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SAUDE PÚBLICA
Prof.: Eduardo Silva
• Curso Técnico de Enfermagem
• Carga Horária: 80h
• Teórico - Prático
• Período: 19/Novembro a 19/Dezembro de 2024
EMENTA
• A disciplina aborda fundamentos da saúde pública,
história do SUS, epidemiologia, vigilância em saúde e
controle de doenças. Promove habilidades para ações
preventivas e educativas, capacitando técnicos a integrar
equipes multiprofissionais na proteção da saúde coletiva.
CONTEÚDO PROGRAMÁTICO
Unidade 1:
• Fundamentos da Saúde Pública
• Conceitos de saúde e saúde pública.
• História da saúde pública no Brasil.
• Estrutura e princípios do Sistema Único de Saúde (SUS).
CONTEÚDO PROGRAMÁTICO
Unidade 2:
• Epidemiologia e Prevenção de Doenças
• Conceitos básicos de epidemiologia e cadeia epidemiológica.
• História natural das doenças e níveis de prevenção.
• Controle de doenças transmissíveis e não transmissíveis.
• Vigilância em saúde: epidemiológica, sanitária e ambiental.
CONTEÚDO PROGRAMÁTICO
Unidade 3:
Práticas Educativas e Promoção da Saúde
Indicadores de saúde e análise de dados populacionais.
Planejamento e execução de ações educativas em saúde pública.
Integração do técnico em enfermagem na equipe multiprofissional.
PROCEDIMENTOS
METODOLÓGICOS
• Aula Teórica
• Tolerância: 20 min
HORÁRIO SEGUNDA TERÇA QUARTA QUINTA SEXTA
19H00 às
21H30
SAÚDE
PÚBLICA
SAÚDE
PÚBLICA
PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS
• Estudo Dirigido
• Grupos de Discussão
• Seminários
• Recursos audiovisuais
• Livro-texto
Bibliografia:
• APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA saúde do idoso
SISTEMA DE AVALIAÇÃO
• Pontualidade
• Assiduidade: 75% presença / 25% falta
• Participação: atividades desenvolvidas em sala de aula e em campo
• Prova Teórica
SISTEMA DE AVALIAÇÃO
• Unidade I: 1ª Prova Teórica (N1)
• Unidade II: 2ª Prova Teórica (N2)
• Unidade III: 3ª Prova Teórica (N3)
O QUE É
SAUDE
PUBLICA?
Saúde A Saúde é um estado de completo bem estar
físico, mental e social, e não somente
ausência de doença ou enfermidade.
Organização Mundial da Saúde (OMS)
7 de abril de 1948
Conceito OMS
• Utópico
• Inatingível
• Pouco dinâmico
• Tem caráter subjetivo
Sua adoção pode servir para justificar práticas arbitrárias de controle e
exclusão de tudo aquilo que for considerado indesejável ou perigoso
SAÚDE – UM CONCEITO POSITIVO
ser saudável significa além de não estar doente, ter a possibilidade de
atuar, de produzir a sua própria saúde, quer por meio de cuidados
tradicionalmente conhecidos, quer por ações que influenciem o seu
meio – ações políticas para a redução de desigualdades, educação,
cooperação intersetorial, participação da sociedade civil nas decisões
que afetam sua existência.
Saúde
“Saúde é a resultante das condições de alimentação, habitação,
educação, renda, meio ambiente, trabalho, transporte, emprego,
lazer, liberdade, acesso e posse da terra, e acesso a serviços de
saúde. É assim, o resultado das formas de organização social
da produção, as quais podem gerar grandes desigualdades nos
níveis de vida”
VIII Conferência Nacional de Saúde
1986
1 AULA - SAUDE PÚBLICA - HISTORIA.pptxSa
é a ciência e a arte de evitar doença, prolongar a vida e promover a
saúde física e mental, e a eficiência, através de esforços
organizados da comunidade
Saúde Pública
• saneamento do meio
• controle das infecções comunitárias
• educação do indivíduo nos princípios da higiene
pessoal
• organização de serviços médicos e de enfermagem
para o diagnóstico precoce e o tratamento da doença
• desenvolvimento dos mecanismos sociais que
assegurarão a cada pessoa na comunidade o padrão de
vida adequado para a manutenção da saúde.
Winslow, 1920
Saúde Pública
Arte e ciência de promover, proteger e restaurar a saúde dos indivíduos
e obter um ambiente saudável, através de ações e serviços resultantes de
esforços organizados e sistematizados da sociedade.
