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ATENÇÃO A SAÚDE MENTAL DO
IDOSO:
PREVENÇÃO AO SUICÍDIO
Fabiana Piccoli D`Agostini
Psicóloga
CRP 12/03066
•O QUE É O ENVELHECIMENTO?
•“É um fenômeno biopsicossocial que atinge o
homem e sua existência na sociedade,
manifestando-se em todos os domínios da vida.
Inicia-se pelas células, passa aos tecidos e órgãos
e termina nos processos extremamente
complicados do pensamento.” Soares Vargas,
1994
•QUANDO COMEÇA O
ENVELHECIMENTO?
•A maioria dos estudiosos define o início do
envelhecimento aos 60 ou 65 anos A idade
cronológica sempre é uma medida arbitrária,
pois não existe um “ponto determinado” para se
ficar “velho ou velha”. O bem-estar dos idosos
está mais relacionado com os eventos da vida e
a saúde física do que a idade cronológica. Stuart-
Hamilton, 2002
•SAÚDE DO IDOSO
• O padrão de doenças é distinto da população
jovem
• 64% dos idosos com problemas de saúde
possuem mais de uma doença (denominada
comorbidade)
•E QUAIS SÃO AS DOENÇAS DO HUMOR
NO IDOSO?
•TRANSTORNOS DEPRESSIVOS E
TRANSTORNOS BIPOLARES
•TRANSTORNOS DEPRESSIVOS
•O IDOSO SENTE TRISTEZA?
•TRISTEZA É IGUAL A DEPRESSÃO?
TRISTEZA X DEPRESSÃO
TODAS AS PESSOAS, INDEPENDENTEMENTE DA
IDADE, JÁ SE SENTIRAM, VEZ OU OUTRA, TRISTES.
Isso é natural, faz parte da vida! PORTANTO,
TRISTEZA NÃO É A MESMA COISA QUE
DEPRESSÃO!
•A DEPRESSÃO É UM TRANSTORNO DO HUMOR!
•TRANSTORNOS DO HUMOR (TH): • São alterações
patológicas do humor (do tipo depressão ou euforia)
que desencadeiam perturbações comportamentais,
cognitivas, psicomotoras e vegetativas
•Os TH estão entre os mais frequentes transtornos
mentais
•O humor é definido como eutímico, sadio, estabilizado
quando ele está adequado à situação real e o
indivíduo é capaz de monitoriza-lo
•TERCEIRA IDADE
•Os Transtornos Depressivos são mais comuns que os
Transtornos Bipolares
•O transtorno depressivo mais frequente é o
Transtorno Depressivo Maior (TDM)
•Os sintomas depressivos são praticamente os mesmos
dos adultos jovens (pequena diferença).
•A depressão é bastante comum nos idosos, mas
não faz parte do processo normal de
envelhecimento
•A depressão é uma DOENÇA, mas muitas vezes é
considerada como fraqueza, preguiça, má
vontade
•Nem sempre é fácil reconhecer o episódio
depressivo (apenas 20% dos idosos deprimidos
são devidamente diagnosticados)
•Depressão com início na idade
avançada: pode vir acompanhada de
anormalidades estruturais e funcionais
do cérebro (mais difícil de tratar)
•FATORES QUE DIFICULTAM O DIAGNÓSTICO DE
DEPRESSÃO NOS IDOSOS
•Elevada frequência de sintomas clínicos (ex:
fadiga, dores, dificuldades com o sono e o
apetite, perda de peso, irritabilidade etc.)
• Falta de consciência ou reconhecimento dos
sintomas depressivos (tanto para o paciente como
para o médico)
• Sintomas muito leves de depressão ou pouco
específicos
• Subestima dos sintomas depressivos pelos
próprios pacientes, familiares e profissionais de
saúde
• Medo dos efeitos colaterais das medicações
• Preconceito: os idosos têm receio de serem
chamados de “loucos”, “gagás”, “fracos”
SUICíDIO
•O suicídio em si não é uma doença, nem
necessariamente a manifestação de uma
doença, mas transtornos mentais
constituem-se em um importante fator
associado com o suicídio.
