SlideShare uma empresa Scribd logo
A CULTURA DA
    GARE
1814 – 1905
  Da Batalha de Waterloo à Exposição dos Fauves

 1815                     1850                    1905


                            Realismo
             Romantismo
                                        Impressionismo


Batalha de
                                         Exposição dos
Waterloo
                                            Fauves
O CONTEXTO POLÍTICO, ECONÓMICO E SOCIAL
CONTEXTO POLÍTICO


O Império napoleónico
foi    derrotado     na
batalha de Waterloo
(1815). As potências
aliadas (Prússia, Rússia
e Império Austro-
Húngaro) formaram a
Santa     Aliança      e
organizaram            o
Congresso de Viena
(1814-15).



  Neste Congresso reafirmaram-se os direitos dinásticos e fez-se num novo
  mapa da Europa, criando fronteiras artificiais e ignorando as aspirações
  nacionalistas de vários povos.
CONTEXTO POLÍTICO



-       Revoltas em França que
    impuseram os ideais democráticos
    entre 1830-48
-   - 1815-1830: restauração da
    monarquia dos Bourbon
-   - 1830-1848: monarquia
    constitucional de Luís Filipe
-   - 1848-1851: Segunda República
-   - 1851-1870: Segundo Império
-   - 1871-1940: Terceira República


                                       Delacroix, Os massacres de Quios, 1824.
CONTEXTO POLÍTICO


   “A Primavera das Nações”:
- - Movimentos nacionalistas na
  Grécia e Sérvia (libertaram-se
  dos turcos otomanos em 1830)
- - Movimento nacionalista da
  Bélgica (separação da Holanda
  em 1830)
- - Unificações políticas da Itália
  (1870) e da Alemanha (1871)




                                      Delacroix, Os massacres de Quios, 1824.
CONTEXTO POLÍTICO



- Revoltas liberais e
nacionalistas na América
Latina




     D. Pedro I do Brasil
CONTEXTO ECONÓMICO     2ª Revolução
                                             Industrial




Telefone                  Eletricidade            Telégrafo

                         Máquina a vapor




 Indústria têxtil                          Locomotiva a vapor
CONTEXTO ECONÓMICO
- capitalismo liberal, industrial e financeiro (produção em série, em grandes
quantidades e baixos preços)
- conquista de novos mercados (1º
América, depois África);
- exploração colonial de recursos e
matérias–primas
- luta pelo comércio internacional




                                      Caricaturas das grandes nações a dividirem o
                                      mundo em áreas de influência económica
                                      (Grã-Bretanha, Alemanha, Rússia, França e
 Operários a laborar em fábrica       Japão)
CONTEXTO SOCIAL

          Grande Burguesia
 O capitalismo liberal desenvolveu
  uma classe alta, abastada, cujas
  fortunas se fizeram de grandes
  negócios como bancos, minas,
  comércio         colonial      e
  internacional, seguros, produção
  industrial, etc.

 Esta classe procurou imitar os
  valores e a aparência da nobreza,
  mas salientou-se pelos estudos
  que deu aos seus filhos e pela
  ostentação de grande luxo
CONTEXTO SOCIAL




Pequena burguesia

                                A força motriz dos
                                   movimentos
                                 revolucionários

   Proletariado
CONTEXTO SOCIAL

                  Classe Média
        O desenvolvimento dos governos
         liberais, das cidades, da indústria e
         do comércio levou ao crescimento
         do sector dos serviços e à
         consolidação da classe média:
         funcionários     públicos,    médios
         comerciantes,            professores,
         advogados e médicos, etc.

        A instrução primária generalizou-se
         nas principais cidades e a imprensa
         difundiu-se.
CONTEXTO SOCIAL

                                                Proletariado
                                        Baixos salários
                                        longas horas de trabalho
                                        trabalho infantil
                                        falta de segurança e de
                                         higiene no trabalho
Bairro operário em Londres, séc. XIX    más condições de habitação e
                                         de alimentação
CONTEXTO SOCIAL

         Proletariado                      Consciência de classe


Crescimento das associações sindicais (“Trade Unions”)
                                    +
Apoio das novas ideologias políticas:
   - Socialismo utópico (Saint-Simon, Robert Owen, Fourrier, Proudhon)
CONTEXTO SOCIAL

      Proletariado                  Consciência de classe



Crescimento das associações sindicais (“Trade Unions”)
                                 +
Apoio das novas ideologias políticas:
   -Socialismo utópico (Saint-Simon, Robert Owen, Fourrier,
   Proudhon)
   - Socialismo científico (Karl Marx e Friedrich Engels)
CONTEXTO SOCIAL

 Socialismo científico


Princípios básicos:
-Materialismo histórico
- Luta de classes
- organização internacional dos
trabalhadores
- conquista do poder pelo proletariado

“Manifesto do Partido Comunista” (1848)
CONTEXTO SOCIAL



      Socialismo



1871 – Revolta da
Comuna de Paris
Sociedade liberal, burguesa,
             industrial e urbana

2º Revolução        Clima de confiança e de otimismo
  Industrial        devido aos progressos técnicos




                          Positivismo


 O “século das           - cientismo
  Invenções”             - racionalismo
Sociedade liberal, burguesa,
                     industrial e urbana

     2º Revolução
       Industrial



Desenvolvimento urbano
- largas avenidas arborizadas
- quarteirões com edifícios de 5 a 6
pisos




                                       Londres no final do séc. XIX
Sociedade liberal, burguesa,
                    industrial e urbana

     2º Revolução
       Industrial



Desenvolvimento urbano
- Boulevards
- cafés-concerto
- cabarets
- vaudevilles
- teatros
- salões
- novas praças e jardins


                           Boulevard Haussman no final do séc. XIX
Sociedade liberal, burguesa,
                 industrial e urbana


 Regimes liberais                        Monarquias constitucionais


  Sufrágio censitário

- crescente preocupação pela saúde, trabalho, educação e cultura
- desenvolvimento das políticas colonialistas e imperialistas

- Conferência de Berlim (1884-58)          colonização de África
A EUROPA DAS LINHAS FÉRREAS
A Europa das linhas férreas


                                - caminhos de ferro
Revolução dos Transportes       - navios a vapor
A Europa das linhas férreas




Rede ferroviária no século XIX (em quil´metros, segundo C. Fohlen)
A Europa das linhas férreas




As linhas férreas na Europa em 1840 e em 1880
A Europa das linhas férreas




     1856 – Lisboa ao Carregado (36 Km)