(Ashton, Seymour,1990; Scutchlield,Keck,1977)
“Saúde pública é o esforço organizado da sociedade, principalmente
através de suas instituições de caráter público, para melhorar,
promover, proteger e restaurar a saúde das populações por meio de
atuações de alcance coletivo”
(OPAS: Salud de las Americas 2002, p.47)
1 AULA - SAUDE PÚBLICA - HISTORIA.pptxSa
• A saúde pública e a saúde coletiva são áreas
interligadas, mas possuem enfoques e abrangências
distintas. Aqui está uma explicação das duas:
Saúde Pública x Saúde Coletiva
Saúde Pública
• Definição: Área da saúde que se
concentra em ações e políticas
governamentais para proteger e
promover a saúde da população como
um todo. Tem como objetivo prevenir
doenças, prolongar a vida e melhorar a
qualidade de vida através de
intervenções organizadas.
Saúde Coletiva
• Definição: Campo interdisciplinar
que envolve saúde, ciências sociais e
humanas, epidemiologia, e políticas
públicas, com o objetivo de
entender e transformar os
determinantes sociais e estruturais
da saúde.
Saúde Pública x Saúde Coletiva
Saúde Pública
• Foco: Serviços prestados à população
como um todo, como vacinação,
vigilância epidemiológica, controle de
surtos e saneamento básico.
Saúde Coletiva
• Foco: A saúde como um fenômeno
social, levando em conta fatores
como desigualdades sociais,
culturais e econômicas. Busca
promover mudanças estruturais
para alcançar equidade na saúde.
Saúde Pública x Saúde Coletiva
Saúde Pública
• Origem: Historicamente, a saúde
pública nasceu com a necessidade de
combater epidemias e melhorar
condições de higiene e saneamento.
Saúde Coletiva
• Origem: Surge como uma
ampliação da saúde pública, na
década de 1970, destacando o papel
dos determinantes sociais..
Saúde Pública x Saúde Coletiva
Saúde Pública
• Atuação: Governos e instituições
públicas (ex.: SUS no Brasil), com
ações preventivas e de regulação.
Saúde Coletiva
• Atuação: Pesquisas, formulação de
políticas públicas e mobilização
social para transformar as
condições que afetam a saúde.
Saúde Pública x Saúde Coletiva
Saúde Pública
• Exemplo: Campanhas de vacinação
em massa, controle de doenças como
dengue, HIV e gripe.
Saúde Coletiva
• Exemplo: Estudos sobre o
impacto das condições de trabalho
na saúde de trabalhadores, políticas
para reduzir desigualdades no
acesso à saúde.
Diferença Principal
Saúde Pública: Enfatiza a operacionalização de
políticas e serviços.
Saúde Coletiva: Enfatiza a análise crítica e
transformação das condições sociais que
influenciam a saúde.
Ambas são fundamentais para garantir bem-estar,
mas a saúde coletiva aprofunda o debate sobre os
fatores sociais que condicionam a saúde pública.
1 AULA - SAUDE PÚBLICA - HISTORIA.pptxSa
Objetivos da Saúde Pública
• Assegurar bem estar coletivo
• Elevar os níveis de saúde da população
• Base para a reprodução e o desenvolvimento social
Saúde Pública
Responsável pela avaliação dos
problemas de saúde da população e
pela formulação e implementação de
uma resposta para enfrentá-los
Saúde Pública
 como estabelecer Prioridades?
o que é um Problema
de Saúde Pública?
PROBLEMA DE SAÚDE PÚBLICA
• São problemas que, acometendo um certo número de indivíduos,
e sendo passíveis de se tornarem objeto de ações individuais ou
coletivas para sua prevenção e controle em termos
populacionais, adquirem relevância tal que se justifica a
intervenção do Estado, para atender demandas da sociedade, com
a correspondente alocação de recursos públicos.
PROBLEMA DE SAÚDE PÚBLICA
• MAGNITUDE
doenças com elevada frequência que afetam grandes contingentes
populacionais, que se traduzem pela incidência, prevalência,
mortalidade, anos potenciais de vida perdidos.
constitui causa comum de morbidade e mortalidade
PROBLEMA DE SAÚDE PÚBLICA
• VULNERABILIDADE
doenças e agravos para as quais existem instrumentos específicos de prevenção
existem métodos eficazes de prevenção e controle
os métodos não estão sendo adequadamente utilizados
TRANSCEDÊNCIA
conjunto de características apresentadas por doenças e agravos, de acordo com sua
apresentação clínica e epidemiológica, das quais as mais importantes são:
• severidade medida pelas taxas de letalidade, hospitalizações e sequelas;
• relevância social que subjetivamente significa o valor que a sociedade imputa à ocorrência do
evento através da estigmatização dos doentes, medo, indignação quando incide em determinadas
classes sociais;
• relevância econômica que podem afetar o desenvolvimento devido a restrições comerciais.
