma aparência ovoide que envolve o corpo humano com um campo energético multicolorido, permitindo através das suas cores e formas a visualização de diferentes estados emocional, como: alegria, medo, raiva, etc. Na sua leitura, podemos diagnosticar patologias ainda não detectadas no corpo físico e podemos realizar diversos métodos de tratamento e de limpeza energética, tais como: cirurgias espirituais, extração de chips e instrumentos de tortura implantados por entidades do Mal, limpeza dos canais energéticos de larvas astrais, eliminação de energias cristalizadas, limpeza e remoção de feitiços, quebra de contratos e acordos feitos com as Trevas. Uma aura brilhante e saudável é obtida pelos bons pensamentos e atitudes. Por isso devemos ter uma postura positiva da vida e das pessoas com quem nos relacionamos. Isso, juntamente com uma alimentação sadia, exercícios físicos simples e prática da meditação, aliados a ações voltadas para a caridade anônima, nos ajudarão a obter uma melhor qualidade de vida e a nos precaver das energias negativas que nos chegam diariamente, pelo convívio com outras pessoas e pela própria energia negativa que envolve o planeta, oriunda dos pensamentos da atual humanidade. A aura constitui-se também num reflexo natural da consciência espiritual, estampando através de suas combinações de cores as manifestações de espiritualidade ou as degradantes imagens da perversão do ser. Durante as vivências do Espírito, espelham-se, nas irradiações da aura, todos os seus vícios ou virtudes adquiridos ao longo da sua jornada evolutiva, registradas no perispírito. Através do estudo das energias da aura podemos detectar formas pensamento, criações fluídicas e clichés mentais, e desenvolver diagnóstico e técnicas que irão contribuir com a medicina do futuro. VAMPIRISMO Convivemos com pessoas que emanam pensamentos negativos e precisamos nos cuidar para não fazer parte desse grupo de vampiros energéticos. Esses seres, consciente ou inconscientemente absorvem a energia do duplo etérico, afetando as auras alheias sem que suas vítimas o percebam. Toda energia que toma a aura sadia é de origem cósmica e vem de forma natural, suprindo as nossas necessidades existenciais. A pessoa saudável alimenta inconscientemente sua aura com boas energias, mas o vampiro energético não quer ou não sabe recarregar a sua aura, devido à negatividade que emite e pela incapacidade de vivenciar momentos felizes. Eles possuem uma imperiosa necessidade de se
  • 54. Corpos Sutis e Chacras - Guia de Estudos - Olivio Cezar 53 alimentar da energia alheia sugando-as avidamente. O médium vidente consegue ver projetarem-se da aura de um vampiro energético, vários filamentos que parecidos com tentáculos, que rodeiam e tateiam o campo energético da vítima, em busca de pontos fracos onde se possam fixar. Ao encontrá-los, crava seus tentáculos na aura do involuntário doador e começa a drenar os seus fluidos áuricos, havendo por parte do vampiro uma preferência pelas regiões correspondentes aos chacras coronário, cardíaco e sacro. A convivência com esses vampiros deveria ser evitada, mas isso não é fácil, pois geralmente eles fazem parte de um ciclo familiar e social. Transcrevemos abaixo importante questionamento sobre a aura, constante no livro “Técnica da Mediunidade”, de Carlos Torres Pastorinho: Pergunta: “Dizem que azul é a cor da aura das pessoas adiantadas, e vermelho a das atrasadas. Que têm que ver as cores com a espiritualidade? Resposta: A razão das cores não é espiritual, mas física; não é religiosa, mas científica. Deus é A LEI, que vigora em todos os planos: físico, moral, mental e espiritual. Elucidemos estas afirmativas. A luz se propaga (assim como o som, a eletricidade, etc.) em ondas, que são projetadas de seu foco: Se o foco luminoso e o objeto estão parados, as ondas atingem o objetivo sempre na mesma freqüência. Mas se o objeto se está distanciando do foco, o raio de luz vai atingindo o objeto sempre atrasado. E quanto maior a velocidade do distanciamento do objeto, mais atrasadamente vai ele recebendo cada onda sucessiva: Se ao contrário o objeto se está aproximando do foco luminoso, a raio de luz vai atingindo esse objeta cada vez mais adiantado. E quanto maior a velocidade da aproximação do objeto, mais adiantadamente vai ele recebendo cada onda sucessiva. Ora, acontece que o atraso sucessivo produz uma vibração cada vez mais baixa, como se a onda se esticasse constantemente. E ao contrário, o adiantamento sucessivo produz uma vibração mais alta, como se a onda se encurtasse constantemente. Então, no primeiro caso temos um alongamento contínuo da freqüência, e no segundo um encurtamento constante da freqüência. Esse fato produz um efeito singular, conhecido em Física como “Efeito de Doppler”: o alongamento sucessivo de uma freqüência produz uma luz vermelha e o encurtamento sucessivo de uma freqüência produz uma luz azul. A cor dos espíritos (azul e vermelho) - Aplicando esses princípios aos corpos espirituais, verificamos que: a) se a direção de seu caminhar é um afastamento do Foco de Luz (Deus = Amor), eles nos aparecerão vermelhos; e tanto mais vermelhos quanto maior for a velocidade de seu afastamento constante; b) se a direção de seu caminhar é uma aproximação do Foco de Luz (Deus = Amor), eles nos aparecerão azuis; e quanto maior for a velocidade de sua aproximação, mais azuis nos aparecerão eles. Note-se que a cor vermelha ou azul não dependem da colocação do corpo espiritual na escala evolutiva. Assim: a) Pode tratar-se de um corpo espiritual muito adiantado; se caminhar afastando-se do Foco Luminoso (Deus = Amor), isto é, se se dirigir para o polo oposto (ódio), sua luz será vermelha; b) e pode tratar-se de um corpo espiritual bastante atrasado; se caminhar na direção do Foco de Luz (Deus = Amor), sua luminosidade será azul. Podemos então fixar:
  • 55. Corpos Sutis e Chacras - Guia de Estudos - Olivio Cezar 54 1º - A Intensidade da coloração azul ou vermelha dependerá da velocidade da aproximação ou do afastamento, independente do atraso ou adiantamento próprio na escala evolutiva. 2º - O brilho (ou opacidade) dessas cores é que nos revelarão a maior ou menor posição na escala evolutiva: quanto mais estiver nas cercanias do Foco de Luz, mais brilhantes as cores, e quanto mais nas regiões (vibrações) distantes, mais opacas serão elas. 3º - A tonalidade das cores (claro ou escuro) já dependerá da maior ou menor densidade específica do corpo espiritual. Quanto mais denso, mais escuro será o vermelho, ou o azul (azul marinho); quanto menos denso mais claras serão as cores chegando a um azul claro lucilante, que se aproxima do branco. Daí, concluímos que em qualquer movimento de ódio, mágoa, ressentimento, egoísmo, ciúme ou orgulho, a aura toma a tonalidade vermelha, porque está em processo de afastamento da Vibração Divina, que é o Amor. E também o contrário: qualquer ato de amor, em qualquer ponto da escala, dá à aura a coloração azul, porque aproxima da Divindade que é Amor. Logicamente, entretanto, quanto menos espiritualizado o amor, mais escuro o azul; quanto mais espiritualizado o amor, mais claro o azul, porque o ato, de acordo com sua espiritualidade maior ou menor, faz tornar-se mais leve ou mais pesada a densidade específica do corpo espiritual.”
  • 56. Corpos Sutis e Chacras - Guia de Estudos - Olivio Cezar 55 O CORDÃO DE PRATA O cordão de prata é a “algema energética” que prende o Espírito na carne. Só se rompe na hora da desencarnação do corpo físico. Em alguns casos, mesmo após o desligamento do corpo denso, o cordão ainda retém um pouco da vitalidade do duplo etérico e dos chacras, mantendo assim, o Espírito agregado energeticamente ao cadáver. É por isso que espíritos benfeitores dão assistência aos que estão desencarnando, desconectando-os dos fios energéticos que o prendiam ao corpo denso. O cordão de prata é tão resistente, que em muitos casos é necessário auxílio do Alto para rompê-lo. Também é chamado comumente de fio de prata, fio fluídico, cordão astral e cordão fluídico. Este último é a forma utilizada por Allan Kardec em algumas obras, como no seguinte trecho da Revista Espírita de 1860, pág. 86: “Ainda encarnado, o Dr. Vignal, tal como ocorreu com o Conde R…, tendo sido evocado por Kardec em 3 de fevereiro de 1860, explicou que seu Espírito se comunicava com o corpo, adormecido em Souilly, através do cordão fluídico.” Na Doutrina Espírita, o cordão de prata representa uma espécie de apêndice energético que concede a energia vital para o corpo, vitalizando-o. Cada célula do corpo astral está ligada à célula correspondente do corpo físico, contudo, quando esses corpos se afastam através do desdobramento, os elementos sutis do corpo astral formam uma espécie de apêndice, que é designado cordão de prata. Ele liga a região da cabeça física à astral, garantindo uma firme ligação entre ambos os corpos. O cordão de prata possui importante função, tanto nos casos de morte do corpo físico quanto nos processos de desdobramento. No momento da morte física ele é rompido definitivamente, enquanto que, durante o desdobramento, mantém a conexão do corpo astral com o físico, impedindo a morte deste e conservando ambos ligados e em comunicação permanente. Em sua constituição, o cordão de prata apresenta elasticidade, com densidade e diâmetro variáveis. Quando observamos sua estrutura junto ao corpo humano, visualizamos vários fios tênues cintilantes. Quando a pessoa está em desdobramento, possui a sensibilidade térmica e apresenta a luminosidade própria de sua aura, com uma fosforescência natural. A distancia que pode se expandir depende da quantidade de fluido vital existente no duplo etérico. Quando o cordão se apresenta como uma corda enrolada, a pessoa pode se sentir sufocada ao entrar no transe mediúnico e pode achar que é uma influencia externa, de outros espíritos. Na extremidade junto ao corpo humano tem origem física, embora possamos encontrar indícios de matéria astral ou ectoplásmica em sua constituição. Sua sede no corpo físico é a glândula pineal e a medula oblonga ou bulbo raquidiano. No outro extremo, junto ao corpo astral, sua constituição é astralina, com elementos próprios da vida extrafísica.
  • 57. Corpos Sutis e Chacras - Guia de Estudos - Olivio Cezar 56 Na extremidade que fica próxima do corpo físico, podemos observar que esse cordão fluídico tem forte ligação com a epífise e ramifica-se por todo o organismo, com ligações profundas com os chacras e o sistema nervoso. No extremo do corpo astral ele se liga aos vórtices de energia. Durante os desdobramentos, o cordão de prata se destaca visualmente, conectando o corpo astral ao corpo físico. É isso que diferencia no plano astral os encarnados dos desencarnados. Ele costuma se afrouxar, para permitir a viagem astral, mas só rompe quando é chegada a hora de voltar ao plano espiritual. Ele sempre atrai o corpo astral de volta para o corpo físico. O cordão de prata se forma no momento da concepção e passa a maior parte do tempo recolhido na intimidade das células físicas. Nos processos de desdobramento, expansão da consciência ou transe, ele ajuda o duplo etérico a manter os processos vegetativos vitais do corpo físico. Entre as sensações causadas por anormalidades do cordão de prata, listamos:  Sufocamento.  Alguém apertando a garganta.  Quase morte.  Formigamento, insensibilidade no corpo físico.  Hipersensibilidade na região da garganta (chacra laríngeo).  Tonteira durante o transe, desdobramento ou projeção astral. Embora existam certas semelhanças entre o ectoplasma e o cordão de prata, eles são elementos totalmente distintos. Vejamos o que nos fala o Espírito Joseph Gleber, na obra “Além da Matéria”, pela psicografia de Robson Pinheiro: “Olhei e vi que o cordão prateado enraizava-se no cérebro físico através da glândula pineal. Parecia originar--se ainda mais profundamente, misturando-se ou confundindo-se com as ramificações do sistema nervoso. À medida que o espírito amigo persistia na transferência magnética, todo o quantum energético era transmitido pelo cordão de prata para mim (espírito), que estava desdobrado, atuando como observador e aprendiz. - Toda vez que o espírito está afastado do corpo físico -falou Joseph - o cordão de prata forma um veículo transmissor de poderosas correntes magnéticas, tanto da dimensão extrafísica para o corpo físico, quanto do corpo para o psicossoma desdobrado em outras dimensões. O fio prateado é o transformador e condutor dessas energias revigorantes, sedativas ou calmantes, que podem ser projetadas até mesmo a longas distâncias para o socorro do sensitivo”. O cordão de prata é o elemento que possibilita a vida do ser humano na Terra, permitindo o seu pleno funcionamento. No desencarne, se desfaz definitivamente, rompendo o laço entre os corpos físico e astral, quando cessa a transferência de energia vital, possibilitando ao Espírito o retorno à espiritualidade. Nas mortes violentas, como crimes e acidentes fatais, ele se rompe de forma também drástica, Ele é citado na Bíblia, inclusive, com o mesmo significado, como nessa passagem em “Eclesiastes”, capítulo 12: “Quando você tiver medo de altura, e dos perigos das ruas; quando florir a amendoeira, o gafanhoto for um peso e o desejo já não se despertar. Então o homem se vai para o seu lar eterno, e os pranteadores já vagueiam pelas ruas. Sim, lembre-se dele, antes que se rompa o cordão de prata, ou se quebre a taça de ouro; antes que o cântaro se despedace junto à fonte, a roda se quebre junto ao poço, o pó volte à terra, de onde veio, e o espírito volte a Deus, que o deu”. Podemos também entendê-lo como uma extensão do corpo astral ou perispírito, conforme escreve Allan
  • 58. Corpos Sutis e Chacras - Guia de Estudos - Olivio Cezar 57 Kardec em “O Livro dos Espíritos”: “O laço ou perispírito, que prende ao corpo o Espírito, é uma espécie de envoltório semi-material. A morte é a destruição do invólucro mais grosseiro. O Espírito conserva o segundo, que lhe constitui um corpo etéreo, invisível para nós no estado normal, porém que pode tornar-se acidentalmente visível e mesmo tangível, como sucede no fenômeno das aparições (…)”. Em outras obras, Kardec também faz menção ao perispírito e ao corpo fluídico, como em “A Gênese”: “O Espiritismo experimental estudou as propriedades dos fluidos espirituais e a ação deles sobre a matéria. Demonstrou a existência do perispírito, suspeitado desde a antiguidade e designado por Paulo sob o nome de corpo espiritual, isto é, corpo fluídico da alma, depois da destruição do corpo tangível. Sabe-se hoje que esse invólucro é inseparável da alma, forma um dos elementos constitutivos do ser humano, é o veículo da transmissão do pensamento e, durante a vida do corpo, serve de laço entre o Espírito e a matéria. O perispírito representa importantíssimo papel no organismo e numa multidão de afecções, que se ligam à Fisiologia, assim como à Psicologia (…)”. André Luiz, pelas mão de Chico Xavier, no livro “Missionários da Luz” aborda a importância do cordão de prata durante o sono: “o cordão de prata é imprescindível à vida carnal, pois assegura a perfeita realização das funções biológicas vitais durante o período do sono natural, quando então o Espírito se desprende do corpo físico para interagir no mundo espiritual (…)”. Durante o sono, ocorre o momento em que o Espírito visita o plano astral, enquanto o corpo físico recarrega as energias de que precisa. Essa experiência é relatada em “O Livro dos Espíritos”, com a seguinte pergunta feita por Kardec aos Espíritos: “Pergunta 40: Durante o sono, a alma repousa como o corpo? Resposta: Não, o Espírito jamais está inativo. Durante o sono, afrouxam-se os laços que o prendem ao corpo e, não precisando este então da sua presença, ele se lança pelo espaço e entra em relação mais direta com os outros Espíritos.”
  • 59. Corpos Sutis e Chacras - Guia de Estudos - Olivio Cezar 58 O CORPO ASTRAL O corpo astral, também denominado de psicossoma (André Luiz) e perispírito (Kardec) pode ser entendido como corpo de desejo, uma vez que reflete nossas verdadeiras aspirações, de acordo com a lei da vibração. Emanando vibrações a certa distância além do corpo físico, em todas as direções, o corpo astral colhe sensações, transmitindo-as ao corpo mental, causando-nos sensações de acordo com a faixa vibratória do ambiente aonde nos encontramos. O corpo astral possui as mesmas cores do duplo etérico, mas contém também a luz rósea do amor. É o corpo que utilizamos no plano astral (geralmente o Umbral), refletindo nossos sentimentos e relacionamentos nesta dimensão. Possui peso específico, massa e densidade média de matéria astral, composição semifísica da matéria constitutiva da atmosfera terrestre, além de elasticidade e sensibilidades extremas. O Dr. Hernani Guimarães Andrade (1913 – 2003) definiu-o como o Modelo Organizador Biológico do corpo físico, agente intermediário ente o corpo mental e o corpo físico. Seu chacra correspondente é o umbilical. Observamos na sua anatomia os chacras ou centros de força, possuindo órgãos semelhantes aos do corpo físico, pelo fato de lhe presidir a formação, além de um cordão de prata, ligado ao corpo físico e ao duplo etérico. Não se restringe ao espaço do corpo físico, mas o interpenetra e se expande além dos limites deste. O Modelo Organizador Biológico, segundo esse cientista, possui, além das matrizes dos órgãos biológicos, um sistema de vórtices energéticos, responsáveis pela transformação, filtração, distribuição e canalização das energias cósmicas e eletromagnéticas, oriundas tanto do espaço universal como da própria intimidade do ser, mais precisamente de sua estrutura psicofísica e espiritual, que mantém sua natureza eletromagnética inalterada, em meio às transformações da matéria. Ele é o veículo de manifestação no mundo das formas, pois se situa em dois planos, físico e astral, conectado ao cordão de prata, quando estamos reencarnados. Da mesma forma, liga-se ao corpo mental, através do cordão de ouro, O corpo mental é o responsável pela manifestação do intelecto e dos sentimentos e o corpo astral, pelas emoções, por isso os esoteristas o chamam de corpo emocional. É a matriz do corpo físico, presidindo-lhe a formação desde o útero materno e acompanhando as transformações que ocorrem ao longo da reencarnação. Ajuda na formação e funcionamento das células no organismo físico, através do DNA. Carrega algumas propriedades que serão impressas nas reencarnações seguintes, tais como: impressão digital, íris dos olhos, DNA e as chamadas ‘marcas de nascença’, objeto de estudo de grandes cientistas como Ian Stevenson, Banerjee e o próprio Hernani. Funciona como a sede do subconsciente, responsável pelo crescimento da consciência no ser, refletindo as paixões, as emoções, as sensações e os desejos do instinto, gravada nos corpos mais sutis ao longo das muitas reencarnações.
  • 60. Corpos Sutis e Chacras - Guia de Estudos - Olivio Cezar 59 É utilizado no mundo espiritual para incorporar espíritos que vêm do plano mental, tal como ocorre nas nossas incorporações mediúnicas advindas do astral. O corpo astral pode se desdobrar do corpo físico por anestesia, coma alcoólico, droga, choque emotivo ou desdobramento por técnicas de apometria assim como o duplo etérico. Assim, as técnicas de desdobramento podem ser feitas:  Saindo no corpo astral e deixando o duplo etérico a alguns centímetros acima do coro físico. Neste caso, a distância a percorrer estará condicionada à elasticidade do cordão de prata e o ser não poderá ultrapassar os limites da nossa estratosfera.  Saindo no corpo mental e deixando também o astral próximo ao corpo físico. O ser estará então sob uma forma ovoide e ligada ao corpo astral pelo cordão de ouro, sem limites de espaço ou mesmo de tempo, podendo ir a outros planetas ou dimensões e avançar ou regressar no tempo. Sua forma pode ser modicada tanto pela vontade do próprio Espírito como por seres do Mal, como nos casos de zoantropia, podendo chegar até a condição de ovoide. Nas reuniões mediúnicas de psicopraxia, vulgarmente chamada de incorporação, o espírito comunicante transmite emoções, sensações, desejos, etc., em maior ou menor grau, em função da sua evolução espiritual. O corpo astral somatiza moléstias e deformações decorrentes de vícios, sexo desregrado, persistência no mal, pensamentos e ações negativas. Separado do corpo físico durante o sono, por traumatismos ou fortes comoções, acessa principalmente os vários níveis do Umbral, desde locais de sofrimento até as colônias espirituais. Após o desencarne, o corpo astral continua sua jornada, levando consigo toda a bagagem espiritual com suas virtudes e defeitos, vivenciando suas emoções de forma mais intensa. Vejamos o que nos fala o Espírito Joseph Gleber, pela psicografia de Robson Pinheiro, no livro “Medicina da Alma”: “Desde há milhares de anos, quando a mônada divina inaugurou sua escala no fundo dos oceanos, rumo à ascese infinita no seio do cosmos, teve início a elaboração dos princípios eletromagnéticos com os quais são sustentadas as células astrais do corpo espiritual, desenvolvendo-se nele os órgãos e sistemas, sensibilidades e sutilezas que caracterizam a organização psicossomática. A idéia de órgãos funcionando na intimidade do corpo espiritual às vezes assusta muitos dos irmãos espiritistas, que ainda nos imaginam os espíritos como fantasmas vaporosos e gaseificados. Na realidade, a existência de toda uma organização íntima no perispírito é um fato, pois que é ele o organizador das contrapartes físicas, estruturando cada célula, cada órgão e cada sistema existente no corpo físico de acordo com a matriz original — que é ele mesmo. Embora os órgãos existentes no interior daquilo que se pode chamar de campo espiritual, suas funções diferem daquelas desempenhadas pelos seus correspondentes na área biológica, dependendo da maior ou menor desmaterialização do espírito. Alguns órgãos, de natureza mais material, encontram-se, muitas vezes, atrofiados pelo desuso que a condição de desencarnado impõe ao ser, mesmo porque, no ambiente da erraticidade, em que o espírito se encontra, outras necessidades se fazem presentes, e muitas daquelas de que se servia na Terra desaparecem, por desnecessárias, à medida que se adapta à forma existencial extrafísica. Enquanto encarnado, é o perispírito o fator de equilíbrio vital que proporciona a coesão molecular e a manutenção da forma do mundo físico. Este corpo é constituído de matéria astral — advinda de elementos imponderáveis da própria atmosfera — que, por sua vez, já é a transformação do fluido primordial, que meus irmãos espiritistas denominam fluido cósmico universal ou simplesmente fluido universal.
  • 61. Corpos Sutis e Chacras - Guia de Estudos - Olivio Cezar 60 A natureza sutil e energética do corpo espiritual ou perispírito, constituído por matéria de freqüência energética situada além da faixa normal de percepção humana, torna-o extremamente sensível aos fatores externos e in- ternos, gravando, em sua própria estrutura astralina, todas as informações produzidas pela experiência do espírito, encarnado ou desencarnado, atuando sobre o dinamismo de seus centros energéticos. Sendo assim, a vida moral e emocional de cada ser pode alterar, preservar ou violentar todo o sistema eletromagnético do corpo espiritual. Vemos, por isso, que as nossas ações, pensamentos e emoções de- terminarão, segundo sua intensidade e persistência, o grau de saúde espiritual demonstrado por nosso espírito no plano das inteligências imortais. Por isso é que as várias enfermidades, ou os estados enfermiços de natureza patológica ou psicológica, guardam estreita ligação com as atitudes morais desenvolvidas pelo espírito nesta, como em existências transatas. As emoções humanas, com seus padrões muitas vezes inexprimíveis de moralidade, têm sua origem na intimida- de do corpo perispiritual, segundo se expressa o espírito em seu veículo imortal de manifestação. Todas as funções puramente físicas ou glandulares, que determinam, de maneira básica, os estados de saúde ou as condições psicológicas enfermas dos indivíduos, enquanto na carne, trazem suas raízes na atividade das células e dos órgãos do corpo perispiritual. A esfera extrafísica ou energética, onde se localiza e movimenta o corpo espiritual, apresenta, em idêntica expressão à do perispírito, a propriedade de fazer com que os pensamentos e emoções possuam suas formas, cores, odores e características singulares, os quais chegam até mesmo a adquirir uma existência temporária e desvencilhada do seu criador, de acordo com a intensidade da mente geradora ou da vontade, expressa através mesmo do pensamento. A possibilidade de os nossos pensamentos poderem influir tão profundamente na intimidade do nosso perispírito, bem como nas atividades morais do ser pensante, descortina uma nova visão a respeito da problemática da existência humana, com implicações muitíssimo sérias, tanto para os pesquisadores do campo científico quanto para o homem comum. A própria existência de uma energia magnética que faz parte da estrutura do corpo astral, assim como de todo o ambiente astralino ou extrafísico, faz com que o psicossoma atraia para si tudo aquilo que esteja em harmonia com suas vibrações ou repila tudo aquilo que lhe é contrário. Por conseguinte, o perispírito determina que as energias salutares ou enfermiças estejam ligadas diretamente a ele e sejam absorvidas ou agregadas às próprias células, conforme o posicionamento íntimo do espírito, não importando de que lado da vida se encontre. Por isso mesmo, as substâncias mentais, os pensamentos, as emoções, os atos e as palavras deveriam ser vistos não apenas como manifestações da alma humana, mas, sim, e principalmente, como sendo um produto de estrutura não-física e altamente eletromagnética. Encontra-se o homem, na Terra, em estágio de vida que o algema às formas de expressão inferiores, tanto por pensamentos, palavras ou atos, quanto por suas emoções ou sentimentos. Ignorantes, em sua grande maioria, das leis vigentes na esfera dinâmica do psiquismo, os seres humanos criam, através dessas mesmas expressões subjetivas ou objetivas, verdadeiros agregados de energias desequilibradas, que acabam por aderir à delicada tessitura do seu corpo espiritual e traduzem-se, na esfera objetiva da realidade humana, como traumas, psicoses ou enfermidades de natureza variada. Determinados pensamentos ou posicionamentos íntimos desequilibrados atraem para o corpo espiritual matéria astralina ou mental de igual teor e intensidade, causando disfunções correspondentes na área física, as quais escapam, na maioria das vezes, ao diagnóstico da medicina convencional. Enquanto isso, seus agentes-portadores rejeitam a mudança do padrão energético, pela reformulação de seus hábitos, pensamentos e posicionamentos, e assim conservam-se longamente à mercê das vibrações mórbidas geradas por si mesmos.
  • 62. Corpos Sutis e Chacras - Guia de Estudos - Olivio Cezar 61 A mensagem evangélica revivida e ampliada pelo espiritismo cristão é toda uma ciência de magnetismo espiritual, com consequências profundas para a dinâmica da existência humana. Essa divina ciência, com suas implicações terapêuticas para o nosso espírito enfermo, aguarda a vontade e o interesse do espírito de devassar-lhe os sublimes postulados, a fim de operar eficazmente na própria intimidade do ser e modificar lhe o padrão energético, elevando-lhe a vibração e harmonizando-lhe com as substâncias sutilíssimas da vida imortal. A mudança íntima ou reformulação moral, quando adotada pelo indivíduo, exerce seu efeito por todo o sistema vibracional do psicossoma ou corpo espiritual. Todo pensamento de natureza elevada ou posicionamento a que o ser, em sua intimidade, dá continuidade influenciam imediatamente as células do perispírito, transferindo a vibração do pensamento para a periferia fisiológica. O pensamento evangelizado ou elevado produz formas-pensamento ou clichês mentais que influem de maneira direta sobre o metabolismo perispiritual, através de ondas eletromagnéticas mais sutis e vibrantes, projetando raios de elevado teor, fazendo com que, no perispírito, se processe uma mudança em sua estrutura interna, que, por sua vez, se reflete nos estados emocionais ou na contraparte física, com a consequente recuperação da vibração local, o que se chama normalmente de saúde. A realidade espiritual em que se situa a existência deste veículo de expressão do espírito, o psicossoma, encontra- se em dimensão superior à física e lida diretamente com a intimidade de todas as coisas, o subjetivismo da criação, os modelos originais de todas as formas físicas perceptíveis. O tratamento ou a cura de qualquer enfermidade, de natureza psicológica ou fisiológica, deveria de antemão ater-se a essa realidade do corpo espiritual, ao dinamismo da vida imortal, para que o homem seja visto em sentido integral.” Do livro “Técnica da Mediunidade” retiramos o seguinte texto: “Vidência astral: Ao córtex cerebral, na área visual, chegam os impulsos nervosos, conforme a ciência médica conclui, baseando-se no fato de que aí terminam os nervos ópticos e na experiência comprovada de que um trauma nesse local causa cegueira irrecuperável. Ora, de acordo com a hipótese que formulamos, os impulsos daí se transmitem à substância branca, passando desta ao corpo astral; só no corpo astral é que os impulsos nervosos se transformam de novo em imagem, retomando a grandeza real, e isto porque a mente espiritual, que se projeta muito além do corpo físico, abrange a figura observada e a localiza no espaço real em que se encontra no plano material. O corpo astral não possui órgão especializado para receber vibrações visuais; sendo todo ele constituído de larga faixa de freqüência, que vai em escala ascendente desde a matéria (sistema nervoso) até o espírito, tem a capacidade de registrar os impulsos das vibrações luminosas em qualquer parte de sua constituição: basta-lhe sintonizar aquela freqüência. Transforma, pois, os estímulos nervosos em imagem. Não é o olho físico que “vê”, prova-o o cadáver, em cuja retina não mais se converte as imagens em impulsos nervosos. Na pessoa viva, a impressão luminosa causa uma depleção e restauração do pigmento visual dos fotorreceptores (descoramento e regeneração do pigmento visual dos fotorreceptores (descoramento e regeneração da rodopsina, que é o pigmento fotossensível) e isso dura um centésimo de segundo (duração “crítica”). Algo que dure menos,
  • 63. Corpos Sutis e Chacras - Guia de Estudos - Olivio Cezar 62 não será conscientemente visto, a não ser sob fortíssima luminosidade (flash eletrônico). Quanto menos luminoso o estímulo, mais tempo terá que permanecer para ser percebido. O fato de os bastonetes serem mais numerosos e compactos nas paredes laterais, sendo também mais sensíveis, explica por que as vidências dos “espíritos”, quando realizadas através do globo ocular, sejam mais bem vistas se não as olharmos de frente. Se percebemos, lateralmente, uma pessoa encarnada, voltamo-nos de frente, encarando-a, para vê-la melhor. Se ocorrer percebermos um “espírito” com o lado dos olhos, não nos voltemos de frente para ele: se o fizermos, a “visão” desaparecera, porque, focalizando-a na fóvea, a colocaremos no feixe de cones que a não perceberão, pois precisam de mais luz. Tanto assim que, em ambiente escuro, fixamos melhor os objetos ou a pessoa de lado, para que a imagem se forme nas paredes laterais da retina. Mas a vidência mais comum dos planos astrais só é sensível à hipófise (formas astrais) ou à epífise (“espíritos”), não passando pelo globo ocular. Audiência: Levados pelos nervos ao córtex, na área auditiva (segunda circunvolução do lobo temporal), os impulsos elétricos são comunicados à substância branca e daí passam ao corpo astral, novamente se transformando em sons, no espírito. A prova é que não ouvimos os sons dentro da cabeça, mas FORA, exatamente no lugar de origem, só repercutindo no cérebro; é que a mente espiritual, sendo adimensional, projeta-se fora e além do corpo, ouvindo o som no local em que é produzido; tanto que sabe dizer qual a direção de que provém o som; o ouvido serve apenas de captador e transformador, repercutindo, no cérebro, o som. O ouvido humano percebe as vibrações de 16 a 20.000 ciclos por segundo (o cão tem a escala mais extensa: de 15 a 50.000 c/s, e o golfinho mais ainda: de 150 a 150.000 c/s). As pessoas cuja escala auditiva seja mais extensa que a normal, podem “ouvir” realmente os sons emitidos por espíritos de plano astral. Como são ouvidas as vozes sem que sejam vistas as pessoas que falam; e como isso ocorre com espíritos de vibração barôntica, quase sempre os médiuns audientes, por falta de preparo cultural e, sobretudo espiritual, são classificados de dementes, alucinados ou loucos, pela medicina oficial. Com efeito, irritam-se com as frases só ouvidas, respondem falando sozinhos, embrenham-se em discussões intérminas, xingam e são xingados. E suando dizem que estão “ouvindo vozes” e conversas, os “entendidos” sorriem compassivos em sua superioridade acadêmica e giram o indicador à altura do temporal... e asseveram dogmáticos: alucinações auditivas; tratamento: internação hospitalar com eletrochoques. E por vezes, a cura é obtida, porque não só os espíritos inferiores se afastam para fugir aos choques, como também a violência do tratamento acaba embotando o ouvido interno e sacrificando o nervo auditivo. Ainda do citado livro, retiramos essas importantes observações: “O corpo astral é o molde, ou a forma, por onde se modela o corpo físico-denso. Poderíamos, talvez, exprimir mais verdadeiramente o que se passa, dizendo que o corpo astral se condensa ou se congela no físico-denso. Job utilizou uma expressão (mais de 1.500 anos antes de Cristo!) que é bem realista: “derramaste-me num jarro como leite, e como queijo me coagulaste, tecendo-me de ossos e nervos e vestindo-me de carne e pele” (Job, 10: 10-1 1). Referia-se à materialização do corpo no líquido amniótico no útero materno. Mas os fatos se passam bem assim. O corpo astral é constituído de células de fluido astral, com sua vida própria. Essas células de tecido astral acompanham a evolução do espírito nas diversas e sucessivas existências, evoluindo elas também, porque já pertencem ao reino animal, embora monocelulares. Mas são como que agregadas permanentemente ao corpo astral de cada indivíduo, com ele evoluindo enquanto ajudam sua evolução.
  • 64. Corpos Sutis e Chacras - Guia de Estudos - Olivio Cezar 63 Ora, a cada nova encarnação da criatura, quem se “materializa” são exatamente essas células, cada uma de per si, cada uma dentro das funções que lhe cabem, cada uma cumprindo seus deveres especializados, tudo bem gravado no DNA, em código cifrado. Então, o conjunto das células astrais forma o CORPO ASTRAL. Materializadas as células astrais, temos como resultado palpável em nosso planeta, o CORPO FISICO. Por Isso dizemos que o corpo físico é a “condensação” do corpo astral. Ora, obedecendo, como vimos, ao pensamento, a matéria astral toma a forma que a essência do pensamento subconsciente plasma. Dai ser o corpo físico a manifestação visível do corpo astral invisível. E este comanda aquele por intermédio do sistema nervoso, que é o intermediário adrede construído. Dizem os cientistas que as células do corpo humano se renovam todas (menos as nervosas) de sete em sete anos, sendo que a vida de algumas é muito mais breve. O que ocorre é que o corpo físico das células, cada uma de per si, envelhece e morre e a célula torna a reencarnar. A prova disso é que as cicatrizes superficiais desaparecem, quando não atingem o corpo astral das células, mas apenas seus corpos físicos, e então elas reencarnam no mesmo lugar. Mas quando o ferimento atinge seus corpos astrais, expelindo os do lugar, a cicatriz permanece, porque não vêm outras células para substituir as que voltaram ao acervo do plano astral. Como vemos, só a parte mais condensada, a menor e mais limitada, a mais rígida e sólida, o corpo físico-denso, é que tem capacidade para manifestar-se em nosso globo. Toda a parte mais etérica e espiritual, muito maiores e mais fluídicas, não são percebidas por nossos sentidos.”
  • 65. Corpos Sutis e Chacras - Guia de Estudos - Olivio Cezar 64 O CORPO MENTAL O corpo mental está associado à função intelectiva. Ele se divide em mental inferior ou concreto e mental superior ou abstrato. Nessa obra, vamos chama-los respectivamente de mental e causal, respeitando os conceitos esotéricos. A função intelectiva do corpo mental (inferior) é englobar as percepções que sensibilizam os cinco sentidos comuns ao homem terreno. É o corpo cognitivo, cujo raciocínio é naturalmente seletivo e impressiona diretamente o sistema nervoso. Está diretamente relacionado à personalidade encarnada e encontra-se ligado ao chacra laríngeo, o chacra da expressão. O corpo mental constitui o aspecto mais externo e menos denso de todo o conjunto neuro-psicológico- energético também denominado aura. Ele começa na periferia do corpo astral, interpenetrando o astral. Podemos deduzir que o corpo mental emana vibrações do consciente e do subconsciente. Que são dois aspectos da mente, responsáveis pelo raciocínio lógico e pelos mecanicismos dos centros psicológicos. É nesse corpo que a consciência se manifesta no plano mental e não está mais sujeita às ações do tempo, do espaço e da forma, como no caso do astral e se compõe de um conglomerado de energias sutis, podendo ser visualizado como nuvens de cores branca, dourada ou azul. Enquanto o astral é conceituado como um corpo de desejos e emoções, o mental é um corpo de sentimentos elevados, aumentando seu formato ovalado ao longo das reencarnações, acompanhando o processo evolutivo do Espírito e a energia que emana não pode ser observada no plano físico. O corpo mental, repetimos, tem o formato ovalado e está conectado ao corpo astral por um conduto energético sutil chamando de cordão de ouro, analogamente ao cordão de prata que une o corpo astral ao corpo físico. Seu desdobramento acontece quando ele se projeta para fora da paracabeça extrafísica do corpo astral, podendo se projetar para fora deste, deixando-o alguns centímetros acima do corpo físico ou mesmo em algum subplano intermediário do plano astral. Funciona como o primeiro acervo de dados que a mente física precisa para obter informações, impressionando o nosso sistema nervoso, relacionando-se com o ego inferior ou personalidade encarnada. Em estado de desequilíbrio, traz diversas dificuldades do comportamento humano, como o comodismo, a busca descontrolada de prazeres mundanos, os vícios e outros defeitos, variando suas cores conforme o estado mental que o ser apresenta. Não tem órgãos internos semelhantes ao corpo físico, como o corpo astral, atuando como organizador e gestor dos corpos inferiores. O corpo mental se manifesta pela telepatia, sem articulação que se assemelhe a palavras, transmitindo
  • 66. Corpos Sutis e Chacras - Guia de Estudos - Olivio Cezar 65 imagens mentais, formas-pensamento, intermediando informações de um plano ao outro e ordenando os sentimentos. Tem uma natureza vibracional magnética muito superior à do corpo astral, que varia conforme o pensamento emitido, impulsionando os átomos mentais (matéria psi) para freqüências cada vez mais altas, formando um ultracampo mental, portador de radiações benéficas, construtivas, de cor, forma e cheiro específicos, chegando ao corpo búdico (Registro Akáshico), onde estão arquivados todos os acontecimentos e memórias, impressos no éter cósmico. Esse corpo aparece geralmente como luz amarela brilhante que se irradia nas proximidades da cabeça, dos ombros e se estende dando volta em todo corpo. André Luiz, pela psicografia de Chico Xavier, faz uma referência expressa ao corpo mental no livro “Evolução em Dois Mundos” (1959), afirmando que o perispírito ou corpo espiritual "retrata em si o corpo mental que lhe preside a formação". Esclarece que, na falta de terminologia adequada, ficava impossibilitado de defini-lo com maior amplitude de conceituação, além da que tem sido utilizada pelos pesquisadores espiritualistas. Já no livro “Medicina da Alma”, o espírito Joseph Gleber explica que - o corpo mental: “É o corpo ou veículo superior de que se reveste a individualidade eterna e onde se processa o raciocínio puro, elaborador, e de onde procede igualmente a formação dos outros corpos inferiores, através dos quais se manifesta o espírito no mundo das formas. Sua estrutura íntima é de natureza vibrátil muito superior à do perispírito, embora suas energias sejam de características magnéticas, variando sua frequência vibracional de acordo com a natureza do pensamento”. Deduzimos que o corpo mental é o revestimento sutil do Espírito que, pela mentalização, realiza a modelação do corpo que será utilizado nos diferentes planos sutis. Podemos entendê-lo como a auréola com que pintores medievais representavam nas gravuras dos anjos e santos. No livro “Nosso Lar”, podemos verificar que André Luiz visita sua mãe, que se encontrava em uma dimensão vibratória mais elevada (Plano Mental). Ele adormece e se desprende do perispírito, ficando apenas no corpo mental e vai à dimensão em que ela se encontrava. Seu perispírito, denso e grosseiro, não poderia acessar o plano de existência habitado por sua mãe. Analogamente, quando dormimos, nosso Espírito se desprende do corpo físico e, em razão do perispírito possuir composição bem mais sutil que o corpo físico, é possível visitar dimensões mais sutis. Lembrando, contudo, que os lugares visitados serão limitados ao nosso grau de evolução. O Espírito Dr. Inácio Ferreira, em muitas de suas obras psicografadas pelo médium Carlos A. Baccelli narra que, em suas raras incursões no plano mental, teve que colocar um traje similar ao de um astronauta e assim mesmo, o tempo de permanência naquele plano era muito restrito. Ainda das obras de André Luiz podemos tirar as seguintes conclusões: “Claro está que é ele santuário vivo em que a consciência imortal prossegue em manifestação incessante, além do sepulcro, formação sutil, urdida em recursos dinâmicos, extremamente porosa e plástica, em cuja tessitura das células, noutra faixa vibratória, à face do sistema de permuta visceralmente renovado, se distribuem mais ou menos à feição das partículas colóides, com a respectiva carga elétrica, comportando-se no espaço segundo a sua condição específica e apresentando estados morfológicos conforme o campo mental a que se ajusta” “Evolução em Dois Mundos”.
  • 67. Corpos Sutis e Chacras - Guia de Estudos - Olivio Cezar 66 O corpo mental é a individualização do ser vivente e dá origem à formação do perispírito, que é um corpo espiritual mais denso, que assim como o corpo físico, também é perecível, naquilo que comumente chamamos de segunda morte. Encontramos essa afirmativa em “Evolução em Dois Mundos”: “Esse corpo (perispírito) que evolve e se aprimora nas experiências de ação e reação, no plano terrestre e nas regiões espirituais que lhe são fronteiriças, é suscetível de sofrer alterações múltiplas, com alicerces na adinamia (falta de forças) proveniente da nossa queda mental no remorso, ou na hiperdinamia imposta pelos delírios da imaginação (…), e pode também desgastar-se, na esfera imediata à esfera física, para nela se refazer, pelo renascimento, segundo o molde mental preexistente, ou ainda restringir-se a fim de se reconstituir de novo, no vaso uterino, para a recapitulação dos ensinamentos e experiências de que se mostre necessitado, de acordo com as falhas da consciência perante a Lei”. Deste trecho podemos concluir que:  O perispírito é formado por uma matéria vibracional mais plástica, suscetível à influência direta da mente e pode sofrer diversas alterações, adotando a aparência de vidas pregressas, tornar- se mais jovem ou mesmo somatizar deformações.  Pode sofrer um grande desgaste que o levará a uma segunda morte, sendo necessária a construção de um novo perispírito. Em síntese, podemos concluir que o corpo mental:  É um envoltório mais sutil que reveste o Espírito;  É a origem dos demais corpos de composição inferior. A PROJEÇÃO MENTAL A projeção mental é o desdobramento mais elevado da consciência, sendo necessário se projetar primeiro no astral acalmando completamente os processos emocionais e se abstraindo dos sentidos, para depois acessar o plano mental, Assim como no astral há o cordão de prata, no mental existe o cordão de ouro, que liga o corpo mental ao astral e impede uma separação definitiva antes da hora certa. Nesse corpo, não portamos geralmente a forma humanoide e sim, a ovoide e nos sentimos numa fusão com o divino, absorvendo profundas emoções de um amor mais elevado.
  • 68. Corpos Sutis e Chacras - Guia de Estudos - Olivio Cezar 67 O CORPO CAUSAL É o corpo onde se manifesta a inteligência e a memória, sede da consciência ativa, manifestada. Possui uma memória criativa elaborada pelas ideias abstratas, sintetizando-as contínuamente. Em sua forma ovalada, apresenta a cor rosácea com nove pétalas. Ligado aos objetivos superiores propicia o aprimoramento do ser. Apegado aos pensamentos inferiores, desperta os instintos de poder e domínio atrasando nossa evolução. O corpo causal é a causa responsável pela vontade e imaginação do ser e pela criatividade, pois em sua intimidade são elaboradas as intuições para o progresso científico da humanidade. Está ligado ao chacra frontal e é a sede das virtudes e dos defeitos. É chamado de superconsciente pela psicologia, sendo a fonte dos mais sublimes desejos, pensamentos e inspirações nobres e elevadas, representando a intuição pura. É o corpo que percebe as emanações dos cinco sentidos, interpretando o mundo através do peso, cheiro, cor, tamanho, gosto, som, etc. É o primeiro grande banco de dados onde a mente física busca as informações que precisa, com um raciocínio seletivo, registrando as memórias da vida presente ou última reencarnação. Com a força da nossa mente podemos emanar vibrações do bem ou do mal, formando um campo protetor para quem vibra no amor ou destruidor para quem vibra no ódio. Ele interpenetra o corpo mental e os demais corpos inferiores, imprimindo vibrações mais refinados e sutis dentro do próprio ser. Temos pouca percepção deste corpo no estágio evolutivo em que nos encontramos. A energia que ele emite transforma-se em pensamento, tornando-nos conscientes de nossa natureza intima, nos convidando a sair dos antigos clichês de natureza inferior. Os corpos inferiores (físico, etérico e astral) ficam amortecidos a cada encarnação, por esse motivo não nos lembramos de vidas anteriores, pois os cérebros dos corpos físico e astral não estão mais lá e com a nova reencarnação formamos novos órgãos. Mas o corpo causal não morre e nosso ser integral continua igual ao que já existia nas encarnações anteriores. É chamado de corpo causal precisamente porque neste plano existem as causas de tudo o que somos e do que seremos. Todas as experiências do Eu inferior são assimiladas pelo Eu superior, onde são processadas. Após a morte e algum tempo de estágio em outros planos sutis, nos preparamos para uma nova encarnação, sentindo o que faltou para nossa evolução e decidimos então em qual corpo, família, nação ou planeta iremos reencarnar.
