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HUMANIZAÇÃO HOSPITALAR
Thalita Soares Agati
Humanização
“O que se denomina quadro clínico não
é apenas a fotografia de um homem
doente no leito; é uma pintura
impressionista do paciente circundado
por sua família, seu trabalho, suas
relações, suas alegrias, seus pesares,
suas esperanças e seus medos”.
Francis Weld Peabody
Humanização
 Considerando o paciente como alguém que
possui necessidades, desejos, medos e
angústias e não somente como uma doença a
ser tratada, atividades diferenciadas que o
levem a um bem estar físico e psíquico podem
e devem ser realizadas de modo a tornar mais
fácil seu dia-a-dia no hospital. Sendo assim, a
humanização aparece como uma forma de
prover a interação entre a equipe médica, a
família e o paciente.
Humanização
 Humanizar o ambiente hospitalar é resgatar e
fortalecer o comportamento ético, articular o
cuidado técnico-científico, com o cuidado que
incorpora a necessidade de acolher o
imprevisível, o incontrolável, o diferente e
singular. Mais do que isso, humanizar é adotar
uma prática em que profissionais e usuários
considerem o conjunto dos aspectos físicos,
subjetivos e sociais, assumindo postura ética
de respeito ao outro, de acolhimento do
desconhecido e de reconhecimento de limites.
Humanização
 Humanizar é garantir a palavra a sua
dignidade ética, ou seja, para que o
sofrimento humano e as percepções
de dor ou de prazer no corpo sejam
humanizados é preciso que as
palavras expressas pelo sujeito sejam
entendidas pelo outro.
Humanização
 Humanização é o desejo de levar em
consideração as necessidades
verdadeiras do paciente, não sendo
unicamente materiais, mas também
psicológicas e da personalidade do
doente.
 Reintroduzir o humano no
funcionamento do hospital.
Humanização
 Não reduz o paciente ao papel de
uma usina de órgãos danificados,
podendo desta forma possibilitar que
cada paciente continue vivendo como
ser humano.
 Para humanizar o ambiente é preciso
desenvolver algumas características
(estruturais e pessoais), relevando a
individualidade de cada paciente.
Humanização
 Em um dos hospitais pesquisados foi
constatado que, em caso de residentes,
em um dos partos e em intervalo de
menos de duas horas, três pessoas
chegaram para uma paciente e, sem se
apresentar ou lhe dirigir a palavra,
fizeram toques vaginais que sequer
foram registrados nos prontuário –
DESPERSONALIZAÇÃO!!!
Humanização
 A humanização na área de saúde
abrange desde o contato com o
paciente até o atendimento de
familiares.
 O médico deve integrar os recursos
tecnológicos com a compreensão da
personalidade do paciente e suas
reações.
 Compreensão da realidade para se
propor estratégias de humanização.
Humanização
 Preocupação atual e contínua dos
profissionais da saúde.
 O cuidado com a existência do ser
doente hospitalizado.
 Humanização: disposição dos
equipamentos, ergonomia, melhoria
nas relações humanas em ambiente
de saúde, etc.
Humanização
 O Ministério da Saúde criou o
Programa Nacional de Humanização
da Assistência Hospitalar (PNHAH).
 Promover uma mudança de cultura
no atendimento de saúde.
 Grupos de Trabalho de Humanização.
Humanização
 Projetos de humanização: Difundir os
benefícios da assistência humanizada,
pesquisar pontos críticos de
funcionamento da instituição, propor
mudanças que possam beneficiar os
usuários e profissionais de saúde e
melhorar a comunicação e a
integração do hospital com a
comunidade.
Humanização
 Projeto Canguru; Incentivo ao
aleitamento materno; Brinquedoteca;
Salas de conforto; Intervenções
ambientais; Permanência da família 24
horas; Unidades adaptadas; Hospital
Amigo da Criança; Grupos de apoio;
Salas para atividades psicoterapêuticas;
SAC; Política “posso ajudar”; Sinalização
interna e externa; Programa de
Qualidade de Vida dos Pacientes (ex.:
tabagismo).
Humanização
 Indicadores que refletem humanização:
 Manejo da dor; manejo de pacientes
terminais; reconciliação medicamentosa;
uso de restrição; identificação do
paciente; adesão ao parto normal;
vigilância, prevenção e monitoramento
da infecção hospitalar; identificação de
risco psicológico; otimização de
recursos, adesão e diretrizes de
protocolos clínicos.
Humanização
 Humanizar significa associar
ambiente físico, tecnologia avançada
e recursos humanos para garantir
uma assistência completa ao paciente
e familiar.