     1912 – 2974 Km
A Europa das linhas férreas

         Consequências
- desenvolvimento económico devido
ao aumento de circulação de produtos
- formação de novas cidades
- alteração urbanística nas cidades
devido à construção de infraestruturas
(pontes, viadutos, túneis, apeadeiros,
gares)
- combateu o isolamento e encurtou
distâncias
- aumento da mobilidade geográfica e
social da população
- aumento da população urbana
(bairros operários)
A Europa das linhas férreas

     Consequências

-    aparecimento de novos
empregos e profissões
- desenvolvimento financeiro
dos investidores (Estados,
sociedades privadas e Bolsa
de Valores)
- rapidez na correspondência
- avanço cultural
A GARE
A gare

                                                Desenvolvimento urbano


                                              - crescimento demográfico
                                              - industrialização
                                              - desenvolvimento do comércio e dos
                                              serviços
                                              - caminho de ferro



                                              Construção da estação de caminhos de
                                              ferro, a gare, no centro da cidade

Claude Monet, A Gare de Saint-Lazare, 1877,
              óleo sobre tela                 Largas vias e avenidas       para   o
                                              escoamento dos passageiros
A gare




W.P. Frith, Estação de Paddington, 1862, óleo, Londres
A gare




                 W.P. Frith, Estação de Paddington, 1862, óleo, Londres

A “nova porta da cidade”: ponto de encontro e local de divulgação e de troca, espaços
animados pela azáfama de gentes
A gare

                                                                        Gare



                                                                Pólo de dinamização
                                                                urbana :
                                                                -Ponto aglutinador de
                                                                ideias, experiências e
                                                                trocas
                                                                - pessoas em trânsito
                                                                (esperas/despedidas), num
                                                                permanente movimento e
          Gare de St Pancras, Londres, 1864-68                  burburinho

Tornou-se um símbolo da vida urbana, lugar de confluência de viajantes e aventureiros,
homens de negócios e industriais, de gente à procura de melhores condições de vida.
A gare




Gare de King’s Cross, Londres, 1851-1853
A gare

Representa:
- os novos tempos: a velocidade ,
o desenvolvimento da tecnologia,
a modernidade, a abertura ao
mundo.
- a capacidade inventiva dos
homens e o exemplo do uso dos
novos materiais construtivos: o
ferro e o vidro, produzidos
industrialmente.                      Gare de St Pancras, Londres, 1864-68
.- a proeminência de uma classe de técnicos, os engenheiros que se
 destacam dos arquitectos pela sua formação nas Escolas
 Politécnicas
A gare

Estilo Neoclássico: Gare de Euston, Londres, 1837
A gare

Estilo Neogótico: Gare de Saint-Pancras, Londres, 1868-74
A gare

Estilo Neomanuelino: Estação do Rossio, Lisboa, 1886-87
A gare

Art Déco: Estação de Helsínquia, Finlândia, 1904-14
Questões
Consulta o manual da página 108 à p. 112, para responderes às questões.
1. Identifica o acontecimento que pôs fim à carreira política de Napoleão Bonaparte.
2. Indica os objectivos do Congresso de Viena e as consequências destas medidas, para a França.
3. Refere a evolução política da França entre 1815 e 1871.
4. Após o Congresso de Viena deram-se na Europa, um conjunto de movimentos
revolucionários de independência nacional. Onde tiveram lugar? Contra quem?
5. No século XIX a Alemanha e a Itália unificaram-se. Quem foram os mentores destas
unificações?
 6. A América Central e do Sul também foi abrangida por esta vaga revolucionária. Justifica.
  7. Indica três invenções tecnológicas fundamentais para o desenvolvimento da Revolução
Industrial no século XIX.
 8.Quais os tipos de transporte que mais se desenvolveram no século XIX?
9. Quais as vantagens económicas, sociais e culturais resultantes do desenvolvimento dos
transportes.
10. “ Convertidas em autênticos templos de modernidade, as gares vão reflectir as últimas
novidades tecnológicas e construtivas decorrentes da Revolução industrial”. Comenta a frase.
( página 112)
O INDIVÍDUO E A NATUREZA
O indivíduo e a Natureza


      Romantismo                                  Alterações
                                                  ideológicas

Utilizado pela primeira vez em 1750, o
termo foi utilizado para definir o tema
das antigas novelas pastoris e de
cavalaria e significou pitoresco
(expressão da emoção provocada pela
visão de uma paisagem)




 Movimento artístico-filosófico


                                          John Constable, O cavalo pulando, 1825
O indivíduo e a Natureza

                                       Movimento
    Romantismo                          artístico-
                                       -filosófico

A alma da Natureza faz-se conhecer a nós de todas as partes e sob
mil formas diversas. O campo fértil, como os desertos
abandonados, o mar, como as estrelas, estão submetidos as mesmas
leis; e o Homem encerra em si próprio sensações, alegrias ocultas,
que correspondem ao dia, à noite, à tempestade: é esta aliança
secreta do nosso ser com as maravilhas do Universo que dá à
poesia a sua verdadeira grandeza. O poeta sabe estabelecer a
unidade do mundo físico com o mundo morl; e a sua imaginação
forma um laço entre um e outro.
                         Madame de Staël, De L’Alemagne, 1833
O indivíduo e a Natureza


    Romantismo                     Primazia do sentimento e
                                         da Natureza

A alma da Natureza faz-se conhecer a nós de todas as partes e sob
mil formas diversas. O campo fértil, como os desertos
abandonados, o mar, como as estrelas, estão submetidos as mesmas
leis; e o Homem encerra em si próprio sensações, alegrias ocultas,
que correspondem ao dia, à noite, à tempestade: é esta aliança
secreta do nosso ser com as maravilhas do Universo que dá à
poesia a sua verdadeira grandeza. O poeta sabe estabelecer a
unidade do mundo físico com o mundo morl; e a sua imaginação
forma um laço entre um e outro.
                         Madame de Staël, De L’Alemagne, 1833
O indivíduo e a Natureza




“Assalto e desejo”
O indivíduo e a Natureza

“Desde a minha juventude que o meu espírito não concordava com
as almas dos jovens. A ambição que devorava os outros era-me
desconhecida (...). Os meus prazeres eram errar na solidão, respirar
o ar das montanhas cobertas de gelo, no cimo das quais os pássaros
não ousam construir os ninhos, e cujo granito sem erva afasta os
insetos com asas ligeiras. Eu gostava de mergulhar na torrente ou
nas vagas do mar agitado; orgulhava-me de exercer as minhas
forças contra as correntes rápidas; gostava de seguir durante a noite
o caminho silencioso da Lua e o curso brilhante de cada estrela;
contemplava os relâmpagos durante as tempestades até que os meus
olhos ficassem deslumbrados; ou escutava a queda das folhas
quando os ventos de outono vinham desfolhar as florestas.”
                                               Lord Byron, Manfred, ato II
O indivíduo e a Natureza
O indivíduo e a Natureza