  • 69. Corpos Sutis e Chacras - Guia de Estudos - Olivio Cezar 68 Segundo a tradição do Yoga, cada corpo está associado a um ou mais koshas, camadas de consciência que velam o Atman, o verdadeiro Eu. A cada camada descoberta, o iogue se aproxima da unidade com o Universo. O corpo causal contém a anandamaya kosha (bem-aventurança), que é onde o iogue atinge a calma, a paz e a alegria em níveis mais elevados. Segundo Arthur E. Powell (Teosofia) ao contrário dos corpos etérico, astral e mental, o corpo causal permanece sempre o mesmo ao longo da evolução do ser humano, passando intacto de encarnação em encarnação. Para Alice Bailey, outra teosofista, o corpo causal é a “luz interior chamada Alma”. A partir deste corpo, o ser começa seu caminho individual para perceber Deus na profundidade de si próprio.
  • 70. Corpos Sutis e Chacras - Guia de Estudos - Olivio Cezar 69 O CORDÃO DE OURO Fio que faz a ligação entre o corpo astral e o corpo mental, responsável pelas transferências energéticas de nível superior. Diferentemente do cordão de prata, não se desfaz ou se rompe após a morte do corpo físico, sobrevivendo aos choques e entre-choques biológicos de desencarnação e reencarnação ao longo dos milênios. O cordão de ouro é o responsável pelo fluxo de informações e mentalizações realizadas do corpo mental em direção ao corpo astral, inferior em vibração. Sua sede está no corpo mental e, diferentemente do corpo astral, não tem forma tangível. Exerce função importante na conexão entre o mental e o astral, ao longo das múltiplas reencarnações.. Tem uma atuação física e extrafísica, por participar da parafisiologia do corpo astral e da fisiologia do corpo físico. O elemento mental deste cordão possui dupla atuação extrafísica, representando uma conexão mente-perispírito e servindo como ligação entre o plano dos sentimentos e das emoções. Sua atuação não pode ser observada pelos sensitivos e médiuns videntes. O cordão de ouro não parece funcionar como um cordão, e sim como uma conexão energética, semelhante a um controle remoto saindo do paracérebro do psicossoma e retendo pelo magnetismo, o corpo mental. Apresentamos abaixo, algumas diferenças entre o cordão de prata e o cordão de ouro: Cordão de prata Cordão de ouro O cordão de prata abrange em suas raízes toda a forma humana do homem, dos pés a cabeça. Supõe-se que o cordão de ouro faça a ligação apenas da consciência, desde a cabeça extrafísica do psicossoma até o mentalsoma, de uma dimensão para outra. O cordão de prata é mais material, tendo uma das inserções diretamente no corpo humano. Supõe-se que o cordão de ouro tenha uma das inserções diretamente no mentalsoma, em uma condição duplamente extrafísica, difícil de ser avaliada, porque deixando a dimensão intrafísica, passa pela dimensão extrafísica propriamente dita, e atinge a dimensão mentalsomática pura. O cordão de prata apresenta forma, volume, peso e processos de atuação até motrizes e táteis bem definidos. Supõe-se que o cordão de ouro seja apenas um elemento energético sob o comando remoto do mentalsoma. O cordão de prata é uma ligação própria, mais dependente do psicossoma do que do corpo humano, porque desaparece com aquele em duas etapas, na primeira e na segunda dessomas. Supõe-se que o cordão de ouro seja um elemento próprio, mais dependente do mentalsoma do que do psicossoma, porque desaparece com aquele quando a consciência alcança a condição de Consciência Livre (CL).
  • 71. Corpos Sutis e Chacras - Guia de Estudos - Olivio Cezar 70 O cordão de prata constitui, sem dúvida, apêndice do corpo humano. Supõe-se que o cordão de ouro constitua, de fato, apêndice do mentalsoma. O cordão de prata veicula sensações, em primeiro lugar, para a consciência no psicossoma, ou paracorpo das emoções. Supõe-se que o cordão de ouro veicule os pensamentos da consciência no mentalsoma. O cordão de prata é renovável, ou seja, substituído a cada nova ressoma, surgindo e desaparecendo miríades de cordões de prata para cada consciência, iguais ao holochacra. Supõe-se que o cordão de ouro permaneça único durante toda a evolução do ego, até a consciência alcançar a condição de Consciência Livre quando, então, desaparece ou é descartado junto com o psicossoma. O cordão de prata recebe influência considerável da esfera extrafísica de energia, incluindo aí a gravitação e as experiências através da passagem do tempo. Isso não parece ocorrer com o cordão de ouro. O cordão de prata aumenta e diminui ou se contrai e se estende, crescendo com o psicossoma apenas em uma vida humana, e depois de atingida a forma adulta, também não cresce mais. Supõe-se que cordão de ouro siga com o mentalsoma, crescendo de algum modo com este, que se amplia com a evolução, embora não tendo forma definida como interpretamos na dimensão intrafísica. Para a consciência, o cordão de prata é o guardião da dimensão extrafísica, quando a mesma está no estado da vigília física ordinária. O cordão de ouro é o guardião da dimensão mentalsomática quando a consciência está, seja no estado da vigília física ordinária ou mesmo na dimensão extrafísica propriamente dita. Fonte: “Projeciologia: Panorama das experiências da consciência fora do corpo humano” – Waldo Vieira.
  • 72. Corpos Sutis e Chacras - Guia de Estudos - Olivio Cezar 71 O CORPO BÚDICO O corpo búdico ou budhi, contem o nível divino do amor, da sabedoria e da iluminação, direcionando o ser a se conectar com a mente divina, a unidade essencial de nossas vidas. De um modo geral é pouco conhecido. Seu nome é em homenagem a Sidarta Gautama, que foi um Buda, ou seja, um iluminado. É uma experiência muito rara, que só pode ser obtida por seres que se encontram num elevado nível de consciência. Sua luz, uma vez atingida pela consciência, torna a criatura um manancial de compaixão ilimitada, a autêntica sabedoria do coração. Possui três estágios de manifestação: Moral, Intuitivo e Consciencial:  Moral - Discernimento do Bem e do Mal sob o ponto de vista individual e tem a forma de um sol em chamas impulsionando o Espírito para a obediência das leis que regem o plano em que está reencarnado.  Intuitivo – Desperta o gênio científico, literário e artístico. Possui a forma de ponta de lança triangular irradiando chamas ramificadas, animada de movimento rotatório lento, como uma antena que capta e registra as informações do universo.  Consciencial - Na forma de um pequeno sol muito brilhante, emite radiações retilíneas que são o centro da individualidade maior e está ligado à centelha divina. Nele estão registradas todas as reencarnações do Espírito, patrimônio adquirido e dele partem as vibrações de harmonia ou desarmonia, as experiências positivas e negativas. Tudo o que é inferior tende ao movimento descendente e o corpo físico é o grande fio terra do ser em evolução. Nos trabalhos de limpeza dos cordões energéticos que ligam os corpos, observamos ao desbloquear esses cordões, intensa e luminosa torrente de luz multicor fluir para os corpos inferiores. Os corpos búdico e átmico formam maravilhoso e indescritível conjunto de cristal e de luz girando e flutuando no espaço. Arthur E. Powell (Teosofia) faz uma comparação interessante entre o corpo causal e o búdico: “Como o elemento predominante no corpo causal é o conhecimento e a sabedoria definitiva, assim o elemento predominante na consciência do corpo búdico é a beatitude e o amor. A serenidade da sabedoria caracteriza o primeiro, ao passo que a mais terna compaixão emana incessantemente do outro.” “Não será preciso dizer que toda a descrição da consciência búdica é, necessária e essencialmente, defeituosa. É impossível, em palavras físicas, dar mais do que um mero indício do que é a consciência superior, porque o cérebro físico é incapaz de apreender a realidade.” O búdico é o plano do sentimento do Eu, um nível de consciência elevadíssimo, que exige iniciação para ser atingido. Sua luz transforma o ser num manancial de compaixão ilimitada e de autêntica sabedoria que vem do coração. Ele representa o Cristo em nós, ao despertar uma iniciação superior.
  • 73. Corpos Sutis e Chacras - Guia de Estudos - Olivio Cezar 72 O CORPO ÁTMICO Podemos conceituar este veículo como uma centelha divina, a mônada, uma porção de Deus que reside dentro de cada ser. A finalidade da reencarnação é permitir que essa centelha divina percorra as experiências na matéria na direção infinita do Criador. O corpo átmico é o princípio fundamental, um verdadeiro sol composto de luzes policrômicas. Inexplicável, indescritível, imanente, transcendente e eterno. É o “Eu Cósmico”. a mônada ou semente pulsante de vida. É o Espírito puro, a causa criada e imortal, que é ao mesmo tempo ator e ato, o espectador e o produtor do grande drama evolutivo. Segundo a Doutrina Espírita, o Espírito - termo que Kardec grafava sempre em maiúsculo provavelmente equivale ao corpo átmico, uma vez que se trata da centelha divina ou essência primordial do ser. "Há no homem três coisas: 1º, o corpo ou ser material análogo aos animais e animado pelo mesmo princípio vital; 2º, a alma ou ser imaterial, Espírito encarna- do no corpo; 3º, o laço que prende a alma ao corpo, princípio intermediário entre a matéria e o Espírito. O homem possui, como propriedade sua, a alma ou Espírito, centelha divina que lhe confere o senso moral e um alcance intelectual de que carecem os animais e que é nele o ser principal, que preexiste e sobrevive ao corpo, conservando sua individualidade" “O Livro dos Espíritos” – Allan Kardec. Nas primeiras manifestações na matéria, a mônada aprende através das experiências, a despertar os primeiros rudimentos do pensamento, a partir dos impulsos inconscientes, que se assemelham a relâmpagos, ensaiando sua ligação com o mundo das formas, com os fluidos e a Natureza. Passam-se os então bilhões de anos para que o princípio espiritual possa aprender, no trabalho incessante de contato com o mundo material, elaborando as sensações que o enriquecem para a nova etapa evolutiva. O instinto é desenvolvido, aumentando também o fluxo de pensamento, embora de forma descontínua, como rudimentos de uma vida mental organizada. No homem, entretanto, o pensamento assume uma função mais complexa e contínua, mesmo que alguns hiatos possam, de vez em quando, se perceber em sua vida mental. Dessa forma, no ser humano cuja mente está mais ou menos organizada, o pensamento surge como vibração da mente. De natureza ainda material, o pensamento ou fluido mental está estruturado na quintessência da matéria, com elementos sutilíssimos elaborados no laboratório íntimo do ser, em seu corpo mental. Imensamente superior ao fenômeno da luz, o pensamento propaga-se através de ondas, e, considerando-se a vida mental do Espírito encarnado, na elaboração do pensamento entram em ação inúmeros fenômenos fisiológicos ainda incompreensíveis para nós.
  • 74. Corpos Sutis e Chacras - Guia de Estudos - Olivio Cezar 73 As ondas mentais e formas-pensamento são o resultado do ato de pensar. Tais formas-pensamento resultam de uma fixação da matéria mental na atmosfera psíquica. Essa substância mental de ordem superior, da qual é formada essa atmosfera ou psicosfera, impregna todo o Universo e compõe igualmente o campo magnético que circunda tanto os espíritos encarnados como os desencarnados. Não temos como descrever o que designamos por Espírito, pois não existem palavras para isso. O Absoluto, o Universal, manifesta-se em cada um dos seres individualizados, por menores que sejam; mas exatamente por ser Absoluto, e, assim, escapar a todo entendimento humano, transcende a tudo que tem existência. A esse onipresente Absoluto, manifestado e manifestando cada ser, chamamos de Atman ou Espírito, que constitui a essência divina em cada ser. O termo mônada foi utilizado por André Luiz no livro “Evolução em Dois Mundos”, psicografada pelos médiuns Waldo Vieira e Francisco Cândido Xavier, como podemos observar abaixo: “Sob a orientação das Inteligências Superiores, congregam-se os átomos em colmeias imensas e, sob a pressão, espiritualmente dirigida, de ondas eletromagnéticas, são controladamente reduzidas as áreas espaciais intra-atômicas, sem perda de movimento, para que se transformem na massa nuclear adensada, de que se esculpem os planetas, em cujo seio as mônadas celestes encontrarão adequado berço ao desenvolvimento.” “Evolução em Dois Mundos“- cap. 1 – Fluido Cósmico. “A matéria elementar, de que o elétron é um dos corpúsculos-base, na faixa de experiência evolutiva sob nossa análise, acumulada sobre si mesma, ao sopro criador da Eterna Inteligência, dera nascimento à província terrestre, no Estado Solar a que pertencemos, cujos fenômenos de formação original não conseguimos por agora abordar em sua mais íntima estrutura. A imensa fornalha atômica estava habilitada a receber as sementes da vida e, sob o impulso dos Gênios Construtores, que operavam no orbe nascituro, vemos o seio da Terra recoberto de mares mornos, invadido por gigantesca massa viscosa a espraiar-se no colo da paisagem primitiva. Dessa geleia cósmica verte o princípio inteligente, em suas primeiras manifestações... Trabalhadas, no transcurso de milênios, pelos operários espirituais que lhes magnetizam os valores, permutando-os entre si, sob a ação do calor interno e do frio exterior, as mônadas celestes exprimem-se no mundo através da rede filamentosa do protoplasma de que se lhes derivaria a existência organizada no Globo constituído.” “Evolução em Dois Mundos“ - cap. 3 - Evolução e corpo espiritual. “Nascimento do reino vegetal - Aparecem os vírus e, com eles, surge o campo primacial da existência, formado por nucleoproteínas e globulinas, oferecendo clima adequado aos princípios inteligentes ou mônadas fundamentais, que se destacam da substância viva, por centros microscópicos de força positiva, estimulando a divisão cariocinética. Evidenciam-se, desde então, as bactérias rudimentares, cujas espécies se perderam nos alicerces profundos da evolução, lavrando os minerais na construção do solo, dividindo-se por raças e grupos numerosos, plasmando, pela reprodução assexuada, as células primevas, que se responsabilizariam pelas eclosões do reino vegetal em seu início.” “Evolução em Dois Mundos“ - cap. 3 - Evolução e corpo espiritual. “Formação das algas - Sustentado pelos recursos da vida que na bactéria e na célula se constituem do líquido protoplásmico, o princípio inteligente nutre-se agora na clorofila, que revela um átomo de magnésio em cada molécula, precedendo a constituição do sangue de que se alimentará no reino animal. O tempo age sem pressa, em vagarosa movimentação no berço da Humanidade, e aparecem as algas nadadoras, quase invisíveis, com as suas caudas flexuosas, circulando no corpo das águas, vestidas em membranas celulósicas, e mantendo-se à custa de resíduos minerais, dotadas de extrema motilidade e sensibilidade, como formas monocelulares em que a mônada já evoluída se ergue a estágio superior.”
  • 75. Corpos Sutis e Chacras - Guia de Estudos - Olivio Cezar 74 “Evolução em Dois Mundos“ - cap. 3 - Evolução e corpo espiritual. “Dos artrópodos aos dromatérios e anfitérios - Mais tarde, assinalamos o ingresso da mônada, a que nos referimos, nos domínios dos artrópodos, de exoesqueleto quitinoso, cujo sangue diferenciado acusa um átomo de cobre em sua estrutura molecular, para, em seguida, surpreendê-la, guindada à condição de crisálida da consciência, no reino dos animais superiores, em cujo sangue – condensação das forças que alimentam o veículo da inteligência no império da alma – detém a hemoglobina por pigmento básico, demonstrando o parentesco inalienável das individuações do Espírito, nas mutações da forma que atende ao progresso incessante da Criação Divina.” “Evolução em Dois Mundos“ - cap. 3 - Evolução e corpo espiritual. “Faixas inaugurais da razão - Estagiando nos marsupiais e cretáceos do eoceno médio, nos rinocerotídeos, cervídeos, antilopídeos, equídeos, canídeos, proboscídeos e antropoides inferiores do mioceno e exteriorizando-se nos mamíferos mais nobres do plioceno, incorpora aquisições de importância entre os megatérios e mamutes, precursores da fauna atual da Terra, e, alcançando os pitecantropoides da era quaternária, que antecederam as embrionárias civilizações paleolíticas, a mônada vertida do Plano Espiritual sobre o Plano Físico atravessou os mais rudes crivos da adaptação e seleção, assimilando os valores múltiplos da organização, da reprodução, da memória, do instinto, da sensibilidade, da percepção e da preservação própria, penetrando, assim, pelas vias da inteligência mais completa e laboriosamente adquirida, nas faixas inaugurais da razão.” “Evolução em Dois Mundos“ - cap. 3 - Evolução e corpo espiritual. “Na intimidade dos corpúsculos simples que evoluiriam para a feição de máquinas microscópicas, formadas de protoplasma e paraplasma, fixam-se, vagarosamente, sob influenciação magnética, os fragmentos de cromatina, organizando-se os cromossomos em que seriam condensadas as fórmulas vitais da reprodução. Processos múltiplos de divisão passam a ser experimentados. A divisão direta ou amitose é largamente usada para, em seguida, surgir a mitose ou divisão indireta, em que as alterações naturais da mônada celeste se refletem no núcleo, prenunciando sempre maiores transformações.” “Evolução em Dois Mundos“ - cap. 7 - Evolução e hereditariedade. Finalizamos com a conhecida frase de Léon Denis, do livro “O problema do ser, do destino e da dor”: “Na planta, a inteligência dormita; no animal, sonha; só no homem acorda, conhece-se, possui-se e torna-se consciente; a partir daí, o progresso, de alguma sorte fatal nas formas inferiores da Natureza, só se pode realizar pelo acordo da vontade humana com as leis eternas.”
  • 76. Corpos Sutis e Chacras - Guia de Estudos - Olivio Cezar 75 OS CHACRAS Desde eras muito remotas, quando o principio inteligente estagiava nos reinos elementares da Natureza, elaboraram-se os vórtices energéticos, com vistas ao aprimoramento, que continua seu processo evolutivo no presente estágio e que passará para formas mais expressivas na infinita ascensão espiritual, quando o espirito revestir a forma angélica e transformar esses centros irradiantes em focos de luz imortal. Chacras são centros de troca de energia vital. Os principais canais sutis se cruzam formando importantes centros de energia de controle, selos nomeados, rodas ou chacras. Há chacras primários e secundários. Os chacras principais estão localizados ao longo do sushumna (canal pelo qual flui a energia sutil ao longo da coluna vertebral). Eles têm a forma de cones duplos, na forma de um fio flexível e vivo. O ponto de junção dos dois cones é colocado no canal central, as aberturas se alargam para fora, para frente e para trás. Esses chacras são vitais e estão em constante troca com o canal do sushumna e, através dele, com cada um dos outros canais. Agem como antenas e centros de comunicação com os órgãos do corpo, nos colocando em contato com a matriz energética da terra e com o plano espiritual. O estado de energia dos chacras varia dependendo do estado emocional e espiritual da pessoa. A relação entre a estrutura fisiológica, os corpos sutis e os chacras é realizado pelas glândulas endócrinas. Cada grande chacra está em sinergia e atua como um intermediário na respectiva glândula endócrina. As glândulas endócrinas descarregam hormônios no sangue, influenciando as emoções e o nosso estado psicológico. O bom funcionamento dos chacras é fundamental para o nosso bem-estar, enquanto que o desequilíbrio mental piora os chacras. Existe uma forte relação entre o chacra coronário e a glândula pituitária. A associação entre a glândula pineal e a consciência (terceiro olho) é alterada com a abertura espiritual da consciência. Em sentido horário os chacras recebem energia, em sentido anti-horário doam. Isso ocorre de forma automática, pois quando queremos doar energia a rotação instantaneamente passa para anti-horário e quando a recebemos, o giro será no sentido horário. O tamanho desta rotação varia de acordo com o biotipo, os exercícios energéticos e o nível de consciência de cada um. Quanto maior o nível de consciência mais rápido será o giro. Esse sistema energético se assemelha muito ao nosso sistema circulatório. O objetivo principal dos chacras é manter o equilíbrio psicofísico e permitir a comunicação entre as dimensões mais sutis. Podemos sentir sua temperatura, movimento, cheiro e visualizar sua cor.
  • 77. Corpos Sutis e Chacras - Guia de Estudos - Olivio Cezar 76 Os chacras não pertencem ao nosso corpo físico, mas sim ao corpo etérico e vibram numa dimensão mais sutil. Contudo, são indispensáveis para o bom funcionamento do corpo físico, pois sem chacras não há vida. Na sua escalada evolutiva, a centelha divina encontra as energias específicas para sua manifestação na matéria. Tais energias são denominadas tattwas (emanação da consciência divina). Os tattwas são em número de cinco e representam os cinco elementos: o éter, o ar, o fogo, a água e a terra. A alma realiza a coesão dos tattwas por meio dos chacras. A captação das energias alimentadoras dos chacras é efetivada pela rede de finos canais de matéria energética sutil chamada pelos iogues de nadis que dão ao duplo etérico a aparência de uma grade colorida. Segundo os ensinamentos iogues, existem 72 mil nadis ou canais etéreos na anatomia sutil dos seres humanos. Os nadis são, portanto, os condutos da força vital de terapia vibratória. Dentre os 14 nadis maiores, três são de alcance fundamental: Sushumna, Pingala e Ida, sendo que todos os nadis estão subordinados ao canal central, Sushumna, do chacra básico para o chacra coronário. Esse canal central atravessa a coluna vertebral onde circula o líquido cérebro espinhal. No ensinamento oriental, os nadis do corpo físico são as veias, as artérias e nervos. Temos três tipos de energias que correm pelos chacras e que os fazem girar: éter cósmico (energia espiritual), fluido vital (prana) e éter físico (kundalini).Esses três tipos de energias não se misturam, pois têm freqüências diferentes. A principal entrada do éter cósmico é pelo chacra coronário, depois pelo frontal e laríngeo. O fluido vital entra no corpo principalmente pelo chacra esplênico e, depois, pelo gástrico, enquanto que o chacra genésico é a principal entrada do éter físico. Cada uma dessas energias pode ser absorvida pelos outros chacras caso suas entradas principais estejam bloqueadas. Há uma forte relação entre os chacras do corpo espiritual e os correspondentes do duplo etérico. Existe um filtro interpenetrando-os, que impede a abertura precoce da comunicação entre os planos espiritual e físico. Sem este filtro, todas as memórias de existências anteriores arquivadas no corpo búdico poderiam chegar à consciência física, ocasionando grandes danos ao cérebro. Uma entidade espiritual poderia introduzir forças para as quais o médium não estaria preparado para enfrentar levando-o à obsessão ou mesmo possessão. Por isso, esse filtro atômico atua como uma defesa eficaz contra essas entidades. Caso esse filtro seja lesionado ou rompido, pelo uso de drogas, bebidas e fumo, provocará uma espécie de explosão no corpo astral, causando enorme desequilíbrio, raiva ou violência. A destruição do filtro pode ocorrer, quando o afluxo da matéria que se volatiza literalmente queima a tela e suprime a barreira natural. Quando essa volatização se produz, os elementos em questão se precipitam através dos chacras em direção contrária à que deveriam tomar. A força aplicada para seguir esse caminho se rompe e destrói esse delicado filtro. Outra maneira pela qual ocorre essa destruição é quando os elementos voláteis endurecem o átomo, bloqueando e paralisando suas pulsações até não poder mais canalizar o tipo especial de fluido vital que os une. Então, ocorre uma ossificação e, em consequência, a transmissão de um plano a outro, que antes era abundante, fica insuficiente. Desenvolvidos, eles medem 20 cm, são brilhantes e absorvem mais energias. Pouco desenvolvidos medem 5 cm e são escuros, oleosos, com o giro emperrado. Ao serem observados de perfil em seu veloz funcionamento, os chacras se assemelham a verdadeiros discos de energia giratória, com uma concavidade característica no centro. Vistos de frente, lembram o movimento das hélices dos aviões em alta velocidade, porém, emitindo cintilações coloridas por causa da absorção de fluido vital, que os irriga e neles se decompõe em cores, como a luz solar ao incidir em um prisma de vidro. Cada chacra do duplo etérico apresenta diversos matizes de cores, que se diferem, com tons mais belos e límpidos ou mais feios e sujos, apresentando, contudo, uma tonalidade predominante sobre os demais em sua absorção fluídica, revelando o tipo vibratório conectado com um sistema de órgão do corpo físico.
  • 78. Corpos Sutis e Chacras - Guia de Estudos - Olivio Cezar 77 Podemos entender o sistema nervoso do ser humano, como uma rede complexa em que o Espírito interage, através de impulsos, vibrações e outras formas de comunicação, que denominamos de energias, sendo sua manifestação feita pelo fluido cósmico universal, segundo a Doutrina Espírita ou éter, pelas escolas espiritualistas, como a Teosofia. No corpo físico possuímos três organizações cerebrais: o encéfalo, os plexos e a coluna vertebral, que constituem um único sistema nervoso. Os plexos apresentam um sistema especial, por se constituírem de várias ramificações, por onde circulam os fluidos eletromagnéticos advindos do duplo etérico. Podemos visualizar o sistema de chacras onde se concentra a maior quantidade de nervos, apesar dos chacras, se encontrarem na contraparte etérica. Os chacras irradiam, em geral, três cores, refletindo energias eletromagnéticas, que apresentam as cores vermelha, amarela e azul. Sua combinação se desdobra na gama de matizes e tons secundários que podemos visualizar. Os chacras nunca são iguais, pois sua estrutura e coloração dependem do nosso equilíbrio. As cores visualizadas pelos médiuns não são as mesmas identificadas na cromoterapia. Criações mentais e estados emocionais negativos afetam o equilíbrio dos chacras e a glândula correspondente, criando uma disfunção no corpo físico. A compreensão dos chacras é uma importante ferramenta para o tratamento de doenças, tanto do corpo físico como dos corpos sutis, mas os académicos da medicina ainda expressam muita rejeição aos seus conceitos, seja por questões culturais ou por não encontrar meios de validar a sua existência. Mas alguns investigadores de renome se dedicaram com afinco sobre este assunto, provando a sua existência física e relação fisiológica. Entre eles, destacamos: Charles W. Leadbeater (1954 – 1934) despertou o interesse do mundo ocidental pelos chacras com a obra “Os Chakras”. Publicado em 1927, apresenta investigações sobre estes centros de força, que são portais para outras dimensões, e se localizam no duplo etérico do ser humano. O livro apresenta ilustrações coloridas de cada um dos chakras, suas pétalas, suas cores, como aparecem em sua configuração etérica. Hiroshi Motoyama (1925 - 2015) PhD em Filosofia e Psicologia Clínica inventou equipamentos que podem detectar e analisar a energia eletromagnética e biofotónica emitida pelos meridianos relacionados com os chacras, tendo como base sua própria experiência com o Yoga. A UNESCO o classificou como um dos dez parapsicólogos mais importantes do mundo. Publicou diversos artigos, resultantes de suas experiências, dos quais destacamos abaixo:  “Pre-Polarization Resistance of the Skin as Determined by the Single Square Voltage Pulse Methods”; Psychophysiology, 1984, Vol. 21, Number 5.  “Before Polarization Current and the Acupuncture Meridians”; Journal of Holistic Medicine, 1986, Vol. 8, Number 1 & 2.  “Acupuncture Meridians”; Science & Medicine, July/August 1999, Vol. 6, Number 4.  “Rake Bioenergy Differences Among Races”; Energies & Energy Medicine, Vol. 9, Number 2.  “Deficient/Excessive Patterns Found in Meridian Functioning in Cases of Liver Disease”; Energies & Energy Medicine, Vol. 11, Number 2. Por meio de exercícios intensivos de ioga, explicados em seus livros, o Dr. Motoyama conseguiu tomar plena consciência de seus chacras, cuja atividade hoje pode ser medida cientificamente graças a aparelhos de sua invenção, capazes de registrar as modificações no campo eletromagnético do corpo humano. O Professor Motoyama inventou dois equipamentos que utilizou em seus dedicados estudos:  Um equipamento designado por “Instrumento Chakra” , concebido para detectar a energia eletromagnética e a emissão de fotões a partir do corpo traduzindo-os num conjunto de dados de variáveis físicas.
  • 79. Corpos Sutis e Chacras - Guia de Estudos - Olivio Cezar 78  Uma máquina denominada AMI, sistema computadorizado que mede as condições funcionais dos meridianos e a sua correspondência interna com os órgãos. Motoyama foi cientista e sacerdote xintoísta e usou o aparelho citado acima (AMI), para comprovar que o aumento da atividade na área do chacra cardíaco produzia uma luz física fraca, porém mensurável. Os investigados apertavam um botão do aparelho sempre que sentiam sensações psíquicas, como sentimentos, imagens ou sons. Ele encontrou uma correlação entre essas sensações internas e períodos objetivamente mensuráveis da atividade cardíaca. Concluiu que a concentração mental em um chacra era a chave para sua ativação. Motoyama entendia que os chacras estão representados no cérebro e nos plexos nervosos, analogamente aos pontos de acupuntura nos meridianos. Embora os chacras não se identifiquem com o sistema nervoso central nem com os meridianos, ele acreditava que eles se sobrepõem aos dois outros sistemas, ocupando o mesmo espaço físico. Afirmava que os chacras fornecem ao corpo físico energia captada do exterior, por meio do sistema de nadis, circuito que difunde energia sutil por todo o corpo. Motoyama alega que os “nadis grosseiros” são idênticos aos meridianos, e que os dois sistemas representam “um sistema físico, mas invisível, de controle siológico, situado dentro do tecido conjuntivo”. Klaus-Peter, Walburg Maric, Fritz-Albert Popp em 2005, publicaram no “The Journal of Alternative and Complementary Medicine, Vol. 11”, pela primeira vez, provas da existência da estrutura dos meridianos de acupuntura no corpo humano. Depois de moxibustão (técnica terapêutica da Medicina Tradicional Chinesa que consiste em queimar a erva Artemísia Vulgaris para aquecer os canais de energia do corpo), os ‘canais de luz’ aparecem, assemelhando-se aos meridianos de acupuntura da medicina tradicional chinesa. Konstantin Korotkov é um professor de Física da Universidade de São Petersburgo, Rússia, que desenvolveu uma câmara fotográfica de elevada sensibilidade para medir as emissões de radiação do corpo e, com o auxílio de um software, medir os níveis de energia emitidos pelos chacras tendo por base a correlação com o sistema de meridianos da Medicina Tradicional Chinesa e Indiana. Ele é reconhecido internacionalmente por suas pesquisas na área da Bioenergética Humana. Com base nos dados de Motoyama, o Dr. Korotkov encontrou uma correlação entre os chacras e os meridianos dos dedos através dos BEO-gramas (fotografias desenvolvidas a partir da Máquina Kirlian). Segundo ele, cada chacra está correlacionado com metade de um dedo. A experiência permitiu estabelecer uma analogia com a Medicina Ayurveda e Chinesa. Com esse conceito, Korotkov desenvolveu um software chamado de GDV Chakra, para medir os níveis de energia advindas de pessoas que possuem a capacidade para ver os chacras, permitindo identificar a existência de desequilíbrios físicos e/ou psico-emocionais. William Tyller, professor emérito de engenharia da Universidade de Stanford, conceitua o sistema de chacras e meridianos no contexto de antenas biológicas do corpo humano permitindo-lhe a troca de informação com o ambiente. Segundo ele, as antenas eletromagnéticas podem assumir muitas formas, captando e transformando sinais que influenciam a secreção, a estrutura muscular, os vasos sanguíneos, o eletrocardiograma, a respiração, etc. Esses sinais seriam os pontos de acupuntura do corpo físico e fornecem uma vasta rede interligada de pontos com capacidades que excedem a maior parte dos sistemas de radar atualmente existentes. Estes pontos sensíveis se ligam aos meridianos da acupuntura, compreendendo uma grande variedade de comprimentos de onda, podendo produzir um feixe de rastreio direto de radiação circularmente polarizada, permitindo compreender como essas antenas e energias sutis do ambiente se comunicam com as substâncias sutis do corpo. Um segundo sistema de antenas está relacionado ao sistema endócrino/chacras. No corpo físico, as glândulas mestras que fabricam as principais hormonas que controlam a fábrica química do corpo são as glândulas endócrinas. Estas correspondem também à localização dos principais chacras, que atuam em
  • 80. Corpos Sutis e Chacras - Guia de Estudos - Olivio Cezar 79 planos mais sutis. Assim, podemos conceituar o sistema endócrino-chacra como transdutor de informação e energia a partir de níveis sutis para o nível físico, funcionando como um circuito através do qual podemos ligar-nos com a energia do Universo. Podemos com isso, ajustar este circuito e produzir um fluxo de corrente magnética no circuito etérico. O sistema plexo-glandular/neural-chacra/endócrino transfere energias sutis de vários tipos para os nossos corpos por meio de um processo de transdução. Estas energias alimentam a fábrica de hormônios das glândulas endócrinas e vitalizam o sistema nervoso central. Isso também ocorre no nível etérico, que interage intimamente com o sistema que conhecemos como meridianos da acupuntura. O cientista russo Itzhak Bentov (1923 – 1979), pesquisador das mudanças siológicas associadas à meditação também reproduziu as descobertas de Motoyama a respeito das emissões eletrostáticas dos chacras. Com o advento do Espiritismo e o estudo das leis que regem o Espírito, principalmente após as revelações do Espírito André Luiz, pela psicografia de Chico Xavier as implicações para o Espírito em relação aos seus atos e pensamentos ficaram mais bem esclarecidas. A seguir, abordaremos cada um dos sete grandes chacras com suas associações particulares inclusive com a estrutura do corpo físico.
  • 81. Corpos Sutis e Chacras - Guia de Estudos - Olivio Cezar 80 CHACRA CORONÁRIO O CENTRO DA CONSCIÊNCIA Os chacras são degraus energéticos. À medida que vamos subindo, chegando ao chacra da coroa, o nível de vibração aumenta. Por meio do chacra coronário, chegamos aos mais elevados níveis de meditação. Está no topo da cabeça e tem 960 raios, com uma flor central de 12 pétalas. De cores variadas e altíssima velocidade em sua rotação, é sede da consciência, centro da união divina. Associada ao sétimo chacra está a glândula pineal que tem por atividade receber as energias dos chacras e distribuí-las na função celular de todo o sistema endócrino. Sobre os aspectos positivos e negativos do desenvolvimento do chacra da coroa, Patrick Drouot explica: “O sétimo chacra, chacra dos místicos, pode ser também o dos esquizofrênicos. É um chacra ligado à iluminação. Segundo Ronald Laing, o pai da anti psiquiatria, os místicos e os esquizofrênicos se encontram no mesmo oceano (líquido encefalorraquidiano). Mas lá onde o místico nada, o esquizofrênico naufraga. O místico é capaz de apreender e gerar visões do após- vida, de entrar em estados de felicidade de Samadhi e de união, enquanto o esquizofrênico ignora o que lhe acontece. Ele está aqui e ao mesmo tempo do outro lado. Qualifica-se de delírio místico a desregulagem do sétimo chacra que tem necessidade de ser regulado da mesma forma que sua glândula endócrina correspondente, a epífise ou ainda a glândula pineal.” “Cura Espiritual e Imortalidade” - Patrick Drouot AS CORES DA CURA Signo: Capricórnio (casa 1). Designação hindu: Sahasrara. Elemento: No mundo físico não existe elemento correspondente. Glândula endócrina: Pineal ou epífise. Localização: Topo da cabeça. Cor: Branco ou lilás. Pétalas etéreas: 960. Nota musical: Si. Plexo: Coronário. Cristais de cura: Quartzo branco, topázio branco, ametista, dolomita branca e fluorita violeta. Expressividade: iluminação espiritual, união com o divino, o eterno, o imutável.
  • 82. Corpos Sutis e Chacras - Guia de Estudos - Olivio Cezar 81 O violeta apresenta a mais alta taxa de vibração no espectro das sete cores. Trata-se da cor dos imperadores e da realeza. O branco simboliza tanto a inocência quanto a perfeição. É a cor da página em branco, da criança sem experiência, da noiva virginal, mas também a cor do iniciado superior refletindo a pureza que advém da inocência depois da experiência. O dourado simboliza a energia do Sol e de tudo o que é sagrado. É a cor do metal mais precioso, que também simboliza a pureza. O violeta é uma cor da purificação - visualizá-lo no chacra coronário ajudará a eliminar as impurezas do campo energético. O branco e o dourado ajudam a estimular o contato com o seu Eu superior e com os seus mentores. Em sânscrito é denominado de Sahasrara. O francês Michel Coquet (1944 - ), em “Les Chakras et Linitiation” escreve que pode ser chamado também de Brahmarandhra, cuja tradução significa "orifício divino e representa a haste do chacra coronário ou, para ser preciso, a fontanela etérica por onde escapa a alma no momento da transição". A aura dos santos retratada pelos pintores medievais na região da cabeça corresponde ao Sahasrara, que é composto de uma parte central com doze pétalas maiores, menos ativas e outra ao redor desta com 960 pétalas menores, vibrando com grande rapidez. Ao contrário dos demais chacras que, ao abrirem se voltam para cima, o coronário mantém sempre a sua posição invertida. Recebe diretamente a influência do Espírito, atuando sobre os outros chacras, embora conserve sua função independente. A matéria mental encontra nele sua fonte sagrada de manutenção e renovação, quando é absorvido e transformado o fluido cósmico universal em matéria psíquica destinada à dinamização do pensamento, enquanto infunde sua energia magnética nas células nervosas, sob o comando do Espírito. É o mais luminoso dos chacras. O teosofista inglês Charles Webster Leadbeater (1854 – 1934) descreve este chacra como detentor de efeitos cromáticos incríveis, aparentando conter todos os matizes do espectro, apesar da predominância do violeta na parte exterior e do branco no centro, com um núcleo cor de ouro. Coquet ensina que ele surge como um maravilhoso Sol, branco brilhante de mil flores douradas. O “Shat Chakra-Nirupana” (A Descrição dos Seis Centros). Em um livro do século XIV, Puramananda Swami (1884 – 1940), professor Indiano que foi aos EUA ensinar filosofia e religião Vedanta, descreve-o como tendo a cor de um jovem Sol, portanto o branco brilhante. Motoyama indica-o como um disco de cor de ouro ou de luz rosada. Nos livros hindus é chamado de "lótus de mil pétalas", de cor branca e com a coroa voltada para baixo, cerca de quatro polegadas acima da parte mais alta da cabeça. O chacra coronário não se relaciona com nenhum plexo, mas sim com a glândula pineal. Leadbeater aborda uma diferença que varia de acordo com o tipo de indivíduo. Em muitos deles "os vórtices do sexto e do sétimo chacras astrais convergem ambos ao corpo pituitário, que em tal caso é o único enlace direto entre o corpo físico denso e os corpos superiores de matéria relativamente sutil". (...) "Mas outros indivíduos, embora ainda aliem o sexto chacra com o corpo pituitário, inclinam o sétimo até o seu vórtice coincidir com o atrofiado órgão chamado glândula pineal, que, em tal caso, se reaviva e estabelece ligação direta com o mental inferior sem passar pelo intermediário comum do astral". O Espírito André Luiz, em obra psicografada por Chico Xavier e Waldo Vieira, em 1958, destaca sua função de assimilação dos estímulos dos planos superiores, a orientação da forma, do movimento e da estabilidade do metabolismo orgânico e da vida consciencial do Espírito encarnado ou desencarnado, supervisionando, além disso, os outros centros que lhe obedecem ao impulso, procedente do Espírito, porque ali se encontra exatamente o ponto de Interação entre as forças determinantes do Espírito e as forças fisiopsicossomáticas organizadas ("Evolução em Dois Mundos"): "Dele parte, desse modo, a corrente de energia vitalizante formada de estímulos espirituais com ação difusível sobre a matéria mental que o envolve, transmitindo aos demais centros da alma os
  • 83. Corpos Sutis e Chacras - Guia de Estudos - Olivio Cezar 82 reflexos vivos de nossos sentimentos, ideias e ações, tanto quanto esses mesmos centros, interdependentes entre si, imprimem semelhantes reflexos nos órgãos e demais implementos de nossa constituição particular, plasmando em nós próprios os efeitos agradáveis ou desagradáveis de nossa Influência e conduta". Pela determinação da vontade, a mente se apropria dos elementos à sua volta e cria livremente, mas o centro coronário fixa de modo automático, a responsabilidade correspondente a essas criações, conduzindo ao corpo causal as sequências das ações e Inações, felizes ou infelizes ("Evolução em dois Mundos" e "Nosso Lar"). André Luiz escreve sobre a relação entre o mecanismo de ação do centro coronário e o corpo: "...o centro coronário, através de todo um conjunto de núcleos do diencéfalo, possui no tálamo, para onde confluem todas as vias aferentes à cortiça cerebral, com exceção da via do olfato, que é a única via sensitiva de ligações corticais que não passa por ele (contudo, essa via mantém conexões com alguns núcleos talâmicos através de fibras provenientes do corpo mamilar, situado no hipotálamo), vasto sistema de governança do Espírito, portanto aí, nessa delicada rede de forças, através dos núcleos intercalados nas vias aferentes, através do sistema talâmico de projeção difusa e dos núcleos parcialmente abordados pela ciência da Terra (quais os da linha média, que não se degeneram após a extirpação do córtex, segundo experiências conhecidas), verte o pensamento ou fluído mental, por secreção sutil não do cérebro, mas da mente, fluido que influencia primeiro, por intermédio de impulsos repetidos, toda a região cortical e as zonas psicossomatossensitivas, vitalizando e dirigindo o cosmo biológico, para, em seguida, atendendo ao próprio continuísmo de seu fluxo incessante, espalhar-se em torno do corpo físico da individualidade consciente e responsável pelo tipo, qualidade e aplicação de fluído, organizando lhe a psicosfera ou halo psíquico, qual ocorre com a chama de uma vela que, em se valendo do combustível que a nutre, estabelece o campo em que se lhe prevalece a influencia" ("Evolução em dois Mundos") As energias do plano espiritual chegam, pelo coronário, aos outros centros, enquanto as energias provenientes de outros centros também o atingem. Ali é canalizada a energia violeta que vem do centro laríngeo e a energia amarela originária do centro cardíaco. Esclarece Leadbeater que à medida que evoluímos espiritualmente, o centro coronário vai aumentando até ocupar toda a parte superior da cabeça: "No princípio é, como todos os demais chakras, uma depressão do duplo etérico, pela qual penetra a divina energia procedente do exterior. Mas quando o homem se reconhece rei da divina luz e se mostra magnânimo com tudo o que o rodela, o chakra coronário reverte, por assim dizer, de dentro para fora, e já não é um canal receptor, mas uni radiante foco de energia, não uma depressão, mas uma proeminência ereta sobre a cabeça como uma cúpula, como uma verdadeira coroa de glória". “Os Chakras” – C.W.Leadbeather. Sem bloqueios, é através deste chacra que alcançamos o mais elevado grau de meditação e de ligação com os guias e mentores espirituais. Esse equilíbrio proporciona fé e paz, nos permitindo obter uma visão global do Universo, aperfeiçoando o conhecimento, a consciência universal e a comunhão com o divino. Ainda segundo Leadbeater: “no homem muito evoluído, o chakra coronário fulgura com tanto esplendor, que cinge a sua cabeça como uma verdadeira coroa”. Com bloqueios nos leva a uma perspectiva materialista da vida, insensibilidade espiritual e violência. Também atrasa o período da puberdade.
  • 84. Corpos Sutis e Chacras - Guia de Estudos - Olivio Cezar 83 O coronário é responsável pela vivência mais elevada e pela consciência ampla do Espírito. Conecta-se às correntes de pensamento superiores que circundam a aura magnética do planeta. Quando está desequilibrado, trabalha em desarmonia, absorvendo um quantum energético superior à sua capacidade de processamento, afetando seu desempenho. Esse acúmulo energético produz uma hiperatividade na glândula pineal e afeta diretamente certas funções do cérebro, aumentando a atividade mental, provocando desgaste rápido, levando a pessoa à hiperatividade e dificuldade nos relacionamentos. Ocorre um colapso das atividades superiores, apesar de uma aparente atividade mental, congestionando o fluxo de vitalidade processado através do chacra. O coronário recebe as energias vitais do chacra básico e as transforma em energias superiores. Quando está congestionado, com excesso de vitalidade, o indivíduo sentirá pressão na cabeça e sensações de dor, provocadas pelo acúmulo de energia vital. Isso requer uma ação urgente, como por exemplo, passes de dispersão magnética, com vistas ao retorno das atividades normais do vórtice energético. O ser humano precisa constantemente de uma cota de energia psíquica, que é extraída ininterruptamente do grande oceano de vibrações mentais que preenche todo o Universo. O próprio hálito divino, expresso pelo fluido cósmico universal, alimenta os seres de vitalidade, mantendo a ligação permanente do homem com Deus e com todas as criaturas. Quando o coronário não absorve esse elemento de acordo com as necessidades mínimas de manutenção da vida mental do ser desencadeia um desequilíbrio em todos os corpos sutis. A pessoa que sofre esse tipo de hipoatividade do centro coronário sente dificuldades para as atividades mentais e mediúnicas, pois encontra grande dificuldade de concentração. Observamos também uma disposição para o excesso de sono e bloqueios da atividade mental. Subordinado ao chacra coronário, o córtex cerebral funciona como uma delicada rede de intercâmbio psíquico, através do qual poderão ser sensibilizadas certas faculdades anímicas e mediúnicas, como por exemplo, lembranças arquivadas de vidas passadas. Nos processos de regressão espontânea ou induzida e no acesso aos arquivos do passado mais remoto, é importante estudar a influência do coronário, que guarda estreita ligação com os registros da memória do ser. Quando estimulado através do magnetismo, poderá abrir os arquivos da memória, trazendo ao plano consciente lembranças de reencarnações pretéritas. Nas técnicas de regressão de entidades em tratamento nas reuniões de desobsessão, o chacra coronário poderá ser acionado através dos médiuns, com a inversão de sua polaridade energética. Esse processo propicia ao Espírito em tratamento a revisão de suas posturas, à medida que visualiza todo o seu passado. A inversão do centro coronário poderá ser produzida ao se cruzarem as mãos sobre o córtex, mentalizando pulsos de energia. Após a mentalização, que produz nos fluidos certa agitação e movimento, as mãos deverão descer em direção ao bulbo raquidiano (nuca), e assim se desfará a ligação magnética entre o passista e o médium. Durante o processo de inversão da polaridade magnética do coronário, destrava-se a memória pretérita, trazendo os registros para o consciente da entidade. Para o retorno da memória ao presente, o procedimento deverá ser em sentido inverso, do bulbo em direção ao centro coronário. Na regressão da memória de uma entidade em tratamento, é importante que o passista tenha um conhecimento mínimo do processo com experiência em transferências magnéticas. O passe exige um controle mental sobre os fluidos, obtido por meio de exercícios repetidos. Com o conhecimento relativo ao funcionamento dos chacras e sua influência nos estados mentais de encarnados e desencarnados, evita-se que o Espírito em tratamento se mantenha indefinidamente acoplado ao médium. É necessário conhecimento do assunto para o acesso aos arquivos da memória espiritual de encarnados ou desencarnados, sempre com o apoio de mentores, para evitar prejuízo mental e emocional para a pessoa em tratamento.
