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Arte Gótica
Período e localização:
1200 até 1300 d.C., desenvolveu-se na França e irradiou-se
por outras regiões da Europa.

Arte:
A arte Gótica divide-se em quatro períodos: Primitivo,
Lanceolado, Irradiante e Flamejante.
O termo Gótico foi utilizado pelos italianos
renascentistas, que consideravam a Idade Média como
a idade das trevas, época de bárbaros, e como para
eles os godos eram o povo bárbaro mais conhecido,
utilizaram a expressão gótica para designar o que até
então chamava-se “Arte Francesa ”.
Catedral Gótica
Arquitectura Gótica

Século XIX
Idade Média
Paris, França
A catedral gótica…
• Apoiava-se nos princípios de um simbolismo
teológico:
 Paredes
base espiritual da igreja.
 Pilares
representavam os santos.
 Arcos e nervos
caminho para Deus.
Inovações Técnicas

•
•
•
•

Arco Ogival
Abóbada de cruzaria de ogivas
Botaréus
Arcobotantes
Uma nova estética
•
•
•
•

Aumento da altura
adelgaçou colunelos e pilares
Libertação das paredes que suportavam a cobertura;
Abertura de amplas janelas
Planta
•

Planta em cruz latina;

•

Cabeceira – tornou-se mais
complexa (deambulatório duplo,
por exemplo), ocupando cerca de
um terço da igreja.

•

Transepto (dividido em três ou
cinco naves) tornou-se quase tão
largo como o corpo principal, mas
pouco ou nada saliente;
Verticalidade
No interior:
• Maior altura dos tectos;
• Pilares mais finos e altos;
• A proporção largura/altura da nave
central é progressivamente maior;
• Alongamento das arcadas e
das janelas do clerestório
(com o desaparecimento da galeria).
Verticalidade
No exterior:
• Torres sineiras, terminadas em telhados
cónicos ou flechas rendilhadas, prolongandose em pináculos e agulhas
Iluminação
• Amplas janelas, mais alongadas,
ocupando quase toda a largura
das paredes;
• Fachadas com imponentes
rosáceas;

• Vitrais coloridos.
Outras mudanças na estrutura das
igrejas…
Interior:
• Pilares mais próximos uns dos
outros, mas mais finos e altos
Exterior:
• Entradas monumentais em
todas as fachadas; portal oeste
triplo; portais num corpo
saliente da fachada,
enquadrados num pórtico
coberto e mais esguios devido
às arquivoltas ogivais…
Decoração (esculpida e pintada)
• Sóbria no interior;
• Exterior: decorado com
estatuária e relevos nos
tímpanos, arquivoltas,
colunelos, mainéis cornijas,
gárgulas, botaréus,
arcobotantes, pináculos…
• Valor doutrinal – “livro de
imagens” da Cristandade
Arquitectura civil e militar
Civil
Século XIII
• Moradas da aristocracia- castelos senhoriais
Século XIV
• Casas comunais
• Casas das corporações ou ofícios
Militar
Castelo-fortaleza
Dentro das igrejas ainda existiam
esculturas e afrescos que
buscavam representar a figura
humana com maior realismo
possível. Por isso eram feitos
muitos painéis e os manuscritos
tinha detalhes de iluminuras,
outro símbolo do período.
Escultura:
A escultura gótica desenvolveu-se paralelamente à
arquitetura das Igrejas e está presente nas fachadas,
tímpanos e portais das catedrais, que foram o espaço
ideal para sua realização. Caracterizou-se por um
calculado naturalismo que, mais do que as formas da
realidade, procurou expressar a beleza ideal do divino;
no entanto a escultura pode ser vista como um
complemento à arquitetura, na medida em que a maior
parte das obras foi desenvolvida separadamente e
depois colocadas no interiro das Igrejas, não fazendo
parte necessariamente da estrutura arquitetônica.
As estátuas parecem
animadas por vida e
movimento.

Naturalidade e dinamismo

A rejeição da frontalidade do período
anterior é considerado um aspecto
inovador e a rotação das figuras passa
a idéia de movimento, quebrando o
rigorismo formal.

