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SÉRIE
Comunicação
e Uso de Mídias
ERA UMA VEZ UMA CIDADE
QUE POSSUÍA UMA
COMUNIDADE,
QUE POSSUÍA UMA
ESCOLA.
MAS OS MUROS
DESSA ESCOLA
ERAM FECHADOS
A ESSA COMUNIDADE.
DE REPENTE,
CAÍRAM-SE OS MUROS
E NÃO SE SABIA MAIS ONDE
TERMINAVA A ESCOLA,
ONDE COMEÇAVA
A COMUNIDADE.
E A CIDADE PASSOU
A SER UMA
GRANDE AVENTURA DO
CONHECIMENTO.
Texto extraído do DVD "O Direito de Aprender", uma realização da
Associação Cidade Escola Aprendiz, em parceria com a UNICEF.
Comunicação
e Uso de Mídias
SÉRIE
CADERNOS PEDAGÓGICOS9
Comunicação e uso de midias
1
2
3
5
4
6
A Série Mais Educação 05
07
10
16
24
30
Apresentação do Caderno
Sociedade da Informação
A Comunicação e Uso de Mídias no Programa Mais Educação
Projeto Pedagógico das Mídias Escolares
Mídias Escolares
Rádio Escolar
7 37
8
9
10
13
12
11
Histórias em Quadrinhos
Fotografia
Vídeo
Interface das Mídias Escolares com os outros cadernos do Programa Mais Educação
Experiências de Produção de Mídias Escolares no Brasil
Referências
43
48
63
56
64
62
Comunicação e uso de midias
051A Série Mais Educação
P 
ensar na elaboração de uma proposta de Educação Integral como política pública
impregnado das práticas disciplinares da modernidade. O processo educativo, que se
dinamiza na vida social contemporânea, não pode continuar sustentando a certeza de
do conhecimento universal. Também não é mais possível acreditar que o sucesso da educação
está em uma proposta curricular homogênea e descontextualizada da vida do estudante.
Romper esses limites político-pedagógicos que enclausuram o processo educacional na
partir dele que será possível promover a ampliação das experiências educadoras sintonizadas
sua responsabilidade pela educação, sem perder seu papel de protagonista, porque sua ação é
Série Mais Educação
Texto Referência para o Debate Nacional, Rede de Saberes: pressupostos
para projetos pedagógicos de Educação Integral e Gestão Intersetorial no Território, apresenta os
Cadernos Pedagógicos do Programa Mais Educação pensados e elaborados para contribuir
perspectiva da Educação Integral.
A educação, direito de todos e dever do Estado e da família,
será promovida e incentivada com a colaboração da socie-
dade, visando ao pleno desenvolvimento da pessoa, seu
para o trabalho”. (Art. 205, CF)
06
Educação Econômica.
Em cada um dos cadernos apresentados, sugere-se caminhos para a elaboração de propostas
pedagógicas a partir do diálogo entre os saberes acadêmicos e os saberes da comunidade. A
e a organização escolar visualizando a cidade e a comunidade como locais potencialmente
educadores.
devem ser entendidas como uma apresentação de modelos prontos para serem colocados em
pública brasileira!
072Apresentação do Caderno
A 
proposta de educação integral do Programa Mais Educação
no contexto da educação do país.
do Programa Mais Educação.
O Brasil caminhou,nas últimas décadas,para o acesso quase universal de crianças,adolescentes
As altas taxas de evasão apontam para um distanciamento do papel que a instituição escolar
todos – e exercer seu papel emancipatório central – exige da educação uma integralidade de
proposta e uma capilaridade na realidade social e particular de cada estudante.
Programa Mais Educação
completa possível do ser humano, considerando as particularidades das questões sociais do
visão tradicional conteudista da educação e do espaço escolar, tais como o desenvolvimento de
da saúde pública.
Programa Mais Educação propõe repensar a estrutura seriada
e compartimentada da escola. As atividades propostas nos cadernos do Mais Educação devem
curricular na escola, um debate antigo na sociedade brasileira.
08
acompanhar as demandas sociais de cada estudante, o Programa Mais Educação propõe também
A comunidade, assim, ganha vital importância. A territorializacão da escola – ampliando seus
de seus livros, torna a proposta da educação potencialmente conectada com demandas reais e
cotidianas do público ao qual a escola serve. A escola passa, assim, a ser parte da comunidade
COMUNICAÇÃO: CRISE E OPORTUNIDADE
A proposta do Programa Mais Educação abre, portanto, caminho e dá diretrizes para a questão
propostas de atividades de educação integral, quais elementos podem garantir o vínculo do
exemplo, deixou de ser adquirida, desde o advento do rádio, somente pelos livros ou com o
nos deixar longe da compreensão de tudo que chega até nós.
esse cenário. O surgimento da rede mundial de computadores, não só aumentou a quantidade
Ora, se a escola tem no âmago da sua existência a construção da autonomia dos educandos,
09tem uma excelente oportunidade de aproximar-se da realidade de seus educandos, ganhar
O que este caderno propõe é uma nova relação entre educação, educandos e meios de
comunicação, que promove o acesso aos veículos de comunicação, estimula a leitura crítica
DIREITO À COMUNICAÇÃO
A produção de mídias escolares é uma proposta pedagógica situada no campo do Direito
contextualização.
opiniões, pensamentos e ideias.
em uma época em que estes eram os únicos que existiam, mas, por extensão, se aplicam à prática
de qualquer meio de comunicação.
intitulado Um Mundo e MuitasVozes
geopolíticos e econômicos com os quais estão associados.
o comentário vale tanto para indivíduos, como para grupos, setores sociais e países, cada um no
igualitária, contrapondo-se à situação de concentração e controle que se constata universalmente.
e Liberdade de Expressão, é, raramente, mencionada nos meios de comunicação.
