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M E D I A D O R A S :
A n a í H a e s e r P e ñ a
V â n i a S i l v e i r a Va r e l a
SEDF – CRET – CEI 01 de Taguatinga – Equipe Especializada de Apoio à Aprendizagem
ESTUDO COLETIVO:
Transtorno do Espectro Autista
-Abordagem Pedagógica Inclusiva-
Estudo Coletivo sobre Transtornos do Espectro Autista - Abordagem Pedagógica Inclusiva
“A inclusão é uma visão, uma estrada a ser viajada, mas uma estrada sem
fim, com todos os tipos de barreiras e obstáculos, alguns dos quais estão
em nossas mentes e em nossos corações.”
(Mitter, P. Educação inclusiva: Contextos sociais. Artmed, 2003, apud Arruda e Almeida, 2014, p.6)
1. Definir TEA, suas características e forma de diagnóstico;
2. Apresentar as necessidades especiais apresentadas por
crianças com TEA;
3. Conhecer a proposta de educação inclusiva para crianças
com TEA e
4. Sistematizar algumas estratégias para o trabalho
pedagógico inclusivo com crianças com TEA.
Objetivos do Estudo
HISTÓRIA
Dez coisas que uma criança autista gostaria que
você soubesse
1. Antes de tudo e o mais importante: sou uma criança!
2. Minhas percepções sensoriais estão desorganizadas
3. Receptividade, linguagem expressiva e vocabulário podem ser grandes
desafios para mim.
4. Eu penso concretamente.
5. Seja paciente com meu vocabulário limitado, pois posso ter dificuldade de
dizer o que estou sentindo ou pensando. Observe minha linguagem
corporal.
Dez coisas que uma criança autista gostaria que
você soubesse
6. Como a linguagem é muito difícil para mim, me oriento pela visão.
7. Por favor, procure construir comigo a partir do que eu posso fazer, mais do
que por minhas limitações.
8. Ajude-me nas interações sociais.
9. Tente identificar o que inicia meus surtos.
10.Me ame incondicionalmente.
Ellen Notbohm
Autismo?
 Os transtornos do espectro autista são complexos, têm início precoce e
perduram por toda a vida.
 “Autismo é uma condição que se reflete no neurodesenvolvimento de uma
pessoa, determinando quadros muito distintos, que tem em comum um
grande prejuízo na sociabilidade.” (Bordini & Bruni, 2014, p. 220)
 Prevalência – 4 em cada 10.000, principalmente em meninos, mas também em
meninas
 Autismo – Plouller, 1906; Bleuler, 1911
 Alterações autísticas do contato afetivo – Kanner, 1943, Asperger – 1944
TEA, TGD, TID, Autismo?
 Até 2013:
 DSM-VI – Transtorno Global do Desenvolvimento (5 quadros clínicos -
subcategorias)
 CID-10 – Transtorno Invasivo do Desenvolvimento (8 tipos)
 Atualmente:
 CID-10 – Transtorno Invasivo do Desenvolvimento
 DSM-V – Transtornos do Espectro Autista (4 quadros clínicos, mas uma
só categoria)
O que é um Espectro Autista?
 Forma de compreender o Transtorno como linhas de dificuldades e
competências, abrangendo desde os casos mais graves até os mais leves.
TEA
Comportamentos
Comunicação/
Linguagem
Sociabilidade
O que é um Espectro Autista?
COMUNICAÇÃO/
LINGUAGEM
COMPORTAMENTOS SOCIABILIDADE
O que é um Espectro Autista?
COMUNICAÇÃO/
LINGUAGEM
COMPORTAMENTOS
SOCIABILIDADE
Algumas características comuns em pessoas
com TEA
 COMPORTAMENTO:
 Padrões de comportamento, atividades e interesses restritos
 Alterações nas condutas motoras, comportamentos repetitivos e
estereotipados.
 Tendência de vinculação a objetos incomuns, tipicamente rígidos
(especialmente na primeira infância). Em pessoas, é comum se interessar
por uma parte ou detalhe (mão, botão da roupa).
 Tendência a insistir na realização de rotinas particulares e rituais de caráter
não-funcionais.
 Medos, fobias, alterações do sono e da alimentação e ataques de birra,
agressão e auto-agressão.
 Hiper ou hiporreação a estímulos sensoriais, como luz, dor ou som.
