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CULTURA MEDIEVAL
1. Idade das “trevas”
“A longa noite de mil anos.”
o É questionável a visão de idade das trevas.
o Apesar do teocentrismo e do poder da Igreja
Católica houve importantes avanços culturais.
o A Igreja foi fundamental na preservação da
cultura clássica, na educação e no conhecimento
durante toda a Idade Média.
Devido à intervenção, manipulação e monopólio
do conhecimento da Igreja Católica, a Idade
Média foi chamada de “longa noite de mil anos.”
Tal afirmativa é contestada devido a vários
exemplos de produção cultural: o renascimento
carolíngio, o Império Bizantino, a civilização
árabe – muçulmana, a patrística, universidades,
os avanços nas artes em vários segmentos.
2. Filosofia
Santo Agostinho (Patrística)
o O homem já nasce corrompido e pecaminoso, a fé em
Deus a sua única possibilidade de salvação.
o A razão foi dada ao homem por Deus para que ele alcance
a fé: “Crer para compreender, compreender para crer”.
o Com a predestinação, o homem está submetido à vontade
divina desde o nascimento.
o Conciliava fé e razão, mas a razão submetida à fé.
Santo Agostinho
Autor desconhecido
Tomás de Aquino (Escolástica)
o O aristotelismo na Escolástica. Uma Teologia fundada na
revelação e a Filosofia baseada na razão humana que se
fundem numa síntese: fé e razão.
o A Filosofia não pode ser substituída pela teologia ambas não
se opõem, não há contradição entre fé e razão.
o Tudo o que existe é bom por ser de Deus e o mal é a ausência
de perfeição e a essência do mal é a ausência do bem.
o Deus é um ser racional.
São Tomás de Aquino
Botticelli
3. Renascimento Carolíngio (Carlos Magno)
o Preparar o clero para orientar com sabedoria.
o Reunião de intelectuais para revisão e cópia
da Bíblia pelos monges.
o O grego era a base para a educação.
o O renascer das artes e da cultura fez surgir as
Escolas Palatinas como centros de difusão do
conhecimento clássico (greco – romano).
Cultura medieval 2019 pdf
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4. Educação
o Até o séc. X as escolas ficavam nos mosteiros e
nas Igrejas para a formação eclesiástica.
o Estudava – se a Bíblia e pensadores cristãos.
o Trívio: gramática, retórica e dialética.
o Quatrívio: aritmética, geometria, astronomia e
música.
o Atendia apenas o clero e filhos dos nobres.
Universidades medievais
Fundadas por volta de 1150, no contexto do Renascimento
do Século XII. Essas instituições são o ponto de partida para o
modelo de universidade que temos até hoje. Surgiram com a
intenção de colocar o conhecimento para fora dos portões da
Igreja. As primeiras universidades comumente citadas são as
de Paris (França), Bolonha (Itália), Oxford e Cambridge
(Inglaterra). Nos currículos eram encontrados as sete artes
liberais (Aritmética, Geometria, Astronomia, Lógica,
Gramática, Música e Retórica), responsáveis pela formação
profissional nas áreas de Teologia, Direito e Medicina.
Universidade de Paris
Fundada em 1214
Universidade de Bolonha
Fundada em 1150
5. Literatura: do oral ao escrito
o A língua escrita oficial era o latim.
o O latim foi se misturando aos idiomas bárbaros,
originando – se o francês, português, inglês.
o Surgia uma literatura profana com antigas
histórias, sem autoria, de tradição oral.
o Exibiam – se jograis, recitais, cantos, acrobacias
ao som de violas e alaúdes.
Novelas de Cavalaria (séc. XII):
Amor, trovadores, menestréis
o Adaptavam narrativas orais, heroicas e de
guerras: rei Arthur e os cavaleiros da távola
redonda, Tristão e Isolda.
o Destacavam – se heroísmo, honra, lealdade.
o A mulher era objeto do amor cortês, a dama
deveria ser tratada com respeito e delicadeza.
Principais obras:
o Romance da rosa: Guilherme de Lorris e
João de Meun.
o A Divina Comédia: Dante Alighieri.
o África: Petrarca.
o Decameron: Boccacio.
o Houve retomada da antiguidade clássica,
considera – se um pré – renascimento.
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Contos de fadas e as fábulas
Surgiram há muito tempo atrás, durante a Idade Média.