  • 85. Corpos Sutis e Chacras - Guia de Estudos - Olivio Cezar 84 CHACRA FRONTAL O CENTRO DA VISÃO INTERIOR O chacra frontal localiza-se entre as sobrancelhas e possui 96 raios. Também é descrito como tendo duas pétalas, uma branca e uma negra, representando as duas asas do caduceu, o bastão de Hermes, o atributo do terapeuta. As cores observadas são rosa e amarelo de um lado e azul e roxo do outro. É ligado à glândula pituitária ou hipófise que tem função coordenadora de todas as outras glândulas endócrinas. O chacra frontal desempenha papel importantíssimo na vigília espiritual e em toda a química do corpo. Quando bem desenvolvido possibilita a clarividência e os poderes da psicometria. A ligação do chacra frontal é mais intensa com o corpo mental superior, veículo da inspiração que dá origem às ideias antes de tomarem forma. É o plano dos seres arcangélicos: Miguel, Uriel, Rafael e Gabriel. O USO DAS CORES PARA A CURA O índigo é uma cor cuja percepção e descrição é difícil de descrever. Trata-se de uma cor intensa, às vezes quase preta, mas sempre apresentando uma tonalidade vermelha. Aprender a diferenciar o índigo é um bom exercício para desbloquear e ativar o chacra da fronte. A cor índigo deve ser mentalizada para desenvolver a percepção, a turquesa para a lucidez e a malva para ajudar no sistema hormonal. O centro frontal é chamado em sânscrito de Ajna, cujas raízes significam "saber" e "obedecer". Ajna significa "comandar". Signo: Sagitário(casa9) e Aquário (casa1). Designação hindu: Ajna. Elemento: No mundo físico não existe elemento correspondente. Glândula endócrina: Pituitária ou hipófise. Localização: Entre os olhos e na testa. Cor: Azul índigo ou violeta. Pétalas etéreas: 96. Nota musical: Lá. Plexo: Frontal. Cristais de cura: Lápis-lazúli, sodalita e azurita. Expressividade: Vigília dos sentidos superiores, clarividência, psicometria. Associação: corpo mental superior.
  • 86. Corpos Sutis e Chacras - Guia de Estudos - Olivio Cezar 85 Localiza-se à altura da raiz do nariz entre os dois olhos, no ponto onde os nadis Ida, Pingala e Sushumna se encontram para formar um único canal que segue em direção ao Sahasrara. Aos olhos do clarividente ele surge no meio da testa. Está dividido em duas partes, cada uma das quais com 48 pétalas, por isto as escrituras hindus só se referem a duas pétalas. Uma delas, segundo Leadbeater, é de cor rosada, com muito amarelo, enquanto na outra sobressai um azul-purpúreo, correspondentes com as cores da vitalidade que o chacra recebe. Coquet e Powell indicam as mesmas cores. Satyananda sugere a cor cinza (ele destaca que outros autores descrevem-no como transparente). É preciso não esquecer que Satyananda descreve sempre os centros astrais, enquanto Leadbeater se refere aos etéricos e Aurobindo à cor branca. A força vital coletada através dos nadis é distribuída parte para o Sahasrara e parte para os corpos físico, astral e mental. Satyananda ensina que este centro está conectado com a glândula pineal (epífise). Também Coquet adverte haver uma "interessante relação entre os dois lobos da glândula pituitária, cuja função, especialmente ligada ao mental e aos sistemas nervosos, tem natureza dupla, com os dois lados do centro frontal". Para Coquet a sua principal função estaria em desenvolver no homem uma verdadeira personalidade, um "ser interior", resultado das encarnações anteriores e de milhares de experiências. Seres que não possuem uma personalidade definida se tornam plágios de pensamentos, ideias e atitudes alheias, influenciados pela mídia. Para Coquet, quando o homem apresenta um caráter íntegro, calmo, flexível, sereno e simpático, estará agindo de forma positiva com o chacra frontal. Aurobindo entende que este é o centro de comando da vontade, da visão e do pensamento dinâmico. A concentração sobre o chacra frontal é geralmente feita no ponto entre as sobrancelhas. Satyananda alerta que é o primeiro chacra a ser despertado, pois tem o poder de dissolver o carma, eliminando os riscos de ativação do carma em chacras de níveis mais baixos. Satyananda, explica que o despertar deste chacra permite o contato com o "mentor interior", a fonte inata do conhecimento e da sabedoria que reside no chacra frontal pessoal ou do "mentor exterior", o nosso guia espiritual. Permite também o desenvolvimento da telepatia e da clarividência. André Luiz ensina: "se representa no córtex encefálico por vários núcleos de comando, controlando sensações e impressões do mundo sensório." "Evolução em dois Mundos". Sem bloqueios, é o chacra da intuição, da inteligência mais elevada do ser, permitindo "ver" através do "terceiro olho". Desenvolve o conhecimento psíquico, a intuição, a percepção extrassensorial, a clarividência, a telepatia e a psicometria. Com bloqueios, leva o ser à leviandade, inércia, vida instável, fobias, fanatismo, ausência de sentido crítico e outros aspectos negativos. Em relação aos outros chacras, o frontal tem uma ação mais psicológica e de harmonização com a vida. Apesar de estar ligado à glândula pituitária, sua atividade permite uma visão mais ampla e racional com o próximo e o mundo. Essa faculdade pode ser ampliada para as dimensões espirituais e sua prática ajuda no despertamento da clarividência. Atuando de forma irregular, absorve dos chacras coronário e cardíaco uma vitalidade maior, gerando hiperatividade mental e consequente esgotamento mental e apatia, culminando em estresse., que se desdobra em um tipo de febre mental e preocupações demasiadas com a vida. A pessoa que tem esse
  • 87. Corpos Sutis e Chacras - Guia de Estudos - Olivio Cezar 86 desequilíbrio terá insônias e pensamentos desordenados. Também terá dificuldades de aprendizado e uma visão distorcida da vida com ausência de bom senso. Em consequência, sentirá alterações hormonais que provocarão visões distorcidas das questões espirituais, dos valores morais, pois não conseguirá identificar as causas de seus males e sentirá perseguições imaginárias e dificuldades de enfrentar os problemas do cotidiano. Quando este chacra está equilibrado ele comanda os demais centros energéticos, facilitando a aplicação da razão e do sentimento, conectando o fluxo dos pensamentos do coronário ao cardíaco. Com isso, sua visão de mundo será clara e otimista. Nos tratamentos pelo passe magnético, devemos lembrar que este chacra está com excesso de vitalidade e um procedimento inadequado poderá causar intensas dores de cabeça, aumento da sensação de vácuo e de febre mental na pessoa. O correto é aplicar passes dispersivos neste centro, direcionando o passe longitudinal para o chacra que está com deficiência de vitalidade. Sempre vale a regra: para todo excesso, passe dispersivo, para carência energética, passe impositivo. Finalmente, precisamos lembrar que o excesso de vitalidade do coronário, produz um sentimento de apatia e o indivíduo se porta com frieza, racionalidade e superioridade. Então, o tratamento magnético nem sempre irá modificar as disposições íntimas da pessoa. Poderá, contudo, através da reforma íntima, oferecer condições favoráveis para o despertamento da sua visão interior. Nos processos da saúde espiritual, precisamos considerar a importância desse chacra para o equilíbrio do ser. As manifestações de clarividência e de faculdades mediúnicas estão intimamente relacionadas a esse chacra, facilitando as manifestações de Espíritos. LIVRO “TÉCNICA DA MEDIUNIDADE” DE PASTORINHO “Como vemos, esses plexos assumem grande atividade na recepção mediúnica, quando é atingido o chakra frontal. Suas ligações diretas entre a hipófise, o olho (gânglio oftálmico), o ouvido (libra carótico-timpânica) e o nariz (ligação com o nervo nasal) fazem desse conjunto de dois plexos o distribuidor de sensações, diante das vibrações recebidas pela chakra frontal. Em vista disso, ao receber o impacto vibratório, o chakra comunica-o a esses órgãos, através da hipófise, sensibilizando toda a região otorrino-oftalmológica. Vidência e audiência - Por isso, as vibrações recebidas pelo chakra frontal se transformam em vidência, desde que não reproduzem a figura vista, mas a faixa vibratória alcançada, sobretudo a cor. Daí, também, a facilidade maior de ouvir-se o som da voz durante as vidências. Não é, evidentemente, o som de uma voz articulada, como se proviera através do ar em ondas sonoras: é um som inarticulado, "sentido" dentro do cérebro, sem som, mas ao mesmo tempo com todas as características da palavra articulada; a idéia penetra de forma audível, através do nervo auditivo, e repercute cerebralmente. Difícil de explicar, mas imediatamente compreendido por quem já tenha experimentado o fenômeno. Ocorre ainda a recepção por via nasal dos odores, ou melhor, das vibrações odoríferas do plano astral, o que desenvolveremos ao falar do sentido do olfato. Na vidência por meio da hipófise (chakra frontal), o médium não chega a ver com nitidez a figura: entrevê combinações e variações de cores (ou de preto, cinza e branco), de acordo com as emissões e a freqüência vibratória do ser que emite as radiações. A conformação da figura é suprida pela imaginação, que interpreta as diferenças de cores (vibrações) atribuindo-lhe formato, consistência e pormenores. Mas só muita prática pode fazê-lo distinguir um ser real existente no mundo astral de uma forma pensamento criada pela mentalização de um encarnado ou desencarnado. Além disso, o impacto sofrido pela hipófise fá-la ativar-se, provocando a estimulação de outras glândulas endócrinas, que aumentam a produção hormonal.
  • 88. Corpos Sutis e Chacras - Guia de Estudos - Olivio Cezar 87 Sua estreita ligação com o plexo cervical do sistema raquidiano (próximo capítulo) e com os gânglios cervicais do simpático de que faz parte, qualquer impacto pelo chakra frontal influencia grande parte do veículo somático. Por exemplo, ativação das glândulas sudoríparas, sobretudo das palmas das mãos, quando a pessoa pensa ou fala a respeito de ocorrências do mundo astral; ou ainda diminuição de circulação sanguínea das extremidades (mãos e pés) pelo maior afluxo de sangue às artérias cerebrais e cardíacas (emoção), tornando frias essas extremidades. Os plexos carotídeo e cavernoso também são atingidos, quando o chakra frontal recebe o impacto de imagens formadas pela imaginação do próprio paciente, e não somente por imagens externas a ele. Em todos os casos, todo o complexo nervoso do simpático é atingido, com maior ou menor violência, por meio do chakra frontal, com efeitos secundários no sistema circulatório. Do ponto de vista da ciência espiritualista, diríamos: a ação do corpo astral (nervos) repercute no duplo etérico (sangue), modificando as expressões externas do corpo físico denso (matéria). Vidência - Por sua complexidade de produção hormonal e pela importância das funções sobre que atua, a hipófise (ou “pituitária”, mas que não deve confundir-se com a “mucosa pituitária” que reveste internamente o nariz) é uma das glândulas-chave da criatura humana, em sua ligação com o mundo astral mais denso. Atingida pelas vibrações da visão - o quiasma óptico fica logo acima da hipófise - esta recebe o impacto da visão e, conforme o caso, ativa sua produção. Por exemplo: quando certas criaturas contemplam gravuras eróticas ou atitudes provocantes (visão) a hipófise aumenta a atividade sexual (gônadas) pela produção maior do ICSH (hipófise); ou ainda, ao verem certas formas assustadoras que as amedrontem (visão) lançam no sangue grande quantidade de adrenalina (suprarrenais) por estímulo vindo do ACTH (hipófise). Ora, isso também ocorre na vidência do nível inferior do mundo astral, sobretudo com pessoas ociosas: a imaginação delas mesmas ou a que outros espíritos desencarnados lhes apresentam em quadros fluídicos e formas astrais ou de pensamento, provocam os mesmos efeitos físicos, porque a vidência astral via globo ocular tem a mesma influencia na hipófise que a vidência física. Não se trata, porém - fique bem claro - de vidência do próprio mundo astral, que se dá pelo “terceiro olho” ou “olho de Shiva”, que é o corpo pineal ou epífise. Trata-se, sim, das seguintes percepções que chegam através ou do globo ocular ou do chakra frontal: 1 - formas pensamentos do baixo astral; 2 - quadros fluídicos densos; 3 - imagens criadas pela imaginação; 4 - cenas revividas pela memória e novamente plasmadas. Da mesma forma que, pela visão, a hipófise é atingida pela audição, também do plano astral mais denso, pois o nervo auditivo também está ligado à hipófise; com efeito, o gânglio cervical simpático liga-se, pelo plexo cavernoso à hipófise, aos nervos das órbitas, à raiz simpática do gânglio oftálmico e ainda (pelos ramos anteriores do plexo intercarotídeo) ao auricular posterior e ao temporal superficial. E também o plexo cervical raquidiano possui ligações análogas.”
  • 89. Corpos Sutis e Chacras - Guia de Estudos - Olivio Cezar 88 CHACRA LARÍNGEO O CENTRO DE COMUNICAÇÃO O chacra da garganta possui 16 raios nas cores azul-claro, turquesa, lilás e prateado brilhante. O chacra do coração é o local de encontro e de fusão das energias que descem do chacra da coroa e das que sobem do chacra básico, enquanto o chacra da garganta atua como uma passagem. O sistema dos sete chacras é subdividido em dois grupos que apresentam ação recíproca e o chacra da garganta faz parte dos dois. Na qualidade de um dos cinco chacras inferiores, ele se relaciona com um elemento, com uma idade de desenvolvimento e com um sentido. Como o primeiro dos três chacras superiores, ele se relaciona com a expressão transpessoal e com o Eu superior, o Espírito. Quando os três chacras superiores estão abertos e se mostram desenvolvidos e equilibrados, possuímos um sentimento mais apurado de serviço ao próximo, saindo do isolamento do ego. Este chacra, simbolicamente, comanda a pessoa entre os 28 e 35 anos de idade, induzindo-a a dormir em torno de seis horas, mudando de lado. Sua função está relacionada à expressão das comunicações mediúnicas, através de sua ligação com a glândula tireoide, localizada na garganta. A conexão com os corpos sutis fica mais intensa no corpo mental inferior apresentando uma textura de cores semelhantes ao chacra laríngeo. Nas comunicações de guias e mentores, os corpos mais sutis do Signo: Escorpião (casa8) ePeixes(casa 12). Designação hindu: Vishudda. Elemento: Éter. Glândula endócrina: Tiroide e Paratireoide. Localização: Garganta epescoço. Cor: Azul celeste. Pétalas etéreas: 16. Nota musical: Sol Plexo: Laríngeo. Cristais de cura: Topázio azul, turmalina azul, água-marinha, turquesa, quartzo azul e calcedônia. Expressividade: relaciona-se com o transpessoal e o chamado eu superior. Comunicação espiritual e com a vida. Associação: corpo mental inferior.
  • 90. Corpos Sutis e Chacras - Guia de Estudos - Olivio Cezar 89 médium e do Espírito comunicante se contrapõem, possibilitando o repasse da mensagem por meio de palavras. Contudo, se houver uma interação ainda maior, envolvendo os chacras cardíaco e frontal, as comunicações serão ainda mais claras e precisas. A paratireoide está contida na própria tireoide e secreta um hormônio que conserva os níveis adequados de cálcio no sangue. A atividade muscular de todos os órgãos, incluindo o coração, depende dos níveis corretos de cálcio no plasma sanguíneo. Crianças que não apresentam um bom funcionamento da tireoide podem sofrer de idiotia, pois esses hormônios são essenciais para o desenvolvimento do seu intelecto. O USO DAS CORES PARA A CURA Toda tonalidade de azul, do mais fraco até o mais escuro, afeta o chacra laríngeo. Para os tratamentos de cura é indicado o uso do azul do lápis-lazúli. O turquesa e a água-marinha são úteis para aumentar a capacidade de comunicação em público. Professores, escritores e expositores devem usar roupas com essas tonalidades e meditar sobre essas cores. A cor prateada também fortalece o chacra da garganta e sempre deve ser visualizado quando ocorrem infeções na garganta. Essas cores estão relacionadas com a tireóide e a paratireóide. Em sânscrito, é chamado de Vishudda, palavra derivada de "shuddhi", que significa purificar. Situa-se à base e atrás da garganta, na nuca, na junção da espinha dorsal e da medula espinhal alongada, no Sushumna-nadi, corresponde à glândula tireóide e estende-se até a medula alongada, envolvendo a glândula carótida, na direção das omoplatas, relacionando-se também com os plexos nervosos da faringe e da laringe. Possui 16 pétalas na periferia, nas quais, segundo Leadbeater, "embora haja bastante do azul em sua cor, o tom predominante é o prateado brilhante, parecido com o fulgor da luz da lua quando roça o mar. Em seus raios predominam alternativamente o azul e o verde". Arthur Powell entende este chacra como um prateado brilhante com muito azul. Aurobindo - cinza. Satyananda - cinza-violeta. Schat chakra-Nipurana - purpúreo escuro. Siva Samhita - ouro brilhante e o Garuda Purana - prateado. Também é visualizado como um lótus transparente com 16 pétalas de cor cinza fumaça (violeta- cinza). No pericárdio se encontra um círculo de cor branca (Yantra) envolvido por um triângulo e no centro está o bija mantra "Ham". O animal representativo é o elefante. O centro laríngeo tem a função de purificar o corpo, eliminando as toxinas provenientes do exterior. A glândula tireóide, que corresponde ao centro laríngeo, tem uma função antitóxica. É, segundo Aurobindo, a consciência criadora, "a mente física, a consciência externalizadora expressiva". A expressão da verdade, através do pensamento, da palavra e da ação, flui através deste centro. Ele é o responsável pela recepção das ondas telepáticas, que dali são transmitidas aos outros chacras e em alguns casos o indivíduo pode sentir que os pensamentos de outras pessoas chegam pelo chacra umbilical ou de outros centros mais abaixo. A esse respeito ensina Arthur Powell (1882 – 1969), no livro "O Duplo Etérico". : "O despertar do centro astral correspondente dá a faculdade de ouvir os sons do plano astral, isto é, a faculdade que no mundo astral produz efeito semelhante ao que denominamos audição do mundo físico". "Quando o centro etérico está desperto, o homem em sua consciência física ouve vozes que às vezes lhe fazem todas as espécies de sugestões. Pode ouvir música, ou outros sons menos agradáveis". "Quando funciona plenamente, o homem se torna clariaudiente nos planos etérico e astral".
  • 91. Corpos Sutis e Chacras - Guia de Estudos - Olivio Cezar 90 Sem bloqueios: É o chacra da comunicação clara e objetiva, da facilidade oratória em público. Permite o desenvolvimento do sentido de responsabilidade em todas as áreas, desde as de ordem material até as espirituais. Este chacra também está relacionado com a comunicação espiritual, principalmente a psicofonia. É a mediunidade mais fácil de ser desenvolvida. Com bloqueios: Gera sentimentos de receio de recriminação social, dificuldades de se apresentar em público, gagueira, etc. O chacra laríngeo é o órgão extrafísico responsável pela comunicação com a vida e rege a expressão do Espírito. A função do laríngeo vai além da simples atuação da voz humana e inclui todos os aspectos de relacionamento com a mensagem da vida, pois comunicar-se significa relacionar-se com o próximo em todos os sentidos. Tudo o que acontece no Universo recebe um registro. Todas as ocorrências com o ser e no seu entorno está relacionado com uma determinada linguagem da vida, mesmo que não seja articulada ou escrita. Este chacra é o elo entre os corpos mental inferior e astral. Quando este chacra é predominante, a pessoa torna-se mais comunicativa, extrovertida e possui maior dinâmica na voz, resultando numa influência positiva para o seu psiquismo, despertando de forma mais objetiva um sentimento de servir a humanidade. As pessoas que têm o chacra laríngeo mais estimulado possuem maior criatividade, mais energia nas palavras, maior magnetismo verbal e atividade mental ampliada. Já as pessoas com pouca vitalidade no chacra laríngeo, têm maior dificuldade de comunicação, ou seja, compreensão da vida, interação com o mundo. A voz deixa de ser clara, e as palavras são difíceis de serem pronunciadas. O ser que não tem o laríngeo vitalizado sofre de depressão magnética ou carência de vitalidade nesse chacra e pode ter grande dificuldade em entender o mundo e a si própria. Vive, respira, mas não compreende o que acontece consigo. LIVRO “TÉCNICA DA MEDIUNIDADE” DE PASTORINHO “Psicofonia - Conforme estamos verificando, a atuação no chakra laríngeo repercute nos dois plexos, movimentando toda a área governada por eles. A influência no plexo cervical provoca fenômeno bastante comum: o médium com freqüência ouve antes de falar, as palavras que vai dizer, e sente uma pressão leve em toda a região da garganta. Ao ligar-se fluidicamente ao chakra laríngeo, atinge mais particularmente, porém, o plexo laríngeo, dominando totalmente o aparelho fonador, desde os músculos involuntários dos pulmões, para expulsão controlada do ar a ser utilizado na fala, até a traqueia, a laringe, as cordas vocais e a língua. O espírito atua como controlador, de forma que o médium não consegue resistir-lhe. Tem a impressão, por vezes, de que lhe colocaram na garganta um aparelho de comando, que passa a falar independente da vontade do sensitivo. Nesses casos, verificamos que há mudanças no timbre da voz, na musicalidade da frase, na pronúncia das palavras; ora surge um sotaque estrangeiro, ora o espírito fala diretamente em sua língua de origem, às vezes totalmente desconhecida do sensitivo. Trata-se do fenômeno conhecido como XENOGLOSSIA, isto é, falar em "língua" (glosa) "estrangeira” (xênios). Em o Novo Testamento é denominado GLOSSOLALIA, que simplesmente diz: "falar" (lalía) em língua. Embora não muito comum, há diversos casos bastante conhecidos na literatura espírita. Mas cuidem os dirigentes de não deixar-se enganar por espíritos mistificadores que fazem o médium desandar numa algaravia incompreensível, fazendo crer que se trata de idioma desconhecido. Quase sempre o espírito se diverte à custa dos crédulos que os levam a sério. Remédio: prece sincera e pedir que se exprimam em língua conhecida. Se o não fizerem, comprovada está a mistificação, que deve ser tratada especificamente como tal. Se o médium, já fascinado, não aceitar, paciência! Seu fim todavia, é triste, pois do fascínio passara com facilidade à obsessão.
  • 92. Corpos Sutis e Chacras - Guia de Estudos - Olivio Cezar 91 Para um espírito estrangeiro falar em nosso idioma, não é difícil: basta-lhe transmitir ao médium as idéias, que este transformará em palavras. Pois as idéias são as mesmas em todas as línguas. Nesse setor, o dirigente não deve "ter pena" nem alegar "caridade", pois esta consistirá em esclarecer e educar o médium, quebrando qualquer fascínio de espíritos mistificadores. Médiuns hipo-tireoidianos - Sendo tão grande e importante a ação da tireóide, vemos que a influência, nela exercida pelas vibrações que atuam no chakra laríngeo, também repercute na produção hormonal, afetando todo o organismo. O chakra, ao agir, faz ativar-se a ação glandular. E daí observarmos um fato digno de registro: os médiuns receptivos são hipo-tireoidianos (além de geralmente apresentarem pressão sanguínea baixa, ou seja, hipotensão arterial). Mas o exercício da psicofonia aumenta a produção hormonal, ajudando o equilíbrio somático. Os hiper tireoidianos são menos sujeitos a esse tipo de mediunidade, preponderando neles a sensibilidade nervosa ativa, dificilmente propiciando a calma necessária para a recepção passiva. Aumentando a produção e distribuição de iodo no organismo, verifica-se um acréscimo nas capacidades intelectuais. Pois assim como a falta de iodo produz o cretinismo, assim seu aumento causa maior vivacidade intelectiva. Por isso, o exercício da mediunidade faz que o sensitivo passe a gostar mais de leituras e adquira, com o tempo, independente da cultura que tenha, maior facilidade de falar em público. Vê-lo-emos melhor no capítulo da “linguagem”. Ligação direta na psicofonia - Trata-se, porém simplesmente de hipótese. Nada há de cientificamente certo, quanto a essas localizações. O comando mediúnico da palavra, que é o que interessa estudar neste trabalho, pode ser distinguido de vários modos: Quando o espírito se liga fluidicamente a um chakra, pode o médium perceber as sensações e idéias, mas quem fala é o próprio médium, plasmando em sua mente as palavras que fala ou escreve. Quando o espírito inspira as idéias (influindo no corpo pineal através do coronário, ou na hipófise através do frontal, etc.), também é o médium que fala por si mesmo, traduzindo as idéias recebidas. Quando, todavia, o espírito quer falar por si mesmo, pode ligar-se fluidicamente a um chakra, mas terá que, concomitantemente, obter o comando da “linguagem falada”, na zona extrapiramidal do sistema córticobulbar no frontal inferior, o que é conseguido não diretamente, mas através do sistema nervoso. Isso o espírito pode conseguir automaticamente, por impulsos eletromagnéticos lançados no plexo nervoso. Entendemos por que, se o comunicante é de baixo teor vibratório, o médium permanece com pequena cefalalgia na base do frontal. Mas, quando o espírito é de maior evolução, pode, também, agir diretamente no chakra laríngeo. Neste caso interfere no plexo carotídeo (e por isso o médium tem a impressão de “ouvir dentro da cabeça” as palavras que vai falar ou escrever, frações de segundo antes de externá-las). Também a glândula tireóide é ativada, ocorrendo-lhe o mesmo fenômeno que ocorre quando a pituitária lhe envia seu estímulo, isto é, o iodo armazenado é distribuído mais ativamente a todo o organismo através do sangue, e novo iodo é produzido e estocado. Por esse motivo, o exercício mediúnico da psicofonia traz sempre vantagem para o médium, pois a produção e a maior quantidade de iodo no organismo lhe assegura saúde mais estável e inteligência mais viva. Observem em si mesmos aqueles que praticam a. mediunidade psicofônica, e verifiquem se a saúde não lhes permanece cada dia mais equilibrada e, sobretudo, se não percebem que
  • 93. Corpos Sutis e Chacras - Guia de Estudos - Olivio Cezar 92 adquirem maior capacidade de compreender e de explicar as coisas; numa palavra, se seu intelecto não se torna cada vez mais lúcido, mesmo quando a cultura não é muito grande. Anotemos, todavia, que o mais frequente é o médium falar por si mesmo, traduzindo, apenas, as idéias do comunicante. Daí só falar, geralmente, nas línguas que conhece fora do transe. Só quando o espírito comunicante assume o comando da área de Brocá é que o médium manifesta o fenômeno da xenoglossia (ou glossolalia, que é expressar-se em línguas normalmente desconhecidas pelo médium). O fenômeno é bastante raro. E ocorre uma duplicidade de comportamento: ou o médium fala (ou escreve) um idioma desconhecido e nada entende do que está dizendo; ou, enquanto fala uma língua, embora para ele totalmente desconhecida, vai entendendo o que diz; neste caso, enquanto o espírito comunicante comanda a área de Brocá, ao mesmo tempo realizam-se ligações com o giro superior do lobo temporal, e as idéias são percebidas pelo médium que pode, depois, traduzir por si a mensagem recebida, porque o sentido foi gravado na memória cerebral.”
  • 94. Corpos Sutis e Chacras - Guia de Estudos - Olivio Cezar 93 CHACRA CARDÍACO O CENTRO DOS SENTIMENTOS Localiza-se na região do coração físico, mais próximo do centro do peito. Podemos afirmar que representa o equilíbrio entre os três chacras que se localizam acima dele e os três da parte inferior do corpo. Seu elemento é o ar e apresenta-se com 12 raios ou pétalas de um amarelo brilhante. Diz-se que no coração encontra-se o antílope que é o símbolo do coração, muito aberto, muito sensível e muito inspirado. Um indivíduo ligado ao quarto chacra entra numa vibração de compaixão, de desprendimento, de sabedoria e de amor incondicional. Os apegos aos prazeres terrestres, honras e humilhações, não o preocupam. Portanto, vive em harmonia com os mundos interior e exterior. Dos 21 aos 28 anos, o ser estará mais ligado ao quarto chacra, pois este seria o período de seu desenvolvimento. A ligação glandular aqui se faz com o timo. Ele faz parte do sistema linfático, situado abaixo da tireóide e das glândulas paratireoides. Em seu livro "Cura Espiritual e Imortalidade", Patrick Drouot explica: "A atividade tímica e o funcionamento de nosso sistema de defesa imunológica são objeto de atenção considerável, especialmente com o drama da AIDS que destrói os leucócitos e também as células cerebrais humanas, causando deficiência imunológica, demências e outras desordens neurológicas. Já que uma percentagem de pessoas soropositivas não desenvolve a AIDS e só manifesta leves sintomas, pode-se deduzir daí que o corpo tem provavelmente mecanismos de proteção natural. Mais uma vez, agindo com técnicas mentais, terapias vibratórias, dedos de luz, arcos de luz, focalizando-os em certas pétalas do quarto chakra e agindo também sobre o tattwa correspondente ao nível etéreo e astral, é provavelmente possível influenciar a timosina, Signo: Áries(casa 3) e Libra (casa7). Designação hindu: Anahata Elemento: Ar. Glândula endócrina: Timo. Localização: Centro do peito, na zona do coração. Cor: Verde. Pétalas etéreas: 12. Nota musical: Lá. Plexo: Cardíaco. Cristais de cura: Jaspe verde, malaquita, turmalina verde, quartzo verde e hematita.
  • 95. Corpos Sutis e Chacras - Guia de Estudos - Olivio Cezar 94 um hormônio complexo sintetizado pela glândula timo. Trata-se obviamente de uma hipótese que resta demonstrar no plano científico. Os linfócitos T produzem moléculas do tipo hormonal chamadas linfocinas que atacam todo invasor. Uma dessas moléculas é chamada interferon, composto utilizado com algum sucesso contra a proliferação das células cancerosas. Elevando-se graças à vibração do quarto chacra, é possível dominar a arte da língua, a poesia e o verbo. O ser começa a dominar seu eu obtendo sabedoria e força interior. A energia Ying/Yang se equilibra. Um ser centrado segundo o chacra Anahata começa a evoluir além dos limites de seu ambiente para tornar-se autônomo; sua vida de torna então uma fonte de inspiração para os outros." A pulsação do chacra do coração saudável é a mesma pulsação dos batimentos cardíacos constantes. Esse ritmo de pulsação é universal e quando o chacra está equilibrado, estamos em paz com os outros e com o ambiente. O USO DAS CORES PARA A CURA O verde-primavera cura a dor causada nas pessoas que estão muito vulnerável à vida, ajudando a abrir o chacra cardíaco quando este estiver "endurecido" pelas experiências emocionais negativas. O rosa oferece uma sensação de brandura e transmite conforto do luto. O rosa-ametista fortalece o chacra do coração nas pessoas que têm debilidade física ou estão muito tensas, ajudando no reequilíbrio da pressão sanguínea. Em sânscrito é chamado de Anahata (imbatível, inviolado), estando localizado entre as omoplatas, ligeiramente à esquerda da espinha dorsal. Satyananda esclarece que, ao contrário do coração físico, o espaço astral ocupado por este chacra é vasto e informe. Segundo Leadbeater, Powell e Tara Michael, suas pétalas seriam de uma brilhante cor de ouro. Para Coquet, sua cor é próxima do amarelo ou ouro incandescente e para Aurobindo é o rosa dourado. Satyananda descreve-o como normalmente escuro, de um vermelho radiante e brilhante quando ativado. O Schat-chakra-Nirupana atribui-lhe o vermelho, o Siva Samhita, o vermelho escuro e o Garuda Purana, o dourado. André Luiz indica-o como centro da emoção e do equilíbrio geral ("Entre a Terra e o Céu"), dirigindo a circulação das forças de base ("Evolução em dois Mundos"). Ele é representado por um lótus com 12 pétalas envolvidas por uma cor vermelha. No interior do mandala se acham dois triângulos entrelaçados (estrela de Salomão), de cor cinza esfumaçado, tornando-se, quando ativado, de um brilho radiante. É o centro do amor e diz respeito ao princípio espiritual do ser. Leadbeater Indica um segundo lótus no coração, abaixo do maior. Aurobindo, no entanto, em "More Lights on Yoga"', traduzido como volume da coleção "A Consciência que vê", afirma: "Nunca ouvi falar de dois lótus no coração; mas ele é a sede de dois poderes - na frente, o vital mais alto ou ser emocional, atrás, e escondido, o ser psíquico ou alma". Aurobindo afirma que sua função está relacionada o comando do ser superior, com o psiquismo profundo. "O centro do coração" ensina Coquet, "terá todas as chances de desenvolver-se harmoniosamente e sem perigo se o neófito, ou o homem em geral, viver tendo em consideração, sobretudo os interesses do grupo, cultivando o sentido amplo da fraternidade e da tolerância, amando coletivamente e buscando servir o plano divino sem preocupação de agradar, de ser apreciado ou recompensado".
  • 96. Corpos Sutis e Chacras - Guia de Estudos - Olivio Cezar 95 Antes de desenvolver a força criadora do centro laríngeo é recomendado despertar o centro cardíaco, adverte Coquet. É o caminho natural que procura cultivar o Karma-yoguin, ou seja, realizar ações sem apego ao resultado. Isso também é recomendado pelos Espíritos que codificaram a Doutrina Espírita. Satyananda relaciona as seguintes habilidades para o seu despertar: a) adquirir o controle do ar; b) despertar um amor não individualista e cósmico; c) desenvolver a eloquência e o gênio poético; d) adquirir o poder de ter seus desejos satisfeitos; e) tornar o sentido do tato tão sutil que pode sentir a matéria astral, através do sentido astral, sensação que pode ser transmitida a outros (o sentido desse chacra é a pele e o órgão ativo, o coração). Motoyama acrescenta que seu despertar provoca o desenvolvimento do poder da cura psíquica. "Prana pode ser transmitido através das palmas das mãos e dirigido à área doente do corpo de outra pessoa. A técnica bem conhecida da "imposição das mãos" está provavelmente relacionada com o estabelecimento de uma conexão Intima entre o anahata e as mãos. Poderes psicocinéticos também se desenvolvem quando o anahata é despertado". Sem bloqueios: Traz o poder do conhecimento, da sabedoria, da humildade e do amor incondicional. Aumenta a tolerância, a afetividade, a bondade e a piedade, sentimentos superiores, que representam o equilíbrio emocional e energético. É o chacra mais importante nos tratamentos de cura espiritual. O chacra cardíaco é um dos mais importantes para a vida espiritual superior, pois rege o sentimento e o entusiasmo, impulsionando o ser em tudo o que ele realiza e concentra em si toda a expressão de afetividade e envolvimento com o belo. Quando vitalizado, atua em parceria com o chacra frontal nos processos de despertamento da intuição, criando um vórtice, conhecido como terceiro olho - responsável pelo aprimoramento da visão interior - e é utilizado na intuição. Nesse processo, o cardíaco desperta o sentimento de compaixão; atuando como uma espécie de termômetro, criando condições para a manifestação da intuição. Com bloqueios: Induz a paixões obsessivas, sentimentos doentios, egoísmo, violência, soberba, incapacidade de amar, etc. mantendo a pessoa numa aparência de apatia para com tudo e todos ao seu redor. Elas não se envolvem, nem se apaixonam por nada, tornando-se Insensíveis e estéreis, sem nenhuma noção do que é harmônico e de belo. A pouca vitalidade neste chacra torna as pessoas pragmáticas, endurecidas, muito racionais e sem percepção da harmonia e das belezas da vida., atuando apenas de forma pratica, sem compreender o sentido da compaixão. Não enxergam as necessidades do outro e nem gostam de serem contrariadas. Impondo suas convicções e nunca se colocam no lugar do outro.. As pessoas que possuem grande vitalidade neste chacra acumulam valores excessivos, sentimentos aflorados e não sabem colocar limites ao expor seus sentimentos e com isso se decepcionam. Desenvolvem grande intuição das coisas belas e um sentido que as ajuda a compreender as pessoas. Mas não estabelecem limites em sua forma de agir e com isso não sabem se proteger. Adquirem uma carência afetiva que gera infelicidade e inconformação, deixando-as frustradas por não terem seus sentimentos correspondidos. Nas reuniões mediúnicas os Espíritos guias e mentores retiram deste centro, um ectoplasma translúcido, de coloração rosada, que é utilizado em tratamentos de cura espiritual. Neste chacra, que é o centro dos sentimentos mais elevados os Espíritos superiores interagem com seus médiuns, enviando boas energias. Também é utilizado no tratamento de entidades endurecidas quando se dá a irradiação de fluidos amorosos para estes. LIVRO “TÉCNICA DA MEDIUNIDADE” DE PASTORINHO
  • 97. Corpos Sutis e Chacras - Guia de Estudos - Olivio Cezar 96 “O plexo cardíaco é largamente comprometido na mediunidade passista. Daí a emoção ou até comoção dos sensitivos que possuam bem desenvolvido esse chakra, o que é mais frequente nas mulheres. A atuação direta no chakra cardíaco atinge, comumente, o ritmo do coração, que pode apresentar taquicardia, braquicardia ou disritmia. Sendo todo formado pelo sistema simpático, qualquer atuação que vibratoriamente o atinja, é sentida repercussivamente em todo o organismo. Assim observamos aparecerem, geralmente, alterações na respiração, que se torna mais profunda e rápida. Aprofundaremos um pouco mais o estudo ao falar diretamente sobre o coração. Médiuns introvertidos - O chakra cardíaco está intimamente ligado ao timo, e qualquer influência astral compromete essa glândula que, segundo os fisiologistas, nenhuma função possui depois da puberdade, tanto que se atrofia. No entanto, do ponto de vista espiritual, a função tímica é bastante sensível, pois atua no setor mais elevado da criatura: com efeito, não apenas na criança, em que o timo é mais desenvolvido, como nos adultos, pessoas ditas timicolinfáticas caracterizam-se por um ar angélico e místico, não apenas na aparência física, como no comportamento diante da vida. Realmente o timo desenvolvido favorece as ligações com o chakra cardíaco e, portanto, a união do eu personalístico com o Eu da individualidade: o conhecido “encontro”. Nas pessoas comuns, em que o timo se atrofia, observamos as características do chamado “homem do mundo”, extrovertido, lançado para fora, atuante no campo financeiro, comercial ou industrial, enfim, nas atividades externas. Ao contrário, aquelas em que o timo permanece mais ativo, são os introvertidos, dados à meditação, à contemplação, à vida mística e religiosa, voltados para seu interior. E por isso mesmo despreparados para qualquer atividade externa. Sua expansão é interna. Sua vida desenvolve-se mais no espírito que na matéria. Outras criaturas há que apresentam épocas de altos e baixos, ora esfuziantes de entusiasmo e otimismo extrovertido, ora deprimidos e pessimistas quanto à vida, introvertidos: são os ciclotímicos, muitos dos quais célebres, como Lucrécio, Goethe, etc. Ora, tudo isso vem trazer à nossa meditação a larga influência espiritual que essa glândula exerce sobre a criatura. Os de timo atrofiado quase não possuem reações emotivas, pois são pouco sensíveis ao sentimento elevado. Já os outros apresentam sensibilidade quase mórbida, como ocorre, sistematicamente, com os médiuns que, exatamente por isso, são chamados “sensitivos”. Sob a influência de espíritos elevados (“guias” ou “mentores”) o timo também é ativado, através da atuação por meio do chakra cardíaco. Tanto que, após longo intercâmbio com eles, os médiuns apresentam expressão de alegria infantil e de tendência ao misticismo e às atitudes “angelicais” em seus atos, palavras e conceitos, como é fácil verificar nos meios espiritualistas.”
  • 98. Corpos Sutis e Chacras - Guia de Estudos - Olivio Cezar 97 CHACRA UMBILICAL O CENTRO DAS EMOÇÕES Possui 10 raios ou pétalas que variam do vermelho ao esverdeado. É o centro da vontade ou do ego inferior. Está ligado ao sistema digestivo à absorção dos alimentos e dos nutrientes. Sua função deve ser entendida num sentido mais amplo que inclui a assimilação mental e psicológica do conhecimento e da experiência. É também ligado ao elemento fogo, à visão e às energias psíquicas. A pessoa que tem esse plexo desenvolvido terá maior sensibilidade para perceber as intenções dos outros, sejam boas ou ruins. O desenvolvimento desse chacra produz uma independência maior e irá coincidir com a fase da adolescência. O chacra umbilical relaciona-se com o corpo astral, de estrutura bem mais sutil que o duplo etérico e ligado essencialmente às emoções. Pessoas dominadas por este chacra terão foco no poder pessoal e no auto reconhecimento, sem se importarem com o prejuízo alheio. Dormirão em média de seis a oito horas, sempre de costas. Quando esse chacra se encontra com um funcionamento irregular, leva a pessoa a uma rotina de inércia, tornando=a incapaz de realizar uma mudança positiva em sua vida. Equilibrado, desenvolve o sentimento de servir incondicionalmente, com alegria e paixão pela vida. O USO DAS CORES PARA A CURA O amarelo claro é a cor predominante e relaciona-se com a realização de trabalhos e estudos que exijam o uso da memória. No tratamento deste chacra, devemos usar lâmpadas da cor amarela no local de trabalho ou no lar. Signo: Touro(casa 2) e Virgem (casa 6). Designação hindu: Manipura. Elemento: Fogo. Glândula endócrina: Pâncreas e Baço. Localização: Zona do estômago, entre o umbigo e a base do esterno. Cor: Amarelo. Pétalas etéreas: 10. Nota musical: Mi. Plexo: Solar interno, médio e externo. Cristais de cura: Enxofre, citrino, jaspe amarelo, alabastro amarelo e topázio amarelo.
  • 99. Corpos Sutis e Chacras - Guia de Estudos - Olivio Cezar 98 O dourado e o rosa são as melhores cores de cura para emanar para esta região. O dourado deve ser visualizado na forma da luz do Sol pura e branda, que ajudará na melhoria do metabolismo, da visão e bem-estar do corpo físico. O rosa ajuda para suavizar esta região. Seu nome em sânscrito é Manipura, isto é, ‘cheio de jóias’. No Tibete é denominado Manipadma, ‘o adornado com jóias’ (Satyananda). Coquet entende ‘mani’ significando gema flamejante, e ‘pura’. Está situado à altura do plexo solar na junção das vértebras dorsais e lombares, alguns centímetros atrás da coluna vertebral. Alguns autores alertam que não devemos confundi-lo com o plexo solar que é somente um reflexo deste centro. Segundo Leadbeater, "sua cor predominante é uma curiosa combinação de vários matizes do vermelho, ainda que também contenha muito do verde”. “Suas cores são alternativas e principalmente vermelhas e verdes" (Powell). Coquet indica-lhe uma cor rosa mesclada de verde. Tara Michael como flamejante. Aurobindo vê a violeta e Satyananda a azul escuro. O Schat-chakra-Nirupana indica-lhe a cor azul e Siva Samhita, a dourada, enquanto Garuda Purana, o vermelho. Sua correlação com o corpo físico está no pâncreas. O Manipura é representado como um lótus de 10 pétalas de cor cinza plúmbeo com letras em sânscrito em cada uma delas. Dentro do mandala se encontra um triângulo vermelho Invertido, com o bija mantra ao centro ‘Ram’. "A energia solar, ensina Coquet, é uma força de natureza emocional fortemente influenciada pelos desejos e pelos nervos sensitivos do tato. O centro solar é o cérebro pelo qual reage o reino animal; semelhantemente à consciência de uma grande parte das pessoas pouco evoluídas e dos aspirantes sobre a senda está fundamentalmente polarizada no centro solar". Este centro gástrico se "responsabiliza pela penetração de alimentos e fluidos em nossa organização", escreve André Luiz em "Evolução em dois Mundos". Seu despertamento nos leva a uma atitude benevolente e de compaixão, possibilitando domínio sobre o fogo, habilidade de visualizar os órgãos internos do corpo, evitar doenças e capacidade para enviar o prana ao centro cardíaco. “A concentração de energias sobre o Manipura melhora a digestão dos alimentos” (Satyananda). Leadbeater escreve que seu despertar ajuda a identificar as influências astrais, identificando regiões afetadas. “Uma grande parte da energia da natureza emocional e astral se derrama pelo centro solar, devendo cada indivíduo esforçar-se por transmutar esta energia em aspiração, porque por ele é que operam o médium e o vidente” (Coquet). Coquet recomenda um cuidado especial para este centro: "a usura e a degradação que surgem predisporão o indivíduo a uma frágil santidade, na verdade inexistente e isto por causa das energias interiores mal dirigidas e sobretudo mal empregadas ". É o centro da vontade, do ego, responsável pela absorção das emoções e das experiências necessárias para o despertar da consciência. Ligado ao corpo astral, esse chacra está conectado com os instintos e emoções passionais. Sem bloqueios: Emana poder criativo, sentido de justiça e generosidade. É o chacra da sabedoria, da vontade, da ação e do poder pessoal. Traz naturalidade e elegância no relacionamento social, segurança, vigor físico e mental, sensibilidade às percepções e intuições e est[a suscetível às influências externas de energias tanto negativas como positivas. Com bloqueios: Induz à insegurança, ao egoísmo, complexo de inferioridade, perda da capacidade cognitiva, megalomania, etc.