O revolucionário que luta até à morte pela liberdade, com
preocupações sociais e políticas, numa permanente contestação crítica
ao presente    (Lord Byron, Goya, Almeida Garret e Alexandre
Herculano)


Um descontente, um introvertido, um fatalista, cuja finalidade na vida
é o desenvolvimento próprio
O indivíduo e a Natureza




Nas artes, a Natureza é vista como um universo natural imaginário




 Cenários naturais para desenvolver a imaginação, a fantasia e o mistério
O indivíduo e a Natureza




John Constable, Stour Valley and Dedham Church, 1814-15
O indivíduo e a Natureza

Caspar David Friedrich, Viajante Junto
ao Mar de Névoa, 1815, óleo sobre tela
NAÇÕES E UTOPIAS
Nações e Utopias

      Nacionalismo                      Sentimento de consciência nacional



                                             Uma Nação = um Estado



                                         Valorização das raízes históricas
                                         das nações (Idade Média)
- Independência das colónias das
Américas
- Unificação da Itália e da Alemanha     Culto da língua nacional, do
- Independência de novos Estados         folclore e das tradições
- Contributo para a 1ª Guerra Mundial
Nações e Utopias
Nações e Utopias
Nações e Utopias



Tocqueville
                   “Deste imundo cano de esgoto
                   corre ouro puro. Aqui a
                   humanidade atinge o seu mais
                   completo desenvolvimento e o seu
                   maior embrutecimento, aqui a
                   civilização elabora os seus
                   milagres, enquanto o homem
                   civilizado se transforma quase num
                   selvagem”
Nações e Utopias



Saint-Simon             Socialismo utópico



                    - Conde inglês
                    - defendeu reformas do
                    Estado para terminar com a
                    exploração         e       a
                    proporcionalidade entre o
                    salário e a produtividade de
                    cada um
Nações e Utopias


Robert             Socialismo utópico
Owen


               - proprietário de uma grande
               algodoeira
               - criou as primeiras
               cooperativas operárias
               - construiu a New Lanark,
               uma cidade cooperativa
               para os operários da sua
               fábrica
Nações e Utopias


Charles               Socialismo utópico
Fourrier

                  - burguês francês
                  - defendeu a transformação
                  da      sociedade     numa
                  federação de comunidades
                  (os falanstérios), coope-
                  rativas de produção e
                  consumo
                  - defendeu a igualdade entre
                  homens e mulheres
Nações e Utopias



Proudhon              Socialismo utópico


                  - pensador francês
                  - defendeu a supressão do
                  poder do estado
                  - foi o precursor do
                  anarquismo
                  - defendeu a criação de
                  associações     livres   de
                  operários      (Associações
                  Mútuas)
Nações e Utopias


Marx e             Socialismo científico
Engels
                 Princípios básicos:
                 - materialismo histórico
                 - luta de classes
                 - organização internacional dos
                 trabalhadores
                 - conquista do poder pelo
                 proletariado


                  “Manifesto do Partido Comunista”
                               (1848)
Nações e Utopias



                                        Desenvolvi-
Alfabetização                            mento da
                                         imprensa


            Crítica social e política
                                     Consciencializa-
    Declínio da                          ção das
    mentalidade                        liberdades
     religiosa                         individuais
Nações e Utopias


            Crítica social e política



                Liberdade artística


                           - cartaz: Munch, Toulouse-Lautrec
                           - Folhetins de jornais: romances de Balzac e
A arte desceu à rua          George Sand
                           - Edições com grande tiragem: Emílio Zola
                           - Aparecimento de museus
Questões

Consulta as páginas 114 e 115 do manual.
1. Descreve a primazia do sentimento e da natureza no movimento
Romântico
2. Explica a importância do sentimento nacionalista para os Românticos.
3.Elabora um pequeno texto sobre as condições de vida e de trabalho do
proletariado.
4.. Identifica os teóricos e as obras que contribuíram para a melhoria das
condições de vida da classe operária.
5. Identifica os fatores que contribuíram para a crítica social e política.
6. Relaciona a crítica social e política com a produção artística.
O engenheiro Gustave Eiffel
O engenheiro Gustave Eiffel

                  Expoente máximo dos avanços
                   tecnológicos e científicos do
                           século XIX


                    Simbiose entre funcionalidade e
                       novos conceitos estéticos


                  Projetos de Eiffel são ícones de
                  uma época:
                  -Torre Eiffel
                  - estrutura da Estátua da Liberdade
                  - comportas do Canal do Panamá


                        Pioneiro e emblemático
O engenheiro Gustave Eiffel
                  Generalização de novos materiais:
                            ferro e vidro


              Novo conceito de espaço, desmaterializado
               através de estruturas finas e resistentes


               A relação entre espaço interior e exterior
                             intensifica-se
O engenheiro Gustave Eiffel
                                   Ponte D. Maria Pia, Porto




Viaduto de Garabit, França
O engenheiro Gustave Eiffel

                       Arquitetura de ferro

               Utilização de ferro forjado        em
               construções de grande amplitude


               Colunas e vigas mostram o esqueleto
               de sustentação do edifício, permitindo
               a cobertura de grandes superfícies sem
               fraccionamentos internos e com maior
               resistência ao fogo


                       Exposições universais
A 1ª Exposição Universal (Londres, 1851)
A 1ª Exposição Universal (Londres, 1851)


“A história do mundo não regista evento
comparável, na promoção da indústria
humana, como “A Grande Exposição dos
Trabalhos da Indústria de Todas as
Nações”,     de     1851.   Um      povo
extraordinário convidou todas as nações
civilizadas para um festival, para
comparar os trabalhos da perícia humana.
Foi organizado por entidades privadas;
foi auto-suficiente e independente de
impostos e do emprego de escravos, que
os grandes empreendimentos dos tempos
antigos tinham exigido. “
Nicolau     Leitão,    Londres,    1851-
Exposições Universais
A 1ª Exposição Universal (Londres, 1851)

                               Revolução Industrial


                              Necessidade de divulgar as
                              novidades científicas e
                              tecnológicas


                              Exposição Universal em
                              Londres (1851)


                                 Palácio de Cristal, de
                                    Joseph Paxton


                                Uma demonstração de
                                   modernidade
A 1ª Exposição Universal (Londres, 1851)




