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TEORIA DE DESENVOLVIMENTO PSICOSSEXUAL DE
FREUD
PROFª Rosimar Socorro Silva Miranda
 A Teoria de Freud enfatiza uma seqüência de estágios
no desenvolvimento da libido;
 Os processos psicológicos parecem estar sempre
paralelos aos processos fisiológicos básicos;
 O desenvolvimento da sexualidade tem início desde o
momento do nascimento;
 Freud fala basicamente em dois processos
maturacionais:
- O desenvolvimento psicossexual que define a libido como
fonte de gratificação sexual em diferentes zonas do corpo;
- A maturação do ego – O ego se diferencia da personalidade
global do recém–nascido, aumento do princípio da
realidade e dos processos secundários, aparecimento dos
mecanismos de defesa e compreensão das relações
interpessoais.
 O desenvolvimento do ego representa a maturação
cognitiva segundo Piaget e o desenvolvimento
psicossexual representa maturação afetiva;
 A libido é a energia afetiva original que mobiliza o
organismo na perseguição de seus objetivos e que
sofrerá progressivas organizações durante o
desenvolvimento, cada uma das quais suportada
por uma organização biológica emergente no
período;
 A libido é uma energia voltada para a obtenção do
prazer;
 A libido é definida como a energia sexual, num sentido
amplo, caracterizando cada etapa de desenvolvimento
humano numa fase psicossexual do desenvolvimento;
 O conceito de fase pressupõe a organização da
libido em torno de zonas erógenas definidas,
dando uma modalidade de relação ao objeto;
 As fases do desenvolvimento psicossexual organizadas
pela libido são: fase oral, fase anal, fase fálica e fase
genital.
 Tendência natural para o desenvolvimento sucessivo
das fases, mas se num dado momento a angústia é
muito forte, o Ego é obrigado a mobilizar mecanismos
para enfrentá-la
 Isto cria um Ponto de Fixação, um momento no
processo evolutivo no qual paramos, por não poder
satisfazer um desejo, e onde também paramos porque
aí deixamos energia imobilizada
 Na fase adulta isso aparecerá como um processo
chamado Regressão – voltar ao desejo que não foi
satisfeito (fantasia infantil)
FASE ORAL
 No recém-nascido, a estrutura biológica sensorial mais
desenvolvida é a boca;
 A libido concentra-se na boca e áreas próximas;
 É pela boca que a criança começa a conhecer o mundo;
 É pela boca que a criança faz a sua primeira e mais
importante descoberta afetiva: o seio;
 O seio é o seu primeiro objeto de ligação afetiva com o
outro e com o mundo, depositário de seus amores e
ódios;
 O seio já existe para a criança quando ainda não
consegue reconhecer o objeto total: a mãe;
 A relação da criança com a mãe está relacionada com a
relação estabelecida com o seio e a satisfação da
criança através dele;
 A redução da tensão é alcançada pela amamentação,
provocando prazer de natureza sexual;
 Narcisismo primário: não há relação com objetos
externos, o mais importante nessa fase é a redução das
necessidades básicas do organismo;
 Incorporação: a primeira forma do indivíduo conhecer
o mundo;
 Primeiro subestágio de desenvolvimento: oral passivo
ou etapa oral de sucção, incorpora o que é dado e visa
aprender o mundo (mãe e seio);
 Segundo subestágio do desenvolvimento: oral ativo ou
agressivo, ou oral sádico-canibal, coincide com o início
da dentição. Posição ambivalente: amar- incorporação,
mastigar-destruição.
