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Introdução à
Filosofia
Unidade 2 - O conhecimento humano e científico
Priscilla Tomazi Vieira da Costa
1. O que é o conhecimento?
Para que exista o ato de conhecer, é indispensável o
relacionamento com dois elementos básicos: um
Sujeito conhecedor e um Objeto a ser conhecido. Na
relação que se estabelece entre esses dois elementos,
a função do Sujeito consiste em apreender o Objeto.
2. A razão humana e o
conhecimento
Conhecemos o homem a partir dos seus
atos. Pelos atos, o homem relaciona-se com
a realidade. O conhecimento participa de
toda a conduta humana. Conhecer é um
agir, que precisa dum outro objeto. O
sujeito e o objeto estão no mesmo ato.
Conceito:
Enquanto conhecemos, enquanto
pensamos, formamos ideias que definem e
caracterizam aquilo que conhecemos, ou
seja, formamos conceitos.
O Conceito pertence à essência do pensar.
Conhecer também é julgar, conferir
atributos, ou seja, formar juízos.
Não falamos apenas em palavras isoladas,
não pensamos em conceitos isolados, mas
unimos as palavras numa frase (enunciado,
sentença) que exprime um juízo, por
exemplo: a mesa é retangular; é alta; é
baixa etc. Além do conceito e do juízo, o
conhecimento também se realiza no
raciocínio.
Relacionamos um conhecimento a outro e
concluímos a existência de um terceiro. Por
exemplo: A andorinha voa. O canário, o
papagaio, o anu, a coruja voam. Todos esses
são pássaros. Então, pássaros voam (indução).
Ou: os japoneses são trabalhadores. Issao é
japonês. Logo, Issao é trabalhador (dedução).
3 A possibilidade de conhecer a Verdade.
Ceticismo:
falta de crença; descrença, incredulidade,
dúvida.
Para o ceticismo, a razão e os sentidos
nos induzem ao erro, o que
impossibilita conhecer a verdade.
Se a negação for total, temos o ceticismo
absoluto. Se a negação for mais ou menos
parcial, temos o ceticismo relativo.
O ceticismo absoluto consiste em negar, de
forma total, nossa possibilidade de
conhecer a verdade. Desta forma, para o
ceticismo absoluto, o homem nada pode
afirmar, pois nada pode conhecer.
O ceticismo relativo nega parcialmente
nossa capacidade de conhecer a
verdade. Existem várias modalidades
de ceticismo relativo; destacamos as
seguintes:
Subjetivismo:
considera o conhecimento uma relação
puramente subjetiva e pessoal entre o
sujeito e a realidade percebida. O
conhecimento limita-se as ideias e
representações elaboradas pelo sujeito
pensante.
A verdade é uma construção humana, ela
não está nas coisas.
Probabilismo:
O conhecimento é incapaz de atingir a
certeza total das coisas. Verdade provável.
Maior ou menor credibilidade, mas nunca
chegará ao nível de plena certeza, da
verdade absoluta.
Relativismo:
Existem apenas verdades relativas, ou seja,
que têm uma validade limitada a certo
tempo, a determinado espaço social, em
fim, a um contexto histórico, econômico e
social.
Fenomenalismo:
Significa a manifestação de um fato, a aparência
de um objeto qualquer. Só podemos conhecer a
aparência dos seres, tal como eles se
apresentam à nossa percepção sensorial e
intelectual. Não podemos conhecer a essência
das coisas.
Pragmatismo:
Propõe uma concepção dos homens como
seres práticos, ativos e não apenas como
seres pensantes.
Verdadeiro é aquilo que é UTIL, que DÁ
CERTO, que serve aos interesses das
pessoas na sua vida prática.
Correntes filosóficas:
dogmatismo; empirismo; racionalismo;
realismo crítico e materialismo
dialético.
Dogmatismo
Possibilidade de conhecermos a verdade.
Dentro do dogmatismo, podemos distinguir
duas variantes básicas:
Dogmatismo ingênuo: predominante no
senso comum, consiste em acreditar
plenamente nas possibilidades do nosso
conhecimento.
