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Filosofia Moderna
Contexto Histórico
Revolução Científica
O Renascimento, as
descobertas
geográficas e a
invenção da
imprensa criaram um
contexto propício
para a mudança na
forma de pensar.
Iluminismo
A defesa do uso
da razão e
liberdade de
pensamento
foram
fundamentais
para a
consolidação da
filosofia
moderna.
Crise na Igreja
A Reforma
Protestante
abalou a
autoridade da
Igreja Católica e
provocou um
intenso debate
filosófico sobre
religião e fé.
Correntes Filosóficas Relevantes
1 Empirismo
Desenvolvido por Locke,
Berkeley e Hume, defendia
que todo conhecimento
deriva da experiência e da
observação.
2
Racionalismo
Inaugurado por Descartes,
argumentava que a razão
era a fonte do
conhecimento verdadeiro
e que algumas verdades
eram inatas ao ser
humano.
Contribuições da Filosofia Moderna
Ciência moderna
A ciência moderna
nasceu do conflito
entre a razão e a
tradição e permitiu
o desenvolvimento
de inúmeras
tecnologias e
avanços na
medicina e na
engenharia.
Democracia
A defesa da
liberdade
individual, da
razão e da
igualdade foram
fundamentais para
o surgimento da
democracia e da
Arte contemporânea
O realismo, o
impressionismo e
a arte abstrata são
reflexos da
mudança na forma
de pensar e na
forma de ver a
realidade.
Filosofia Racionalista
Características do Racionalismo
Valorização
da Razão e
Lógica
A razão e a
lógica são
consideradas as
principais
ferramentas
para a obtenção
do
conhecimento
válido.
Crítica à
Experiênci
a Sensorial
O
conhecimento
baseado apenas
na experiência
sensorial é
questionado,
pois pode ser
enganoso e
limitado.
Busca por
Conhecimento
Universal e
Necessário
O racionalismo busca
conhecimentos que
sejam verdadeiros
em todos os lugares
e em todos os
tempos.
Principais Filósofos Racionalistas
René Descartes (1596-1650)
Considerado o pai do
racionalismo,
Descartes
estabeleceu as bases
da filosofia moderna
com sua famosa
frase "Penso, logo
existo".
Baruch Spinoza (1632-
1677)
Spinoza desenvolveu
uma filosofia panteísta,
em que Deus é a
própria natureza, e
defendeu a unidade
entre mente e corpo.
Gottfried Leibniz (1646-
1716)
Leibniz propôs a teoria
das mônadas,
partículas infinitas que
constituem a realidade,
e introduziu o conceito
de "melhor dos mundos
possíveis".
Principais Conceitos do Racionalismo
Inatismo
A ideia de que
certos
conhecimentos e
ideias são inatos à
mente humana,
independentes da
experiência.
Dedução
A capacidade de chegar a conclusões verdadeiras a
partir de premissas verdadeiras, através de raciocínio
lógico.
Dualismo
Corpo-Mente
A crença na
existência de duas
substâncias
distintas: o corpo
físico e a mente
imaterial.
Rene Descartes
Filosofia Moderna - Racionalismo e Empirismo
• Ponto inicial da filosofia cartesiana:
dúvida metódica
• Objetivo da dúvida: encontrar uma
base firme para a filosofia, isto é,
uma verdade, uma “ideia clara e
distinta”.
“Todas as coisas que conhecemos
muito clara e distintamente são
verdadeiras”.
Descartes
• Dúvida
–Em um primeiro momento,
Descartes duvida dos sentidos,
posto que o mundo dado por
estes podem ser tanto fruto do
sonho, quanto da loucura.
Filosofia Moderna - Racionalismo e Empirismo
Filosofia Moderna - Racionalismo e Empirismo
• Dúvida
–Em um segundo momento, Descartes
duvida das verdades abstratas e para
isso elabora a hipótese do gênio
enganador.
–A hipótese do gênio enganador tem o
propósito de tornar incertos os
conhecimentos humanos mais
seguros, como seria o caso das
verdades matemáticas.
A hipótese do gênio enganador
“Ora, quem me poderá assegurar que Deus não tenha feito com que não
haja nenhuma terra, nenhum céu, nenhum corpo extenso, nenhuma
figura, nenhuma grandeza, nenhum lugar e que, não obstante, eu tenha
os sentimentos de todas essas coisas e que tudo isso não me pareça
existir de maneira diferente do que vejo? […] pode ocorrer que Deus
tenha desejado que eu me engane todas as vezes em que faço a adição
de dois mais três, ou que enumero os lados de um quadrado, ou que
julgo alguma coisa ainda mais fácil, se é que se pode imaginar algo mais
fácil do que isso. [...]
