SlideShare uma empresa Scribd logo
Maria Cristina Canavarro
Faculdade de Psicologia e de Ciências da Educação
Universidade de Coimbra
Terapias Cognitivo-Comportamentais em Adultos II
Aulas Práticas
Avaliação Cognitivo-Comportamental
AvaliaçãoAvaliação
Formulação de
Caso
(hipóteses)
Formulação de
Caso
(hipóteses)
Protocolo
Terapêutico
Protocolo
Terapêutico
Momentos do processo terapêutico
Características Gerais
da
Avaliação
A avaliação é a base para a definição das estratégias de tratamento.
É um processo contínuo: a avaliação não termina com a implementação do
tratamento.
A linha existente entre avaliação e intervenção é muito ténue: ao avaliar o
terapeuta está também a intervir e, ao intervir, vai avaliar a resposta do
doente à intervenção realizada.
A avaliação é um processo complexo, contínuo e recursivo, sendo um dos
seus principais objectivos o de identificar, com rigor, o problema do doente.
Características Gerais
Ao longo do tratamento, o terapeuta vai
constantemente testando e refinando a sua
compreensão do doente, revendo a sua
conceptualização à medida que o doente muda,
testando a eficácias das intervenções realizadas e
monitorizando os progressos na terapia.
(Freeman et al., 1990)
Ao longo do tratamento, o terapeuta vai
constantemente testando e refinando a sua
compreensão do doente, revendo a sua
conceptualização à medida que o doente muda,
testando a eficácias das intervenções realizadas e
monitorizando os progressos na terapia.
(Freeman et al., 1990)
Características Gerais (cont.)
Uma avaliação cognitivo-comportamental pode ser definida pelos seguintes
parâmetros:
Avaliação multidimensional dos comportamentos, emoções e cognições;
Os comportamentos, emoções e cognições são uma amostra de um padrão
comportamental mais vasto;
Estabelecimento de relações funcionais entre o meio, os comportamentos, as
cognições e as emoções (análise funcional);
Estreita ligação entre a avaliação e o tratamento.
Objectivos da Avaliação
Objectivos
Identificar os comportamentos que integram um “problema” e as variáveis
que integram o seu aparecimento;
Estabelecer os objectivos que se pretendem alcançar com a intervenção
psicoterapêutica;
Obter informação relevante para a selecção das técnicas terapêuticas mais
apropriadas para cada caso;
Avaliar, de forma precisa, os resultados da intervenção, tanto à medida que
estes vão surgindo, como no final do processo terapêutico.
Objectivos
- Kendall, 1981
Estudar a relação existente entre fenómenos cobertos (internos) e a sua
relação com padrões de comportamento e diferentes formas de expressão de
emoções;
Estudar o papel dos processo cobertos (internos) no desenvolvimento de
distintas psicopatologias e os padrões de comportamento associados ao
coping;
Confirmar os efeitos dos tratamentos;
Avaliar estudos em que os factores cognitivos tenham sido manipuladas ou
implicados nos efeitos de manipulação.
O processo de
Avaliação Clínica
O Processo de Avaliação Clínica
AvaliaAvaliaçção Inicialão Inicial
O objectivo é obter informação específica acerca dos problemas do doente, do
seu passado e dos objectivos que este estabelece para a terapia para
elaborar uma conceptualização inicial do caso e formular um plano prévio de
tratamento.
É necessária a recolha de bastante informação num período limitado de
tempo geralmente através de uma entrevista estruturada ou semi-
estruturada, as quais podem ser complementadas com a utilização de outros
procedimentos de aaliação.
O terapeuta deve procurar manter activamente alguma estruturação na
entrevista inicial. Contudo, não se deve prender demasiado a uma entrevista
previamente estruturada, podendo parecer insensível e pouco empático.
Deve existir um equilíbrio entre estruturação e
flexibilidade!
O Processo de Avaliação Clínica
AvaliaAvaliaççãoão InicialInicial
A postura do terapeuta é fundamental nesta fase de avaliação, já que dela
pode depender o estabelecimento de uma relação terapêutica adequada.
O terapeuta deve evidenciar uma postura de aceitação incondicional
A própria postura corporal, enquanto comunicação não verbal, deve mostrar
que o terapeuta se interessa genuinamente pelo doente não deve adoptar
nem uma postura demasiado “relaxada” (pode ser interpretada como sinal de
desinteresse e de aborrecimento) nem uma postura demasiado rígida (poderá
intimidar o doente e impedi-lo de se expressar livremente).
Deve deixar claro que o seu papel não é o de julgar o
doente, mas sim o de o ouvir atentamente e trabalhar
com ele colaborativamente, no sentido de encontrar
soluções para os seus problemas.
O Processo de Avaliação Clínica
AvaliaAvaliaççãoão durantedurante o curso da terapiao curso da terapia
O objectivo é avaliar as respostas cognitivas, comportamentais e emocionais
do doente nas situações problemáticas.
Mais do que avaliar cognições, emoções e comportamentos isoladamente,
pretende-se obter uma compreensão da forma como estes vários aspectos se
relacionam entre si para dar origem aos problemas que o doente manifesta.