Algumas características comuns em pessoas
com TEA
 COMPORTAMENTO:
 Dificuldade na identificação de perigos reais como veículos em movimento
ou grandes alturas.
 Alterações no olhar: ausência ou evitamento de contato visual, olhar que
“atravessa o outro”, ausência do acompanhamento ocular, olhar periférico e
estrabismo.
Algumas características comuns em pessoas
com TEA
 LINGUAGEM E COMUNICAÇÃO:
 Pobreza de jogos imaginativos,
 Não utilização e compreensão dos gestos;
 Não utilização da linguagem com objetivo de comunicação social
 Presença de respostas estereotipadas ou de ecolalia
 Alterações na melodia da fala
 Possibilidade de presença de estereótipos verbais, neologismos bizarros e
um verbalismo solitário.
 Extremo domínio verbal nos casos de Síndrome de Asperger.
Algumas características comuns em pessoas
com TEA
 SOCIABILIDADE:
 Comprometimentos qualitativos na interação social recíproca, que tomam a
forma de uma apreciação inadequada de indicadores sócio-emocionais.
 Falta de respostas para as emoções de outras pessoas.
 Falta de modulação do comportamento.
 Uso insatisfatório de sinais sociais
 Fraca integração dos comportamentos sociais, emocionais e de
comunicação.
Algumas características comuns em pessoas
com TEA
 SOCIABILIDADE:
 Alterações no contato com pares: inaptidão para brincar em grupo ou para
desenvolver laços de amizade, não participam de jogos cooperativos ou
mostram pouca emoção, pouca simpatia ou pouca empatia por outros.
Na medida em que crescem, pode-se desenvolver uma maior ligação,
mas as relações sociais permanecem superficiais e imaturas. Podem
seguir por tempo indeterminado, assim como serem interrompidas
momentaneamente, sem uma lógica aparente.
CRITÉRIOS DIAGNÓSTICOS NO DSM-V
 A fim de receber um diagnóstico de Transtorno do Espectro do Autismo, uma
pessoa deve ter os três seguintes déficits:
 Problemas de interação social ou emocional alternativo – Isso pode
incluir a dificuldade de estabelecer ou manter o vai e vem de conversas e
interações, a incapacidade de iniciar uma interação e problemas com a
atenção compartilhada ou partilha de emoções e interesses com os outros.
 Graves problemas para manter relações – Isso pode envolver uma
completa falta de interesse em outras pessoas, as dificuldades de jogar
fingir e se engajar em atividades sociais apropriadas à idade e problemas
de adaptação a diferentes expectativas sociais.
 Problemas de comunicação não verbal – o que pode incluir o contato
anormal dos olhos, postura, expressões faciais, tom de voz e gestos, bem
como a incapacidade de entender esses sinais não verbais de outras
pessoas.
CRITÉRIOS DIAGNÓSTICOS NO DSM-V
 Comportamentos repetitivos e restritivos
 Além disso, o indivíduo deve apresentar pelo menos dois destes
comportamentos:
 Apego extremo a rotinas e padrões e resistência a mudanças nas rotinas
 Fala ou movimentos repetitivos
 Interesses intensos e restritos
 Dificuldade em integrar informação sensorial ou forte procura ou evitar
comportamentos de estímulos sensoriais
Diagnóstico
 É clínico: história da criança colhida com pais e no ambiente escolar,
observação da criança
 Ainda não existem exames capazes de diagnosticar autismo.
 É multiprofissional, mas aqui em nossa realidade (SEDF) normalmente
fechado por psiquiatra infantil.
 Profissionais da área de saúde que normalmente participam da avaliação:
 Fonoaudiólogo
 Psicólogo
 Médico (Psiquiatra, Neurologista, Pediatra)
Como crianças com TEA vêem o mundo?
 Cegueira mental
 Dificuldade em entender o ponto de vista, ideias ou sentimentos alheios
 Entendendo a essência
 Dificuldade em associar detalhes a um contexto e fazer generalizações a partir
dessas informações
 Interesses e sensibilidades sensoriais
 Tendência a concentrar-se em experiências perceptivas concretas
 Imaginação, percepção temporal, planejamento e memória
 Linguagem
Metas para a ação docente no ambiente escolar
Rivere (apud Camargos)
1. Promover o bem-estar emocional da pessoa autista, diminuindo suas
experiências negativas de medo, ansiedade, frustração, incrementando
2. Possibilidades de emoções positivas de serenidade, alegria e auto-estima.
3. Promover a autonomia pessoal e as competências de auto-cuidado,
diminuindo assim sua dependência de outras pessoas.