Suporei, pois, que há não um verdadeiro Deus, que é a soberana fonte
da verdade, mas certo gênio maligno, não menos ardiloso e enganador
do que poderoso, que empregou toda a sua indústria em enganar-me.”
Decartes. Meditações metafísicas.
Primeira verdade ou “ideia clara e distinta” encontrada e examinada por
Descartes: o cógito – Penso, logo existo.
• Âmago da teoria do
conhecimento de
Descartes;
• Torna a mente mais
certa que a matéria.
Através do cógito o
pensamento passa a ser
concebido como a
essência da mente, e o
“EU” torna-se o
fundamento para a
construção do novo
edifício filosófico.
• Segunda ideia clara e distinta
examinada por Descartes: a
ideia de Deus.
• Prova da existência de Deus:
– A ideia de Deus é a ideia de um
ser perfeito;
– Se um ser é perfeito, ele deve
ter a perfeição da existência,
caso contrário lhe faltaria algo
para ser perfeito.
– Logo, Deus possui existência
independente do pensamento
da coisa pensante que é
imperfeita.
RES COGITANS RES EXTENSA
• Substância
cogitativa;
• Não é o corpo;
• Pensante;
• Eterna;
• Corpo;
• Extensão;
• Dimensão;
• Ocupa lugar no
espaço;
A fundamentação
rigorosa do
conhecimento
Descartes afirma
que os
conhecimentos que
tinha adquirido
eram mal
fundamentados,
pelo que eram
duvidosos e
incertos.
"Muitas vezes as coisas que me pareceram
verdadeiras, quando comecei a concebê-las,
tornaram-se falsas, quando quis colocá-las sobre o
papel.”
Da mesma forma
que suspeitamos da
estabilidade de
uma casa cujos
alicerces são
inseguros, Descartes
desconfia dos
conhecimentos
insuficientemente
justificados.
Mas Descartes não é
um cético, Descartes
é um filósofo que
defende a
possibilidade de um
conhecimento
justificado.
Descartes vai então
procurar resolver o
problema da (má)
fundamentação do
conhecimento.
Há de haver um
modo de
conhecer
justificadamente.
Descartes vai começar por desfazer-se de todas
as opiniões a que dera anteriormente crédito.
Descartes irá submeter todo o conhecimento a um
exame radical, para discernir o que é claro e distinto
(que será tido como verdadeiro), do que não o é (que
será tomado como falso).
Ideias claras
e distintas
Ideias
duvidosas
Conhecimento
verdadeiro
Opiniões duvidosas
tomadas como falsas
Depois, irá reconstruir
o conhecimento desde
os fundamentos de um
modo sólido. Esta
reconstrução do
conhecimento implica a
descoberta de um
princípio indubitável
(um conhecimento à
prova da dúvida,
absolutamente
verdadeiro).
A dúvida
metódica
?
Problema:
Como descobrir a verdade?
Como procedo o entendimento para
construir um conhecimento verdadeiro?
Resposta:
Recorrendo à dúvida metódica.
Duvidando de todo o conhecimento.
Tudo aquilo que se revelar como
duvidoso será tido como falso e só o
absolutamente indubitável (as ideias
claras e distintas) será tido como
verdadeiro.
Podemos caraterizar a dúvida por ser metódica,
provisória, universal, hiperbólica e radical.
?
Metódica
Provisória
Universal
Hiperbólica
Radical
A dúvida é
metódica pois
é um meio
para conhecer
a verdade.
Descartes só
duvida de um
conhecimento
enquanto não for
devidamente
justificado. Nesse
sentido, a dúvida
é provisória.
(Descartes não
quer permanecer
sempre na
dúvida.)
Porque todo o
conhecimento
vais ser sujeito à
dúvida, a um
exame radical
para discernir o
verdadeiro do
duvidoso, então
a dúvida é
universal.
A dúvida é hiperbólica
porque todo o
conhecimento que for
minimamente duvidoso
será tido como se fosse
falso.
Também porque
qualquer faculdade
usada para conhecer
(razão ou sentidos) será
tida como duvidosa, se
der razões para isso.
A dúvida é
radical porque
põe em causa os
fundamentos do
sistema
tradicional de
conhecimento.
A finalidade da
aplicação da dúvida é
encontrar um
conhecimento ou um
princípio que resista
a todas as formas de
pô-lo em causa.
Se for encontrado,
tornar-se-á o
fundamento de todo
o conhecimento
verdadeiro.
O método
cartesiano
O método
cartesiano
Problema:
Como conduzir a razão
na busca da verdade na
ciência?