FASE ANAL
 Inicia-se aos dois anos, mais ou menos, a libido passa
da área oral para a anal;
 A criança adquire maturação psicomotora e consegue
desenvolver habilidades como: andar, falar,
movimento de pinça com as mãos e o controle dos
esfíncteres;
 A libido organiza-se sobre a zona erógena anal;
DOIS PROCESSOS BÁSICOS ESTÃO SE
ORGANIZANDO NA EVOLUÇÃO PSICOLÓGICA:
 As fantasias da criança sobre seus primeiros produtos;
 E como se relaciona com o mundo através desses
produtos (andar, falar e auto-controle das necessidades
fisiológicas);
Então, duas modalidades de relação serão estabelecidas:
a projeção e o controle
 Os produtos anais são objetos que vêm de dentro do
próprio corpo, são de certa forma parte da criança,
geram prazer ao serem produzidos e controlados, a
criança começa a construir a sua autonomia
psicológica e tal mecanismo lhe dá prazer;
 Muitas vezes durante o treino dos esfíncteres, as fezes
são dadas como presente aos pais;
 Quando o desenvolvimento neste período é normal, a
criança ama e sente que é amada pelos pais, cada
elemento que ela produz é sentido como bom e
valorizado;
 O sentimento básico que fica estabelecido será levado
para as etapas de desenvolvimento posteriores,
portanto se perceberem os seus produtos como bons
haverá um sentimento geral de adequação à vida;
Subestágios anais:
 Anal expulsivo: etapa inicial, biologicamente
caracterizada pelo domínio da expulsão das fezes,
relacionado com os mecanismos psicológicos da
projeção;
 Anal retentivo: ligado ao controle dos esfíncteres,
relacionado aos mecanismos psicológicos de controle.
FASE FÁLICA
 Tem início por volta dos três anos de idade;
 A libido passa a se localizar na região genital, as
crianças se interessam pelos próprios órgãos genitais e
dos outros, costumam se masturbar neste período;
 Aparece na criança a preocupação com as diferenças
entre os órgãos sexuais, mas as pessoas se dividem em
possuidoras ou não do FALO;
 A fantasia masculina é no pênis, a feminina é no
clitóris, imaginando que este é um pênis pequeno, que
ainda vai se desenvolver;
 Posteriormente, a realidade irá mostrar que apenas o
homem é possuidor do pênis, ficando a mulher na
condição de castrada;
 Esta configuração primitiva do pensamento sexual
infantil fornecerá as bases diferenciais das
organizações psicológicas masculina e feminina;
 O menino passa pela ansiedade da castração, o medo de
perder o pênis, então o falo passa a representar o poder;
 A menina experimenta nesta fase a inveja do pênis.
Complexo de Édipo:
 O desejo deve ser satisfeito pelo sexo oposto. A criança ama
o genitor do sexo oposto, sente que isso é proibido e se
sente ameaçada;
 Para resolver o conflito afetivo-sexual e aliviar a ansiedade,
a criança se identifica com o genitor do mesmo sexo,
introjetando suas características, o papel social e os valores
morais para se fazer aceito pelo genitor do sexo oposto.
PERÍODO DE LATÊNCIA
 Se inicia aos entre os 7 e 8 anos de idade;
 Repressão da energia sexual posterior a resolução do
Complexo de Édipo;
 Início da repressão sexual, mas não pode ser totalmente
reprimida ou eliminada porque é constantemente gerada;
 A energia sexual é canalizada para outros fins
(sublimação), tais como o desenvolvimento intelectual e
social de criança;
 O ego concentra-se em atividades intelectuais, jogos e
brincadeiras coletivas;
 Este período não é considerado uma fase porque não
há organização em nenhuma zona erógena, não há
nova organização de fantasias e nem modalidades de
relações objetais;
 Pode ser classificado como um período intermediário
entre a genitalidade infantil e adulta.
FASE GENITAL
 Início da adolescência;
 A libido passa a se concentra em objetos
heterossexuais e não-incestuosos;
 Acontece a maturidade genital, intelectual e social;
 Para a psicanálise ao alcançar a fase genital o sujeito
atinge o pleno desenvolvimento do adulto normal;
 A fixação em outra fase de desenvolvimento
psicossexual poderá levar o indivíduo a
comportamentos ou traços de personalidade
considerados fora do contexto da normalidade.

