SlideShare uma empresa Scribd logo
2
Mais lidos
6
Mais lidos
10
Mais lidos
Revista Magistério 2
A aula expandida
Onde está a alma da aula?
Na proximidade entre aluno e professor?
No caráter lúdico do ensino?
No layout físico da sala de aula?
Na utilização de novas tecnologias?
Ou na volta a um paraíso selvagem e feliz?
A aula – componente
maior do processo de
aprendizagem, ensino e
investigação – constitui a
escola.
AULA EM AMBIENTE ESCOLAR
É um ritual dinâmico de ensino-
aprendizagem [coletivo e individual] em
que o professor/mestre planeja, organiza,
autora e conduz a interação entre as
pessoas, mobilizadas de forma
intencional e em direção à construção de
um saber, alicerçado num currículo –
social e historicamente construído - com
bases disciplinares.
A aula centrada, precisa, clara,
enxuta – tarefa e autoria
essenciais do professor – não é,
senão, o ponto de partida de sua
tarefa de criar condições para
gerar a aprendizagem e o desejo
da investigação
A aula expandida tem como princípio
que todos os temas tratados na aula
têm uma íntima relação com tudo que
é exterior à sala física, pois tudo ali
tratado nasceu do mundo e só tem
sentido se gerar a compreensão do
mundo, do saber popular, do saber
universal e a capacidade de sua
participação humanizadora sobre ele.
Práxis pedagógica é outro nome que permite
compreender a aula como um momento de
ação refletida.
(...) (as aulas expandidas), para serem eficazes e
terem seus objetivos realizados se desdobram
em um conjunto de ações planejadas pelo
professor, às vezes sozinho, às vezes com seus
alunos ou em parceria com seus colegas de
outras disciplinas. O caráter interdisciplinar do
trabalho docente acontece prioritariamente
nestes momentos de planejamento e de
intervenção pedagógica.
A aula é um momento de exercício de duas
funções vitais da educação: o prazer e o dever.
1.O conhecimento e o saber enquanto atos de
sabor e de prazer. Atos pelos quais parte-se do
já vivido e do já sabido para a aventura do
redescobrir, interpretar, questionar, investigar,
criticar, criar e propor a inovação.
2.Como resultante deste saber, a prática
transformadora e histórica.
No primeiro, estamos no domínio da estética e
no segundo no da ética.
Lembrar ao aluno como tem sido
seu modo de aprender e
quantas coisas ele aprendeu não
é só um modo de estimulá-lo,
pelo reforço afetivo, mas uma
operação pedagógica eficaz e
fundada nas ciências cognitiva.
Uma aula dada com significado
gera memória que aciona outros
conhecimentos que por sua vez
vão gerando uma espécie de
renda de novas aprendizagens.
Ali vão se enredando novas
significações e novos conceitos
construídos como mosaicos.
Termo criado por Paulo Freire,
curiosidade epistemológica, foi cunhada
para denominar a vontade de conhecer
que vai para além da curiosidade
superficial.
A curiosidade e a crítica são duas
condições a partir das quais se constrói a
autonomia, razão maior da educação. O
desenvolvimento do senso crítico se dá
pelo exercício da pergunta contínua.
Uso das TICs na escola
1. Pressão da indústria produtora dos hardwares – dos
equipamentos eletrônicos em seus mais variados formatos:
computadores, notebooks, lousa digital, tablets, smartphones.
2. Intenções formativas do comércio varejista que vê nas
traquitanas tecnológicas um estimulador de novas modalidades
e pressões ao consumo de tudo que está na rede. Vejam-se os
canais televisivos de programação infantil.
3. Depurados os engodos das fases acima apresentadas
entramos numa zona de defesa do uso das TIC como
linguagem. Ela abre novos conceitos de comunicação, de
espaço e de tempo.
4. A zona mais sofisticada das atividades das TIC na educação
escolar diz respeito ao seu trabalho como rede de
conhecimento e não apenas de informação. Ela tende a ser