4. Aumentar suas possibilidades de comunicação, autoconsciência e controle
do próprio comportamento.
5. Desenvolver habilidades cognitivas e de atenção, que permitam uma relação
mais rica com o seu meio ambiente.
Metas para a ação docente no ambiente escolar
6. Aumentar a liberdade, espontaneidade e flexibilidade de suas ações, assim
que estiver preparado.
7. Aumentar sua capacidade de assimilar e compreender as interações com
outras pessoas, assim como sua capacidade de interpretar as intenções dos
demais.
8. Desenvolver técnicas de aprendizagem, baseadas na imitação,
aprendizagem de observação.
9. Diminuir aquelas condutas que trazem sofrimento para o próprio sujeito e
para os que o rodeiam, como as auto-agressões, ações destrutivas.
10. Desenvolver suas competências comunicativas.
Proposta de Educação Inclusiva para crianças
com TEA
“A programação das atividades (em propostas educacionais inclusivas para
crianças autistas) não pode restringir-se a objetivos voltados para conteúdos
programáticos escolares mas deve estar inicialmente voltada para a melhoria da
qualidade de vida da criança, através de uma melhora de comportamento que
facilite sua integração na família e na sociedade.” (p.122)
 Aspectos gerais da organização escolar
 Necessidade de envolvimento da comunidade escolar:
Gestores, professores, auxiliares, pais, crianças...
 Discernimento e disponibilidade de toda a comunidade para lidar com
situações inusitadas e peculidaridades/ particularidades de cada pessoa
 Cuidados com a infra-estrutura: o ambiente deve se adequar às
necessidades dos alunos
Proposta de Educação Inclusiva para crianças
com TEA
 Compreensão da criança enquanto pessoa, o levantamento de suas
necessidades e das prioridades para a elaboração do planejamento e das
intervenção
 Desafio, para a família, deixar a criança na escola
Escola é o ambiente mais apropriado
Incentivar o gosto pela escola
 Rotina familiar
 Acompanhamento médico/ medicamento
 Compreender o universo da criança
 Perceber os pontos fortes, o que dá resultado positivo
 Criar “pontes” de acesso
Proposta de Educação Inclusiva para
crianças com TEA
 Planejamento e organização do trabalho pedagógico:
 Definir os objetivos educacionais a serem alcançados, o tempo e suporte
necessários, critérios objetivos de avaliação, conforme necessidades da
criança (abordagem vivencial da aprendizagem) :
Adequar o currículo escolar a partir do estilo cognitivo individual,
 Adequar – redução versus forma de apresentação (estratégias,
instrumentos) e organização:
• materiais e móveis adaptados
 jogos pedagógicos, uso de imagens, fotos, esquemas, signos
visuais e ajustes de grande e pequeno porte.
 Estimular as funções necessárias ao aprendizado eficiente.
 Organização do trabalho pedagógico (cont.):
 Identificar intolerância aos estímulos auditivos, bem como tempo de
tolerância durante aprendizado em sala de aula.
 Organizar um sistema de registro individual de desempenho e
comportamento (retratar o desenvolvimento do aluno)
 Facilitar a previsibilidade da rotina usando apoios visuais (agendas
ilustradas, calendários e sequência das atividades), indicando o que vai
acontecer e em quais momentos
 Insistir, persistir, pois o comportamento é modificável, mesmo que leve
tempo
 Estratégias passo a passo
Proposta de Educação Inclusiva para
crianças com TEA
 Contar com um auxiliar para acompanhar o aluno em sala de aula e outras
atividades escolares.
 Garantir atendimento educacional especializado.
 Considerar a intensidade, gravidade das limitações e as condições devem ter a
oportunidade de participar de forma significativa e integral nas atividades
escolares regulares.
 Conheça e se utilize dos interesses da criança.
 Atenção individualizada, mesmo dentro do grupo.
 Respeito ao tempo da criança e seus limites.