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  • 1. TEORIA DE DESENVOLVIMENTO PSICOSSEXUAL DE FREUD PROFª Rosimar Socorro Silva Miranda
  • 2.  A Teoria de Freud enfatiza uma seqüência de estágios no desenvolvimento da libido;  Os processos psicológicos parecem estar sempre paralelos aos processos fisiológicos básicos;  O desenvolvimento da sexualidade tem início desde o momento do nascimento;
  • 3.  Freud fala basicamente em dois processos maturacionais: - O desenvolvimento psicossexual que define a libido como fonte de gratificação sexual em diferentes zonas do corpo; - A maturação do ego – O ego se diferencia da personalidade global do recém–nascido, aumento do princípio da realidade e dos processos secundários, aparecimento dos mecanismos de defesa e compreensão das relações interpessoais.
  • 4.  O desenvolvimento do ego representa a maturação cognitiva segundo Piaget e o desenvolvimento psicossexual representa maturação afetiva;  A libido é a energia afetiva original que mobiliza o organismo na perseguição de seus objetivos e que sofrerá progressivas organizações durante o desenvolvimento, cada uma das quais suportada por uma organização biológica emergente no período;  A libido é uma energia voltada para a obtenção do prazer;
  • 5.  A libido é definida como a energia sexual, num sentido amplo, caracterizando cada etapa de desenvolvimento humano numa fase psicossexual do desenvolvimento;  O conceito de fase pressupõe a organização da libido em torno de zonas erógenas definidas, dando uma modalidade de relação ao objeto;  As fases do desenvolvimento psicossexual organizadas pela libido são: fase oral, fase anal, fase fálica e fase genital.
  • 6.  Tendência natural para o desenvolvimento sucessivo das fases, mas se num dado momento a angústia é muito forte, o Ego é obrigado a mobilizar mecanismos para enfrentá-la  Isto cria um Ponto de Fixação, um momento no processo evolutivo no qual paramos, por não poder satisfazer um desejo, e onde também paramos porque aí deixamos energia imobilizada  Na fase adulta isso aparecerá como um processo chamado Regressão – voltar ao desejo que não foi satisfeito (fantasia infantil)
  • 7. FASE ORAL  No recém-nascido, a estrutura biológica sensorial mais desenvolvida é a boca;  A libido concentra-se na boca e áreas próximas;  É pela boca que a criança começa a conhecer o mundo;  É pela boca que a criança faz a sua primeira e mais importante descoberta afetiva: o seio;  O seio é o seu primeiro objeto de ligação afetiva com o outro e com o mundo, depositário de seus amores e ódios;
  • 8.  O seio já existe para a criança quando ainda não consegue reconhecer o objeto total: a mãe;  A relação da criança com a mãe está relacionada com a relação estabelecida com o seio e a satisfação da criança através dele;  A redução da tensão é alcançada pela amamentação, provocando prazer de natureza sexual;  Narcisismo primário: não há relação com objetos externos, o mais importante nessa fase é a redução das necessidades básicas do organismo;
  • 9.  Incorporação: a primeira forma do indivíduo conhecer o mundo;  Primeiro subestágio de desenvolvimento: oral passivo ou etapa oral de sucção, incorpora o que é dado e visa aprender o mundo (mãe e seio);  Segundo subestágio do desenvolvimento: oral ativo ou agressivo, ou oral sádico-canibal, coincide com o início da dentição. Posição ambivalente: amar- incorporação, mastigar-destruição.