Humanização
 Cor;
 Luz;
 Temperatura;
 Ruídos;
 Equipamentos;
 Pessoal;
 Boxe;
 Sala de espera.
Humanização
 Todo o profissional deve identificar-se
pelo nome ao receber o paciente,
demonstrando disponibilidade para
atendê-lo;
 Todo o paciente deve ser tratado pelo
nome e não pelo número do leito ou
pela doença;
 Oferecer segurança física e emocional;
 Saber ouvir e valorizar as queixas;
Humanização
 Aliviar a dor e o sofrimento com
todos os recursos tecnológicos,
farmacológicos e psicológicos;
 Proporcionar privacidade;
 Respeitar, apoiar e acolher os
momentos difíceis dos familiares;
 Respeitar e colaborar com os outros
profissionais;
Humanização
 Demonstrar paciência;
 Ser tolerante em situação de conflito;
 Permitir a visita de representantes
religiosos;
 Incentivar a visita dos familiares;
 Oferecer informações e clarificar
dúvidas;
 Individualizar a assistência de acordo
com cada paciente.
Humanização
 O psicólogo hospitalar encontra-se numa posição
estratégica, sendo um intermediário entre a equipe
hospitalar e o paciente e sua família e para tanto, em
alguns hospitais, conta com o auxílio do trabalho de
voluntários. Com o objetivo de demonstrar o psicólogo
como mediador no processo de tratamento de uma
enfermidade, por meio de um trabalho integrado, neste
artigo demonstra-se o psicólogo como elo humanizador,
onde a sua atuação deve ir além da visão médica do ser
humano para lidar da melhor forma possível com
situações diversas que vão além da rotina hospitalar.
Humanização
 A comunicação constitui um dos
pilares básicos que sustenta a
filosofia e os preceitos da
humanização.
Transformar discurso em indicadores
de qualidade e de humanização:
 Estruturais: planta física, qualidade e
quantidade de equipamentos e tipos de
móveis;
 Processo: fluxos entre setores, relação
entre equipes.
Resultados
Demonstração dos efeitos das estruturas e
dos processos nos clientes/pacientes.
Souza (2004) afirma que humanização
não é apenas uma questão de
mudança das instalações físicas, é
principalmente uma mudança de
comportamento e atitudes frente ao
paciente e seus familiares.
Angerami (2002) entende que
“para que haja saúde integral,
a instituição hospitalar deve
compor-se de uma equipe
multiprofissional centrada no
paciente”.
Para o paciente:
Doença e seus sintomas –
ameaça à integridade
biopsicossocioespiritual.
“Não existe discurso de qualidade ou
de humanização que se sustente se
não colocarmos atenção na nossa
comunicação verbal e não-verbal...
(Silva, 2002)”.
Comunicação
 Comunicação vem do latim comunicare =
por em comum.
 Comunicação = conteúdo + sentimento.
 É difícil ter controle e consciência da
comunicação não-verbal; na dúvida é
nela que confiamos.
Comunicação adequada
 Capacidade de troca com o outro;
 habilidade em correlacionar o saber do
outro com o nosso saber;
 coerência entre comunicação verbal e
comunicação não-verbal.
Finalidades da Comunicação Não-
verbal:
 Complementar a comunicação verbal;
 contradizer o verbal;
 substituir o verbal;
 demonstrar sentimentos.
Comunicação não-verbal:
 “Cuidar é quando eu vejo que você é
capaz de sorrir e sentir-se feliz no
desempenho do seu trabalho”.
 “Cuidar é quando você me faz sentir
seguro em suas mãos”.
 “Cuidar é quando você me faz sentir
que também serei capaz de me virar;
espero quando chegar a minha vez”.
 “Cuidar é quando você me faz sentir
especial, embora eu seja como as
outras pessoas também são”.
 “Cuidar é quando você não me vê
apenas como um moribundo, e assim
me ajuda viver”.
 “Cuidar é quando ouço minha família
falar bem de você e sentir-se
confortada na sua presença”.
“Existe no silêncio uma tão
profunda sabedoria que às vezes
ele se transforma na mais perfeita
das respostas”. (Fernando Pessoa)
“Aquilo que você é fala tão alto
que não consigo ouvir o que você
me diz”. (filósofo Emerson)
Algumas atitudes influenciam um
atendimento otimizado:
 Apresentação e postura impecáveis;
 bom humor e empatia;
 gentileza e tranqüilidade;
 disposição, rapidez e precisão;
 sinceridade e compromisso;
 comunicação correta.