•Em muitos países é mais comum o suicídio
nos idosos, do que em pessoas mais
jovens
• EUA: mais de 25%, da população que se
suicida, é de idosos
• Homens da raça branca com mais de 80
anos – risco 6 vezes maior de auto-
eliminação (grupo de mais alto risco)
• É mais frequente em portadores de TH
• História de outras tentativas
• História familiar de suicídio
• Quadro psicótico especialmente com
alucinações ou delírios de comando
•Uma das causas mais frequentes de
suicídio em idosos é porque
supostamente a dependência em
relação a terceiros não é bem vista em
países ocidentais
•No Brasil, quando passamos da faixa 15-
19 anos para a de 20-29 anos, há um
aumento substantivo do número de
•A mortalidade é maior em idosos com mais de
70 anos
•60,4 % solteiro/divorciado/viúvo
•31,5% casado/união estável
HOMENS por enforcamento em sua grande
maioria
MULHERES por intoxicação exógena
HOMENS SÃO MAIS EFETIVOS
MULHERES FAZEM MAIS TENTATIVAS
•São quatro os sentimentos
principais de quem pensa em se
matar: depressão, desesperança,
desamparo e desespero (regra dos
4D).
• Fatores habitualmente encontrados em pessoas com risco de
comportamentos suicidas (Bertolote, “O suicídio e sua
prevenção”):
• Tentativa (s) prévia (s) de suicídio - Transtornos psiquiátricos
(principalmente depressão, alcoolismo, esquizofrenia e certos
transtornos de personalidade - Doenças físicas (terminais,
dolorosas, debilitantes, incapacitantes, desaprovadas socialmente
- como a AIDS) - História familiar de suicídio, alcoolismo ou outros
transtornos psiquiátricos - Estado civil divorciado, viúvo ou solteiro
- Isolamento social - Desempregado ou aposentado - Luto ou
abuso sexual na infância - Alta recente de internação psiquiátrica
• Fatores ambientais –
• Fácil acesso a métodos de suicídio
• Estressores recentes –
• Separação conjugal –
• Luto –
• Conflitos familiares
Mudança de situação empregatícia ou financeira - Rejeição por parte
de pessoa significativa - Vergonha e temor de ser considerado culpado
• Idosos e suicídio
• Em pesquisa feita com notas de suicidas idosos, Beenars et al.
Identificaram os seguintes motivos como principais:
– medo de se tornarem fardos;
– de se tornarem dependentes de terceiros;
– pavor de serem colocados em uma instituição para terceira idade;
– intolerância à redução das capacidades física e mental;
– inabilidade em lidar com doenças;
– medo de bancarrota (menos presente em democracias sociais);
– medo de perder o controle sobre a vida e a vontade de controlar a
morte;
OMS (2015) – aproximadamente 1 milhão de pessoas estiveram em
risco de cometer suicídio.
• O suicídio é uma das 10 maiores causas de morte em todos os países.
• É uma das três maiores causas de morte na faixa de 15 a 35 anos.
• O impacto psicológico e social em uma família e na sociedade é
imensurável.
• Em média, um único suicídio afeta pelo menos outras seis pessoas.
• Se ocorre numa escola ou em algum local de trabalho, tem impacto
em centenas de pessoas.
• Países desenvolvidos e subdesenvolvidos: prevalência
total de transtornos mentais de 80 a 100% em casos de
suicídios com êxito letal.
• Risco de suicídio ao longo da vida em pessoas com
transtorno do humor (principalmente depressão): 6 a 15%.
• Alcoolismo: 7 a 15%.
• Esquizofrenia: 4 a 10%.
• OMS (2020): 1,53 milhão de pessoas no mundo
morrerão por suicídio.
• 01 caso de suicídio a cada 20 segundos
• 01 tentativa de suicídio a cada 2 segundos.