  • 100. Corpos Sutis e Chacras - Guia de Estudos - Olivio Cezar 99 Localizado entre os chacras inferiores e os superiores, o solar é um centro que reúne as energias dos centros inferiores que devem ser elevadas. A pessoa que vibra com frequência neste centro será egoísta, egocêntrica, hipersensível e angustiada, somatizando doenças de fundo emocional, além de males do estômago, do intestino, perturbações hepáticas, etc. Nas pessoas em que o chacra umbilical tem uma vitalidade maior, notamos congestionamento das emoções, que descem vibratoriamente do corpo astral, produzindo descontrole emocional, excesso dos instintos e das emoções. Uma ansiedade se estabelece em sua intimidade, causando emoções violentas, e comprometimentos no comportamento. Raiva, ressentimento, mágoa, ciúmes, irritabilidade e agressividade, são características encontradas nesses indivíduos, tanto pelo excesso de vitalidade como pelo congestionamento deste plexo. Quando desvitalizado, deixa a pessoa apática, sem motivação para nada e sem objetivos, causando danos irreversíveis na mente. Grande maioria de pessoas vive sob a influência deste plexo, buscando novidades, tendo grandes inspirações, mas falta-lhes determinação para realiza-las. Por este plexo também podemos expelir ectoplasma, fluido doado nos tratamentos das curas espirituais. Neste chacra devem ser direcionados os esforços para o tratamento de pessoas nervosas, irritáveis ou que choram com facilidade, pois a magnetização ajudará a recuperar a saúde física e emocional do paciente, principalmente nos casos de depressão, tristeza ou melancolia. Nos casos de desenvolvimento da mediunidade este centro deve merecer especial atenção. Vejamos o que nos fala Pastorinho, sobre o assunto: LIVRO “TÉCNICA DA MEDIUNIDADE” DE PASTORINHO “Sofredores - O plexo solar é o mais atingido no setor da mediunidade receptiva, na faixa dos sofredores e necessitados comuns, sobretudo na daquela que, tendo perdido o corpo físico, também perderam a noção da própria personalidade, de nada mais se recordando. Sabem que existem porque sofrem, sentem dores, aflições, angústias, calor ou frio, como qualquer animal irracional, mas não sabem mais quem são nem quem foram quando encarnados na Terra. Com esses nada adianta perguntar, pesquisar, inquirir: são quase autômatos, em quem só restam a sensibilidade do etérico e as emoções do astral, sem nenhuma ou com pouquíssima participação do intelecto: a amnésia é total (ou quase), julgando-se ainda presos ao corpo físico, mas abandonados de todos os parentes e amigos, acabando por se esquecerem deles. Todos os que alimentam vibrações de sofrimento, de tristeza, de angústia e de dores físicas, se ligam pelo chakra umbilical que pode ser definido como o chakra da mediunidade sensitiva, quase visceral. Nem é de estranhar que a ligação por aí se faça, pois o plexo solar é o centro das sensações físicas que não tenham ligação com o intelecto racional (o "cérebro do abdome”). Ao ligar-se, o espírito transfere para o sensitivo seus sofrimentos que, de acordo com a localização por eles mentalizada, vai refletir-se nos órgãos do médium: fígado, estômago, pulmões, baço, pâncreas, rins, bexiga, etc., não se excetuando, mesmo, certos órgãos superiores, como sobretudo dores de cabeça, de garganta, de olhos, etc. etc. O desequilíbrio nervoso ou mental é o pior deles. Nesse quadro tétrico podemos assinalar os dementes e os dementados pela dor, os traumatizados pelos desastres, os desequilibrados pelo suicídio, os alucinados pelas perseguições dos inimigos, os parafrênicos perseguidos, os prisioneiros das trevas, os enlouquecidos pelo ódio, os perturbados, pelos vícios. De modo geral a ligação desses pobres espíritos é feita exclusivamente para tentar um reequilíbrio deles (e por vezes do próprio médium que a elas está ligado) a fim de facilitar o atendimento por parte dos "samaritanos do astral". Não adianta querer doutriná-los ou curá- los, pois quase sempre são refratários a melhoras imediatas, sendo indispensável o tratamento
  • 101. Corpos Sutis e Chacras - Guia de Estudos - Olivio Cezar 100 a longo prazo ou a reencarnação imediata para esquecimento do passado. O meio mais eficaz de atendimento, a nosso ver, é constituído pela prece e pelo hipnotismo, induzindo-os ao sono profundo, a fim de serem levados pelos enfermeiros e internados nos hospitais do espaço, onde a paciência dos médicos espirituais os irá tratando por meio da sugestão continuada. No entanto, a cura pela sugestão poderá, raras vezes, ser tentada pelo dirigente capaz, por meio de passes, curadores e magnéticos, mas só em casos mais leves, em que se veja probabilidade de aproveitamento real. Isso porque não se deve tentar uma "caridade" talvez infrutífera, à custa da falta de caridade para com o médium, que lhe está sofrendo os impactos terríveis em seu organismo, com desequilíbrio de todo o sistema nervoso simpático e prejuízo dos órgãos internos. Não devemos nós, encarnados, ter a pretensão de possuir maiores poderes que os desencarnados: eles os trazem para que recebam aquilo que para eles é mais difícil: fluidos magnéticos mais densos e o som da voz humana em vibração mais baixa, que talvez seja o único som que sejam capazes de perceber em sua condição muito materializada; e também o contato com o perispírito do médium, para causar-lhes novamente o impacto da matéria. Outro serviço realizado pelo chakra umbilical, com interferência do plexo solar, é a moldagem dos corpos astrais de espíritos que sofrem de licantropia. Como temos conhecimento, desde a mais remota antiguidade, os envoltórios astrais de criaturas humanas muito involuídas, animalizadas e atingidas por vícios e por ódios, tomam a forma externa animalesca (já assistimos em reuniões, a ligações de espíritos com formas diversas de cão, de cavalo, de abutre, de lobo, etc.). Aliás as lendas do "lobisomem" é um exemplo típico. Nesses casos, o médium sofre a ligação do espírito e procura moldá-lo novamente à forma humana, o que dificilmente é conseguido numa só reunião. Em geral o necessitado fica preso ao médium o tempo necessário à remodelação da forma astral. E isso traz sofrimento ao sensitivo encarnado. Fluidos – Úlceras - Em vista disso, também o estômago é atingido quando o plexo solar recebe o impacto de uma ligação no chakra umbilical. Tratando-se de órgão mais percebido externamente, é mais comum ouvirmos referências a perturbações estomacais, quando se efetuam reuniões espíritas. Mas algo de mais importante ocorre. Quando a criatura possui capacidade produtora de fluidos etéricos e sobretudo de ectoplasma, é comum que esses elementos se depositem no estômago; e seu acúmulo provoca irritação das paredes estomacais, chegando até, por vezes, em certos casos, a aparecerem ulcerações. A própria medicina reconhece que certas atitudes mentais da pessoa podem chegar a esse resultado. Já observamos casos de úlceras comprovadas pela radiografia com indicação para operação cirúrgica, desaparecerem por completo sem deixarem sequer cicatriz (comprovação radiográfica) pelo simples exercício da mediunidade de passes. Com efeito, dedicando-se a dar passes, o sensitivo escoa os fluidos acumulados, faz cessar a irritação e curam-se as ulcerações porventura provocadas. Atingido pelas vibrações - A ativação do plexo solar atinge o fígado e a vesícula, assim como ocorre com os demais órgãos abdominais. Daí por que, ao receber o impacto de uma ligação através do chakra umbilical, de um espírito de baixo teor vibratório, o médium sente dores e mal-estar nessa região. Se o sofredor traz vibrações demais pesadas, descontrola não apenas o sistema nervoso, mas todos os órgãos.
  • 102. Corpos Sutis e Chacras - Guia de Estudos - Olivio Cezar 101 Em vista disso, as reuniões chamadas “de caridade” ou de “desobsessão”, em que predominam esses espíritos, só devem ser realizadas uma vez por semana; e em cada uma os médiuns só devem receber no máximo três comunicações. Dessa forma poderá refazer-se a tempo, para outra reunião na semana seguinte. Não se deve abusar, sob alegação de que os “guias” suprem: eles não são todo-poderosos nem fazem “milagres”. Para isso temos o raciocínio e o bom-senso, com a obrigação de estudar. Em certos casos de médiuns não desenvolvidos ou que não “trabalham”, observamos que as enfermidades dos órgãos abdominais são causadas, por vezes, por ligações permanentes ou demais frequentes de espíritos sofredores, que acabam obsidiando a vítima. Se há recurso ao Espiritismo, é possível o alívio e a cura. Mas os remédios químicos da medicina oficial nada conseguem, porque enquanto “arrumam a casa” de um lado, os desencarnados encarregam-se de “desarruma-la” do outro lado.” Pastorinho traz neste livro importantes informações sobre a epilepsia. “Ação de obsessores no “ponto fraco” - Não é difícil reconhecer, nos ataques epilépticos, uma ligação da vítima com seu obsessor, em legítima “incorporação”. Com isto não queremos negar os progressos científicos da medicina, voltando à simples crendice: antes, buscamos explicar as conclusões da ciência, pela realidade do que ocorre. A epilepsia pode ocorrer naqueles que apresentam disritmias cerebrais. Neste caso, ou se verifica um lapso momentâneo nas funções nervosas (pequeno mal, ausências, etc.) e isso quase nunca é obra de obsessores; ou o ataque se desenvolve até às convulsões. Neste último caso dá-se a influência espiritual pelo lócus minóris resistentiae (o que é normal em todas as “incorporações”), que é exatamente a lesão ou disfunção cerebral, que pode ser ou não “hereditária”. Feita a ligação pelo chakra umbilical (ou até mesmo pelo esplênico ou pelo fundamental), a repercussão violenta do choque psíquico atinge o “ponto fraco”, que é a parte cerebral afetada. Com o choque, a vítima caminha até o clímax convulsivo, quando então se dá o desligamento automático. O paciente, contudo, pela exaustão e desvitalização, cai de imediato em sono profundo durante uma ou duas horas. Ao despertar de nada se lembra, não tendo consciência nem mesmo de ter tido as convulsões. Doutras vezes a vítima nada tem de anormal no cérebro; o EEG nada acusa e, no entanto, a sintomatologia apresenta-se idêntica. Nestes casos ocorre a ligação obsessiva violenta, com disritmia cerebral durante as convulsões, embora o EEG posterior nada acuse. Entretanto, se não forem evitados os ataques convulsivos, a lesão aparecerá com o tempo, pois mesmo que o EEG não acuse disritmia no cérebro físico, sua contraparte astral sofre desse mal, sendo aí o lócus minóris resistentiae. Uma das provas maiores do que afirmamos é a premonição sentida pela vítima do que vai ocorrer. Sendo médium, percebe a aproximação do obsessor, pelo fenômeno que os médicos denominam de “aura epiléptica”. Dependendo do ponto de maior sensibilidade, os fluidos do obsessor que se aproxima são notados pela vidência (cores, luzes ou, mais frequentemente, sombras), pela audiência (sons, ruídos, vozes), pelo olfato (odores típicos, acres ou fétidos), pelo paladar (gosto ácido na boca, ou por vezes adocicado), ou pelo tato (uma onda de calor irradiado que o envolve). Ora, a sensação de calor é muito comum nas sessões mediúnicas, antes da ligação do espírito com os médiuns. Assim também a dor na “boca do estômago” é com freqüência notada, no momento da ligação através do chakra umbilical (plexo solar). O tratamento preventivo (a medicina até hoje não conseguiu a cura, mas apenas evita as convulsões) é ótimo para os médiuns: Pensamentos bons e alegres, mente higienizada, sem aborrecimentos nem raivas, sem emoções nem ressentimentos. Quanto às drogas, o efeito que alcançam é isolar o tálamo do córtex e interromper as associações do lóbulo frontal; ora, essas mesmas drogas impedem qualquer ligação do espírito com o médium, embora este seja normal.”
  • 103. Corpos Sutis e Chacras - Guia de Estudos - Olivio Cezar 102 CHACRA ESPLÊNICO O CENTRO DA VITALIDADE O segundo chacra possui 6 raios revelando as cores: roxo, azul, verde, amarelo, alaranjado, vermelho- forte e rosa. O chacra esplênico localiza-se na região correspondente ao baço físico e está intimamente relacionado à circulação sanguínea. Disfunções nesse chacra podem gerar anemias e até mesmo a leucemia. É também responsável pela vitalização do duplo etérico enquanto o chacra básico está mais relacionado ao corpo físico. Uma criança com a idade de 8 a 14 anos está motivada por este centro e dormirá entre 8 a 10 horas em posição fetal. Mais adaptada ao mundo físico (função do primeiro chacra) a criança começa a sair do círculo familiar e a fazer amizades. Desejos e fantasias refletem a necessidade do Espírito sair do corpo gerando uma fuga da realidade. No desenvolvimento desse chacra iniciam-se as descobertas da individualidade. É um período fascinante, mas também cansativo para pais e professores, pois se faz necessário o equilíbrio entre os limites e a flexibilidade. Os padrões de comportamento, os gestos repetidos e a rotina devem nortear as bases da educação. A repressão, os traumas e os conflitos durante este estágio repercutem por longo tempo e deixam marcas na personalidade do indivíduo. O chacra esplênico fornece energias vitais para a vida, se ligando ao chacra da garganta, que é o centro da expressão. A insuficiência de um bom fluxo entre esses dois centros prejudica a vida do ser. Com sua vitalidade, este chacra oferece um grande potencial de cura, tanto para si mesmo como para os outros. Signo: Gêmeos(casa 3 e Leão casa 5) Designação hindu: Svadhisthana. Elemento: Água. Glândula endócrina: Gônadas. Localização: Entre o osso púbico e o umbigo. Cor: Laranja. Pétalas etéreas: 6. Nota musical: Ré. Plexo: Cristais de cura: Pedra da lua, coralina, calcita laranja e pedra do sol.
  • 104. Corpos Sutis e Chacras - Guia de Estudos - Olivio Cezar 103 USO DAS CORES PARA A CURA A cor laranja em tonalidades mais brilhantes pode trazer um sentimento enervante e conflituoso, portanto, é recomendado usar o âmbar e o dourado nas visualizações e na cura deste centro. Nos períodos de tratamento e recuperação, quando a pessoa se sente cansada ou com pouca energia, visualizar a luz laranja fluindo para o chacra esplênico tem sido muito eficaz. Nas pessoas desvitalizadas podemos colocar uma tigela com laranjas em determinado cômodo ou um vidro âmbar ou laranja pendente de uma janela atravessada pela luz do Sol para ajudar na sua revitalização. "Este centro", diz Michel Coquet (1944), na obra “Les Chakras et L’initiation” "é o agente mais importante da força inerente à matéria”. "É o mais importante centro ativo distribuidor de energia. Nele estão colocados em contato a via negativa da matéria (a energia do espírito) e a energia positiva do duplo etérico (Nous ou Prana). Deste modo se produz ‘a centelha’ entre o plano divino e o plano físico, e isto por intermédio do corpo etérico. A vida dinâmica inerente ao oxigênio vitaliza o corpo penetrando a princípio pela cabeça e pelo coração; entretanto uma corrente mais reduzida e ligeiramente diferente entra no corpo físico pelo baço e se eleva em direção do coração para unir-se a outra corrente". "No ser humano", continua adiante, "a energia vital do sol é assimilada pelo centro etérico do baço que é, assim o chamo, a contrapartida do baço físico. Mas o centro receptor principal se acha entre as omoplatas; está situado, precisamente, entre o centro laríngeo e o centro cardíaco, mas fica, entretanto, mais próximo do coração que da garganta. Um terceiro centro está situado ligeiramente acima do plexo solar mas permanece adormecido e inativo, ao menos parcialmente, e isto por causa das condições de vida (poluição) nas grandes cidades". Segundo André Luiz, pela psicografia de Chico Xavier, este centro regula "a distribuição e a circulação adequada dos recursos vitais em todos os escaninhos do veículo de que nos servimos" ("Entre a Terra e o Céu"), "determinando todas as atividades em que se exprime o sistema hemático, dentro das variações de meio e volume sanguíneo" ("Evolução em dois Mundos"). O chacra esplênico funciona como um transformador biológico, em analogia ao transformador de tensão elétrica. Tem a função de vitalizar o duplo etérico e distribuir a energia correspondente, através dos nadis. Absorve energia prânica do Sol, nutrindo e revitalizando através da irrigação das suas células o sistema sanguíneo. Quando predomina sobre os demais chacras, agindo na vida social do indivíduo, este tende a dormir além do período necessário de 8 horas e como já citamos anteriormente, as pessoas regidas por esse chacra dormem geralmente na posição fetal. Isto faz com que o indivíduo fique exposto a muitas fantasias e desejos, condicionados em seu íntimo, que dificilmente se concretizam, gerando medo, angústia e frustração. Contudo, as pessoas que desenvolvem esse chacra terão condições de absorver grande quantidade de fluidos revitalizantes que poderão ser direcionadas para os tratamentos de cura, como anemias, leucemias e outras enfermidades que afetam o sistema imunológico ou mesmo para na produção de ectoplasma em reuniões mediúnicas. O chacra esplênico é o principal local onde seres vampirizadores se ligam, muitas vezes de forma inconsciente, sugando a energia vital das pessoas, diminuindo-lhe a resistência, ocasionando também a redução da capacidade de absorção dos fluidos vitalizantes que se manifestam através prana. Para bloquear a ação de vampiros e outros parasitas astrais, precisamos fazer um tratamento espiritual.
  • 105. Corpos Sutis e Chacras - Guia de Estudos - Olivio Cezar 104 LIVRO “TÉCNICA DA MEDIUNIDADE” DE PASTORINHO “Sendo, quase sempre, vampiros que sugam vitalidade do médium, observamos repercussões em toda a região lombar e abdominogenital, com tremores nas pernas, que parecem enfraquecidas e doloridas. Doutro lado, também observamos repercussões no plexo sacro, pois as ligações pelo esplênico, via de regra, procuram agir também no fundamental, para que a absorção da vitalidade seja mais completa. Disso falaremos a seguir. Mas anotemos que não é raro vermos, grudado nas costas do obsidiado (região lombar esquerda, altura da cintura) formas ovoides, aracnídeos escuros, espécie de carrapatos enormes: são formas astrais, quer (raramente) assumidas pelos espíritos vampirizadores, quer por ele criadas, para que funcionem à maneira das antigas "sanguessugas", que de vez em quando eles vêm sugar, deixando-as lá para que novamente se locupletem. Há espíritos que distribuem essas ‘sanguessugas’ por diversas criaturas, do mesmo modo que há ‘quadrilhas’ deles, que se reúnem para essa exploração baixa e prejudicial. Com freqüência as pessoas atingidas vão emagrecendo e definhando a olhos vistos, sem que nenhum facultativo descubra a causa real: todos os órgãos são perfeitos, tudo funciona bem, e a pessoa constantemente se depaupera. Uma boa sessão de desobsessão, todavia, pode curá- la.” Continua Pastorinho: “Coletor de prâna – vampiros - Além dessas, outra função típica do baço é a assimilação ao sangue do “prâna” captado pelo chakra esplênico. Essa absorção é feita constantemente e fornecida a todo o sangue que passa pelo baço, produzindo largas quotas de energias vitais ao sangue e, ainda, retemperando o grande simpático, através dos nervos que o envolvem. Daí a força que possui o baço, e a necessidade de o sangue passar por ele. Por isso pode executar sua tarefa de equilibrar o volume, do sangue circulante. Sendo o armazenador do ferro extraído das hemoglobinas e o fornecedor do prâna necessário à manutenção do organismo, a baço é o órgão mais visado pelos ‘vampiros’ que, através do chakra esplênico, sugam a força vital da vítima, prendendo-se às suas costas. O ‘prâna’ (nitrogênio) aí armazenado é distribuído à medida das necessidades. Quando a pessoa, por exercícios demais violentos e prolongados (como em corrida mais longa) consome mais ‘prâna’ do que o normal, e o baço esgota seu estoque, ele se violenta para absorvê-lo em ritmo mais acelerado; mas, não estando preparado para isso, dá um grito de alerta, por meio de uma dor violenta e aguda, que força a criatura a interromper a corrida, a fim de dar tempo de reequilibrar o fornecimento de ‘prâna’. Anotemos, no entanto, que a dor não se manifesta no próprio baço, mas no plexo esplênico, na altura do chakra do mesmo nome, que é o inalador para entrada de ‘prâna’. Se a pessoa, porém, realizar exercícios de treinamento, o chakra se habituará a trabalhar com maior velocidade, possibilitando esforços prolongados sem acusar sofrimento, como se dá com os atletas. E por absorverem mais ‘prâna’, eles se apresentam muito mais vigorosos que as criaturas que não fazem exercícios físicos. Equilíbrio nervoso - Também afetado quando é atingido o plexo solar, por ação do chakra umbilical, sobretudo se existir influência nociva de espíritos mentalmente perturbados.
  • 106. Corpos Sutis e Chacras - Guia de Estudos - Olivio Cezar 105 No entanto, num organismo sadio, com equilíbrio pancreático, pode produzir-se, por ação reflexa da vibração astral da insulina, que age sobre o sistema nervoso, uma ajuda aos espíritos comunicantes com desequilíbrio nervoso. Ligação com vampiros – Angustia - As suprarrenais são atingidas quando a ligação do espírito se faz pelo chakra esplênico, através do plexo lombar. Os médiuns que sejam vítimas de espíritos vampirizantes que lhes esgotam a vitalidade, sugando hormônios indispensáveis à vida, produzidos pelas suprarrenais, definham constantemente, pois descontrolam seu metabolismo interno. Além disso, a irritação da glândula, por ser muito solicitada, causa superprodução de adrenalina, o que mantém o paciente amedrontado, neurastênico, irritadiço e angustiado. A simples aproximação do espírito involuído causa pavor ao sensitivo, ativando a glândula que produz mais adrenalina, que é derramada no sangue. Não é sem motivo que toda e qualquer criatura que possua sensibilidade mediúnica demonstro grande medo da mediunidade e das sessões mediúnicas, antes de educar-se e desenvolver-se. Prefere fugir desses ambientes que lhe causam terror incontrolável: as suprarrenais são a causa desse temor bem natural e cientificamente explicável. Outra atuação dos espíritos obsessores sobre suas vítimas, é exatamente procurar irritá-las de todas as maneiras e assustá-las todas as vezes que podem; com isso, produzem os conhecidos ‘angustiados’ crônicos, os que sofrem de insônia e pesadelos, e os ‘apavorados’ diante da vida.”
  • 107. Corpos Sutis e Chacras - Guia de Estudos - Olivio Cezar 106 CHACRA BÁSICO O CENTRO DA ENERGIA DA VIDA Esse primeiro chacra é responsável pela vitalidade e pela manutenção dos aspectos sólidos do corpo. É também fonte do fogo serpentino ou Kundalini e está localizado na base da coluna vertebral, possuindo 4 pétalas e visualizado na cor vermelha. O chacra básico ou raiz representa a manifestação da vida física. Portanto, do 1 o .ao 7 o .ano de vida a criança aprende a enraizar-se, fixando-se nas leis de seu mundo e aprendendo a regular suas necessidades de alimentação, adequando-se à sua identidade. Esse chacra se relaciona com a juventude, a ilusão, a cólera, a avareza e a sensualidade. Pessoas vivendo motivadas pelo chacra básico têm um comportamento violento ligado à insegurança e chegam a dormir entre 10 a 12 horas sobre o estômago. São normalmente materialistas e pragmáticas. Está relacionado com as glândulas suprarrenais, cujos hormônios são fundamentais para a manutenção da vida no corpo físico. As gônadas são a ligação glandular para o chacra raiz e se encontram nos testículos do homem e nos ovários da mulher. Fazem parte deste sistema endócrino as células secretoras com capilares nas regiões adjacentes ligadas pelo tecido conjuntivo. A glândula pituitária às vezes é chamada de ‘glândula mestra’, Signo: Câncer (casa 4) Designação hindu: Muladhara Elemento: Terra. Glândula endócrina: Suprarrenais. Localização: Base da coluna vertebral, na zona do cóccix. Cor: Vermelho. Pétalas etéreas: 4. Nota musical: Dó. Plexo: Cristais de cura: Quartzo vermelho, granada, jaspe vermelho, rubi, mica preta, ônix, quartzo fumado, dolomita vermelha. Expressividade: Juventude, ilusão, sensualidade, agressividade, cólera, insegurança, violência, materialismo. Associação:
  • 108. Corpos Sutis e Chacras - Guia de Estudos - Olivio Cezar 107 pois pode ser comparada analogamente ao maestro de uma orquestra e, ao seu comando, os hormônios são secretados dos testículos e dos ovários. Está relacionada com a fertilidade, o desempenho e os impulsos sexuais. Sua secreção garante um desenvolvimento correto dos processos naturais da sexualidade. USO DAS CORES PARA CURA O chacra raiz saudável é observado em cores vermelhas muito vívidas e nos processos de cura essas tonalidades mais brilhantes devem ser utilizadas com muita cautela. Um bom exercício visual de cura é imaginar as cores ‘familiares’ do chacra fluindo nas pétalas a fim de abastecê-lo. Devemos utilizar tons mais suaves de vermelho e no caso de pessoas muito sensíveis a esta cor, usar tons de marrom ou a cor de malva (cor clara pertencente à faixa do violeta e magenta), ou ainda, o verde, que é um complemento do vermelho. É denominado em sânscrito de Muladhara (Mula = raiz; adhara = suporte). É formado de 4 pétalas em forma de cruz, sendo a 15 graus a representação do reino mineral, a 25 do vegetal, a 34 do animal e a 45 do hominal. Powell e Leadbeater indicam a cor das pétalas como sendo de ‘ígnea cor vermelha alaranjada’; Michel Coquet - fogo alaranjada; Aurobindo - vermelha; Tara Michael - carmesim. Nos livros Schat-chakra-Nirupana e Siva Samhita, vermelho. O animal é um elefante branco. Neste chacra está adormecida a energia básica, denominada, em sânscrito, Kundalini. Ensina Coquet: "A humanidade em geral é, sobretudo controlada pela vontade de viver e existir; está ali um aspecto de sua consciência que controla e organiza toda sua vida, e produz também isto que nós conhecemos sob o nome de reencarnação. E, do modo que o princípio de vida firma- se no coração, do mesmo modo a vontade instintiva e inconsciente de existir está localizada na base da coluna vertebral". Sem bloqueios: Está ligado à nossa vida no plano material, condicionando nossa vontade de viver. É conhecido no Oriente como o chacra do nascer e renascer, o portal da vida e da morte. Proporciona determinação, predisposição física e equilíbrio frente aos desafios da vida. Com bloqueios: Gera excessiva agressividade ou pacifismo exagerado, falta de paciência, egocentrismo, histeria, desânimo, tendência para a obesidade, medo de viver, dependência, etc. É extremamente perigoso o desenvolvimento deste chacra. Exige uma disciplina dos corpos físico, astral e mental durante uma série de reencarnações, uma moral rigorosa. "O aspecto vida domina, pois quase inteiramente o centro coccígeo, tendo este por principal função participar na formação do veículo físico. É esta a razão pela qual toda a energia do centro coccígeo está centrada na procura do desenvolvimento e da perfeição ao nível do corpo denso" (Coquet). É o centro responsável pela vitalidade das glândulas suprarrenais, colocadas na parte superior de cada rim, ao nível da primeira vértebra lombar, que segregam importantes hormônios: a córtico-suprarrenal segrega adosterona, o cortisol e andrógenos, a medula suprarrenal segrega a adrenalina. Existem chacras menores mais abaixo, mas subordinados ao básico, localizados entre o cóccix e os calcanhares, controlando nossos instintos animais. São: o Atala, na planta do pé; o Vitala, no dorso do pé; o Nitala, na articulação superior da perna com o pé; o Sutala, no joelho; o Mahatala, na parte inferior da coxa; o Rasatala, na parte superior da coxa e o Talatala, na parte média da coxa. O Uttara- Gitta descreve o Muladhara como: "O Patala, onde as cobras vivem enroscadas abaixo do umbigo, é o lugar conhecido com o nome de Bhogindra. Este lugar, terrível como o dia do juízo final e como o ardente inferno, tem
  • 109. Corpos Sutis e Chacras - Guia de Estudos - Olivio Cezar 108 também o nome de Mahapatala. O eternamente denominado Giva manifesta-se nesta esfera em serpentina roda, semelhante a um círculo". No Muladhara se encontra a base do Sushumna nadi, pois ali está o lugar de reunião (kanda) da raiz de todos os nadis. Nesse centro localiza-se também o nó de Brahma, o 1º nó a impedir a subida de kundalini. Os outros dois nós se encontram no centro cardíaco - o nó de Vishnu e no frontal - o nó de Rudra ou nó de Shiva. Veremos esses chacras secundários no próximo capítulo. O chacra básico é responsável pela solidez que nos identifica em diversos aspectos da vida material, nos relacionando com o mundo das formas e aparências. Facilita o relacionamento com as leis que regem o mundo material e a vida em sociedade. Os sensitivos sentem um odor desagradável quando se aproximam de pessoas que estão com este chacra em atuação mais intensa devido a uma exalação mais forte do ectoplasma, trazendo vibrações animalizadas. Nos casos de vampirismo, seres mal intencionados sugam energias de profundo conteúdo sexual das pessoas que exalam grande vitalidade animal por este chacra, gerando incômodos na base da coluna, em função dos pensamentos recorrentes de erotismo e sensualidade. Essas energias podem fluir diretamente para o coronário, irradiando monoideias negativas que afetarão a saúde da vítima. Outro aspecto nefasto deste chacra é a indução à violência, tanto em pensamentos, como em palavras e atitudes. A espiritualidade maior desaconselha o desenvolvimento desse chacra, devido à nossa pouca maturidade espiritual sobre o uso sadio do sexo. Kundalini é uma palavra em sânscrito, que significa a força vital existente em nosso ser, localizada na região do osso sacro e com possibilidade de ascensão ao longo da coluna vertebral, através dos chacras. No básico atuam os chamados parasitas astrais, as larvas e outras criações mentais mórbidas, penetrando e alastrando-se pela constituição sutil do duplo etérico e atingindo o corpo astral, afetando a energia vital e impactando no corpo físico. Quando reencarnamos, trazemos no corpo astral um registro das sequelas do passado, do abuso das leis básicas da vida, carregado de fluidos mórbidos que adquirimos nos vícios e desregramentos, sendo necessário um tratamento por passes magnéticos, mas principalmente uma mudança do comportamento moral para nos reajustarmos. É o que a Doutrina Espírita chama de reforma íntima. Um exemplo típico é a contaminação pelo vírus HIV, onde verificamos a deformação nos chacras genésico, esplénico e gástrico. No caso particular do chacra genésico, essa contaminação absorve resíduos da atmosfera fluídica, muitas vezes expelindo os fluidos vitais daquele que é portador do vírus, causando enorme descompensação magnética e consequente exaustão física. Em seguida, provoca a decomposição das células sanguíneas e a intoxicação do duplo etérico, contribuindo para o desencarne prematuro da pessoa. A espiritualidade sempre dispõe de recursos terapêuticos que ajudam na reposição de energias revitalizantes tanto no duplo etérico — com antivírus estruturados com base na matéria astral ou no ectoplasma fornecido pelos médiuns — quanto diretamente no corpo astral — através de substâncias extraídas dos reinos da natureza. Essas energias atuam como organismos vivos no corpo etéreo retardando a ação destruidora do HIV. Os médiuns treinados em cura podem visualizar esse processo numa analogia com um carro que roda desgovernado, quase parando sua roda (chacra), em torno de si mesmo, apresentando uma coloração
  • 110. Corpos Sutis e Chacras - Guia de Estudos - Olivio Cezar 109 anormal de cor verde esbranquiçada, com manchas azuladas nas bordas, parecendo expelir uma substância repulsiva, um pus, como nos casos de inflamação. O animal místico é a makara, criatura marítima mitológica hindu, que é geralmente representada como um animal semi-terrestre na parte frontal (veado, crocodilo ou elefante) e aquático na parte traseira (usualmente uma barbatana de peixe ou de foca, embora por vezes tenha uma cauda de pavão ou até um arranjo floral). Segundo Coquet, na obra já citada, "sua função o a conversação da vitalidade que anima e sustenta o corpo físico, como os diferentes órgãos de assimilação. Este centro afeta sobretudo os órgãos genitais ou gônadas, que são a exteriorização física". No futuro, ele "deverá ser perfeitamente controlado e a maior parte de suas atividades serão submetidas à vontade e à razão", sendo a energia que alimenta os órgãos sexuais transferida para a garganta, possibilitando um nível mais alto de criação no campo do pensamento e das ideias, como acontece nos grandes mestres da humanidade. É este o ponto de vista de Aurobindo: "A energia sexual utilizada pela natureza para a reprodução é na sua natureza real uma energia fundamental da vida. Ela pode ser utilizada não por uma elevação, mas por uma certa intensificação da vida vital emotiva. Ela pode ser dominada e desviada dos fins sexuais e utilizada para a criação, e a produtividade estética, artística ou outra, ou conservada para elevar as energias intelectuais. Inteiramente dominada ela pode também ser transformada em uma forma de energia espiritual. Era um fato bem conhecido na Índia antiga e chamava-se a conversão de Retas em Ojas pelo Brahmacharya (15). Mal utilizada, a energia sexual conduz à desordem e à desintegração da energia da vida e dos seus poderes". O descontrole do centro genésico resulta nos exageros do prazer sexual, no apego a outro ser ou a objetos, no ciúme, no instinto de posse e na autoproteção. Isto continua na vida após a morte. André Luiz destaca que o descontrole do centro genésico impede o Espírito de ter uma visão mais ampla da realidade, "em vista do apego enlouquecedor aos vínculos do sexo" ("Entre a Terra e o Céu"), gerando perturbações que acabam por anular as qualidades morais já adquiridas. Satyananda desenvolve interessantes considerações a respeito do Swadhisthana, como centro do inconsciente. Segundo ele, o centro frontal mantém uma conexão com o centro genital, mantendo sob controle a mente consciente, incluindo o inconsciente coletivo, que é ainda mais poderoso que a própria consciência individual. A grande maioria da humanidade não se apercebe disso. LIVRO “TÉCNICA DA MEDIUNIDADE” DE PASTORINHO “Chakra fundamental – obsessores sexuais - Atingido através do chakra fundamental, que corresponde ao períneo do corpo astral, isto é, que fica localizado entre o ânus e os órgãos genitais. Ligam-se aí os obsessores de vibração sexual e aqueles que além de absorverem a vitalidade pelo chakra esplênico, sugando o prâna do baço, conseguem dobrar essa ligação com o fundamental, para extraírem energia vital das gônadas. As vítimas desses obsessores tornam-se altamente sexuais e sensuais, insaciáveis nesse campo, e sem qualquer freio que as retenha diante da satisfação entrevista para seus desejos exacerbados. Mesmo quando só estão ligados ao fundamental, em casos de sessões de desobsessão, o médium experimenta vibração mórbida em suas partes sexuais, que se replenam de sangue, ao mesmo tempo que as sensações desagradáveis e doloridas se estendem pelas nádegas (piramidal), pelas coxas (ciático) e pés (calcâneo), dificultando-lhes, por vezes, o caminhar depois das reuniões.
  • 111. Corpos Sutis e Chacras - Guia de Estudos - Olivio Cezar 110 A comunicação desses elementos de baixo teor vibratório é de molde a sacrificar o aparelho mediúnico, devendo, por isso, limitar-se o recebimento a um, no máximo, por sessão. Depois disso, o dirigente deve recomendar ao médium que se não concentre e se mantenha em prece, a fim de reequilibrar seu sistema nervoso duramente atingido. De modo geral as formas astrais desses espíritos é animalesca: larvas, lagartas, aranhas, serpentes e até, quando em reuniões grupais, polvos. O movimento constante dessas formas causa comichão nas partes sexuais, no ânus ou na vagina, onde penetram para satisfazer-se. E essa movimentação leva a vítima a paroxismos de excitação nervosa, que vai causar-lhe, com o tempo, profundo, mórbido e por vezes irreparável esgotamento físico e nervoso, por uma irritabilidade constante e crônica. Todo complexo nervoso que atua nas glândulas e nos órgãos sexuais masculino e feminino é atingido quando se dá qualquer ligação de espírito de vibração barôntica no fundamental (obsessores) ou no chakra esplênico (vampiros). Daí a excitação que os médiuns experimentam durante essas manifestações, sumamente desagradáveis. Ainda temos que considerar as ligações (por vezes obsessivas) que certos espíritos mantêm com criaturas muito animalizadas, levando-as a abusos sexuais de toda ordem. Tomam formas diversas, prendem-se e alimentam-se de formas-pensamentos larvais, emitidas por encarnados ou desencarnados involuídos, e permanecem presos a eles, sugando a vitalidade que deles se desprende durante as ligações sexuais animalizadas e fazendo que se sintam suas vítimas sempre insatisfeitas, de forma a repetir as uniões, para fornecer-lhes o alimento de baixo teor vibratório. Essas criaturas ficam continuamente obcecadas pelo sexo e experimentam orgasmos fortíssimos, somando-se o próprio com o do espírito que lhe está ligado. Daí o perigo que constitui o contato com criaturas desse jaez: pode o infeliz trazer consigo algum desses elementos, que passa a atormentá-lo para atraí-lo cada vez mais aos antros. Por isso Paulo adverte que não unamos os membros do Cristo aos de uma prostituta (1ª Cor. 6:15). No entanto, a produção glandular das gônadas masculinas e femininas apresenta utilizações sublimes, na criação de novos corpos para os filhos de Deus que precisam reencarnar; na expansão das vibrações de amor puro e santo que se desprendem das uniões castas e amorosas, e que podem dar pábulo de conforto a tantos famintos de afeto, os quais são atingidos pela irradiação que possam as criaturas imprimir a seus impulsos verdadeiramente amorosos (não passionais nem animalescos); no aprimoramento de nossas vibrações espirituais pelo Amor, que é Deus, sendo divinas suas manifestações puras e sublimes; e também pela facilitação que traz para a união com a Divindade através do Amor que se doa.”
  • 112. Corpos Sutis e Chacras - Guia de Estudos - Olivio Cezar 111 MAIS INFORMAÇÕES SOBRE OS CHACRAS CHACRAS MENORES Há outros chacras menores, mas também importantes na cabeça:  CHACRA BINDU: localiza-se perto do topo do cérebro, na direção da parte posterior da cabeça.  CHACRA DA NUCA: está localizado na nuca, lembrando que durante os desdobramentos a principal raiz energética do cordão de prata está anexada na paranuca.  CHACRA SOMA: está situado logo acima do chacra frontal.  CHACRA LALANA: está situado no palato. Além desses, há chacras secundários nas têmporas, no queixo, na língua, logo abaixo do nariz, nas faces e nos ouvidos. Segundo Michel Coquet, os chacras menores são algumas vezes mencionados nos textos sagrados dos hindus. Contudo, eles oferecem muito pouco interesse, salvo aqueles que estão em estreita relação com o cérebro e aos quais fazem algumas vezes alusão certos autores: "O lalanâ chakra, em frente da úvula (estrutura localizada no fundo da garganta, que ajuda na deglutição e na fala, e é também conhecida como sininho da garganta), com doze pétalas (ou lobos), região que se supõe associadas à produção dos sentimentos e das afeições ego- altruístas, como o amor próprio, o orgulho, a afeição, a cólera, o pesar, a veneração, o contentamento, etc. Este centro é usado pelos mentores para abrir novos conhecimentos aos médiuns. O centro Lalanâ é responsável pelos doze pares de nervos cranianos que partem do cérebro para terminar-nos diferentes órgãos dos sentidos. O mana chakra, o sensório, com seis lobos (cinco sensórios especiais para as sensações de origem periférica, e um sensório comum para as sensações de origem central, como nos sonhos e nas alucinações. O mana chakra é fisicamente exteriorizado pelo cerebelo e a partir de suas pétalas nascem as sensações dos cinco sentidos: visão, olfato, audição, paladar e tato. O soma chakra, gânglio com dezesseis lobos, compreendendo os centros do cérebro, acima do sensório; sede dos sentimentos altruístas e do controle da vontade, da compaixão, da bondade, da paciência, da renúncia, da determinação, da magnanimidade, etc." Os yogues afirmam que, neste centro, podem ser contempladas as bem-aventuranças do glorioso Ishvara, que é o segundo aspecto da trindade cristã, o Filho, o Cristo Manifestado. Segundo Mircea Eliade:
  • 113. Corpos Sutis e Chacras - Guia de Estudos - Olivio Cezar 112 "Existem, além disso, outros chakras, menos importantes. Assim, entre o Muladhara e o Swadhisthana encontra-se o Yonisthana: lugar de reunião de Shiva e Shakti, lugar de beatitude também chamado Kamarupa. É a fonte do desejo e, no nível carnal, uma antecipação da união Shiva-Shakti que finaliza no Sahasrara. Mui perto do Ajna chakra encontra- se o Mana chakra e o Soma chakra, relacionados com as funções intelectivas e certas experiências yogues. Perto do Ajna chakra encontram-se igualmente o Kāraṇa-rupa, assento das "sete formas causais", das quais se diz que produzem e constituem o corpo "sutil" e o corpo "físico". Finalmente outros textos se referem a certo número de Adhara (suporte, receptáculo), situados entre os chakras ou identificados com eles.” Segundo Alice A. Bailey, os centros menores, em que os nadis se cruzam 14 vezes, são em número de 21, assim dispostos:  Dois em frente às orelhas, próximo da articulação do maxilar;  Dois justamente acima dos peitos;  Um na junção das clavículas, próximo da glândula tireóide. Com os dois centros dos peitos, eles formam um triângulo de força.  Dois, sendo um em cada palma da mão;  Um em cada planta do pé;  Dois, justamente, atrás dos olhos;  Dois em ligação com as gônadas;  Um próximo ao fígado;  Um em conexão com o estômago, ligado ao plexo solar, mas sem lhe ser identificado;  Dois em conexão com o baço. Não formam em realidade mais que um centro, composto, porém, de dois centros superpostos;  Dois, com um na cavidade de cada joelho;  Há um centro extremamente forte em conexão com o nervo vago, o mais longo do corpo humano;  Existe um centro próximo do plexo solar, ligado ao centro. O CENTRO ALTA-MAIOR O centro alta-maior está correspondido fisicamente na glândula carótida, achando-se no bulbo raquidiano, no cume da medula que se conecta com o cérebro. Este centro normalmente só fica ativo nos iniciados, que já desenvolveram um transmissor adequado da energia vital. Nesse caso, o cérebro utiliza a glândula carótida governada pelo centro psíquico alta- maior, estabelecendo assim uma relação muito estreita com o coração e o centro coronário. As glândulas carótida, pituitária e pineal condicionam tudo, particularmente a substância cervical. Este triângulo está inteiramente unido nos iniciados. “A tradição oriental indica que quando um homem tornou-se um adepto, tendo unificado sua personalidade e a alma, somente neste momento lhe é possível agir sobre a energia para despertar o fogo kundalini que dorme nas profundezas das vértebras sagradas. Deste modo a energia projetada para baixo deve passar por Alta-Maior, descer ao longo da medula espinhal e unir-se às duas correntes em expectação. A reelevação unificada destas três forças determinará então a abertura e atividade de todos os centros, deste modo: o canal central unido ao centro coronário e os dois outros canais unidos, um ao Ajna, o outro ao Alta-Maior". Michel Coquet, “Les Çakras – L’anatomic occulte de l ‘home” PONTO DA GORA (Bindu Vusargha) É um centro menor localizado na parte superior do cérebro, na direção da parte posterior da cabeça. Ali se encontra uma leve depressão, dentro da qual existe uma pequena elevação. Tanto o Bindu, quanto o lalanâ, estão conectados com o centro laríngeo.
