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Câncer de Ovário
Câncer de Ovário
O Instituto Nacional de Câncer (INCA) estima que para 2014 e 2015 serão
diagnosticados 5.680 novos casos de câncer de ovário no Brasil. O câncer de
ovário ocupa o quinto lugar em mortes por câncer entre as mulheres, sendo
responsável por mais mortes do que qualquer outro câncer do sistema
reprodutivo feminino. O risco de uma mulher desenvolver câncer de ovário
durante sua vida é de cerca de 1 em 72. Sua chance de morrer de câncer de ovário
é de cerca de 1 em 100. Estas estatísticas não contam tumores ovarianos de baixo
potencial de malignidade.
Dados Nacionais sobre o Câncer de Ovário
Você sabe o que é Cisto Ovariano?
Um cisto ovariano é um acúmulo de
líquido dentro do órgão. Como parte
habitual do processo de ovulação,
ocorrem os chamados cistos funcionais.
Esses cistos geralmente desaparecem em
alguns meses e sem qualquer tratamento.
Mas, embora a maioria é benigna, uma
pequena porcentagem pode ser maligna.
Em alguns casos, a única maneira de saber
com precisão se o cisto é maligno é
removendo-o cirurgicamente. Já os cistos
benignos podem ser acompanhados por
exames de imagem ou também ser
removidos cirurgicamente.
Sinais e Sintomas do Câncer de
Ovário
O câncer de ovário pode causar vários sinais e
sintomas. Entretanto, é mais frequente o
aparecimento de sintomas quando a doença se
disseminou para outros órgãos. Os sintomas
mais comuns incluem:
• Dor pélvica e/ou inchaço abdominal.
• Dificuldade na alimentação ou
sensação de plenitude.
• Necessidade urgente e frequente de
urinar.
Se uma mulher apresentar estes sintomas
quase que diariamente por mais de algumas
semanas, deve consultar seu médico, de
preferência um ginecologista.
Tipos de Tumores de Ovário
Existem três tipos principais de
tumores de ovário:
• Tumores epiteliais - Começam a
partir das células que cobrem a
superfície externa do ovário. A
maioria dos tumores ovarianos é de
células epiteliais.
• Tumores de células
germinativas - Começam a partir
das células que produzem os óvulos.
• Tumores estromais - Começam a
partir de células que formam o
ovário e que produzem os
hormônios femininos: estrogênio e
progesterona.
Fatores de Risco
O maior fator de risco para câncer de ovário é a
idade, pois o aparecimento da doença é mais
provável após a menopausa. Caso exista um
histórico de familiar próximo de câncer de
ovário, mama ou de intestino, as chances de
uma mulher desenvolver câncer de ovário
também aumenta.
Acredita-se que as mudanças genéticas
herdadas são responsáveis por 10% dos
cânceres de ovário, isso inclui as mutações
dos genes BRCA1 e BRCA2, que estão ligadas
ao câncer de mama.
Estudos mostram que mulheres obesas têm um
risco maior de desenvolver câncer de ovário,
comparado com mulheres não obesas.
A terapia de reposição hormonal (TRH)
para tratar sintomas de menopausa,
também, aumenta o risco de câncer de
ovário.
• Gravidez - As mulheres que têm filhos estão
menos propensas a ter câncer comparadas com
aquelas que nunca deram à luz.
• Pílula - A doença é menos comum em mulheres
que usaram pílulas anticoncepcionais, uma vez que
deixa a mulher menos exposta a altos níveis de
estrogênio.
• Ligadura de trompas e histerectomia - Parece
diminuir modestamente a chance de uma mulher
desenvolver câncer de ovário.
• Ressecção dos ovários - A ooforectomia para
prevenir o aparecimento da doença só se justifica
em mulheres de famílias que tem síndromes de
câncer de ovário hereditário.
• Dieta - Manter-se dentro da faixa de peso ideal,
principalmente após a menopausa diminui as
possibilidades de desenvolver câncer de ovário.
Diminuindo o Risco de Câncer de Ovário
Exames de imagem para o Câncer de
Ovário
Os exames de imagem mais comumente solicitados
na suspeita da doença são:
• Ultrassom – Exame útil para diferenciar um
tumor de um cisto cheio de líquido. Se existe uma
suspeita de câncer, geralmente esse é o primeiro
exame realizado.