Descartes propõe um
modelo quase
matemático baseado
em quatro regras.
1ª Regra da evidência
Jamais aceitar como
verdadeiro algo duvidoso,
ou apenas aceitar as
formas de conhecimento
claras e distintas.
2ª Regra da análise
Ao enfrentar um problema
filosófico, dividi-lo em partes,
quantas forem possíveis, para
facilitar a sua compreensão.
3ª Regra da síntese
Sempre começar resolvendo os problemas
menores, as partes menos complexas, partindo
então rumo aos problemas maiores, pois a junção
das múltiplas partes pode resolver ou fornecer
pistas para a resolução do problema como um
todo.
4ª Regra da enumeração
Enumerar todas as partes
fracionadas e revisar cada
etapa assim que finalizada,
pois isso facilita a identificação
de erros.
Filosofia Moderna - Racionalismo e Empirismo
Filosofia Moderna - Racionalismo e Empirismo
33 milhões
de pessoas
passam fome
no Brasil, ou
seja 25% da
população,
em sua
maioria do
nordeste e
norte do país,
devido à
precariedade.
Tese
Dúvida
metódica
Antítese
Evidência
Análise
Enumeração
A fome é um problema no Brasil
As causas para a fome no Brasil são variadas. Elas vão questões sociais e econômicas até
políticas, destacando-se as desigualdades sociais, a pobreza, as crises (política, econômica,
sanitária) e a má distribuição de alimentos. Fatores naturais, a exemplo da secas severas,
também contribuem para a ampliação da insegurança alimentar, o que ocorre em regiões
do norte e nordeste do país.
• a má distribuição de renda
• concentração de renda em um pequeno estrato ou grupo social
• Redução de políticas públicas e má transferência de renda
• Concentração fundiária
• Manejo inadequado dos recursos naturais
• Fatores de ordem natural também são responsáveis pelas causas da fome no Brasil,
como os climas secos, longos períodos de estiagem, que impedem ou dificultam a
produção
• IBGE: cerca de 25% da população brasileira vive abaixo da linha da pobreza.
• Fundação Getúlio Vargas (FGV): 13% dos brasileiros sobrevivem com uma renda mensal
igual ou inferior a R$ 290, o que significa que 27,6 milhões de pessoas
Síntese
Pouco mais da metade da população brasileira, mais precisamente 58,7% ou 125,2 milhões
de pessoas, convive com a insegurança alimentar. Desses, 15,5% sofre com o grau mais
grave desse problema, que configura a fome. A insegurança alimentar aumentou nos
últimos anos e atinge principalmente a população de baixa renda, que recebe menos do
que um salário mínimo por mês. As formas moderada e grave de insegurança alimentar
estão presentes em maior escala nas famílias que vivem no campo, bem como nas
populações das regiões Norte e Nordeste do Brasil.

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Filosofia Moderna - Racionalismo e Empirismo

  • 2. Contexto Histórico Revolução Científica O Renascimento, as descobertas geográficas e a invenção da imprensa criaram um contexto propício para a mudança na forma de pensar. Iluminismo A defesa do uso da razão e liberdade de pensamento foram fundamentais para a consolidação da filosofia moderna. Crise na Igreja A Reforma Protestante abalou a autoridade da Igreja Católica e provocou um intenso debate filosófico sobre religião e fé.
  • 3. Correntes Filosóficas Relevantes 1 Empirismo Desenvolvido por Locke, Berkeley e Hume, defendia que todo conhecimento deriva da experiência e da observação. 2 Racionalismo Inaugurado por Descartes, argumentava que a razão era a fonte do conhecimento verdadeiro e que algumas verdades eram inatas ao ser humano.
  • 4. Contribuições da Filosofia Moderna Ciência moderna A ciência moderna nasceu do conflito entre a razão e a tradição e permitiu o desenvolvimento de inúmeras tecnologias e avanços na medicina e na engenharia. Democracia A defesa da liberdade individual, da razão e da igualdade foram fundamentais para o surgimento da democracia e da Arte contemporânea O realismo, o impressionismo e a arte abstrata são reflexos da mudança na forma de pensar e na forma de ver a realidade.
  • 6. Características do Racionalismo Valorização da Razão e Lógica A razão e a lógica são consideradas as principais ferramentas para a obtenção do conhecimento válido. Crítica à Experiênci a Sensorial O conhecimento baseado apenas na experiência sensorial é questionado, pois pode ser enganoso e limitado. Busca por Conhecimento Universal e Necessário O racionalismo busca conhecimentos que sejam verdadeiros em todos os lugares e em todos os tempos.