10 público. Nesse sentido, a escola que produz mídias, vincula-se à rica história da comunicação
popular na América Latina.
por ditaduras militares, um intenso processo de valorização da palavra dos setores populares,
sociedade contemporânea. De maneira cada vez mais abrangente, o mundo vive um processo
representações sociais. Esse processo, que a internet tornou ainda mais complexo, questiona o
papel e mesmo o sentido da escola na contemporaneidade.
A segunda parte do caderno, “A Educomunicação no Programa Mais Educação”, apresenta a
educomunicação, uma proposta interdisciplinar que articula dois campos de saberes – educação
prática para cada uma das mídias propostas pelo Programa Mais Educação
3 Sociedade da Informação
A partir desse momento, a comunicação à distância e através do tempo – o registro
da humanidade.
dispositivo que permitiu a divulgação massiva de conteúdos, até então, prisioneiros da cópia
manuscrita. A circulação de impressos está associada ao desenvolvimento prodigioso da ciência
e à decadência do absolutismo político e religioso, pois permitiu socializar conhecimentos e
11
exponencialmente,as possibilidades de comunicação,notadamente,através da interconexão das
avançado vários passos.
pessimistas – podemos tomar como ponto de partida de nosso raciocínio a constatação de que
Aporçãodominantedosmeiosdecomunicaçãoestáconstituídaporempresasqueatuamdentro
das regras do mercado capitalista, com suas premissas de realização de lucro e concorrência. É um
setor oligopólico , dominado por grupos multimídia, tanto em escala mundial como nacional e
expansionista, pois está movimentado por uma lógica interna que, por um lado, empurra as
empresas ao crescimento – condição de ampliação do lucro e, mesmo de sobrevivência, em um
e serviços . O desenvolvimento constante e combinado desses dois aspectos – o consumo e as
empresas que o atendem – é uma das características principais do sistema.
É essa lógica expansionista que movimenta, também, os meios de comunicação de massa. Eles
buscam, em todos os nichos da cultura, a matéria-prima para atender a gigantesca demanda de
programação gerada por seu crescimento continuado. Realizam, assim, um incessante trabalho
de apropriação e reelaboração da cultura, através da seleção dos assuntos tratados nas suas
negociação com os interesses de patrocinadores e anunciantes. A midiação da cultura moderna
.
Os meios de comunicação são, por outro lado, o canal utilizado pelas empresas para promover
suas marcas e produtos, através da publicidade. O poder persuasivo da publicidade, integrado
a estratégias de marketing
pareciam necessários, antes do impacto midiático, criar em nós a vontade de possuí-los. A
participação dos meios de comunicação na promoção do consumismo não se limita, porém,
ao intervalo comercial ou ao merchandising
Ela é sistêmica, pois uma empresa de comunicação, que atua no mercado e tira dele seu lucro,
não poderia, senão, exteriorizar no seu comportamento a integração a essa lógica. Daí, que
constituem um conteúdo transversal permanente dos meios de comunicação de massa.
1 Oligopólio é um tipo de mercado dominado por um reduzido número de empresas.
3 A midiação da cultura é um processo que iniciou com a invenção da imprensa e se desenvolveu com a constituição da comunicação como um mercado, consolidando-se com o
surgimento dos meios de comunicação eletrônicos. THOMPSON, John B. Ideologia e cultura moderna, Petrópolis, Rio de Janeiro: Vozes, 1995.
12 A tendência da hora atual é a promoção do consumismo nas crianças e adolescentes, que são
sedução,para provocar demandas de consumo nesse público,são utilizadas de maneira intensiva.
.
pesquisadores norte-americanos analisaram a cobertura dada pela mídia desse país às
.
comerciais, integradas a outros ramos da economia, isso cria um determinado “olhar” da
sistematicamente, valorizados pela imprensa.
valores e comportamentos, que sustentam o mercado capitalista e a cristalização do poder, que
ele provoca, como uma realidade natural, e não como uma construção humana resultante de
determinadas opções que podem ser, eventualmente, questionadas. A busca de alternativas e as
imaginário coletivo, a aparente naturalidade da situação posta.
práxis comunicativa e resulta dos modos e usos coletivos da comunicação”
Alana, São Paulo, 2006 (www.institutoalana.org.br).
5 HERMAN, Edward S.; CHOMSKY, Noam. A manipulação do público. São Paulo: Futura, 2003.
6 MARTIN-BARBERO, Jesus. Dos meios às mediações. Rio de Janeiro: Editora UFRJ, 2008, prefácio a 5 ed. espanhola, p. 17.
7 MARTIN-BARBERO, Jesus, op. cit. p. 19.
13estruturado onde acontece a apropriação cotidiana dos produtos de comunicação de massa .
de “desvio” inócuo do ponto de vista da hegemonia. Há, por exemplo, milhares de exemplos de
não cabe dúvida de que a publicidade é o suporte mediático do consumismo.
consensos hegemônicos, passando, inclusive, por cima das mediações.