Esta avaliação deve ser suficientemente pormenorizada para permitir uma
conceptualização clara do problema e um planeamento estratégico das
intervenções.
O Processo de Avaliação Clínica
AvaliaAvaliaçção noão no finalfinal da terapiada terapia
Nesta fase o objectivo é avaliar até que ponto foram alcançados os objectivos
estabelecidos no início do processo terapêutico, ou seja, os ganhos
terapêuticos.
Para tal, contribuem:
Relatos subjectivos do doente
Dados objectivos obtidos a partir dos questionários de auto-resposta
no final da terapia e sua comparação com os resultados de momentos
anteriores.
Entrevista com outros significativos que, de algum modo, tenham
acompanhado o curso da terapia.
Métodos de Avaliação
Métodos de Avaliação Cognitivo-Comportamental
Métodos de
Avaliação
Cognitivo-
Comportamental
Métodos de
Avaliação
Cognitivo-
Comportamental
Métodos Indirectos
Métodos Directos
Entrevista CC
Questionários e
Escalas
Observação
Directa
Auto-
Monitorização
Medidas Psicofisiológicas
Entrevista com outros
significativos
Métodos de Avaliação Cognitivo-Comportamental
1. Entrevista Cl1. Entrevista Clíínicanica
A entrevista é uma parte integrante de toda a avaliação e processo
terapêutico
É um método privilegiado para a avaliação cognitivo-comportamental
O terapeuta solicita ao doente que descreva os pensamentos, sentimentos e
comportamentos que ocorrem na situação em que está a ser alvo de
discussão, esperando que este lhe forneça informação rigorosa contudo, o
doente nem sempre tem acesso às suas cognições, colocando em causa o
rigor da informação.
É nela que se estabelece a relação terapêutica, se recolhe
informação, se tomam decisões e estabelecem os
objectivos terapêuticos e prioridades.
Métodos de Avaliação Cognitivo-Comportamental
1. Entrevista Cl1. Entrevista Clíínica (cont.)nica (cont.)
Um dos objectivos é estabelecer um diagnóstico, ou seja, identificar ou não
psicopatologia.
Para alcançar este objectivo, o terapeuta pode recorrer a entrevistas
estruturadas, elaboradas com base nos manuais de diagnóstico existentes.
Exemplos:
ADIS-R (Anxiety Disorders Interview Scedule - DiNardo e Barlow, 1988).
SCID I (Structured Clinical Interview for DSM-IV Axis I Disorders - First,
Spitzer, Gibbon e Williams, 1997)
SCID II (Structured Clinical Interview for DSM-IV Axis II Personality Disorders
– First, Gibbon, Spitzer, Williams e Benjamin, 1997).
Há uma estreita ligação entre os conteúdos pesquisados na
entrevista e a informação necessária para a elaboração da história
clínica a avaliação segue os parâmetros da história clínica.
Métodos de Avaliação Cognitivo-Comportamental
1. Entrevista Clínica (cont.)
Fases:
1) Avaliação Cognitivo-Comportamental (recolha de informação
relativamente aos parâmetros da história clínica);
2) Elaboração de hipóteses funcionais (formulação);
3) Estabelecimento de prioridades e definição de objectivos;
4) Selecção de procedimentos terapêuticos;
5) Intervenção terapêutica;
6) Avaliação dos resultados da intervenção.
Métodos de Avaliação Cognitivo-Comportamental
2.2. Entrevista com outros significativos
Uma entrevista com um familiar ou outro significativo do doente pode ajudar
a recolher informação objectiva acerca dos problemas em questão.
Permite avaliar mais facilmente aspectos como:
Extensão dos problemas;
Situações específicas que determinam a ocorrência dos
problemas;
Grau em que a família mais próxima está envolvida e é
afectada.
É útil para averiguar o papel da família na manutenção dos problemas.
Métodos de Avaliação Cognitivo-Comportamental
3. Registos de auto3. Registos de auto--monitorizamonitorizaççãoão
É uma técnica de aplicação simples, que permite avaliar:
as cognições e os comportamentos relevantes,
a sua frequência,
a sua duração,
emoções associadas,
e os determinantes situacionais.
Este procedimento pode assumir várias formas:
Diário
Gravações áudio
Questionários estruturados
Folhas de registo adaptadas ao caso
Métodos de Avaliação Cognitivo-Comportamental
33. Registos de auto-monitorização (cont.)
Na terapia cognitiva, o registo de auto-monitorização dos pensamentos
automáticos negativos e emoções que lhes possam estar associadas é
muito utilizado. É também frequente a inclusão de uma coluna destinada à
produção, por parte do doente, de pensamentos alternativos mais
funcionais e respectiva intensidade das emoções, depois destes serem
elaborados.
Trata-se de um quadro que permite registar, por exemplo, informação
relativamente a:
Situação estímulo
Respostas emocionais
Cognições
Intensidade das emoções
Grau em que o doente acredita nos seus pensamentos
automáticos
Métodos de Avaliação Cognitivo-Comportamental
33. Registos de auto-monitorização (cont.)
• Identificação de pensamentos automáticos (“O que me está a passar pela
cabeça neste momento?”)
• Compreensão da associação pensamentos emoções e comportamentos
• Formas de gerar pensamentos alternativos
Métodos de Avaliação Cognitivo-Comportamental
• Como construir pensamentos alternativos?
