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RESUMO 
MÓDULO 4 DE FILOSOFIA 
Filósofos, cientistas e pessoas comum podem assumir variadas posturas diante do 
conhecimento. Vejamos algumas: 
Ceticismo – “Não há possibilidades”. 
Relativismo – “ A verdade é relativa”. 
Perspectivismo – “ A verdade é absoluta”. 
Dogmatismo – “ Essa é a verdade, não há outra”. 
Platão foi um dos primeiros filósofos a questionar sobre a teoria do conhecimento. Suas 
primeiras interrogações foram em relação à dicotomia entre a mera opinião ou crença. 
Platão apresenta quatro formas de conhecimento: 
 Crença (Sensação) 
 Opinião (Sensação e Lembrança) 
 Raciocínio (Sensação e Opinião) 
 Intuição Intelectual (Essência) 
Já Aristóteles, apresenta 7 formas de conhecimento: 
 Sensação 
 Percepção 
 Imaginação 
 Memória 
 Linguagem 
 Raciocínio 
 Intuição 
Todos os graus ↑ trazem conhecimento, mas somente no último consegue-se a razão e 
causa para o princípio de tudo. 
Agostinho afirmava que a fé é razoável e que ter fé não é crer no absurdo e irracional. A 
fé para Agostinho deve ter uma ligação com a razão. 
Francis Bacon, tinha como maior objetivo idealizar um sistema filosófico que permitisse 
ao homem dominar a realidade. Segundo Bacon, a ênfase na experiência anuvia a
primazia da razão. Em sua obra INSTAURATIO MAGNA, sugeriu a reforma do saber, nos 
seguintes aspectos: 
 Memória (dados, históricos registrados). 
 Fantasia (poesia, elaboração imaginativa dos fatos). 
 Filosofia (ciência: conhecimento racional de Deus, do homem e da natureza – 
especulativa e operacional). 
Bacon também proporcionou a Filosofia Pragmática, dividia em: 
Ídolos da Tribo (Erros da humanidade). 
Ídolos da Caverna (Pré-conceitos pessoais). 
Ídolos do Mercado (Tirania das palavras). 
Ídolos do Teatro (Pensamento tradicional do sistema aristotélico e da Filosofia 
medieval. 
O Filósofo francês René Descartes, deixou sua vida pessoal e social em busca da 
verdade. Foi considerado o pai do Racionalismo. Seu método supõe duas formas de 
raciocínio: 
 Raciocínio Dedutivo (Do universal para o particular) 
 Raciocínio Indutivo (DO particular para o universal) 
John Locke, desejava conhecer a origem, a essência do conhecimento humano. Em sua 
visão provém de duas fontes possíveis: a Sensação (externa) e a Reflexão (interna). 
Locke classificou as qualidades do ser nas seguintes formas: 
 Primária (objetivas, reais, existentes) 
 Secundária (subjetivas, relativas, secundárias nem sempre reais) 
Segundo David Hume, o pensamento mais vivo é inferior à pálida sensação. Hume 
atacou Descartes e muitos outros filósofos racionalistas, afirmando que suas ideias 
não tinham fundamento na experiência. Para ele, todo conteúdo mental tinha de se 
originar das sensações (ele era a favor do mundo das ideias). 
Kant, tentou incorporar racionalismo e empirismo. Segundo Kant, o conhecimento 
ocorre num processo de cooperação entre sentidos e razão, em que os múltiplos 
sentidos são os receptores das sensações e impressões. O Campo de conhecimento, 
na teoria de Kant está limitado ao mundo dos fenômenos, ou seja, só conhecemos
aquilo que nos é dado pela percepção sensorial, pela forma como o mundo nos 
parece. 
Ao contrário de Aristóteles, que via o conhecimento intelectual como resultado da 
ação conjunta do sujeito e do objeto e que o conhecimento sensível é a ação do 
objeto, o alemão Georg Wilhelm Friedrich Hegel, defendia que tanto conhecimento 
intelectual e conhecimento sensível são produzidos pelo sujeito. Sua tese de 
conhecimento é dividida em: 
 Tese (afirmação) 
 Antítese (negação) 
 Síntese (resultado da luta entre dois princípios) 
Vejamos seus passos metodológicos até o clímax do conhecimento (idealismo 
hegeliano): 
 Espirito Subjetivo (Grau de conhecimento no ser individual – Tese. 