O dogmatismo crítico: acredita em nossa
capacidade de conhecer a verdade
mediante um esforço conjugado de nossos
sentidos e de nossa inteligência. Conta que
através de um trabalho metódico, racional e
científico, o homem torna-se capaz de
decifrar a realidade do mundo.
Empirismo significa experiência.
John Locke afirmava que, ao nascermos, nossa
mente é como um papel em branco,
completamente desprovida de ideias. Questão:
de onde provém, então, o vasto conjunto de
ideias que existem na mente humana? A isso,
Locke responde com uma só palavra: da
experiência.
Segundo o empirismo, as ideias são
provenientes de nossas percepções
sensoriais (visão, audição, tato, olfato e
paladar).
Todas as ideias derivam da sensação ou da
reflexão sobre aquilo que experienciamos.
Racionalismo
Significa razão. O termo é empregado para
designar a doutrina que deposita total e
exclusiva confiança na razão humana como
instrumento capaz de conhecer a verdade.
A experiência sensorial é uma fonte
permanente de erros e confusões sobre a
complexa realidade do mundo.
4. O que é a verdade?
4.1 Verdade como correspondência com
o objeto
4.2 Verdade como evidência do objeto
4.3 Verdade como utilidade
4.4 Verdade progressiva, formada pela
consciência
5 O Conhecimento Científico
6 A filosofia e as ciências
O Iluminismo, caracterizou seu
entusiasmo pelo progresso do
conhecimento humano, quanto à
racionalidade do pensamento, às
possibilidades de produção da riqueza e de
controle sobre a natureza.
O maior precursor dessa revolução no
campo do pensamento foi a burguesia.
O Iluminismo exaltou a capacidade humana
de conhecer o mundo por meio da ciência,
considerando-a expressão de rigor,
objetividade e previsibilidade
Esse movimento intelectual nasceu e desenvolveu-se
a partir da valorização da “luz natural” ou “razão”. A
razão iluminista prometeu conhecimento da natureza
por meio da ciência, do aperfeiçoamento moral e da
emancipação política. O conhecimento da natureza
emancipa-se do mito, e o conhecimento da
sociedade deve, também, fundar-se na razão. A razão
esclarecida é uma razão emancipada
O Positivismo, valorizava o conhecimento
científico.
O positivismo cria o mito do
cientificismo, segundo o qual o único
conhecimento perfeito é o científico.
Embutido no ideal cientificista, existe o
mito do progresso.
PROGRESSO:
Conhecemos as consequências: na busca do
progresso, as construções urbanas tornaram a
vida humana cada vez mais solitária; as fábricas
poluem o ar; a especulação imobiliária destrói o
verde; a modernidade da agricultura torna mais
miserável a vida dos boias-frias; a opulência não
expulsa a miséria, mas convive com ela lado a
lado.
Introdução à Filosofia
Logo, a ciência e a tecnologia, mesmo
que sejam expressões da racionalidade,
produzem, contraditoriamente, efeitos
irracionais, perversos, já que a razão é
posta a serviço da destruição da
Natureza, da alienação humana e da
dominação.
7. A razão dos
tempos modernos
Introdução à Filosofia
8 A contribuição da filosofia para o
século XXI
Introdução à Filosofia
A ciência tornou-se autônoma,
fragmentando-se em inúmeras ciências
particulares. A civilização ocidental
desenvolveu-se, incentivada pelo saber
objetivo e tecnocrático, organizando-se
em torno dos princípios da ciência e do
progresso.
Cabe à filosofia, ainda, estabelecer a
interdisciplinaridade dos diversos
campos do saber, dando origem a
especialistas que investigam
rigorosamente apenas parte do todo.
A reflexão empreendida pela Filosofia
tem compromisso com a investigação,
a propósito dos fins e das prioridades a
que a ciência se propõe, bem como
com a análise das condições em que se
realizam as pesquisas e das
consequências das técnicas utilizadas.