Proposta de Educação Inclusiva para
crianças com TEA
 Linguagem com mensagens curtas, sempre depois de ter a atenção da
criança, firme quando necessário, evitando repetir ordens muitas vezes
 Evitar o uso do nome da criança como sinônimo de não
 A boa comunicação entre os pais e o professor é fundamental:
 Reuniões regulares sobre os objetivos educacionais e comportamentais
(manejo de desobediência, confrontos, hiperatividade, estereotipias, rigidez
cognitiva e dificuldade de relacionamento com os colegas).
 Uso de agenda que estabeleça uma comunicação diária entre o professor e
os pais permitindo troca de informações sobre o comportamento da criança
e ocorrências domésticas (sono, medicação, alimentação, etc.) e escolares
(trabalhos, excursões, comemorações e mudanças de rotina, etc.).
Proposta de Educação Inclusiva para
crianças com TEA
Questões relativas à família
 Exercite a alteridade
 Estimule a família a buscar apoio
 Motive a família a sair com a criança e frequentar ambientes sociais
apropriados para crianças
 Incentive os pais a compartilhar e comemorar os sucessos da
criança
 Crie um clima colaborativo com a família
 Conversas sobre questões particulares devem ser conduzidas em
ambiente “particular”
Pontos (prováveis) a serem trabalhados
 Desenvolvimento da atenção, direcionamento, foco
 Desenvolvimento do repertório comunicativo
 Autonomia
 Relacionamento social, especialmente com pares
 Manejo comportamental
Técnicas que podem ser úteis
 Indiferença planejada
 Interferência sinalizadora
 Proximidade e “controle pelo toque” (estou com você)
 Participação numa relação de interesse
 Afeição hipodérmica
 Descontaminação da tensão por meio do humor
 Ajuda nos obstáculos
 Interpretação como apoio para expressão
Técnicas/ Instrumentos/ Estratégias
 Reagrupamento
 Reestruturação
 “Remoção anti-séptica”
 Permissão versus Proibição autoritária
 Oferecer modelos
 Atividades lúdicas
Aspectos importantes a considerar no
ambiente escolar
 Isolamento versus Relações Interpessoais
 Comportamento motor
 Linguagem e habilidades pré-verbais
 Alterações das funções intelectuais
 Comportamento afetivo
 Alterações psicossomáticos
 Alterações no processamento sensorial
 Dificuldades para sublimar frustrações e adiar satisfações
Referências
1. Bordini, D.; Bruni, A. R. Transtorno do Espectro Autista. __In: G. M. Estanislau; R. A.
Bressan (org.). Saúde mental na escola: o que os educadores devem saber. pp.
220-230. Porto Alegre: Artmed, 2014.
2. Camargos Jr, W. (cols.). Transtornos Invasivos do Desenvolvimento – 3º Milênio.
Brasília: CORDE, 2005.
3. Arruda, M. C.; Almeida, M. (coord.). Comunidade Aprender Criança. Cartilha da
Inclusão Escolar: inclusão baseada em evidências científicas. (Ed. Instituto Glia,
2014).
4. Notbohm, E. Dez coisas que uma criança autista gostaria que você soubesse.
Tradução: Darlo Diniz Guedes. Disponível em: http://www.ellennotbohm.com/article-
translations/dez-coisas-que-toda-crianca-com-autismo-gostaria-que-voce-soubesse/.
5. Williams, C.; Wright, B. Convivendo com Autismo e Síndrome de Asperger:
Estratégias Práticas para Pais e Profissionais. São Paulo: M. Books, 2008.
“É emergencial a promoção da Pedagogia contemplando a todos os sujeitos
sociais, e não de uma Pedagogia da pessoa com deficiência. Promover uma
Pedagogia da deficiência constitui uma das primeiras barreiras atitudinais
percebidas no âmbito da Educação”
(Waber, D. P., Forbes, P. W., Almli, C. R. & Blood, E. A. Four-year longitudinal performance of a populationbased sample of healthy children on a
neuropsychological battery: the NIH MRI study of normal brain development. J Int Neuropsychol Soc 18, 179-190, doi:10.1017/S1355617711001536
S1355617711001536 [pii], 2012, apud Arruda e Almeida, 2014, p.7)
Quer saber mais?