Perdas de vidas, absenteísmo ao trabalho, custo de diagnóstico e tratamento, etc
HISTÓRIA DA
SAUDE PÚBLICA
NO BRASIL
1 AULA - SAUDE PÚBLICA - HISTORIA.pptxSa
1 AULA - SAUDE PÚBLICA - HISTORIA.pptxSa
 Crise do sistema de saúde presente no nosso dia a dia;
 Filas, falta de leitos hospitalares, escassez de recursos, insatisfação dos
profissionais e população, baixos valores pagos pelo SUS para procedimentos
médico-hospitalares, aumento na incidência e ressurgimento de doenças.
PERGUNT
A:
Como analisar e compreender essa
complexa realidade do setor saúde no país?
Você sabe quando e como o Sistema Único de Saúde (SUS) surgiu, como
era o acesso à saúde antes dele ou como era o País antes dos planos de saúde
particulares? Atualmente, cerca de 75% dos 200 milhões de habitantes do
Brasil são diretamente dependentes do sistema público de saúde.
HISTÓRIA SAÚDE NO BRASIL
PERÍODOS
 Descobrimento ao Império (1500-1889)
 República Velha (1889 – 1930)
 “Era Vargas” (1930 – 1964)
 Autoritarismo (1964 – 1984)
 Nova República (1985 – 1988)
 Pós-constituinte (1989...)
ORGANIZAÇÃO
DO SETOR SAÚDE
PERFIL
EPIDEMIOLÓGIC
O
CENÁRIO POLÍTICO
E ECONÔMICO
“DESCOBRIMENTO” AO IMPÉRIO
(1500-1889)
Saúde no Brasil Colônia
Antes da chegada dos navios europeus ao Brasil, o
território era ocupado unicamente por povos indígenas
que já tinham algumas enfermidades, mas a colonização
portuguesa trouxe diversas outras comuns na Europa que
não existiam por aqui. Isso causou um grande problema
de saúde entre a população, já que os nativos não tinham
imunidade para combater determinadas enfermidades;
como consequência, milhares deles morreram.
"
"
"Um país colonizado basicamente por degredados e
aventureiros desde o descobrimento até a instalação do
império, não dispunha de nenhum modelo de atenção à
saúde da população, e nem mesmo o interesse, por parte do
governo colonizador (Portugal), em criá-lo"
Havia raros médicos diplomados
A assistência à população era prestada por curandeiros
"práticos", barbeiros, rezadeiras, boticários e jesuítas
Praticamente inexistiu preocupação com a saúde
pública da colônia até 1808
Houve grande escassez de médicos graduados
No final do século XVI, a cidade do Rio de Janeiro tinha
cerca de 1.000 moradores e nenhum médico formado
No final do século XVIII, em todo o Brasil existiam 12
médicos formados
Em 1800, o rei de Portugal determinou que quatro
estudantes brasileiros fossem para Coimbra a fim de cursar
medicina anualmente
PERFIL EPIDEMIOLÓGICO
Doenças pestilenciais
CENÁRIO POLÍTICO E ECONÔMICO
País agrário extrativista
ORGANIZAÇÃO DA SAÚDE
Não dispunha de nenhum modelo de
atenção à saúde;
Boticários;
Curandeiros;
Medicina liberal
1 AULA - SAUDE PÚBLICA - HISTORIA.pptxSa
Saneamento da capital;
Controle de navios, saúde de portos;
Novas estradas;
 CONTROLE SANITÁRIO MÍNIMO
CHEGADA DA FAMÍLIA REAL
PORTUGUESA - 1808
 o Brasil começou a receber mais investimento em
infraestrutura. Uma das primeiras medidas foi a criação
dos cursos universitários de Medicina, Cirurgia e Química.
 Profissionais começaram a se graduar no Brasil,
substituindo médicos estrangeiros. A Escola de Cirurgia do
Rio de Janeiro e o Colégio Médico-Cirúrgico no Real
Hospital Militar de Salvador foram pioneiros no período.
CHEGADA DA FAMÍLIA REAL
PORTUGUESA - 1808
Desde a época da colonização, as entidades
religiosas foram determinantes para a
implementação de tratamentos de saúde no
território brasileiro.
SANTAS CASAS DE
MISERICÓRDIA
Movimentos da Igreja Católica, da Igreja Protestante, da Igreja Evangélica e da
Comunidade Espírita, entre outras, têm 2,1 mil estabelecimentos de saúde
espalhados por todo o Brasil.
Santas Casas de Misericórdia
Durante décadas, as Santas Casas de Misericórdia foram a única opção para pessoas que não tinham
condições financeiras de pagar por médicos particulares, fundadas por religiosos e mantidas por meio
de caridade e filantropia.
Saúde pública após a Independência do Brasil
(1822)
Em 1822, D. Pedro II declarou a independência do
Brasil. Como imperador, ele transformou escolas em
faculdades, fundou órgãos para fiscalizar a higiene
pública e, especialmente na capital da época, Rio de
Janeiro, promoveu diversas mudanças para
higienizar o centro urbano.