• Tomografia computadorizada - Determina o
tamanho e a localização do tumor de ovário, se os
linfonodos estão aumentados e se a doença se
disseminou para o fígado ou outros órgãos.
• Ressonância magnética - Produz imagens que
determinam o tamanho e a localização do tumor,
bem como a presença de metástases.
• Tomografia por emissão de pósitrons - O
PETscan permite detectar se o câncer se
disseminou para os linfonodos ou outras
estruturas e órgãos do corpo.
Para ajudar a fechar um diagnóstico de
câncer de ovário, o médico pode solicitar os
seguintes exames:
• Hemograma completo para determinar
a presença de anemia, que pode ser
causada por hemorragia interna.
• Bioquímica sanguínea para garantir
que a função hepática e renal estão
normais.
• Marcador tumoral CA-125. Pacientes
com nível alto de CA-125 devem consultar
também um oncologista.
Exames de Sangue para o Câncer de Ovário
A única maneira de determinar com
certeza se um tumor é câncer é remover
uma amostra da área suspeita e enviá-la
para análise em um laboratório de
patologia. No caso do câncer de ovário, a
biópsia é mais comumente realizada
através da remoção do tumor no
momento da cirurgia. Em casos raros, a
biópsia pode ser feita durante um
procedimento laparoscópico ou com
uma agulha inserida diretamente no
tumor através do abdome. Nesses casos,
o procedimento será guiado por
ultrassonografia ou tomografia
computadorizada.
Biopsia para Diagnóstico de Câncer de Ovário
O tratamento depende do estadiamento, isto é, da
extensão da doença:
• Estágio I - Tumor limitado aos ovários.
• Estágio II - Tumor envolve um ou ambos os
ovários e tem extensão para a pelve.
• Estágio III - Tumor em um ou ambos os ovários,
com implantes peritoneais fora da pelve e/ou
linfonodos retroperitoneais ou inguinais
positivos. Metástases hepáticas superficiais.
Tumor limitado à pelve verdadeira, mas com
extensão histologicamente confirmada para
intestino delgado ou omento.
• Estágio IV - Tumor envolvendo um ou ambos os
ovários, com metástases à distância ou
metástases para fígado ou derrame pleural
positivo para malignidade.
Estadiamento do Câncer de Ovário
A cirurgia é o principal tratamento para a
maioria dos cânceres de ovário. O
procedimento cirúrgico dependerá de
quanto à doença possa ter se disseminado e
do estado de saúde geral da paciente. Para as
mulheres em idade fértil, com doença em
estágio inicial, pode ser possível tratar a
doença sem a remoção de ambos os ovários e
do útero. O tratamento cirúrgico visa
ressecar o máximo possível de doença, e deve
ser realizado somente por um cirurgião com
experiência no tratamento cirúrgico do
câncer. Provavelmente, o maior
determinante do sucesso do tratamento seja
justamente a qualidade desta cirurgia.
Tratamento Cirúrgico do Câncer
de Ovário
A quimioterapia utiliza medicamentos
anticancerígenos para destruir as células
tumorais. De forma geral, a quimioterapia é
aplicada por via venosa, embora alguns
quimioterápicos possam ser administrados por via
oral. É administrada em ciclos, com cada período
de tratamento seguido por um período de
descanso, para permitir que o organismo possa se
recuperar. Cada ciclo de quimioterapia dura em
geral algumas semanas. Alguns dos
medicamentos quimioterápicos usados no
tratamento do câncer de ovário são: topotecano,
doxorrubicina lipossomal, gemcitabina,
ciclofosfamida, vinorelbina, ifosfamida,
etoposido, altretamine, capecitabina, irinotecano,
melfalano, pemetrexed e paclitaxel.
Tratamento Quimioterápico do Câncer
de Ovário
Tratamento Hormonal do Câncer de
Ovário
É o uso de hormônios ou hormônios bloqueadores
para combater o câncer. Este tipo de terapia sistêmica é
raramente utilizada para tratar o carcinoma epitelial de
ovário, mas frequentemente é utilizada no tratamento
dos tumores estromais. Podem ser:
• Agonistas do hormônio liberador de hormônio
luteinizante (GnRH) - Para inibir a produção de
estrogênio pelos ovários.