cooperativa.
Quanto mais a pensamos e a vivemos mais
sentimos que nos falta aprender. Mas a aula é
mesmo um mistério que todos tentam
desvelar. Alguns por cansaço ou por cegueira
tentam destruí-la. “Acabará”, dizem alguns.(...)
Faltam muitas coisas a serem ditas, refletidas,
questionadas e remodeladas sobre a aula.(...)
Talvez seja este o desafio que nós professores
nos colocamos para criarmos nossas aulas
expandidas, no meio de tantos sobressaltos.
Aula...
Qual é o fubá da
sua aula?
Terezinha Azeredo Rios
“Hoje eu dei uma aula muito
boa. Ensinei coisas ótimas.
Pena que os alunos não
aprenderam...”
Ora, se os alunos não aprenderam, o
professor não pode dizer que
ensinou.
Professor “amigo”
Essa ideia é meio maldita, não é verdade?
Porque eu acho que será excelente se o
professor for amigo dos alunos, mas tem que
se lembrar que amigo, nessa expressão, é
adjetivo. O substantivo é professor. Se ele for
só amigo, ele não estará desempenhando o
papel que se espera dele.
No meu trabalho com a Educação,
com os professores, o meu
departamento do coração é o da
ética. Eu admiro uma afirmação de
Umberto Eco que diz que “a ética
começa quando entra em cena o
outro”. O outro, para o professor, na
relação pedagógica, é o aluno.
Avaliar é olhar de maneira crítica o
trabalho. É procurar ver com clareza,
com profundidade e abrangência.
Olhar amplamente de tal maneira que
você possa considerar todos os
aspectos. E creio que é algo que se dá
continuamente.
Qual é o fubá da aula?(...) Aulas que não
são aulas. Sem dúvida os ingredientes são
determinantes, mas é preciso mais uma
vez falar nessa essência. Não falo em “aula
certa” ou “aula verdadeira”. Essa aula
certa e verdadeira aparece como um ideal.
Uma coisa que ainda se coloca à nossa
frente. E é muito bom porque eu quero
que minha aula sempre seja melhor do
que aquela que fiz hoje.
Nós temos que construir hoje
os professores que seremos
no futuro. E não podemos
fazer isso sozinhos. Temos que
fazer em companhia, num
trabalho coletivo.
O ciclo autoral em desenvolvimento:
concepções e desafios
Há três aspectos que nos interessam destacar na
definição de educação da LDB e nos ajudam a
compreender as premissas do Ciclo autoral.
• O primeiro deles é que o conceito de educação
não pode ser reduzido apenas à qualidade do
desempenho escolar observável nos exames
padronizados das avaliações externas para
não se furtar ao risco de tornar o objetivo da
educação somente o sucesso escolar em si.
• O segundo, complementar, é o de que
não há dissociação entre a educação
escolar e a formação para a cidadania.
• O terceiro aspecto a ser tratado é o
conceito de solidariedade,
compreendido aqui não como
benevolência, caridade ou
assistencialismo, mas sim uma forma
de conhecimento.
Será preciso considerar que a autoria
do aluno dependerá de uma postura
de participação colaborativa,
proativa e de autoria, desde a
identificação do problema que se
quer resolver até a condução da
pesquisa, o planejamento das ações,
a intervenção, o registro, as reflexões
e conclusões.
Todo o currículo e o Projeto Político
Pedagógico devem ter como norte a
formação para a cidadania e a
construção do conhecimento-
emancipação. Nesse processo, o
professor assume a postura de
orientador e conduz a atividade de
forma a provocar e ajustar o foco
quando necessário.
O domínio das linguagens (oral
e escrita, matemática,
artística, científica, tecnológica
e midiática) é meio e condição
para o desenvolvimento das
atividades.
Por último, uma reforma dessa
natureza não acontecerá por
determinação externa ou legislação.
O conjunto de princípios do Ciclo
autoral só será legítimo se for
construído, com autoria e autonomia,
coletivamente pela comunidade
escolar, alunos, professores e gestores
fundamentalmente.