Parte oeste: Grã-Bretanha e colónias        Parte este: restantes países
Norte: maquinarias
Sul: produtos agrícolas e matérias-primas
Centro: produtos manufacturados              Afirmação do primado da
                                            tecnologia sobre a tradição
A 1ª Exposição Universal (Londres, 1851)




                  -   Locomotivas
                  -   Carruagens
                  -   Carros de bombeiros
                  -   Carros de duas rodas
                  -   Martelo a vapor
                  -   Modelo de uma ponte suspensa em ferro
                  -   Telescópio
                  -   Barómetros
                  -   telégrafos
Questões

Consulta as páginas 116 e 117 do manual.
1.Justifica o contributo de Gustave Eiffel para a inovação registada na
arquitetura do século XIX.
2.Explica a importância da 1ª Exposição Universal em Londres
A 1ª Exposição Universal (Londres, 1851)

Mais conteúdo relacionado

Mais procurados (20)

PPT
Neoclassicismo em portugal
Ana Barreiros
 
PPT
A cultura do palacio
Ana Barreiros
 
PDF
A Arte Neoclássica
Carlos Pinheiro
 
DOC
Ficha formativa "A Cultura da Gare 1"
Ana Barreiros
 
PPT
Cultura do palco
Ana Barreiros
 
PDF
Pintura barroca
Ana Barreiros
 
PPT
Rococó
Ana Barreiros
 
PPTX
Arquitectura romantica
Andreia Ramos
 
PPT
Módulo 8 - Do impressionismo ao Pós-impressionismo
Carla Freitas
 
PPT
Módulo 8 - Arte em Portugal nos finais do século XIX
Carla Freitas
 
PPTX
Cultura do salao
Ana Barreiros
 
PPT
Neoclassicismo
Ana Barreiros
 
PPTX
A cultura da gare contexto
cattonia
 
PPT
Módulo 7 contexto histórico
Carla Freitas
 
PDF
O romantismo na arquitetura e na pintura
Carlos Pinheiro
 
PDF
A arte nova
Carlos Pinheiro
 
PDF
O romantismo
Ana Barreiros
 
PPTX
Cultura do espaço virtual
Ana Barreiros
 
PPTX
A Cultura do Salão: tempo, espaço e local
Hca Faro
 
DOC
Ficha "A Cultura do Salão"
Ana Barreiros
 
Neoclassicismo em portugal
Ana Barreiros
 
A cultura do palacio
Ana Barreiros
 
A Arte Neoclássica
Carlos Pinheiro
 
Ficha formativa "A Cultura da Gare 1"
Ana Barreiros
 
Cultura do palco
Ana Barreiros
 
Pintura barroca
Ana Barreiros
 
Rococó
Ana Barreiros
 
Arquitectura romantica
Andreia Ramos
 
Módulo 8 - Do impressionismo ao Pós-impressionismo
Carla Freitas
 
Módulo 8 - Arte em Portugal nos finais do século XIX
Carla Freitas
 
Cultura do salao
Ana Barreiros
 
Neoclassicismo
Ana Barreiros
 
A cultura da gare contexto
cattonia
 
Módulo 7 contexto histórico
Carla Freitas
 
O romantismo na arquitetura e na pintura
Carlos Pinheiro
 
A arte nova
Carlos Pinheiro
 
O romantismo
Ana Barreiros
 
Cultura do espaço virtual
Ana Barreiros
 
A Cultura do Salão: tempo, espaço e local
Hca Faro
 
Ficha "A Cultura do Salão"
Ana Barreiros
 

Destaque (6)

PDF
A cultura da gare
Catarina Barbosa
 
DOCX
Ficha formativa "A Cultura da Gare 2"
Ana Barreiros
 
PPTX
Cultura da Gare
Marta Marinho
 
PPT
A cultura da Gare - História da Cultura e das Artes
João Couto
 
PPT
Pintura romana
Ana Barreiros
 
DOC
Ficha formativa "A Cultura do Cinema 1"
Ana Barreiros
 
A cultura da gare
Catarina Barbosa
 
Ficha formativa "A Cultura da Gare 2"
Ana Barreiros
 
Cultura da Gare
Marta Marinho
 
A cultura da Gare - História da Cultura e das Artes
João Couto
 
Pintura romana
Ana Barreiros
 
Ficha formativa "A Cultura do Cinema 1"
Ana Barreiros
 
Anúncio

Semelhante a A cultura da gare (20)

PPTX
As cidades se c xix final
José Palma
 
PPTX
Unidade 8 burgueses proletários classes medias e camponeses
Vítor Santos
 
PDF
Aula Reforma de Paris_Historia e Urbanismopdf
Talita760981
 
PPTX
Geo Urb 4.pptx
vpcsilva
 
PPTX
capitalismo fases e características.pptx
AllanCamargo6
 
PDF
A belle epoque e os valores liberais aula de historia
analuisasesso
 
PPTX
A civilização industrial no século XIX
BeatrizMarques25
 
PDF
H1 o mundo industrializado
Vítor Santos
 
PDF
Unidade 7 mundo industrializado e países de dificil industrialização
Vítor Santos
 
PPTX
O embate entre as correntes liberais e os socialismos no século XIX. http://b...
Washington Souza
 
PPTX
A Civilização Industrial no século XIX
Nuno Eusébio
 
KEY
Aula 1 módulo 8
Emanuel Vieira
 
PPT
A sociedade industrial e urbana 8º
cattonia
 
PDF
O Espaço Geográfico e a Industrialização
RafaelArajo201694
 
PPT
Hgp trabalho sec XIX
MrBatatamo
 
PPTX
História 9ºano
Fabiana Severiano
 
PPT
Capitalismo x socialismo = 2010
landipaula
 
PPTX
Indústria
Beach
 
PDF
Revolução Industrial, Neoclassicismo, Estilo Vitoriano e Panorama de estilos
angelicaferraz
 
As cidades se c xix final
José Palma
 
Unidade 8 burgueses proletários classes medias e camponeses
Vítor Santos
 
Aula Reforma de Paris_Historia e Urbanismopdf
Talita760981
 
Geo Urb 4.pptx
vpcsilva
 
capitalismo fases e características.pptx
AllanCamargo6
 
A belle epoque e os valores liberais aula de historia
analuisasesso
 
A civilização industrial no século XIX
BeatrizMarques25
 
H1 o mundo industrializado
Vítor Santos
 
Unidade 7 mundo industrializado e países de dificil industrialização
Vítor Santos
 
O embate entre as correntes liberais e os socialismos no século XIX. http://b...
Washington Souza
 