• Tamoxifeno - Para eliminar a presença do
estrogênio no corpo da mulher, a fim de evitar o
crescimento das células cancerígenas.
• Inibidores de Aromatase - Bloqueiam a enzima
aromatase, que se transforma em estrogênio em
mulheres na pós-menopausa. São utilizados
principalmente no tratamento do câncer de mama,
mas também podem ser usados para tratar a
recidiva dos tumores estromais do ovário.
Terapia Alvo para Câncer de
Ovário
Terapia alvo é um novo tipo de tratamento
do câncer que utiliza drogas ou outras
substâncias para identificar e atacar as
células cancerígenas com pouco dano às
células normais. Cada tipo de terapia alvo
funciona de uma maneira diferente, mas
todas alteram a forma como uma célula
cancerígena cresce, se divide, se auto
repara, ou como interage com outras
células. Nos últimos anos, diversos estudos
associaram a medicação denominada de
bevacizumabe à quimioterapia
tradicional. No Brasil, o bevacizumab está
aprovado como parte do tratamento do
câncer de ovário avançado, em primeira
linha, ou seja, como parte do primeiro
tratamento.
Vivendo com Câncer de Ovário
O tratamento do câncer de ovário é,
na maioria das vezes, extremamente
estressante. A paciente passa por tanta
coisa, que cada etapa concluída é uma
nova conquista. Com o término do
tratamento, algumas mulheres
percebem a doença como um todo e
alguns medos ou incertezas podem
tomar conta de seus pensamentos e
sentimentos. Em casos assim, uma das
coisas que mais ajudam é o apoio e a
força que elas recebem dos familiares
e amigos.
Você, paciente, não precisa passar
por tudo isso sozinha, seus
familiares e amigos podem e
querem te ajudar!
Mudanças no Estilo de Vida
após o Câncer de Ovário
Você não pode mudar o fato ter tido
um câncer de ovário, mas pode
mudar o seu modo enxergar e viver a
vida. Faça escolhas saudáveis,
alimente-se melhor e de forma
equilibrada, leve uma vida menos
sedentária, fique longe do cigarro e
consuma menos bebidas alcoólicas.
Sabemos também que será difícil,
mas tente não se estressar com
pequenas coisas. Sinta-se bem,
reveja seus objetivos e encare a vida
de uma nova forma! Esse é o
momento de reavaliar a vida e fazer
mudanças. Preocupe-se com você e
com sua saúde.
Câncer de Ovário

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Câncer de Ovário

  • 3. O Instituto Nacional de Câncer (INCA) estima que para 2014 e 2015 serão diagnosticados 5.680 novos casos de câncer de ovário no Brasil. O câncer de ovário ocupa o quinto lugar em mortes por câncer entre as mulheres, sendo responsável por mais mortes do que qualquer outro câncer do sistema reprodutivo feminino. O risco de uma mulher desenvolver câncer de ovário durante sua vida é de cerca de 1 em 72. Sua chance de morrer de câncer de ovário é de cerca de 1 em 100. Estas estatísticas não contam tumores ovarianos de baixo potencial de malignidade. Dados Nacionais sobre o Câncer de Ovário
  • 4. Você sabe o que é Cisto Ovariano? Um cisto ovariano é um acúmulo de líquido dentro do órgão. Como parte habitual do processo de ovulação, ocorrem os chamados cistos funcionais. Esses cistos geralmente desaparecem em alguns meses e sem qualquer tratamento. Mas, embora a maioria é benigna, uma pequena porcentagem pode ser maligna. Em alguns casos, a única maneira de saber com precisão se o cisto é maligno é removendo-o cirurgicamente. Já os cistos benignos podem ser acompanhados por exames de imagem ou também ser removidos cirurgicamente.
  • 5. Sinais e Sintomas do Câncer de Ovário O câncer de ovário pode causar vários sinais e sintomas. Entretanto, é mais frequente o aparecimento de sintomas quando a doença se disseminou para outros órgãos. Os sintomas mais comuns incluem: • Dor pélvica e/ou inchaço abdominal. • Dificuldade na alimentação ou sensação de plenitude. • Necessidade urgente e frequente de urinar. Se uma mulher apresentar estes sintomas quase que diariamente por mais de algumas semanas, deve consultar seu médico, de preferência um ginecologista.