  • 114. Corpos Sutis e Chacras - Guia de Estudos - Olivio Cezar 113 Os chacras menores em geral, ao contrário dos sete maiores, não são chamados de chacras de despertamento, mas quando estão conectados a esses, despertam conjuntamente. O funcionamento harmonioso desses centros permite ao indivíduo sobreviver longo tempo sem água, alimento ou ar. O Bindu reduz, inclusive, o metabolismo do corpo, fato comprovado pela falta de crescimento de cabelo nos yogues em estado de meditação e hibernação induzida. O Dr. Motoyama comprovou experimentalmente que, com o centro laríngeo desperto (em conexão com o Bindu e o lalanâ), é possível o controle consciente do metabolismo da respiração, da ingestão de alimentos, da digestão, etc. O Bindu, segundo Satyananda, controla a percepção visual e qualquer anormalidade no Bindu provoca uma doença ótica. CHACRAS PALMARES São os chacras das palmas das mãos. Muito importantes nos trabalhos de passes magnéticos, reiki, johrei, etc., pois são canais permanentes de doação de energia. Sua rotação natural é normalmente anti-horária e quando queremos receber energia, estendemos a palma da mão para cima. Neste caso, sua rotação será invertida. CHACRAS DOS JOELHOS O chacra da parte anterior do joelho está relacionado com as emoções e, portanto, ao chacra cardíaco. Quando há bloqueios no cardíaco, também este chacra fica afetado. O chacra posterior dos joelhos está ligado com o nosso movimento na vida, com nossos objetivos e como enfrentamos os desafios diários. CHACRA PERINEAL Fica localizado entre o órgão genital e o ânus e está conectado diretamente ao canal central. Suas pétalas são posicionadas para baixo. Está relacionado com as glândulas suprarrenais, aos testículos, ovários e útero. Sua função também é de captar a energia da Terra. CHACRA SEXUAL Também conhecido como genésico, está localizado no púbis e relacionado com as glândulas de reprodução, testículos no homem e ovários na mulher. Ligado ao prazer da atividade sexual, à criação e reprodução, mas principalmente pelo prazer de viver. Também recebe energia telúrica. CHACRA 1º DAS COSTAS Chamado de chacra cervical (nuca). Sua função é captar a energia do ambiente, somatizando dores de cabeça, irritação, mas também, sensação de bem-estar. Está ligado às glândulas tireoide e paratireoide e está situado na 7ª vértebra cervical. CHACRAS 2º, 3º e 4º DAS COSTAS Todos os chacras das costas tem relação com a força de vontade e a determinação. CHACRA 5º DAS COSTAS Esse chacra tem como função também receber energia telúrica. Está localizado no cóccix e ligado às glândulas reprodutoras. CHACRAS NOS ANIMAIS
  • 115. Corpos Sutis e Chacras - Guia de Estudos - Olivio Cezar 114 Plantas e animais possuem chacras, identificados como pontos luminosos que captam e distribuem energias. COMO VISUALIZAR OS CHACRAS Ilza Andrade, terapeuta bioconscencial dá uma série de dicas para isso, no seu canal no Youtube. Recomendamos aos interessados acessar seu canal.  Coloque uma música que te deixe em um estado de bem estar.  Respire profundamente. Conecte-se interiormente, faça contato com seu corpo.  Mantenha um estado de presença, bata os pés no chão, movimente seu corpo.  Depois, feche os olhos e sinta.  Pratique isso diariamente. BLOQUEIO ENERGÉTICO A cor original do chacra é de um branco brilhante. O bloqueio energético é uma obstrução que impede o fluxo correto da energia, provocando a diminuição na sua rotação e alterando a cor original do chacra para uma cor sintonizada naquele momento, repercutindo no corpo físico. Abaixo, listamos algumas cores que afetam as emoções:  Azul: É visualiza geralmente no cardíaco, laríngeo e frontal, devido ao excesso de preocupação afetiva;  Roxo e Violeta: Vistas no cardíaco, também ligadas às preocupações afetivas;  Laranja: Visualizadas no cardíaco, laríngeo, umbilical e básico, relacionadas com preocupações financeiras, ansiedade e pequenas contrariedades.  Vermelho: Vista no umbilical e básico, devido às Irritações e problemas emocionais;  Marrom com vermelho: geralmente aparecem no umbilical e básico, ligadas à saúde do corpo físico e inflamações;  Marrom: localizadas no cardíaco, laríngeo, umbilical e básico, devido às mágoas e ódio. O desbloqueio energético dos chacras ajuda na melhoria da saúde física, nos relacionamentos e bem estar em geral. Seguem algumas sugestões que devem ser praticadas rotineiramente para esse fim:  Respiração: pratique respiração profunda por pelo menos 5 minutos durante o dia;  Água: beba bastante água;  Atividade física: movimente seu corpo;  Exercícios energéticos: visualize uma luz branca brilhante entrando pelo chacra coronário passando por toda sua coluna e saindo pelos pés;  Observe o que você pensa: pensamentos negativos interferem no fluxo da energia dos chacras;  Expresse sentimentos positivos: diga às pessoas que elas são muito importantes para você;  Autoestima: valorize suas virtudes, suas conquistas. Ame- se profundamente;  Elimine ou minimize as carências de ordem financeira, emocional e sexual;  Seja responsável pelas suas escolhas e deixe de culpar os outros;  Não se compare com ninguém, você é um ser único e especial para Deus;  Tenha um olhar de amor e respeito para com tudo o que existe no Universo. Fonte: “Chacras na Visão de uma Clarividente” – Ilza Andrade. Disponível em: <https://www.bioconsciencial.com>. Abaixo, postamos uma tabela com algumas doenças e os sentimentos que as desencadeiam, baseada no livro de Louise L. Hay, “Você Pode Curar Sua Vida”:
  • 116. Corpos Sutis e Chacras - Guia de Estudos - Olivio Cezar 115 ENERGIA KUNDALINI A energia vital básica reside no chacra básico (muladhara). Os hindus a chamam de kundalini - o fogo serpentino. Ali se encontra a concentração energética que supre o corpo humano através dos nadis - Ida e Pingala. Kardec, o codificador do Espiritismo as denominou de fluido universal e principio vital. Confere plenamente com isto a observação de Coquet - "É unicamente graças a esta energia que o mundo pode existir, e, em último lugar, é ela a força primitiva que está subjacente a toda a matéria orgânica e inorgânica." É também o que ensina o Espírito Galileu, em “A Gênese” sobre o fluido cósmico: "Esse fluido penetra os corpos, como um oceano imenso. É nele que reside o princípio vital que dá origem à vida dos seres e a perpetua em cada globo, conforme a condição deste princípio que, em estado latente, se encontra adormecido onde a voz de um ser não o chama. Toda criatura, mineral, vegetal, animal ou qualquer outra - porquanto há muitos outros reinos naturais, de cuja existência nem sequer suspeitais - sabe, em virtude desse princípio vital o universal, apropriar as condições de sua existência e de sua duração". Sintoma Causa Anorexia Ódio ao extremo de si mesmo. Apendicite Medo da vida. Bloqueio do fluxo do que é bom. Arteriosclerose Resistência. Recusa em ver o bem. Asma Sentimento contido, choro reprimido. Bronquite Ambiente familiar “inflamado”, Gritos e discussões. Câncer Mágoa profunda, tristezas mantidas por muito tempo. Colesterol medo de aceitar alegria. Derrame Resistência. Rejeição a vida. Diabetes Tristeza profunda (vida sem doçura). Diarreia Medo, rejeição, fuga (eliminar de dentro o que está ruim). Dor de cabeça Autocrítica, falta de autovalorização. Enxaqueca Medos sexuais. Raiva reprimida. Pessoa perfeccionista. Fibromas Alimentar mágoas causadas pelo parceiro. Frigidez: Medo. Negação do prazer. Gastrite Incerteza profunda. Sensação de condenação, ideias mal digeridas. Hemorroidas Medo de prazos determinados. Raiva reprimida. Pessoa perfeccionista. Hepatite Raiva, ódio. Resistência a mudanças. Insônia Medo, culpa. Labirintite Medo de não estar no controle. Meningite Tumulto interior. Falta de apoio. Nódulo Ressentimento, frustração. Ego ferido. Pele (acne) Individualidade ameaçada. Não aceitar a si mesmo. Pneumonia Desespero. Cansaço da vida. Pressão Alta Problema emocionalmente duradouro e não resolvido. Prisão de Ventre Preso ao passado. Medo de não ter dinheiro suficiente. Pulmões Medo de absorver a vida. Quistos Alimentar mágoa. Falsa evolução. Resfriados Confusão mental, desordem, mágoas. Reumatismo Sentir-se vítima. Falta de amor. Amargura. Rinite Alérgica Congestão emocional. Culpa. Crença em perseguição. Rins Crítica, desapontamento, fracasso. Ronco Teimosia, apego ao passado. Sinusite Irritação com pessoas próximas. Tireoide Humilhação. Úlceras Medo. Crença de não ser bom o bastante. Varizes Desencorajamento. Sentir-se sobrecarregado.
  • 117. Corpos Sutis e Chacras - Guia de Estudos - Olivio Cezar 116 "As moléculas do mineral têm uma certa soma dessa vida, do mesmo modo que a semente do embrião, a se agruparem, como no organismo, em figuras simétricas que constituem os indivíduos”. Ao contrário do que pensam certas pessoas, somente alguns sistemas tratam do trabalho direto para ocasionar o despertar de kundalini - a Laya-Yoga, a Hatha-Yoga e Kundalini-Yoga. Existem outros caminhos de iluminação espiritual que não se relacionam diretamente com o despertamento de kundalini. Rajneesh (mais conhecido como Osho) afirma que Kundalini não é a energia da vida, mas um dos caminhos que podem ser tomados por esta força e que é possível despertar a iluminação através de outros caminhos, embora a Kundalini seja o mais curto. Ele entende que a Kundalini é uma passagem relacionada com os chacras que estariam no corpo etérico, de modo estático, "mortos" até que a energia penetrasse neles através da passagem Kundalini. Essa força estaria localizada no Muladhara, ponto que Rajneesh chama de centro do sexo (um sistema tântrico, que une o básico ao genital). Outros métodos são usados pela yoga, zen, budistas, taoístas e cristãos, através de outras passagens que não pertencem ao duplo etérico, ou seja, via corpo astral ou corpo mental, etc. Contudo, mesmo assim podem despertar a Kundalini, pois todos estão interligados. No Espiritismo, Emmanuel recomenda um roteiro para o caminho espiritual pela autoanálise (conhece- te a ti mesmo) diária, examinando constantemente cada uma das nossas ações. Para isso, a oração e a caridade desinteressada oferecem o melhor caminho para o desenvolvimento espiritual. Reproduzimos abaixo, trecho da obra de Coquet: OS PODERES PSÍQUICOS DOS CENTROS - MICHEL COQUET O desenvolvimento e a atividade dos centros psíquicos são responsáveis pela aquisição dos poderes de mesma natureza. Algumas palavras tornam-se pois necessárias em razão dos perigos que tais poderes podem criar. Os poderes ocultos têm sido unia das grandes motivações que tem levado mais de um aspirante ao ascetísmo e às práticas ocultas. O poder foi e permanece ainda um importante tema de preocupação, e não basta repetir que ele não é um fim em si mesmo ou que sua obtenção não prova de nenhum modo um avanço espiritual; o fato permanece atual e hoje como outrora numerosos aspirantes nessa senda têm sido profundamente perturbados pelos fenômenos auditivos ou visuais resultantes da prática mística. É preciso, entretanto, reconhecer que, a atração pelos poderes é uma coisa natural, não somente pelo fato de que eles são uma consequência da evolução, mas ainda porque eles são (ou supõe- se ser) o símbolo de uma superioridade à qual todos nos aspiramos. De outro modo os poderes psíquicos e espirituais têm fortemente chocado o espírito daqueles que, ignorantes da natureza das leis colocadas em ação, as consideram conto verdadeiros milagres, o que certamente eles não são. Todos os grandes seres do passado têm sabido utilizar e manifestar estas possibilidades psíquicas e espirituais. É necessário reconhecer, entretanto que o fim não era o de exibir sua ciência, mas o de aplicar as leis universais do cosmo, e dos poderes que eles possuíam não era eu o repito, mais do que a consequência de sua evolução espiritual e não eram utilizados mais do que conto simples, porém maravilhosos instrumentos a serviço de sua missão sobre a Terra. Trata-se de Zoroastro, de Orfeu, de Gautama Buddha ou em seres como Apolônio de Tiana, o mestre Phillipe de Lyon, Cagliostro, ou simplesmente os misteriosos Rosa-Cruzes, todos sem exceção foram detentores de uma grande sabedoria, mas igualmente de grandes poderes, demonstrando desta maneira que eles tinham transcendido uma parte importante de sua natureza humana. Nos casos citados acima, trata-se de poderes espirituais como expressão direta da alma, poderes que continuam a ser prerrogativa dos seres liberado. É unicamente a
  • 118. Corpos Sutis e Chacras - Guia de Estudos - Olivio Cezar 117 estes poderes que se referia o Cristo quando prometeu a seus discípulos, admirados dos milagres por ele executados, que um dia eles os fariam ainda bem maiores. Os poderes psíquicos inferiores ou superiores constituem, segundo a opinião esclarecida dos mestres da sabedoria, obstáculos ao estado espiritual mais elevado e o simples fato de interessar- se por eles indicaria no estudante uma falta evidente de progresso, porque os poderes não podem ser utilizados sem perigo senão depois ao abandono total de todo o desejo e paixão terrenos. Sendo assim, no momento em que o discípulo é capaz de pensar em termos de consciência de grupo e de viver profundamente de maneira fraterna e quase inteiramente despolarizada de si mesmo, tendo como desígnio imediato o serviço desinteressado, nesse caso unicamente, os poderes tornam-se instrumentos dóceis e úteis ao serviço projetado. Os perigos da aquisição de poderes a serviço de seus próprios interesses têm sido claramente demonstrados por intermédio do grande yogue Milarepa que havia utilizado (alegoricamente) duas formas de poder, primeiramente aqueles de natureza inferior, na primeira parte de sua vida, e aqueles de natureza superior na segunda parte. Explicamos a diferença: os poderes inferiores resultantes unicamente das forças e energias (animamundi) de todas as formas nos três mundos e todos os corpos nos quatro reinos da natureza. Estes poderes são a expressão dos centros psíquicos localizados sobre o diafragma. Os poderes superiores resultam, quanto a eles, da consciência não mais individual, mas coletiva; eles englobam os poderes interiores e colocam cada vez mais o homem em comunhão com as formas de vida que se encontram nos planos superiores da consciência (o reino dos céus). Os efeitos destes poderes superiores são chamados de diversos modos, mas exprime de modo justo sua natureza, como por exemplo: percepção intuitiva, compreensão espiritual, conhecimento direto. As tradições orientais têm arrolado com extrema precisão os diferentes poderes. A lista dos poderes de natureza Inferior seria muito longa, por isso consignaremos somente os oito poderes de natureza superior. Aquele que dominou de modo integral os oito poderes superiores recebe o titulo de Siddha, mas convém ser muito prudente e circunspecto no que concerne aos adeptos cuja vida é aquela dos Siddhas. Poucos dentre eles (sobretudo entre aqueles conhecidos na Europa) tem sabido associar um desenvolvimento espiritual paralelo. Descrevemos agora estes oito poderes: 1) ANIMA (exiguidade). Esta é a faculdade que possui o iniciado de fazer-se tão pequeno quanto um átomo, ou, melhor dizendo, identificar-se com a essência da menor parte do universo de que é ele mesmo constituído. Segundo Leadbeater, este órgão de visão é formado de um pequeno tubo flexível de matéria etérica terminado por uma intumescência em forma de olho, e é este olho que, dilatando-se ou contraindo-se, permite ver o infinitamente grande (Mahima) ou, ao contrário, o infinitamente pequeno (Anima). 2) MAHIMA (magnitude). Este é o poder de aumentar de volume, quer dizer de alargar o círculo de sua consciência e de alcançar a plenitude do conhecimento do infinitamente grande. 3) GARIMA (gravitação). Isto é relativo ao peso e à massa, e se aplica à lei de gravitação que é um dos aspectos da lei de atração. Um mestre japonês de artes marciais conhece bem esta técnica ao ponto de que ele pode tornar-se tão pesado que um agressor muitas vezes superior em peso e em força não poderá remover-lhe de uni milímetro. Este fenômeno tem igualmente sido observados nos yogues em estado de Samadhi. 4) LAGHIMA (levitação). Esta é a possibilidade que tem o adepto de 'tornar-se mais leve que o ar afastado a força de atração da Terra e de desligar-se dele. O exemplo mais belo que foi manifestado aos homens é aquele do mestre Jesus Cristo andando sobre as águas. 5) PRAPTI (realizar o objetivo). Aquele que possui este poder tem a capacidade de atingir seus fins projetando sua consciência em todos os lugares que ele julga necessário quer esteja sobre o plano físico ou sobre o plano cósmico. Este poder foi sempre muito utilizado pelos místicos do mundo inteiro. Este é poder que utilizou Jesus para ensinar seus discípulos depois da crucificação: "À tarde deste mesmo dia, o primeiro da semana, estando todas as portas fechadas por temor dos judeus, no lugar onde se encontravam os discípulos, Jesus vem e coloca-
  • 119. Corpos Sutis e Chacras - Guia de Estudos - Olivio Cezar 118 se no meio deles. Ele lhe diz: "Paz seja convosco" (Evangelho de São João 20:19). Prapti desenvolve também a clarividência, clariaudiência e telepatia. Ele permite compreender a linguagem da natureza e possuir o dom das línguas, como o receberam os apóstolos de Jesus Cristo. 6) PRAKAMYA (a vontade irresistível). Este poder confere ao adepto a possibilidade de ver realizar-se todos seus desejos pela força da vontade divina, quando esta vontade substituiu em parte a vontade pessoal e seus desejos estão em perfeita harmonia com o plano divino. A perfeição deste poder tem sido atingida pelo mestre Jesus, quando, no momento de beber a taça amarga, exclamou para o Pai: "Que Tua vontade seja feita, e não a minha". Segundo Sivananda, o yogue provido deste poder é capaz de permanecer sob a água durante o tempo que ele deseje. É também este poder que permite ao yogue penetrar no corpo de outro homem e deste modo animá-lo. É isto que fez, se bem em um grau altamente superior, o Cristo em animando seu discípulo Jesus (1). 7) VASITVA (o poder de comandar). É o poder de tornar-se mestre das forças elementares da natureza utilizando o poder do som criador ou mantra. Pela palavra sagrada, as vibrações são produzidas no éter e as diversas formas podem ser produzidas. A gente se recordará da transformação da água em vinho pelo mestre Jesus, do mesmo modo que da multiplicação dos pães. Segundo os yogues, este poder permite igualmente tornar dóceis os animais selvagens ,bem como exercer um, ascendente sobre o espírito dos seres e das coisas. 8) ISATVA (o poder criador). Isatva se refere ao poder que tem o adepto de dispor dos elementos em suas cinco formas e de ressuscitar a vida no plano físico, como fez Jesus Cristo com Lázaro. Muitos outros mestres têm conseguido este grande poder espiritual, tais como, TomoGershè Rimpoché, Babaji, para não citar outros. Como vamos agora constatar, cada centro desenvolve certos poderes particulares. Isto é o resultado de exercícios místicos tais como o TRATAKA, Isto, é a fixação do olhar sobre um objeto. Entretanto os poderes resultam, sobretudo de um triângulo constituído da concentração (DHARANA), da meditação (DHYANA), e do êxtase contemplativo (SAMADHI), estado resultante da subida de Kundalini. Estes três estados são chamados de SAMYAMA. Existem, bem entendido, vias mais específicas que insistem sobre o desenvolvimento dos centros psíquicos como o LAYA YOGA ou KUNDALINI YOGA; ambas incluídas, por outro lado, na prática das técnicas tântricas. Eis aqui, resumidamente, a qualidade dos poderes inerentes a cada centro psíquico: 1) O CENTRO COCCÍGEO confere, segundo sua própria natureza, poderes excepcionais sobre a energia da matéria e sobretudo sobre seu aspecto negativo. Ele é, pois muito perigoso para aqueles que não alcançaram uma pureza moral absoluta, pureza moral que de resto é a essência mesma de todos os ramos do Yoga. O poder de levitação, o controle mental e o do sopro, o conhecimento do passado e do futuro, o domínio do líquido seminal, tudo isso resulta da atividade normal do centro coccígeo. 2) O CENTRO SAGRADO. A ciência oriental explica que dois nadis ligam diretamente o centro sagrado a outro centro secundário, o BODHAKA, localizado na abóbada palatina, e toda ação realizada sobre ele influencia automaticamente o outro. O centro sagrado confere o poder de controlar a energia sutil da água e de dominar os desejos do corpo. Para alcançar isto, é necessário que o estudante aprenda a combater fortemente a ilusão a aversão à luxúria, a suspeita e a indiferença (com compaixão). 3) O CENTRO SOLAR confere o poder de controlar toda a vida vegetativa e de colocar à vontade o corpo físico em profunda letargia. Pela atividade do centro solar, a saúde se desenvolve e se mantém. Tendo o iniciado conseguido o controle deste centro, presume-se que não mais tema o fogo. É de resto este centro que permite aos Yamabushis, ascetas, japoneses, marcharem de pés descalços sobre as brasas ardentes sem sofrer qualquer dor ou queimadura... Obtém-se o domínio do centro solar pela purificação das imperfeições, como o apego, o orgulho, o ciúme, a cólera, a indolência e o medo.
  • 120. Corpos Sutis e Chacras - Guia de Estudos - Olivio Cezar 119 4) O CENTRO CARDÍACO dá o poder de ler o coração aberto no espírito dos outros e de conhecer todos os pensamentos. Ele confere a possibilidade de ver seus desejos e rogativas realizados. Ele permite ouvir o som sagrado no interior do coração. O fato de poder controlar o elemento ar significa que o adepto pode projetar sua consciência na direção de todas as partes do mundo, para um lugar onde uma pessoa se encontra, e operar à distância, sem ter de deslocar seu corpo físico. Purificando-se do egoísmo, da vaidade, da cupidez, da indecisão, desenvolvendo depois o sentido fraternal, a caridade, o amor e o discernimento, obter-se-á sem dúvida alguma uma atividade normal do centro cardíaco. 5) O CENTRO LARÍNGEO confere um grande poder sobre a energia vital do espaço e sobre o controle da transição. Permite, além disso, o desenvolvimento da clariaudiência, e do conhecimento do passado, do presente e do futuro. Desenvolve a memória psíquica e dá a faculdade da profecia. 6) O CENTRO FRONTAL, confere um poder espiritual imenso, o de ser um membro da fraternidade dou homens e mulheres tornados "perfeitos". Ele destrói todo elemento de natureza cármica (negativa) e atribui ao yogue a totalidade dos oito poderes maiores e os trinta o dois menores. É por intermédio dele que serão percebidos a "luz na cabeça", assim como o "OM" sagrado em sua mais esplêndida realidade. 7) O CENTRO CORONÁRIO dá ao adepto a totalidade de todos os poderes assim como o de não mais ter necessidade de operar no triplo mundo inferior dos homens. O centro coronário normalmente ativo permite ao iniciado deixar em plana consciência o invólucro físico. Além disso, este centro é frontispício da completa liberação, da aquisição de um poder divino de natureza intraduzível e inexprimível. Convém, depois deste breve resumo, não cometer o erro de crer que só um centro permite alcançar as faculdades enumeradas, quando os poderes não funcionam senão por intermédio de muitos centros simultaneamente. Por outra parte, os efeitos engendrados no mundo fenomenal não ofereciam mais que um valor relativo e limitado se se acredita nas afirmações dos maiores mestres cujo único fim era a reintegração final no seio da divindade. Assim, por conseguinte, antes de prestar atenção excessiva sobre a obtenção dos poderes psíquicos, não esqueçamos as sábias palavras do Senhor Cristo: "Buscai antes o reino de Deus e a sua justiça e tudo o mais vos será dado de acréscimo". 9. O carma é uma propriedade do universo, se iniciou com este, é a combinação dos pensamentos, sentimentos, energias e ações do todos os seres, de todos os reinos, de todos os tempos, recantos, orbes, galáxias, multiversos, multidensidades e faz parte da evolução de todos sem exceção; 10. É permitido e sugerido interferir no carma alheio a fim de ajudá-lo a superar, já que estamos, a todo momento envolvendo, interagindo e influenciando nossos carmas. Quita-se carma auxiliando o carma alheio, somos todos Um; 11. As consequências negativas de um carma podem ser atenuadas ou desaceleradas pelos pensamentos, sentimentos e energias do próprio sujeito ou de outrem que com ele se importa, esta última com ressalvas. Se certa causa criou tal carma ruim, então é permitido criar outras causas boas que afetem este carma ruim, a fim de atenuá-lo; 12. O carma para agir, retificar e ensinar aos agentes geradores do mesmo, precisa de instrumentos adequados a sua complexa ação, portanto, é comum e às vezes necessário, um lapso de tempo para que as variáveis intervenientes do processo cármico retificador em si, para que possam agir com a devida perfeição; 13. Todo carma precisa de um cenário para operar, e neste, vários agentes para agirem como peças inconscientes de um tabuleiro onisciente de uma força maior. Agentes sadios e positivos
  • 121. Corpos Sutis e Chacras - Guia de Estudos - Olivio Cezar 120 serão usados de forma sadia e positiva. Agentes patológicos e negativos serão utilizados da mesma qualidade com que atuam em suas vidas; 14. Enquanto um ou alguns carmas prioritários estão operando na existência de um ser, outros carmas aguardam incólumes para se manifestarem no momento certo de um justo cenário futuro para contextualização espaço-temporal; 15. Qualquer carma sempre atua e integra o holossoma (todos os veículos densos e sutis e o invólucro energético) de um ser, qualquer que seja seu nível evolutivo, podendo bloquear ou limitar partes e capacidades de alguns e ampliar a de outros numa combinação supercomplexa e sofisticada que nenhum humano jamais poderá conceber; 16. O carma não é bom nem mau, ele é impessoal e justo, pois seu foco, objetivo e intenção é ensinar algo e não punir ou vingar. A punição e vingança estão intimamente ligados aos egos humanos do ressentimento e da culpa; 17. A principal lição do carma a todos é: "eu existo, eu sou o carma, me respeitem, me utilizem a seu favor e não contra, olhem eu aqui"! Isto se chama cosmo ética" ou "consciência ética", uma lei de fundo reguladora da evolução consciencial de todos os seres; 18. Quem fiscaliza e impõe as leis do carma é a consciência do próprio ser (Eu superior, Self, Consciência, etc) baseada nas leis naturais, ele mesmo se aplica, se regula, se ensina, se absolve; 19. Os amparadores (amigos espirituais) e os Mestres ou mentores apenas se valem do que permite a lei cármica no momento em que opera no ser que amparam, para auxiliar o aprendizado e processo evolutivo de quem auxiliam e não por preferência pessoal ou favoritismos corruptos; 20. Ninguém pode especular sobre o carma alheio, pois atrás de “serras existem serras” e ninguém sabe dos motivos e sofrimentos que percorreram as vidas de um ser. As exceções são sensitivos iniciados e evoluídos que desejam de fato auxiliar o ser em foco no momento e que possam comunicar-se claramente com os amigos espirituais de si e do amparado, mesmo assim com ressalvas; 21. Devem-se evitar análises fatalistas e de tentar adivinhar os carmas alheios, e evitar os determinismos matemáticos. Se alguns recebem compulsoriamente um carma duro que merecem, outros escolhem enfrentar duras provações por opção lúcida a fim de experimentarem a disciplina elevadora da alma; 22. Nenhum ser de um específico grupo está isento de receber o merecido carma do grupo. Há uma lei compulsória de distribuição grupo-cármica. Exemplo de grupo-carma: uma família, um bairro, uma nação, etc; 23. Carma fundamental - este é um carma do ambiente, mesológico, em nível macro social. Em qualquer sociedade, planeta ou dimensão (multidensidade) que você encarnar, sofrerá as ações deste meio, embora, possa ter atenuado e estar protegido por seus próprios méritos ou carmas positivos pessoais. "Les Çakras: L”anatomic occulte de 1"homme" - M. Coquet. PROCESSOS DE MANUTENÇÃO DO PERISPÍRITO Do livro “Medicina da Alma” de Joseph Gleber, pela psicografia de Robson Pinheiro obtivemos essas importantes informações: “Os processos e a alimentação do organismo físico, embora sejam diferentes daqueles do perispírito, guardam com ele estreitas ligações, variando quanto ao grau de materialização ou espiritualização do espírito. No organismo espiritual continuam as funções de alguns órgãos
  • 122. Corpos Sutis e Chacras - Guia de Estudos - Olivio Cezar 121 similares aos físicos, porém adaptados ao ambiente e às energias mais eterizadas do mundo espiritual. Através da respiração é que o perispírito absorve a maior quantidade de fluidos responsáveis pelo bom funcionamento da fisiologia espiritual, uma vez que respira diretamente do meio as energias superiores emanadas do foco divino. O fluido cósmico universal, o prana dos hin- dus, presente em toda a criação, como energia primordial que preside e a tudo interpenetra, é absorvido através do processo respiratório, também comum ao corpo espiritual, irrigando todos os órgãos, sistemas e células astrais através de sua vitalidade divina. Os raios solares captados e também assimilados pelos poros perispirituais transportam a energia que mantém o magnetismo psicossomático sempre ativo e atuante, colaborando com o equilíbrio íntimo do organismo em processos difíceis de entender pela medicina humana atual. Os pulmões perispirituais, quando o ser se mantém em faixas mais sutis de ambiente espiritual, processam a trans- formação dos fluidos assimilados pelo espírito, produzindo a leveza com que se caracterizam as expressões diáfanas dos seres elevados. Igualmente, o coração astral, comandado pelas energias absorvidas pelo centro energético cardíaco, é um transformador vivo do fluido cósmico universal — que, após ser processado pelo coronário, irriga todos os átomos astrais de que se constitui o corpo espiritual. O órgão extrafísico cita- do converte tal energia divina, esse magnetismo amoroso do Pai, em cambiantes de luz que é exsudada por todos os poros da epiderme perispiritual e lembra, em sua aparência, astros imortais, que, luminosos, gravitam em torno do grande amor do Criador. De forma semelhante ao sistema glandular, no psicossoma ou perispírito encontram-se os centros de força, que estão intimamente relacionados com as glândulas do corpo físico, mas são responsáveis não pelos hormônios — que suas contrapartes físicas produzem —, mas pela manutenção dos estados superiores do sentimento, das emoções e da própria condição psicológica do desencarnado em cresci- mento espiritual. Ao contrário, quando o espírito se degrada e se avilta, sob o império das paixões e dos sentidos, imantando-se às zonas primárias nas quais se detém o psiquismo enfermo, seus órgãos perispirituais, algo que materializados, absorvem fluidos de densidade pesada e grosseira, obrigando todo o sistema de órgãos perispirituais a funcionar como máquinas pesadas. São absorvidas verdadeiras substâncias cinzentas, massas de fluidos mórbidos e aluviões de energias animalizadas, quase materializadas, exsudando do corpo astral, em lugar da luminosidade dos ambientes sublimes, apenas a fuligem fluídica, semelhante às nuvens pastosas liberadas pelas grandes fábricas da crosta terrena. Os pulmões perispirituais de tais espíritos, acostumados com a grosseria dos fluidos deletérios, absorvem-nos a longos haustos, de modo a impregnar as fibras sensíveis de sua organização espiritual com os miasmas pestilentos que povoam a atmosfera perniciosa em meio a qual se movimentam, aumentando, assim, o magnetismo primário que os mantém presos ao solo astral. Igualmente, os outros órgãos, obrigados a exercer um metabolismo diferente daquele a que foram destinados na existência extrafísica, envenenam-se pelo desequilíbrio do espírito, mantendo-se este distante dos ideais do belo e do bem a que todos fomos destinados. Como consequência, observa-se que, na encarnação subsequente, o perispírito enfermo agrega em torno de si, revestindo a nova couraça de carne desde a fase de célula-ovo ou zigoto, já impressos nos genes e cromossomos do corpo somático, outros núcleos igualmente propensos a estados enfermiços e a doenças variadas, muitas vezes de difícil cura nos quadros da medicina humana. Uma vez reencarnado, adota comportamentos como a ingestão de alimentos em quantidades maiores que as essenciais, o uso de condimentos e carnes em excesso, bem como o consumo de tabaco e substâncias alcoólicas ou tóxicas. Tais ações do indivíduo promovem a adesão de formas astrais densas ao delicado sistema perispiritual, comprometido previamente
  • 123. Corpos Sutis e Chacras - Guia de Estudos - Olivio Cezar 122 em seu equilíbrio original, o que favorece, muitas vezes, o surgimento de determinada doença, conforme o registro cármico que traz impresso na sensível intimidade do DNA. As substâncias mentais infelizes, produto de leituras, imagens e informações igualmente inferiores que o homem teima em continuar despejando para o seu íntimo, somado ao cultivo de conversações e hábitos menos dignos criam a fuligem mental absorvida e assimilada por seu perispírito, conservando-o imantado a condições inferiores de existência no mundo astral ou emocional. Estabelece-se então um círculo vicioso, que produz mais e mais formas mentais infelizes e abjetas, as quais progressivamente lhe sugam as energias psicofísicas, retendo-lhe indefinidamente no estado enfermiço; isso sem contar as inteligências vulgares que se imantam ao ser, em doloroso processo obsessivo, causa oculta de inúmeros problemas ainda insolúveis pela psicologia moderna. Envolvendo-se nas complicadas experiências do mundo das formas, o homem agita-se em meio ao turbilhão de energias que constantemente se transformam e geram o mundo das aparências, o mundo dos efeitos — e não das causas. Na euforia de suas percepções, detém-se prisioneiro das ilusões, das sensações detectadas pelos seus cinco sentidos, pois que as coisas objetivas, externas ou materiais são apenas a simulação das coisas eternas, permanentes, do mundo espiritual. Assim, o ser pensante, devendo utilizar-se dessas coisas objetivas como matéria de aprendizado para robustecer e abrilhantar seu corpo espiritual, acaba aviltando-se e submetendo-se ao torvelinho das mesmas experiências que deveriam erguê-lo, caindo pelos despenhadeiros da viciação e do desequilíbrio. Com base na realidade do corpo espiritual, corpo astral ou psicossoma e na certeza da realidade da vida extracorpórea, do plano do espírito, vemos como a verdadeira natureza do ser humano é quase desconhecida e ainda mal compreendida pelos nossos irmãos cientistas da Crosta, assim como pela grande maioria dos homens. Embora a associação íntima do perispírito com as funções fisiológicas, esse corpo espiritual — preexistente e sobrevivente à agregação e à desagregação da matéria física — alcançou o seu presente estágio evolutivo, ao longo dos milênios, por razões outras que não apenas as que se relacionam com a manutenção dessas funções puramente materiais e mecânicas do veículo biológico, mas acima de tudo para servir ao espírito em sua experiência evolutiva ao longo dos séculos. Embora considerando-se o psicossoma como um modelo energético supra dimensional, ele não foi gerado pelas células físicas; ao contrário, sendo a matriz, o molde energético de natureza superior, é ele, o perispírito, a sede da consciência eterna, presidindo a formação e a manutenção dos agregados celulares que constituem a indumentária carnal. Assim, ossos, músculos, tecidos vasculares, nervos, cérebro e outros órgãos e substâncias do corpo são todos estruturados conforme o modelo original preexistente: o corpo espiritual. A nossa insistência em esclarecer a natureza e a realidade desse corpo vem da necessidade de se encarar a problemática dos estados enfermiços, físicos ou psicológicos num contexto mais amplo, mais abrangente que aquele até então visto de forma puramente material, conforme a visão atual de certos pesquisadores. Qualquer terapia que não observar a questão do homem de forma integral, mais do que simplesmente um agregado de nervos e músculos, falha em seu tentame, pois o ser, temporariamente envolto no pesado escafandro de carne, existe, apesar dessa aparência física, como originário de dimensões superiores da vida, consistindo o seu corpo espiritual no verdadeiro e eterno veículo de expressão de seu psiquismo mais profundo, de seu espírito imortal. Conforme falamos alhures, a alimentação perispiritual se exerce através do próprio magnetismo ambiente, absorvido ou eliminado, conforme o caso, de maneira bem semelhante ao processo conhecido na Terra como osmose. O automatismo espiritual, adquirido através de milênios e
  • 124. Corpos Sutis e Chacras - Guia de Estudos - Olivio Cezar 123 milênios de experiências, fez com que o perispírito desenvolvesse sua sensibilidade, que lhe faz gravar nas células astrais os acontecimentos vividos pelo espírito. Eis aí a necessidade imperiosa de um estudo pormenorizado a respeito de nossos comportamentos, atitudes e pensamentos, que, com absoluta certeza, influem, de forma direta e total, nos estados de saúde ou de enfermidade em que se encontra o espírito, pelo que ainda recomendamos a terapia evangélica do amor, do perdão, da vigilância, enfim, do equilíbrio e da harmonia com as leis maiores da vida.” A BIOQUIMICA COMPROVA A LEI DO CARMA - PASTORINHO Consideramos importante transcrever este trecho do livro “Técnica da Mediunidade” de Carlos Torres Pastorinho sobre a Lei do Carma, para melhor entendimento dos mecanismos que regem a causa e o efeito de nossas ações: “Após alguns milênios de conhecimento da Lei do Carma (ou Lei de Causa e Efeito) quer por meio das Revelações Espirituais quer pelas filosofias, sobretudo orientais, chegou a vez da comprovação científico-experimental dessa Lei. Em estudos e pesquisas laboratoriais de bioquímica, os biólogos descobriram que, dentro do núcleo ultramicroscópico da célula microscópica, existe o ácido desoxirribonucleico, mais conhecido pela sigla DNA, do nome inglês (Desoxyribosenucleic Acid). Trata-se de um ácido de açúcar desoxidado, em cuja composição são encontrados: fósforo sob a forma de ácido fosfórico (H3PO4); açúcar sob a forma de desoxirribose; e quatro bases de nitrogênio: adenina, guanina, citosina e timina. Base do registro físico do carma - Essas bases de nitrogênio são, precisamente, a quota de ‘prâna’ que alimenta cada célula, pois do nitrogênio formam-se os aminoácidos, blocos construtivos das proteínas. Prâna é o nome dado pelos hindus à energia radiante do sol, que vitaliza tudo o que vive, através da fotossíntese e da respiração. No fenômeno da hematose, o sangue absorve, nos pulmões, oxigênio e nitrogênio, que são recolhidos, o primeiro, pelos eritrócitos, o segundo pelos linfócitos. Além dessa absorção por via aérea, há o nitrogênio que é extraído dos alimentos, pelo canal digestivo, e aquele que é retirado do ar, em sua forma astral, pelo chakra esplênico, e transformado em energia física e distribuído ao organismo pelo baço. Com isso, pode explicar-se a grande quantidade de nitrogênio no ar atmosférico, numa proporção de 78 partes, para 21 partes apenas de oxigênio: a natureza não perderia tempo com coisas inúteis. O nitrogênio, pois, entra na formação química da célula física (núcleo, citoplasma e membrana) e da célula astral, isto é, a parte astral materializada da célula, que é o DNA, que constitui o sistema nervoso cerebral, que representa a mente da célula, no mais intimo de seu núcleo. Lógico que, nada sendo casual, muito menos o seria o princípio determinante da vida de uma criatura, o modulo pelo qual são regidos: todos os esquemas físicos de um corpo que vai servir de veículo a um Espírito eterno; toda a programação das atividades, das qualidades, dos defeitos; todas as determinantes da saúde e das enfermidades genéticas (mesmo que só se manifestem muitos anos depois do nascimento); das perfeições e das deficiências; todas as ocorrências somáticas e sua periodicidade e suas consequências. A estrutura do DNA não depende mesmo do acaso, nem mesmo apenas dos pais: é a resultante daquilo que nosso Espírito determina para si mesmo, automaticamente, por sintonia vibratória própria, influindo na constituição interna do cérebro de cada célula, para que ela reproduza o melhor modelo e o mais perfeito esquema que sirva para a caminhada evolutiva desse EU que, durante predeterminada temporada, vai empreender uma viagem de instrução, aprendizado e experiências, no plano mais denso da matéria. O DNA traça o roteiro “turístico” dessa viagem evolutiva naquele período, e automaticamente vai marcando as paradas nos portos das dores e as festas nas cidades das alegrias.
  • 125. Corpos Sutis e Chacras - Guia de Estudos - Olivio Cezar 124 A determinação do módulo é paulatina e gradativamente construída durante uma vida, pela gravação nesse cérebro-relógio celular de todos os nossos atos, palavras e, sobretudo de todos os nossos pensamentos e desejos, desde que tenham força, intensidade, constância e capacidade de moldá-las. Nesse DNA vamos, diariamente, numa vida, gravando o que nos ocorrerá na vida seguinte: é a construção lenta, mas segura, de um carma infalível e inevitável. Não depende do acaso, não: depende a árvore que nascerá da plantação que formos realizando ao longo de nossa vida. O DNA tem importância biológica fundamental nas células animais, vegetais e bacterianas, e em alguns vírus, como depositário da informação genética. Assim os cromossomos dos espermatozoides e das células somáticas consistem, principalmente, em desoxirribonucleicas. Nos espermatozoides (que possuem número haploide de cromossomos) a concentração do DNA é a metade do encontrado nos núcleos das células somáticas da mesma espécie.. Com efeito, “As células tem 46 cromossomos, enrodilhados em novelo ultramicroscópico; cada par é rotulado com os números 1 a 22. O 23º par é formado, na mulher, por 2 cromossomos homólogos x; no homem, por 2 héterocromossomos, x e y. Vejamos, ainda: Se o DNA perde a estabilidade ou é afetado pelas reações químicas, modifica o código vital e enlouquece. Aqui, pois, observamos que o DNA e seu código podem ser modificados por substâncias químicas. Ora, a produção hormonal pode influir na modificação do DNA. E essa produção endócrina é afetada pelos atos, palavra, sentimentos e pensamentos das criaturas. Daí deduzimos que: a) atos e pensamentos harmoniosos, emoções agradáveis, alegria e amor, trazem modificações benéficas ao DNA, melhorando o padrão e marcando ótimo carma para a vida seguinte; b) em contraposição, atos e pensamentos de raiva, ódio, mentira, sentimentos baixos, emoções desregradas, provocam produções hormonais que atingem o DNA, mundificando-lhe os códigos, aí gravando marcas que determinarão, no futuro, as reações a ações e pensamentos destrutivos. Eis, pois, que o carma é fruto NOSSO, e se ‘a plantação é livre, a colheita nos é imposta’, pois a gravamos no íntimo de nossas células, no código de vida do DNA. Daí ser o homem aquilo que ele pensa. As substâncias ‘desconhecidas’ que provocam o DNA a enviar um RNA ao citoplasma para efetivação dos resultados previstos, podem bem ser ou as vibrações de nossos pensamentos, desejos e emoções, ou os hormônios que, por meio deles, lançamos, na corrente sanguínea, ativando sua produção. Daí dizermos que nenhum mal externo a nós pode prejudicar-nos: não modificam o código do DNA. Só aquilo que nós mesmos pensamos e praticamos é que pode provocar efeitos futuros agradáveis ou desagradáveis. O fato é que cada célula tem seu ‘relógio biológico’, onde estão marcados os minutos em que receberemos as reações benéficas do bem que fizemos ou as dolorosas do mal que praticamos ou pensamos. Realmente, diz o Tratado de Bioquímica: ‘Moderna hipótese de trabalho estatui que o DNA cromossômico transporta informe genético sob a forma de sequências codificadas de nucleotídeos que tal informe codificado é transmitido por intermédio do RNA, que vai do núcleo até o citoplasma, o que resulta numa sucessão especifica de nucleotídeos no “molde” (template) de RNA dos microssomos, que têm a missão de ordenar a sucessão de aminoácidos nas proteínas (ex. enzimas) que estão sintetizadas’. Exatamente. Assim as doenças cármicas, marcadas no ‘relógio celular’, aparecem no minuto preciso para o qual estão previstas. Naquele segundo, o DNA solta a informação, por meio do
  • 126. Corpos Sutis e Chacras - Guia de Estudos - Olivio Cezar 125 RNA-mensageiro, que vai ao citoplasma e monta a célula provocadora da desordem, no molde armado no ribossomo; daí parte a cadeia tétrica de sofrimentos previstos, e determinados por nossas ações passadas. No entanto, também, o contrário pode dar-se: pode o DNA, modificado por ações e pensamentos elevados, enviar um RNA-mensageiro para corrigir defeitos, para curar doenças em curso, para trazer benefícios à criatura. Quantas curas inexplicáveis para a ciência terão sido obtidas desse modo, inclusive com a recuperação de tecidos: o DNA fabrica não apenas proteínas, mas também células de muitos tipos, sobretudo na intimidade da medula óssea. O DNA pode ser comparado a uma escada em caracol cujo corrimão é formado por açúcar e fósforo, alternado, e cujos degraus são constituídos pelas bases nitrogenadas: p = fósforo; z = açúcar; a = adenina; t = timina; c = citosina; g = guanina. O DNA é o responsável pela identidade dos indivíduos, desde que nascem até que morrem, assim como estabelece a diferenciação das espécies. E mantém-se a mesma, independente de alimentação, e de qualquer outro fator externo. Tudo isso confirma nossa hipótese alhures divulgada, de que as células astrais acompanham o espírito após a desencarnação, e com ele regressam à vida no plano físico, durante toda a cadeia evolutiva, pelo menos no estágio humano. A contraparte física de nossas células (seu “corpo físico”) é que se estraga, desfaz e recompõe, dando a impressão de que a célula morre, quando, ao invés, ela apenas desencarna e reencarna no mesmo local: o DNA, que é a “mente celular” permanece o mesmo, acompanha o perispírito desencarnado, e volta para moldar o outro corpo físico que construímos na vida seguinte. De fato, todo o comportamento do DNA demonstra que se trata de um elemento superior, com atividade específica própria, verdadeiro cérebro nervoso a comandar todo o comportamento celular, tal como, no corpo humano em seu todo, o faz o sistema nervoso central, sobretudo o cérebro (o intelecto). Mas cremos haver dito o suficiente: os especialistas e técnicos estão com o campo aberto para as pesquisas e comprovações bioquímicas.”