(Através da formulação de perguntas a si próprio… Beck, 1995):
- “Que provas tenho de que este pensamento é verdadeiro?”
- “Que provas é que me permitem dizer que é falso?”
- “Existe alguma explicação alternativa?”
- “Qual a pior oisa que me poderia acontecer?”
- “Será que eu era capaz de a ultrapassar?”
- “ O que é que de melhor poderia aontecer?”
- “Qual é a consequência mais realista?”
-“Que efeito tem em mim acreditar no pensamento automático?”
- “Quais seriam as consequênias, se mudasse esta minha maneira de
pensar?”
- “O que é que eu posso fazer para tal?”
-” Se (amigo x) estivesse no meu lugar e tivesse este pensamento, o
que é que eu lhe diria?”
- “Como pensaria o (amigo y) se estivesse no meu lugar?”
-
Métodos de Avaliação Cognitivo-Comportamental
4. Questionários de Auto-Resposta
Instrumentos de fácil administração;
São cotados através de sistemas numéricos que permitem uma rápida
interpretação das respostas;
A existência de dados normativos faculta a comparação dos resultados
obtidos pelos diferentes sujeitos;
A possibilidade de aplicação antes e depois de efectuado o tratamento
permite ao clínico avaliar a eficácia da intervenção;
Por apresentarem a vantagem da quantificação são muito utilizados na
investigação;
Existem questionários de auto-resposta específicos para os principais
quadros clínicos e outros mais gerais (e.g. SCL-90-R;BSI);
São um complemento importante da entrevista.
Métodos de Avaliação Cognitivo-Comportamental
5. Observa5. Observaçção Directa (ão Directa (In Vivo/RoleIn Vivo/Role--Playing/TestesPlaying/Testes ComportamentaisComportamentais))
É um complemento na avaliação cognitivo-comportamental;
(A) In Vivo(A) In Vivo
Tem um papel importante nos casos em que o comportamento-alvo só ocorre
na presença de outros acontecimentos ou em locais que não podem ser
recriados no gabinete;
Tem a vantagem de permitir a recolha de dados acerca do comportamento-
alvo e interacções comportamento-ambiente, no seu setting natural;
Tem a desvantagem de exigir muito trabalho e de se tornar dispendioso.
Métodos de Avaliação Cognitivo-Comportamental
5. Observa5. Observaçção Directa (ão Directa (In Vivo/RoleIn Vivo/Role--Playing/TestesPlaying/Testes ComportamentaisComportamentais))
(B) Role(B) Role--PlayingPlaying
A observação directa pode ser feita no gabinete, através do recurso a role-
playing;
Os role-play são utilizados sobretudo para avaliar o comportamento do doente
em situações de interacção social;
Técnica que envolve a criação de situações credíveis, nas quais o sujeito deve
responder de acordo com a sua forma habitual;
Coloca em prática situações problemáticas ou desencadeadoras de ansiedade
para o doente, e avalia as cognições presentes nessas situações. Permite
compreender a forma como o doente interage com os outros e avaliar os seus
ciclos interpessoais disfuncionais.
Métodos de Avaliação Cognitivo-Comportamental
5. Observa5. Observaçção Directa (ão Directa (In Vivo/RoleIn Vivo/Role--Playing/TestesPlaying/Testes ComportamentaisComportamentais))
(C) Testes de Evitamento Comportamental(C) Testes de Evitamento Comportamental
Vários testes de evitamento comportamental têm sido utilizados para avaliar o
medo e o evitamento, sobretudo nos distúrbios mediados pela ansiedade;
Teste de Evitamento Comportamental de tarefa única (Taylor, 1998): o
terapeuta apresenta ao doente uma situação que encerra um estímulo temido
para si. Posteriormente, é pedido ao doente que se aproxime o mais possível
do objecto e que refira, em Unidades Subjectivas de Desconforto (0-100), o
valor sentido no momento da aproximação máxima. O comportamento de
evitamento é avaliado, por exemplo, através da distância a que ficou do
objecto ou da quantidade de tempo gasto na confrontação do mesmo.
Teste de Evitamento Comportamental de tarefas múltiplas (Rachman
et al.): o doente tem que completar um número de diferentes tarefas
relacionadas com o medo.
Métodos de Avaliação Cognitivo-Comportamental
5. Observa5. Observaçção Directa (ão Directa (In Vivo/RoleIn Vivo/Role--Playing/TestesPlaying/Testes ComportamentaisComportamentais))
(C) Testes de Evitamento Comportamental (cont.)(C) Testes de Evitamento Comportamental (cont.)
Limitações:
Um dos problemas que poderá surgir com a sua utilização resulta do facto de
o medo e o evitamento poderem ser específicos de determinadas situações;
Quando um teste é realizado no gabinete poderá falhar por não ser capaz de
identificar a severidade do evitamento que ocorre no ambiente natural do
sujeito.
Métodos de Avaliação Cognitivo-Comportamental
6. Medidas Psicofisiol6. Medidas Psicofisiolóógicasgicas
Permitem uma avaliação mais precisa.
Confrontação do doente entre aquilo que percepciona e aquilo que
verdadeiramente é.
Exemplo: auto-monitorização da frequência cardíaca numa situação
ansiógena.
Limitações:
Avaliação de uma situação emocional através de uma parcela
Meios dispendiosos
Exemplo: a frequência cardíaca é diferente da percepção da
frequência cardíaca