A Civilização Industrial no século XIX
Nuno Eusébio
 
Aula 1 módulo 8
Emanuel Vieira
 
A sociedade industrial e urbana 8º
cattonia
 
O Espaço Geográfico e a Industrialização
RafaelArajo201694
 
Hgp trabalho sec XIX
MrBatatamo
 
História 9ºano
Fabiana Severiano
 
Capitalismo x socialismo = 2010
landipaula
 
Indústria
Beach
 
Revolução Industrial, Neoclassicismo, Estilo Vitoriano e Panorama de estilos
angelicaferraz
 
Anúncio

Mais de Ana Barreiros (20)

PDF
Pintura barroca na Europa
Ana Barreiros
 
PDF
Rubrica de avaliação
Ana Barreiros
 
PDF
Lista de verificação e-atividade
Ana Barreiros
 
PDF
Casa Sommer
Ana Barreiros
 
PDF
Bairro dos museus
Ana Barreiros
 
PPTX
Imagens de Arquitetura Barroca
Ana Barreiros
 
PPTX
Pintura do quattrocento
Ana Barreiros
 
DOC
Correcao 2ª ficha formativa cultura do cinema
Ana Barreiros
 
PPT
O aparecimento da arte gotica
Ana Barreiros
 
PPT
Escultura romana
Ana Barreiros
 
PPTX
A modernização de Portugal na 2ª metade séc. XIX - trabalho de Beatriz, 6ºG
Ana Barreiros
 
DOC
Ficha "A Cultura do Palco"
Ana Barreiros
 
DOCX
Ficha formativa grandes_civilizacoes
Ana Barreiros
 
DOCX
Ficha formativa 1820 e o liberalismo correcao
Ana Barreiros
 
DOCX
Ficha formativa 1 HGP 6º ano
Ana Barreiros
 
PPTX
As artes na atualidade
Ana Barreiros
 
PPTX
A arquitetura da 1ª metade século xx
Ana Barreiros
 
PPTX
A arte abstrata depois da 2ª guerra
Ana Barreiros
 
PPTX
Arte abstrata
Ana Barreiros
 
PPTX
Os caminhos da abstracao formal
Ana Barreiros
 
Pintura barroca na Europa
Ana Barreiros
 
Rubrica de avaliação
Ana Barreiros
 
Lista de verificação e-atividade
Ana Barreiros
 
Casa Sommer
Ana Barreiros
 
Bairro dos museus
Ana Barreiros
 
Imagens de Arquitetura Barroca
Ana Barreiros
 
Pintura do quattrocento
Ana Barreiros
 
Correcao 2ª ficha formativa cultura do cinema
Ana Barreiros
 
O aparecimento da arte gotica
Ana Barreiros
 
Escultura romana
Ana Barreiros
 
A modernização de Portugal na 2ª metade séc. XIX - trabalho de Beatriz, 6ºG
Ana Barreiros
 
Ficha "A Cultura do Palco"
Ana Barreiros
 
Ficha formativa grandes_civilizacoes
Ana Barreiros
 
Ficha formativa 1820 e o liberalismo correcao
Ana Barreiros
 
Ficha formativa 1 HGP 6º ano
Ana Barreiros
 
As artes na atualidade
Ana Barreiros
 
A arquitetura da 1ª metade século xx
Ana Barreiros
 
A arte abstrata depois da 2ª guerra
Ana Barreiros
 
Arte abstrata
Ana Barreiros
 
Os caminhos da abstracao formal
Ana Barreiros
 

Último (20)

PDF
POP IT - Calculando multiplicação
Mary Alvarenga
 
PPTX
RELAÇÕES INTERPESSOAISQKJSXKJQSXJQSXKJQS
WalbersonMartinsRodr
 
PDF
Material Didático - Marketing de Varejo.pdf
Centro Universitário Carioca - UniCarioca
 
PDF
aula3,4,5 com os conteudos lá mencionados.
biblioteca123
 
PDF
POP IT - CALCULANDO ADIÇÃO E SUBTRAÇÃO.
Mary Alvarenga
 
PPT
Aula 3. Estrutura e função da membrana plasmática e organelas celulares.ppt
EmilyMoura10
 
PPTX
Slides Lição 4, CPAD, Uma Igreja Cheia do Espírito Santo, 3Tr25.pptx
LuizHenriquedeAlmeid6
 
PDF
A permanência dos conceitos de civilização e barbárie.pdf
katiasaraiva3
 
PPTX
NR 35 - Atividade de Trabalho em Altura - 2024.pptx
joaodantastst
 
PDF
aula 6-7.pdffamília, possessivos, verbos.
biblioteca123
 
PDF
Unidade de tratamento intensivo resumo.pdf
WevertonCaetano2
 
PDF
Unidade zero Português para todos os que quiserem
biblioteca123
 
PDF
aula 8 -pastelaria2.pdfoutra vez a comer bolos.
biblioteca123
 
PDF
150_ESBOCOS_LIMPO, uma mensagem favorável
JosiasSilva69
 
PPTX
Estudos Sócio-antropológicos da Infância e da Juventude - plano de ensino.pptx
Emilim1
 
PPTX
Educação Física - 6º Ano - Esportes de Marca
MarcosNasinbene1
 
PPTX
RemovePagesResult_2025_07_16_05_41_44.pptx
AlissonLobo2
 
PPTX
Slides Lição 3, Betel, Rejeição e Oposição, 3Tr25.pptx
LuizHenriquedeAlmeid6
 
PDF
MKT-serviços -CRM-rev.2023.2 TEMA 8.pdf
Centro Universitário Carioca - UniCarioca
 
PPTX
'NR35 - Nova Corpo Principal da NR 35 - julho 2023' com você.pptx
gabriellemepaiva
 
POP IT - Calculando multiplicação
Mary Alvarenga
 
RELAÇÕES INTERPESSOAISQKJSXKJQSXJQSXKJQS
WalbersonMartinsRodr
 
Material Didático - Marketing de Varejo.pdf
Centro Universitário Carioca - UniCarioca
 
aula3,4,5 com os conteudos lá mencionados.
biblioteca123
 
POP IT - CALCULANDO ADIÇÃO E SUBTRAÇÃO.
Mary Alvarenga
 
Aula 3. Estrutura e função da membrana plasmática e organelas celulares.ppt
EmilyMoura10
 
Slides Lição 4, CPAD, Uma Igreja Cheia do Espírito Santo, 3Tr25.pptx
LuizHenriquedeAlmeid6
 