Interessa,antes de concluir este ponto,registrar que as mediações são dinâmicas,pois mudam
institucional, como veremos mais adiante.
INTERNET, UM CAMPO DE POSSIBILIDADES E DISPUTAS
grupos reduzidos de pessoas produzem os conteúdos que a maioria tem acesso, no marco de um
sistema empresarial direcionado para o lucro.
YouTube é apenas o mais conhecido, as opções são
Orkut, Facebook Twitter
em quase todos os países do mundo – o acesso livre à internet passou a ser um medidor de
software
livre colocou a andar, pela primeira vez, em escala planetária, um modelo de relacionamento,
ao mesmo tempo social, econômico e ideológico que ultrapassa a lógica do mercado. É inegável,
portanto, que a internet rompe com a comunicação vertical e mercantilizada, sendo, desse
ponto de vista, revolucionária. Nunca, antes, houve tantas possibilidades reais de democratizar
a comunicação.
internet evidencia-se na disputa que travam para controlar a troca de arquivos entre usuários,
sucesso, seus conteúdos, permitindo-se, inclusive, abrir espaços de participação subordinada
aos leitores e ouvintes, que são convidados a participar, para alimentar uma lógica comunicativa
8 THOMPSON, J. B., op. cit.
14 marketing, por sua
banners ou hyperlinks, até a promoção de comunidades de seguidores de
determinados produtos, passando pela produção de vídeos publicitários ousados que as pessoas,
achando-os engraçados ou transgressores, enviam umas às outras. No Brasil, por exemplo, em
rádio , que não demorará em ser ultrapassada.
possibilidadesdacomunicaçãoindependenteehorizontal,tambéméverdadequeavelhacomunicação,
DESAFIOS PARA A ESCOLA
, que a
participava da vida social, integrando-se ao mundo do trabalho e à convivência social plena.
A ideia de se dar atenção e carinho especial à criança, para além desses anos iniciais, é
concomitante com o desenvolvimento das escolas, que substituem a aprendizagem no trabalho,
das crianças do mundo adulto é presidida pela disseminação da ideia do cuidado, dentro de
conhecimentos aos quais as crianças tinham acesso.
ocultar-lhes durante séculos.”
que representam o passado.
raízes – se constroem e reconstroem permanentemente.
9 Almanaque IBOPE, www.almanaqueibope.com.br.
10 ÁRIES, Philippe. História social da criança e da família
11 MEYROWITZ, Joshua. No Sense of Place, University of New Hamsphire, 1992, apud MARTIN-BARBERO. Jóvenes: comunicación e identidad. Revista Digital de
Cultura de La OEI, nº. 0, fev./2002.www.oei.es/pensariberoamerica/ric00a00.htm
12 MEAD, Margaret. Cultura y compromiso
15“a escola deixou de ser o único lugar de legitimação do saber, pois existe uma multiplicidade
de saberes que circulam por outros canais e não pedem autorização à escola para se expandir
socialmente.”
POTENCIAL PEDAGÓGICO DA CRÍTICA
acontece, concomitantemente, com o surgimento de outra instituição educativa “de adultos”
próprio desenvolvimento de sua lógica interna.
Decorre disso que, para a escola recuperar o seu papel, deveria, em primeiro lugar, lutar por
mundo da comunicação-mercado. Essa crítica gera a possibilidade de se criar uma cumplicidade
existencial íntima, do pensamento e do conhecimento, e não como uma proposta condicionada,
subliminarmente, pela lógica mercantil.
A recuperação do papel da escola está relacionada à capacidade que tiver de converter-se
num espaço privilegiado para garantir às novas gerações os conhecimentos e as habilidades
indispensáveis, para que se comuniquem com autonomia e autenticidade. A partir de uma
e as maneiras de se comunicar adotadas e privilegiadas pela escola.
comunicação, na perspectiva de recriar a cumplicidade da escola com o seu público.
13 MARTIN-BARBERO, Jesus, op cit.
16
4 A Comunicação e Uso de Mídias no
Programa Mais Educação
O  Comunicação e o Uso de Mídias na escola com um termo, a
mantêm os tradicionais campos do saber isolados e incomunicáveis.
Historicamente,algumas linhas de estudo dentro do uso de mídias na escola têm se destacado.
sobre a sociedade midiática, mediante o exercício do uso de seus recursos, sempre numa
perspectiva participativa e integradora dos interesses da vida na comunidade. Registra, desta
– Área da “mediação tecnológica na educação” (information literacy): área relativa à
sociais e comportamentais das mídias tradicionais e, também, das novas mídias, bem como a
a serviço apenas dos docentes.
– Área da “educação para a comunicação” (media literacy): também conhecida como educação
relação entre elementos do processo de comunicação (relação entre os produtores, o processo
o entendimento de como se processa a comunicação, detectando os compromissos que o sistema
a comunicação é a própria produção midiática grupal e coletiva na escola e a sua autoanálise.
–Áreadaexpressãocomunicativaatravésdaproduçãoestética:épelaarte,emsuasinúmeras
despertem neles a vocação para o exercício da comunicação humana, tirando-os do isolamento
e lançando-os no diálogo com seus semelhantes em torno do belo e do construtivo.
17–Área da gestão comunicativa:
de políticas de comunicação educativa.As práticas da gestão comunicativa buscam convergências
humanas, como a ampliação dos espaços de expressão. No caso, pela gestão comunicativa, busca-
mediação
tecnológica na educação,educação para a comunicação e expressão comunicativa através da produção
estética
casos, os membros da comunidade do entorno.