Pequenas modificações no
comportamento:
 Postura frontal
 Fogo, parada,
socorro
 Toque
 resultado do
tratamento
 postura lateralizada
 desculpe, estou com
você, sinto muito
 invasão
 qualidade do
atendimento
“Atendimento único”
Segundo Camon (1998), humanizar é
individualizar a assistência frente às
necessidades de cada paciente, dando
a eles o tratamento que merece como
pessoas humanas.
Voluntariado
 A preocupação com a responsabilidade social tem
se tornado cada vez mais crescente, e o número de
voluntários tem aumentado nas diferentes áreas da
sociedade, o mesmo acontece nos hospitais. Essa
preocupação com o bem estar do paciente e com a
humanização no ambiente hospitalar torna-se cada
vez mais notória, seja com atividades voltadas aos
mesmos ou visitas periódicas aos pacientes que
passam por longos períodos de internação.
Voluntariado
 Entendendo-se como voluntário a
pessoa que, motivada pelos valores
sociais de participação e
solidariedade, doa seu tempo,
trabalho, talento, de maneira
espontânea e sem remuneração, o
que beneficia tanto o trabalho da
equipe médica como o próprio
paciente.
Voluntariado
 Os voluntários podem criar um
diferencial significativo na atuação
ação social da instituição. O
profissionalismo e a responsabilidade
por compromissos são essenciais para
o desenvolvimento e a continuidade
de projetos sociais.
Voluntariado
 Estados Unidos: 49% da população adulta
realiza algum tipo de trabalho voluntário,
sendo que um quarto dela despende de cinco
ou mais horas nessa atividade.
 Brasil: 22,6% dos adultos no Brasil doam
alguma parte de seu tempo para realizar ações
voluntárias em instituições ou para ajuda de
pessoa física fora de suas relações mais
próximas.
Voluntariado
 Cidadão comum de diversas idades, rendas,
níveis educacionais e filiações religiosas. A
média de horas dedicadas aos serviços
voluntários é de 74 horas por ano, ou de 6
horas mensais. Das atividades realizadas, 58%
se realizam em instituições religiosas e 16,7%
na área de assistência social.
Voluntariado
 A área da saúde recebe, apenas, 6,5%
de dedicação. Dessas ações, mais da
metade estão ligadas à manutenção
quotidiana da infra-estrutura das
organizações, como: trabalho em
escritório, manutenção das
dependências e outros serviços gerais,
os quais não requerem maiores
qualificações por parte dos voluntários.
Humanização
 HUMANIZAR É UMA CONSTANTE E
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CONTEXTOS DE SAÚDE!

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Texto 4 e 5 humanização em ambientes medicos

  • 2. Humanização “O que se denomina quadro clínico não é apenas a fotografia de um homem doente no leito; é uma pintura impressionista do paciente circundado por sua família, seu trabalho, suas relações, suas alegrias, seus pesares, suas esperanças e seus medos”. Francis Weld Peabody
  • 3. Humanização  Considerando o paciente como alguém que possui necessidades, desejos, medos e angústias e não somente como uma doença a ser tratada, atividades diferenciadas que o levem a um bem estar físico e psíquico podem e devem ser realizadas de modo a tornar mais fácil seu dia-a-dia no hospital. Sendo assim, a humanização aparece como uma forma de prover a interação entre a equipe médica, a família e o paciente.
  • 4. Humanização  Humanizar o ambiente hospitalar é resgatar e fortalecer o comportamento ético, articular o cuidado técnico-científico, com o cuidado que incorpora a necessidade de acolher o imprevisível, o incontrolável, o diferente e singular. Mais do que isso, humanizar é adotar uma prática em que profissionais e usuários considerem o conjunto dos aspectos físicos, subjetivos e sociais, assumindo postura ética de respeito ao outro, de acolhimento do desconhecido e de reconhecimento de limites.
  • 5. Humanização  Humanizar é garantir a palavra a sua dignidade ética, ou seja, para que o sofrimento humano e as percepções de dor ou de prazer no corpo sejam humanizados é preciso que as palavras expressas pelo sujeito sejam entendidas pelo outro.
  • 6. Humanização  Humanização é o desejo de levar em consideração as necessidades verdadeiras do paciente, não sendo unicamente materiais, mas também psicológicas e da personalidade do doente.  Reintroduzir o humano no funcionamento do hospital.
  • 7. Humanização  Não reduz o paciente ao papel de uma usina de órgãos danificados, podendo desta forma possibilitar que cada paciente continue vivendo como ser humano.  Para humanizar o ambiente é preciso desenvolver algumas características (estruturais e pessoais), relevando a individualidade de cada paciente.