A permanência dos conceitos de civilização e barbárie.pdf
katiasaraiva3
 
NR 35 - Atividade de Trabalho em Altura - 2024.pptx
joaodantastst
 
aula 6-7.pdffamília, possessivos, verbos.
biblioteca123
 
Unidade de tratamento intensivo resumo.pdf
WevertonCaetano2
 
Unidade zero Português para todos os que quiserem
biblioteca123
 
aula 8 -pastelaria2.pdfoutra vez a comer bolos.
biblioteca123
 
150_ESBOCOS_LIMPO, uma mensagem favorável
JosiasSilva69
 
Estudos Sócio-antropológicos da Infância e da Juventude - plano de ensino.pptx
Emilim1
 
Educação Física - 6º Ano - Esportes de Marca
MarcosNasinbene1
 
RemovePagesResult_2025_07_16_05_41_44.pptx
AlissonLobo2
 
Slides Lição 3, Betel, Rejeição e Oposição, 3Tr25.pptx
LuizHenriquedeAlmeid6
 
MKT-serviços -CRM-rev.2023.2 TEMA 8.pdf
Centro Universitário Carioca - UniCarioca
 
'NR35 - Nova Corpo Principal da NR 35 - julho 2023' com você.pptx
gabriellemepaiva
 

A cultura da gare

  • 2. 1814 – 1905 Da Batalha de Waterloo à Exposição dos Fauves 1815 1850 1905 Realismo Romantismo Impressionismo Batalha de Exposição dos Waterloo Fauves
  • 3. O CONTEXTO POLÍTICO, ECONÓMICO E SOCIAL
  • 4. CONTEXTO POLÍTICO O Império napoleónico foi derrotado na batalha de Waterloo (1815). As potências aliadas (Prússia, Rússia e Império Austro- Húngaro) formaram a Santa Aliança e organizaram o Congresso de Viena (1814-15). Neste Congresso reafirmaram-se os direitos dinásticos e fez-se num novo mapa da Europa, criando fronteiras artificiais e ignorando as aspirações nacionalistas de vários povos.
  • 5. CONTEXTO POLÍTICO - Revoltas em França que impuseram os ideais democráticos entre 1830-48 - - 1815-1830: restauração da monarquia dos Bourbon - - 1830-1848: monarquia constitucional de Luís Filipe - - 1848-1851: Segunda República - - 1851-1870: Segundo Império - - 1871-1940: Terceira República Delacroix, Os massacres de Quios, 1824.
  • 6. CONTEXTO POLÍTICO “A Primavera das Nações”: - - Movimentos nacionalistas na Grécia e Sérvia (libertaram-se dos turcos otomanos em 1830) - - Movimento nacionalista da Bélgica (separação da Holanda em 1830) - - Unificações políticas da Itália (1870) e da Alemanha (1871) Delacroix, Os massacres de Quios, 1824.
  • 7. CONTEXTO POLÍTICO - Revoltas liberais e nacionalistas na América Latina D. Pedro I do Brasil
  • 8. CONTEXTO ECONÓMICO 2ª Revolução Industrial Telefone Eletricidade Telégrafo Máquina a vapor Indústria têxtil Locomotiva a vapor
  • 9. CONTEXTO ECONÓMICO - capitalismo liberal, industrial e financeiro (produção em série, em grandes quantidades e baixos preços) - conquista de novos mercados (1º América, depois África); - exploração colonial de recursos e matérias–primas - luta pelo comércio internacional Caricaturas das grandes nações a dividirem o mundo em áreas de influência económica (Grã-Bretanha, Alemanha, Rússia, França e Operários a laborar em fábrica Japão)
  • 10. CONTEXTO SOCIAL Grande Burguesia  O capitalismo liberal desenvolveu uma classe alta, abastada, cujas fortunas se fizeram de grandes negócios como bancos, minas, comércio colonial e internacional, seguros, produção industrial, etc.  Esta classe procurou imitar os valores e a aparência da nobreza, mas salientou-se pelos estudos que deu aos seus filhos e pela ostentação de grande luxo
  • 11. CONTEXTO SOCIAL Pequena burguesia A força motriz dos movimentos revolucionários Proletariado
  • 12. CONTEXTO SOCIAL Classe Média  O desenvolvimento dos governos liberais, das cidades, da indústria e do comércio levou ao crescimento do sector dos serviços e à consolidação da classe média: funcionários públicos, médios comerciantes, professores, advogados e médicos, etc.  A instrução primária generalizou-se nas principais cidades e a imprensa difundiu-se.
  • 13. CONTEXTO SOCIAL Proletariado  Baixos salários  longas horas de trabalho  trabalho infantil  falta de segurança e de higiene no trabalho Bairro operário em Londres, séc. XIX  más condições de habitação e de alimentação
  • 14. CONTEXTO SOCIAL Proletariado Consciência de classe Crescimento das associações sindicais (“Trade Unions”) + Apoio das novas ideologias políticas: - Socialismo utópico (Saint-Simon, Robert Owen, Fourrier, Proudhon)
  • 15. CONTEXTO SOCIAL Proletariado Consciência de classe Crescimento das associações sindicais (“Trade Unions”) + Apoio das novas ideologias políticas: -Socialismo utópico (Saint-Simon, Robert Owen, Fourrier, Proudhon) - Socialismo científico (Karl Marx e Friedrich Engels)
  • 16. CONTEXTO SOCIAL Socialismo científico Princípios básicos: -Materialismo histórico - Luta de classes - organização internacional dos trabalhadores - conquista do poder pelo proletariado “Manifesto do Partido Comunista” (1848)
  • 17. CONTEXTO SOCIAL Socialismo 1871 – Revolta da Comuna de Paris
  • 18. Sociedade liberal, burguesa, industrial e urbana 2º Revolução Clima de confiança e de otimismo Industrial devido aos progressos técnicos Positivismo O “século das - cientismo Invenções” - racionalismo
  • 19. Sociedade liberal, burguesa, industrial e urbana 2º Revolução Industrial Desenvolvimento urbano - largas avenidas arborizadas - quarteirões com edifícios de 5 a 6 pisos Londres no final do séc. XIX
  • 20. Sociedade liberal, burguesa, industrial e urbana 2º Revolução Industrial Desenvolvimento urbano - Boulevards - cafés-concerto - cabarets - vaudevilles - teatros - salões - novas praças e jardins Boulevard Haussman no final do séc. XIX
  • 21. Sociedade liberal, burguesa, industrial e urbana Regimes liberais Monarquias constitucionais Sufrágio censitário - crescente preocupação pela saúde, trabalho, educação e cultura - desenvolvimento das políticas colonialistas e imperialistas - Conferência de Berlim (1884-58) colonização de África
  • 22. A EUROPA DAS LINHAS FÉRREAS
  • 23. A Europa das linhas férreas - caminhos de ferro Revolução dos Transportes - navios a vapor
  • 24. A Europa das linhas férreas Rede ferroviária no século XIX (em quil´metros, segundo C. Fohlen)
  • 25. A Europa das linhas férreas As linhas férreas na Europa em 1840 e em 1880
  • 26. A Europa das linhas férreas 1856 – Lisboa ao Carregado (36 Km) 1912 – 2974 Km