Comunicação e Uso de Mídias,
marketing de grandes empresas de
comunicação ou de tecnologia, que envolvem o trabalho de comunicação meramente como
por crianças, ou, em outros casos, a produção de conteúdo de acordo com linhas editoriais pré-
ou na cooptação de um novo público-alvo consumidor de determinada publicação. Trata-se de
marketing que não agrega nada de educativo.
Nas últimas décadas, a comunicação e o uso de mídias na escola vêm se tornando importante
submetidos durante horas do seu dia.
Estudantes podem utilizar-se da Rádio de uma escola como voz de seus anseios e prática de
antenada
No Brasil, historicamente, as práticas educomunicativas estão vinculadas às propostas de
e metodológicos comuns.
no desenvolvimento das práticas da comunicação e uso de mídias na escola. O conhecimento
empírico e tácito produzido por elas têm servido de material, para que a academia sistematize
CARACTERÍSTICAS E DESAFIOS DA COMUNICAÇÃO E USO DE MÍDIAS
Mais Educação.
Este caderno possibilita que cada uma das linguagens utilizadas nessas mídias abra um espaço
um valor na comunicação. O vídeo possibilita a desconstrução e a recriação da linguagem da
televisão, tão presente na vida dos estudantes. O rádio exercita a linguagem oral e a capacidade
de comunicação – mas tem valor, por si só, como uma expressão dos educandos.
Além disso, esses produtos têm potencial de se tornarem parte de um sistema de comunicação
características de uma escola que tenha importância na vida de seus estudantes e da comunidade.
INTERDISCIPLINARIDADE E SABERES POPULARES
e tornar o conhecimento integrado a uma realidade. Em termos de políticas públicas, o modelo
18
dos exames nacionais, que, ainda, estão presos aos conteúdos e não às habilidades ou outras
queremos ou não recebê-la.
Mais
Educação,pormeiodaComunicaçãoeUsodeMídias
Comunicação e Uso de Mídias
aplicação de múltiplos saberes acadêmicos na sua elaboração. A produção em comunicação é
autonomia dos estudantes e que deve envolver as mais diversas disciplinas. O trabalho em grupo,
ao conteúdo escolar.
são temas importantes, para serem trazidos para debate e podem acabar tornando-se assunto dos
veículos trabalhados.
Os saberes comunitários e estudantis têm, também, espaço nessa construção. As redes que
potencial da comunidade torna-se visível e ativo no conteúdo proposto e discutido.
torne-se articuladora de uma comunidade de aprendizagem, isto é “uma comunidade humana
Programa Mais Educação
LEITURA E ESCRITA: O PAPEL SOCIAL
O Programa Mais Educação
autêntico e inovador nos programas de Comunicação e Uso de Mídias. É preciso antes de qualquer
19
é, atualmente, o prisma sobre o qual uma cultura global dominante impõe-se sobre culturas
identidade e sua visão de mundo. Trata-se de desconstruir o conceito de uma cultura única e
imutável,passado pela mídia e começar a comunicar a cultura própria e viva daquela comunidade.
fanzines, rádios, vídeos ou quadrinhos, o estudante é
discussão e pautem debates sobre soluções e problemas comunitários ou relativos às questões da
Torna-se aconselhável, portanto, que outros cadernos do Programa Mais Educação
cadernos Direitos Humanos e Promoção da Saúde respectivamente.
Os educandos tendem a perceber que é, a partir da mudança e leitura de mundo locais, que são
e autêntico tipo de comunicação.
VOZ DOS ESTUDANTES
estimulados pela produção coletiva de comunicação. Trata-se de um tempo e espaço raros onde
anseios.Ele busca sua pauta,pesquisa,escreve,analisa e opina com o suporte do ambiente escolar,
mas não subordinado a ele.
A voz dos estudantes, comunicação autêntica explícita nos produtos desenvolvidos, deve
veículo de comunicação, com regras, condução, pauta e reportagens organizadas por eles
20
educandos e gestores. A importância prática desse processo é a de que o trabalho em grupo entre
alunos, e também a relação entre educador e educando, ganharão novos papéis.
de construção dessas relações.
Trata-se de uma desconstrução das relações de poder e da criação de novos espaços dialógicos
educador e educando desenvolverão novos processos de ensino aprendizagem, distintos da
conectadas ao trabalho com computadores e acesso à internet, além de outros aparatos. Lidam
Numtrabalhointergeracionalcomoeste,entreeducadoreeducando,há,notadamente,relações
information literacy
A troca de conhecimento entre atores do processo educativo, de diversas idades, principalmente,
no que tange ao aspecto tecnológico, pode resultar em uma enriquecedora experiência mútua,
ou pelos meios de comunicação. Essa é outra característica desse novo espaço dialógico surgido
comportamento de seus pares. Isso acontece, segundo ela, especialmente, após o advento da
Trata-se de uma oportunidade democrática e salutar, para que essa transmissão de
21
pelas práticas do Mais Educação é a construção de uma gestão democrática na escola, uma gestão,
com a voz dos estudantes, circulando em um ambiente onde “as outras comunicações” (podemos
escolar, muitas vezes positivo.
blog sobe na internet,essas
diretamente, na vida daquele locus.
gestão mais próxima da comunidade, melhoraram a qualidade da educação e o desempenho
reconhecida por especialistas como uma boa prática na melhoria da gestão e qualidade escolares.
locus
sociais em que a democracia e os direitos humanos devem ser resguardados pelo Estado e pela
Mais Educação.
moradores e, assim, estreitar seus laços com a escola. Esse envolvimento vem se mostrando cada
vez mais importante para uma educação de qualidade.