Mais conteúdo relacionado

Mais procurados (20)

PPTX
Trabalhando com os pensamentos automáticos
Sarah Karenina
 
PDF
Avaliação neuropsicológica
Rute da Conceição Machado
 
PPTX
TCC - Terapia Cognitivo Comportamental
Glaucia Lima de Magalhaes
 
PPTX
Psicopatologia I - Aula 1: Introdução aos Conceitos da Psicopatologia.
Alexandre Simoes
 
PPTX
Identificando e mudando as crenças intermediárias - TCC
Sarah Karenina
 
PPTX
TCC - Terapia Cognitiva Comportamental
Glaucia Lima de Magalhaes
 
PPTX
Estudo de caso psicologia clínica
Endriely Teodoro
 
PPTX
Psicoterapias
norberto faria
 
ODP
Atenção e desempenho
Caio Maximino
 
PPTX
A estrutura da Primeira Sessão Padrão na TCC
Vida Mental Consultoria de Saúde Mental e Nutricional
 
PPTX
Exercícios de Crenças
psimais
 
PPTX
TCC - Terapia cognitivo-comportamental
Antonino Silva
 
PPT
5093 palestra saude_mental_(3)
Ana Ferraz
 
PPTX
Documentos Técnicos~ Psicologia
Cassia Dias
 
PPTX
Conceituação cognitiva
Paulopereiraunirb
 
PPTX
Ansiedade estratégias de tratamento em TCC
Marcelo da Rocha Carvalho
 
PPT
2. aula psicopatologia ii ansiedade
Poliana Maton
 
PPT
Mecanismos de defesa do ego
Silvia Marina Anaruma
 
PPTX
Avaliação Neuropsicológica
Gisele Cortoni Calia
 
Trabalhando com os pensamentos automáticos
Sarah Karenina
 
Avaliação neuropsicológica
Rute da Conceição Machado
 
TCC - Terapia Cognitivo Comportamental
Glaucia Lima de Magalhaes
 
Psicopatologia I - Aula 1: Introdução aos Conceitos da Psicopatologia.
Alexandre Simoes
 
Identificando e mudando as crenças intermediárias - TCC
Sarah Karenina
 
TCC - Terapia Cognitiva Comportamental
Glaucia Lima de Magalhaes
 
Estudo de caso psicologia clínica
Endriely Teodoro
 
Psicoterapias
norberto faria
 
Atenção e desempenho
Caio Maximino
 
A estrutura da Primeira Sessão Padrão na TCC
Vida Mental Consultoria de Saúde Mental e Nutricional
 
Exercícios de Crenças
psimais
 
TCC - Terapia cognitivo-comportamental
Antonino Silva
 
5093 palestra saude_mental_(3)
Ana Ferraz
 
Documentos Técnicos~ Psicologia
Cassia Dias
 
Conceituação cognitiva
Paulopereiraunirb
 
Ansiedade estratégias de tratamento em TCC
Marcelo da Rocha Carvalho
 
2. aula psicopatologia ii ansiedade
Poliana Maton
 
Mecanismos de defesa do ego
Silvia Marina Anaruma
 
Avaliação Neuropsicológica
Gisele Cortoni Calia
 

Destaque (13)

PDF
A terapia cognitivo comportamental
Ana Larissa Perissini
 
PDF
Eneagrama - Uma visão generalista
Desperta
 
PPTX
Dinamica eneagrama
Klever Benalcázar
 
PPTX
Palestra a terapia cognitivo comportamental
Erika Barreto
 
PPT
Teste Eneagrama
Cinara Aline
 
PDF
Seminario eneagrama-transpessoal-resumido
Edjard Mota
 
PDF
Apostila eneagrama
Humberto Stelita Vieira
 
PPTX
Coaching eneagrama t360º
Helena Silva
 
PPTX
Elizangela
Luan Selinger
 
PDF
Eneagrama
Aurélio Caroto
 
PDF
Eneagrama do Caracter Humano 2015
Edjard Mota
 
PPTX
Eneagrama
Jurandir Mateus
 
PPT
Método Socrático em Terapia Cognitiva-Comportamental
Marcelo da Rocha Carvalho
 
A terapia cognitivo comportamental
Ana Larissa Perissini
 
Eneagrama - Uma visão generalista
Desperta
 
Dinamica eneagrama
Klever Benalcázar
 
Palestra a terapia cognitivo comportamental
Erika Barreto
 
Teste Eneagrama
Cinara Aline
 
Seminario eneagrama-transpessoal-resumido
Edjard Mota
 
Apostila eneagrama
Humberto Stelita Vieira
 
Coaching eneagrama t360º
Helena Silva
 
Elizangela
Luan Selinger
 
Eneagrama
Aurélio Caroto
 
Eneagrama do Caracter Humano 2015
Edjard Mota
 
Eneagrama
Jurandir Mateus
 
Método Socrático em Terapia Cognitiva-Comportamental
Marcelo da Rocha Carvalho
 
Anúncio

Semelhante a Avaliação cognitivo comportamental (20)