  • 27. A Europa das linhas férreas Consequências - desenvolvimento económico devido ao aumento de circulação de produtos - formação de novas cidades - alteração urbanística nas cidades devido à construção de infraestruturas (pontes, viadutos, túneis, apeadeiros, gares) - combateu o isolamento e encurtou distâncias - aumento da mobilidade geográfica e social da população - aumento da população urbana (bairros operários)
  • 28. A Europa das linhas férreas Consequências - aparecimento de novos empregos e profissões - desenvolvimento financeiro dos investidores (Estados, sociedades privadas e Bolsa de Valores) - rapidez na correspondência - avanço cultural
  • 30. A gare Desenvolvimento urbano - crescimento demográfico - industrialização - desenvolvimento do comércio e dos serviços - caminho de ferro Construção da estação de caminhos de ferro, a gare, no centro da cidade Claude Monet, A Gare de Saint-Lazare, 1877, óleo sobre tela Largas vias e avenidas para o escoamento dos passageiros
  • 31. A gare W.P. Frith, Estação de Paddington, 1862, óleo, Londres
  • 32. A gare W.P. Frith, Estação de Paddington, 1862, óleo, Londres A “nova porta da cidade”: ponto de encontro e local de divulgação e de troca, espaços animados pela azáfama de gentes
  • 33. A gare Gare Pólo de dinamização urbana : -Ponto aglutinador de ideias, experiências e trocas - pessoas em trânsito (esperas/despedidas), num permanente movimento e Gare de St Pancras, Londres, 1864-68 burburinho Tornou-se um símbolo da vida urbana, lugar de confluência de viajantes e aventureiros, homens de negócios e industriais, de gente à procura de melhores condições de vida.
  • 34. A gare Gare de King’s Cross, Londres, 1851-1853
  • 35. A gare Representa: - os novos tempos: a velocidade , o desenvolvimento da tecnologia, a modernidade, a abertura ao mundo. - a capacidade inventiva dos homens e o exemplo do uso dos novos materiais construtivos: o ferro e o vidro, produzidos industrialmente. Gare de St Pancras, Londres, 1864-68 .- a proeminência de uma classe de técnicos, os engenheiros que se destacam dos arquitectos pela sua formação nas Escolas Politécnicas
  • 36. A gare Estilo Neoclássico: Gare de Euston, Londres, 1837
  • 37. A gare Estilo Neogótico: Gare de Saint-Pancras, Londres, 1868-74
  • 38. A gare Estilo Neomanuelino: Estação do Rossio, Lisboa, 1886-87
  • 39. A gare Art Déco: Estação de Helsínquia, Finlândia, 1904-14
  • 40. Questões Consulta o manual da página 108 à p. 112, para responderes às questões. 1. Identifica o acontecimento que pôs fim à carreira política de Napoleão Bonaparte. 2. Indica os objectivos do Congresso de Viena e as consequências destas medidas, para a França. 3. Refere a evolução política da França entre 1815 e 1871. 4. Após o Congresso de Viena deram-se na Europa, um conjunto de movimentos revolucionários de independência nacional. Onde tiveram lugar? Contra quem? 5. No século XIX a Alemanha e a Itália unificaram-se. Quem foram os mentores destas unificações? 6. A América Central e do Sul também foi abrangida por esta vaga revolucionária. Justifica. 7. Indica três invenções tecnológicas fundamentais para o desenvolvimento da Revolução Industrial no século XIX. 8.Quais os tipos de transporte que mais se desenvolveram no século XIX? 9. Quais as vantagens económicas, sociais e culturais resultantes do desenvolvimento dos transportes. 10. “ Convertidas em autênticos templos de modernidade, as gares vão reflectir as últimas novidades tecnológicas e construtivas decorrentes da Revolução industrial”. Comenta a frase. ( página 112)
  • 41. O INDIVÍDUO E A NATUREZA
  • 42. O indivíduo e a Natureza Romantismo Alterações ideológicas Utilizado pela primeira vez em 1750, o termo foi utilizado para definir o tema das antigas novelas pastoris e de cavalaria e significou pitoresco (expressão da emoção provocada pela visão de uma paisagem) Movimento artístico-filosófico John Constable, O cavalo pulando, 1825
  • 43. O indivíduo e a Natureza Movimento Romantismo artístico- -filosófico A alma da Natureza faz-se conhecer a nós de todas as partes e sob mil formas diversas. O campo fértil, como os desertos abandonados, o mar, como as estrelas, estão submetidos as mesmas leis; e o Homem encerra em si próprio sensações, alegrias ocultas, que correspondem ao dia, à noite, à tempestade: é esta aliança secreta do nosso ser com as maravilhas do Universo que dá à poesia a sua verdadeira grandeza. O poeta sabe estabelecer a unidade do mundo físico com o mundo morl; e a sua imaginação forma um laço entre um e outro. Madame de Staël, De L’Alemagne, 1833
  • 44. O indivíduo e a Natureza Romantismo Primazia do sentimento e da Natureza A alma da Natureza faz-se conhecer a nós de todas as partes e sob mil formas diversas. O campo fértil, como os desertos abandonados, o mar, como as estrelas, estão submetidos as mesmas leis; e o Homem encerra em si próprio sensações, alegrias ocultas, que correspondem ao dia, à noite, à tempestade: é esta aliança secreta do nosso ser com as maravilhas do Universo que dá à poesia a sua verdadeira grandeza. O poeta sabe estabelecer a unidade do mundo físico com o mundo morl; e a sua imaginação forma um laço entre um e outro. Madame de Staël, De L’Alemagne, 1833
  • 45. O indivíduo e a Natureza “Assalto e desejo”
  • 46. O indivíduo e a Natureza “Desde a minha juventude que o meu espírito não concordava com as almas dos jovens. A ambição que devorava os outros era-me desconhecida (...). Os meus prazeres eram errar na solidão, respirar o ar das montanhas cobertas de gelo, no cimo das quais os pássaros não ousam construir os ninhos, e cujo granito sem erva afasta os insetos com asas ligeiras. Eu gostava de mergulhar na torrente ou nas vagas do mar agitado; orgulhava-me de exercer as minhas forças contra as correntes rápidas; gostava de seguir durante a noite o caminho silencioso da Lua e o curso brilhante de cada estrela; contemplava os relâmpagos durante as tempestades até que os meus olhos ficassem deslumbrados; ou escutava a queda das folhas quando os ventos de outono vinham desfolhar as florestas.” Lord Byron, Manfred, ato II