  • 127. Corpos Sutis e Chacras - Guia de Estudos - Olivio Cezar 126 O PASSE MAGNÉTICO Os tratamentos pela imposição das mãos e os medicamentos provenientes da homeopatia, dos florais e da fitoterapia atuam nos corpos etérico e astral ajudando no processo de equilíbrio do corpo físico. Listamos abaixo os principais:  Passe – prática utilizada nos centros espíritas de imposição das mãos;  Reiki – técnica japonesa de imposição das mãos;  Johrei – imposição das mãos aplicada na Igreja Messiânica;  Cura Prânica – diversas técnicas advindas da Índia;  Cirurgia Espiritual – com uso da ectoplasmia;  Apometria – técnica de tratamento espiritual que envolve a separação do corpo astral do físico;  Cristais – atuam como catalisadores e acumuladores de energia;  Cromoterapia – técnica que usa as cores para promover o equilíbrio físico, emocional e energético;  Florais  Homeopatia;  Fitoenergética, entre outros. Neste capítulo, vamos abordar o relacionamento entre os passes espíritas e os chacras. Os passes espíritas estão classificados em magnético e espiritual e podem ser aplicados de forma individual (mais comum) ou coletiva. Sobre o passe magnético, damos palavra, ao Espírito Joseph Gleber, em “Medicina da Alma”: “Dos diversos tratamentos utilizados para o reequilíbrio bioenergético, o magnetismo é um dos recursos que tem contribuído, de forma muito eficaz, para o auxílio a meus irmãos encarnados e também aos desencarnados. Desde a simples imposição de mãos, até as diversas técnicas utilizadas por eminentes magnetizadores do passado, essa energia abençoada pode atuar na reconstituição eletromagnética do corpo espiritual ou perispírito como também do corpo vital ou duplo etérico. Os passes longitudinais ou de grandes correntes, quando aplicados na região do sistema nervoso central e do córtex cerebral, tendem a destruir os parasitas e as larvas astralinas que possam estar aderidas a essa região delicadíssima, onde interagem as energias dos dois planos da vida, com vistas ao equilíbrio orgânico. Igualmente, quando aplicados sobre a parte frontal, produzem benéficos resultados sobre o psiquismo, desobstruindo os canais de energia por onde circula o elemento divino, a energia cósmica ou o prana dos hindus, que irriga a fisiologia energética do ser humano. Passes rotatórios administrados sobre os diversos chacras, com o devido conhecimento, podem infundir-lhes os fluidos revitalizantes responsáveis por seu funcionamento harmonioso, conforme a necessidade de cada um de meus irmãos. Podem despertar os fulcros energéticos para suas atividades sagradas, quando se encontram momentaneamente paralisados pelos desequilíbrios gerados pelo homem.
  • 128. Corpos Sutis e Chacras - Guia de Estudos - Olivio Cezar 127 Ministrada sobre o coronário, a energia superior passa a penetrar no cosmos interior, irrigando todos os chacras de forma harmônica e promovendo a elevação vibratória desses centros energéticos, que passarão a funcionar como dínamos geradores do energismo divino. Sabiamente empregados nos casos obsessivos, naqueles espíritos que se encontram em tratamento, a energia magnética promove a despolarização dos estímulos da memória espiritual, facilitando o acesso ao passado do espírito pelas lembranças até então adormecidas, o que tantas vezes beneficia o companheiro espiritual em seu retorno aos caminhos da razão. Pode-se utilizar o magnetismo espiritual na estruturação de campos de força ou células de contenção para impedir entidades perigosas de levarem a termo sua ação maléfica sobre indivíduos e comunidades. Mas é exatamente na restauração das energias psicofísicas, nos tratamentos espirituais, que o magnetismo é empregado de forma a desafiar o conhecimento vulgar das criaturas terrícolas. Quantas vezes não se presenciou o restabelecimento da saúde daqueles que foram desenganados pela medicina da Terra. Quantas vezes um copo de água magnetizada ou fluidificada não serviu de impulso para desencadear uma reação de reequilíbrio no íntimo da comunidade orgânica. E, quantas vezes mais, não se presenciou o energismo curador de determinado companheiro que serve de instrumento nas mãos do eterno bem, para lenir a dor, para tranquilizar o aflito ou para restaurar a harmonia psicossomática que jaz abalada por causas variadas. Uma infinidade de possibilidades abre-se ante a visão daquele que se propõe investigar ou servir, sob a orientação das leis soberanas que nos regem a vida em todas as dimensões. Para a tarefa de servir ao próximo, como instrumento de auxílio superior, é necessário se despir do orgulho e das tolas vaidades que agrilhoam os trabalhadores aos vales sombrios das realizações infelizes, que os fazem instrumentos de inteligências enegrecidas pela ação inferior. É preciso romper o convencionalismo das religiões e dos religiosos e se entregar incondicionalmente ao serviço do Cristo, admitindo os limites e a nossa inexperiência ante a grandeza da suprema lei. Aquele que se dedica ao estudo do magnetismo e de suas leis é amparado por numerosos companheiros que se afinizam com os seus ideais, podendo, no futuro, vir a ser colaborador eficaz das consciências sublimes, para o auxílio à humanidade. É uma tarefa gratificante a daquele que se dispõe a ser instrumento do Alto para a manutenção do equilíbrio e da harmonia dos seres. Além das energias cósmicas ou telúricas que são assimiladas por meus irmãos para serem manipuladas pelos dignos trabalhadores do Cristo, a natureza também contribui com seu magnetismo ou energismo peculiar, absorvido pela respiração e interagindo na intimidade ultra-sensível dos átomos e células espirituais, para a utilização proveitosa por parte de meus irmãos. Fontes de água, vegetação e o próprio ar transformam a matéria elementar primitiva através da metabolização dos raios solares absorvidos e desencadeiam processos internos no quimismo astralino do corpo espiritual, encontrando-se esses recursos à disposição daquele que queira utilizá-los de acordo com suas propriedades. Por isso, recomendamos inúmeras vezes que os companheiros médiuns ou os mesmos que vêm em busca do lenitivo possam entrar em contato com a natureza, a fim de se reabastecer dos eflúvios balsamizantes que estão à disposição nas fontes naturais. Eis também o motivo de aconselharmos aos estressados e portadores de desequilíbrios no sistema nervoso que procurem entrar em contato com a natureza, a fim descarregar o magnetismo mórbido ou grosseiro no solo absorvente do planeta e, ao mesmo tempo, reabastecer-se dos elementos encontrados em meio ao sistema natural. Tudo na criação é energia. As formas revestidas pela consciência são apenas aparentes, no que diz respeito à sua realidade espiritual e ao plano do absoluto. O corpo físico é a energia
  • 129. Corpos Sutis e Chacras - Guia de Estudos - Olivio Cezar 128 materializada, condensada; o perispírito é a energia dinâmica, e o espírito é a fonte inesgotável desse energismo que se manifesta na criação em várias dimensões ou planos. A ação magnético-espiritual é uma das formas mais eficazes de intervenção nas diversas manifestações da consciência. Estudemos a respeito dessa fonte natural da vida superior e entenderemos as palavras do Cristo, quando disse: ‘Em verdade, em verdade vos digo que aquele que crê em mim também fará as obras que eu faço. E as fará maiores do que estas...’ [Bíblia, Jo 14:12].” Edgard Armond (1894 - 1982), um dos grandes expoentes da Doutrina Espírita, no livro “Passes e Radiações”, assim classificou os passes: Passes magnéticos: São aplicados pelos encarnados, mesmo não sendo médiuns. Consistem na transmissão, pelas mãos ou pelo sopro, de fluido animal do corpo físico do operador para o do doente. Sendo a maior parte das moléstias, desequilíbrios do ritmo normal das correntes vitais do organismo, os passes magnéticos tendem a normalizar esse ritmo ou despertar as energias dormentes, recolocando-as em circulação. Podem ser aplicados por qualquer pessoa e até mesmo por pessoas materialistas, desde que possuam os conhecimentos necessários e capacidade de doar fluidos. No caso dos médiuns de efeitos físicos, haverá também doação de ectoplasma. Passes espirituais: São os realizados pelos Espíritos desencarnados, através de médiuns, ou diretamente sobre o perispírito dos enfermos e o que se transfere para o necessitado não são mais fluidos animais de encarnados, mas outros, mais finos e mais puros do próprio Espírito operante ou dos planos superiores. A diferença está na qualidade no fluido transmitido, pois tanto o encarnado, como o Espírito doam fluidos que lhes são próprios, mas no segundo caso, a energia é de uma classe mais elevada e tem um maior poder curativo. Entendemos, contudo, que mesmo no passe magnético sempre haverá a ajuda de entidades espirituais, seja do guia espiritual do operador passista, seja de um mentor presente no momento da aplicação. Passe individual: é uma transfusão de fluídos de pessoa para a outra. Jacob Melo, no livro “O Passe” explica que: “... o passe atua diretamente sobre o corpo espiritual, através dos campos vitais (chacras), diretamente sobre o campo orgânico, propiciando interações intermoleculares de refazimento e recomposição, e diretamente sobre a mente, ensejando refrigérios psíquicos e/ou atenuando envolvimentos espirituais negativos. De uma forma ou de outra, ele atua como revitalizador...; dispersando (refinando, distribuindo, eliminando ou sintetizando, pelo menos) fluidos negativos contraídos, assimilados e/ou cultivados; e auxiliando a cura das enfermidades de toda ordem, a partir do reequilíbrio geral”. Passe coletivo: produz os mesmos efeitos do passe individual com a diferença de que o passista será apenas uma pessoa e o receptor uma coletividade. A experiência demonstra que no passe coletivo o potencial energético do passista é ampliado pela espiritualidade, “suprindo-se” a falta do passe individual. Metodologia: existe uma grande variedade de técnicas aplicadas nas casas espíritas, mas entendemos que a condição mais importante vem do amor incondicional do passista no momento da aplicação. Em seguida, a sua sintonia com os guias e mentores espirituais, entendendo-se ele, o passista, como um simples veículo de transmissão de energias, sejas suas ou das entidades benfeitoras. Pastorinho aprofunda sua visão técnica e de grande utilidade dos passes no serviço ao próximo: “AS PONTAS – A eletricidade positiva ou negativa se agrega mais nas pontas ou extremidades pontuadas. Daí terem nascido os para-raios. Essa a razão pela qual as mãos, os pés e, sobretudo os dedos, são as partes mais carregadas em nosso corpo.
  • 130. Corpos Sutis e Chacras - Guia de Estudos - Olivio Cezar 129 Por esse motivo os passes são dados com as mãos abertas (o que em o Novo Testamento se diz ‘impor as mãos’), para que os elétrons fluam através dos dedos. Os passes - Daí qualquer dor que sintamos ser imediatamente socorrida pela nossa mão que vai ao local, para restabelecer o equilíbrio dos elétrons: é o passe instintivo e natural. Por isso as pessoas fracas gostam de ficar segurando as mãos das pessoas fortes: os enfermos assim fazem com os sadios. Os passes, portanto, são um ‘derramamento’ de elétrons, através das pontas dos dedos, para restabelecer o equilíbrio daquele que recebe o passe, e que deles está carecente. Todavia, da mesma forma que o pente de ebonite depois de certo tempo perde os elétrons em excesso que recebeu ao ser atritado com lã, assim também ocorre com o corpo humano. Daí a necessidade de os passes serem periódicos. Bem assim os obsedados (permanentemente ‘sugados’ por amigos invisíveis), os fracos de saúde, os que lidam com multidões, precisam periodicamente de passes reequilibrantes, recebendo um acréscimo de elétrons. Por essa razão, as pessoas doentes (a quem faltam elétrons) não deverem dar passes: ao invés de dá-los, tirariam os poucos do paciente, depauperando-o ainda mais. Além disso, existem os que, sem elétrons positivos, possuem um excesso de carga negativa. Com esses, é mister primeiro dar passes ‘de descarga’, tirando as cargas negativas, para depois dar- lhes elétrons. Essa a razão por que alguns, ao dar passes sem técnica, absorvem a carga negativa dos enfermos, ficando eles mesmos doentes: então, em, primeiro lugar, passes ‘dispersivos’ para limpar de cargas negativas; depois então, passes de fornecimento de energias. Todos sabemos que um sensitivo, ligado a um espírito desencarnado, pode transferir fluidos espirituais a um necessitado. Mas ocorre que, com freqüência, os fluidos magnéticos provêm de nós mesmos, e são acompanhados de energia vital poderosa, que refaz as forças do enfermo, acalmando, equilibrando, revigorando e, muitas vezes, curando. Ora, toda essa produção de energia vital é realizada, para nós, pelas glândulas genitais; e, por vontade nossa, podemos transferi-la a outros, através de passes. Essa é uma das utilizações mais nobres que está a nosso alcance: ceder os fluidos que a natureza produz para nós, gratuita e generosamente, para acudir às necessidades alheias. Essa a razão por que os médiuns casados, acostumados às relações sexuais, se sentem sexualmente enfraquecidos após aplicação de passes magnéticos. Daí também a vantagem que podem usufruir os celibatários: descarregar em passes benéficos e curadores a superprodução de seu vigor vital, pois isso lhes trará tranquilidade sexual, pelo menos durante algum tempo, até que a natureza torne a locupletar os reservatórios. Assim são superadas, por vezes, as chamadas “tentações”. Outra utilização desses fluidos e dos produtos glandulares das gônadas, tanto masculinas quanto femininas, é realizada na mediunidade de efeitos físicos e nas materializações, na produção de ectoplasma, em combinação com outros elementos do corpo físico, do etérico e do astral, assunto que exporemos em outro local.
  • 131. Corpos Sutis e Chacras - Guia de Estudos - Olivio Cezar 130 O REIKI O Reiki utiliza a mesma energia que já conhecemos ao longo da história da humanidade, nas diferentes culturas e civilizações, com nomes diferentes. As condições básicas para sua aplicação são: pensamento, vontade e amor. Do excelente livro “O Reiki segundo o Espiritismo” de Adilson Marques, obtido através de diálogo com espíritos mentores, extraímos alguns trechos importantes para a reflexão do leitor: “Vamos esclarecer como funciona a comunicação entre o espírito (mente) e o cérebro. Em primeiro lugar, vocês devem saber que o ser humano não pensa através de palavras. E, para se transmitir uma idéia, o ser humano necessita converter o seu pensamento em um sistema de códigos. Este sistema pode ser na forma de sinais ou imagens simbólicas, como no caso do Reiki e de tantas outras práticas orientais, ou na forma de palavras, que também são símbolos. Em qualquer um dos casos, para funcionar, é necessária a decodificação, ou seja, a interpretação da mensagem. É por isso que a pessoa que não conheça o símbolo e não saiba para que o mesmo funciona, não vai sentir nada, não vai enviar energia. Ele não tem ainda a chave para decodificar a mensagem. Seu cérebro e seu subconsciente não sabem decodificar o símbolo. Ao contrário, o ‘iniciado’ vai movimentar sua energia vital, sua bioenergia, porque associou ao símbolo, à imagem gráfica, uma função. Ou seja, ele sabe que ao desenhar um determinado símbolo ele deve dar um comando inconsciente para o seu duplo-etéreo liberar a energia. Ele está substituindo a palavra por um outro símbolo, por uma imagem. A criação de símbolos é uma forma de codificação. E como o ser humano ainda não é capaz de viver sem símbolos para se comunicar, eles são muito úteis.” “Pergunta 07 – Pelo exposto acima, podemos inferir que não há diferença entre o Reiki e o passe espírita? Resposta – O nome Reiki se popularizou na segunda metade do século vinte. Hoje ele é uma realidade mundial. Não dá para desprezá-lo ou ignorá-lo. É uma variação metódica do que poderíamos chamar de Fluidoterapia. E como vocês necessitam de nomes, poderiam chamar todas as técnicas conhecidas, como o Passe espírita, o Johrei, da Igreja Messiânica, a Cura Prânica dos filipinos etc. como Fluidoterapia. A Fluidoterapia nasceu, na Terra, com os primeiros capelinos exilados. Gradativamente, eles foram redescobrindo a forma de manipular a energia cósmica para a cura. E, em cada local, como já dissemos, inventaram rituais e exterioridades para fazer a manipulação energética que, no fundo, funcionará sempre através dos três condicionamentos já apresentados: pensamento, vontade e amor. Se não há diferença no tipo de energia, há diferença no procedimento. Muitas casas kardecistas fazem o ‘passe de cura’, que seria um passe mais demorado, em uma sala diferenciada, com o paciente deitado em uma maca. O ‘passe de cura’ funciona como o Reiki, porém, sem símbolos, músicas ou aromas.”
  • 132. Corpos Sutis e Chacras - Guia de Estudos - Olivio Cezar 131 “Pergunta 12 – Se a pessoa se comprometeu a doar energia e cobra por ela, o que acontece quando desencarna? Resposta – É muito comum os 1médiuns de cura’ falharem. O egoísmo, o orgulho, a vaidade costumam comprometer uma encarnação. E aquele que cobra ao invés de doar sua energia, ao desencarnar irá tomar consciência que já recebeu na Terra o que estava previsto para ele no plano espiritual. Ou seja, tomará consciência de que sua dívida pretérita continua do mesmo tamanho, se não aumentou ainda mais. Outros podem, devido à dor moral, que é muito mais sofrível que a dor física, entrar em um estado de sofrimento similar aos descritos por autores que escrevem sobre os Vales dos Suicidas. No fundo, cometeram também um suicídio, pois desperdiçaram mais uma encarnação retificadora.” “Pergunta 17 – Voltado ao Reiki, quais são os cuidados que se devem ter antes, durante e após cada sessão? Resposta – Antes de cada sessão é importante se concentrar por alguns minutos, relaxar e fazer uma prece pedindo a presença e a proteção da espiritualidade médica que trabalha na casa. Pode-se deixar um copo de água para o atendente e para o paciente beber, após a sessão. Durante a sessão, o mais importante é manter o pensamento elevado e a concentração mental. Daí ser inadequado trabalhar em locais onde as pessoas ficam conversando, vendo TV. Algumas pessoas conseguem até fumar enquanto enviam energia. Isto é o cúmulo do absurdo, nesta divulgação mercadológica do Reiki. É importante permanecer concentrado e com o pensamento elevado para melhorar a qualidade e a intensidade da energia enviada para o paciente. Muitas pessoas se preocupam em desenhar corretamente o símbolo e depois ficam todo o tempo contando os minutos que faltam para acabar a sessão, ou pensando em problemas cotidianos. Essa não é a pessoa adequada para auxiliar a espiritualidade em uma sessão de Reiki. Após a sessão, tanto o terapeuta quanto o paciente podem, mentalmente, fazer uma prece de agradecimento e tomar a água. O atendente deve deixar um intervalo de pelo menos quinze minutos entre uma sessão e outra. E, sempre que possível, entrar em contato com a natureza para absorver saudáveis glóbulos de vitalidade e fazer um lanche leve. Além disso, no dia de atendimento, nunca se alimentar com carne, e se abster do consumo de cigarro e bebidas alcoólicas.” “Pergunta 25 – E existe alguma vantagem ou mesmo desvantagem do Reiki em relação ao passe espírita? Resposta – A desvantagem está na mistificação. Todas as histórias mistificadoras que assolam o Reiki, os vários graus de médiuns fascinados por histórias de extraterrestres que transmitem símbolos “sagrados” que devem ser mantidos em segredo, como se o símbolo fosse a coisa mais importante e não a mente e a vontade de ajudar; o charlatanismo, as falsas promessas de curar toda e qualquer doença. Todas essas mentiras e mistificações formam o joio que deve ser arrancado. Mas há, também, inúmeras vantagens, sobretudo, no procedimento junto ao paciente. Ao invés da fila e da impessoalidade que predomina no passe, no Reiki utiliza-se uma maca. O paciente recebe energia com hora marcada. A sessão não é de apenas três minutos. O tratamento é muito mais completo do que em um simples passe, pois este visa harmonizar a pessoa. O que não significa que muitas casas espíritas ou centros de umbanda não façam os “passes de cura” que são mais longos e voltados para tratamentos mais complexos, como os que a espiritualidade realiza durante o Reiki.
  • 133. Corpos Sutis e Chacras - Guia de Estudos - Olivio Cezar 132 No Reiki não há preconceitos doutrinários que impeçam o atendente de colocar uma música relaxante no fundo, usar essências aromáticas14 que ajudam no tratamento. Toda a ambiência criada para a sessão de Reiki é importante. Os meios são tão importantes quanto os fins, que são os mesmos no Reiki e no passe. Lembrando, sempre, que nenhuma técnica transgride a Lei do carma e do merecimento.” “Pergunta 26 – E em relação à polêmica de tocar ou não no paciente? Nos cursos de orientação mediúnica os passistas aprendem que não se deve tocar, de forma alguma, no paciente. O Reiki, por sua vez, costuma ser feito através do toque. Há problemas em se tocar o paciente? Resposta – Esta diferença ressalta as diferenças de mentalidade entre o Ocidente e o Oriente, entre a visão de mundo ocidental-cristã e a oriental. Existe muito pavor e incompreensão em relação ao corpo físico aqui no Ocidente. A nossa visão de mundo é dicotômica. Desde a Antiguidade se separa, radicalmente, espírito e corpo. Na verdade, parece que á uma guerra Espírito X Corpo. Em alguns momentos da história ocidental se valoriza o corpo em detrimento do espírito. Em outros, o contrário. Falta para nós a visão integrativa oriental. No oriente, suas práticas espirituais e mesmo profanas buscam sempre o equilíbrio físico, mental, emocional e espiritual. Não se concebe uma coisa dissociada da outra. Além disso, a massagem ou o toque não tem a conotação pejorativa e sexualizada que tem no Ocidente. O ato de tocar, de massagear é visto com naturalidade no Oriente. Aqui vocês levam tudo para o campo da sexualidade, devido à própria formação cultural e sexual do homem ocidental. Aqui, ao mesmo tempo, onde a maioria das religiões cristãs trata o sexo como Tabu, vocês são bombardeados por propagandas e programas de TV que vivem da exploração de um erotismo desenfreado. O homem ocidental vive angustiado pelo medo do pecado, de um lado, e pelo erotismo exacerbado, de outro. Sem segundas intenções, seria possível aplicar Reiki e fazer massagem ao mesmo tempo, principalmente, nos pés. Mas o atendente necessita ter um autocontrole, dominando seus instintos inferiores. O único momento em que não se deve tocar no paciente é quando, o que é raro, ocorre uma ‘incorporação’. Se a sala é preparada para o trabalho e é protegida pela espiritualidade, raramente isso irá acontecer. Mas é preciso lembrar que se o paciente for um médium e estiver sob forte ação obsessiva, é necessário mandar energia sem tocar na pessoa e fazer muita prece para a espiritualidade adormecer e levar para esclarecimento aquele irmão obsessor. Vocês devem sempre se lembrar que na hora do tratamento, seja com o Reiki ou com o passe, o momento não é para desenvolvimento mediúnico e nem para doutrinação.” “Pergunta 27 - E por que alguns pacientes incorporam durante o Reiki? Resposta – Esse processo deve ser evitado e nunca estimulado. Quando o local onde a sessão estiver acontecendo for protegido pela espiritualidade superior, esse risco é quase nulo. Se o paciente vem para a sessão acompanhado por irmãos desencarnados que necessitam de auxilio, estes são retirados e levados para esclarecimentos ou socorro na própria casa, em sua dimensão astral, ou em uma outra casa espiritualista, kardecista ou de umbanda, conforme o grau de compreensão do espírito. Porém, quando o local não possui a proteção necessária ou quando a sessão é feita na casa do próprio enfermo e, principalmente, em locais de baixa vibração como bares, boates e locais similares, o risco de acontecer uma manifestação mediúnica é maior, obviamente, se o paciente for médium sem estudo. É preciso esclarecer que, em alguns casos, o paciente pode possuir um obsessor que o acompanha por muitas encarnações. Eles se revezam continuamente. Ora um é o obsessor, ora o outro. E este ciclo de ódio pode se arrastar por muitas encarnações, enquanto não houver o perdão. Eles são tão unidos que se retirarmos o obsessor, o paciente pode até desencarnar. Nesse caso, ambos necessitam entrar juntos na sala. Não há como evitar a presença do
  • 134. Corpos Sutis e Chacras - Guia de Estudos - Olivio Cezar 133 obsessor durante a sessão. Daí a importância de um cuidado maior do atendente, elevando sempre o pensamento, procurando manter seu padrão vibratório elevado para facilitar o socorro a ambos.” “O Reiki nada mais é do que a emissão de nossa energia vital ou ectoplásmica. Todos nós temos energia para doar, uns mais outros menos. No espiritismo, a pessoa que tem muita energia para doar é chamada de ‘médium de cura’. Estas pessoas são as que terão condições de trabalhar com o Reiki. Uma pessoa que não tenha energia para doar, mesmo que faça o curso com o mais popular mestre de Reiki, não terá como ajudar a espiritualidade socorrista.”
  • 135. Corpos Sutis e Chacras - Guia de Estudos - Olivio Cezar 134 ESPÍRITOS ELEMENTAIS Quando abordamos os assuntos da vida além da matéria, precisamos falar de agêneres, larvas astrais, contaminações fluídicas e outros assuntos, assim como a atuação de espíritos elementais nos diversos planos sutis, ainda desconhecidos por grande parte do movimento espiritualista. Desde as antigas eras da Atlântida, do Egito e da Mesopotâmia, nosso planeta sofre obstáculos evolutivos pela ação de espíritos das Trevas, principalmente dos dragões e magos negros, usando em muitos casos, a atuação de agêneres, de elementais da Natureza ou mesmo artificiais. Sobre os agêneres, sabemos que são espíritos que se materializam por determinado tempo, através da manipulação de formas-pensamento nocivas, emitidas pelo ectoplasma dos encarnados. Esses seres são constituídos de matéria astral muito densa e podem ser percebidos por médiuns videntes ou mesmo se materializarem por um determinado tempo. Eles afetam tanto nossa saúde, ‘roubando’ nossas energias e do meio ambiente que nos cerca. Aqueles que estão numa faixa mais sutil, mental, afetam nosso sistema nervoso e a as funções cerebrais, criando estados de alteração da nossa consciência. Sobre o assunto, Kardec escreve um artigo na Revista Espírita de fevereiro de 1859, onde o Espírito de São Luiz, arguido sobre o assunto, diz tratar-se de desencarnados que se materializam momentaneamente. No livro “O Agênere” do Espírito Ângelo Inácio, pelas mãos de Robson Pinheiro, temos a narrativa desses seres, em geral servidores do Mal, como observamos no trecho abaixo: “Escondidos em corpos etéricos, físicos ou de uma fisicalidade ignorada e ainda não admitida, seres de diferentes procedências perambulam por entre os gabinetes dos governos de diversos países e se imiscuem na multidão. Caminhando entre os homens terráqueos, filhos das estrelas, ou simplesmente filhos da Terra, em disfarces imperceptíveis, influenciam os destinos das sociedades humanas. Não é para menos. Depois de séculos e séculos de experimentações, os seres do submundo assumem de maneira mais enfática e pujante um papel no palco dos acontecimentos na superfície. Como quase ninguém está atento às possibilidades fenomênicas da ciência psíquica, espiritual, o homem dorme e não percebe esses eventos ou menospreza seu alcance e a chance de que venham a ocorrer. Colabora para esse desenho míope da realidade ofato de a maioria, incluindo os que alegam se dedicar ao despertamento da consciência, transformar-se em busca das paixões materiais, do ganho financeiro aqualquer custo ou simplesmente distrair-se com os problemas cotidianos, que assumem importância vital em momentos de crise, sobretudo em meio à crise contemporânea -que é a de valores humanos.” As formas-pensamento são criações mentais elaboradas a partir da matéria astral e se assemelham a projeções tridimensionais, que expressam características do pensamento de quem as emitiu. Devido à sua condição fluídica, podem ser percebidas tanto por Espíritos desencarnados quanto pelos médiuns de vidência, podendo ser registradas em fotografias. Quanto às contaminações fluídicas, na Revista Espírita de março de 1868, Kardec escreve:
  • 136. Corpos Sutis e Chacras - Guia de Estudos - Olivio Cezar 135 “Certas afecções, mesmo muito graves e passadas ao estado crônico, não têm como causa primeira a alteração das moléculas orgânicas, mas a presença de um mau fluido que, a bem dizer, as desagrega, perturbando a sua economia. Sucede aqui como num relógio, em que todas as peças estão em bom estado, mas cujo movimento é parado ou desregulado pela poeira; nenhuma peça deve ser substituída e, contudo, ele não funciona; para restabelecer a regularidade do movimento basta expurgar o relógio do obstáculo que o impedia de funcionar. Tal é o caso de grande número de doenças, cuja origem é devida aos fluidos perniciosos de que é penetrado o organismo. Para obter a cura, não são moléculas deterioradas que devem ser substituídas, mas um corpo estranho que se deve expulsar; desaparecida a causa do mal, o equilíbrio se restabelece e as funções retomam seu curso. Concebe-se que em semelhantes casos os medicamentos terapêuticos, destinados, por sua natureza, a agir sobre a matéria, não tenham eficácia sobre um agente fluídico; por isso a medicina ordinária é impotente em todas as moléstias causadas por fluidos viciados, e elas são numerosas. À matéria pode-se opor a matéria, mas a um fluido mau é preciso opor um fluido melhor e mais poderoso. A medicina terapêutica naturalmente falha contra os agentes fluídicos; pela mesma razão, a medicina fluídica falha onde é preciso opor a matéria à matéria; a medicina homeopática nos parece ser o intermediário, o traço de união entre esses dois extremos, e deve particularmente triunfar nas afecções que poderiam chamar-se mistas. Seja qual for a pretensão de cada um destes sistemas à supremacia, o que há de positivo é que, cada um de seu lado, obtém incontestáveis sucessos, mas que, até o presente, nenhum justificou estar na posse exclusiva da verdade; donde se deve concluir que todos têm sua utilidade, e que o essencial é os aplicar adequadamente. Não temos que nos ocupar aqui dos casos em que o tratamento fluídico é aplicável, mas da causa pela qual esse tratamento pode, por vezes, ser instantâneo, ao passo que em outros casos exige uma ação continuada. Esta diferença se prende à própria natureza e à causa primeira do mal. Duas afecções que, aparentemente, apresentam sintomas idênticos, podem ter causas diferentes; uma pode ser determinada pela alteração das moléculas orgânicas e, neste caso, é preciso reparar, substituir, como me disseram, as moléculas deterioradas por moléculas sadias, operação que só pode ser feita gradualmente; a outra, por infiltração, nos órgãos saudáveis, de um fluido mau, que lhe perturba as funções. Neste caso, não se trata de reparar, mas de expulsar. Esses dois casos requerem, no fluido curador, qualidades diferentes; no primeiro, é preciso um fluido mais suave que violento, sobretudo rico em princípios reparadores; no segundo, um fluido enérgico, mais adequado à expulsão do que à reparação; segundo a qualidade desse fluido, a expulsão pode ser rápida e como por efeito de uma descarga elétrica. O doente, subitamente livre da causa estranha que o fazia sofrer, sente-se aliviado imediatamente, como acontece na extirpação de um dente estragado. Não estando mais obliterado, o órgão volta ao seu estado normal e retoma suas funções. (...) Esta teoria pode assim resumir-se: Quando o mal exige a reparação de órgãos alterados, necessariamente a cura é lenta e requer uma ação contínua e um fluido de qualidade especial; quando se trata da expulsão de um mau fluido, ela pode ser rápida e, mesmo, instantânea.” Para o Espiritismo, os espíritos elementais são seres que contribuem para o equilíbrio do mundo material e espiritual. São também conhecidos como espíritos da Natureza. Podemos entendê-los como seres em processo de evolução que desempenham funções essenciais para a Natureza, enquanto aguardam seu processo evolutivo para reencarnarem no reino hominal. Nas obras básicas da codificação espírita eles não são mencionados. A partir da Teosofia começamos a ter informações desses seres, que atuam em todos os estágios da Natureza, a partir do reino mineral, contribuindo com muitos acontecimentos climáticos. No livro "Libertação”, André Luiz, pela psicografia de Chico Xavier, escreve: "Estamos numa colônia purgatorial de vasta expressão. Quem não cumpre aqui dolorosa penitência regenerativa, pode ser considerada inteligência subumana. Milhares de criaturas, utilizadas nos serviços mais rudes da natureza, movimentam-se nestes sítios em posição infraterrestre. A ignorância, por ora, não lhes confere a glória da responsabilidade. Em desenvolvimento de tendências dignas, candidatam-se à humanidade que conhecemos na
  • 137. Corpos Sutis e Chacras - Guia de Estudos - Olivio Cezar 136 Crosta. Situam-se entre o raciocínio fragmentário do macacóide e a idéia simples do homem primitivo da floresta.” Na "Revista Espírita Allan Kardec” no. 17 de 1992, encontramos entrevista de Divaldo Franco sobre o assunto: "Pergunta – Divaldo, existem os chamados Espíritos elementais ou Espíritos da Natureza? Resposta - Sim, existem os Espíritos que contribuem em favor do desenvolvimento dos recursos da Natureza. Em todas as épocas eles foram conhecidos, identificando-se através de nomenclatura variada, fazendo parte da mitologia dos povos, alguns deles, "deuses”, que se faziam temer ou amar. Pergunta – Qual o estágio evolutivo desses Espíritos? Resposta - Alguns são de elevada categoria e comandam os menos evoluídos, que se lhes submetem docilmente, laborando em favor do progresso pessoal e geral, na condição de auxiliares daqueles que presidem aos fenômenos da Natureza. Pergunta – Esses Espíritos apresentam-se com forma definidas, como por exemplo, fadas, duendes, gnomos, silfos, elfos, sátiros, etc? Resposta - Alguns deles, senão a grande maioria dos menos evoluídos, que ainda não tiveram reencarnações na Terra, apresentam-se, não raro, com formas especiais, de pequena dimensão, o que deu origem aos diversos nomes nas sociedades mitológicas do passado. Acreditamos, pessoalmente, por experiências mediúnicas, que alguns vivem o período intermediário entre as formas primitivas e hominais, preparando-se para futuras reencarnações humanas. Pergunta – Que tarefas executam? Resposta - Inumeráveis. Protegem os vegetais, os animais, os homens. Contribuem para acontecimentos diversos: tempestades, chuvas, maremotos e terremotos, interferindo nos fenômenos ‘normais’ da Natureza sob o comando dos Engenheiros Espirituais que operam em nome de Deus que ‘não exerce ação direta sob a matéria’.” No livro “Espíritos Elementais”, através da psicografia de Carlos Baccelli, o Espírito Paulino Garcia nos traz informações da atividade desses seres elementais, espíritos que, qual nos acontece, encontram-se à caminho da Luz, emergindo das sombras de si mesmos, lutando para fixar os característicos de racionalidade que lhes concederão definitivo acesso à condição humana. Portanto, os elementais naturais são princípios inteligentes em processo de individualização e despertamento da consciência. Esses seres, que estagiaram por longos períodos nos reinos da Natureza que antecedem o tronco humano e que ainda não ingressaram na humanidade, se agrupam de acordo com suas afinidades. São chamados de elementais porque são compostos de um corpo ectoplásmico, de natureza híbrida, com elementos da dimensão mental. Têm certa semelhança com o homem, porém apresentam sinais correlacionados com o elemento natural ao qual estão associados. Ainda não têm consciência ou senso moral, pois se encontram em aprendizado no grande laboratório da Natureza. Sua primeira oportunidade de reencarnar no estágio humano não ocorre na Terra, mas sim, em mundos apropriados, onde passarão por transformações no perispírito, saindo finalmente da condição de princípio inteligente para Espírito, ganhando o livre arbítrio e a razão. Até que isso ocorra, eles permanecem vinculados à Natureza, nas matas, cachoeiras, mares e outros reinos, sempre amparados pelas mãos de Espíritos mais esclarecidos. Muitas vezes eles são manipulados pelas Trevas que os transformam em escravos, sendo usados para a prática do Mal.
  • 138. Corpos Sutis e Chacras - Guia de Estudos - Olivio Cezar 137 Vivenciamos muitos processos obsessivos nas casas espíritas, decorrentes da atuação de elementais naturais ou artificiais imantados aos corpos sutis das pessoas em tratamento. Mas também presenciamos muita ajuda deles durante os trabalhos mediúnicos. As salamandras são potentes transmutadoras e condensadoras de energia e auxiliam na queima de objetos e criações mentais associadas à magia negra. Os bons espíritos as utilizam para limpeza e destruição de laboratórios das Trevas. Os duendes e gnomos são excelentes colaboradores nas reuniões de tratamento espiritual, pois trazem os elementos extraídos das plantas, o chamado bioplasma, de fundamental importância em reuniões de ectoplasmia e de fluidificação das= água. Auxiliam assim os bons espíritos nos procedimentos de cura. Os elementais que se relacionam à terra, associados a rochas e cavernas, trazem energia essencial para a reconstituição da aparência perispiritual de entidades com zoantropia. Sobre os elementais artificiais, o Espírito Joseph Gleber, em mais um obra psicografada por Robson Pinheiro, “Consciência”, nos narra o seguinte: “Os elementais artificiais, clone ou duplicadas astrais, conforme a manifestação de cada um comportam-se como seres errantes no plano astral. À semelhança de todo ser vivo, procuram alimentar-se energeticamente, com o objetivo de prolongar o máximo possível sua vida artificial – que, embora temporária, possui duração indefinida e pode ser relativamente longa. Para tanto, vampirizam seres humanos encarnados e desencarnados, principalmente na área correspondente ao chacra básico, sugando-lhes as energias sexuais e vitais, através das quais se abastecem. Em circunstâncias específicas, podem se alimentar do plasma que emana do sangue de pessoas cujas vidas são tiradas em sacrifícios de cultos exóticos ou por matadores profissionais. Absorvendo as energias de suas vítimas ou dos alvos mentais para os quais foram dirigidos, podem inclusive provocar certos fenômenos, embora pequenos, mas aterrorizantes, com vistas a sugar as emoções das pessoas sobre as quais têm domínio. Dessa forma, causam acidentes e desastres ocasionais, bem como problemas de ordem emocional mais ou menos graves, além de envolver seus alvos em imagens e relacionamentos sexuais, cujo objetivo é a extração ou o roubo das energias movimentadas a partir de tais associações mentais. As criações mentais vivas ou elementais artificias guardam uma peculiaridade: oferecem estrutura para que espíritos malévolos os assumam, num processo análogo ao da possessão, no qual tomam posse da forma mental artificial, vivificando-a e treinando-a para levar a cabo suas investidas ardilosas contra os alvos humanos. Em geral, nesses casos, as entidades perversas arquitetam planos em que se mostram revestidas da forma astral manipulada, com poder de iludir psiquicamente suas vítimas; apresentam-se com a aparência de algum mentor conhecido ou apreciado pela pessoa, imitando-o de diversas maneiras e com características que lhes são próprias. Há casos, mais frequentes do que meus irmãos gostariam de acreditar, em que elementais artificiais gerados por pensamentos de um povo ou de uma multidão passam a agir em determinadas regiões do planeta – normalmente, nos locais próximos àquele de onde emanaram os pensamentos originais. Nesses acontecimentos tão comuns, atuam nos elementos da natureza, provocando devastações e desencadeando, na contraparte física, imensos prejuízos, inclusive induzindo pessoas a cometer atrocidades e crimes hediondos. Autoridades e estudiosos, embora toda a sua capacidade, não conseguem explicar a incidência de crimes semelhantes ou de irrupções das forças da natureza em determinados países e regiões, porque causados pelos seres artificiais, que reproduzem, em sua ação, o teor e a qualidade dos pensamentos coletivos que os criaram. No caso de comoções naturais ocasionadas pelos elementais artificiais, eis o que ocorre. Esses seres flutuam sobre a atmosfera por tempo indeterminado, absorvendo as vibrações mentais e emocionais da população, de tal forma que, quando essas forças irrompem desses seres,
  • 139. Corpos Sutis e Chacras - Guia de Estudos - Olivio Cezar 138 parecem explodir, derramando-se por inteiro nos elementos naturais. O caos se estabelece, e a culpa, invariavelmente, é deslocada para as variações climáticas ou para o aquecimento global, que, na atualidade do século que se inicia, virou desculpa generalizada para muitos prejuízos com repercussão na esfera física. As mentes enfermiças e acostumadas com as ideoplastias de longa duração, como ocorre nos casos de monoideísmo, criam elementos mais ou menos duradouros no plano astral. Pensamentos de forte conteúdo sensual e erótico, imagens de pessoas, seres e coisas plasmadas pela permanência da mente em criações de vibração barôntica ganham forte conteúdo vital. Devido à sintonia dessas criações com os planos e dimensões mais próximas à Crosta, forma-se uma espécie de camada de matéria etérica, ectoplásmica e astralina em torno da ideia original. A persistência nessas criações faz com que estas se movimentem, atuem e permaneçam nas imediações da atmosfera mental que as gerou. Com o tempo, tais criações, desprovidas de vontade própria, porém detendo imensa vitalidade, podem ser utilizadas por consciências extrafísicas a fim de dar suporte a seus planos de maldade. Algumas filosofias espiritualistas sugerem o nome de cascões ou sombras a essas criações prenhes de vitalidade. O nome justifica-se devido ao fato de que são apenas matéria vital, etérica ou ectoplásmica, sem o elemento espiritual consciente. Vazias de consciência, sem espírito que as anime, essas formas vagam muitas vezes em torno de ambientes e pessoas que as mantêm ativas com seus pensamentos recorrentes em situações e vibrações inferiores. Entidades de força mental vigorosa podem fazer uso dos chamados cascões como robôs de sua vontade, os quais obedecem às manipulações magnéticas infelizes. É o que ocorre nas ocasiões em que os sensitivos percebem presenças extrafísicas em algum momento do transe, mas não conseguem detectar nenhuma vibração emocional e nenhum pensamento se irradiando dessas mesmas presenças. Isso acontece porque não são espíritos, consciências extracorpóreas. Aliás, não possuem consciência. São criações mentais impregnadas de vitalidade, mas destituídas de pensamento e emoções próprias. São enviadas como marionetes às reuniões mediúnicas, ou simplesmente utilizadas como formas de manipulação mental, à distância. Quando o médium não conhece com quem ou com o que está tratando, costuma deixar-se envolver por uma pseudoincorporação, atraindo para si toda a carga mental que está acumulada no elemental artificial. Quando são criados um clima saudável, hábitos de oração e auxílio ao próximo e quando o ambiente fica impregnado desse energismo superior, são estruturadas formas fluídicas de duração tão permanente quanto mais intensas, salutares e persistentes forem as irradiações mentais que as geraram. Nesses casos, tais elementos, que pairam em volta da atmosfera psíquica, são também manipulados e deles se extrai o conteúdo emotivo, sentimental ou mental que os gerou. Tais conteúdos podem ser sabiamente aproveitados pelos técnicos do mundo espiritual para auxílio a encarnados e desencarnados.”