22
EXPRESSÃO: UMA QUESTÃO DE DIREITO
A proposta da integralidade de educação em tempo e espaço, base da elaboração do Mais
Educação
escolar, perante os riscos sociais, sem cair na armadilha das atividades assistencialistas. Ela
locus escolar
é um espaço que deve promover essas características.
ecossistemas comunicativos. A construção de autonomia e estímulo ao protagonismo desses
estudantes nesses novos espaços constitui um sistema de garantia de direitos.
No campo político, os direitos necessitam, necessariamente, de instrumentos para serem
concretude desde sua origem em leis e cartas de princípios. Inicialmente, a Educomunicação
pessoas devem ter voz e com ela se expressar livremente. O acesso aos veículos de comunicação,
construção da autonomia perante os veículos existentes e dominantes.
independente.
rádio dos estudantes, ou mesmo os assuntos de sexualidade e saúde pública trabalhados em um
Discutir Direitos Humanos, durante o processo de produção dessas pautas, é uma maneira de
da garantia e, ao mesmo tempo, estão assegurados por eles.
Direitos Humanos.
23
A 
s mídias escolares são uma tradição educativa nascida durante essa revolução
que construíram essa nova perspectiva constataram que a aprendizagem é um
o inverso. Trata-se de uma revolução copernicana, pois inverte a proposição que sustentava a
que aparecem nas escolas as quais aderem a esse movimento, desde o início do século XX,
impressos escolares.
Na primeira perspectiva, que chamaremos de Mídias da Escola
comunicação para dar conta dessa exigência. A divulgação das produções de alunos em este tipo
As Mídias Estudantis
produzidas autonomamente pelos estudantes, como o seu nome indica, através das múltiplas
5 Projeto Pedagógico das Mídias Escolares24
As Mídias Escolares
Programa Mais Educação, dentro da qual, construímos os
aconselhamentos que seguem.
QUESTÕES CRUCIAIS PARA O PROJETO PEDAGÓGICO
Daremos, a seguir, algumas indicações universais – isto é, aplicáveis a qualquer mídia escolar
escolher os conteúdos, como aprimorar os conteúdos e como selecionar os conteúdos.
A. Como escolher os conteúdos
Programa
Mais Educação.
O potencial renovador da produção de mídia na escola desapareceria por completo se os
sobre o qual irá trabalhar e o aluno tem de se adaptar a uma diretriz que não necessariamente
participação dos alunos.
– Conteúdo livre
–
alunos livres para escolher o tema sobre o qual opinar,quem retratar,o tema do documentário,etc.
– Conteúdo livre dentro de áreas temáticas
–
25
conteúdo livres, determinada parte terá orientação temática ou de gênero textual. Na sequência
de produção, ao longo do ano, com qualquer mídia, o monitor pode também alterar várias das
diversas possibilidades indicadas.
O respeito à liberdade de expressão dos alunos pode criar situações delicadas, quando eles focam
do respeito à liberdade de expressão dos alunos, condicionada a algumas normas básicas, como a
a liberdade de expressão pode ser entendida como direito a difamar, caluniar ou invadir a privacidade
de outras pessoas.
B. Como aprimorar os conteúdos
A revisão e correção da produção do aluno são cruciais em dois aspectos.
– Não existe progressão, se a pessoa não trabalha para ampliar seus limites, revisando e
.
– A escola não pode divulgar produções que tornem públicas as vulnerabilidades dos alunos,
expondo-os a piadinhas e mesmo reprimendas.Isso seria um contrassenso no plano moral–expor
Assim, recomenda-se que o educador organize sequências didáticas, que permitam ao aluno
casos a participação dos pares é um valor agregado – ou em exercícios individuais com o monitor
aconteça a aprendizagem.
É nesse trabalho de revisão que os conceitos vão sendo apropriados pelo aluno. O interesse
vinculado à vida, ao aqui-e-agora do aluno.
26
É durante esse processo de revisões sucessivas, que se consolida a ideia da autoria e da
contribuição em uma produção coletiva.
de expressão do aluno. Não se trata de inventar uma capacidade de produção inexistente. O
capacidade expressiva do aluno, mas os erros não devem passar despercebidos.
pouco!
C. Como selecionar os conteúdos
escolar, ainda mais em programas como o Programa Mais Educação, onde há um grande número
que têm como base o uso e a circulação social das produções –, é preciso selecionar o que será
aproveitado pela mídia escolar, o que é um ato bastante delicado.
cooperativa, ao contrário, abre um novo campo.
Nesta segunda via, de início, o educador deve esclarecer ao aluno sobre o problema
– as produções escolhidas passarão por processo de aprimoramento, em que todos os alunos
– o educador pode ter direito a uma quota de indicações,para garantir a divulgação de produções
27
autoestima, porque está passando por um momento difícil na sua vida).
COOPERAÇÃO É SOLUÇÃO
recomendação é realizar produções cooperativas.