Essas histórias não foram originalmente criadas para o
público infantil. Na verdade, a maioria dos contos de fadas
tinha como público alvo os adultos. Por esse motivo, as
versões originais são muito mais “fortes” do que as versões
que hoje conhecemos. Originalmente os contos de fadas e as
fábulas eram transmitidos oralmente e se adaptavam de
acordo com a região em que eram contados. É por isso que
existem muitas versões diferentes para o mesmo conto.
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6. Arquitetura
Românico (séc. XI – XII):
o Predominou na Itália e na França.
o Estilo pesado para representar a “fortaleza de
Deus”, em contraposição aos castelos.
o Características: horizontalidade, abóbadas de
meio ponto, arcos redondos, paredes maciças
e interiores escuros.
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Gótico (séc. XII – XIII):
o Conhecido como francês ou ogival.
o Contrastava com o estilo pesado do românico.
o Características: verticalidade, arco em ogiva,
abóbada nervurada, arcobotantes exteriores,
predomínio da luminosidade, sensação de
espaço por causa das abóbadas e dos vitrais
coloridos.
Cultura medieval 2019 pdf
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Castelos: Ostentação de poder e da arquitetura. Desenhos luxuosos,
construídos para mostrar o poder do senhor feudal, intimidar os
servos e os inimigos. Nos castelos eram realizados festas e
banquetes para ostentar a vida luxuosa. No início eram erguidos
com madeira das florestas, em ambientes rústicos e sem conforto. A
partir do século XI começaram a ser construídos com blocos de
pedra. Projetados para garantir a segurança, um grande fosso
alagado com para dificultar a penetração de inimigos, o segundo
obstáculo era a ponte levadiça e gigantescas muralhas. Possuíam
torres de vigilância ocupadas por arqueiros e atiradores e, em seu
interior, calabouços para aprisionar inimigos. Possuíam ainda
passagens subterrâneas para facilitar a fuga em caso de invasão.
Cultura medieval 2019 pdf
7. A alma voltou – se para um misticismo fervoroso, os cientistas eram
hereges dignos de punição. Os dogmas da fé estendiam-se sobre as
instituições e os indivíduos, e a natureza era reflexo da vontade
inquestionável de Deus. Uma prova é o trabalho dos alquimistas. Tais
“cientistas” manipulavam materiais químicos na busca do elixir da vida
eterna e pelas transformações dos metais em ouro. As cirurgias eram
grosseiras e exigiam dos pacientes a capacidade de suportar a extrema
dor; dos "médicos“ a capacidade de praticar a crueldade. Havia pouco
entendimento da anatomia humana e menos ainda sabiam sobre
técnicas de anestesia e assepsia. Muitas vezes, as infecções eram mais
mortais que a doença original. Para aliviar a dor, os pacientes eram
submetidos a mais sofrimentos.
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Anestésicos: suco de alface, fel [bílis] de um javali castrado, vinho de
de Briônia [colubrina - trepadeira que dá pequenos frutos macios e lisos;
a planta é toda venenosa até a raiz], ópio, Meimendro negro, que é
extremamente tóxica, cicuta-verdadeira ─ analgésica e vinagre. Tudo
misturado com vinho, compunha a beberagem de má cara que o
paciente tinha de beber sem saber se ia acordar do "nocaute".
Misticismo e fé: Um tratamento padrão para vítimas da peste
negra, a peste bubônica que assolou as nações europeias, era a
confissão dos pecados e o cumprimento da penitência prescrita
pelo padre, que explicava que com este procedimento talvez o
cristão escapasse da morte.
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Parto: A Igreja recomendava às mulheres grávidas que preparassem a
mortalha e confessassem seus pecados em caso de morte. As parteiras
eram importantes nos batismos emergenciais evitando que os anjinhos
pagãos, fossem para o inferno. E as mães, se pagãs, poderiam, no último
suspiro, obter um batismo relâmpago e garantir um lugar no céu ou no
purgatório. Um popular ditado medieval recomendava: "A melhor bruxa,
a melhor parteira". Contra a bruxaria, a Igreja passou exigir licenças para
as parteiras, concedidas por um bispo. As "candidatas" tinham que jurar
não usar magia nos partos. Se o bebê estivesse invertido a parteira
virava a criança no útero e resolvia o problema; algumas parteiras
"sem noção" sacudiam a cama na esperança que a criança assumisse a
posição adequada... Um bebê morto que não fosse expulso da mãe seria
cortado em pedaços dentro do útero e retirados com uma pinça.