PDF
Perguntas de avaliação para responder parte teórica
Isabel Alexandra
 
PDF
Aula+-+Estrutura+do+tratamento.pdf
Julianamarciafonseca
 
PPTX
avaliação da personalidade: os instrumentos
EstephaniaOliveira1
 
PDF
Diagnóstico psicológico e terapia cognitiva considerações atuais
Cenira Marcelo
 
PPTX
Palestra na Residência em Psicologia UNIFESP 2016
Marcelo da Rocha Carvalho
 
DOCX
FALAR SE SER OUVIDO
Paulo Alexandre
 
PPT
Passos do Processo Psicodiagnóstico.ppt
GernciaCRP15
 
PDF
Validade em Pesquisa de Construtos Psicológicos.pdf
edivaneide2
 
PPT
Aula 3 - O processo psicodiagnóstico e A Entrevista Inicial.ppt
CAMILEBULCO
 
PPTX
Apresentação O paciente e a escolha da terapia
Denise Neiva
 
PPTX
AULA 02 - O Campo da Psicologia Clínica e sua importância.pptx
RobertoSilva309300
 
PDF
Avaliação Psicológica II - Aulada 06.pdf
mariamartins963381
 
PPTX
competencias Basicas, fundamentos em psico
RaulVasconcelos9
 
PPTX
FAP AULA 1.pptx Base de dados completa: dimensões e variáveis
111magda
 
PDF
Entrevis
LuanaLago4
 
PDF
Intervenções Psicogerontológicas_Tecnicas e recomendacoes para a avaliacao.do...
sandreliOliver
 
PPTX
ENTREVISTAS E AVALIAÇAO (1).pptx
AdrianaCirino
 
PDF
AULA 09 - NOVA.pdfredrtytvfgfgfgfdgvfgbbvbn
RobertoFioravantiAlv
 
PPTX
Psicoterapia
Oficina Psicologia
 
PPTX
Slide_Psicodiagnóstico_ Métodos e Técnicas.pptx
CAMILEBULCO
 
Perguntas de avaliação para responder parte teórica
Isabel Alexandra
 
Aula+-+Estrutura+do+tratamento.pdf
Julianamarciafonseca
 
avaliação da personalidade: os instrumentos
EstephaniaOliveira1
 
Diagnóstico psicológico e terapia cognitiva considerações atuais
Cenira Marcelo
 
Palestra na Residência em Psicologia UNIFESP 2016
Marcelo da Rocha Carvalho
 
FALAR SE SER OUVIDO
Paulo Alexandre
 
Passos do Processo Psicodiagnóstico.ppt
GernciaCRP15
 
Validade em Pesquisa de Construtos Psicológicos.pdf
edivaneide2
 
Aula 3 - O processo psicodiagnóstico e A Entrevista Inicial.ppt
CAMILEBULCO
 
Apresentação O paciente e a escolha da terapia
Denise Neiva
 
AULA 02 - O Campo da Psicologia Clínica e sua importância.pptx
RobertoSilva309300
 
Avaliação Psicológica II - Aulada 06.pdf
mariamartins963381
 
competencias Basicas, fundamentos em psico
RaulVasconcelos9
 
FAP AULA 1.pptx Base de dados completa: dimensões e variáveis
111magda
 
Entrevis
LuanaLago4
 
Intervenções Psicogerontológicas_Tecnicas e recomendacoes para a avaliacao.do...
sandreliOliver
 
ENTREVISTAS E AVALIAÇAO (1).pptx
AdrianaCirino
 
AULA 09 - NOVA.pdfredrtytvfgfgfgfdgvfgbbvbn
RobertoFioravantiAlv
 
Psicoterapia
Oficina Psicologia
 
Slide_Psicodiagnóstico_ Métodos e Técnicas.pptx
CAMILEBULCO
 
Anúncio

Mais de Elizabeth Barbosa (9)

PDF
ANÁLISE FUNCIONAL DO COMPORTAMENTO.pdf
Elizabeth Barbosa
 
PDF
112990114-Escala-Alexitimia-Tas-20.pdf
Elizabeth Barbosa
 
DOCX
Os bichos que voavam organizaram uma festa no céu e convidaram todos dos bich...
Elizabeth Barbosa
 
DOCX
Era uma vez uma menina chamada Barbara.docx
Elizabeth Barbosa
 
DOCX
a princesa e a ervilha.docx
Elizabeth Barbosa
 
PDF
Dislexia e tcc_uma_proposta_de_tratamento
Elizabeth Barbosa
 
DOCX
prevalencia de sobrepeso...
Elizabeth Barbosa
 
PDF
Entrevista estruturada.
Elizabeth Barbosa
 
PDF
Inventário de depressão
Elizabeth Barbosa
 
ANÁLISE FUNCIONAL DO COMPORTAMENTO.pdf
Elizabeth Barbosa
 
112990114-Escala-Alexitimia-Tas-20.pdf
Elizabeth Barbosa
 
Os bichos que voavam organizaram uma festa no céu e convidaram todos dos bich...
Elizabeth Barbosa
 