A cooperação pode ser mais ou menos completa. Na Produção Coletiva, todos os alunos
O recurso da produção cooperativa só é válido se o monitor tiver condições de evitar a
Divisão de Tarefas.
um. Ele pode, na sucessão de produções, durante o ano, estabelecer um rodízio na distribuição de
responsabilidade.
Autoria
história de aprendizagem do aluno. Para que isso possa acontecer, as produções devem ser assinadas
com o nome, idade e ano que está cursando. Desse modo, estará também ensinando ao aluno algo im-
portante do mundo da comunicação: a responsabilidade com o que se escreve e se diz.
28
PRODUTO E PROCESSO
Nas perspectivas instrumentalistas ou autoritárias, o comando passa por um determinado
capacidade de produção do aluno.
O imperativo pedagógico de considerar o processo de produção da mídia escolar, como mais
desconhecer o papel do educador como companheiro do aluno na exploração do conhecimento.
pública – pode ter na vida das crianças e dos adolescentes, como estímulo para a aprendizagem.
deve ter a pretensão de imitar as mídias comercias. Não pode, porque as condições de produção
e de aprendizagem que promove a criticidade dos alunos, respeita a expressão livre e assume as
limitações resultantes do momento de aprendizagem de cada um (abordagens inexistentes nas
” . Essa percepção
é determinante na recepção da mídia escolar.
29
6 Mídias Escolares
30
16 FREINET, Célestin, op cit, p. 37.
N Comunicação e Uso de Mídias são apresentadas, do ponto de vista prático, como
atividades dos outros temas do Programa Mais Educação.
JORNAL ESCOLAR
Conteúdos do jornal escolar
os conteúdos trabalhados em sala de aula e nas outras atividades do Mais Educação
espaço para a publicação de produções do “turno” e colaborações espontâneas de outros alunos.
. Tudo
que nasce da concepção pedagógica que preside à preparação e à escolha
dos textos do material empregado. Como um e outro são originais e, portanto,
estamos habituados, como são, por assim dizer, uma criação total, é natural que
normas e as suas leis, que tem, é certo, as suas imperfeições, mas que apresenta
também a vantagem histórica de abrir uma nova via de conhecimento da
criança e da prática pedagógica de que o futuro mostrará a fecundidade.” 16
a todas as vozes que existem na escola é uma grande contribuição para a criação de um ambiente
– um ecossistema comunicativo, diz a teoria da educomunicação – propício para o diálogo e o
A elaboração de conteúdos, a partir da realidade de vida dos alunos, por sua vez, traz à tona a
do ponto de vista dos conteúdos, escolhidos com a intencionalidade política de empoderar a
comunidade a que a escola pertence.
Gestão pedagógica
Mais Educação pode optar por
Na ordem em que é apresentada, cada uma dessas opções supõe um grau crescente de
para os educadores com menos experiência.
Etapas na organização do jornal
Mais Educação
Momentos na produção de um número do jornal
31
Avaliação do processo e do produto.
A problematização pedagógica relativa às diversas questões implícitas, nos roteiros acima,
Projeto Pedagógico das Mídias Escolares.
1. O jornal só acolhe produções dos alunos do Mais Educação?
Mais Educação,
acolhendo produções espontâneas, realizadas por grupos organizados (Grêmio Estudantil, Grupo
realizado, dentro do Programa Mais Educação
de um valor agregado muito importante.
2. A direção e os professores terão um espaço no jornal?
visão institucional da mídia sobrepõe-se à visão propriamente educativa. É, talvez, o maior risco
/ (um
Notícias Escolares, ou similar.
3. Qual é a periodicidade do jornal?
serão publicadas, ilustração, pré- diagramação, diagramação eletrônica, impressão, distribuição
32
4. Quantas páginas são necessárias?
pelo menos, um texto de cada aluno do Mais
Educação
considerados como tamanho médio – alguns
necessárias, para que todos os alunos do Mais
Educação publiquem pelo menos um texto a
cada duas edições.
Alunos
Páginas necessárias, para
que todos publiquem a
cada duas edições
Arredondando para múltiplo
de 2 – impressão em folhas A4
Arredondando para múltiplo
de 4 – impressão em folhas
A3 (*)
80 4,5 4 ou 6 4 ou 8
120 7 8 8
160 9,5 10 12
200 12 12 12
240 14 14 16
280 16,6 16 ou 18 16 ou 20
320 19 20 20
(*) Uma folha A3, dobrada ao meio, forma uma brochura com duas folhas (= 4 páginas) A4. Por isso, quem
imprime com folhas A4 utiliza múltiplos de dois.
Observações:
impõe-se, para reduzir o número de textos a publicar.
33
5. Qual a tiragem do jornal?
está nos recursos para a impressão e a capacidade de distribuição.
colocados, para retirada, em locais estratégicos da comunidade – cabeleireira, comércios, postos
de saúde.
6. Qual a qualidade de impressão necessária?
preto e branco dá conta do recado – nesse caso, existe mesmo a possibilidade de se imprimir em
7. Preparando o Projeto Editorial
Tiragem:
Impressão – colorida ou preto e branco (1).
Periodicidade:
Quantidade de páginas para os textos produzidos pelos alunos do Mais Educação
Quantidade de páginas para outros textos produzidos pelos alunos do Mais
Educação
Quantidade de páginas para as produções dos outros alunos da escola
Espaço para a direção, Conselho Escolar, professores.