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Introdução à Filosofia

  • 1. Introdução à Filosofia Unidade 2 - O conhecimento humano e científico Priscilla Tomazi Vieira da Costa
  • 2. 1. O que é o conhecimento? Para que exista o ato de conhecer, é indispensável o relacionamento com dois elementos básicos: um Sujeito conhecedor e um Objeto a ser conhecido. Na relação que se estabelece entre esses dois elementos, a função do Sujeito consiste em apreender o Objeto.
  • 3. 2. A razão humana e o conhecimento Conhecemos o homem a partir dos seus atos. Pelos atos, o homem relaciona-se com a realidade. O conhecimento participa de toda a conduta humana. Conhecer é um agir, que precisa dum outro objeto. O sujeito e o objeto estão no mesmo ato.
  • 4. Conceito: Enquanto conhecemos, enquanto pensamos, formamos ideias que definem e caracterizam aquilo que conhecemos, ou seja, formamos conceitos. O Conceito pertence à essência do pensar. Conhecer também é julgar, conferir atributos, ou seja, formar juízos.
  • 5. Não falamos apenas em palavras isoladas, não pensamos em conceitos isolados, mas unimos as palavras numa frase (enunciado, sentença) que exprime um juízo, por exemplo: a mesa é retangular; é alta; é baixa etc. Além do conceito e do juízo, o conhecimento também se realiza no raciocínio.
  • 6. Relacionamos um conhecimento a outro e concluímos a existência de um terceiro. Por exemplo: A andorinha voa. O canário, o papagaio, o anu, a coruja voam. Todos esses são pássaros. Então, pássaros voam (indução). Ou: os japoneses são trabalhadores. Issao é japonês. Logo, Issao é trabalhador (dedução).
  • 7. 3 A possibilidade de conhecer a Verdade. Ceticismo: falta de crença; descrença, incredulidade, dúvida.
  • 8. Para o ceticismo, a razão e os sentidos nos induzem ao erro, o que impossibilita conhecer a verdade.
  • 9. Se a negação for total, temos o ceticismo absoluto. Se a negação for mais ou menos parcial, temos o ceticismo relativo. O ceticismo absoluto consiste em negar, de forma total, nossa possibilidade de conhecer a verdade. Desta forma, para o ceticismo absoluto, o homem nada pode afirmar, pois nada pode conhecer.
  • 10. O ceticismo relativo nega parcialmente nossa capacidade de conhecer a verdade. Existem várias modalidades de ceticismo relativo; destacamos as seguintes:
  • 11. Subjetivismo: considera o conhecimento uma relação puramente subjetiva e pessoal entre o sujeito e a realidade percebida. O conhecimento limita-se as ideias e representações elaboradas pelo sujeito pensante. A verdade é uma construção humana, ela não está nas coisas.
  • 12. Probabilismo: O conhecimento é incapaz de atingir a certeza total das coisas. Verdade provável. Maior ou menor credibilidade, mas nunca chegará ao nível de plena certeza, da verdade absoluta.
  • 13. Relativismo: Existem apenas verdades relativas, ou seja, que têm uma validade limitada a certo tempo, a determinado espaço social, em fim, a um contexto histórico, econômico e social.
  • 14. Fenomenalismo: Significa a manifestação de um fato, a aparência de um objeto qualquer. Só podemos conhecer a aparência dos seres, tal como eles se apresentam à nossa percepção sensorial e intelectual. Não podemos conhecer a essência das coisas.
  • 15. Pragmatismo: Propõe uma concepção dos homens como seres práticos, ativos e não apenas como seres pensantes. Verdadeiro é aquilo que é UTIL, que DÁ CERTO, que serve aos interesses das pessoas na sua vida prática.
  • 16. Correntes filosóficas: dogmatismo; empirismo; racionalismo; realismo crítico e materialismo dialético.
  • 17. Dogmatismo Possibilidade de conhecermos a verdade. Dentro do dogmatismo, podemos distinguir duas variantes básicas: Dogmatismo ingênuo: predominante no senso comum, consiste em acreditar plenamente nas possibilidades do nosso conhecimento.