  • 8. Humanização  Em um dos hospitais pesquisados foi constatado que, em caso de residentes, em um dos partos e em intervalo de menos de duas horas, três pessoas chegaram para uma paciente e, sem se apresentar ou lhe dirigir a palavra, fizeram toques vaginais que sequer foram registrados nos prontuário – DESPERSONALIZAÇÃO!!!
  • 9. Humanização  A humanização na área de saúde abrange desde o contato com o paciente até o atendimento de familiares.  O médico deve integrar os recursos tecnológicos com a compreensão da personalidade do paciente e suas reações.  Compreensão da realidade para se propor estratégias de humanização.
  • 10. Humanização  Preocupação atual e contínua dos profissionais da saúde.  O cuidado com a existência do ser doente hospitalizado.  Humanização: disposição dos equipamentos, ergonomia, melhoria nas relações humanas em ambiente de saúde, etc.
  • 11. Humanização  O Ministério da Saúde criou o Programa Nacional de Humanização da Assistência Hospitalar (PNHAH).  Promover uma mudança de cultura no atendimento de saúde.  Grupos de Trabalho de Humanização.
  • 12. Humanização  Projetos de humanização: Difundir os benefícios da assistência humanizada, pesquisar pontos críticos de funcionamento da instituição, propor mudanças que possam beneficiar os usuários e profissionais de saúde e melhorar a comunicação e a integração do hospital com a comunidade.
  • 13. Humanização  Projeto Canguru; Incentivo ao aleitamento materno; Brinquedoteca; Salas de conforto; Intervenções ambientais; Permanência da família 24 horas; Unidades adaptadas; Hospital Amigo da Criança; Grupos de apoio; Salas para atividades psicoterapêuticas; SAC; Política “posso ajudar”; Sinalização interna e externa; Programa de Qualidade de Vida dos Pacientes (ex.: tabagismo).
  • 14. Humanização  Indicadores que refletem humanização:  Manejo da dor; manejo de pacientes terminais; reconciliação medicamentosa; uso de restrição; identificação do paciente; adesão ao parto normal; vigilância, prevenção e monitoramento da infecção hospitalar; identificação de risco psicológico; otimização de recursos, adesão e diretrizes de protocolos clínicos.
  • 15. Humanização  Humanizar significa associar ambiente físico, tecnologia avançada e recursos humanos para garantir uma assistência completa ao paciente e familiar.
  • 16. Humanização  Cor;  Luz;  Temperatura;  Ruídos;  Equipamentos;  Pessoal;  Boxe;  Sala de espera.
  • 17. Humanização  Todo o profissional deve identificar-se pelo nome ao receber o paciente, demonstrando disponibilidade para atendê-lo;  Todo o paciente deve ser tratado pelo nome e não pelo número do leito ou pela doença;  Oferecer segurança física e emocional;  Saber ouvir e valorizar as queixas;
  • 18. Humanização  Aliviar a dor e o sofrimento com todos os recursos tecnológicos, farmacológicos e psicológicos;  Proporcionar privacidade;  Respeitar, apoiar e acolher os momentos difíceis dos familiares;  Respeitar e colaborar com os outros profissionais;
  • 19. Humanização  Demonstrar paciência;  Ser tolerante em situação de conflito;  Permitir a visita de representantes religiosos;  Incentivar a visita dos familiares;  Oferecer informações e clarificar dúvidas;  Individualizar a assistência de acordo com cada paciente.
  • 20. Humanização  O psicólogo hospitalar encontra-se numa posição estratégica, sendo um intermediário entre a equipe hospitalar e o paciente e sua família e para tanto, em alguns hospitais, conta com o auxílio do trabalho de voluntários. Com o objetivo de demonstrar o psicólogo como mediador no processo de tratamento de uma enfermidade, por meio de um trabalho integrado, neste artigo demonstra-se o psicólogo como elo humanizador, onde a sua atuação deve ir além da visão médica do ser humano para lidar da melhor forma possível com situações diversas que vão além da rotina hospitalar.
  • 21. Humanização  A comunicação constitui um dos pilares básicos que sustenta a filosofia e os preceitos da humanização.
  • 22. Transformar discurso em indicadores de qualidade e de humanização:  Estruturais: planta física, qualidade e quantidade de equipamentos e tipos de móveis;  Processo: fluxos entre setores, relação entre equipes.
  • 23. Resultados Demonstração dos efeitos das estruturas e dos processos nos clientes/pacientes.
  • 24. Souza (2004) afirma que humanização não é apenas uma questão de mudança das instalações físicas, é principalmente uma mudança de comportamento e atitudes frente ao paciente e seus familiares.
  • 25. Angerami (2002) entende que “para que haja saúde integral, a instituição hospitalar deve compor-se de uma equipe multiprofissional centrada no paciente”.