Durante esse período, a vacina contra a varíola foi
instaurada para todas as crianças, houve a criação do
Instituto Vacínico do Império e medidas foram
tomadas para controlar a disseminação da tuberculose,
da febre amarela e da malária.
Revolta da Vacina
Perfil Epidemiológico
• Febre amarela, varíola, tuberculose, sífilis
• Endemias rurais
Cenário Político e Econômico
• Instalação do capitalismo no Brasil - excedente econômico
- primeiras indústrias - investimento estrangeiro
• Precárias condições de trabalho e de vida das populações
urbanas - surgimento de movimentos operários que
resultaram em embriões de legislação trabalhista e
previdenciária
REPÚBLICA VELHA (1889 – 1930)
Após a abolição da escravatura, em 1888, e
a instauração da República do Brasil, em
1989, o País continuava sofrendo com
epidemias e falta de saneamento básico.
Sanitaristas nacionais, com destaque para
Oswaldo Cruz, começaram a buscar
soluções para melhorar esse cenário.
1 AULA - SAUDE PÚBLICA - HISTORIA.pptxSa
Para impedir que essas doenças se
espalhassem, o governo destruiu
casas, desalojou pessoas e tornou a
vacinação obrigatória, o que
ocasionou uma revolta em 1904.
Carlos Chagas sucedeu Oswaldo
Cruz e conseguiu avançar com
menos oposição popular.
1 AULA - SAUDE PÚBLICA - HISTORIA.pptxSa
Interesses do modelo AGRÁRIO- EXPORTADOR
→ intervenção do Estado → organização do serviço
de saúde pública e campanhas sanitárias
Os serviços definidos pela necessidade econômica
LEI ELOY CHAVES (1923)
• Organização das CAP's (Caixas de
Aposentadorias e Pensões)
• 1923-CAP dos Ferroviários
• 1926-Portuários e Marítimos
• Marco inicial da Previdência Social no Brasil
CARACTERÍSTICAS DAS CAP’S
• Por instituição ou empresa;
• Financiamento e gestão: Trabalhador e Empregador;
• Aposentadoria, pensão e assistência médica
Dicotomia da saúde no Brasil
• Saúde Pública: prevenção e controle das doenças -
coletiva
• Previdência Social: medicina individual (assistência)
- exclusiva
Saúde pública no governo Getúlio Vargas (1930-1945)
No período getulista, a saúde pública brasileira foi
centralizada com a criação do Ministério da Educação e
Saúde. A Constituição de 1934 trouxe avanços, como
assistência médica e licença-maternidade para
trabalhadores, e iniciativas foram realizadas para combater
epidemias e endemias.
Criação do Ministério da Saúde e Conferências Nacionais
O Ministério da Saúde foi fundado em 1953 para
desenvolver políticas públicas e ampliar o acesso à saúde,
especialmente nas áreas rurais. Nas primeiras conferências
nacionais discutiram a criação de um sistema universal de saúde.
Nos anos 1970, a saúde recebeu apenas 1% do
orçamento federal, agravando problemas como
dengue, meningite e malária. Para melhorar o
atendimento, foi criado o Instituto Nacional de
Previdência Social (INPS), que unificou órgãos
previdenciários. Conselhos como o Conasp,
Conass e Conasems foram desenvolvidos e mais
tarde desenvolvidos para a criação do SUS.
Saúde durante a ditadura militar
1964-1985
Perfil Epidemiológico
• Queda da mortalidade infantil e doenças imunopreveníveis;
• Manutenção das doenças da modernidade (aumento das causas externas);
• Crescimento da AIDS;
• Epidemias de dengue (vários municípios e inclusive capitais)
Política
• Interrupção da recessão econômica doinício da déc. 80 e a conquista da democracia
• Saúde na agenda política
• Resgate da “dívida social” acumulada no período autoritário
NOVA REPÚBLICA
(1985 – 1988)
SAÚDE COLETIVA - Década de 1970
Saúde Pública e Saúde Coletiva têm significados equivalentes?
• Saúde Pública: campo de conhecimento interdisciplinar -
disciplinas básicas: epidemiologia, gestão em saúde e ciências
sociais em saúde
• Saúde Coletiva: "um espaço de crítica permanente à Saúde
Pública" de tendência crítico-socialista, com redefinição das
práticas de saúde; não se limita ao Sanitarismo
Constituição de 1988 e
criação do SUS
Com a redemocratização do Brasil e a
criação da Constituição de 1988, a saúde
passou a ser um direito de todos e um
dever do Estado, criando uma base para o
sistema público que temos atualmente.
Constituição de 1988 e
criação do SUS
A Lei Federal n. 8.080, de 1990, regulamenta o
Sistema Único de Saúde com o objetivo de
identificar e divulgar os condicionantes e
determinantes da saúde, formular a política de saúde
para promover os campos econômico e social e fazer
ações de saúde de promoção, proteção e recuperação,
integrando ações assistenciais e preventivas.