• É considerado o mais grave dilema ético da
Medicina
• Complicação terminal de uma fenômeno
multideterminado.
•Três características comuns na maioria pessoas sob
risco de suicídio:
•1. Ambivalência: Quase sempre querem ao mesmo
tempo alcançar a morte, mas também viver.
•2. Impulsividade: o suicídio pode ser também um ato
impulsivo, desencadeado por eventos negativos do
dia a dia.
• 3. Rigidez/constrição: Pensam de forma rígida e
drástica: “O único caminho é a morte”; “Não há mais
nada o que fazer”; “A única coisa que poderia fazer
era me matar”.
PRECAUÇÕES
• Melhora falsa ou enganosa: Quando um paciente
agitado de repente fica calmo, ele pode ter tomado a
decisão de cometer suicídio, daí a calma após a
decisão.
• Negação: Pacientes que tem intenção muito sérias de
suicidar-se podem deliberadamente negar a ideação
suicida.
IMPULSIVIDADE
• O suicídio é um fenômeno impulsivo e o impulso é
por natureza muito transitório.
• Se a ajuda é fornecida no momento do impulso, a
crise pode ser combatida.
PREVENÇÃO PRIMÁRIA
• Não existe uma única causa de tentativa de suicídio.
• A adversidade de fatores e problemas sugere que
provavelmente nenhuma medida preventiva única é
relevante para todos os pacientes, e que a prevenção
efetiva terá que incluir diferentes procedimentos nos
vários estágios da cadeia de eventos que levam até a
tentativa de suicídio.
• Prescrição de psicofármacos: deve ser realizada com
critérios, elegendo os de menor toxidade. Receitas
devem ser válidas para a menor quantidade possível.
O melhor é a colaboração de um familiar que controle
e fique com a guarda dos medicamentos.
•70% das intoxicações medicamentosas voluntárias se
realizam com os fármacos que foram prescritos ao
paciente.
• Uma proporção substancial de pessoas que
cometem o suicídio morrem sem nunca
terem visto um profissional de saúde mental.
• Melhora na detecção, referenciamento e
manejo dos transtornos psiquiátricos na
atenção primária são passos importantes na
prevenção do suicídio.
•MITOS E REALIDADES
• Mito: A ideia comum de que a ameaça de suicídio é feita apenas para
manipular as pessoas ou chamar a atenção.
• Realidade: Entende-se que uma ameaça de suicídio sempre deve ser
levada a sério.
• Chegar a esse tipo de recurso indica que a pessoa está sofrendo e
necessita de ajuda.
• Mito: Os suicidas têm plena intenção de morrer.
• Realidade: A maioria dos suicidas não se decidiram quanto a viver ou
morrer, e jogam com a morte, deixando, com isso, aos outros a
incumbência de salvá-los. Quase nenhuma pessoa comete suicídio
sem permitir que os outros saibam como ela se sente.
• Mito: A melhora depois de uma crise de suicídio
significa que o risco de suicídio passou.
•Realidade: A maioria dos suicídios ocorre dentro de
aproximadamente três meses depois do início da
“melhora”, quando a pessoa tem mais forças para
colocar em ação seus pensamentos e sentimentos
mórbidos.
•Mito: O suicídio é herdado ou “ocorre em determinadas
famílias”.
•Realidade: O suicídio tem uma configuração individual.
•Mito: Todos os suicidas tem doença mental,
e o suicídio é sempre o ato de uma pessoa
psicótica.
•Realidade: Pesquisa de centenas de
verdadeiras notas suicidas indicam que,
embora a pessoa suicida seja extremamente
infeliz, não tem necessariamente uma
doença mental.
•Mito: Crianças não cometem suicídio.
• Realidade: As crianças realmente cometem suicídios,
e os índices se estão elevando.
•Mito: Você não deve fazer perguntas ao paciente a
respeito de suicídio porque isso poderia incutir na
mente dele essa ideia.