  • 18. O dogmatismo crítico: acredita em nossa capacidade de conhecer a verdade mediante um esforço conjugado de nossos sentidos e de nossa inteligência. Conta que através de um trabalho metódico, racional e científico, o homem torna-se capaz de decifrar a realidade do mundo.
  • 19. Empirismo significa experiência. John Locke afirmava que, ao nascermos, nossa mente é como um papel em branco, completamente desprovida de ideias. Questão: de onde provém, então, o vasto conjunto de ideias que existem na mente humana? A isso, Locke responde com uma só palavra: da experiência.
  • 20. Segundo o empirismo, as ideias são provenientes de nossas percepções sensoriais (visão, audição, tato, olfato e paladar). Todas as ideias derivam da sensação ou da reflexão sobre aquilo que experienciamos.
  • 21. Racionalismo Significa razão. O termo é empregado para designar a doutrina que deposita total e exclusiva confiança na razão humana como instrumento capaz de conhecer a verdade.
  • 22. A experiência sensorial é uma fonte permanente de erros e confusões sobre a complexa realidade do mundo.
  • 23. 4. O que é a verdade? 4.1 Verdade como correspondência com o objeto 4.2 Verdade como evidência do objeto 4.3 Verdade como utilidade 4.4 Verdade progressiva, formada pela consciência
  • 24. 5 O Conhecimento Científico 6 A filosofia e as ciências
  • 25. O Iluminismo, caracterizou seu entusiasmo pelo progresso do conhecimento humano, quanto à racionalidade do pensamento, às possibilidades de produção da riqueza e de controle sobre a natureza.
  • 26. O maior precursor dessa revolução no campo do pensamento foi a burguesia. O Iluminismo exaltou a capacidade humana de conhecer o mundo por meio da ciência, considerando-a expressão de rigor, objetividade e previsibilidade
  • 27. Esse movimento intelectual nasceu e desenvolveu-se a partir da valorização da “luz natural” ou “razão”. A razão iluminista prometeu conhecimento da natureza por meio da ciência, do aperfeiçoamento moral e da emancipação política. O conhecimento da natureza emancipa-se do mito, e o conhecimento da sociedade deve, também, fundar-se na razão. A razão esclarecida é uma razão emancipada
  • 28. O Positivismo, valorizava o conhecimento científico. O positivismo cria o mito do cientificismo, segundo o qual o único conhecimento perfeito é o científico. Embutido no ideal cientificista, existe o mito do progresso.
  • 29. PROGRESSO: Conhecemos as consequências: na busca do progresso, as construções urbanas tornaram a vida humana cada vez mais solitária; as fábricas poluem o ar; a especulação imobiliária destrói o verde; a modernidade da agricultura torna mais miserável a vida dos boias-frias; a opulência não expulsa a miséria, mas convive com ela lado a lado.
  • 31. Logo, a ciência e a tecnologia, mesmo que sejam expressões da racionalidade, produzem, contraditoriamente, efeitos irracionais, perversos, já que a razão é posta a serviço da destruição da Natureza, da alienação humana e da dominação.
  • 32. 7. A razão dos tempos modernos
  • 34. 8 A contribuição da filosofia para o século XXI
  • 36. A ciência tornou-se autônoma, fragmentando-se em inúmeras ciências particulares. A civilização ocidental desenvolveu-se, incentivada pelo saber objetivo e tecnocrático, organizando-se em torno dos princípios da ciência e do progresso.
  • 37. Cabe à filosofia, ainda, estabelecer a interdisciplinaridade dos diversos campos do saber, dando origem a especialistas que investigam rigorosamente apenas parte do todo.
  • 38. A reflexão empreendida pela Filosofia tem compromisso com a investigação, a propósito dos fins e das prioridades a que a ciência se propõe, bem como com a análise das condições em que se realizam as pesquisas e das consequências das técnicas utilizadas.