1 AULA - SAUDE PÚBLICA - HISTORIA.pptxSa
Panorama atual da saúde pública no Brasil
• O Sistema Único de Saúde é uma grande conquista para a população
brasileira e se tornou um modelo para outros países. Entretanto, a falta de
investimento financeiro e o mau gerenciamento resultam em diversos
desafios, como a falta de médicos e leitos nos hospitais e a grande espera
para atendimento.
• No que diz respeito aos inimigos da saúde dos brasileiros, os principais
atualmente são hipertensão, diabetes e obesidade.

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  • 2. • Curso Técnico de Enfermagem • Carga Horária: 80h • Teórico - Prático • Período: 19/Novembro a 19/Dezembro de 2024
  • 3. EMENTA • A disciplina aborda fundamentos da saúde pública, história do SUS, epidemiologia, vigilância em saúde e controle de doenças. Promove habilidades para ações preventivas e educativas, capacitando técnicos a integrar equipes multiprofissionais na proteção da saúde coletiva.
  • 4. CONTEÚDO PROGRAMÁTICO Unidade 1: • Fundamentos da Saúde Pública • Conceitos de saúde e saúde pública. • História da saúde pública no Brasil. • Estrutura e princípios do Sistema Único de Saúde (SUS).
  • 5. CONTEÚDO PROGRAMÁTICO Unidade 2: • Epidemiologia e Prevenção de Doenças • Conceitos básicos de epidemiologia e cadeia epidemiológica. • História natural das doenças e níveis de prevenção. • Controle de doenças transmissíveis e não transmissíveis. • Vigilância em saúde: epidemiológica, sanitária e ambiental.
  • 6. CONTEÚDO PROGRAMÁTICO Unidade 3: Práticas Educativas e Promoção da Saúde Indicadores de saúde e análise de dados populacionais. Planejamento e execução de ações educativas em saúde pública. Integração do técnico em enfermagem na equipe multiprofissional.
  • 7. PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS • Aula Teórica • Tolerância: 20 min HORÁRIO SEGUNDA TERÇA QUARTA QUINTA SEXTA 19H00 às 21H30 SAÚDE PÚBLICA SAÚDE PÚBLICA
  • 8. PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS • Estudo Dirigido • Grupos de Discussão • Seminários • Recursos audiovisuais • Livro-texto
  • 9. Bibliografia: • APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA saúde do idoso
  • 10. SISTEMA DE AVALIAÇÃO • Pontualidade • Assiduidade: 75% presença / 25% falta • Participação: atividades desenvolvidas em sala de aula e em campo • Prova Teórica
  • 11. SISTEMA DE AVALIAÇÃO • Unidade I: 1ª Prova Teórica (N1) • Unidade II: 2ª Prova Teórica (N2) • Unidade III: 3ª Prova Teórica (N3)
  • 13. Saúde A Saúde é um estado de completo bem estar físico, mental e social, e não somente ausência de doença ou enfermidade. Organização Mundial da Saúde (OMS) 7 de abril de 1948
  • 14. Conceito OMS • Utópico • Inatingível • Pouco dinâmico • Tem caráter subjetivo Sua adoção pode servir para justificar práticas arbitrárias de controle e exclusão de tudo aquilo que for considerado indesejável ou perigoso
  • 15. SAÚDE – UM CONCEITO POSITIVO ser saudável significa além de não estar doente, ter a possibilidade de atuar, de produzir a sua própria saúde, quer por meio de cuidados tradicionalmente conhecidos, quer por ações que influenciem o seu meio – ações políticas para a redução de desigualdades, educação, cooperação intersetorial, participação da sociedade civil nas decisões que afetam sua existência.