•Realidade: A ideação suicida não é fortuita. Tem
origem em processos psicológicos internos profundos
ou numa crise importante.
OBRIGADA PELA ATENÇÃO!!

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  • 1. ATENÇÃO A SAÚDE MENTAL DO IDOSO: PREVENÇÃO AO SUICÍDIO Fabiana Piccoli D`Agostini Psicóloga CRP 12/03066
  • 2. •O QUE É O ENVELHECIMENTO?
  • 3. •“É um fenômeno biopsicossocial que atinge o homem e sua existência na sociedade, manifestando-se em todos os domínios da vida. Inicia-se pelas células, passa aos tecidos e órgãos e termina nos processos extremamente complicados do pensamento.” Soares Vargas, 1994
  • 5. •A maioria dos estudiosos define o início do envelhecimento aos 60 ou 65 anos A idade cronológica sempre é uma medida arbitrária, pois não existe um “ponto determinado” para se ficar “velho ou velha”. O bem-estar dos idosos está mais relacionado com os eventos da vida e a saúde física do que a idade cronológica. Stuart- Hamilton, 2002
  • 6. •SAÚDE DO IDOSO • O padrão de doenças é distinto da população jovem • 64% dos idosos com problemas de saúde possuem mais de uma doença (denominada comorbidade)
  • 7. •E QUAIS SÃO AS DOENÇAS DO HUMOR NO IDOSO?
  • 9. •TRANSTORNOS DEPRESSIVOS •O IDOSO SENTE TRISTEZA? •TRISTEZA É IGUAL A DEPRESSÃO?
  • 10. TRISTEZA X DEPRESSÃO TODAS AS PESSOAS, INDEPENDENTEMENTE DA IDADE, JÁ SE SENTIRAM, VEZ OU OUTRA, TRISTES. Isso é natural, faz parte da vida! PORTANTO, TRISTEZA NÃO É A MESMA COISA QUE DEPRESSÃO!
  • 11. •A DEPRESSÃO É UM TRANSTORNO DO HUMOR! •TRANSTORNOS DO HUMOR (TH): • São alterações patológicas do humor (do tipo depressão ou euforia) que desencadeiam perturbações comportamentais, cognitivas, psicomotoras e vegetativas •Os TH estão entre os mais frequentes transtornos mentais •O humor é definido como eutímico, sadio, estabilizado quando ele está adequado à situação real e o indivíduo é capaz de monitoriza-lo
  • 12. •TERCEIRA IDADE •Os Transtornos Depressivos são mais comuns que os Transtornos Bipolares •O transtorno depressivo mais frequente é o Transtorno Depressivo Maior (TDM) •Os sintomas depressivos são praticamente os mesmos dos adultos jovens (pequena diferença).
  • 13. •A depressão é bastante comum nos idosos, mas não faz parte do processo normal de envelhecimento •A depressão é uma DOENÇA, mas muitas vezes é considerada como fraqueza, preguiça, má vontade •Nem sempre é fácil reconhecer o episódio depressivo (apenas 20% dos idosos deprimidos são devidamente diagnosticados)
  • 14. •Depressão com início na idade avançada: pode vir acompanhada de anormalidades estruturais e funcionais do cérebro (mais difícil de tratar)
  • 15. •FATORES QUE DIFICULTAM O DIAGNÓSTICO DE DEPRESSÃO NOS IDOSOS •Elevada frequência de sintomas clínicos (ex: fadiga, dores, dificuldades com o sono e o apetite, perda de peso, irritabilidade etc.) • Falta de consciência ou reconhecimento dos sintomas depressivos (tanto para o paciente como para o médico)
  • 16. • Sintomas muito leves de depressão ou pouco específicos • Subestima dos sintomas depressivos pelos próprios pacientes, familiares e profissionais de saúde • Medo dos efeitos colaterais das medicações • Preconceito: os idosos têm receio de serem chamados de “loucos”, “gagás”, “fracos”
  • 18. •O suicídio em si não é uma doença, nem necessariamente a manifestação de uma doença, mas transtornos mentais constituem-se em um importante fator associado com o suicídio.