  • 26. Para o paciente: Doença e seus sintomas – ameaça à integridade biopsicossocioespiritual.
  • 27. “Não existe discurso de qualidade ou de humanização que se sustente se não colocarmos atenção na nossa comunicação verbal e não-verbal... (Silva, 2002)”.
  • 28. Comunicação  Comunicação vem do latim comunicare = por em comum.  Comunicação = conteúdo + sentimento.  É difícil ter controle e consciência da comunicação não-verbal; na dúvida é nela que confiamos.
  • 29. Comunicação adequada  Capacidade de troca com o outro;  habilidade em correlacionar o saber do outro com o nosso saber;  coerência entre comunicação verbal e comunicação não-verbal.
  • 30. Finalidades da Comunicação Não- verbal:  Complementar a comunicação verbal;  contradizer o verbal;  substituir o verbal;  demonstrar sentimentos.
  • 31. Comunicação não-verbal:  “Cuidar é quando eu vejo que você é capaz de sorrir e sentir-se feliz no desempenho do seu trabalho”.  “Cuidar é quando você me faz sentir seguro em suas mãos”.
  • 32.  “Cuidar é quando você me faz sentir que também serei capaz de me virar; espero quando chegar a minha vez”.  “Cuidar é quando você me faz sentir especial, embora eu seja como as outras pessoas também são”.
  • 33.  “Cuidar é quando você não me vê apenas como um moribundo, e assim me ajuda viver”.  “Cuidar é quando ouço minha família falar bem de você e sentir-se confortada na sua presença”.
  • 34. “Existe no silêncio uma tão profunda sabedoria que às vezes ele se transforma na mais perfeita das respostas”. (Fernando Pessoa)
  • 35. “Aquilo que você é fala tão alto que não consigo ouvir o que você me diz”. (filósofo Emerson)
  • 36. Algumas atitudes influenciam um atendimento otimizado:  Apresentação e postura impecáveis;  bom humor e empatia;  gentileza e tranqüilidade;  disposição, rapidez e precisão;  sinceridade e compromisso;  comunicação correta.
  • 37. Pequenas modificações no comportamento:  Postura frontal  Fogo, parada, socorro  Toque  resultado do tratamento  postura lateralizada  desculpe, estou com você, sinto muito  invasão  qualidade do atendimento
  • 39. Segundo Camon (1998), humanizar é individualizar a assistência frente às necessidades de cada paciente, dando a eles o tratamento que merece como pessoas humanas.
  • 40. Voluntariado  A preocupação com a responsabilidade social tem se tornado cada vez mais crescente, e o número de voluntários tem aumentado nas diferentes áreas da sociedade, o mesmo acontece nos hospitais. Essa preocupação com o bem estar do paciente e com a humanização no ambiente hospitalar torna-se cada vez mais notória, seja com atividades voltadas aos mesmos ou visitas periódicas aos pacientes que passam por longos períodos de internação.
  • 41. Voluntariado  Entendendo-se como voluntário a pessoa que, motivada pelos valores sociais de participação e solidariedade, doa seu tempo, trabalho, talento, de maneira espontânea e sem remuneração, o que beneficia tanto o trabalho da equipe médica como o próprio paciente.
  • 42. Voluntariado  Os voluntários podem criar um diferencial significativo na atuação ação social da instituição. O profissionalismo e a responsabilidade por compromissos são essenciais para o desenvolvimento e a continuidade de projetos sociais.
  • 43. Voluntariado  Estados Unidos: 49% da população adulta realiza algum tipo de trabalho voluntário, sendo que um quarto dela despende de cinco ou mais horas nessa atividade.  Brasil: 22,6% dos adultos no Brasil doam alguma parte de seu tempo para realizar ações voluntárias em instituições ou para ajuda de pessoa física fora de suas relações mais próximas.
  • 44. Voluntariado  Cidadão comum de diversas idades, rendas, níveis educacionais e filiações religiosas. A média de horas dedicadas aos serviços voluntários é de 74 horas por ano, ou de 6 horas mensais. Das atividades realizadas, 58% se realizam em instituições religiosas e 16,7% na área de assistência social.
  • 45. Voluntariado  A área da saúde recebe, apenas, 6,5% de dedicação. Dessas ações, mais da metade estão ligadas à manutenção quotidiana da infra-estrutura das organizações, como: trabalho em escritório, manutenção das dependências e outros serviços gerais, os quais não requerem maiores qualificações por parte dos voluntários.
  • 46. Humanização  HUMANIZAR É UMA CONSTANTE E UMA URGÊNCIA ATUAL NOS CONTEXTOS DE SAÚDE!