Era uma vez uma menina chamada Barbara.docx
Elizabeth Barbosa
 
a princesa e a ervilha.docx
Elizabeth Barbosa
 
Dislexia e tcc_uma_proposta_de_tratamento
Elizabeth Barbosa
 
prevalencia de sobrepeso...
Elizabeth Barbosa
 
Entrevista estruturada.
Elizabeth Barbosa
 
Inventário de depressão
Elizabeth Barbosa
 

Avaliação cognitivo comportamental

  • 1. Maria Cristina Canavarro Faculdade de Psicologia e de Ciências da Educação Universidade de Coimbra Terapias Cognitivo-Comportamentais em Adultos II Aulas Práticas Avaliação Cognitivo-Comportamental
  • 4. A avaliação é a base para a definição das estratégias de tratamento. É um processo contínuo: a avaliação não termina com a implementação do tratamento. A linha existente entre avaliação e intervenção é muito ténue: ao avaliar o terapeuta está também a intervir e, ao intervir, vai avaliar a resposta do doente à intervenção realizada. A avaliação é um processo complexo, contínuo e recursivo, sendo um dos seus principais objectivos o de identificar, com rigor, o problema do doente. Características Gerais Ao longo do tratamento, o terapeuta vai constantemente testando e refinando a sua compreensão do doente, revendo a sua conceptualização à medida que o doente muda, testando a eficácias das intervenções realizadas e monitorizando os progressos na terapia. (Freeman et al., 1990) Ao longo do tratamento, o terapeuta vai constantemente testando e refinando a sua compreensão do doente, revendo a sua conceptualização à medida que o doente muda, testando a eficácias das intervenções realizadas e monitorizando os progressos na terapia. (Freeman et al., 1990)
  • 5. Características Gerais (cont.) Uma avaliação cognitivo-comportamental pode ser definida pelos seguintes parâmetros: Avaliação multidimensional dos comportamentos, emoções e cognições; Os comportamentos, emoções e cognições são uma amostra de um padrão comportamental mais vasto; Estabelecimento de relações funcionais entre o meio, os comportamentos, as cognições e as emoções (análise funcional); Estreita ligação entre a avaliação e o tratamento.
  • 7. Objectivos Identificar os comportamentos que integram um “problema” e as variáveis que integram o seu aparecimento; Estabelecer os objectivos que se pretendem alcançar com a intervenção psicoterapêutica; Obter informação relevante para a selecção das técnicas terapêuticas mais apropriadas para cada caso; Avaliar, de forma precisa, os resultados da intervenção, tanto à medida que estes vão surgindo, como no final do processo terapêutico.
  • 8. Objectivos - Kendall, 1981 Estudar a relação existente entre fenómenos cobertos (internos) e a sua relação com padrões de comportamento e diferentes formas de expressão de emoções; Estudar o papel dos processo cobertos (internos) no desenvolvimento de distintas psicopatologias e os padrões de comportamento associados ao coping; Confirmar os efeitos dos tratamentos; Avaliar estudos em que os factores cognitivos tenham sido manipuladas ou implicados nos efeitos de manipulação.
  • 10. O Processo de Avaliação Clínica AvaliaAvaliaçção Inicialão Inicial O objectivo é obter informação específica acerca dos problemas do doente, do seu passado e dos objectivos que este estabelece para a terapia para elaborar uma conceptualização inicial do caso e formular um plano prévio de tratamento. É necessária a recolha de bastante informação num período limitado de tempo geralmente através de uma entrevista estruturada ou semi- estruturada, as quais podem ser complementadas com a utilização de outros procedimentos de aaliação. O terapeuta deve procurar manter activamente alguma estruturação na entrevista inicial. Contudo, não se deve prender demasiado a uma entrevista previamente estruturada, podendo parecer insensível e pouco empático. Deve existir um equilíbrio entre estruturação e flexibilidade!
  • 11. O Processo de Avaliação Clínica AvaliaAvaliaççãoão InicialInicial A postura do terapeuta é fundamental nesta fase de avaliação, já que dela pode depender o estabelecimento de uma relação terapêutica adequada. O terapeuta deve evidenciar uma postura de aceitação incondicional A própria postura corporal, enquanto comunicação não verbal, deve mostrar que o terapeuta se interessa genuinamente pelo doente não deve adoptar nem uma postura demasiado “relaxada” (pode ser interpretada como sinal de desinteresse e de aborrecimento) nem uma postura demasiado rígida (poderá intimidar o doente e impedi-lo de se expressar livremente). Deve deixar claro que o seu papel não é o de julgar o doente, mas sim o de o ouvir atentamente e trabalhar com ele colaborativamente, no sentido de encontrar soluções para os seus problemas.
  • 12. O Processo de Avaliação Clínica AvaliaAvaliaççãoão durantedurante o curso da terapiao curso da terapia O objectivo é avaliar as respostas cognitivas, comportamentais e emocionais do doente nas situações problemáticas. Mais do que avaliar cognições, emoções e comportamentos isoladamente, pretende-se obter uma compreensão da forma como estes vários aspectos se relacionam entre si para dar origem aos problemas que o doente manifesta. Esta avaliação deve ser suficientemente pormenorizada para permitir uma conceptualização clara do problema e um planeamento estratégico das intervenções.