Perfeição e equilíbrio

Procuram uma representação mais real
de corpos.
A escultura de vulto
redondo aparece
genericamente ligada à
oração individual, ao
culto privado, separada
de qualquer contexto.
Eram imagens para
adoração ou imagens de
devoção, como estátuas
da Virgem, imagens de
santos, pietàs, crucifixos.
Refletem uma procura da
perfeição formal, no
sentido de provocarem
uam forte emoção e uma
afirmação do verismo da
mensagem.
A Literatura e a arte tiveram por
funçao tratar a vida como algo
de muito passageiro.
O enterro dos nobres nas
igrejas, ad sanctos (junto dos
santos), foi tradicional.
A partir de 1200, vulgarizou-se a
construção de estátuas
jacentes, mostrando bem o
cuidado dos reis, príncipes e
clero, em fazer cenotáfios, arcas
e túmulos para que sempre
fossem lembrados. Esta
escultura não fixava com
promenor os traços físicos do
morto, só procuravam evocar o
defunto.
Em meados do século XIII
apareceu o retrato idealizado.
Pintura
-1200 , 50 anos depois do inicio da
arquitectura e escultura gótica ;
-1300e 1350 tem o seu apogeu como
expressão de arquitectura
Vitral:
Vitral
• Auxílio à estruturação da catedral;
• Carácter abstracto sem efeito tridimensional.
Arte gotica
Iluminura
• Na última metade do século XIV a influência dos
mestres italianos no norte europeu é forte e a
iluminura ganha uma estrutura espacial mais
harmoniosa.
Arte gotica
Mestres italianos
• A pintura apresenta uma escala monumental;

• Forte dramatização das personagens.
A Arquitetura
A arte gótica acompanhou, no território nacional,
o final da reconquista, a sedimentação do
povoamento, o desenvolvimento da economia
interna, o arranque do comércio externo, a
organização administrativa do território ou seja a
consolidação da monarquia que só agora se tinha
visto reconhecida pelo papado. Se o nosso berço foi
românico, a juventude passámo-la sob as ogivas do
gótico.
Consequências


Desenvolvimento tardio e o seu prolongamento
através do Manuelismo.



Uma arte monástica e rural e não episcopal e
urbana.



Maior simplicidade e pobreza do gótico
português
A Arquitetura religiosa do
Gótico Inicial (séc. XIII-XIV)
O gótico português realizou-se primeiro na
arquitetura religiosa que se manifestou como a mais
excessiva e rica de todo o período.
As primeiras edificações totalmente góticas
surgiram entre finais do século XII e inícios do seculo
XIII, demonstrando pela sua alta qualidade técnica a
origem estrangeira dos seus construtores.
Sé Velha, Coimbra

Mosteiro de Alcobaça
Igreja –Fortaleça de Leça do Balio

Sé de Évora

Igreja de
Santa Clara
de Vila do
Conde
–

Igreja de S. Francisco,
Santarém

Sé de Lisboa
O Florescimento do Gótico
Nacional (seculo XV)
Esta situação modificou após a construção do
grandioso Mosteiro da Batalha mandado construir
por D. João I para cumprimento de um voto feito
aquando da Batalha de Aljubarrota e entre pelo
mesmo aos monges dominicanos que tão bem
assumiram a defesa da sua causa nas cortes de 1385.
Mosteiro da Batalha
Arquitetura civil e militar
A arte gótica continua a ser caracterizada por ser
uma época rude, de violência e de guerras, o que
colocou as construções defensivas do território em
destaque apesar de que até ao século XIII a
arquitetura militar portuguesa (castelos, cercas, e
simples torres) mantiveram-se apegadas às tradições
românicas de defesa passiva, sem registarem grandes
alterações.
• Séc. XIV-XV
Escultura decorativa:
• Capitéis;

Escultura

• Portais;

Exagerada utilização do vegetalismo na decoração (influências
das artes muçulmana e mudéjar);
Escultura de Vulto
• São senhoras delicadas, doces maternais, coloridas, com
panejamentos movimentados e um discreto requebro em forma
de ‘S’. É também visível um maior realismo nos rostos e nos
gestos.

Material:
• Pedra
• Madeira

Virgem com o menino

Nossa Senhora do Ó
Escultura tumular
-Modelos ideais
-Expressão facial
A pintura
Tal como no resto da Europa, o Período Gótico,
em Portugal, foi de maior riqueza e por isso propicio
ao desenvolvimento das atividades artísticas,
cabendo sobretudo à igreja o papel de principal
encomendador. Também neste facto, Portugal não
foi exceção á regra, pois só por volta do século XV se
deu uma verdadeira eclosão da clientela laica.
Iluminura
Missal Antigo de Lorvão