Mais conteúdo relacionado

Mais procurados (20)

PDF
Orientacoes 2020 2021 bom do ministerio tenho de ler
paulaoliveiraoliveir2
 
PDF
A Literacia com as TIC no 1º ciclo
Rosa Luisa Gaspar
 
DOC
Modelo proposta pedagogica 2018
Gezilene Sousa
 
PDF
Modelo de proposta para trabalho pedagógico
Elicio Lima
 
PDF
A CONTRIBUIÇÃO DO PIBID NA FORMAÇÃO DOCENTE INICIANTE
ProfessorPrincipiante
 
PDF
Escola e sociedade
cefaprodematupa
 
PDF
A formação de professores para a diversidade na perspectiva de paulo freire
Nertan Dias
 
DOCX
A contribuição do estágio supervisionado para o curso de pedagogia
Patricia Custodio
 
PDF
A ciencia na educacao pre escol - maria lucia santos; maria filom
AnaRibeiro968038
 
DOC
o espaço escolar na atualidade
Rhaykaisa
 
PDF
Avaliação institucional 2013 SME Marília - SP - devolutiva para as escolas
Rosemary Batista
 
DOCX
Proposta Pedagógica 2014
eemarquesdesaovicente
 
PDF
Analisando a educação de jovens e adultos na escola de hoje 2015
cefaprodematupa
 
PPT
Avaliação no espaço escolar
Maria Izabel Chaves
 
PPTX
1ª reunião com os coordenadores
Rosemary Batista
 
PDF
Organização do trabalho pedagógico
Renata Peruce
 
PDF
Formação permanente
Eduardo Lopes
 
PPTX
Estágio Educação Infantil
Luúh Reis
 
DOCX
Proposta Pedagogica 2015
Andrea Mariano
 
PPT
Apresentação Monografia: Educação no século XXI: desafio de pais e educadores.
Luciana Raspa Marcelo Lopes
 
Orientacoes 2020 2021 bom do ministerio tenho de ler
paulaoliveiraoliveir2
 
A Literacia com as TIC no 1º ciclo
Rosa Luisa Gaspar
 
Modelo proposta pedagogica 2018
Gezilene Sousa
 
Modelo de proposta para trabalho pedagógico
Elicio Lima
 
A CONTRIBUIÇÃO DO PIBID NA FORMAÇÃO DOCENTE INICIANTE
ProfessorPrincipiante
 
Escola e sociedade
cefaprodematupa
 
A formação de professores para a diversidade na perspectiva de paulo freire
Nertan Dias
 
A contribuição do estágio supervisionado para o curso de pedagogia
Patricia Custodio
 
A ciencia na educacao pre escol - maria lucia santos; maria filom
AnaRibeiro968038
 
o espaço escolar na atualidade
Rhaykaisa
 
Avaliação institucional 2013 SME Marília - SP - devolutiva para as escolas
Rosemary Batista
 
Proposta Pedagógica 2014
eemarquesdesaovicente
 
Analisando a educação de jovens e adultos na escola de hoje 2015
cefaprodematupa
 
Avaliação no espaço escolar
Maria Izabel Chaves
 
1ª reunião com os coordenadores
Rosemary Batista
 
Organização do trabalho pedagógico
Renata Peruce
 
Formação permanente
Eduardo Lopes
 
Estágio Educação Infantil
Luúh Reis
 
Proposta Pedagogica 2015
Andrea Mariano
 
Apresentação Monografia: Educação no século XXI: desafio de pais e educadores.
Luciana Raspa Marcelo Lopes
 

Semelhante a 5.revista magistério 2 (20)

PPS
Alfabetizacao prof Rosane A.Ribeiro
rosane11061965
 
PPT
1a. Aula Prof. Telma Regina Bueno
Robson dos Anjos
 
PPT
Aula da cristiane.ppt slide 1(1)
celiariosalmeida
 
PDF
Isabel alarcão
Nayboa
 
PPT
Professor aprendente, Comunidade aprendente
Raquel Figueiredo
 
PPTX
Novos espaços e novas metodologias, o fator crítico: a formação de professores
Neuza Pedro
 
PDF
2. escola e conhecimento
Ulisses Vakirtzis
 
PDF
1 artigo simone helen drumond fund. sócio, político e filosófico da educação
SimoneHelenDrumond
 
PDF
Os conceitos e os caminhos da Educação
Priscila Pettine
 
PPT
PreparatóRio 23 05
NICACIO DIAS
 
PDF
Docência no Ensino Superior
Instituto Consciência GO
 
PDF
Competenciasehabilidadespedagogicas
Marcélia Amorim Cardoso
 
PDF
Didática, ensino e aprendizagem - conceitos e conexões.pdf
LeonardoCastelliRist1
 
DOC
Grupo a atividade_is
Luciana
 
PPT
PÓS.2023.ITAJAÍ.CRIANÇA FELIZ, FELIZ A CANTAR, BRILHANTEtransd....ppt
AndersonEscobar24
 