Acesse o site da EEAA-CEI 01 e conheça um
pouco mais sobre o trabalho pedagógico
inclusivo com crianças com TEA.
http://cei1taguatinga.wix.com/eeaa -cei1

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Estudo Coletivo sobre Transtornos do Espectro Autista - Abordagem Pedagógica Inclusiva

  • 1. M E D I A D O R A S : A n a í H a e s e r P e ñ a V â n i a S i l v e i r a Va r e l a SEDF – CRET – CEI 01 de Taguatinga – Equipe Especializada de Apoio à Aprendizagem ESTUDO COLETIVO: Transtorno do Espectro Autista -Abordagem Pedagógica Inclusiva-
  • 3. “A inclusão é uma visão, uma estrada a ser viajada, mas uma estrada sem fim, com todos os tipos de barreiras e obstáculos, alguns dos quais estão em nossas mentes e em nossos corações.” (Mitter, P. Educação inclusiva: Contextos sociais. Artmed, 2003, apud Arruda e Almeida, 2014, p.6)
  • 4. 1. Definir TEA, suas características e forma de diagnóstico; 2. Apresentar as necessidades especiais apresentadas por crianças com TEA; 3. Conhecer a proposta de educação inclusiva para crianças com TEA e 4. Sistematizar algumas estratégias para o trabalho pedagógico inclusivo com crianças com TEA. Objetivos do Estudo
  • 6. Dez coisas que uma criança autista gostaria que você soubesse 1. Antes de tudo e o mais importante: sou uma criança! 2. Minhas percepções sensoriais estão desorganizadas 3. Receptividade, linguagem expressiva e vocabulário podem ser grandes desafios para mim. 4. Eu penso concretamente. 5. Seja paciente com meu vocabulário limitado, pois posso ter dificuldade de dizer o que estou sentindo ou pensando. Observe minha linguagem corporal.
  • 7. Dez coisas que uma criança autista gostaria que você soubesse 6. Como a linguagem é muito difícil para mim, me oriento pela visão. 7. Por favor, procure construir comigo a partir do que eu posso fazer, mais do que por minhas limitações. 8. Ajude-me nas interações sociais. 9. Tente identificar o que inicia meus surtos. 10.Me ame incondicionalmente. Ellen Notbohm
  • 8. Autismo?  Os transtornos do espectro autista são complexos, têm início precoce e perduram por toda a vida.  “Autismo é uma condição que se reflete no neurodesenvolvimento de uma pessoa, determinando quadros muito distintos, que tem em comum um grande prejuízo na sociabilidade.” (Bordini & Bruni, 2014, p. 220)  Prevalência – 4 em cada 10.000, principalmente em meninos, mas também em meninas  Autismo – Plouller, 1906; Bleuler, 1911  Alterações autísticas do contato afetivo – Kanner, 1943, Asperger – 1944
  • 9. TEA, TGD, TID, Autismo?  Até 2013:  DSM-VI – Transtorno Global do Desenvolvimento (5 quadros clínicos - subcategorias)  CID-10 – Transtorno Invasivo do Desenvolvimento (8 tipos)  Atualmente:  CID-10 – Transtorno Invasivo do Desenvolvimento  DSM-V – Transtornos do Espectro Autista (4 quadros clínicos, mas uma só categoria)
  • 10. O que é um Espectro Autista?  Forma de compreender o Transtorno como linhas de dificuldades e competências, abrangendo desde os casos mais graves até os mais leves. TEA Comportamentos Comunicação/ Linguagem Sociabilidade
  • 11. O que é um Espectro Autista? COMUNICAÇÃO/ LINGUAGEM COMPORTAMENTOS SOCIABILIDADE
  • 12. O que é um Espectro Autista? COMUNICAÇÃO/ LINGUAGEM COMPORTAMENTOS SOCIABILIDADE
  • 13. Algumas características comuns em pessoas com TEA  COMPORTAMENTO:  Padrões de comportamento, atividades e interesses restritos  Alterações nas condutas motoras, comportamentos repetitivos e estereotipados.  Tendência de vinculação a objetos incomuns, tipicamente rígidos (especialmente na primeira infância). Em pessoas, é comum se interessar por uma parte ou detalhe (mão, botão da roupa).  Tendência a insistir na realização de rotinas particulares e rituais de caráter não-funcionais.  Medos, fobias, alterações do sono e da alimentação e ataques de birra, agressão e auto-agressão.  Hiper ou hiporreação a estímulos sensoriais, como luz, dor ou som.