  • 16. Saúde “Saúde é a resultante das condições de alimentação, habitação, educação, renda, meio ambiente, trabalho, transporte, emprego, lazer, liberdade, acesso e posse da terra, e acesso a serviços de saúde. É assim, o resultado das formas de organização social da produção, as quais podem gerar grandes desigualdades nos níveis de vida” VIII Conferência Nacional de Saúde 1986
  • 18. é a ciência e a arte de evitar doença, prolongar a vida e promover a saúde física e mental, e a eficiência, através de esforços organizados da comunidade Saúde Pública
  • 19. • saneamento do meio • controle das infecções comunitárias • educação do indivíduo nos princípios da higiene pessoal • organização de serviços médicos e de enfermagem para o diagnóstico precoce e o tratamento da doença • desenvolvimento dos mecanismos sociais que assegurarão a cada pessoa na comunidade o padrão de vida adequado para a manutenção da saúde. Winslow, 1920
  • 20. Saúde Pública Arte e ciência de promover, proteger e restaurar a saúde dos indivíduos e obter um ambiente saudável, através de ações e serviços resultantes de esforços organizados e sistematizados da sociedade. (Ashton, Seymour,1990; Scutchlield,Keck,1977)
  • 21. “Saúde pública é o esforço organizado da sociedade, principalmente através de suas instituições de caráter público, para melhorar, promover, proteger e restaurar a saúde das populações por meio de atuações de alcance coletivo” (OPAS: Salud de las Americas 2002, p.47)
  • 23. • A saúde pública e a saúde coletiva são áreas interligadas, mas possuem enfoques e abrangências distintas. Aqui está uma explicação das duas:
  • 24. Saúde Pública x Saúde Coletiva Saúde Pública • Definição: Área da saúde que se concentra em ações e políticas governamentais para proteger e promover a saúde da população como um todo. Tem como objetivo prevenir doenças, prolongar a vida e melhorar a qualidade de vida através de intervenções organizadas. Saúde Coletiva • Definição: Campo interdisciplinar que envolve saúde, ciências sociais e humanas, epidemiologia, e políticas públicas, com o objetivo de entender e transformar os determinantes sociais e estruturais da saúde.
  • 25. Saúde Pública x Saúde Coletiva Saúde Pública • Foco: Serviços prestados à população como um todo, como vacinação, vigilância epidemiológica, controle de surtos e saneamento básico. Saúde Coletiva • Foco: A saúde como um fenômeno social, levando em conta fatores como desigualdades sociais, culturais e econômicas. Busca promover mudanças estruturais para alcançar equidade na saúde.
  • 26. Saúde Pública x Saúde Coletiva Saúde Pública • Origem: Historicamente, a saúde pública nasceu com a necessidade de combater epidemias e melhorar condições de higiene e saneamento. Saúde Coletiva • Origem: Surge como uma ampliação da saúde pública, na década de 1970, destacando o papel dos determinantes sociais..
  • 27. Saúde Pública x Saúde Coletiva Saúde Pública • Atuação: Governos e instituições públicas (ex.: SUS no Brasil), com ações preventivas e de regulação. Saúde Coletiva • Atuação: Pesquisas, formulação de políticas públicas e mobilização social para transformar as condições que afetam a saúde.
  • 28. Saúde Pública x Saúde Coletiva Saúde Pública • Exemplo: Campanhas de vacinação em massa, controle de doenças como dengue, HIV e gripe. Saúde Coletiva • Exemplo: Estudos sobre o impacto das condições de trabalho na saúde de trabalhadores, políticas para reduzir desigualdades no acesso à saúde.
  • 29. Diferença Principal Saúde Pública: Enfatiza a operacionalização de políticas e serviços. Saúde Coletiva: Enfatiza a análise crítica e transformação das condições sociais que influenciam a saúde. Ambas são fundamentais para garantir bem-estar, mas a saúde coletiva aprofunda o debate sobre os fatores sociais que condicionam a saúde pública.
  • 31. Objetivos da Saúde Pública • Assegurar bem estar coletivo • Elevar os níveis de saúde da população • Base para a reprodução e o desenvolvimento social
  • 32. Saúde Pública Responsável pela avaliação dos problemas de saúde da população e pela formulação e implementação de uma resposta para enfrentá-los
  • 33. Saúde Pública  como estabelecer Prioridades? o que é um Problema de Saúde Pública?
  • 34. PROBLEMA DE SAÚDE PÚBLICA • São problemas que, acometendo um certo número de indivíduos, e sendo passíveis de se tornarem objeto de ações individuais ou coletivas para sua prevenção e controle em termos populacionais, adquirem relevância tal que se justifica a intervenção do Estado, para atender demandas da sociedade, com a correspondente alocação de recursos públicos.
  • 35. PROBLEMA DE SAÚDE PÚBLICA • MAGNITUDE doenças com elevada frequência que afetam grandes contingentes populacionais, que se traduzem pela incidência, prevalência, mortalidade, anos potenciais de vida perdidos. constitui causa comum de morbidade e mortalidade
  • 36. PROBLEMA DE SAÚDE PÚBLICA • VULNERABILIDADE doenças e agravos para as quais existem instrumentos específicos de prevenção existem métodos eficazes de prevenção e controle os métodos não estão sendo adequadamente utilizados
  • 37. TRANSCEDÊNCIA conjunto de características apresentadas por doenças e agravos, de acordo com sua apresentação clínica e epidemiológica, das quais as mais importantes são: • severidade medida pelas taxas de letalidade, hospitalizações e sequelas; • relevância social que subjetivamente significa o valor que a sociedade imputa à ocorrência do evento através da estigmatização dos doentes, medo, indignação quando incide em determinadas classes sociais; • relevância econômica que podem afetar o desenvolvimento devido a restrições comerciais. Perdas de vidas, absenteísmo ao trabalho, custo de diagnóstico e tratamento, etc
  • 41.  Crise do sistema de saúde presente no nosso dia a dia;  Filas, falta de leitos hospitalares, escassez de recursos, insatisfação dos profissionais e população, baixos valores pagos pelo SUS para procedimentos médico-hospitalares, aumento na incidência e ressurgimento de doenças. PERGUNT A: Como analisar e compreender essa complexa realidade do setor saúde no país?