PPTX
Docência no ensino superior
Instituto Consciência GO
 
PDF
A avaliação da aprendizagem como um princípio no desenvolvimento da autoria.
Josi Kely Andrade
 
PPTX
Interdisciplinaridade no ciclo de alfabetização
Ana Maria Louzada
 
PDF
Tempo de procura, encontro e celebração
josematiasalves
 
PDF
O desafio do aprendiz autônomo no processo de construção do conhecimento.2
aninhaw2
 
Alfabetizacao prof Rosane A.Ribeiro
rosane11061965
 
1a. Aula Prof. Telma Regina Bueno
Robson dos Anjos
 
Aula da cristiane.ppt slide 1(1)
celiariosalmeida
 
Isabel alarcão
Nayboa
 
Professor aprendente, Comunidade aprendente
Raquel Figueiredo
 
Novos espaços e novas metodologias, o fator crítico: a formação de professores
Neuza Pedro
 
2. escola e conhecimento
Ulisses Vakirtzis
 
1 artigo simone helen drumond fund. sócio, político e filosófico da educação
SimoneHelenDrumond
 
Os conceitos e os caminhos da Educação
Priscila Pettine
 
PreparatóRio 23 05
NICACIO DIAS
 
Docência no Ensino Superior
Instituto Consciência GO
 
Competenciasehabilidadespedagogicas
Marcélia Amorim Cardoso
 
Didática, ensino e aprendizagem - conceitos e conexões.pdf
LeonardoCastelliRist1
 
Grupo a atividade_is
Luciana
 
PÓS.2023.ITAJAÍ.CRIANÇA FELIZ, FELIZ A CANTAR, BRILHANTEtransd....ppt
AndersonEscobar24
 
Docência no ensino superior
Instituto Consciência GO
 
A avaliação da aprendizagem como um princípio no desenvolvimento da autoria.
Josi Kely Andrade
 
Interdisciplinaridade no ciclo de alfabetização
Ana Maria Louzada
 
Tempo de procura, encontro e celebração
josematiasalves
 
O desafio do aprendiz autônomo no processo de construção do conhecimento.2
aninhaw2
 
Anúncio

Mais de Ulisses Vakirtzis (20)

PDF
Orientacoes-para-atendimento-de-estudantes-transtorno-do-espectro-do-autismo.pdf
Ulisses Vakirtzis
 
PDF
Guia de Publicação Editora Albatroz (1).pdf
Ulisses Vakirtzis
 
PDF
Como gerenciar o espaço físico da escola
Ulisses Vakirtzis
 
PDF
Como gerenciar os recursos financeiros da escola
Ulisses Vakirtzis
 
PDF
Como promover a construção ppp
Ulisses Vakirtzis
 
PDF
Gestão Escolar: enfrentando os desafios cotidianos
Ulisses Vakirtzis
 
PDF
Organização e gestão da escola
Ulisses Vakirtzis
 
PDF
6.proposta curricular
Ulisses Vakirtzis
 
PDF
5.projeto político pedagógico da escola
Ulisses Vakirtzis
 
PDF
4.avaliação da aprendizagem
Ulisses Vakirtzis
 
PDF
3.teorias do desenvolvimento adolescência
Ulisses Vakirtzis
 
PDF
2.comunidades de aprendizagem e educação escolar
Ulisses Vakirtzis
 
PDF
1.ensino as abordagens do processo
Ulisses Vakirtzis
 
PDF
8.teorias psicogeneticas
Ulisses Vakirtzis
 
PDF
4.politicas docentes no brasil
Ulisses Vakirtzis
 
PDF
3.freitas eliminação adiada
Ulisses Vakirtzis
 
PDF
1. teixeira escola pública
Ulisses Vakirtzis
 
PDF
4. decretos 54.454 portaria 5941
Ulisses Vakirtzis
 
PDF
3. decreto 54.542 portaria 5930
Ulisses Vakirtzis
 
PDF
2. dialogos interdisciplinares
Ulisses Vakirtzis
 
Orientacoes-para-atendimento-de-estudantes-transtorno-do-espectro-do-autismo.pdf
Ulisses Vakirtzis
 