  • 10. FASE ANAL  Inicia-se aos dois anos, mais ou menos, a libido passa da área oral para a anal;  A criança adquire maturação psicomotora e consegue desenvolver habilidades como: andar, falar, movimento de pinça com as mãos e o controle dos esfíncteres;  A libido organiza-se sobre a zona erógena anal;
  • 11. DOIS PROCESSOS BÁSICOS ESTÃO SE ORGANIZANDO NA EVOLUÇÃO PSICOLÓGICA:  As fantasias da criança sobre seus primeiros produtos;  E como se relaciona com o mundo através desses produtos (andar, falar e auto-controle das necessidades fisiológicas); Então, duas modalidades de relação serão estabelecidas: a projeção e o controle
  • 12.  Os produtos anais são objetos que vêm de dentro do próprio corpo, são de certa forma parte da criança, geram prazer ao serem produzidos e controlados, a criança começa a construir a sua autonomia psicológica e tal mecanismo lhe dá prazer;  Muitas vezes durante o treino dos esfíncteres, as fezes são dadas como presente aos pais;  Quando o desenvolvimento neste período é normal, a criança ama e sente que é amada pelos pais, cada elemento que ela produz é sentido como bom e valorizado;
  • 13.  O sentimento básico que fica estabelecido será levado para as etapas de desenvolvimento posteriores, portanto se perceberem os seus produtos como bons haverá um sentimento geral de adequação à vida; Subestágios anais:  Anal expulsivo: etapa inicial, biologicamente caracterizada pelo domínio da expulsão das fezes, relacionado com os mecanismos psicológicos da projeção;  Anal retentivo: ligado ao controle dos esfíncteres, relacionado aos mecanismos psicológicos de controle.
  • 14. FASE FÁLICA  Tem início por volta dos três anos de idade;  A libido passa a se localizar na região genital, as crianças se interessam pelos próprios órgãos genitais e dos outros, costumam se masturbar neste período;  Aparece na criança a preocupação com as diferenças entre os órgãos sexuais, mas as pessoas se dividem em possuidoras ou não do FALO;
  • 15.  A fantasia masculina é no pênis, a feminina é no clitóris, imaginando que este é um pênis pequeno, que ainda vai se desenvolver;  Posteriormente, a realidade irá mostrar que apenas o homem é possuidor do pênis, ficando a mulher na condição de castrada;  Esta configuração primitiva do pensamento sexual infantil fornecerá as bases diferenciais das organizações psicológicas masculina e feminina;
  • 16.  O menino passa pela ansiedade da castração, o medo de perder o pênis, então o falo passa a representar o poder;  A menina experimenta nesta fase a inveja do pênis. Complexo de Édipo:  O desejo deve ser satisfeito pelo sexo oposto. A criança ama o genitor do sexo oposto, sente que isso é proibido e se sente ameaçada;  Para resolver o conflito afetivo-sexual e aliviar a ansiedade, a criança se identifica com o genitor do mesmo sexo, introjetando suas características, o papel social e os valores morais para se fazer aceito pelo genitor do sexo oposto.
  • 17. PERÍODO DE LATÊNCIA  Se inicia aos entre os 7 e 8 anos de idade;  Repressão da energia sexual posterior a resolução do Complexo de Édipo;  Início da repressão sexual, mas não pode ser totalmente reprimida ou eliminada porque é constantemente gerada;  A energia sexual é canalizada para outros fins (sublimação), tais como o desenvolvimento intelectual e social de criança;
  • 18.  O ego concentra-se em atividades intelectuais, jogos e brincadeiras coletivas;  Este período não é considerado uma fase porque não há organização em nenhuma zona erógena, não há nova organização de fantasias e nem modalidades de relações objetais;  Pode ser classificado como um período intermediário entre a genitalidade infantil e adulta.
  • 19. FASE GENITAL  Início da adolescência;  A libido passa a se concentra em objetos heterossexuais e não-incestuosos;  Acontece a maturidade genital, intelectual e social;
  • 20.  Para a psicanálise ao alcançar a fase genital o sujeito atinge o pleno desenvolvimento do adulto normal;  A fixação em outra fase de desenvolvimento psicossexual poderá levar o indivíduo a comportamentos ou traços de personalidade considerados fora do contexto da normalidade.