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O impacto que a inclusão tem causado no meio esco-
lar, nas instituições especializadas e entre os pais de alunos
com e sem deficiência, provocou o aparecimento de muitas
dúvidas e viesses de compreensão, que estão retardando a
implementação de ações em favor da abertura das escolas
para todos os alunos.
Preconceitos antigos, antigos valores, atitudes e paradig-
mas conservadores da educação, ainda ocultam o verdadeiro
sentido dessa inovação.
As salas de aula inclusivas partem de uma filosofia de que
todas as crianças podem aprender e fazer parte da vida escolar
e comunitária.
A diversidade é valorizada. Acredita-se que tal diversidade
fortaleça a turma e ofereça a todos os seus membros, maiores
oportunidades para a aprendizagem.
Uma escola inclusiva é aquela que educa todos os alunos
em salas de aula regulares. Educar todos os alunos em salas
de aula regulares significa que todo aluno recebe educação
e frequenta aulas regulares. Também significa que todos os
alunos recebem oportunidades educacionais adequadas,
que são desafiadoras, porém ajustadas às suas habilidades
e necessidades; recebem todo o apoio e ajuda de que eles
ou os seus professores possam, da mesma forma, necessitar
para alcançar sucesso nas suas atividades.
Mas uma escola inclusiva vai além disso. Ela é um lugar do
qual todos fazem parte, em que todos são aceitos, onde todos
ajudamesãoajudadosporseuscolegaseporoutrosmembros
da comunidade escolar, para que as suas necessidades educa-
cionais sejam satisfeitas.
Rua Maria Rosa da Silva, 151, Jardim Paraíso,
São Joaquim da Barra, SP - (16) 3818-3271
EDUCAÇÃO INCLUSIVA
A exclusão na escola lança as sementes do descontenta-
mento e da discriminação social. A educação é uma questão
de direitos humanos, e os indivíduos com deficiências devem
fazer parte das escolas, as quais devem modificar seu funcio-
namentoparaincluirtodososalunos–estaéamensagemque
foi claramente transmitida pela Conferência Mundial de 1994
da UNESCO sobre Necessidades Educacionais Especiais.
Em um sentido amplo, o ensino inclusivo é a prática da in-
clusão de todos, independentemente de seus talentos, defi-
ciência, origem socioeconômica ou origem cultural – em esco-
las onde as necessidades dos alunos são satisfeitas.
Educando todos os alunos juntos, as pessoas com deficiên-
cias têm oportunidades de preparar-se para a vida na comuni-
dade, os professores melhoram suas habilidades profissionais
e a sociedade toma a decisão consciente de funcionar de acor-
do com o valor social da igualdade para todas as pessoas, com
os consequentes resultados da melhoria da paz social.
Para conseguir realizar o ensino inclusivo, os professores
em geral, diretores e os demais profissionais especializados,
devem aliar-se em um esforço unificado e consistente.
BENEFÍCIOS PARATODOS OS ALUNOS
Nas palavras de Vandercook e Tetlie (1998) “nas salas de
aula integradas, todas as crianças enriquecem-se por terem
aoportunidadedeaprenderumascomasoutras,
desenvolvem-separacuidarumasdasoutras
e conquistam as atitudes, as habilidades
e os valores necessários para as nossas
comunidades apoiarem a inclusão de
todos os cidadãos”.
As pessoas com deficiência ficam
preparadas para a vida na comuni-
dade, quando são incluídas nas es-
colas e nas salas de aula. Em geral,
quanto mais tempo os alunos com
deficiência passam em ambientes in-
clusivos, melhor é o seu desempenho
nos ambientes educacional, social e ocupacional. Alguns pais
sabem intuitivamente que o ensino inclusivo aumenta as opor-
tunidades do seu filho para o ajustamento na vida.
Veja este depoimento de um pai:
Quando ela tiver terminado a escola, será capaz de participar
dealgumtipodesituaçãointegrada.Teráhabilidadessociaiseca-
pacidadesparaatuaremsituaçõesmaiscomplexas,quenãoteria
setivessepermanecidoemturmassegregadas.
BENEFÍCIOS PARA A SOCIEDADE
Sem dúvida, a razão mais importante para o ensino inclu-
sivo é o valor social da igualdade. Ensinamos os alunos através
do exemplo de que, apesar das diferenças, todos nós temos
direitos iguais. Em contraste com as experiências passadas
de segregação, a inclusão reforça a prática da idéia de que
as diferenças são aceitas e respeitadas.
Devido ao fato de as nossas sociedades estarem em uma
fase crítica de evolução, do âmbito industrial para o informa-
cional e do âmbito nacional para o internacional, é importante
evitarmos os erros do passado. Precisamos de escolas que pro-
movam aceitação social ampla, paz e cooperação.
Nenhum aluno deveria precisar ser aprovado em um
teste ou esperar resultados de pesquisas favoráveis para
viver e aprender como membros regulares da vida escolar
e comunitária.