  • 6. Tipos de Tumores de Ovário Existem três tipos principais de tumores de ovário: • Tumores epiteliais - Começam a partir das células que cobrem a superfície externa do ovário. A maioria dos tumores ovarianos é de células epiteliais. • Tumores de células germinativas - Começam a partir das células que produzem os óvulos. • Tumores estromais - Começam a partir de células que formam o ovário e que produzem os hormônios femininos: estrogênio e progesterona.
  • 7. Fatores de Risco O maior fator de risco para câncer de ovário é a idade, pois o aparecimento da doença é mais provável após a menopausa. Caso exista um histórico de familiar próximo de câncer de ovário, mama ou de intestino, as chances de uma mulher desenvolver câncer de ovário também aumenta. Acredita-se que as mudanças genéticas herdadas são responsáveis por 10% dos cânceres de ovário, isso inclui as mutações dos genes BRCA1 e BRCA2, que estão ligadas ao câncer de mama. Estudos mostram que mulheres obesas têm um risco maior de desenvolver câncer de ovário, comparado com mulheres não obesas. A terapia de reposição hormonal (TRH) para tratar sintomas de menopausa, também, aumenta o risco de câncer de ovário.
  • 8. • Gravidez - As mulheres que têm filhos estão menos propensas a ter câncer comparadas com aquelas que nunca deram à luz. • Pílula - A doença é menos comum em mulheres que usaram pílulas anticoncepcionais, uma vez que deixa a mulher menos exposta a altos níveis de estrogênio. • Ligadura de trompas e histerectomia - Parece diminuir modestamente a chance de uma mulher desenvolver câncer de ovário. • Ressecção dos ovários - A ooforectomia para prevenir o aparecimento da doença só se justifica em mulheres de famílias que tem síndromes de câncer de ovário hereditário. • Dieta - Manter-se dentro da faixa de peso ideal, principalmente após a menopausa diminui as possibilidades de desenvolver câncer de ovário. Diminuindo o Risco de Câncer de Ovário
  • 9. Exames de imagem para o Câncer de Ovário Os exames de imagem mais comumente solicitados na suspeita da doença são: • Ultrassom – Exame útil para diferenciar um tumor de um cisto cheio de líquido. Se existe uma suspeita de câncer, geralmente esse é o primeiro exame realizado. • Tomografia computadorizada - Determina o tamanho e a localização do tumor de ovário, se os linfonodos estão aumentados e se a doença se disseminou para o fígado ou outros órgãos. • Ressonância magnética - Produz imagens que determinam o tamanho e a localização do tumor, bem como a presença de metástases. • Tomografia por emissão de pósitrons - O PETscan permite detectar se o câncer se disseminou para os linfonodos ou outras estruturas e órgãos do corpo.
  • 10. Para ajudar a fechar um diagnóstico de câncer de ovário, o médico pode solicitar os seguintes exames: • Hemograma completo para determinar a presença de anemia, que pode ser causada por hemorragia interna. • Bioquímica sanguínea para garantir que a função hepática e renal estão normais. • Marcador tumoral CA-125. Pacientes com nível alto de CA-125 devem consultar também um oncologista. Exames de Sangue para o Câncer de Ovário
  • 11. A única maneira de determinar com certeza se um tumor é câncer é remover uma amostra da área suspeita e enviá-la para análise em um laboratório de patologia. No caso do câncer de ovário, a biópsia é mais comumente realizada através da remoção do tumor no momento da cirurgia. Em casos raros, a biópsia pode ser feita durante um procedimento laparoscópico ou com uma agulha inserida diretamente no tumor através do abdome. Nesses casos, o procedimento será guiado por ultrassonografia ou tomografia computadorizada. Biopsia para Diagnóstico de Câncer de Ovário
  • 12. O tratamento depende do estadiamento, isto é, da extensão da doença: • Estágio I - Tumor limitado aos ovários. • Estágio II - Tumor envolve um ou ambos os ovários e tem extensão para a pelve. • Estágio III - Tumor em um ou ambos os ovários, com implantes peritoneais fora da pelve e/ou linfonodos retroperitoneais ou inguinais positivos. Metástases hepáticas superficiais. Tumor limitado à pelve verdadeira, mas com extensão histologicamente confirmada para intestino delgado ou omento. • Estágio IV - Tumor envolvendo um ou ambos os ovários, com metástases à distância ou metástases para fígado ou derrame pleural positivo para malignidade. Estadiamento do Câncer de Ovário