  • 47. O indivíduo e a Natureza
  • 48. O indivíduo e a Natureza O revolucionário que luta até à morte pela liberdade, com preocupações sociais e políticas, numa permanente contestação crítica ao presente (Lord Byron, Goya, Almeida Garret e Alexandre Herculano) Um descontente, um introvertido, um fatalista, cuja finalidade na vida é o desenvolvimento próprio
  • 49. O indivíduo e a Natureza Nas artes, a Natureza é vista como um universo natural imaginário Cenários naturais para desenvolver a imaginação, a fantasia e o mistério
  • 50. O indivíduo e a Natureza John Constable, Stour Valley and Dedham Church, 1814-15
  • 51. O indivíduo e a Natureza Caspar David Friedrich, Viajante Junto ao Mar de Névoa, 1815, óleo sobre tela
  • 53. Nações e Utopias Nacionalismo Sentimento de consciência nacional Uma Nação = um Estado Valorização das raízes históricas das nações (Idade Média) - Independência das colónias das Américas - Unificação da Itália e da Alemanha Culto da língua nacional, do - Independência de novos Estados folclore e das tradições - Contributo para a 1ª Guerra Mundial
  • 56. Nações e Utopias Tocqueville “Deste imundo cano de esgoto corre ouro puro. Aqui a humanidade atinge o seu mais completo desenvolvimento e o seu maior embrutecimento, aqui a civilização elabora os seus milagres, enquanto o homem civilizado se transforma quase num selvagem”
  • 57. Nações e Utopias Saint-Simon Socialismo utópico - Conde inglês - defendeu reformas do Estado para terminar com a exploração e a proporcionalidade entre o salário e a produtividade de cada um
  • 58. Nações e Utopias Robert Socialismo utópico Owen - proprietário de uma grande algodoeira - criou as primeiras cooperativas operárias - construiu a New Lanark, uma cidade cooperativa para os operários da sua fábrica
  • 59. Nações e Utopias Charles Socialismo utópico Fourrier - burguês francês - defendeu a transformação da sociedade numa federação de comunidades (os falanstérios), coope- rativas de produção e consumo - defendeu a igualdade entre homens e mulheres
  • 60. Nações e Utopias Proudhon Socialismo utópico - pensador francês - defendeu a supressão do poder do estado - foi o precursor do anarquismo - defendeu a criação de associações livres de operários (Associações Mútuas)
  • 61. Nações e Utopias Marx e Socialismo científico Engels Princípios básicos: - materialismo histórico - luta de classes - organização internacional dos trabalhadores - conquista do poder pelo proletariado “Manifesto do Partido Comunista” (1848)
  • 62. Nações e Utopias Desenvolvi- Alfabetização mento da imprensa Crítica social e política Consciencializa- Declínio da ção das mentalidade liberdades religiosa individuais
  • 63. Nações e Utopias Crítica social e política Liberdade artística - cartaz: Munch, Toulouse-Lautrec - Folhetins de jornais: romances de Balzac e A arte desceu à rua George Sand - Edições com grande tiragem: Emílio Zola - Aparecimento de museus
  • 64. Questões Consulta as páginas 114 e 115 do manual. 1. Descreve a primazia do sentimento e da natureza no movimento Romântico 2. Explica a importância do sentimento nacionalista para os Românticos. 3.Elabora um pequeno texto sobre as condições de vida e de trabalho do proletariado. 4.. Identifica os teóricos e as obras que contribuíram para a melhoria das condições de vida da classe operária. 5. Identifica os fatores que contribuíram para a crítica social e política. 6. Relaciona a crítica social e política com a produção artística.
  • 66. O engenheiro Gustave Eiffel Expoente máximo dos avanços tecnológicos e científicos do século XIX Simbiose entre funcionalidade e novos conceitos estéticos Projetos de Eiffel são ícones de uma época: -Torre Eiffel - estrutura da Estátua da Liberdade - comportas do Canal do Panamá Pioneiro e emblemático
  • 67. O engenheiro Gustave Eiffel Generalização de novos materiais: ferro e vidro Novo conceito de espaço, desmaterializado através de estruturas finas e resistentes A relação entre espaço interior e exterior intensifica-se
  • 68. O engenheiro Gustave Eiffel Ponte D. Maria Pia, Porto Viaduto de Garabit, França
  • 69. O engenheiro Gustave Eiffel Arquitetura de ferro Utilização de ferro forjado em construções de grande amplitude Colunas e vigas mostram o esqueleto de sustentação do edifício, permitindo a cobertura de grandes superfícies sem fraccionamentos internos e com maior resistência ao fogo Exposições universais
  • 70. A 1ª Exposição Universal (Londres, 1851)
  • 71. A 1ª Exposição Universal (Londres, 1851) “A história do mundo não regista evento comparável, na promoção da indústria humana, como “A Grande Exposição dos Trabalhos da Indústria de Todas as Nações”, de 1851. Um povo extraordinário convidou todas as nações civilizadas para um festival, para comparar os trabalhos da perícia humana. Foi organizado por entidades privadas; foi auto-suficiente e independente de impostos e do emprego de escravos, que os grandes empreendimentos dos tempos antigos tinham exigido. “ Nicolau Leitão, Londres, 1851- Exposições Universais
  • 72. A 1ª Exposição Universal (Londres, 1851) Revolução Industrial Necessidade de divulgar as novidades científicas e tecnológicas Exposição Universal em Londres (1851) Palácio de Cristal, de Joseph Paxton Uma demonstração de modernidade
  • 73. A 1ª Exposição Universal (Londres, 1851) Parte oeste: Grã-Bretanha e colónias Parte este: restantes países Norte: maquinarias Sul: produtos agrícolas e matérias-primas Centro: produtos manufacturados Afirmação do primado da tecnologia sobre a tradição
  • 74. A 1ª Exposição Universal (Londres, 1851) - Locomotivas - Carruagens - Carros de bombeiros - Carros de duas rodas - Martelo a vapor - Modelo de uma ponte suspensa em ferro - Telescópio - Barómetros - telégrafos
  • 75. Questões Consulta as páginas 116 e 117 do manual. 1.Justifica o contributo de Gustave Eiffel para a inovação registada na arquitetura do século XIX. 2.Explica a importância da 1ª Exposição Universal em Londres
  • 76. A 1ª Exposição Universal (Londres, 1851)