Total de páginas
Total de páginas arredondadas para múltiplos de 2 ou de 4 (impressões em folha
A4 ou A3 respectivamente).
34
8. Impressão do jornal
Diagramação do jornal
A diagramação consiste no ordenamento dos textos e desenhos, no uso de recursos, como
quadros, marcas d’água e retículas, na determinação do tipo e tamanho de letras utilizadas e do
repassados a uma equipe mais reduzida ou até a uma única pessoa, que realiza a diagramação.
Times New Roman,
Descontar o espaço ocupado por outros elementos, usando regra de três simples (por exemplo,
Escolher os textos para cada página considerando o espaço disponível e as linhas de cada
texto.
PRIMEIRA FASE
que quer publicar na primeira página. O educador recolhe os textos não selecionados e forma
O educador pode pular a fase da análise individual e formar grupos que receberão vários
textos, dentre os quais escolhem um para a primeira página;
Os grupos podem pleitear a publicação de mais de um texto, caso considerem que eles são
igualmente importantes;
35
SEGUNDA FASE
O educador organiza dois grupos
Grupo A: cinco alunos vão trabalhar na primeira página. Recebem os textos escolhidos na atividade
anterior e os desenhos/fotos correspondentes (não participam deste grupo os autores dos textos).
Escolhem a ilustração ou as ilustrações que querem publicar (deverão retirar do espaço dos
textos);
Fazem o esboço de diagramação (em uma folha solta indicam a localização aproximada de cada
texto e ilustração).
Grupo B: demais alunos
A seguir, escolhem as páginas onde esses temas serão publicados;
TERCEIRA FASE
Cada grupo recebe os textos escolhidos para a sua página e os desenhos/fotos
correspondentes;
Os grupos repetem o procedimento realizado pelo grupo da primeira página na atividade
anterior;
Os textos que sobram são devolvidos ao educador.
Diagramação  Eletrônica
por esse espaço.
36
* À época de elaboração deste documento, em sua primeira versão, houve a distribuição dos CDs para algumas escolas.
Introdução
C 
omo vimos nos capítulos anteriores, ao considerar o tema Comunicação e Uso de
Mídias
entre as diversas estratégias adotadas.
A natureza integradora das mídias se estende, no contexto da escola, à articulação entre as
atores da comunidade escolar.
O exercício da Rádio Escolar possibilita,inclusive,interação com os diversos temas do Programa
Mais Educação. É possível, por exemplo, realizar entrevistas sobre meio ambiente, divulgar uma
competição de capoeira, criar campanhas para a melhoria da convivência na escola e para a
para trabalhar o direito à livre expressão e à opinião. É, também, uma estratégia para se debater
pessoas da comunidade escolar.
Neste caderno, buscamos apontar diretrizes básicas para o uso do rádio, como atividade que
Não temos a pretensão de esgotar todas as possibilidades de uso da Rádio Escolar, mas sim,
Comunicação e Uso de Mídias no contexto
das políticas públicas de educação.
contudo, as ações podem ser ampliadas passando a envolver toda a comunidade escolar.
O que é uma rádio escolar?
Assim como existe a rádio que você sintoniza para ouvir músicas, eventos esportivos e notícias
comunidade escolar.
377Rádio Escolar
A. INTRODUÇÃO À LINGUAGEM RADIOFÔNICA
rádio, com todas as possibilidades e limitações desse meio.
executar outras atividades paralelamente.
outro, ela deve se adequar às normas da língua padrão, especialmente, no caso de uma rádio
No quadro, a seguir, apresentamos algumas sugestões para nortear o trabalho de introdução
Sugestões de atividades
Conta vida
Escuta radiofônica 1
da programação da rádio.
Escuta radiofônica 2
duração, temática, quantidade de apresentadores e os programas concorrentes que passam,
de programação.
38
B. PESQUISA COM A COMUNIDADE ESCOLAR
Ninguém se comunica sozinho. Não é por acaso que o próprio termo “comunicação”– derivado
do latim communicatio
que qualquer atividade de comunicação, inclusive, uma rádio escolar, não pode se isolar da
comunidade em que se insere.
os vínculos entre os envolvidos, diretamente, com a rádio e a comunidade escolar como um todo.
Trata-se de desenvolver estratégias para colher opiniões e sugestões dos estudantes e dos demais
por seu público. A seguir, listamos algumas sugestões de realização dessa aproximação, que é,
Programa Mais Educação.
Sugestões de atividades
Pesquisa de gosto musical e programação da rádio
Os estudantes realizam entrevistas e distribuem questionários levantando os gêneros musicais
educativa do rádio. Estudantes e educadores devem compreender que nem todo o tipo de música
completamente, a programação da rádio, mas ser um primeiro mapeamento dos interesses da
Eleição do nome da rádio escolar
Os estudantes, que participam, mais diretamente, das atividades da rádio criam sugestões de
nome e um slogan para o veículo. Os nomes devem sintetizar a identidade que se quer dar à rádio
e os slogans
eleição do nome para a rádio,além de ser um exercício de democracia,propõe a toda a comunidade
um vínculo de corresponsabilidade. O dia da eleição pode se tornar um grande evento, quem sabe
até uma espécie de inauguração.
C. FORMATOS RADIOFÔNICOS
a seguir, podem ser produzidos para serem lidos “ao vivo” ou gravados para serem exibidos
posteriormente.
39
Notícia
Nota – é semelhante à notícia, porém mais resumida, devendo conter em média trinta segundos.