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  • 2. 1. Idade das “trevas” “A longa noite de mil anos.” o É questionável a visão de idade das trevas. o Apesar do teocentrismo e do poder da Igreja Católica houve importantes avanços culturais. o A Igreja foi fundamental na preservação da cultura clássica, na educação e no conhecimento durante toda a Idade Média.
  • 3. Devido à intervenção, manipulação e monopólio do conhecimento da Igreja Católica, a Idade Média foi chamada de “longa noite de mil anos.” Tal afirmativa é contestada devido a vários exemplos de produção cultural: o renascimento carolíngio, o Império Bizantino, a civilização árabe – muçulmana, a patrística, universidades, os avanços nas artes em vários segmentos.
  • 4. 2. Filosofia Santo Agostinho (Patrística) o O homem já nasce corrompido e pecaminoso, a fé em Deus a sua única possibilidade de salvação. o A razão foi dada ao homem por Deus para que ele alcance a fé: “Crer para compreender, compreender para crer”. o Com a predestinação, o homem está submetido à vontade divina desde o nascimento. o Conciliava fé e razão, mas a razão submetida à fé.
  • 6. Tomás de Aquino (Escolástica) o O aristotelismo na Escolástica. Uma Teologia fundada na revelação e a Filosofia baseada na razão humana que se fundem numa síntese: fé e razão. o A Filosofia não pode ser substituída pela teologia ambas não se opõem, não há contradição entre fé e razão. o Tudo o que existe é bom por ser de Deus e o mal é a ausência de perfeição e a essência do mal é a ausência do bem. o Deus é um ser racional.
  • 7. São Tomás de Aquino Botticelli
  • 8. 3. Renascimento Carolíngio (Carlos Magno) o Preparar o clero para orientar com sabedoria. o Reunião de intelectuais para revisão e cópia da Bíblia pelos monges. o O grego era a base para a educação. o O renascer das artes e da cultura fez surgir as Escolas Palatinas como centros de difusão do conhecimento clássico (greco – romano).
  • 11. 4. Educação o Até o séc. X as escolas ficavam nos mosteiros e nas Igrejas para a formação eclesiástica. o Estudava – se a Bíblia e pensadores cristãos. o Trívio: gramática, retórica e dialética. o Quatrívio: aritmética, geometria, astronomia e música. o Atendia apenas o clero e filhos dos nobres.
  • 12. Universidades medievais Fundadas por volta de 1150, no contexto do Renascimento do Século XII. Essas instituições são o ponto de partida para o modelo de universidade que temos até hoje. Surgiram com a intenção de colocar o conhecimento para fora dos portões da Igreja. As primeiras universidades comumente citadas são as de Paris (França), Bolonha (Itália), Oxford e Cambridge (Inglaterra). Nos currículos eram encontrados as sete artes liberais (Aritmética, Geometria, Astronomia, Lógica, Gramática, Música e Retórica), responsáveis pela formação profissional nas áreas de Teologia, Direito e Medicina.
  • 13. Universidade de Paris Fundada em 1214 Universidade de Bolonha Fundada em 1150
  • 14. 5. Literatura: do oral ao escrito o A língua escrita oficial era o latim. o O latim foi se misturando aos idiomas bárbaros, originando – se o francês, português, inglês. o Surgia uma literatura profana com antigas histórias, sem autoria, de tradição oral. o Exibiam – se jograis, recitais, cantos, acrobacias ao som de violas e alaúdes.
  • 15. Novelas de Cavalaria (séc. XII): Amor, trovadores, menestréis o Adaptavam narrativas orais, heroicas e de guerras: rei Arthur e os cavaleiros da távola redonda, Tristão e Isolda. o Destacavam – se heroísmo, honra, lealdade. o A mulher era objeto do amor cortês, a dama deveria ser tratada com respeito e delicadeza.
  • 16. Principais obras: o Romance da rosa: Guilherme de Lorris e João de Meun. o A Divina Comédia: Dante Alighieri. o África: Petrarca. o Decameron: Boccacio. o Houve retomada da antiguidade clássica, considera – se um pré – renascimento.