Cancioneiro da Ajuda
A pintura
A pintura Gótica produzida por Portugueses
(seculo XIV e XV) constituiu uma das atividades
artísticas mais importantes deste período e ate,
talvez, de todos os tempos.
É a qualidade estética e técnica das obras que
reflete a grande diferença nas obras devido á sua
formação diferente de artista para artista.
Políptico de
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Arte gotica

  • 2. Período e localização: 1200 até 1300 d.C., desenvolveu-se na França e irradiou-se por outras regiões da Europa. Arte: A arte Gótica divide-se em quatro períodos: Primitivo, Lanceolado, Irradiante e Flamejante. O termo Gótico foi utilizado pelos italianos renascentistas, que consideravam a Idade Média como a idade das trevas, época de bárbaros, e como para eles os godos eram o povo bárbaro mais conhecido, utilizaram a expressão gótica para designar o que até então chamava-se “Arte Francesa ”.
  • 5. A catedral gótica… • Apoiava-se nos princípios de um simbolismo teológico:  Paredes base espiritual da igreja.  Pilares representavam os santos.  Arcos e nervos caminho para Deus.
  • 6. Inovações Técnicas • • • • Arco Ogival Abóbada de cruzaria de ogivas Botaréus Arcobotantes
  • 7. Uma nova estética • • • • Aumento da altura adelgaçou colunelos e pilares Libertação das paredes que suportavam a cobertura; Abertura de amplas janelas
  • 8. Planta • Planta em cruz latina; • Cabeceira – tornou-se mais complexa (deambulatório duplo, por exemplo), ocupando cerca de um terço da igreja. • Transepto (dividido em três ou cinco naves) tornou-se quase tão largo como o corpo principal, mas pouco ou nada saliente;
  • 9. Verticalidade No interior: • Maior altura dos tectos; • Pilares mais finos e altos; • A proporção largura/altura da nave central é progressivamente maior; • Alongamento das arcadas e das janelas do clerestório (com o desaparecimento da galeria).
  • 10. Verticalidade No exterior: • Torres sineiras, terminadas em telhados cónicos ou flechas rendilhadas, prolongandose em pináculos e agulhas
  • 11. Iluminação • Amplas janelas, mais alongadas, ocupando quase toda a largura das paredes; • Fachadas com imponentes rosáceas; • Vitrais coloridos.
  • 12. Outras mudanças na estrutura das igrejas… Interior: • Pilares mais próximos uns dos outros, mas mais finos e altos Exterior: • Entradas monumentais em todas as fachadas; portal oeste triplo; portais num corpo saliente da fachada, enquadrados num pórtico coberto e mais esguios devido às arquivoltas ogivais…
  • 13. Decoração (esculpida e pintada) • Sóbria no interior; • Exterior: decorado com estatuária e relevos nos tímpanos, arquivoltas, colunelos, mainéis cornijas, gárgulas, botaréus, arcobotantes, pináculos… • Valor doutrinal – “livro de imagens” da Cristandade
  • 14. Arquitectura civil e militar Civil Século XIII • Moradas da aristocracia- castelos senhoriais Século XIV • Casas comunais • Casas das corporações ou ofícios Militar Castelo-fortaleza
  • 15. Dentro das igrejas ainda existiam esculturas e afrescos que buscavam representar a figura humana com maior realismo possível. Por isso eram feitos muitos painéis e os manuscritos tinha detalhes de iluminuras, outro símbolo do período.
  • 16. Escultura: A escultura gótica desenvolveu-se paralelamente à arquitetura das Igrejas e está presente nas fachadas, tímpanos e portais das catedrais, que foram o espaço ideal para sua realização. Caracterizou-se por um calculado naturalismo que, mais do que as formas da realidade, procurou expressar a beleza ideal do divino; no entanto a escultura pode ser vista como um complemento à arquitetura, na medida em que a maior parte das obras foi desenvolvida separadamente e depois colocadas no interiro das Igrejas, não fazendo parte necessariamente da estrutura arquitetônica.
  • 17. As estátuas parecem animadas por vida e movimento. Naturalidade e dinamismo A rejeição da frontalidade do período anterior é considerado um aspecto inovador e a rotação das figuras passa a idéia de movimento, quebrando o rigorismo formal. Perfeição e equilíbrio Procuram uma representação mais real de corpos.
  • 18. A escultura de vulto redondo aparece genericamente ligada à oração individual, ao culto privado, separada de qualquer contexto. Eram imagens para adoração ou imagens de devoção, como estátuas da Virgem, imagens de santos, pietàs, crucifixos. Refletem uma procura da perfeição formal, no sentido de provocarem uam forte emoção e uma afirmação do verismo da mensagem.