  • 7. Principais Filósofos Racionalistas René Descartes (1596-1650) Considerado o pai do racionalismo, Descartes estabeleceu as bases da filosofia moderna com sua famosa frase "Penso, logo existo". Baruch Spinoza (1632- 1677) Spinoza desenvolveu uma filosofia panteísta, em que Deus é a própria natureza, e defendeu a unidade entre mente e corpo. Gottfried Leibniz (1646- 1716) Leibniz propôs a teoria das mônadas, partículas infinitas que constituem a realidade, e introduziu o conceito de "melhor dos mundos possíveis".
  • 8. Principais Conceitos do Racionalismo Inatismo A ideia de que certos conhecimentos e ideias são inatos à mente humana, independentes da experiência. Dedução A capacidade de chegar a conclusões verdadeiras a partir de premissas verdadeiras, através de raciocínio lógico. Dualismo Corpo-Mente A crença na existência de duas substâncias distintas: o corpo físico e a mente imaterial.
  • 11. • Ponto inicial da filosofia cartesiana: dúvida metódica • Objetivo da dúvida: encontrar uma base firme para a filosofia, isto é, uma verdade, uma “ideia clara e distinta”. “Todas as coisas que conhecemos muito clara e distintamente são verdadeiras”. Descartes
  • 12. • Dúvida –Em um primeiro momento, Descartes duvida dos sentidos, posto que o mundo dado por estes podem ser tanto fruto do sonho, quanto da loucura.
  • 15. • Dúvida –Em um segundo momento, Descartes duvida das verdades abstratas e para isso elabora a hipótese do gênio enganador. –A hipótese do gênio enganador tem o propósito de tornar incertos os conhecimentos humanos mais seguros, como seria o caso das verdades matemáticas.
  • 16. A hipótese do gênio enganador “Ora, quem me poderá assegurar que Deus não tenha feito com que não haja nenhuma terra, nenhum céu, nenhum corpo extenso, nenhuma figura, nenhuma grandeza, nenhum lugar e que, não obstante, eu tenha os sentimentos de todas essas coisas e que tudo isso não me pareça existir de maneira diferente do que vejo? […] pode ocorrer que Deus tenha desejado que eu me engane todas as vezes em que faço a adição de dois mais três, ou que enumero os lados de um quadrado, ou que julgo alguma coisa ainda mais fácil, se é que se pode imaginar algo mais fácil do que isso. [...] Suporei, pois, que há não um verdadeiro Deus, que é a soberana fonte da verdade, mas certo gênio maligno, não menos ardiloso e enganador do que poderoso, que empregou toda a sua indústria em enganar-me.” Decartes. Meditações metafísicas.
  • 17. Primeira verdade ou “ideia clara e distinta” encontrada e examinada por Descartes: o cógito – Penso, logo existo. • Âmago da teoria do conhecimento de Descartes; • Torna a mente mais certa que a matéria. Através do cógito o pensamento passa a ser concebido como a essência da mente, e o “EU” torna-se o fundamento para a construção do novo edifício filosófico.
  • 18. • Segunda ideia clara e distinta examinada por Descartes: a ideia de Deus. • Prova da existência de Deus: – A ideia de Deus é a ideia de um ser perfeito; – Se um ser é perfeito, ele deve ter a perfeição da existência, caso contrário lhe faltaria algo para ser perfeito. – Logo, Deus possui existência independente do pensamento da coisa pensante que é imperfeita.
  • 19. RES COGITANS RES EXTENSA • Substância cogitativa; • Não é o corpo; • Pensante; • Eterna; • Corpo; • Extensão; • Dimensão; • Ocupa lugar no espaço;
  • 21. Descartes afirma que os conhecimentos que tinha adquirido eram mal fundamentados, pelo que eram duvidosos e incertos.
  • 22. "Muitas vezes as coisas que me pareceram verdadeiras, quando comecei a concebê-las, tornaram-se falsas, quando quis colocá-las sobre o papel.”
  • 23. Da mesma forma que suspeitamos da estabilidade de uma casa cujos alicerces são inseguros, Descartes desconfia dos conhecimentos insuficientemente justificados.
  • 24. Mas Descartes não é um cético, Descartes é um filósofo que defende a possibilidade de um conhecimento justificado. Descartes vai então procurar resolver o problema da (má) fundamentação do conhecimento. Há de haver um modo de conhecer justificadamente.
  • 25. Descartes vai começar por desfazer-se de todas as opiniões a que dera anteriormente crédito.