  • 13. O Processo de Avaliação Clínica AvaliaAvaliaçção noão no finalfinal da terapiada terapia Nesta fase o objectivo é avaliar até que ponto foram alcançados os objectivos estabelecidos no início do processo terapêutico, ou seja, os ganhos terapêuticos. Para tal, contribuem: Relatos subjectivos do doente Dados objectivos obtidos a partir dos questionários de auto-resposta no final da terapia e sua comparação com os resultados de momentos anteriores. Entrevista com outros significativos que, de algum modo, tenham acompanhado o curso da terapia.
  • 15. Métodos de Avaliação Cognitivo-Comportamental Métodos de Avaliação Cognitivo- Comportamental Métodos de Avaliação Cognitivo- Comportamental Métodos Indirectos Métodos Directos Entrevista CC Questionários e Escalas Observação Directa Auto- Monitorização Medidas Psicofisiológicas Entrevista com outros significativos
  • 16. Métodos de Avaliação Cognitivo-Comportamental 1. Entrevista Cl1. Entrevista Clíínicanica A entrevista é uma parte integrante de toda a avaliação e processo terapêutico É um método privilegiado para a avaliação cognitivo-comportamental O terapeuta solicita ao doente que descreva os pensamentos, sentimentos e comportamentos que ocorrem na situação em que está a ser alvo de discussão, esperando que este lhe forneça informação rigorosa contudo, o doente nem sempre tem acesso às suas cognições, colocando em causa o rigor da informação. É nela que se estabelece a relação terapêutica, se recolhe informação, se tomam decisões e estabelecem os objectivos terapêuticos e prioridades.
  • 17. Métodos de Avaliação Cognitivo-Comportamental 1. Entrevista Cl1. Entrevista Clíínica (cont.)nica (cont.) Um dos objectivos é estabelecer um diagnóstico, ou seja, identificar ou não psicopatologia. Para alcançar este objectivo, o terapeuta pode recorrer a entrevistas estruturadas, elaboradas com base nos manuais de diagnóstico existentes. Exemplos: ADIS-R (Anxiety Disorders Interview Scedule - DiNardo e Barlow, 1988). SCID I (Structured Clinical Interview for DSM-IV Axis I Disorders - First, Spitzer, Gibbon e Williams, 1997) SCID II (Structured Clinical Interview for DSM-IV Axis II Personality Disorders – First, Gibbon, Spitzer, Williams e Benjamin, 1997). Há uma estreita ligação entre os conteúdos pesquisados na entrevista e a informação necessária para a elaboração da história clínica a avaliação segue os parâmetros da história clínica.
  • 18. Métodos de Avaliação Cognitivo-Comportamental 1. Entrevista Clínica (cont.) Fases: 1) Avaliação Cognitivo-Comportamental (recolha de informação relativamente aos parâmetros da história clínica); 2) Elaboração de hipóteses funcionais (formulação); 3) Estabelecimento de prioridades e definição de objectivos; 4) Selecção de procedimentos terapêuticos; 5) Intervenção terapêutica; 6) Avaliação dos resultados da intervenção.
  • 19. Métodos de Avaliação Cognitivo-Comportamental 2.2. Entrevista com outros significativos Uma entrevista com um familiar ou outro significativo do doente pode ajudar a recolher informação objectiva acerca dos problemas em questão. Permite avaliar mais facilmente aspectos como: Extensão dos problemas; Situações específicas que determinam a ocorrência dos problemas; Grau em que a família mais próxima está envolvida e é afectada. É útil para averiguar o papel da família na manutenção dos problemas.
  • 20. Métodos de Avaliação Cognitivo-Comportamental 3. Registos de auto3. Registos de auto--monitorizamonitorizaççãoão É uma técnica de aplicação simples, que permite avaliar: as cognições e os comportamentos relevantes, a sua frequência, a sua duração, emoções associadas, e os determinantes situacionais. Este procedimento pode assumir várias formas: Diário Gravações áudio Questionários estruturados Folhas de registo adaptadas ao caso
  • 21. Métodos de Avaliação Cognitivo-Comportamental 33. Registos de auto-monitorização (cont.) Na terapia cognitiva, o registo de auto-monitorização dos pensamentos automáticos negativos e emoções que lhes possam estar associadas é muito utilizado. É também frequente a inclusão de uma coluna destinada à produção, por parte do doente, de pensamentos alternativos mais funcionais e respectiva intensidade das emoções, depois destes serem elaborados. Trata-se de um quadro que permite registar, por exemplo, informação relativamente a: Situação estímulo Respostas emocionais Cognições Intensidade das emoções Grau em que o doente acredita nos seus pensamentos automáticos
  • 22. Métodos de Avaliação Cognitivo-Comportamental 33. Registos de auto-monitorização (cont.) • Identificação de pensamentos automáticos (“O que me está a passar pela cabeça neste momento?”) • Compreensão da associação pensamentos emoções e comportamentos • Formas de gerar pensamentos alternativos