  • 14. Algumas características comuns em pessoas com TEA  COMPORTAMENTO:  Dificuldade na identificação de perigos reais como veículos em movimento ou grandes alturas.  Alterações no olhar: ausência ou evitamento de contato visual, olhar que “atravessa o outro”, ausência do acompanhamento ocular, olhar periférico e estrabismo.
  • 15. Algumas características comuns em pessoas com TEA  LINGUAGEM E COMUNICAÇÃO:  Pobreza de jogos imaginativos,  Não utilização e compreensão dos gestos;  Não utilização da linguagem com objetivo de comunicação social  Presença de respostas estereotipadas ou de ecolalia  Alterações na melodia da fala  Possibilidade de presença de estereótipos verbais, neologismos bizarros e um verbalismo solitário.  Extremo domínio verbal nos casos de Síndrome de Asperger.
  • 16. Algumas características comuns em pessoas com TEA  SOCIABILIDADE:  Comprometimentos qualitativos na interação social recíproca, que tomam a forma de uma apreciação inadequada de indicadores sócio-emocionais.  Falta de respostas para as emoções de outras pessoas.  Falta de modulação do comportamento.  Uso insatisfatório de sinais sociais  Fraca integração dos comportamentos sociais, emocionais e de comunicação.
  • 17. Algumas características comuns em pessoas com TEA  SOCIABILIDADE:  Alterações no contato com pares: inaptidão para brincar em grupo ou para desenvolver laços de amizade, não participam de jogos cooperativos ou mostram pouca emoção, pouca simpatia ou pouca empatia por outros. Na medida em que crescem, pode-se desenvolver uma maior ligação, mas as relações sociais permanecem superficiais e imaturas. Podem seguir por tempo indeterminado, assim como serem interrompidas momentaneamente, sem uma lógica aparente.
  • 18. CRITÉRIOS DIAGNÓSTICOS NO DSM-V  A fim de receber um diagnóstico de Transtorno do Espectro do Autismo, uma pessoa deve ter os três seguintes déficits:  Problemas de interação social ou emocional alternativo – Isso pode incluir a dificuldade de estabelecer ou manter o vai e vem de conversas e interações, a incapacidade de iniciar uma interação e problemas com a atenção compartilhada ou partilha de emoções e interesses com os outros.  Graves problemas para manter relações – Isso pode envolver uma completa falta de interesse em outras pessoas, as dificuldades de jogar fingir e se engajar em atividades sociais apropriadas à idade e problemas de adaptação a diferentes expectativas sociais.  Problemas de comunicação não verbal – o que pode incluir o contato anormal dos olhos, postura, expressões faciais, tom de voz e gestos, bem como a incapacidade de entender esses sinais não verbais de outras pessoas.
  • 19. CRITÉRIOS DIAGNÓSTICOS NO DSM-V  Comportamentos repetitivos e restritivos  Além disso, o indivíduo deve apresentar pelo menos dois destes comportamentos:  Apego extremo a rotinas e padrões e resistência a mudanças nas rotinas  Fala ou movimentos repetitivos  Interesses intensos e restritos  Dificuldade em integrar informação sensorial ou forte procura ou evitar comportamentos de estímulos sensoriais
  • 20. Diagnóstico  É clínico: história da criança colhida com pais e no ambiente escolar, observação da criança  Ainda não existem exames capazes de diagnosticar autismo.  É multiprofissional, mas aqui em nossa realidade (SEDF) normalmente fechado por psiquiatra infantil.  Profissionais da área de saúde que normalmente participam da avaliação:  Fonoaudiólogo  Psicólogo  Médico (Psiquiatra, Neurologista, Pediatra)
  • 21. Como crianças com TEA vêem o mundo?  Cegueira mental  Dificuldade em entender o ponto de vista, ideias ou sentimentos alheios  Entendendo a essência  Dificuldade em associar detalhes a um contexto e fazer generalizações a partir dessas informações  Interesses e sensibilidades sensoriais  Tendência a concentrar-se em experiências perceptivas concretas  Imaginação, percepção temporal, planejamento e memória  Linguagem
  • 22. Metas para a ação docente no ambiente escolar Rivere (apud Camargos) 1. Promover o bem-estar emocional da pessoa autista, diminuindo suas experiências negativas de medo, ansiedade, frustração, incrementando 2. Possibilidades de emoções positivas de serenidade, alegria e auto-estima. 3. Promover a autonomia pessoal e as competências de auto-cuidado, diminuindo assim sua dependência de outras pessoas. 4. Aumentar suas possibilidades de comunicação, autoconsciência e controle do próprio comportamento. 5. Desenvolver habilidades cognitivas e de atenção, que permitam uma relação mais rica com o seu meio ambiente.