O ensino inclusivo faz sentido e é um direito básico - não é
algo que alguém tenha de conquistar. Quando a escola inclui
todos os alunos, a igualdade é respeitada e promovida como
um valor na sociedade, com os resultados visíveis da paz social
e da cooperação.
Prof. Leonardo Hespanholo
Professor na FACIG - Faculdade de Ciências Ge-
renciais; Professor na Prefeitura Municipal de
Orlândia-SP; Possui Graduação em Letras; Pós
Graduação em Língua Portuguesa, Literatura e
Redação; Pós Graduação em Neuropsicopeda-
gogia e Educação Especial Inclusiva.

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Também significa que todos os alunos recebem oportunidades educacionais adequadas, que são desafiadoras, porém ajustadas às suas habilidades e necessidades; recebem todo o apoio e ajuda de que eles ou os seus professores possam, da mesma forma, necessitar para alcançar sucesso nas suas atividades. Mas uma escola inclusiva vai além disso. Ela é um lugar do qual todos fazem parte, em que todos são aceitos, onde todos ajudamesãoajudadosporseuscolegaseporoutrosmembros da comunidade escolar, para que as suas necessidades educa- cionais sejam satisfeitas. Rua Maria Rosa da Silva, 151, Jardim Paraíso, São Joaquim da Barra, SP - (16) 3818-3271 EDUCAÇÃO INCLUSIVA A exclusão na escola lança as sementes do descontenta- mento e da discriminação social. A educação é uma questão de direitos humanos, e os indivíduos com deficiências devem fazer parte das escolas, as quais devem modificar seu funcio- namentoparaincluirtodososalunos–estaéamensagemque foi claramente transmitida pela Conferência Mundial de 1994 da UNESCO sobre Necessidades Educacionais Especiais. Em um sentido amplo, o ensino inclusivo é a prática da in- clusão de todos, independentemente de seus talentos, defi- ciência, origem socioeconômica ou origem cultural – em esco- las onde as necessidades dos alunos são satisfeitas. Educando todos os alunos juntos, as pessoas com deficiên- cias têm oportunidades de preparar-se para a vida na comuni- dade, os professores melhoram suas habilidades profissionais e a sociedade toma a decisão consciente de funcionar de acor- do com o valor social da igualdade para todas as pessoas, com os consequentes resultados da melhoria da paz social. Para conseguir realizar o ensino inclusivo, os professores em geral, diretores e os demais profissionais especializados, devem aliar-se em um esforço unificado e consistente. BENEFÍCIOS PARATODOS OS ALUNOS Nas palavras de Vandercook e Tetlie (1998) “nas salas de aula integradas, todas as crianças enriquecem-se por terem aoportunidadedeaprenderumascomasoutras, desenvolvem-separacuidarumasdasoutras e conquistam as atitudes, as habilidades e os valores necessários para as nossas comunidades apoiarem a inclusão de todos os cidadãos”. As pessoas com deficiência ficam preparadas para a vida na comuni- dade, quando são incluídas nas es- colas e nas salas de aula. Em geral, quanto mais tempo os alunos com deficiência passam em ambientes in- clusivos, melhor é o seu desempenho nos ambientes educacional, social e ocupacional. Alguns pais sabem intuitivamente que o ensino inclusivo aumenta as opor- tunidades do seu filho para o ajustamento na vida. Veja este depoimento de um pai: Quando ela tiver terminado a escola, será capaz de participar dealgumtipodesituaçãointegrada.Teráhabilidadessociaiseca- pacidadesparaatuaremsituaçõesmaiscomplexas,quenãoteria setivessepermanecidoemturmassegregadas. BENEFÍCIOS PARA A SOCIEDADE Sem dúvida, a razão mais importante para o ensino inclu- sivo é o valor social da igualdade. Ensinamos os alunos através do exemplo de que, apesar das diferenças, todos nós temos direitos iguais. Em contraste com as experiências passadas de segregação, a inclusão reforça a prática da idéia de que as diferenças são aceitas e respeitadas. Devido ao fato de as nossas sociedades estarem em uma fase crítica de evolução, do âmbito industrial para o informa- cional e do âmbito nacional para o internacional, é importante evitarmos os erros do passado. Precisamos de escolas que pro- movam aceitação social ampla, paz e cooperação. Nenhum aluno deveria precisar ser aprovado em um teste ou esperar resultados de pesquisas favoráveis para viver e aprender como membros regulares da vida escolar e comunitária. O ensino inclusivo faz sentido e é um direito básico - não é algo que alguém tenha de conquistar. Quando a escola inclui todos os alunos, a igualdade é respeitada e promovida como um valor na sociedade, com os resultados visíveis da paz social e da cooperação. Prof. Leonardo Hespanholo Professor na FACIG - Faculdade de Ciências Ge- renciais; Professor na Prefeitura Municipal de Orlândia-SP; Possui Graduação em Letras; Pós Graduação em Língua Portuguesa, Literatura e Redação; Pós Graduação em Neuropsicopeda- gogia e Educação Especial Inclusiva.