  • 23. Métodos de Avaliação Cognitivo-Comportamental • Como construir pensamentos alternativos? (Através da formulação de perguntas a si próprio… Beck, 1995): - “Que provas tenho de que este pensamento é verdadeiro?” - “Que provas é que me permitem dizer que é falso?” - “Existe alguma explicação alternativa?” - “Qual a pior oisa que me poderia acontecer?” - “Será que eu era capaz de a ultrapassar?” - “ O que é que de melhor poderia aontecer?” - “Qual é a consequência mais realista?” -“Que efeito tem em mim acreditar no pensamento automático?” - “Quais seriam as consequênias, se mudasse esta minha maneira de pensar?” - “O que é que eu posso fazer para tal?” -” Se (amigo x) estivesse no meu lugar e tivesse este pensamento, o que é que eu lhe diria?” - “Como pensaria o (amigo y) se estivesse no meu lugar?” -
  • 24. Métodos de Avaliação Cognitivo-Comportamental 4. Questionários de Auto-Resposta Instrumentos de fácil administração; São cotados através de sistemas numéricos que permitem uma rápida interpretação das respostas; A existência de dados normativos faculta a comparação dos resultados obtidos pelos diferentes sujeitos; A possibilidade de aplicação antes e depois de efectuado o tratamento permite ao clínico avaliar a eficácia da intervenção; Por apresentarem a vantagem da quantificação são muito utilizados na investigação; Existem questionários de auto-resposta específicos para os principais quadros clínicos e outros mais gerais (e.g. SCL-90-R;BSI); São um complemento importante da entrevista.
  • 25. Métodos de Avaliação Cognitivo-Comportamental 5. Observa5. Observaçção Directa (ão Directa (In Vivo/RoleIn Vivo/Role--Playing/TestesPlaying/Testes ComportamentaisComportamentais)) É um complemento na avaliação cognitivo-comportamental; (A) In Vivo(A) In Vivo Tem um papel importante nos casos em que o comportamento-alvo só ocorre na presença de outros acontecimentos ou em locais que não podem ser recriados no gabinete; Tem a vantagem de permitir a recolha de dados acerca do comportamento- alvo e interacções comportamento-ambiente, no seu setting natural; Tem a desvantagem de exigir muito trabalho e de se tornar dispendioso.
  • 26. Métodos de Avaliação Cognitivo-Comportamental 5. Observa5. Observaçção Directa (ão Directa (In Vivo/RoleIn Vivo/Role--Playing/TestesPlaying/Testes ComportamentaisComportamentais)) (B) Role(B) Role--PlayingPlaying A observação directa pode ser feita no gabinete, através do recurso a role- playing; Os role-play são utilizados sobretudo para avaliar o comportamento do doente em situações de interacção social; Técnica que envolve a criação de situações credíveis, nas quais o sujeito deve responder de acordo com a sua forma habitual; Coloca em prática situações problemáticas ou desencadeadoras de ansiedade para o doente, e avalia as cognições presentes nessas situações. Permite compreender a forma como o doente interage com os outros e avaliar os seus ciclos interpessoais disfuncionais.
  • 27. Métodos de Avaliação Cognitivo-Comportamental 5. Observa5. Observaçção Directa (ão Directa (In Vivo/RoleIn Vivo/Role--Playing/TestesPlaying/Testes ComportamentaisComportamentais)) (C) Testes de Evitamento Comportamental(C) Testes de Evitamento Comportamental Vários testes de evitamento comportamental têm sido utilizados para avaliar o medo e o evitamento, sobretudo nos distúrbios mediados pela ansiedade; Teste de Evitamento Comportamental de tarefa única (Taylor, 1998): o terapeuta apresenta ao doente uma situação que encerra um estímulo temido para si. Posteriormente, é pedido ao doente que se aproxime o mais possível do objecto e que refira, em Unidades Subjectivas de Desconforto (0-100), o valor sentido no momento da aproximação máxima. O comportamento de evitamento é avaliado, por exemplo, através da distância a que ficou do objecto ou da quantidade de tempo gasto na confrontação do mesmo. Teste de Evitamento Comportamental de tarefas múltiplas (Rachman et al.): o doente tem que completar um número de diferentes tarefas relacionadas com o medo.
  • 28. Métodos de Avaliação Cognitivo-Comportamental 5. Observa5. Observaçção Directa (ão Directa (In Vivo/RoleIn Vivo/Role--Playing/TestesPlaying/Testes ComportamentaisComportamentais)) (C) Testes de Evitamento Comportamental (cont.)(C) Testes de Evitamento Comportamental (cont.) Limitações: Um dos problemas que poderá surgir com a sua utilização resulta do facto de o medo e o evitamento poderem ser específicos de determinadas situações; Quando um teste é realizado no gabinete poderá falhar por não ser capaz de identificar a severidade do evitamento que ocorre no ambiente natural do sujeito.
  • 29. Métodos de Avaliação Cognitivo-Comportamental 6. Medidas Psicofisiol6. Medidas Psicofisiolóógicasgicas Permitem uma avaliação mais precisa. Confrontação do doente entre aquilo que percepciona e aquilo que verdadeiramente é. Exemplo: auto-monitorização da frequência cardíaca numa situação ansiógena. Limitações: Avaliação de uma situação emocional através de uma parcela Meios dispendiosos Exemplo: a frequência cardíaca é diferente da percepção da frequência cardíaca