  • 23. Metas para a ação docente no ambiente escolar 6. Aumentar a liberdade, espontaneidade e flexibilidade de suas ações, assim que estiver preparado. 7. Aumentar sua capacidade de assimilar e compreender as interações com outras pessoas, assim como sua capacidade de interpretar as intenções dos demais. 8. Desenvolver técnicas de aprendizagem, baseadas na imitação, aprendizagem de observação. 9. Diminuir aquelas condutas que trazem sofrimento para o próprio sujeito e para os que o rodeiam, como as auto-agressões, ações destrutivas. 10. Desenvolver suas competências comunicativas.
  • 24. Proposta de Educação Inclusiva para crianças com TEA “A programação das atividades (em propostas educacionais inclusivas para crianças autistas) não pode restringir-se a objetivos voltados para conteúdos programáticos escolares mas deve estar inicialmente voltada para a melhoria da qualidade de vida da criança, através de uma melhora de comportamento que facilite sua integração na família e na sociedade.” (p.122)  Aspectos gerais da organização escolar  Necessidade de envolvimento da comunidade escolar: Gestores, professores, auxiliares, pais, crianças...  Discernimento e disponibilidade de toda a comunidade para lidar com situações inusitadas e peculidaridades/ particularidades de cada pessoa  Cuidados com a infra-estrutura: o ambiente deve se adequar às necessidades dos alunos
  • 25. Proposta de Educação Inclusiva para crianças com TEA  Compreensão da criança enquanto pessoa, o levantamento de suas necessidades e das prioridades para a elaboração do planejamento e das intervenção  Desafio, para a família, deixar a criança na escola Escola é o ambiente mais apropriado Incentivar o gosto pela escola  Rotina familiar  Acompanhamento médico/ medicamento  Compreender o universo da criança  Perceber os pontos fortes, o que dá resultado positivo  Criar “pontes” de acesso
  • 26. Proposta de Educação Inclusiva para crianças com TEA  Planejamento e organização do trabalho pedagógico:  Definir os objetivos educacionais a serem alcançados, o tempo e suporte necessários, critérios objetivos de avaliação, conforme necessidades da criança (abordagem vivencial da aprendizagem) : Adequar o currículo escolar a partir do estilo cognitivo individual,  Adequar – redução versus forma de apresentação (estratégias, instrumentos) e organização: • materiais e móveis adaptados  jogos pedagógicos, uso de imagens, fotos, esquemas, signos visuais e ajustes de grande e pequeno porte.  Estimular as funções necessárias ao aprendizado eficiente.