  • 140. Corpos Sutis e Chacras - Guia de Estudos - Olivio Cezar 139 OS PLANOS SUTIS O primeiro livro espírita que aborda de forma objetiva a divisão do nosso orbe em sete esferas, confirmando as tradições da literatura esotérica é "Cidade no Além" recebido pelas mãos de Chico Xavier e Heigorina Cunha. Na imagem acima, as esferas são representadas com globos envolvendo uns aos outros, se interpenetrando em linhas ascendentes dos diversos planos sutis. O assunto está bem explanado no livro de Mário Frigeri, “As Sete Esferas da Terra”, editado pela FEB. Tivemos a oportunidade de abordar anteriormente essa temática em nosso livro: “Nos Bastidores do Hospital Esperança”, cujo trecho, pela didática, reproduzimos abaixo: “Na organização espiritual do Planeta Terra temos diversas camadas, assim denominadas:  Abismo;  Trevas;  Umbral (subdividido em Grosso, Médio e Fino) onde também está a crosta terrestre;  Arte, Cultura e Ciência;  Amor Fraterno Universal;  Diretrizes do Planeta. No livro “O Abismo” de autoria de Rafael Américo Ranieri e orientado pelo Espírito André Luiz, editado na década de 1970, temos a primeiras notícias do Reino dos Dragões, onde vivem seres descomunais e horripilantes, com aspectos disformes que perderam a forma humana, degradados pela permanência no Mal. Apesar do Espírito não retrogradar, sua forma perispiritual pode chegar até à segunda morte, tornando-se um ovoide. Contudo, continuam sendo nossos irmãos, presos em formas animalizadas e assistidos pela misericórdia divina através da presença do Anjo Atafon e outros emissários do Cristo. Notícias recentes nos falam de um esvaziamento dessa região provocado pelo êxodo planetário. Nas Trevas, ainda abaixo do nosso solo material, encontramos o domínio dos Magos Negros, seres iniciados nas diversas religiões da Antiguidade, especializados na manipulação dos fluidos sutis da natureza e exímios conhecedores das leis que os regulam. Afetam o progresso da humanidade, interferindo diretamente na política e nas religiões dominantes. Muitos autores espirituais trazem notícias dessa região, a partir das obras de André Luiz, pela psicografia de Chico Xavier na década de 1950 (livro “Libertação”, espírito André Luiz) e, mais recentemente, pelo Espírito Ângelo Inácio, através do médium Robson Pinheiro. No Umbral Grosso, que ocupa o mesmo espaço da nossa crosta terrestre, vive a grande maioria dos desencarnados que ainda desconhecem as leis da fraternidade. É uma região destinada ao esgotamento de resíduos mentais, uma zona purgatorial, onde se queima a prestações o material deteriorado das ilusões que a criatura adquiriu, menosprezando as oportunidades de existência nas reencarnações terrenas. Local de imenso sofrimento onde atuam os seres dos
  • 141. Corpos Sutis e Chacras - Guia de Estudos - Olivio Cezar 140 planos inferiores já citados e seus comandados, explorando as criaturas que carregam dentro de si os pecados capitais do ódio, vingança, poder, ganância, entre outros. Os bons espíritos trabalham nesta região, resgatando aqueles que em algum momento demonstram arrependimento e clamam pela necessidade da mudança. Subindo para o Umbral Médio, que se estende a partir de 20 km da crosta até cerca de 50 km de altitude, vamos encontrar os postos de socorro e as colônias espirituais onde vivem os Espíritos que já despertaram para o serviço ao próximo. Os primeiros funcionam como pronto-socorro avançado de resgate de Espíritos que se encontram no Umbral Grosso ou mesmo nas Trevas, enquanto as segundas são zonas de transição de amparo e assistência, permitindo um tempo de permanência maior para o reequilíbrio e educação dos seres que para lá vão. O Hospital Esperança é uma delas. Desde meados da década de 1940, através de Chico Xavier, as noções mais detalhadas da rotina das cidades espirituais do Umbral Fino - que se localizam a até 100 km de altitude - vieram a ser conhecidas e divulgadas. O livro “Nosso Lar” é referencia desse tipo de colônia. A verdade é que milhares de colônias existem em torno da Terra cada uma em determinada faixa de vibração. Todas as esferas citadas até aqui vibram no plano astral, ou seja, numa réplica do mundo físico embora o correto fosse admitir que nós, aqui na matéria, vivemos num desdobramento do mundo astral. Lá vivemos em 4 dimensões enquanto que aqui, em 3. A partir deste ponto, saímos da esfera astral densa do Umbral para uma vibração mais ligada ao plano mental embora ainda mantenhamos a constituição de nosso perispírito. Acessamos o Plano da Arte, Cultura e Ciência, citado em várias obras do Espírito André Luiz, onde funcionam universidades que ensinam e preparam os alunos para desempenhar importantes missões nas próximas reencarnações, com foco no progresso moral e científico. Nesse plano, já nos encontramos libertos do Karma, em um estado estável de felicidade e em condições plenas de contribuir com a obra divina. Na esfera do Amor Fraterno Universal já não precisamos mais da forma, ou seja, da fôrma perispiritual, vivendo no corpo mental, num formato energético oval. A partir desse plano, podemos interagir livremente com outros seres afins de nosso sistema solar ou circunvizinhos, trocando experiências renovadoras de conhecimento e amorosidade. Finalmente, no último plano espiritual do planeta nos defrontamos com as Diretrizes Planetárias, onde vivem e trabalham os dirigentes de nosso orbe – a Grande Fraternidade Branca – a serviço de Sananda, o Cristo Galáctico, que conhecemos como Jesus. Naturalmente, todas as esferas de nosso orbe interagem com planetas do plano astral e físico onde habitam seres de diferentes níveis evolutivos. Somos visitados com frequência por seres de outros sistemas planetários que dispõem de tecnologia muito avançada e podem vencer grandes distancias, medidas em anos luz, acessando os buracos de minhoca, portais interdimensionais utilizados tanto por encarnados como desencarnados. Importante lembrar que a entrada em operação do Telescópio Espacial Webb vem ampliando nosso conhecimento do Universo, sendo estimado hoje um conglomerado de mais de 1 trilhão de galáxias. Quando olhamos para o céu à noite, nossos olhos só podem ver uma, a Via Láctea e suas 88 constelações. Nosso lindo planeta situa-se na periferia da Constelação de Órion. Apesar da aceitação no meio espírita sobre Jesus ser o governador espiritual da Terra, entendemos que Ele é um dos responsáveis e quiçá, o co-criador da nossa galáxia e, portanto, um Cristo Galáctico. Algumas correntes espiritualistas atribuem o atual comando da Terra ao Arcanjo Miguel, nesta fase de Provas e Expiações, que passará para as mãos de Saint Germain no novo ciclo de Regeneração. Somos cerca de 32 bilhões de Espíritos vivenciando as experiências do orbe terrestre, entre encarnados e desencanados, sendo que a grande maioria vive nas faixas vibratórias do Umbral Grosso, submetidas às leis de causa e efeito e de reencarnações compulsórias. Um bilhão desses
  • 142. Corpos Sutis e Chacras - Guia de Estudos - Olivio Cezar 141 Espíritos hibernam em corpos ovoides, na chamada segunda morte, aguardando o momento de um novo recomeço a partir do livre arbítrio de cada um. A misericórdia divina estabelece infinitas oportunidades para todos nós, seja no plano material da Terra, em outros orbes ou mesmo nos planos sutis. Desde o momento de sua criação, a mônada precisa imergir na matéria densa para experienciar as diversas fases da evolução, a partir do reino mineral, onde adquire as características da atratividade, passando para o vegetal e ganhando a sensibilidade, posteriormente para o animal, adquirindo instinto até a fase hominal onde o principio inteligente ganha o livre arbítrio e se torna um Espírito independente, apesar de ainda estar submetido ao determinismo divino. Milhões de anos ainda serão necessários para acessar um novo degrau evolutivo, com o Espirito se libertando definitivamente dos ciclos materiais através da segunda morte, passando a viver no Plano Mental, ou seja, numa forma energética. A partir desse ponto pouco se sabe das novas jornadas evolutivas, pois até mesmo os espíritos superiores tem limitação para descrever tais planos.” Segundo Pastorinho, na obra já mencionada: “Técnica da Mediunidade”, os planos sutis podem ser assim subdivididos: “Existe em nosso Universo uma vibração sutilíssima que permeia tudo: é o plano vibratório divino (a que os hindus chamam ADI) e que nós ocidentais dizemos ser a “terceira manifestação da Divindade” ou Cristo Cósmico. Logo abaixo, vibracionalmente falando, embora por ele totalmente permeado, está o plano monádico (chamado pelos hindus ANUPADAKA) em que vibram as Mônadas ou Centelhas Divinas, também denominadas Cristo Interno. Baixando ainda a freqüência vibratória surge outro plano, que dizemos ser o plano “espiritual”, onde vibram os Espíritos ou Individualidades, e que tem o nome hindu de ÁTMICO. Estabeleçamos agora o princípio: o Plano divino permeia TODOS os demais planos; o Plano monádico permeia TODOS os planos, menos o divino, o plano átmico permeia TODOS os planos, menos o divino e o monádico; mas embora o plano átmico não permeie os planos divino e monádico e neles não influa, é, contudo, permeado por eles e por eles influenciado. Isto porque o mais contém o menos. E também porque quanto mais altas são as freqüências vibratórias, mais se expandem, e quanto mais baixas, mais se condensam. Continuemos. Quando as vibrações átmicas descem mais de freqüência, surge com isso o Plano da Luz, ou Intuicional, chamado pelos hindus BÚDHICO, que também se comporta da mesma maneira: é permeado por todos os que possuem vibração mais alta que ele, e permeia todos os que têm vibração mais baixa que ele. Descendo mais a freqüência, nasce o plano mental, denominado pelos hindus de MANAS, que costuma dividir-se em duas partes: mental abstrato e mental concreto (que nós preferimos distinguir em “mental” e “intelectual”). Nesse plano mental vibram as mentes das criaturas a partir do estágio HOMEM para cima, embora os animais apelidados de “irracionais”, já comecem a vibrar no plano intelectual (mental concreto). Mas o que distingue os homens dos animais é a vibração do MENTAL (isto é: do mental ABSTRATO). A razão de preferirmos “mental” e “intelectual”, à divisão tradicional “mental concreto” e “mental abstrato” é a má interpretação que esses adjetivos podem receber por parte dos que não possuam conhecimento suficiente. Sabemos todos que denominamos “abstrato” aquilo que só existe em nossa imaginação, mas não possui existência REAL. Ora, o plano mental superior possui existência REAL, logo é concreto e não abstrato.
  • 143. Corpos Sutis e Chacras - Guia de Estudos - Olivio Cezar 142 Quando esse plano de vibrações desce sua freqüência, dá nascimento a outro plano, que é justamente o ASTRAL que começamos a estudar agora. O plano astral é permeado por todos os planos superiores a ele (MANAS, BÚDHICO, ÁTMICO, ANUPADAKA e ADI) e é influenciado por todos eles, mas não atinge nenhum deles, embora esteja interpenetrado por todos. Quando o plano astral baixa mais suas vibrações, ele se ‘condensa’, se ‘materializa’ (se ‘coagula’ como o leite que no vaso se torna queijo, na bela comparação de Job, 10:10) no plano FÍSICO. Também não apreciamos essa denominação: FÍSICO do grego physis ‘natureza’, é tudo o que é natural. Ora, todos os planos, inclusive o divino, e a própria Divindade, são NATURAIS. Resumindo: todos os planos se interpenetram, todas as vibrações estão em todos os lugares, MAS: as vibrações mais sutis sempre interpenetram e permeiam as mais densas, e nelas influem, ao passo que as mais densas e mais condecoradas, não influenciam as mais sutis. As vibrações, à medida que vão baixando de freqüência, se vão separando e ‘localizando’ cada vez mais, porque se ‘densificam’. O máximo de localização separatista dá-se no plano físico em que o corpo é limitado pela forma rígida e material grosseira (constituída ainda de elementos do reino mineral), dando uma idéia perfeita (embora errônea) de que cada ser e cada coisa está absolutamente separada de todas as demais. Portanto: o PLANO ASTRAL é um plano DE VIBRAÇÕES, já sujeito à forma e à limitação, que se encontra no nível mais próximo, vibratoriamente, do plano físico-material. O plano físico-material de qualquer grau (mineral, vegetal, animal, hominal, etc.) está sempre e totalmente envolvido e penetrado pelos demais planos vibracionais: divino, monádico, espiritual, Intuicional, mental, astral. Para esclarecer cada vez mais, recordemos o que hoje se sabe a respeito das ondas elétricas e das hertzianas, de rádio e televisão: todo o plano material em que nos movimentamos, está permeado, penetrado e cercado pelas ondas radiofônicas, embora delas não tenhamos consciência, senão quando as captamos por meio de aparelhos construídos cientificamente. Assim sucede com as vibrações de ordem muito mais elevada, dos planos mais sutis: estão todas aí, a nosso lado, em redor de nós, penetrando-nos cada centímetro do corpo, sem que delas tomemos conhecimento; e isto por uma única razão: não estamos com os nossos aparelhos suficientemente treinados para percebê-las. A finalidade de nossa encarnação é também esta: aprender a perceber, mesmo enquanto materializados na forma densa, as vibrações dos planos mais sutis. O inicio desse treino apareceu com o espetacular lançamento e progresso do Espiritismo, que ampliou ‘para toda a carne’ (Atos, 2:17) a experiência do contato e percepção de tudo o que ocorre no plano astral. Após esse treinamento, necessário para o futuro, e que se vai tornando cada vez mais amplo e universal, virão as outras etapas para a humanidade globalmente (já que há elementos isolados desta humanidade que, mesmo atualmente, o conseguiram, como muitos outros no passado). Essas etapas futuras consistirão no desenvolvimento da percepção e contato com os demais planos, acima do astral, em ordem ascendente (evolutiva): mental, Intuicional, espiritual, monádico, divino. Isto, temos pregado desde o início da publicação da revista “Sabedoria”: o mergulho no EU profundo (plano espiritual) o contato com a Centelha Divina (plano monádico) e a União com Deus (plano divino). Em outras palavras: a consciência atual que está limitada, na grande maioria, à consciência da matéria (plano físico) se estenderá e passará a vibrar conscientemente no plano astral, depois
  • 144. Corpos Sutis e Chacras - Guia de Estudos - Olivio Cezar 143 no mental, e a seguir nos outros, até que atinjamos, o estado de Homem Perfeito, a medida plena da evolução crística” (Ef. 4:13).” Existe uma grande variedade de paisagens neste plano. Assim se expressa Pastorinho sobre essas localizações, um pouco diferente da versão que apresentamos no início deste capítulo: “O mais importante é saber que essas aparências, na maioria das vezes, é subjetiva, isto é, trata-se de uma emissão de formas que parte de nós, consciente ou inconscientemente, e não de uma impressão externa que nos fira os sentidos. Explicamo-nos: num mesmo local, na mesma posição, lado a lado, dois espíritos podem estar contemplando cenas totalmente diferentes; um, de acordo com sua mentalização, talvez se veja em ambiente fechado e escuro, sentindo-se sufocado pela claustrofobia, em trevas absolutas, enquanto o outro pode, ali mesmo, descortinar luzes fabulosas e vistas panorâmicas multicoloridas, de suma beleza. Ainda quanto aos sons: podem lado a lado encontrar-se dois espíritos; um, sumamente perturbado e atacado de remorsos, ouve gritarias e maldições, ao passo que o outro pode estar deliciando-se com músicas celestes e tranquilas. Pode outro grupo de três diferir ainda quanto às sensações. Enquanto um sente queimar-se em fogo que não o consome, a seu lado outro pode estar tiritando de frio enregelante, e um terceiro a sorrir, goza de clima ameníssimo. Então, a visão, a audição, os sentidos, todos, variam conforme o estado de espírito da criatura. E mesmo enquanto estamos encarnados, podemos fazer essa experiência com dois sentidos aferentes que estejam intimamente ligados, por exemplo: sentindo o odor de um assado, o paladar prepara-se para degustar o acepipe, enchendo-se de água a boca, e preparando o estômago os sucos gástricos adequados a digerir aquele alimento que, de fato, nenhuma atuação teve no paladar, mas constitui apenas uma ‘impressão’. E por vezes basta alguém falar em certas comidas, para processar-se tudo isso. Compreendemos, assim, que os olhos veem, os ouvidos ouvem, tato sente, o olfato cheira e o paladar saboreia tudo o que a mente imagina. Dai o acerto de dizer-se que céu e inferno são ESTADOS D'ALMA, e não lugares geográficos. Poderá perguntar alguém: não haverá, no astral, lugares com paisagens fixas, prédios construídos permanentes, hospitais e colônias, como descritas em diversas obras mediúnicas antigas e modernas, através de médiuns diferentes, em países diversos? A resposta é positiva. Mas esses ambientes são mentalizados e tomam forma e consistência pela permanência da mentalização de mentes fortes que mantêm com outros auxiliares a plasmação palpável. E sua duração depende da manutenção dessa mentalização. Entretanto, só conseguem perceber essas criações os encarnados e desencarnados que estejam na mesma faixa vibratória dos criadores e mantenedores dessas formações fluídicas. Observe-se que dizemos ‘faixa’ vibratória, e não somente na mesma ‘freqüência’ vibratória, porque a faixa é muito mais extensa, admitindo variações bastante elásticas para mais e para menos, até certos limites. A mesma ‘freqüência’ vibratória exigiria sintonia dificilmente atingível por grande número. Então, no plano astral, há lugares organizados com forma, percebidos por alguns espíritos que estejam na faixa vibratória adequada. Essas construções (chamemo-las assim) existem em vários níveis do plano astral, dos mais baixos aos mais elevados, com inúmeras gradações, desde a zona tétrica e atormentada das ‘trevas’, até a excelcitude diáfana habitada por seres bastante evoluídos.
  • 145. Corpos Sutis e Chacras - Guia de Estudos - Olivio Cezar 144 Tentemos classificar essas zonas em faixas. 1ª Região Geralmente denominada das ‘trevas’ ou ‘inferno’, mesmo na literatura profana de Roma (‘inferno’ é palavra composta de infra, e significa que está ‘em baixo’; tal como ‘superno’ é composto de supra, e significa o que está ‘em cima’). Região de horror e escuridão, onde permanecem todos os que ainda são escravos de paixões violentas e desordenadas. Aí reina fero animalismo, de tal forma que, por vezes, o espírito desencarnado assume formas de animais (licantropia) causadas pela própria mente da criatura embrutecida ou hipnotizada por elementos perversos. Era isso que ensinavam os mestres antigos, quando diziam que os encarnados que se degradavam em vícios, tomavam formas de animais. Os discípulos pensavam que era na próxima encarnação. Na realidade, era no mundo astral, após o desencarne. Tudo isso, porém, que ai se passa, não é ‘castigo’ mas puro efeito das causas que cada um põe em movimento durante a permanência na matéria. O somatório de todas as criações mentais de uma existência condensa-se em formas subjetivamente palpáveis para cada um, no momento em que os fluidos astrais se plasmam na ‘revisão mental’ do instante da desencarnação (o chamado ‘juízo particular’). Na região das trevas permanecem até o final da catarse os suicidas e os mentalmente empedernidos no erro. Localiza-se debaixo da terra, dentro das rochas, sob os pântanos e charcos, no fundo dos mares: a matéria física não é obstáculo ao plano astral vibratório, e os habitantes desses lugares podem movimentar-se com facilidade e até ver através das pedras, quando disso são capazes. 2ª Região Geralmente conhecida como ‘purgatório’ ou ‘umbral’. Reproduz em tudo o mundo físico, sendo quase uma réplica dele. Ai se localizam quase todos os desencarnados comuns, que ainda estão presos à Terra por qualquer motivo, bom ou mau. Daí procede o grande número de sofredores e perseguidores que se manifesta nas sessões espíritas. Aí perambulam os ‘socorristas’, procurando tirar dos sofrimentos aqueles que conseguiram melhorar sua condição psíquica. 3ª Região Onde permanecem as almas um pouco mais evoluídas, ou seja, mais esclarecidas, embora ainda presas à Terra. Mas já aprenderam que existe algo de superior, que convém buscar. Espíritos arrependidos e dispostos a recomeçar para resgatar erros e preparar-se novas tentativas pela reencarnação. Nessa região é que costumam localizar-se os asilos de socorro imediato, os hospitais de transição, que recebem todos aqueles que se libertam do umbral. 4ª Região Mais elevada vibratoriamente que a anterior, embora bastante lhe assemelhe. As construções são mais perfeitas e organizadas, sendo maiores as possibilidades socorristas. As ‘construções’ de hospitais, de ‘aldeias’ e até de ‘cidades’ conservam-se mais ‘sólidas’ (se é que podemos designá-las assim) e duradouras. A grande maioria dos socorristas e grupos assistenciais ai permanece para ajudar encarnados e desencarnados, para efetuar curas e atender a chamados de socorro das diversas esferas inferiores. 5ª Região Mais luminosa que as anteriores, chegando os desencarnados católicos a confundi-la com ‘o céu’. Nessa região situam-se os templos de diversas religiões, e também escolas mais avançadas, hospitais perfeitos com a finalidade de estudo e aprimoramento científico, ministérios de preparação e assistência para reencarnação de espíritos que possuem tarefas mais especializadas, treino rigoroso e sério de criaturas que vão desempenhar papéis de maior importância quando regressarem ao corpo físico. Para essa região encaminham-se os seres que, na Terra, já se haviam entrosado no trabalho filosófico e religioso, e que assistem os encarnados como mentores de maior ‘gabarito’ e elevação comprovada. Dessas regiões vem os denominados ‘espíritos guias’ de coletividades e de médiuns, que assumem a tarefa de dar
  • 146. Corpos Sutis e Chacras - Guia de Estudos - Olivio Cezar 145 comunicações e mensagens instrutivas e edificantes, de ditar obras esclarecedoras, de trazer, enfim, aos encarnados, conselhos e diretivas para a vida. 6ª Região Muito mais bela, feérica e colorida, luminosa e deslumbrante, onde geralmente permanecem os BONS artistas e os espíritos mais elevados em todos os setores do progresso humano. 7ª Região Onde permanecem, geralmente, os intelectuais que dignificaram a inteligência com obras de valor, os cientistas que se dedicaram desinteressadamente ao desenvolvimento da humanidade, os inventores de obras úteis aos homens, quando ainda estejam, todos eles, presos aos problemas intelectuais de mistura com as emoções. Nessa região existem, criadas pela mente dos homens desencarnados ou mesmo encarnados, bibliotecas fabulosas, nos mais diversos idiomas, com obras de todas as idades e de todos os tempos. Aos estudiosos encarnados, quando trabalham desinteressadamente para o bem e o progresso da humanidade, é facultado acesso a essas bibliotecas, e alguns, mais adiantados, conseguem mesmo construir suas próprias bibliotecas, que passam a ser seus ‘estúdios’ particulares nos momentos de parcial desprendimento durante o sono. Ao despertar pela manhã, trazem na memória, consciente ou inconscientemente, o resultado de suas pesquisas, que utilizam para desenvolver temas instrutivos.” O PLANO ASTRAL Prossegue este grande estudioso da Doutrina Espírita, cuja obra infelizmente ainda é desconhecida da maioria de seus adeptos: “Uma vez compreendida a situação do plano astral em relação aos demais planos vibratórios, focalizemos nossa atenção na matéria de que é ele constituído em si mesmo. Embora seja muito difícil explicar aquilo de que não temos conhecimento profundo e exaustivo - como é o caso do astral - tentaremos expor o que nos foi dado compreender até hoje, ressalvando, porém, que não dogmatizamos: expomos o que percebemos até hoje; talvez amanhã tenhamos que modificar nosso ponto de vista, se nos chegarem, com segurança, novos dados a respeito. Mas, o que até hoje conseguimos pesquisar foi o que se segue: A primeira impressão que temos, é que a matéria astral é constituída de ENERGIA, em diversos graus: desde seu estado mais degradado, até suas freqüências mais elevadas. Essa energia é sustentada e alimentada, em nosso planeta, pelo SOL, que nos envia ininterruptamente irradiações de diversas espécies, algumas já descobertas e classificadas pela ciência oculta e pelos hindus e espiritualistas. Embora pela teoria do campo unificado tudo seja UM, podemos didaticamente distinguir, nas irradiações solares, várias correntes, que alimentam as várias faixas (de que conhecemos somente a parte mais grosseira de cada uma), e que citamos sem ordem: I - Eletricidade e Magnetismo II - Luz (cores) III - Som IV - Calor V - Gravitação (movimento). Todas essas energias agem nos planos físico, etérico, astral o mental, em tipos de onda adaptáveis aos veículos, através dos quais se manifestam. Mas constituem, em si mesmas, matéria (que assim denominamos por falta de outro termo), que tem existência própria e age ativamente no plano físico.
  • 147. Corpos Sutis e Chacras - Guia de Estudos - Olivio Cezar 146 A VIDA é propriedade do espírito, não da energia. Mas para o espírito poder manifestar-se em planos mais densos, necessita condensar-se em energia. Para melhor compreensão do que dizemos, tomemos como exemplo o que ocorre no corpo humano. Neste, encontramos a matéria densa, inerte e obediente ao comando da energia. E esta se manifesta, no corpo humano, em dois planos: o astral propriamente dito, e o físico. Por ai descobrimos como ocorrem as coisas: o astral divide-se em duas partes distintas, mas complementares, para conseguir a plenitude de sua ação. A parte física do plano astral constitui o sistema nervoso, desde os neurônios cerebrais (aptos a sofrer influência do plano mental) até as mínimas fibras nervosas (aptas a receber influência da matéria densa), e todas têm a finalidade de transmitir e receber sensações. Firmemos, entretanto, desde logo, o principio básico e definitivo: OS NERVOS NADA SENTEM: APENAS TRANSMITEM SENSAÇÕES. Os nervos transmitem: quem sente é o espírito consciente. E é esse espírito consciente que dá as ordens obedecidas pelo físico, através do sistema nervoso. Então, observemos: a matéria nervosa é a condensação intermediária da matéria astral, a fim de possibilitar, por esse meio, o controle da matéria grosseira, pela mais fluídica matéria astral. Resumindo, pois: a) matéria astral bem fluídica; b) matéria astral meio condensada (nervos); c) matéria astral condensada ao máximo (corpo físico-denso). Como essa matéria astral no corpo humano é a que melhor conhecemos, analisemo-la. Em seu papel de transmissores, os nervos assumem importância capital em relação ao espírito (eu atual) e ao seu veiculo mais grosseiro: todo e qualquer contato com o mundo externo é feito através dos nervos. Para isso, o espírito construiu para si um veículo com cinco janelas, através das quais poderá receber as impressões do mundo ambiente, a fim de julgar e decidir o que mais lhe convém fazer em cada circunstância. Os nervos adaptaram suas pontas (extremidades) para recolher as diversas vibrações exteriores, e as comunicam ao espírito. Assim nasceram aquelas sensibilidades a que denominamos sentidos eferentes ou perceptivos: 1 - OLHOS, em que os nervos se adaptaram, tornando-se cones e bastonetes espalhados na retina, para perceber as sensações luminosas em todas as suas gradações coloridas, dentro de uma faixa vibratória; 2 - OUVIDOS, com a adaptação especial em ‘cordas’, no caracol, para registrar os sons e ruídos, dentro de uma escala de 16 a 32. 000 vibrações por segundo; 3 - BOCA, com a formação de papilas gustativas, a fim de distinguir os sabores doce, salgado, acre, amargo e azedo, recebendo, ainda, as sensações calóricas; 4 - NARIZ, onde se espalham as pontas nervosas com a finalidade de diferençar os diversos odores; e 5 - TATO, em que os nervos se espalham por toda a superfície do corpo físico, para serem impressionados pelas ondas calóricas, especializando-se mais em certas zonas, a fim de reconhecer a dureza, a aspereza, a forma, o volume, etc., dos corpos que chegam a contato com o corpo. Todas essas formações nervosas são especializadas em perceber e transmitir o que recebem ao espírito, embora os nervos, em si, nada sintam, pois, como matéria, são insensíveis: quem sente é o espírito. Para isso, os nervos transmitem as impressões que os ferem, ao cérebro, e o cérebro as passa à mente, e esta as faz repercutir no espírito.
  • 148. Corpos Sutis e Chacras - Guia de Estudos - Olivio Cezar 147 Da mesma forma, tudo aquilo que o espírito deseja realizar no corpo físico ou através dele - ele, o espírito, que está em ligação fluídica com o cérebro, influencia as diversas zonas cerebrais, e estas comandam os cinco sentidos aferentes ou ativos, por intermédio, também, do sistema nervoso. Aqui, como lá, o ‘modus faciendi’ é bastante complexo, embora possamos dividi-los em setores: 1 - AÇÃO, por intermédio das mãos, com habilidades definidas e de imensa variedade, sobretudo depois que o espírito conseguiu plasmar a oposição do polegar; 2 - LOCOMOÇÃO, por meio das pernas e pés, pela qual o espírito conduz o corpo para os locais desejados; 3 - EXPRESSÃO, em que utiliza o aparelho fonador (laringe, cordas vocais, boca, nariz, língua) criando sons variadíssimos, com os quais expressa suas idéias, em sinais sonoros convencionais (palavras) de acordo com a tradição do local onde reencarna; 4 - REPRODUÇÃO da espécie, por meio dos órgãos especializados, de tão grande influência sobre o próprio indivíduo que, de acordo com a parte da reprodução escolhida pelo espírito para ai mesmo, a criatura se distinguirá em “homem” (órgãos ativos ou doadores) ou “mulher” (órgãos passivos ou receptores); 5 - LIMPEZA ou catarse do corpo físico, por intermédio dos sentidos excretores, cada um especializado em sua função, em seu lugar próprio. Assim encontramos cinco tipos principais que funcionam globalmente no corpo (sem entrarmos na minúcia da excreção de cada célula): a) a pele, que elimina as impurezas da superfície, pela expulsão de sais, por meio do suor e da leve respiração através dos poros; b) os pulmões, que expelem o anidrido carbônico produzido pela hematose, onde se queimam as impurezas do corpo etérico, recolhidas ao sangue; c) as glândulas lacrimais, que têm a função de manter úmido o globo ocular para limpeza de poeira, e que faz a catarse dos fluidos pesados do corpo astral, após emoções violentas, alegres ou tristes; d) o intestino, que expele pelo ânus a matéria sólida nociva e os restos inúteis, sobras do que foi aproveitado; e) os rins, que lançam fora, pela uretra, após a destilação, a parte do que não mais serve ao corpo. Notemos, porém, que dos dez sentidos (cinco aderentes e cinco coerentes só estão inteiramente sujeitos ao controle do espírito consciente, as mãos, os pés e o aparelho fonador; os outros sete apenas em parte lhe estão sujeitos à direção, pois em sua quase totalidade, se tornaram automáticos e instintivos, libertos da ação da vontade.” Vimos a interpenetração dos dois planos de consciência: o físico e o astral. Chegamos, pois, à conclusão de que o plano astral é tão ilusório (ou mais ainda) que o plano físico, pois sua realidade é relativa. Ensina-nos o Mestre Djwal Khul (o Tibetano): “O chamado plano astral é o simples nome dado ao conjunto das reações sensíveis, da capacidade de sentimento e da substância emocional, que o próprio homem criou e projetou com tanto êxito, que hoje é vítima de sua própria obra. Oitenta por cento dos ensinos dados sobre o plano astral são parte de grande ilusão e também do mundo irreal a que nos referimos, quando proferimos a antiga oração: “conduze-nos do irreal ao real”. Pouca base tem o que se diz sobre ele; no entanto serviu ele a um propósito útil como campo de experiências, no qual podemos aprender a distinguir o verdadeiro do falso; é também uma área em que o aspirante pode usar a faculdade de discriminação da mente, a grande reveladora do erro e da verdade. Uma vez que em nós haja ‘o sentir que houve em Cristo Jesus’ (Fil. 2:5), se completa o controle da natureza emocional e da área consciente (o ‘plano astral’ se preferem o termo). Então já não mais existirá nem o controle sensível, nem sua área de influência. O plano astral não tem nenhuma realidade, a não ser prestar-se a campo de serviço e um ‘reino’ no qual se extraviam os homens desesperados e perplexos. O maior serviço que um homem pode prestar a seus semelhantes é libertar-se por si mesmo do controle dessa
  • 149. Corpos Sutis e Chacras - Guia de Estudos - Olivio Cezar 148 esfera, dirigindo as energias da mesma, através do poder de Cristo” (“La Reaparición de Cristo”, de Alice A. Bailey, página 123/4). Portanto, estado transitório do espírito (personagem), que para esse plano vibratório transfere sua sensibilidade consciencial. Mas estado que também é de transição. Em outras palavras sendo um estado de transição mais ou menos rápida, é transitório, e por isso ilusório. Depois de certo adiantamento espiritual e da aquisição de conhecimentos superiores, por meio de experiências, o plano astral é atravessado e superado em brevíssimo tempo. Quando, entretanto, ou não há conhecimento experimental consciente, ou a mente está perturbada, ou a consciência carregada, a permanência no plano astral se prolonga. São exercitações indispensáveis, como ‘campo de experiências’, a fim de poderem os espíritos de lá sair com o treino do discernimento entre o bem e o mal, entre certo e errado. Aí se aprende ainda a controlar plenamente a natureza emocional, a sensibilidade, assim como a área consciente. Mas todos os que se encontram ‘perplexos ou desesperados’ aí se perdem, presos de remorsos, de dúvidas, de ignorância, de sentimentos baixos de egoísmo, de ódio, de apego às formas materiais próprias ou alheias. O plano consciencial a que denominamos ‘astral’ torna-se, para os seres inferiores - animais ou homens - um interlúdio não-percebido, entre uma internação na matéria e outra. Nesses casos, a estada do ser é rápida e praticamente insensível e inconsciente, como nos sentimos no estado de sonho, quando dormimos. Algo mais avançados, já percebemos que ali nos achamos, da mesma forma que, mesmo encarnados, ao sonhar, já temos consciência de que estamos sonhando. Na subida evolutiva, temos de partir conscientemente, como homens que já conquistamos o intelecto, da forma condensada na matéria - que se utiliza dos elementos minerais, vegetais e animais para prender o espírito na carne, onde vibra na consciência atual, - para gradativamente ascender a outros planos vibratórios. O ‘duplo etérico’, ainda parte dessa condensação (do STULA) é - como diz o nome - uma reprodução exata dos elementos materiais densos, num plano mais sutil, mas ainda grosseiro. Tudo o que existe coagulado no plano físico material, possui seu duplo no plano etérico: minerais, metais, formas criadas pelo homem como cadeiras, mesas, cinzeiros, canetas, móveis, casas etc. Já no plano astral, simples ESPELHO do plano físico, acha-se a consciência a vibrar com os desejos (KAMA), e por isso o astral é denominado KAMALOKA. Sendo um espelho, o astral reflete apenas as imagens criadas por nosso intelecto, por nossa mente, por nossas palavras e nossos atos; são formas vagas e variadas, que se transformam conforme se modifica nossa imaginação. Quanto mais descontrolada e instável for nossa imaginação, tanto mais instável e descontrolado será o plano astral que encontraremos em redor de nós. Convençamo-nos, pois, de que o plano astral é simples REFLEXO, como de espelho, (onde as imagens são irreais), daquilo que pensamos, dizemos e fazemos. E como imagens no espelho, não apresentam consistência duradoura, nem mesmo existência própria: existirão enquanto as mantivermos ativas pelo nosso pensamento. No momento em que nos libertarmos dessas criações Mentais, estaremos automaticamente libertos do plano astral. Dai ensinar o Buddha, que nossos males vêm de nossos ‘desejos’. O astral é o mundo dos desejos. Os animais habitam, ao desencarnar, o plano astral: a vivência dos animais no plano físico, faz que mentalizem (inconscientemente se o quiserem) sua forma, e a reflitam no plano astral, onde permanecerão até novo e automático reencarne, com a mesma forma que possuíam na encarnação anterior. Os desejos, amores e ódios desses animais, também permanecem. E por
  • 150. Corpos Sutis e Chacras - Guia de Estudos - Olivio Cezar 149 isso vemos formas astrais de cachorros e gatos, a acompanhar seus antigos donos amados. Ao ser captada para nova encarnação, desaparece todo e qualquer reflexo no espelho do astral. A subida é indispensável para que nos localizemos, posteriormente, no plano mental (MANAS) destinado propriamente aos Homens que adquiriram o uso da razão. Nesse plano mental, conquistamos BUDDHI, o estado consciencial iluminado, isto é, esclarecido, pleno, total. Quando senhores de nós mesmos, isto é, permanentemente em estado de vigília (despertos), estamos aptos a atingir o ATMA, a individualidade e a viver conscientes no Espírito. Tudo isso, temos que conquistar enquanto encarnados na matéria. Subida desalentadoramente lenta - a evolução não dá saltos - mas indispensável e inevitável, e só obtida na carne. Uma vez de posse permanente desse estágio evolutivo, se quisermos voltar à matéria, teremos que fazer o caminho inverso: ir descendo e centralizando a consciência, passando de ATMA a BUDDHI, a MANAS, a KAMA e a STULA. Em outros termos: uma vez fixada a consciência no plano átmico, é mister baixar as vibrações e reduzir sua extensão a buddhi-manas; a seguir, baixar mais as vibrações e reduzir mais a extensão até chegar a kama, o plano dos desejos. Atingido esse ponto, surge desejo de tornar a mergulhar na forma física, e dá-se, então, uma nova encarnação. No entanto, no âmago de tudo, reside a Vida do Logos, a vibração crística divina, que constitui a substância última de tudo. Qualquer forma exprime vida, embora só a mínima parte de Vida esteja limitada pela forma, seja esta um átomo ou universo. A Vida do Logos ou vibração crística desce até reunir em torno de si os materiais indispensáveis à sua expressão no mundo da forma, de acordo com a escala evolutiva em que quer manifestar- se.” Mais à frente, Pastorinho faz uma abordagem sobre o estado da matéria astral: “Da mesma forma que, no plano físico-denso a matéria assume gradações diversas de consistência (em relação a nossos sentidos), desde a luz até o mineral, passando pelo gasoso, liquido, pastoso e sólido, assim também no plano astral o estado da matéria varia, em relação às percepções do corpo astral. Encontramos o fluido astral denso, quase materializado, e por vezes percebido, de tão denso, pela própria visão do olho material, registrado que é pelos bastonetes. Conforme se eleva a vibração, pode ir aparecendo matéria fluídica tão sutil, que os próprios espíritos desencarnados de vibração mais pesada não na vejam. Por causa dessa dificuldade é que muitas vezes os espíritos mais atrasados são trazidos às sessões mediúnicas, às igrejas, templos, mesquitas, sinagogas ou pagodes, para que, em contato com os encarnados, cujas vibrações densas percebem, sejam esclarecidos, já que não percebem o auxilio que lhes é trazido de planos mais elevados por espíritos superiores. No entanto, não esqueçamos: a diferença é apenas de freqüência vibratória entre os planos material-denso e astral; não há distância de lugar; os dois planos se interpenetram, e toda matéria densa é coexistente e interpenetrada pela matéria astral, no mesmo âmbito. Podemos estabelecer uma escala: a) a matéria-densa obedece à força do pensamento embora com lentidão e por vezes só quando manipulada; b) a matéria etérica, combinação de plano físico com plano astral, obedece demoradamente; c) a matéria astral obedece quase imediatamente, como testemunhamos no sistema nervoso;
  • 151. Corpos Sutis e Chacras - Guia de Estudos - Olivio Cezar 150 d) a matéria mental obedece instantaneamente. O chamado Plano Astral é constituído como o nosso, de matéria física, com a diferença de que este que vemos e tocamos é denso, e o astral é fluídico; este é de freqüência vibratória mais baixa, o astral de freqüência um pouco mais alta. Sendo menos denso, sua consistência é menor, e por isso não é percebido pelos sentidos dos que estão encarnados, da mesma forma que não vemos, com os olhos físicos, o ar limpo e os gases incolores, por serem pouco densos. Essa densidade menor é provocada por uma força de coesão muito fraca, entre as suas moléculas. À proporção que se torna menos denso o plano astral rarefaz cada vez mais suas moléculas, de tal forma que os que estão nos níveis mais baixos (mais densos) do astral, também não veem os que se acham nos níveis mais altos (muito menos densos). Nos níveis mais baixos a densidade é bem mais próxima da esfera material densa; nos níveis mais altos aproxima-se mais da imaterialidade do plano mental. A constituição atômica e molecular, nos corpos astrais inorgânicos e das células nos orgânicos, torna esses corpúsculos maleáveis e dúcteis, com extrema mobilidade, de tal forma que basta o impulso da força mental do pensamento para plasmá-los na posição desejada. Mobilidade perispiritual - Daí provém a grande mobilidade e as mutações repentinas das paisagens e locais que visitamos ou vemos durante os sonhos e que tanto nos desorientam. Grande número de sonhos se desenvolve no plano astral, e basta um pensamento nosso para modificar todo o panorama. Ocorre, também, por vezes, que outros seres, dominando-nos, fazem que as cenas se transformem, sob nossos olhos espantados. Essa mutabilidade também desorienta os recém-desencarnados que não conheçam o novo local em que passam a encontrar-se, depois que largam o corpo físico denso, e por isso tanto espírito perturbado procura as sessões mediúnicas. O plano astral é constituído de matéria em estado energético (dinâmico), em contraposição ao plano material denso, em que a matéria parece em estado de repouso (estático). Esse estado energético é o intermediário entre espírito e matéria sólida. A mente espiritual precisa, se quiser agir sobre a matéria sólida (densa) utilizar-se da matéria energética do astral. O mesmo ocorre em nós, quando encarnados. Se quisermos movimentar, por exemplo, um braço, não basta a força de nosso pensamento agir diretamente no braço: é mister que nos sirvamos do intermediário astral existente em nosso corpo denso. São os nervos. Nosso corpo sólido, de matéria densa, é completamente insensível. Nenhum dos cinco sentidos lhe pertence; são apenas portas, isto é, aberturas na matéria, através das quais e nas quais se localizam as pontas dos nervos, preparadas de acordo com a sensação que devem captar. O corpo astral (perispírito) é que, através dos nervos, possui sensibilidade. Se extrairmos, isolarmos ou amortecermos os nervos (por meio da anestesia, por exemplo) nada sentimos no corpo, que se torna quase-cadáver quanto à sensibilidade. Só vemos através dos olhos, quando as vibrações da luz (ou fótons) ferem o nervo óptico, que se espraia na retina, transformando suas pontas em cones e bastonetes. Só ouvimos, quando as vibrações das ondas sonoras agitam o nervo acústico em suas pontas, distribuídas, como uma harpa, dentro do caracol. Só sentimos odores, gosto e tato, quando os nervos olfativo, gustativo ou as extremidades nervosas situadas sob a epiderme são atingidas. O corpo físico denso, ao invés de ajudar, amortece todas essas sensações, esses ‘registros’, porque é demais denso e pesado. O perispírito é que sente - Daí, nos seres desencarnados, as sensações serem muito mais agudas e vibrantes, do que as que sentimos quando revestidos de carne. As dores são muito mais violentas (imagine-se como sofrem os suicidas!) as vibrações de luz, som, etc., são percebidas por todo o corpo astral, que não necessita de tecidos especializados para a visão, audição, etc.
  • 152. Corpos Sutis e Chacras - Guia de Estudos - Olivio Cezar 151 No corpo denso é que se tornou necessária a construção de terminações especiais para se conseguir o objetivo. Aliás, podemos reparar em que os cegos mesmo de nascença, à noite, em ambiente fechado, ‘sentem’ no corpo se a luz está apagada ou acesa.” Pastorinho aborda as funções do sistema nervoso e plexos: “O sistema nervoso, que liga o corpo astral ao físico, tem, já o vimos, dupla função, possuindo para isso dois tipos de fibras: 1º - aferentes, quando levam ao mental as sensações percebidas nos planos astral ou físico; 2º - eferentes, quando transmitem ordens do mental ao físico ou ao astral. Outras funções exercem os nervos, além dessas, embora ainda não tenham sido ratificadas pela ciência oficial; procuraremos anotar algumas. O sistema nervoso é complexo e permeia todo o corpo físico denso em verdadeiro cipoal de linhas, pois as células se tocam, uma na outra, pelos dendritos, e os nervos formam ‘cordões’. No entanto, em certos pontos do corpo as células nervosas formam uma espécie de rede compacta, entrecruzando-se abundantemente, em conglomerados complexos e emaranhados, que parecem nós de uma linha embaraçada. A medicina chama a esses pontos ‘plexos’ nervosos. Existem bastantes no corpo, mas alguns são considerados de maior importância, pela localização e pelo trabalho que realizam. Ação do subconsciente - Assim, a título de exemplo, o chamado ‘plexo solar’, na altura da boca do estômago (onde um soco bem dado pode fazer desmaiar uma criatura). Esse plexo é responsável por todo o metabolismo alimentar. Verdadeiro ‘gerente’, se considerarmos o corpo como uma usina ou fábrica, cujo ‘diretor’ é o cérebro ou intelecto. Enquanto este expede ordens, o gerente é que as executa. E nem sempre estão de acordo. Com freqüência o intelecto está distraído em outros afazeres, diversões ou repouso, ao passo que o gerente não pode abandonar um minuto seu posto de trabalho, em hipótese alguma. Mesmo com o cérebro adormecido, o gerente está desperto a dirigir o trabalho com honestidade. Por vezes o diretor até atrapalha, introduzindo venenos no organismo (álcool, temperos fortes, etc.) e o gerente se esforça em corrigir esses erros. Mas por vezes não consegue consertar as tolices do diretor; manda-lhe então avisos urgentes (as dores) para que tome providências externas que procurem debelar o mal, pois sua simples atuação não pôde dominar os departamentos da fábrica (órgãos) nem acalmar os operários (células) que se feriram, envenenaram ou rebelaram. Mas seu dever é cumprido à risca. Os plexos nervosos, no físico, apresentam no corpo menos denso, contrapartes astrais, que não se materializam, e que possuem funções e realizam trabalhos bem específicos. Poderíamos dizer que é a parte do corpo astral que não se solidificou: como se o sistema nervoso constasse de duas partes; uma física e outra astral, uma mais outra menos densa, uma visível e tangível pelo físico, outra só visível e tangível pelo astral. O plano astral é o das emoções, criado especialmente para moradia dos animais irracionais. Como a humanidade ainda se encontra muito animalizada, por isso ainda habitamos o astral, quando desencarnamos. Mas o plano próprio do homem é o mental, não o astral. Quando o Espírito tem que mergulhar na carne, qualquer que seja sua situação evolutiva, ele precisa primeiro revestir-se de matéria astral, para poder condensar-se posteriormente na matéria. Mas isso constitui uma transição, não um estado próprio do homem. O astral só
  • 153. Corpos Sutis e Chacras - Guia de Estudos - Olivio Cezar 152 constitui estado para o psiquismo animal e para espíritos animalizados, que não conseguiram superar essa fase atrasada. Quando o estágio evolutivo, ainda retardado, de um espírito exige esse contato com o plano astral, os chakras são ‘abertos’ naturalmente, isto é, pela própria natureza. Nesse caso o indivíduo nasce médium, na terminologia corrente, e então é necessário ‘educar’ essa mediunidade já existente. Mas ‘desenvolvê-la’ quando não existe, é, a nosso ver, errado, pois perturba e atrasa o progresso evolutivo da criatura.” No Plano Astral convivem diversos tipos de habitantes, tanto encarnados como desencarnados e ate seres artificiais, como podemos constatar nas descrições do eminente autor: A – Humanos Encarnados: 1. Mestres, Iniciados, Discípulos e outros seres evoluídos, que saem do corpo físico em corpo astral, e se movimentam no plano astral para trabalhos e experiências úteis. 2. Criaturas psiquicamente adiantadas, que permanecem conscientes no plano astral, ajudando em trabalhos de socorro ou de aprendizado. 3. Criaturas vulgares, que vagueiam mais ou menos inconscientes, durante o desprendimento do sono. 4. Magos negros e seus discípulos, conscientes no plano astral, em suas esferas mais baixas, para trabalhos prejudiciais ou presos a compromissos assumidos. B – Humanos Desencarnados: 1. Mestres, Iniciados, Discípulos e seres evoluídos que, transitoriamente, tomam um corpo astral para realização de tarefas de auxilio e ensino (“Nirmanakaias”, em grego ággelos, mensageiros). 2. Espíritos mais ou menos evoluídos, que aí permanecem durante algum tempo à espera da reencarnação. 3. Espíritos dos mais variados graus de evolução (de acordo com as ‘regiões’ que analisaremos mais tarde), que ainda não conseguem passar ao plano mental, e ai aguardam oportunidade de reencarnação, comunicando-se com os ‘vivos’ nas sessões Mediúnicas (em grego daimôn, que designava os ‘familiares’ desencarnados, ou em latim genius, manes, penares; ou ainda pneuma hágion, se bons; e pneuma akarthatós, se involuído; e também eidôlon, não empregado com esse sentido no N. T.). 4. ‘Sombras’ (em latim umbrae, em grego eikôn ou eídos), isto é, restos do corpo astral ainda não desfeito, que podem ser magnetizados e mantidos ‘vivos’ durante algum tempo por mentalidades fortes, para fins diversos, nem sempre bons. 5. ‘Cascões’ (em grego skiá ou phántasma, em latim larva ou lêmures, ou mániae), ou seja, restos do corpo etérico, não desfeitos, e que permanecem magnetizados, com movimento e aparência de vida, por espíritos de baixa categoria moral, para efeitos de magia e perturbação de encarnados, e outros trabalhos pouco dignos. 6. Magos negros e seus discípulos e aprendizes, que voluntariamente prolongam sua estada no plano astral, com fins inconfessáveis e para obtenção de prazeres de baixo teor vibratório. C – Não humanos: 1. Corpos astrais dos animais, que geralmente aí transitam rapidamente entre uma encarnação e outra, a não ser que sejam mantidos nesse estado pela mente mais evoluída de seres humanos, para prestar serviços. Os animais domésticos também podem prolongar sua estada
  • 154. Corpos Sutis e Chacras - Guia de Estudos - Olivio Cezar 153 no plano astral, por efeito do pensamento amoroso que os atrai a si, sendo então sustentados pela mente de seus antigos donos encarnados ou desencarnados. 2. Espíritos elementais ou dos elementos da natureza, divididos, desde a antiguidade, de acordo com os elementos: gnomos, da terra (os hindus os dizem chefiados por Kchiti); ondinas, da água (chefiados do Varuna); silfos, do ar chefiados por Pavana ou Vâyu); e salamandras, do fogo (chefiados por Agni). Outros ainda são citados: fadas, duendes, sátiros, faunos, silvamos, elfos, anões, etc. Excetuando-se seus chefes e guias, não encarnaram como homens, preparando-se para isso por seus contatos com o gênero humano. Embora possuam forças psíquicas, estas não se desenvolveram, ainda, como ‘Espíritos’ (Individualidades) e por isso só possuem (como os animais) o raciocínio concreto, não utilizando ainda a palavra como meio de expressão de seus pensamentos. Manifestam-se muito nas sessões de umbanda e quimbanda, e podem obedecer a ordens de criaturas treinadas (boas ou más), para operar o bem ou o mal, que ainda não distinguem. A responsabilidade, pois, recai toda sobre os que emitem as ordem. 3. Devas ou Anjos de evolução superior à do homem e que, por isso, não mais revestirão forma física, só podendo descer até o plano astral. São os mestres ou chefes dos elementos, os ‘senhores’ do carma, os elementos intermediários, no astral, entre as criaturas e os Grandes Seres a quem prestam obediência total. O Novo Testamento enumera-os assim: anjos, arcanjos, tronos, virtudes, dominações, poderes e principados; no Antigo Testamento encontramos duas classes: Querubins e Serafins. D – Seres artificiais: São os aglomerados de moléculas do plano astral, que tomam forma quando criadas pelo pensamento nítido e constante de uma pessoa ou de um grupo de pessoas, e passam a ‘viver’ magnetizadas por essas mentes. Tais criações podem apresentar vários tipos: podem servir de ‘anjos-da-guarda’ e ‘protetores’, quando fortemente mentalizados pelas mães para custódia de seus filhos, e sua ação será benéfica, podem servir de perseguidores, obsessores, atormentadores, quando criados por mentes doentias, que desejam perseguir e maltratar; podem ser formas que se agregam à própria criatura que as cria mentalmente e as alimenta magneticamente, como, por exemplo, o ‘fumante’. E têm capacidade de ‘resistir’, para não se deixar destruir pelo pensamento contrário. São comuns esses agregados em redor das criaturas, obra puramente do poder criador mental sobre o astral. Assim são vistas ‘formas mentais’ de ambição de ouro, de desregramento sexual, de gula, de inveja, de secura por bebidas alcoólicas, etc., etc. Essas formas mentais, sobretudo quando criadas e mantidas por magnetização forte e prolongada de numerosas pessoas (por vezes durante séculos e milênios), assumem também proporções gigantescas, com poder atuante por vezes quase irresistível. Denomina-se, então, um egrégoro. E quase todos os grupos religiosos o possuem, alguns pequenos, outros maiores, e por vezes tão vasto que, como no caso da Igreja católica de Roma, estende sua atuação em redor de todo o planeta, sendo visto como extensa nuvem multicolor, pois apresenta regiões em lindíssimo dourado brilhante, outras em prateado, embora em certos pontos haja sombreado escuro, de tonalidade marrom-terrosa e cinzenta. Isso depende dos grupos que realmente se elevam misticamente e com sinceridade, e de outros, que interferem, com pensamento de baixo teor (invejas, ódios de outras denominações religiosas, ambições desmedidas de lucro, etc.). Há, também, os egrégoros de agrupamentos outros, como de raças, de pátria etc. De qualquer forma, esses ‘elementares’ ou criações astrais, funcionam quase ‘como uma bateria de acumuladores, que são alimentados pela mente que os cria’, como escreveu Leadbeater (“Plano Astral”, pág. 118). Logicamente, quanto mais forte a criação e a alimentação, mais poderoso e atuante se torna esse ser artificial, muitas vezes cruel para com seu próprio criador, pois não possui discernimento nem noção de bem ou mal, e age automaticamente com a finalidade para que exista.