Guia de Publicação Editora Albatroz (1).pdf
Ulisses Vakirtzis
 
Como gerenciar o espaço físico da escola
Ulisses Vakirtzis
 
Como gerenciar os recursos financeiros da escola
Ulisses Vakirtzis
 
Como promover a construção ppp
Ulisses Vakirtzis
 
Gestão Escolar: enfrentando os desafios cotidianos
Ulisses Vakirtzis
 
Organização e gestão da escola
Ulisses Vakirtzis
 
6.proposta curricular
Ulisses Vakirtzis
 
5.projeto político pedagógico da escola
Ulisses Vakirtzis
 
4.avaliação da aprendizagem
Ulisses Vakirtzis
 
3.teorias do desenvolvimento adolescência
Ulisses Vakirtzis
 
2.comunidades de aprendizagem e educação escolar
Ulisses Vakirtzis
 
1.ensino as abordagens do processo
Ulisses Vakirtzis
 
8.teorias psicogeneticas
Ulisses Vakirtzis
 
4.politicas docentes no brasil
Ulisses Vakirtzis
 
3.freitas eliminação adiada
Ulisses Vakirtzis
 
1. teixeira escola pública
Ulisses Vakirtzis
 
4. decretos 54.454 portaria 5941
Ulisses Vakirtzis
 
3. decreto 54.542 portaria 5930
Ulisses Vakirtzis
 
2. dialogos interdisciplinares
Ulisses Vakirtzis
 
Anúncio

Último (20)

PDF
Almanach Trivulzio, 2025: Guia Genealógico da Casa Principesca de Trivulzio G...
principeandregalli
 
PDF
Reflexão_Uma análise às licenciaturas que permitem aceder aos mestrados de en...
Nelson Santos
 
DOCX
Mapa de Nauru - Mapa dos Países do Mundo
Doug Caesar
 
PDF
🎭 Música-Abrunhosa.pdfespetácolos música
biblioteca123
 
PDF
Multiplicação - Tabuada de 2 e 3.
Mary Alvarenga
 
DOCX
Mapa da Austrália - Mapa dos Países do Mundo.docx
Doug Caesar
 
PDF
'Emoções Caixinha dos Sentimentos' .pdf para leitura
IolandaFerreiraLima
 
PDF
Regras do jogo: Rumo à Tectónica de Placas 1.0
Casa Ciências
 
PDF
🎨 DiálogoGraça Morais.pdfartista plástica
biblioteca123
 
PDF
Fui_a_Serenata_Monumental_a_Coimbra..pdf
biblioteca123
 
PPT
AVALIAÇÕES DE SISTEMA DE ENSINO.ppt reformas
SANDRAMENDES689114
 
PDF
Segurança no Trânsito - Educação para transformar
Jhonata49
 
PPTX
ESTUDO 25 - O PLANO DIVINO DOS SECULOS.pptx
Pr Davi Passos - Estudos Bíblicos
 
PDF
Como nasceu Portugal.pdf e os portugueses
biblioteca123
 
PDF
DiálogoRedes sociais.pdfinstagram, tik tok
biblioteca123
 
PDF
Mat - Seguindo as setas adição subtração multplicação e divisão.
Mary Alvarenga
 
PPT
apresentação em power point motivação escolar.PPT
JniorFrancieleNeves
 
PPTX
slide de historia sobre o descobrimento do brasil
speedgames391
 
PDF
📱 No futuro.pdfterei uma casa inteligente
biblioteca123
 
PDF
Material de odontologia, para estudantes da área de radiologia em busca de co...
EltonSantiago7
 
Almanach Trivulzio, 2025: Guia Genealógico da Casa Principesca de Trivulzio G...
principeandregalli
 
Reflexão_Uma análise às licenciaturas que permitem aceder aos mestrados de en...
Nelson Santos
 