  • 13. A cirurgia é o principal tratamento para a maioria dos cânceres de ovário. O procedimento cirúrgico dependerá de quanto à doença possa ter se disseminado e do estado de saúde geral da paciente. Para as mulheres em idade fértil, com doença em estágio inicial, pode ser possível tratar a doença sem a remoção de ambos os ovários e do útero. O tratamento cirúrgico visa ressecar o máximo possível de doença, e deve ser realizado somente por um cirurgião com experiência no tratamento cirúrgico do câncer. Provavelmente, o maior determinante do sucesso do tratamento seja justamente a qualidade desta cirurgia. Tratamento Cirúrgico do Câncer de Ovário
  • 14. A quimioterapia utiliza medicamentos anticancerígenos para destruir as células tumorais. De forma geral, a quimioterapia é aplicada por via venosa, embora alguns quimioterápicos possam ser administrados por via oral. É administrada em ciclos, com cada período de tratamento seguido por um período de descanso, para permitir que o organismo possa se recuperar. Cada ciclo de quimioterapia dura em geral algumas semanas. Alguns dos medicamentos quimioterápicos usados no tratamento do câncer de ovário são: topotecano, doxorrubicina lipossomal, gemcitabina, ciclofosfamida, vinorelbina, ifosfamida, etoposido, altretamine, capecitabina, irinotecano, melfalano, pemetrexed e paclitaxel. Tratamento Quimioterápico do Câncer de Ovário
  • 15. Tratamento Hormonal do Câncer de Ovário É o uso de hormônios ou hormônios bloqueadores para combater o câncer. Este tipo de terapia sistêmica é raramente utilizada para tratar o carcinoma epitelial de ovário, mas frequentemente é utilizada no tratamento dos tumores estromais. Podem ser: • Agonistas do hormônio liberador de hormônio luteinizante (GnRH) - Para inibir a produção de estrogênio pelos ovários. • Tamoxifeno - Para eliminar a presença do estrogênio no corpo da mulher, a fim de evitar o crescimento das células cancerígenas. • Inibidores de Aromatase - Bloqueiam a enzima aromatase, que se transforma em estrogênio em mulheres na pós-menopausa. São utilizados principalmente no tratamento do câncer de mama, mas também podem ser usados para tratar a recidiva dos tumores estromais do ovário.
  • 16. Terapia Alvo para Câncer de Ovário Terapia alvo é um novo tipo de tratamento do câncer que utiliza drogas ou outras substâncias para identificar e atacar as células cancerígenas com pouco dano às células normais. Cada tipo de terapia alvo funciona de uma maneira diferente, mas todas alteram a forma como uma célula cancerígena cresce, se divide, se auto repara, ou como interage com outras células. Nos últimos anos, diversos estudos associaram a medicação denominada de bevacizumabe à quimioterapia tradicional. No Brasil, o bevacizumab está aprovado como parte do tratamento do câncer de ovário avançado, em primeira linha, ou seja, como parte do primeiro tratamento.
  • 17. Vivendo com Câncer de Ovário O tratamento do câncer de ovário é, na maioria das vezes, extremamente estressante. A paciente passa por tanta coisa, que cada etapa concluída é uma nova conquista. Com o término do tratamento, algumas mulheres percebem a doença como um todo e alguns medos ou incertezas podem tomar conta de seus pensamentos e sentimentos. Em casos assim, uma das coisas que mais ajudam é o apoio e a força que elas recebem dos familiares e amigos. Você, paciente, não precisa passar por tudo isso sozinha, seus familiares e amigos podem e querem te ajudar!
  • 18. Mudanças no Estilo de Vida após o Câncer de Ovário Você não pode mudar o fato ter tido um câncer de ovário, mas pode mudar o seu modo enxergar e viver a vida. Faça escolhas saudáveis, alimente-se melhor e de forma equilibrada, leve uma vida menos sedentária, fique longe do cigarro e consuma menos bebidas alcoólicas. Sabemos também que será difícil, mas tente não se estressar com pequenas coisas. Sinta-se bem, reveja seus objetivos e encare a vida de uma nova forma! Esse é o momento de reavaliar a vida e fazer mudanças. Preocupe-se com você e com sua saúde.