  • 155. Corpos Sutis e Chacras - Guia de Estudos - Olivio Cezar 154 Anotemos, ainda, que o mais das vezes, entre a massa, essa criação é inconsciente, plasmada pelos desejos fortes e persistentes e pelas palavras que lhe dão forma. E quando o criador é um médium, pode ocorrer que, ao sentir a influência dessa sua criação mental, venha a expressar em palavras suas sensações, pensando tratar-se de manifestação de espírito desencarnado. Daí o preparo que precisam ter os dirigentes de sessões, para distinguir se o ‘comunicante’ é realmente um espírito de criatura humana desencarnada, ou uma forma mental criada artificialmente, ou o produto do subconsciente do próprio médium (animismo), ou um elemental da natureza, que pode estar sofrendo (mas nesse caso, não fala, embora o médium possa manifestar com suas palavras o que sente). As pessoas que se arvoram em dirigentes de sessão, sem o necessário aprendizado, podem manter-se anos a fio enganadas, vindo a sofrer, no plano astral, as consequências desastrosas de sua imprudência e de sua presunção. Realmente, ocorrem casos em que esses elementais e essas criações mentais possuem até mesmo a capacidade de realizar cura, de dar pensamentos bons, de fazer o bem, dirigidas por mentes sadias e desejosas de acertar. Mas nem por isso deixará de haver o equivoco decepcionante. Para onde vamos após a desencarnação? Pastorinho faz uma resenha completa sobre todas as possibilidades: “A criatura humana desencarnada (fora do veículo de carne) reveste-se de um envoltório de matéria astral, isto é, de fluidos próprios ao plano astral em que se encontra. Esse envoltório mantém a mesma forma (idêntica em seus mínimos pormenores, até, por vezes, reproduzindo cicatrizes) do corpo físico que a revestia na Terra; muitas vezes conserva até mesmo a forma do vestuário que costumava usar. Essa figura recebe, nas religiões ortodoxas, o nome de “alma”; no espiritismo é chamada ‘espírito desencarnado’, ou simplesmente ‘espírito’. Kardec, tomando os dois termos, tenta defini-los: ‘alma é o espírito encarnado; espírito é a alma desencarnada’ (Livro dos Espíritos, Resposta nº 134). A Teosofia diz que ‘'alma é a individualidade humana, ligação entre o espírito divino e sua personalidade inferior; é o EGO (manas pensador); a inteligência é a energia de manas, que opera através das limitações do cérebro’ (A. Besant, “La Sagesse Antique”, pág. 99). Na “Sabedoria do Evangelho” costumamos chamar ‘alma’ (proveniente de ánima) o principio vital que vivifica a matéria à qual se liga, e não apenas a do homem, pois o próprio animal a possui (daí sua denominação universal), e as plantas também (a ‘alma vegetativa’ de Tomás de Aquino). Então, usamos o termo ‘alma’ com o sentido tradicional da filosofia ocidental. Quando esse princípio vital, que constitui a personalidade (e não a individualidade) larga a matéria, nós o denominamos, como Kardec ‘espírito’ (com “e” minúsculo) que continua sendo a mesma personalidade, apenas fora da carne. Quanto à individualidade, nós a denominamos sempre o ‘Espírito’ (com “E” maiúsculo), por falta de outro termo na língua. Veio-nos a idéia porque consideramos Jesus o modelo e protótipo da Individualidade, e a Ele Bahá’u’lláh chamava sempre ‘Sua Santidade o Espírito’. A localização do espírito desencarnado se dará, nós o vimos, automaticamente de acordo com sua sintonia vibratória, permanecendo no plano astral enquanto estiver vibrando, com seu pensamento, na personagem ou personalidade que revestiu durante sua vida física. O plano será aquele a que for atraído por igualdade de onda. Se, no entanto, conseguiu, mesmo como encarnado, localizar-se e viver na individualidade, passará no plano astral apenas o tempo necessário ao desligamento da memória da vida terrena e ao desfazimento de seu corpo astral. Nos espíritos evoluídos, cerca de trinta a quarenta dias. Mas é muito variável esse período: pode durar anos. Logo após essa libertação (também chamada ‘segunda morte’) o espírito que vive na individualidade passa a seu plano próprio, o mental.
  • 156. Corpos Sutis e Chacras - Guia de Estudos - Olivio Cezar 155 O PLANO MENTAL A grande maioria da humanidade vive no plano astral, e lá permanece no intervalo das reencarnações por muitos séculos e quiçá, milênios. Após vencer essa etapa evolutiva, por mérito, o Espírito então se desfaz do corpo astral, sofrendo a segunda morte, ficando envolvido somente pelo corpo mental e demais veículos superiores. No plano mental já nos encontramos isentos de sofrimentos e nos revestimos de uma forma ovoide e energética. Pastorinho nos fala que lá “não há tempo nem espaço, apenas a consciência no eterno ‘agora’; a consciência mais alta que aí funciona deixa para trás os elementos passados, embora conserve vivas todas as qualidades e experiências adquiridas: trata-se de um mundo superior, difícil de entender por quem nunca o habitou, impossível de descrever por falta de palavras na linguagem articulada humana; é como descrever o gosto de uma fruta; só comendo-a é que lhe sabemos o gosto. Assim o ‘plano mental’ só pode ser entendido vivendo-o”. E continua: “Em princípio, o plano mental é aquele que possibilita a materialização, no intelecto, das idéias provenientes da mente. Os elementos constituintes (células) do plano mental possuem força intrínseca de exteriorização, que as impele irresistivelmente para a matéria, que elas devem vivificar, a fim de aprenderem a expressar-se por meio da matéria. Enquanto o espírito do homem já superou essa fase, e se encontra no impulso ascendente para liberar-se da matéria, as células de que o homem se serve para formar seus corpos, que o ajudam a evoluir, tendem a mergulhar na matéria. São dois movimentos intensos em direções opostas. Daí dizermos que os corpos ‘inferiores’ resistem à espiritualização do homem. Daí afirmarmos que a matéria é o ‘opositor’ (satanás ou diabo) que ‘nos tenta’; daí as titânicas lutas do homem e de seus veículos físicos, um querendo subir, e eles forcejando por descer; daí a alegria do Espírito quando desencarna, libertando-se de sua matéria, e dai o ‘instinto de conservação’ dos veículos físicos, que empregam toda a sua força para manterem-se encarnados. Isso porque, embora a célula ainda não possua em manifestação a mente, esta nela existe em estado latente, por ser animada pela força cristônica que a dirige de dentro de seu âmago, por meio do ‘átomo monádico’. Essa mesma mente, latente na célula, jamais se desfaz. Ela vai manifestando-se, por trabalho ‘pessoal’, através de veículos cada vez mais aperfeiçoados. Mas a mente acompanhará esse ser desde o estado monocelular até o super-homem mais evoluído: é sempre a mesma MOLÉCULA MENTAL, uma só molécula, uma ‘unidade mental’ que, em si mesma, evolui, e que cada vez se vai expressando melhor, à medida que vão sendo mais perfeitos os veículos que vai criando em torno de si. Essa ‘unidade’ ou ‘molécula mental’ única, que acompanha e dirige toda a evolução da individualidade, filia-se, por sintonia vibratória, a um dos Sete Raios; e por isso a evolução é feita em determinado timbre sonoro dominante. Sendo essa molécula mental única e permanente, pode conservar gravadas em si todas as experiências de todas as vidas nas quais se exterioriza a individualidade. E nesse mister a molécula mental é considerada ‘repositório de experiências’ que, com a repetição, se tornam hábitos, e estes, após longo emprego, formam o instinto; e de cada um desses instintos, se sobe mais um passo evolutivo, para a conquista de novas qualidades: as agregadas a si como instinto já são qualidades adquiridas.
  • 157. Corpos Sutis e Chacras - Guia de Estudos - Olivio Cezar 156 Não pode dizer-se que a ‘molécula mental’ possua forma (ela é arúpica), embora possa ser vista por videntes de alto treino como uma espécie de ovoide, quando ela se distancia dos corpos físicos. Pois enquanto a eles se acha ligada, é comum adaptar-se às formas do corpo físico- denso. Todavia, nos seres evoluídos, que já conseguiram desenvolver a consciência do seu plano (o chamado ‘corpo’) mental, ele não está sujeito a limites de forma: pode agigantar-se e crescer de maneira a abarcar espaços incalculáveis (toda a galáxia... ). A mente atua no homem aprisionado na personagem e materializado na carne, através do intelecto, o qual funciona por meio de neurônios. Por aí compreendemos à evidência como se torna restrito o alcance mental: um oceano que se escoasse através de um buraco de agulha, deixando passar apenas gotículas, dá idéia do que consegue atravessar da mente para expressar-se em palavras. A tarefa atual da humanidade é desenvolver a mente, de tal forma que complete o estágio humano. O físico denso e o astral já tiveram desenvolvimento suficiente: agora é a vez do intelecto, que terá que superar e dominar totalmente as emoções. Uma vez integralmente atingido o ápice do progresso mental, entrará, então, a humanidade no ciclo do Espírito, cujos pródomos, entretanto, já vemos. A mente (a molécula mental) possui três aspectos, ou melhor, se exterioriza de três modos: poder de conhecimento (quietude); poder de vontade (concentração) e poder de dar energia (ação); no oriente diz-se que a consciência total se manifesta em três planos: a) perceber os objetos (inteligência, nota dominante do plano mental); b) desejo de posse (vontade, nota dominante do plano astral); C) esforço de conquista (atividade, nota dominante do plano físico). Então a consciência registra o contato (no físico), a sensação (no etérico), a emoção (no astral), a percepção (no intelecto), a conceituação (no mental). A humanidade atual, em que o homem comum só é consciente de seu corpo físico denso, tudo o que lhe chega do astral e do mental é considerado alucinação, imaginação, subjetivismo, etc. A mente, neste atual estágio evolutivo (salvo exceções) serve para transmitir ao cérebro físico as idéias, provenientes do Eu profundo, enquanto leva, para o Eu profundo, registrando-as em sua memória, as experiências adquiridas durante a vida terrena. Observemos (cfr. “Sabedoria do Evangelho”, volume 1º, página 22 ss) que a mente (ou melhor, a MOLÉCULA MENTAL, faculdade inerente à centelha divina) já existe desde o inicio da constituição do átomo, dirigindo e impressionando toda a evolução, a fim de que se vá construindo veículos cada vez mais aperfeiçoados, através dos quais possa expressar-se cada vez mais amplamente. Vejamos os diversos degraus: Mineral - desenvolvimento da matéria bruta, com os primeiros resquícios do duplo etérico; Vegetal - desenvolvimento do etérico, prosseguindo a evolução da matéria, que passa de inorgânica a orgânica, enquanto surgem os primeiros laivos do astral; Animal - desenvolvimento do astral (emoções), enquanto se aperfeiçoam a matéria e o etérico, mas já ensaiando as primeiras manifestações do intelecto; Hominal - desenvolvimento do intelecto (mental concreto) que procura apoderar-se do domínio das etapas inferiores, enquanto se exercita na conquista da mente abstrata, aparecendo já os vislumbres do espiritualismo; Super-hominal - desenvolvimento do mental superior, que já domina todos os veículos anteriores, conquistando, ao mesmo tempo, um grau de espiritualidade mais avançado;
  • 158. Corpos Sutis e Chacras - Guia de Estudos - Olivio Cezar 157 Angélico (?) - desenvolvimento maior da espiritualidade, que absorve em si todos os anteriores veículos, submetendo-os totalmente à sua vontade esclarecida. O ‘desejo’ (kama) é o amor voltado para fora do ser, enquanto o ‘amor’ volta-se para o âmago de si mesmo. É o desejo que leva o espírito ao mergulho na matéria, a fim de desenvolver a criação. Esse desejo mantém a mente presa às encarnações, pois busca apenas o que lhe dá prazer, criando imagens, e rejeita o que lhe causa desprazer. Quando a mente consegue, por esforço determinado e persistente, libertar-se dos desejos externos, pode chegar a unir-se, livre, ao Eu interior; mas se, como ocorre no homem vulgar, tende para o material, permanece na roda fatal das encarnações durante largo tempo. É na mente que reside o livre-arbítrio, que só consegue ser soberano quando subjuga e destrói o desejo e as emoções. Como isso não é obtido de inopino, vemos que a mente só se liberta aos poucos, e quanto mais alcança a libertação, mais vai captando intuições profundas; ao atingir determinado estágio, torna-se capaz de transmitir com eficiência chispas de gênio. Isso não se alcança enquanto somos batidos pelas ondas emotivas. Só na calma e no silêncio pode o cérebro perceber a voz da mente. O desenvolvimento é lento, obtido em longa série de vidas, desde que todas sejam voltadas para esse objetivo. Vemos, de fato, que o centro de consciência, embora ainda mergulhado no desejo, já começa a ser controlado pela razão, transferindo-se do astral superior ao mental. Ao pensar, a mente vibra e irradia vibrações ou ondas que se propagam pela matéria afim circundante com que ela sintoniza. Como o universo está permeado de ‘matéria’ mental, a propagação se faz em todos os sentidos, tal como a luz de uma lâmpada, e atinge distâncias incomensuráveis (mesmo porque, no campo mental superior, não há espaço, pois a mente é INESPACIAL, ao contrário do físico, do etérico e do astral, que ocupam espaço, e do intelectual que é limitado em fronteiras vibratórias). Sendo a mente um ‘reflexo’, também capta qualquer onda mental que a atinja, se ambos vibrarem na mesma faixa sintonica. Para que isso ocorra, indispensável que o pensamento emitido tenha clareza e nitidez, ao mesmo tempo que força propulsora na fonte irradiadora. A considerar, ainda, que se a onda mental emitida é de teor barôntico (emocional), desce suas vibrações ao plano astral, e logo se perde absorvida na multidão de vibrações similares que incontáveis se cruzam nos níveis baixos. Dai a geral ineficiência das ondas mentais, mesmo emitidas com as melhores intenções. Se, todavia, o pensamento é elevado, sem mescla de emoções, alcança quase sempre seus objetivos. E grande parte do despertamento da humanidade pode ser feito por meio de irradiações mentais conscientes, de seres que se reúnam com esse objetivo. Quem pensa baronticamente polui e envenena a atmosfera mental, podendo ser causa de quedas e atrasos evolutivos. Quem controla seus pensamentos pode da mesma forma afetar os outros, e ser o responsável, sem sabê-lo, pela salvação de muitas criaturas. E a ajuda mental é muito mais vigorosa, eficaz e duradoura, que a própria ajuda física ou emocional. Os que constantemente pensam em níveis elevados são verdadeiros ‘renovadores de ar’ da atmosfera mental, melhorando-lhe a pureza o expandindo a consciência do mundo.” No Espiritismo, as formas mentais são criações mentais que interferirem em nossas vidas sem que tenhamos consciência disso. São também denominadas de "formas-pensamento", "fluídicas" ou "ideoplásticas", elaboradas com matéria fluídica e refletindo os nossos pensamentos. Mais uma vez recorremos ao livro “Técnica da Mediunidade”:
  • 159. Corpos Sutis e Chacras - Guia de Estudos - Olivio Cezar 158 “O pensamento emitido provoca uma série de vibrações na matéria do plano mental, o que faz que as partículas desse plano se organizem em formas - tal como as vibrações sonoras provocam movimentação e desenhos em pó finíssimo sobre membrana vibrátil”. A matéria do plano mental, assim movimentada pela projeção das vibrações do pensamento, une-se para plasmar a forma idealizada pela mente; em geral, se a mente é forte, as figuras são brilhantes e coloridas, mantendo-se vivas e em movimento durante bastante tempo. Os próprios emitentes podem vê-las e se espantam, sem compreender, de ora verem figuras de ‘santos’, ora de ‘demônios’, ora símbolos sagrados, ora armas de guerra e cenas de sangue. Tudo, porém, é criação de formas mentais saídas de seus próprios pensamentos. Essas formas são vivificadas pelo pensador, enquanto duram seus pensamentos. Se estes forem constantes, perduram longamente e agem, impulsionados pelas vibrações que as fizeram nascer.” Arthur E. Powell no livro “O Plano Mental” assim define suas características: 1) a qualidade do pensamento determina a cor; 2) a natureza do pensamento determina a forma; 3) a precisão do pensamento determina a nitidez da forma. O Espírito André Luiz, nas suas várias obras que abordam o mundo espiritual, nos fala que nosso orbe é formado de nuvens de formas irregulares e cores terrosas, fruto dos pensamentos da nossa humanidade. Pastorinho usa o exemplo de um pintor ou um escultor, que antes de iniciar seu trabalho, o cria pelo pensamento, chamado de “ideação”. E essa imagem perdura de tal modo, que o artista pode copiá-la, na tela ou no mármore. Contudo, nunca conseguirá uma reprodução perfeita devido às limitações dos materiais que dispõe da matéria grosseira e por isso sempre ficará insatisfeito. Michelangelo, o maior pintor renascentista é uma evidencia disso. No caso dos escritores, essas formas mentais transformam- se em seres reais no mundo mental, alimentadas pelos milhares de pensamentos nelas focados. Essas formas mentais se manifestam de diversas formas, podendo flutuar em torno de seu criador e acompanhá-lo em sua vida, sendo confundidas com os guias espirituais e até se tornarem defesas psíquicas. Caso sejam de teor vibratório negativo, podem se tornar obsessores levando-o às mono idéias. Essas formas mentais inferiores podem nos prejudicar e a vigilância constante é fundamental, com a prática da prece para nos protegermos. O tempo todo estamos impregnando nossa aura com as criações inferiores, ligadas a desejos e paixões. Nossas mentes precisam estar ocupadas com bons pensamentos para formarmos uma egregora protetora que atuará como condensadora das energias funestas. Pastorinho entende que o uso da telepatia no plano etérico se dá por meio da glândula pineal, no plano astral, pela conexão direta entre os corpos astrais e no plano mental puro em função da evolução do ser. Através das imagens mentais plasmamos nosso futuro, que pode ser de pobreza ou de riqueza, de saúde ou de doença, de alegrias ou de decepções. Finalizamos esse capítulo com a interpretação de Pastorinho sobre o comando mental: “Sabido e notório que todos os corpos são formados, em última análise, de átomos agrupados em moléculas: a natureza executa essas operações há bilhões de milênios sem conta. Mas qual o processo atual e até que ponto dependem de nós, é a interrogação que nos fazemos. Para qualquer agrupamento dos elementos que, descendo sua freqüência vibratória, atingiram a materialização, é indispensável uma MENTE que comande, um PENSAMENTO que atue.
  • 160. Corpos Sutis e Chacras - Guia de Estudos - Olivio Cezar 159 Lógico que nos reinos inferior - mineral, vegetal e animal - a mente é imanifestada ainda para o exterior (por falta de órgãos capazes de expressá-la), mas internamente vibra, pela Centelha da Vida que os impulsiona a evoluir, vivificada pela SOM (Verbo, Pai) que, com sua nota característica inicia e sustenta a existência de qualquer ser. Quando a formação das circunvoluções cerebrais no homem permite a exteriorização da mente através das vibrações elétricas dos neurônios, começa a criatura a poder assumir o controle de suas próprias criações de formas. Evidente que a escala que vai do selvagem ao gênio demarca também uma escala de capacidade, que se estende entre as frações da unidade até as dezenas de milhares. Compreendido isso, verificamos que é o pensamento que reúne os átomos indispensáveis à formação do corpo que lhe servirá de veículo e que é essencial à sua expressão. Referimo-nos ao pensamento da MENTE, porque o que procede do intelecto (cérebro) só é utilizado pelo homem no estado de vigília enquanto preso no plano físico. Ora, assim como o pensamento pode imaginar uma estátua, que as mãos executarão no mármore de Carrara, o mesmo ocorre no plano astral, com a diferença de que não são necessárias as mãos para modelar a matéria: basta a força do pensamento, mesmo independente da vontade. Explicamos essa restrição. Se um de nós se encontra no plano astral (encarnado, em sonho, ou desencarnado) e pensa em neve, quase imediatamente vê neve em torno de si, mesmo que a vontade não tenha entrado em vibração para querer vê-la; se pensa, num jardim, o percebe à sua frente, embora não tenha querido vê-lo; se, amedrontado, pensa em alguma figura monstruosa, ela aparece à sua frente, mesmo que, até, não quisesse vê-la. Então, é a MENTE, e não a vontade que modela. Embora se houver reunião da mente e da vontade, a modelagem seja mais perfeita e mais duradoura. Plástico mais que a água, fluido como o ar atmosférico, mais leve que se possa imaginar, sensível às vibrações mentais, maleabilíssimo e sumamente refletor, ‘amolda-se’ ao pensamento o faz-nos ver e ‘apalpar’ (quase diríamos) tudo o em que pensamos, desde a figura sublime de Jesus, parado ou movimentando-se, às piores figuras. Daí as incalculáveis e repentinas variações das visões que nos aparecem em sonhos e também, pula os despreparados, após a desencarnação: tudo é REFLFXO de nossos pensamentos, conscientes ou, por estranho que pareça, mesmo inconscientes.” O PLANO BÚDICO O plano búdico é um plano sutil elevadíssimo da consciência, descrito como um reino de consciência pura. É um estado de consciência intuitivo, caracterizado por uma sensação plena e que permite ao homem eliminar a ilusão do ego e realizar a unidade com Deus. Desenvolver a consciência búdica significa tornar-se altruísta e resolver problemas com o ego. Num futuro ainda muito distante, o homem deverá polarizar-se definitivamente nos planos sublimes da existência, libertando-se do desejo e da ilusão e conhecendo os mais profundos segredos da vida e da existência. Mas ainda estamos muito, muito distantes desse plano!
  • 161. Corpos Sutis e Chacras - Guia de Estudos - Olivio Cezar 160 PRÓLOGO Nossa humanidade vive momentos cruciais de transformação exterior e principalmente interior, que os espiritualistas chamam de “despertar da consciência”. O avanço moral ainda está em estágios primitivos de evolução e precisaremos de muitas experiências na matéria densa para sublimar os resquícios dos reinos inferiores que trazemos em nossos corpos sutis. O Espiritismo é um dos meios utilizados pela espiritualidade que governa o nosso orbe para nos impulsionar na subida dos degraus evolutivos. No livro “Seara Bendita”, Introdução – Atitude de Amor, pelo Espírito Cícero Pereira, também conhecido como Pai João de Angola, psicografado por Maria Costa e Wanderley Oliveira, encontramos uma síntese do projeto chamado Espiritismo, dividido em três fases distintas: Os primeiros 70 anos, iniciados a partir da codificação, com o lançamento de “O Livro dos Espíritos” (1857), trazem as bases doutrinárias sintetizando os ensinamentos das grandes correntes religiosas e filosóficas da Antiguidade numa linguagem moderna, isenta de símbolos e sinais secretos, procurando unir a Ciência com a Religião, revelando o mundo espiritual e as leis imutáveis que nos governam, tais como, reencarnação, causa e efeito, progressão dos mundos, bem como, a complexidade dos corpos que nos revestem como procuramos desdobrar neste livro. A segunda fase (1927) consolidou a Doutrina Espírita, predominantemente no Brasil, sob um caráter religioso, pela importantíssima contribuição de Chico Xavier, o maior médium de todos os tempos, estabelecendo a prática da caridade como um caminho seguro de evolução moral. Nesta fase foram explicitadas as máximas do Cristo sobre a humildade - no ato de pedir perdão - e da compaixão - na atitude de perdoar o próximo. Em paralelo, no chamado primeiro mundo, cientistas corajosos se dedicaram em incansáveis pesquisas para encontrar evidencias da imortalidade da alma, enfrentando os preconceitos que ainda persistem nos meios acadêmicos sobre as questões da vida além da matéria. A terceira fase, de 1997 a 2067, coincidindo com a transição planetária de plano de provas e expiações para plano de regeneração possui um grau de dificuldade maior. Além de enfrentar os preconceitos que bloqueiam nossos avanços científicos e a insistência das religiões dominantes, principalmente as abraamicas (cristianismo, islamismo e judaísmo) em manter dogmas ultrapassados e inconcebíveis no atual estágio da humanidade, o grande desafio está em nosso interior, com o despertar da consciência para uma essa nova era que se inicia. É a fase do terceiro (e mais difícil) perdão – perdoar a si mesmo - para se libertar do carma e praticar as leis de amor e fraternidade. Somos cerca de 8 bilhões de Espíritos encarnados, 24 bilhões de desencarnador e talvez nem uma décima parte da população tenha consciência que é um Espírito imortal, nascendo, vivendo, morrendo e renascendo a partir de matrizes forjadas em corpos mais sutis, desconhecendo completamente o mundo espiritual e a sua influencia em nossas vidas. Enfatizamos em várias passagens dessa obra a importância do pensamento, que é um recurso do Espírito para plasmar as energias que damos e recebemos de todas as partes do Universo, nos diferentes planos sutis. Apresentamos os diversos planos de existência em que podemos viver a partir de nosso pensamento e vontade e o impacto que as energias boas ou ruins nos causam, trazendo doenças cada vez mais complexas, tanto orgânicas como psicossomáticas. Os grandes mestres pacientemente nos apontam o caminho seguro para a saúde integral, que culmina em felicidade e paz interior, desde eras remotas, principalmente pelas escolas da Índia, mas relutamos em aceitar seus ensinamentos, optando por atalhos que nos levam a labirintos confusos, atrasando nossa caminhada evolutiva. De forma tímida, a Ciência avança, nos ajudando a encontrar a saída desses intrincados atalhos aonde perdemos energia e tempo precioso, vivendo a vida com a cabeça enfiada sob a terra, como um
  • 162. Corpos Sutis e Chacras - Guia de Estudos - Olivio Cezar 161 avestruz. Quando direcionarmos o nosso olhar para o horizonte, perceberemos a imensidão do cosmos e aceitaremos o chamado do nosso eu interior para prosseguir. Cada um no seu tempo, pois a evolução não permite saltos, mas que seja num ritmo constante e na mesma direção – para o Alto. Para isso, se não queremos, não precisamos frequentar ou participar desta ou daquela instituição religiosa. O manual da evolução está no nosso DNA, no nosso eu maior, na mônada que faz parte de Deus, ou seja, de uma “coisa” que é a causa primária de tudo e que estabeleceu leis imutáveis para que tudo, a partir de uma origem, cresça indefinidamente, por razões que não entendemos. Kardec foi sábio na primeira pergunta que fez aos Espíritos da codificação. Ele não perguntou “Quem é Deus” e sim, “O que é Deus”, pois já entendia que o Criador não poderia ser alguém, mas algo, que seria a origem de tudo. A Física Quântica já provou que a matéria não existe, pois quando a desdobramos em escala nanométrica, só sobram cordas, semelhantes aos sons musicais. Então o Universo que conhecemos é uma imensa composição musical, cujos músicos estão fora de nosso campo de entendimento. Tudo, do macro ao micro, galáxias, estrelas, planetas, minerais, seres vivos, moléculas, células, vírus, etc. são somente formas diferentes das mesmas melodias que fluem no Universo, comandadas por energias que os Espíritos denominaram de fluido cósmico universal e que deve necessariamente ter uma origem primária, provavelmente além dessa dimensão em que vivemos. O conhecimento dos corpos sutis e dos chacras nos ajudarão a entender um pouco dessas energias e usá-las para o nosso melhoramento como humanidade, eliminando as doenças e quiçá trazendo uma era de justiça social e bem estar para todos num futuro próximo. Então, busquemos o nosso despertar de consciência, através das vibrações que emitimos a cada segundo, sempre focados na prática do Bem, nosso e do próximo, contribuindo com a nova era que chega e nos preparando para sermos co-criadores do Universo. Paz e luz. Primavera de 2025.
  • 163. Corpos Sutis e Chacras - Guia de Estudos - Olivio Cezar 162 BIBLIOGRAFIA AÏVANHOV, Omraam. As Leis da Moral Cósmica. E Book. ANDRÉA. Jorge. Forças Sexuais da Alma. E Book. ___Psicologia Espírita. E Book. ANDRADE, Hernani Guimarães. Espírito, Perispírito e Alma. Editora Pensamento. ÂNGELO, Arthur. Os Planos Sutis ao Redor da Terra. Espírito Duarte VilasBoas. E Book. 2022. ARMOND, Edgard. Passes e Radiações. Editora Aliança, 1998. AVALON, Arthur, O poder da serpente. E Book. BACCELLI, Carlos A. Espíritos Elementais, pelo Espírito Paulino Garcia. Editora LEEPP, 2020. BAILEY, Alice. Os chakras, anatomia oculta do homem. E Book. BESANT, Annie. O Homem e seus corpos. Editora Pensamento, 1975. BLAVATSKY, Helena. A Doutrina Secreta. Editora Pensamento, 2007. BORGES, Wagner. Viagem espiritual: A projeção da consciência. Editora Luz da Serra. 2019. BOUDE, Alain. Chakras e Corpos Sutis sua evolução desenvolvimento espiritual. Artigo 2006. BRENNAN, Barbara Ann. Mãos de Luz. Editora Pensamento, 2000. CEZAR, Olivio. Nos Bastidores do Hospital Esperança. E Book, 2024. ___Correlações entre a Ciência e o Espiritismo. E Book. 2025. COQUET, Michel. Les Chakras et L’initiation. Editions Dervy, 1997 DALE, Cyndi. Enciclopédia de Anatomia do Corpo Sutil Um Guia Definitivo, Detalhado e Ilustrado sobre a Bioenergia Humana. Editora Pensamento-Cultrix, 2021. DROUOT, Patrick. Cura Espiritual e Imortalidade. Editora Nova Era. 1996. ELIADE, Mircea. Yoga, Imortalidade e Liberdade. E Book. EMOTO, Masaru. As Mensagens da Água. Editora Ísis, 2021. KARDEC, Allan, O Livro dos Espíritos. FEB, 2019. ___A Gênese. FEB, 2010. ___Revista Espírita. FEB, 2010 LEADBEATER, Charles. Os Chakras - Os centros magnéticos vitais do ser humano. Editora Pensamento, 2000. ___O Plano Astral. Editora Pensamento, 2000. LEVY, Eliphas. Os paradoxos da sabedoria oculta. Clube de Autores, 2022. OLIVEIRA, Therezinha. Fluidos e Passes. Editora Allan Kardec, 2023. MACHADO, Cesar de Souza. Experiências Fora do Corpo Fundamentos. E Book.
  • 164. Corpos Sutis e Chacras - Guia de Estudos - Olivio Cezar 163 MAES, Hercílio. Elucidações do Além - Espírito Ramatis. Freitas Bastos.1991. ___Magia de redenção – Espírito Ramatis. Freitas Bastos. 1989. MARQUES, Adilson. O Reiki segundo o Espiritismo. E Book. MATOS, Carlos Falcão. Chakras, Aura & Corpos Sutis em poucas palavras. Editora: A Luz do Ser Edições, MELO, Jacob. O Passe. FEB, 2004; MICHAEL, Tara. Corpo sutil e corpo causal. E Book. MILLER, Joan P. O livro dos chakras, da energia e dos corpos sutis: uma nova visão das tradições antigas e modernas sobre os nossos centros de energia. Editora Pensamento, 2015. MOTOYAMA, Hiroshi. Teoria dos Chakras - Ponte para a consciência superior. Editora Pensamento, 1988. OLIVEIRA, Sergio Filipe. Dissertação de Mestrado: Estudo da estrutura da glândula pineal humana empregando métodos de microscopia de luz, eletrônica de varredura. PASTORINHO, Carlos Torres. Técnica da Mediunidade. E book. PINHEIRO, Robson. Além da Matéria. Espírito Joseph Gleber. Casa dos Espíritos Editora, 2011. ___. A Alma da Medicina. Casa dos Espíritos Editora, 2014. ___. Consciência, Espírito Joseph Gleber. Casa dos Espíritos Editora, 2013. ___. Energia, Espírito Joseph Gleber. Casa dos Espíritos Editora, 2016. ___. Medicina da Alma. Espírito Joseph Gleber. Casa dos Espíritos Editora, 2016. ___. O Agênere. Espírito Ângelo Inácio. Casa dos Espíritos Editora, 2015. POWEL, Arthur E. O Duplo Etérico. Editora Pensamento, 1990. REBELO, Vitor. Saúde Integral Os chacras e a bioenergia. Editora Escala. SILVA, Aluney Elferr Albuquerque. Corpo Etérico e Perispírito. E Book. STEINER, Rudolpf. O Conhecimento dos Mundos Superiores. Editora Antroposófica, 2008. TRIGUEIRINHO. Viagens por mundos sutis. Editora Pensamento, 2005. VIEIRA, Waldo. Projeciologia. E Book. XAVIER, Francisco C. Entre a Terra e o Céu. Editora FEB. ___. Evolução em Dois Mundos. Editora FEB. ___. Missionários da Luz. Editora FEB. ___. Nosso Lar. Editora FEB. ___. No Mundo Maior. Editora FEB. ___. Nos Domínios da Mediunidade. Editora FEB. WHITE, Ruth. Trabalhando com os seus Chakras. Editora Pensamento.1966.
  • 165. Corpos Sutis e Chacras - Guia de Estudos - Olivio Cezar 164 Sites consultados: https://consciencial.org/apometria-espiritismo/entenda-corpos-sutis-holossoma-planos- densionais-multidimensionais/ https://www.equilibriointerior.net/index2.php?id=34 https://avidanomundoespiritual.com.br/texto-corpo-espiritual-corpo-mental/ https://www.circuloescola.com/corpos-astrais/ http://www.orion.med.br/index.php/livraria-orioncomsaber/o-homem-orion-vol-2/88- principios- basicos?showall=&start=2. https://www.recantodasletras.com.br/tutoriais-de-edicao-de-textos/7745492
  • 166. Corpos Sutis e Chacras - Guia de Estudos - Olivio Cezar 165 O AUTOR OLIVIO CEZAR RODRIGUES DA SILVA nasceu em 05/01/1953 em Ipaussu, SP. Viveu algumas décadas em Salvador, onde trabalhou como engenheiro mecânico, professor universitário e consultor técnico. Atualmente está aposentado e vive em Portugal. Trabalhou no movimento espírita por quatro décadas, nas seguintes instituições: Grupo da Fraternidade Leopoldo Machado (Salvador), Centro Espírita Chico Xavier (Salvador), Centro Espírita Eurípedes Barsanulfo (Salvador) e Centro Espírita Caridade e Luz (São Roque - SP) tendo exercido a função de presidente nas três ultimas casas. É autor dos livros: A Era do Cordeiro, Nos Bastidores do Hospital Esperança e Correlações entre a Ciência e o Espiritismo. Co-autor com o médium Arthur Ângelo dos livros: Os Planos Sutis ao Redor da Terra e Um Grito de Loucura, ditados pelo Espírito Duarte Vilasboas. Contatos, críticas e sugestões para: oliviocezarsilva@gmail.com
  • 167. Corpos Sutis e Chacras - Guia de Estudos - Olivio Cezar 166 SINOPSE Este livro traz informações inéditas do mundo espiritual próximo à Terra, descrevendo comunidades do plano astral, detalhes da vida nas diversas camadas do Umbral e em planetas de planos espirituais próximos ao nosso orbe. Aborda aspectos históricos da origem do homem e das civilizações que já estiveram aqui, oriundas de diversas constelações, que utilizavam tecnologias de transporte avançadas, destacando sempre a Lei do Progresso, que estabelece os processos da evolução dos seres, sejam humanos ou extraterrestres. Vamos conhecer a vida cotidiana nas cidades de Aruanda, Nosso Lar, Hospital Esperança, Campo Formoso e outras, abordando temas como: localização, alimentação, vestuário, moradia, lazer, trabalho, flora e fauna da região. Elementais da natureza, entidades sob a forma de zoantropia, ovóides, dragões e magos negros, são alguns dos assuntos abordados ao longo da narrativa, sempre com uma visão abrangente e de vanguarda, revelando a diversidade de seres e planos convivendo de forma intensa.
  • 168. Corpos Sutis e Chacras - Guia de Estudos - Olivio Cezar 167 SINOPSE Afinal, por onde teria andado Jesus após Sua crucificação e morte até a madrugada da Ressurreição? - Em que tipo de corpo Ele aparece aos seus discípulos? - O que ocorreu com Seu corpo carnal? - Qual é a síntese de Sua mensagem? Este livro nos leva a uma imersão na história do Cordeiro, criando um cenário a partir da Sexta-feira da Paixão até o Domingo da Ressurreição, baseando-se nos registros contidos nos Evangelhos Canônicos e no estudo cientifico do Sudário de Turim. Avançando no tempo, busca também compreender a importância da mediunidade ao longo dos séculos do cristianismo.
  • 169. Corpos Sutis e Chacras - Guia de Estudos - Olivio Cezar 168 SINOPSE Um Grito de Loucura - um grito aos loucos. Porque aos loucos? Louco é aquele que decide se distanciar de sua missão. Nosso objetivo nesse livro é abordar essa loucura, na busca da ressignificação da pureza e do amor. Respeitar todas as chagas é entender a dor do outro de forma compassiva, vendo nele nosso semelhante, agregando a essa dor nossa capacidade de empatia para absorver e aceitar suas necessidades. Hoje, o mundo lentamente desperta seu interesse para tratar as chamadas doenças silenciosas. Dentre elas, a ansiedade, a depressão, a esquizofrenia e a loucura, que culminam no suicídio. A missão deste nosso despretensioso trabalho é ajudar as pessoas a reencontrarem o amor - o amor perdido, o amor esquecido...
  • 170. Corpos Sutis e Chacras - Guia de Estudos - Olivio Cezar 169 SINOPSE No livro “O Abismo” temos a primeiras notícias do Reino dos Dragões, onde vivem seres descomunais e horripilantes, com aspectos disformes que perderam a forma humana, degradados pela permanência no Mal. Nas Trevas, ainda abaixo do nosso solo material, encontramos o domínio dos Magos Negros, seres iniciados nas diversas religiões da Antiguidade, especializados na manipulação dos fluidos sutis da natureza e exímios conhecedores das leis que os regulam. No Umbral Grosso, que ocupa o mesmo espaço da nossa crosta terrestre, vive a grande maioria dos desencarnados que ainda desconhecem as leis da fraternidade. Subindo para o Umbral Médio, que se estende a partir de 20 km da crosta até cerca de 50 km de altitude, vamos encontrar os postos de socorro. Através de Chico Xavier, as noções mais detalhadas da rotina das cidades espirituais do Umbral Fino. O livro “Nosso Lar” é referencia desse tipo de colônia. A verdade é que milhares de colônias existem em torno da Terra cada uma em determinada faixa de vibração. Este livro aborda informações da colônia espiritual Hospital Esperança, apresentando trechos de livros que citam aquela instituição.
  • 171. Corpos Sutis e Chacras - Guia de Estudos - Olivio Cezar 170 SINOPSE O método cientifico atual baseia-se na observação e repetição de fatos, tanto os realizados por experimentos como aqueles advindos da Natureza. Mas este método é específico muitas vezes varia para cada determinada área de conhecimento humano. A Ciência ainda precisa medir ou pesar para obter comprovações do fenômeno estudado. Neste modesto livro, não pretendemos criticar a Ciência materialista ou mesmo os cientistas que a seguem, mas apresentar evidencias de um enorme campo do conhecimento humano sobre os fenômenos chamados de paranormais, relembrando as experiências de grandes cientistas que desafiaram a sociedade de sua época e ousaram entrar no território proibido da espiritualidade. A base será a Doutrina Espírita, que desde seu surgimento pela dedicada obra codificada por Allan Kardec busca esclarecer e libertar a mente humana das prisões que infelizmente as religiões formais a colocaram. Mas também navegaremos pelos conceitos trazidos pela Teosofia e consequentemente as religiões seculares do Oriente. Não é nosso intuito criticar esta ou aquela religião, pois a opção por seguir uma doutrina é de foro intimo de cada um e tem forte ligação com seu despertar como espirito imortal. Respeitamos todas, mas nos colocamos no direito de analisa-las à luz da razão e da liberdade de pensamento, buscando uma interpretação que seja coerente com o nosso desenvolvimento cientifico. Estudaremos a parapsicologia, a psicotrônica, as experiências de quase morte, a reencarnação, a transcomunicação instrumental, as teorias da origem da vida e muitos outros assuntos, como a mediunidade, a glândula pineal, o registro akáshico, sempre buscando as interpretações da Ciência com uma pitada de Espiritualidade.
  • 172. Corpos Sutis e Chacras - Guia de Estudos - Olivio Cezar 171 Estes livros estão disponíveis para download gratuito nos seguintes sites: https://www.bvespirita.net/ https://www.ebookespirita.org/ https://www.academia.edu/ https://doceru.com/ https://play.google.com/books/ https://pt.slideshare.net/ Para aquisição da obra impressa acesse o site abaixo, pesquise o nome do livro ou do autor na busca e faça sua encomenda. https://clubedeautores.com.br/