  • 19. •Em muitos países é mais comum o suicídio nos idosos, do que em pessoas mais jovens • EUA: mais de 25%, da população que se suicida, é de idosos • Homens da raça branca com mais de 80 anos – risco 6 vezes maior de auto- eliminação (grupo de mais alto risco)
  • 20. • É mais frequente em portadores de TH • História de outras tentativas • História familiar de suicídio • Quadro psicótico especialmente com alucinações ou delírios de comando
  • 21. •Uma das causas mais frequentes de suicídio em idosos é porque supostamente a dependência em relação a terceiros não é bem vista em países ocidentais •No Brasil, quando passamos da faixa 15- 19 anos para a de 20-29 anos, há um aumento substantivo do número de
  • 22. •A mortalidade é maior em idosos com mais de 70 anos •60,4 % solteiro/divorciado/viúvo •31,5% casado/união estável HOMENS por enforcamento em sua grande maioria MULHERES por intoxicação exógena HOMENS SÃO MAIS EFETIVOS MULHERES FAZEM MAIS TENTATIVAS
  • 23. •São quatro os sentimentos principais de quem pensa em se matar: depressão, desesperança, desamparo e desespero (regra dos 4D).
  • 24. • Fatores habitualmente encontrados em pessoas com risco de comportamentos suicidas (Bertolote, “O suicídio e sua prevenção”): • Tentativa (s) prévia (s) de suicídio - Transtornos psiquiátricos (principalmente depressão, alcoolismo, esquizofrenia e certos transtornos de personalidade - Doenças físicas (terminais, dolorosas, debilitantes, incapacitantes, desaprovadas socialmente - como a AIDS) - História familiar de suicídio, alcoolismo ou outros transtornos psiquiátricos - Estado civil divorciado, viúvo ou solteiro - Isolamento social - Desempregado ou aposentado - Luto ou abuso sexual na infância - Alta recente de internação psiquiátrica
  • 25. • Fatores ambientais – • Fácil acesso a métodos de suicídio • Estressores recentes – • Separação conjugal – • Luto – • Conflitos familiares Mudança de situação empregatícia ou financeira - Rejeição por parte de pessoa significativa - Vergonha e temor de ser considerado culpado
  • 26. • Idosos e suicídio • Em pesquisa feita com notas de suicidas idosos, Beenars et al. Identificaram os seguintes motivos como principais: – medo de se tornarem fardos; – de se tornarem dependentes de terceiros; – pavor de serem colocados em uma instituição para terceira idade; – intolerância à redução das capacidades física e mental; – inabilidade em lidar com doenças; – medo de bancarrota (menos presente em democracias sociais); – medo de perder o controle sobre a vida e a vontade de controlar a morte;
  • 27. OMS (2015) – aproximadamente 1 milhão de pessoas estiveram em risco de cometer suicídio. • O suicídio é uma das 10 maiores causas de morte em todos os países. • É uma das três maiores causas de morte na faixa de 15 a 35 anos. • O impacto psicológico e social em uma família e na sociedade é imensurável. • Em média, um único suicídio afeta pelo menos outras seis pessoas. • Se ocorre numa escola ou em algum local de trabalho, tem impacto em centenas de pessoas.
  • 28. • Países desenvolvidos e subdesenvolvidos: prevalência total de transtornos mentais de 80 a 100% em casos de suicídios com êxito letal. • Risco de suicídio ao longo da vida em pessoas com transtorno do humor (principalmente depressão): 6 a 15%. • Alcoolismo: 7 a 15%. • Esquizofrenia: 4 a 10%.
  • 29. • OMS (2020): 1,53 milhão de pessoas no mundo morrerão por suicídio. • 01 caso de suicídio a cada 20 segundos • 01 tentativa de suicídio a cada 2 segundos. • É considerado o mais grave dilema ético da Medicina • Complicação terminal de uma fenômeno multideterminado.