  • 18. Contos de fadas e as fábulas Surgiram há muito tempo atrás, durante a Idade Média. Essas histórias não foram originalmente criadas para o público infantil. Na verdade, a maioria dos contos de fadas tinha como público alvo os adultos. Por esse motivo, as versões originais são muito mais “fortes” do que as versões que hoje conhecemos. Originalmente os contos de fadas e as fábulas eram transmitidos oralmente e se adaptavam de acordo com a região em que eram contados. É por isso que existem muitas versões diferentes para o mesmo conto.
  • 25. 6. Arquitetura Românico (séc. XI – XII): o Predominou na Itália e na França. o Estilo pesado para representar a “fortaleza de Deus”, em contraposição aos castelos. o Características: horizontalidade, abóbadas de meio ponto, arcos redondos, paredes maciças e interiores escuros.
  • 28. Gótico (séc. XII – XIII): o Conhecido como francês ou ogival. o Contrastava com o estilo pesado do românico. o Características: verticalidade, arco em ogiva, abóbada nervurada, arcobotantes exteriores, predomínio da luminosidade, sensação de espaço por causa das abóbadas e dos vitrais coloridos.
  • 33. Castelos: Ostentação de poder e da arquitetura. Desenhos luxuosos, construídos para mostrar o poder do senhor feudal, intimidar os servos e os inimigos. Nos castelos eram realizados festas e banquetes para ostentar a vida luxuosa. No início eram erguidos com madeira das florestas, em ambientes rústicos e sem conforto. A partir do século XI começaram a ser construídos com blocos de pedra. Projetados para garantir a segurança, um grande fosso alagado com para dificultar a penetração de inimigos, o segundo obstáculo era a ponte levadiça e gigantescas muralhas. Possuíam torres de vigilância ocupadas por arqueiros e atiradores e, em seu interior, calabouços para aprisionar inimigos. Possuíam ainda passagens subterrâneas para facilitar a fuga em caso de invasão.
  • 35. 7. A alma voltou – se para um misticismo fervoroso, os cientistas eram hereges dignos de punição. Os dogmas da fé estendiam-se sobre as instituições e os indivíduos, e a natureza era reflexo da vontade inquestionável de Deus. Uma prova é o trabalho dos alquimistas. Tais “cientistas” manipulavam materiais químicos na busca do elixir da vida eterna e pelas transformações dos metais em ouro. As cirurgias eram grosseiras e exigiam dos pacientes a capacidade de suportar a extrema dor; dos "médicos“ a capacidade de praticar a crueldade. Havia pouco entendimento da anatomia humana e menos ainda sabiam sobre técnicas de anestesia e assepsia. Muitas vezes, as infecções eram mais mortais que a doença original. Para aliviar a dor, os pacientes eram submetidos a mais sofrimentos.
  • 37. Anestésicos: suco de alface, fel [bílis] de um javali castrado, vinho de de Briônia [colubrina - trepadeira que dá pequenos frutos macios e lisos; a planta é toda venenosa até a raiz], ópio, Meimendro negro, que é extremamente tóxica, cicuta-verdadeira ─ analgésica e vinagre. Tudo misturado com vinho, compunha a beberagem de má cara que o paciente tinha de beber sem saber se ia acordar do "nocaute". Misticismo e fé: Um tratamento padrão para vítimas da peste negra, a peste bubônica que assolou as nações europeias, era a confissão dos pecados e o cumprimento da penitência prescrita pelo padre, que explicava que com este procedimento talvez o cristão escapasse da morte.
  • 39. Parto: A Igreja recomendava às mulheres grávidas que preparassem a mortalha e confessassem seus pecados em caso de morte. As parteiras eram importantes nos batismos emergenciais evitando que os anjinhos pagãos, fossem para o inferno. E as mães, se pagãs, poderiam, no último suspiro, obter um batismo relâmpago e garantir um lugar no céu ou no purgatório. Um popular ditado medieval recomendava: "A melhor bruxa, a melhor parteira". Contra a bruxaria, a Igreja passou exigir licenças para as parteiras, concedidas por um bispo. As "candidatas" tinham que jurar não usar magia nos partos. Se o bebê estivesse invertido a parteira virava a criança no útero e resolvia o problema; algumas parteiras "sem noção" sacudiam a cama na esperança que a criança assumisse a posição adequada... Um bebê morto que não fosse expulso da mãe seria cortado em pedaços dentro do útero e retirados com uma pinça.