 Espirito Objetivo (Grau de conhecimento na vontade coletiva – Antítese. 
 Espirito Absoluto (Grau de conhecimento na autorrealização – Síntese.

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  • 1. RESUMO MÓDULO 4 DE FILOSOFIA Filósofos, cientistas e pessoas comum podem assumir variadas posturas diante do conhecimento. Vejamos algumas: Ceticismo – “Não há possibilidades”. Relativismo – “ A verdade é relativa”. Perspectivismo – “ A verdade é absoluta”. Dogmatismo – “ Essa é a verdade, não há outra”. Platão foi um dos primeiros filósofos a questionar sobre a teoria do conhecimento. Suas primeiras interrogações foram em relação à dicotomia entre a mera opinião ou crença. Platão apresenta quatro formas de conhecimento:  Crença (Sensação)  Opinião (Sensação e Lembrança)  Raciocínio (Sensação e Opinião)  Intuição Intelectual (Essência) Já Aristóteles, apresenta 7 formas de conhecimento:  Sensação  Percepção  Imaginação  Memória  Linguagem  Raciocínio  Intuição Todos os graus ↑ trazem conhecimento, mas somente no último consegue-se a razão e causa para o princípio de tudo. Agostinho afirmava que a fé é razoável e que ter fé não é crer no absurdo e irracional. A fé para Agostinho deve ter uma ligação com a razão. Francis Bacon, tinha como maior objetivo idealizar um sistema filosófico que permitisse ao homem dominar a realidade. Segundo Bacon, a ênfase na experiência anuvia a
  • 2. primazia da razão. Em sua obra INSTAURATIO MAGNA, sugeriu a reforma do saber, nos seguintes aspectos:  Memória (dados, históricos registrados).  Fantasia (poesia, elaboração imaginativa dos fatos).  Filosofia (ciência: conhecimento racional de Deus, do homem e da natureza – especulativa e operacional). Bacon também proporcionou a Filosofia Pragmática, dividia em: Ídolos da Tribo (Erros da humanidade). Ídolos da Caverna (Pré-conceitos pessoais). Ídolos do Mercado (Tirania das palavras). Ídolos do Teatro (Pensamento tradicional do sistema aristotélico e da Filosofia medieval. O Filósofo francês René Descartes, deixou sua vida pessoal e social em busca da verdade. Foi considerado o pai do Racionalismo. Seu método supõe duas formas de raciocínio:  Raciocínio Dedutivo (Do universal para o particular)  Raciocínio Indutivo (DO particular para o universal) John Locke, desejava conhecer a origem, a essência do conhecimento humano. Em sua visão provém de duas fontes possíveis: a Sensação (externa) e a Reflexão (interna). Locke classificou as qualidades do ser nas seguintes formas:  Primária (objetivas, reais, existentes)  Secundária (subjetivas, relativas, secundárias nem sempre reais) Segundo David Hume, o pensamento mais vivo é inferior à pálida sensação. Hume atacou Descartes e muitos outros filósofos racionalistas, afirmando que suas ideias não tinham fundamento na experiência. Para ele, todo conteúdo mental tinha de se originar das sensações (ele era a favor do mundo das ideias). Kant, tentou incorporar racionalismo e empirismo. Segundo Kant, o conhecimento ocorre num processo de cooperação entre sentidos e razão, em que os múltiplos sentidos são os receptores das sensações e impressões. O Campo de conhecimento, na teoria de Kant está limitado ao mundo dos fenômenos, ou seja, só conhecemos
  • 3. aquilo que nos é dado pela percepção sensorial, pela forma como o mundo nos parece. Ao contrário de Aristóteles, que via o conhecimento intelectual como resultado da ação conjunta do sujeito e do objeto e que o conhecimento sensível é a ação do objeto, o alemão Georg Wilhelm Friedrich Hegel, defendia que tanto conhecimento intelectual e conhecimento sensível são produzidos pelo sujeito. Sua tese de conhecimento é dividida em:  Tese (afirmação)  Antítese (negação)  Síntese (resultado da luta entre dois princípios) Vejamos seus passos metodológicos até o clímax do conhecimento (idealismo hegeliano):  Espirito Subjetivo (Grau de conhecimento no ser individual – Tese.  Espirito Objetivo (Grau de conhecimento na vontade coletiva – Antítese.  Espirito Absoluto (Grau de conhecimento na autorrealização – Síntese.