  • 42. Você sabe quando e como o Sistema Único de Saúde (SUS) surgiu, como era o acesso à saúde antes dele ou como era o País antes dos planos de saúde particulares? Atualmente, cerca de 75% dos 200 milhões de habitantes do Brasil são diretamente dependentes do sistema público de saúde.
  • 43. HISTÓRIA SAÚDE NO BRASIL PERÍODOS  Descobrimento ao Império (1500-1889)  República Velha (1889 – 1930)  “Era Vargas” (1930 – 1964)  Autoritarismo (1964 – 1984)  Nova República (1985 – 1988)  Pós-constituinte (1989...)
  • 46. Saúde no Brasil Colônia Antes da chegada dos navios europeus ao Brasil, o território era ocupado unicamente por povos indígenas que já tinham algumas enfermidades, mas a colonização portuguesa trouxe diversas outras comuns na Europa que não existiam por aqui. Isso causou um grande problema de saúde entre a população, já que os nativos não tinham imunidade para combater determinadas enfermidades; como consequência, milhares deles morreram.
  • 47. " " "Um país colonizado basicamente por degredados e aventureiros desde o descobrimento até a instalação do império, não dispunha de nenhum modelo de atenção à saúde da população, e nem mesmo o interesse, por parte do governo colonizador (Portugal), em criá-lo" Havia raros médicos diplomados A assistência à população era prestada por curandeiros "práticos", barbeiros, rezadeiras, boticários e jesuítas
  • 48. Praticamente inexistiu preocupação com a saúde pública da colônia até 1808 Houve grande escassez de médicos graduados No final do século XVI, a cidade do Rio de Janeiro tinha cerca de 1.000 moradores e nenhum médico formado No final do século XVIII, em todo o Brasil existiam 12 médicos formados Em 1800, o rei de Portugal determinou que quatro estudantes brasileiros fossem para Coimbra a fim de cursar medicina anualmente
  • 49. PERFIL EPIDEMIOLÓGICO Doenças pestilenciais CENÁRIO POLÍTICO E ECONÔMICO País agrário extrativista ORGANIZAÇÃO DA SAÚDE Não dispunha de nenhum modelo de atenção à saúde; Boticários; Curandeiros; Medicina liberal
  • 51. Saneamento da capital; Controle de navios, saúde de portos; Novas estradas;  CONTROLE SANITÁRIO MÍNIMO CHEGADA DA FAMÍLIA REAL PORTUGUESA - 1808
  • 52.  o Brasil começou a receber mais investimento em infraestrutura. Uma das primeiras medidas foi a criação dos cursos universitários de Medicina, Cirurgia e Química.  Profissionais começaram a se graduar no Brasil, substituindo médicos estrangeiros. A Escola de Cirurgia do Rio de Janeiro e o Colégio Médico-Cirúrgico no Real Hospital Militar de Salvador foram pioneiros no período. CHEGADA DA FAMÍLIA REAL PORTUGUESA - 1808
  • 53. Desde a época da colonização, as entidades religiosas foram determinantes para a implementação de tratamentos de saúde no território brasileiro. SANTAS CASAS DE MISERICÓRDIA Movimentos da Igreja Católica, da Igreja Protestante, da Igreja Evangélica e da Comunidade Espírita, entre outras, têm 2,1 mil estabelecimentos de saúde espalhados por todo o Brasil.
  • 54. Santas Casas de Misericórdia Durante décadas, as Santas Casas de Misericórdia foram a única opção para pessoas que não tinham condições financeiras de pagar por médicos particulares, fundadas por religiosos e mantidas por meio de caridade e filantropia.
  • 55. Saúde pública após a Independência do Brasil (1822)
  • 56. Em 1822, D. Pedro II declarou a independência do Brasil. Como imperador, ele transformou escolas em faculdades, fundou órgãos para fiscalizar a higiene pública e, especialmente na capital da época, Rio de Janeiro, promoveu diversas mudanças para higienizar o centro urbano. Durante esse período, a vacina contra a varíola foi instaurada para todas as crianças, houve a criação do Instituto Vacínico do Império e medidas foram tomadas para controlar a disseminação da tuberculose, da febre amarela e da malária.