Mapa de Nauru - Mapa dos Países do Mundo
Doug Caesar
 
🎭 Música-Abrunhosa.pdfespetácolos música
biblioteca123
 
Multiplicação - Tabuada de 2 e 3.
Mary Alvarenga
 
Mapa da Austrália - Mapa dos Países do Mundo.docx
Doug Caesar
 
'Emoções Caixinha dos Sentimentos' .pdf para leitura
IolandaFerreiraLima
 
Regras do jogo: Rumo à Tectónica de Placas 1.0
Casa Ciências
 
🎨 DiálogoGraça Morais.pdfartista plástica
biblioteca123
 
Fui_a_Serenata_Monumental_a_Coimbra..pdf
biblioteca123
 
AVALIAÇÕES DE SISTEMA DE ENSINO.ppt reformas
SANDRAMENDES689114
 
Segurança no Trânsito - Educação para transformar
Jhonata49
 
ESTUDO 25 - O PLANO DIVINO DOS SECULOS.pptx
Pr Davi Passos - Estudos Bíblicos
 
Como nasceu Portugal.pdf e os portugueses
biblioteca123
 
DiálogoRedes sociais.pdfinstagram, tik tok
biblioteca123
 
Mat - Seguindo as setas adição subtração multplicação e divisão.
Mary Alvarenga
 
apresentação em power point motivação escolar.PPT
JniorFrancieleNeves
 
slide de historia sobre o descobrimento do brasil
speedgames391
 
📱 No futuro.pdfterei uma casa inteligente
biblioteca123
 
Material de odontologia, para estudantes da área de radiologia em busca de co...
EltonSantiago7
 