  • 30. •Três características comuns na maioria pessoas sob risco de suicídio: •1. Ambivalência: Quase sempre querem ao mesmo tempo alcançar a morte, mas também viver. •2. Impulsividade: o suicídio pode ser também um ato impulsivo, desencadeado por eventos negativos do dia a dia. • 3. Rigidez/constrição: Pensam de forma rígida e drástica: “O único caminho é a morte”; “Não há mais nada o que fazer”; “A única coisa que poderia fazer era me matar”.
  • 31. PRECAUÇÕES • Melhora falsa ou enganosa: Quando um paciente agitado de repente fica calmo, ele pode ter tomado a decisão de cometer suicídio, daí a calma após a decisão. • Negação: Pacientes que tem intenção muito sérias de suicidar-se podem deliberadamente negar a ideação suicida.
  • 32. IMPULSIVIDADE • O suicídio é um fenômeno impulsivo e o impulso é por natureza muito transitório. • Se a ajuda é fornecida no momento do impulso, a crise pode ser combatida.
  • 33. PREVENÇÃO PRIMÁRIA • Não existe uma única causa de tentativa de suicídio. • A adversidade de fatores e problemas sugere que provavelmente nenhuma medida preventiva única é relevante para todos os pacientes, e que a prevenção efetiva terá que incluir diferentes procedimentos nos vários estágios da cadeia de eventos que levam até a tentativa de suicídio.
  • 34. • Prescrição de psicofármacos: deve ser realizada com critérios, elegendo os de menor toxidade. Receitas devem ser válidas para a menor quantidade possível. O melhor é a colaboração de um familiar que controle e fique com a guarda dos medicamentos. •70% das intoxicações medicamentosas voluntárias se realizam com os fármacos que foram prescritos ao paciente.
  • 35. • Uma proporção substancial de pessoas que cometem o suicídio morrem sem nunca terem visto um profissional de saúde mental. • Melhora na detecção, referenciamento e manejo dos transtornos psiquiátricos na atenção primária são passos importantes na prevenção do suicídio.
  • 37. • Mito: A ideia comum de que a ameaça de suicídio é feita apenas para manipular as pessoas ou chamar a atenção. • Realidade: Entende-se que uma ameaça de suicídio sempre deve ser levada a sério. • Chegar a esse tipo de recurso indica que a pessoa está sofrendo e necessita de ajuda. • Mito: Os suicidas têm plena intenção de morrer. • Realidade: A maioria dos suicidas não se decidiram quanto a viver ou morrer, e jogam com a morte, deixando, com isso, aos outros a incumbência de salvá-los. Quase nenhuma pessoa comete suicídio sem permitir que os outros saibam como ela se sente.
  • 38. • Mito: A melhora depois de uma crise de suicídio significa que o risco de suicídio passou. •Realidade: A maioria dos suicídios ocorre dentro de aproximadamente três meses depois do início da “melhora”, quando a pessoa tem mais forças para colocar em ação seus pensamentos e sentimentos mórbidos. •Mito: O suicídio é herdado ou “ocorre em determinadas famílias”. •Realidade: O suicídio tem uma configuração individual.
  • 39. •Mito: Todos os suicidas tem doença mental, e o suicídio é sempre o ato de uma pessoa psicótica. •Realidade: Pesquisa de centenas de verdadeiras notas suicidas indicam que, embora a pessoa suicida seja extremamente infeliz, não tem necessariamente uma doença mental.
  • 40. •Mito: Crianças não cometem suicídio. • Realidade: As crianças realmente cometem suicídios, e os índices se estão elevando. •Mito: Você não deve fazer perguntas ao paciente a respeito de suicídio porque isso poderia incutir na mente dele essa ideia. •Realidade: A ideação suicida não é fortuita. Tem origem em processos psicológicos internos profundos ou numa crise importante.