  • 58. Perfil Epidemiológico • Febre amarela, varíola, tuberculose, sífilis • Endemias rurais Cenário Político e Econômico • Instalação do capitalismo no Brasil - excedente econômico - primeiras indústrias - investimento estrangeiro • Precárias condições de trabalho e de vida das populações urbanas - surgimento de movimentos operários que resultaram em embriões de legislação trabalhista e previdenciária REPÚBLICA VELHA (1889 – 1930)
  • 59. Após a abolição da escravatura, em 1888, e a instauração da República do Brasil, em 1989, o País continuava sofrendo com epidemias e falta de saneamento básico. Sanitaristas nacionais, com destaque para Oswaldo Cruz, começaram a buscar soluções para melhorar esse cenário.
  • 61. Para impedir que essas doenças se espalhassem, o governo destruiu casas, desalojou pessoas e tornou a vacinação obrigatória, o que ocasionou uma revolta em 1904. Carlos Chagas sucedeu Oswaldo Cruz e conseguiu avançar com menos oposição popular.
  • 63. Interesses do modelo AGRÁRIO- EXPORTADOR → intervenção do Estado → organização do serviço de saúde pública e campanhas sanitárias Os serviços definidos pela necessidade econômica LEI ELOY CHAVES (1923) • Organização das CAP's (Caixas de Aposentadorias e Pensões) • 1923-CAP dos Ferroviários • 1926-Portuários e Marítimos • Marco inicial da Previdência Social no Brasil
  • 64. CARACTERÍSTICAS DAS CAP’S • Por instituição ou empresa; • Financiamento e gestão: Trabalhador e Empregador; • Aposentadoria, pensão e assistência médica Dicotomia da saúde no Brasil • Saúde Pública: prevenção e controle das doenças - coletiva • Previdência Social: medicina individual (assistência) - exclusiva
  • 65. Saúde pública no governo Getúlio Vargas (1930-1945) No período getulista, a saúde pública brasileira foi centralizada com a criação do Ministério da Educação e Saúde. A Constituição de 1934 trouxe avanços, como assistência médica e licença-maternidade para trabalhadores, e iniciativas foram realizadas para combater epidemias e endemias. Criação do Ministério da Saúde e Conferências Nacionais O Ministério da Saúde foi fundado em 1953 para desenvolver políticas públicas e ampliar o acesso à saúde, especialmente nas áreas rurais. Nas primeiras conferências nacionais discutiram a criação de um sistema universal de saúde.
  • 66. Nos anos 1970, a saúde recebeu apenas 1% do orçamento federal, agravando problemas como dengue, meningite e malária. Para melhorar o atendimento, foi criado o Instituto Nacional de Previdência Social (INPS), que unificou órgãos previdenciários. Conselhos como o Conasp, Conass e Conasems foram desenvolvidos e mais tarde desenvolvidos para a criação do SUS. Saúde durante a ditadura militar 1964-1985
  • 67. Perfil Epidemiológico • Queda da mortalidade infantil e doenças imunopreveníveis; • Manutenção das doenças da modernidade (aumento das causas externas); • Crescimento da AIDS; • Epidemias de dengue (vários municípios e inclusive capitais) Política • Interrupção da recessão econômica doinício da déc. 80 e a conquista da democracia • Saúde na agenda política • Resgate da “dívida social” acumulada no período autoritário NOVA REPÚBLICA (1985 – 1988)
  • 68. SAÚDE COLETIVA - Década de 1970 Saúde Pública e Saúde Coletiva têm significados equivalentes? • Saúde Pública: campo de conhecimento interdisciplinar - disciplinas básicas: epidemiologia, gestão em saúde e ciências sociais em saúde • Saúde Coletiva: "um espaço de crítica permanente à Saúde Pública" de tendência crítico-socialista, com redefinição das práticas de saúde; não se limita ao Sanitarismo
  • 69. Constituição de 1988 e criação do SUS Com a redemocratização do Brasil e a criação da Constituição de 1988, a saúde passou a ser um direito de todos e um dever do Estado, criando uma base para o sistema público que temos atualmente.
  • 70. Constituição de 1988 e criação do SUS A Lei Federal n. 8.080, de 1990, regulamenta o Sistema Único de Saúde com o objetivo de identificar e divulgar os condicionantes e determinantes da saúde, formular a política de saúde para promover os campos econômico e social e fazer ações de saúde de promoção, proteção e recuperação, integrando ações assistenciais e preventivas.
  • 72. Panorama atual da saúde pública no Brasil • O Sistema Único de Saúde é uma grande conquista para a população brasileira e se tornou um modelo para outros países. Entretanto, a falta de investimento financeiro e o mau gerenciamento resultam em diversos desafios, como a falta de médicos e leitos nos hospitais e a grande espera para atendimento. • No que diz respeito aos inimigos da saúde dos brasileiros, os principais atualmente são hipertensão, diabetes e obesidade.