5.revista magistério 2

  • 1. Revista Magistério 2 A aula expandida
  • 2. Onde está a alma da aula? Na proximidade entre aluno e professor? No caráter lúdico do ensino? No layout físico da sala de aula? Na utilização de novas tecnologias? Ou na volta a um paraíso selvagem e feliz?
  • 3. A aula – componente maior do processo de aprendizagem, ensino e investigação – constitui a escola.
  • 4. AULA EM AMBIENTE ESCOLAR É um ritual dinâmico de ensino- aprendizagem [coletivo e individual] em que o professor/mestre planeja, organiza, autora e conduz a interação entre as pessoas, mobilizadas de forma intencional e em direção à construção de um saber, alicerçado num currículo – social e historicamente construído - com bases disciplinares.
  • 5. A aula centrada, precisa, clara, enxuta – tarefa e autoria essenciais do professor – não é, senão, o ponto de partida de sua tarefa de criar condições para gerar a aprendizagem e o desejo da investigação
  • 6. A aula expandida tem como princípio que todos os temas tratados na aula têm uma íntima relação com tudo que é exterior à sala física, pois tudo ali tratado nasceu do mundo e só tem sentido se gerar a compreensão do mundo, do saber popular, do saber universal e a capacidade de sua participação humanizadora sobre ele.
  • 7. Práxis pedagógica é outro nome que permite compreender a aula como um momento de ação refletida. (...) (as aulas expandidas), para serem eficazes e terem seus objetivos realizados se desdobram em um conjunto de ações planejadas pelo professor, às vezes sozinho, às vezes com seus alunos ou em parceria com seus colegas de outras disciplinas. O caráter interdisciplinar do trabalho docente acontece prioritariamente nestes momentos de planejamento e de intervenção pedagógica.
  • 8. A aula é um momento de exercício de duas funções vitais da educação: o prazer e o dever. 1.O conhecimento e o saber enquanto atos de sabor e de prazer. Atos pelos quais parte-se do já vivido e do já sabido para a aventura do redescobrir, interpretar, questionar, investigar, criticar, criar e propor a inovação. 2.Como resultante deste saber, a prática transformadora e histórica. No primeiro, estamos no domínio da estética e no segundo no da ética.
  • 9. Lembrar ao aluno como tem sido seu modo de aprender e quantas coisas ele aprendeu não é só um modo de estimulá-lo, pelo reforço afetivo, mas uma operação pedagógica eficaz e fundada nas ciências cognitiva.
  • 10. Uma aula dada com significado gera memória que aciona outros conhecimentos que por sua vez vão gerando uma espécie de renda de novas aprendizagens. Ali vão se enredando novas significações e novos conceitos construídos como mosaicos.
  • 11. Termo criado por Paulo Freire, curiosidade epistemológica, foi cunhada para denominar a vontade de conhecer que vai para além da curiosidade superficial. A curiosidade e a crítica são duas condições a partir das quais se constrói a autonomia, razão maior da educação. O desenvolvimento do senso crítico se dá pelo exercício da pergunta contínua.
  • 12. Uso das TICs na escola 1. Pressão da indústria produtora dos hardwares – dos equipamentos eletrônicos em seus mais variados formatos: computadores, notebooks, lousa digital, tablets, smartphones. 2. Intenções formativas do comércio varejista que vê nas traquitanas tecnológicas um estimulador de novas modalidades e pressões ao consumo de tudo que está na rede. Vejam-se os canais televisivos de programação infantil. 3. Depurados os engodos das fases acima apresentadas entramos numa zona de defesa do uso das TIC como linguagem. Ela abre novos conceitos de comunicação, de espaço e de tempo. 4. A zona mais sofisticada das atividades das TIC na educação escolar diz respeito ao seu trabalho como rede de conhecimento e não apenas de informação. Ela tende a ser cooperativa.
  • 13. Quanto mais a pensamos e a vivemos mais sentimos que nos falta aprender. Mas a aula é mesmo um mistério que todos tentam desvelar. Alguns por cansaço ou por cegueira tentam destruí-la. “Acabará”, dizem alguns.(...) Faltam muitas coisas a serem ditas, refletidas, questionadas e remodeladas sobre a aula.(...) Talvez seja este o desafio que nós professores nos colocamos para criarmos nossas aulas expandidas, no meio de tantos sobressaltos. Aula...
  • 14. Qual é o fubá da sua aula? Terezinha Azeredo Rios
  • 15. “Hoje eu dei uma aula muito boa. Ensinei coisas ótimas. Pena que os alunos não aprenderam...” Ora, se os alunos não aprenderam, o professor não pode dizer que ensinou.
  • 16. Professor “amigo” Essa ideia é meio maldita, não é verdade? Porque eu acho que será excelente se o professor for amigo dos alunos, mas tem que se lembrar que amigo, nessa expressão, é adjetivo. O substantivo é professor. Se ele for só amigo, ele não estará desempenhando o papel que se espera dele.
  • 17. No meu trabalho com a Educação, com os professores, o meu departamento do coração é o da ética. Eu admiro uma afirmação de Umberto Eco que diz que “a ética começa quando entra em cena o outro”. O outro, para o professor, na relação pedagógica, é o aluno.
  • 18. Avaliar é olhar de maneira crítica o trabalho. É procurar ver com clareza, com profundidade e abrangência. Olhar amplamente de tal maneira que você possa considerar todos os aspectos. E creio que é algo que se dá continuamente.
  • 19. Qual é o fubá da aula?(...) Aulas que não são aulas. Sem dúvida os ingredientes são determinantes, mas é preciso mais uma vez falar nessa essência. Não falo em “aula certa” ou “aula verdadeira”. Essa aula certa e verdadeira aparece como um ideal. Uma coisa que ainda se coloca à nossa frente. E é muito bom porque eu quero que minha aula sempre seja melhor do que aquela que fiz hoje.
  • 20. Nós temos que construir hoje os professores que seremos no futuro. E não podemos fazer isso sozinhos. Temos que fazer em companhia, num trabalho coletivo.
  • 21. O ciclo autoral em desenvolvimento: concepções e desafios Há três aspectos que nos interessam destacar na definição de educação da LDB e nos ajudam a compreender as premissas do Ciclo autoral. • O primeiro deles é que o conceito de educação não pode ser reduzido apenas à qualidade do desempenho escolar observável nos exames padronizados das avaliações externas para não se furtar ao risco de tornar o objetivo da educação somente o sucesso escolar em si.
  • 22. • O segundo, complementar, é o de que não há dissociação entre a educação escolar e a formação para a cidadania. • O terceiro aspecto a ser tratado é o conceito de solidariedade, compreendido aqui não como benevolência, caridade ou assistencialismo, mas sim uma forma de conhecimento.
  • 23. Será preciso considerar que a autoria do aluno dependerá de uma postura de participação colaborativa, proativa e de autoria, desde a identificação do problema que se quer resolver até a condução da pesquisa, o planejamento das ações, a intervenção, o registro, as reflexões e conclusões.
  • 24. Todo o currículo e o Projeto Político Pedagógico devem ter como norte a formação para a cidadania e a construção do conhecimento- emancipação. Nesse processo, o professor assume a postura de orientador e conduz a atividade de forma a provocar e ajustar o foco quando necessário.
  • 25. O domínio das linguagens (oral e escrita, matemática, artística, científica, tecnológica e midiática) é meio e condição para o desenvolvimento das atividades.
  • 26. Por último, uma reforma dessa natureza não acontecerá por determinação externa ou legislação. O conjunto de princípios do Ciclo autoral só será legítimo se for construído, com autoria e autonomia, coletivamente pela comunidade escolar, alunos, professores e gestores fundamentalmente.