  • 26. Descartes irá submeter todo o conhecimento a um exame radical, para discernir o que é claro e distinto (que será tido como verdadeiro), do que não o é (que será tomado como falso). Ideias claras e distintas Ideias duvidosas Conhecimento verdadeiro Opiniões duvidosas tomadas como falsas
  • 27. Depois, irá reconstruir o conhecimento desde os fundamentos de um modo sólido. Esta reconstrução do conhecimento implica a descoberta de um princípio indubitável (um conhecimento à prova da dúvida, absolutamente verdadeiro).
  • 29. ? Problema: Como descobrir a verdade? Como procedo o entendimento para construir um conhecimento verdadeiro? Resposta: Recorrendo à dúvida metódica. Duvidando de todo o conhecimento. Tudo aquilo que se revelar como duvidoso será tido como falso e só o absolutamente indubitável (as ideias claras e distintas) será tido como verdadeiro.
  • 30. Podemos caraterizar a dúvida por ser metódica, provisória, universal, hiperbólica e radical. ? Metódica Provisória Universal Hiperbólica Radical
  • 31. A dúvida é metódica pois é um meio para conhecer a verdade.
  • 32. Descartes só duvida de um conhecimento enquanto não for devidamente justificado. Nesse sentido, a dúvida é provisória. (Descartes não quer permanecer sempre na dúvida.)
  • 33. Porque todo o conhecimento vais ser sujeito à dúvida, a um exame radical para discernir o verdadeiro do duvidoso, então a dúvida é universal.
  • 34. A dúvida é hiperbólica porque todo o conhecimento que for minimamente duvidoso será tido como se fosse falso. Também porque qualquer faculdade usada para conhecer (razão ou sentidos) será tida como duvidosa, se der razões para isso.
  • 35. A dúvida é radical porque põe em causa os fundamentos do sistema tradicional de conhecimento.
  • 36. A finalidade da aplicação da dúvida é encontrar um conhecimento ou um princípio que resista a todas as formas de pô-lo em causa. Se for encontrado, tornar-se-á o fundamento de todo o conhecimento verdadeiro.
  • 38. O método cartesiano Problema: Como conduzir a razão na busca da verdade na ciência? Descartes propõe um modelo quase matemático baseado em quatro regras.
  • 39. 1ª Regra da evidência Jamais aceitar como verdadeiro algo duvidoso, ou apenas aceitar as formas de conhecimento claras e distintas. 2ª Regra da análise Ao enfrentar um problema filosófico, dividi-lo em partes, quantas forem possíveis, para facilitar a sua compreensão. 3ª Regra da síntese Sempre começar resolvendo os problemas menores, as partes menos complexas, partindo então rumo aos problemas maiores, pois a junção das múltiplas partes pode resolver ou fornecer pistas para a resolução do problema como um todo. 4ª Regra da enumeração Enumerar todas as partes fracionadas e revisar cada etapa assim que finalizada, pois isso facilita a identificação de erros.
  • 42. 33 milhões de pessoas passam fome no Brasil, ou seja 25% da população, em sua maioria do nordeste e norte do país, devido à precariedade. Tese Dúvida metódica Antítese Evidência Análise Enumeração A fome é um problema no Brasil As causas para a fome no Brasil são variadas. Elas vão questões sociais e econômicas até políticas, destacando-se as desigualdades sociais, a pobreza, as crises (política, econômica, sanitária) e a má distribuição de alimentos. Fatores naturais, a exemplo da secas severas, também contribuem para a ampliação da insegurança alimentar, o que ocorre em regiões do norte e nordeste do país. • a má distribuição de renda • concentração de renda em um pequeno estrato ou grupo social • Redução de políticas públicas e má transferência de renda • Concentração fundiária • Manejo inadequado dos recursos naturais • Fatores de ordem natural também são responsáveis pelas causas da fome no Brasil, como os climas secos, longos períodos de estiagem, que impedem ou dificultam a produção • IBGE: cerca de 25% da população brasileira vive abaixo da linha da pobreza. • Fundação Getúlio Vargas (FGV): 13% dos brasileiros sobrevivem com uma renda mensal igual ou inferior a R$ 290, o que significa que 27,6 milhões de pessoas
  • 43. Síntese Pouco mais da metade da população brasileira, mais precisamente 58,7% ou 125,2 milhões de pessoas, convive com a insegurança alimentar. Desses, 15,5% sofre com o grau mais grave desse problema, que configura a fome. A insegurança alimentar aumentou nos últimos anos e atinge principalmente a população de baixa renda, que recebe menos do que um salário mínimo por mês. As formas moderada e grave de insegurança alimentar estão presentes em maior escala nas famílias que vivem no campo, bem como nas populações das regiões Norte e Nordeste do Brasil.