  • 27.  Organização do trabalho pedagógico (cont.):  Identificar intolerância aos estímulos auditivos, bem como tempo de tolerância durante aprendizado em sala de aula.  Organizar um sistema de registro individual de desempenho e comportamento (retratar o desenvolvimento do aluno)  Facilitar a previsibilidade da rotina usando apoios visuais (agendas ilustradas, calendários e sequência das atividades), indicando o que vai acontecer e em quais momentos  Insistir, persistir, pois o comportamento é modificável, mesmo que leve tempo  Estratégias passo a passo Proposta de Educação Inclusiva para crianças com TEA
  • 28.  Contar com um auxiliar para acompanhar o aluno em sala de aula e outras atividades escolares.  Garantir atendimento educacional especializado.  Considerar a intensidade, gravidade das limitações e as condições devem ter a oportunidade de participar de forma significativa e integral nas atividades escolares regulares.  Conheça e se utilize dos interesses da criança.  Atenção individualizada, mesmo dentro do grupo.  Respeito ao tempo da criança e seus limites. Proposta de Educação Inclusiva para crianças com TEA
  • 29.  Linguagem com mensagens curtas, sempre depois de ter a atenção da criança, firme quando necessário, evitando repetir ordens muitas vezes  Evitar o uso do nome da criança como sinônimo de não  A boa comunicação entre os pais e o professor é fundamental:  Reuniões regulares sobre os objetivos educacionais e comportamentais (manejo de desobediência, confrontos, hiperatividade, estereotipias, rigidez cognitiva e dificuldade de relacionamento com os colegas).  Uso de agenda que estabeleça uma comunicação diária entre o professor e os pais permitindo troca de informações sobre o comportamento da criança e ocorrências domésticas (sono, medicação, alimentação, etc.) e escolares (trabalhos, excursões, comemorações e mudanças de rotina, etc.). Proposta de Educação Inclusiva para crianças com TEA
  • 30. Questões relativas à família  Exercite a alteridade  Estimule a família a buscar apoio  Motive a família a sair com a criança e frequentar ambientes sociais apropriados para crianças  Incentive os pais a compartilhar e comemorar os sucessos da criança  Crie um clima colaborativo com a família  Conversas sobre questões particulares devem ser conduzidas em ambiente “particular”
  • 31. Pontos (prováveis) a serem trabalhados  Desenvolvimento da atenção, direcionamento, foco  Desenvolvimento do repertório comunicativo  Autonomia  Relacionamento social, especialmente com pares  Manejo comportamental
  • 32. Técnicas que podem ser úteis  Indiferença planejada  Interferência sinalizadora  Proximidade e “controle pelo toque” (estou com você)  Participação numa relação de interesse  Afeição hipodérmica  Descontaminação da tensão por meio do humor  Ajuda nos obstáculos  Interpretação como apoio para expressão
  • 33. Técnicas/ Instrumentos/ Estratégias  Reagrupamento  Reestruturação  “Remoção anti-séptica”  Permissão versus Proibição autoritária  Oferecer modelos  Atividades lúdicas
  • 34. Aspectos importantes a considerar no ambiente escolar  Isolamento versus Relações Interpessoais  Comportamento motor  Linguagem e habilidades pré-verbais  Alterações das funções intelectuais  Comportamento afetivo  Alterações psicossomáticos  Alterações no processamento sensorial  Dificuldades para sublimar frustrações e adiar satisfações
  • 35. Referências 1. Bordini, D.; Bruni, A. R. Transtorno do Espectro Autista. __In: G. M. Estanislau; R. A. Bressan (org.). Saúde mental na escola: o que os educadores devem saber. pp. 220-230. Porto Alegre: Artmed, 2014. 2. Camargos Jr, W. (cols.). Transtornos Invasivos do Desenvolvimento – 3º Milênio. Brasília: CORDE, 2005. 3. Arruda, M. C.; Almeida, M. (coord.). Comunidade Aprender Criança. Cartilha da Inclusão Escolar: inclusão baseada em evidências científicas. (Ed. Instituto Glia, 2014). 4. Notbohm, E. Dez coisas que uma criança autista gostaria que você soubesse. Tradução: Darlo Diniz Guedes. Disponível em: http://www.ellennotbohm.com/article- translations/dez-coisas-que-toda-crianca-com-autismo-gostaria-que-voce-soubesse/. 5. Williams, C.; Wright, B. Convivendo com Autismo e Síndrome de Asperger: Estratégias Práticas para Pais e Profissionais. São Paulo: M. Books, 2008.
  • 36. “É emergencial a promoção da Pedagogia contemplando a todos os sujeitos sociais, e não de uma Pedagogia da pessoa com deficiência. Promover uma Pedagogia da deficiência constitui uma das primeiras barreiras atitudinais percebidas no âmbito da Educação” (Waber, D. P., Forbes, P. W., Almli, C. R. & Blood, E. A. Four-year longitudinal performance of a populationbased sample of healthy children on a neuropsychological battery: the NIH MRI study of normal brain development. J Int Neuropsychol Soc 18, 179-190, doi:10.1017/S1355617711001536 S1355617711001536 [pii], 2012, apud Arruda e Almeida, 2014, p.7)
  • 37. Quer saber mais? Acesse o site da EEAA-CEI 01 e conheça um pouco mais sobre o trabalho pedagógico inclusivo com crianças com TEA. http://cei1taguatinga.wix.com/eeaa -cei1