  • 19. A Literatura e a arte tiveram por funçao tratar a vida como algo de muito passageiro. O enterro dos nobres nas igrejas, ad sanctos (junto dos santos), foi tradicional. A partir de 1200, vulgarizou-se a construção de estátuas jacentes, mostrando bem o cuidado dos reis, príncipes e clero, em fazer cenotáfios, arcas e túmulos para que sempre fossem lembrados. Esta escultura não fixava com promenor os traços físicos do morto, só procuravam evocar o defunto. Em meados do século XIII apareceu o retrato idealizado.
  • 20. Pintura -1200 , 50 anos depois do inicio da arquitectura e escultura gótica ; -1300e 1350 tem o seu apogeu como expressão de arquitectura
  • 21. Vitral: Vitral • Auxílio à estruturação da catedral; • Carácter abstracto sem efeito tridimensional.
  • 23. Iluminura • Na última metade do século XIV a influência dos mestres italianos no norte europeu é forte e a iluminura ganha uma estrutura espacial mais harmoniosa.
  • 25. Mestres italianos • A pintura apresenta uma escala monumental; • Forte dramatização das personagens.
  • 26. A Arquitetura A arte gótica acompanhou, no território nacional, o final da reconquista, a sedimentação do povoamento, o desenvolvimento da economia interna, o arranque do comércio externo, a organização administrativa do território ou seja a consolidação da monarquia que só agora se tinha visto reconhecida pelo papado. Se o nosso berço foi românico, a juventude passámo-la sob as ogivas do gótico.
  • 27. Consequências  Desenvolvimento tardio e o seu prolongamento através do Manuelismo.  Uma arte monástica e rural e não episcopal e urbana.  Maior simplicidade e pobreza do gótico português
  • 28. A Arquitetura religiosa do Gótico Inicial (séc. XIII-XIV) O gótico português realizou-se primeiro na arquitetura religiosa que se manifestou como a mais excessiva e rica de todo o período. As primeiras edificações totalmente góticas surgiram entre finais do século XII e inícios do seculo XIII, demonstrando pela sua alta qualidade técnica a origem estrangeira dos seus construtores.
  • 30. Igreja –Fortaleça de Leça do Balio Sé de Évora Igreja de Santa Clara de Vila do Conde
  • 31. – Igreja de S. Francisco, Santarém Sé de Lisboa
  • 32. O Florescimento do Gótico Nacional (seculo XV) Esta situação modificou após a construção do grandioso Mosteiro da Batalha mandado construir por D. João I para cumprimento de um voto feito aquando da Batalha de Aljubarrota e entre pelo mesmo aos monges dominicanos que tão bem assumiram a defesa da sua causa nas cortes de 1385.
  • 34. Arquitetura civil e militar A arte gótica continua a ser caracterizada por ser uma época rude, de violência e de guerras, o que colocou as construções defensivas do território em destaque apesar de que até ao século XIII a arquitetura militar portuguesa (castelos, cercas, e simples torres) mantiveram-se apegadas às tradições românicas de defesa passiva, sem registarem grandes alterações.
  • 35. • Séc. XIV-XV Escultura decorativa: • Capitéis; Escultura • Portais; Exagerada utilização do vegetalismo na decoração (influências das artes muçulmana e mudéjar);
  • 36. Escultura de Vulto • São senhoras delicadas, doces maternais, coloridas, com panejamentos movimentados e um discreto requebro em forma de ‘S’. É também visível um maior realismo nos rostos e nos gestos. Material: • Pedra • Madeira Virgem com o menino Nossa Senhora do Ó
  • 38. A pintura Tal como no resto da Europa, o Período Gótico, em Portugal, foi de maior riqueza e por isso propicio ao desenvolvimento das atividades artísticas, cabendo sobretudo à igreja o papel de principal encomendador. Também neste facto, Portugal não foi exceção á regra, pois só por volta do século XV se deu uma verdadeira eclosão da clientela laica.
  • 40. Missal Antigo de Lorvão Cancioneiro da Ajuda
  • 41. A pintura A pintura Gótica produzida por Portugueses (seculo XIV e XV) constituiu uma das atividades artísticas mais importantes deste período e ate, talvez, de todos os tempos. É a qualidade estética e técnica das obras que reflete a grande diferença nas obras devido á sua formação diferente de artista para artista.
  • 42. Políptico de S. Vicente de Fora Políptico de Santa Clara