Entrevista
pode contribuir com essa pesquisa. A entrevista pode ser inserida dentro de uma notícia ou ser
Spots educativos
à saúde, segurança, meio ambiente, boas maneiras, sexualidade, entre outros.
Programa de variedades
comentários sobre a rotina da escola ou sobre os últimos acontecimentos que repercutiram nos
meios de comunicação.
D. PRODUÇÃO DE CONTEÚDO PARA A RÁDIO ESCOLAR
tem de se articular com atividades de outros temas, ampliando o leque possível de abordagens e
possibilitando que os conteúdos gerados e veiculados,durante a programação da rádio,dialoguem
com os interesses do público ouvinte.
Produção de entrevista
de ensaios coletivos envolvendo o grupo de estudantes que participam das atividades com a
como “sim” e “não”. Além disso, os seis questionamentos básicos para a produção de uma notícia
da entrevista, os estudantes utilizam apenas o gravador de voz e a veiculação pode ser direta na
Produção de pílulas radiofônicas
ou spot
temáticas trabalhadas na escola. Os programas podem conter dicas e curiosidades relacionadas
40
aos conteúdos escolares ou assuntos do interesse de todos, como campanhas sobre o meio
a produção de pílulas –
E. FORMAÇÃO DE UM PÚBLICO CRÍTICO E CIDADÃO
Educomunicação
e se gerir uma rádio deve ser integrado com atividades de leitura crítica de mídia e análise de
música. Apresentamos, a seguir, possibilidades para o desenvolvimento desse tipo de trabalho.
Análise de capas de jornal
por ser um material mais prático e acessível, podendo ser recortado, colado e remontado.
Declamação de música
O educador pede aos estudantes sugestões de músicas “boas” e músicas “ruins” para se tocar
numa rádio escolar. Em seguida, ele conseguirá a letra dessas canções, para levar aos estudantes.
outras canções, que rendam alguns debates interesses.
Pesquisa sobre gêneros musicais
O educador levanta os gêneros musicais conhecidos dos estudantes (samba, rock
a origem, as características musicais e os artistas mais importantes no estilo. Ao comentar os
expressão artística de um povo. Toda a discussão deve ser integrada com a programação da rádio
escolar. A discussão sobre música prepara os estudantes para a construção de uma programação
41
F. PROGRAMAÇÃO E GESTÃO DA RÁDIO ESCOLAR
a participação da comunidade escolar não pode resumir-se a ações pontuais como o pedido de
músicas, a eleição do nome da rádio ou mesmo pesquisas de opinião. A participação tem de estar
na rotina de gestão da rádio. Os educadores e estudantes envolvidos com a rádio devem estar
sempre abertos a sugestões de todos os setores da escola, realizando reuniões periódicas com
rádio com os conteúdos trabalhados em sala de aula e demais questões da instituição. Da mesma
G. INSTALAÇÃO DOS EQUIPAMENTOS DA RÁDIO ESCOLAR
ovos recicladas e coladas nas paredes internas. Entretanto, caso a escola não possua esse espaço
para montagem da Rádio Escolar, os equipamentos podem ser montados em uma sala de aula, ou
no pátio, para a realização de dinâmicas de rádio ao vivo.
Programa Mais Educação é composto por uma série de materiais de
– aparelho microsystem
– mesa de quatro canais
– microfones (dois) que podem ser utilizados para o exercício de rádio ao vivo e para a gravação
– gravador digital com porta USB
– fones de ouvido (dois)
– caixas de som
a abranger as principais áreas de recreação dos estudantes e circulação das pessoas. Na maioria das
computadores do laboratório,é possível editar spots educativos e campanhas utilizando softwares
livres.
42
O 
uso dos quadrinhos, em sala de aula, vem se tornando um tema cada vez mais
inclusão deles nos Parâmetros Curriculares Nacionais
no Brasil, que
e gêneros possíveis, o que tem sido cada vez mais avaliado nas provas do Exame Nacional do
charges, tirinhas e trechos
em relação ao texto sugerido.
modalidades, pois estes não são uma modalidade voltada apenas para crianças e adolescentes.
Em alguns casos, é grande a tentação, por exemplo, de substituir a leitura de um livro (digamos,
e imaginado pelo leitor.
as ações que estão “escondidas” entre um quadro e outro, através do recurso de elipse – tanto
técnicas de quadrinização (essa demora ocorre mesmo com quem domina essas técnicas, cumpre
438Histórias em Quadrinhos
Dicas práticas
é preciso que seu produtor saiba desenhar. Na verdade, o que é preciso, minimamente, para que
e um esboço visual desse roteiro (o modo como os quadros serão preenchidos, por exemplo, por
e assim por diante.
texto em outra linguagem (um desenho animado, um curta-metragem, um conto, uma redação
atividade deve ser estimulada entre todos os alunos, independentemente, de sua capacidade para
o desenho. O importante, aqui, é que o aluno consiga criar um esboço visual de sua História em
aluno tenda a perceber o que ele errou e acertou.
Modos de usar os quadrinhos em sala de aula
As histórias em quadrinhos são um tipo de linguagem que permite a expressão e transmissão dos
mais variados tipos de conteúdos e gêneros possíveis. Isso possibilita pensar nessa linguagem,
como um ótimo exercício para a produção de suportes midiáticos, por parte dos alunos, e,
essa escolha vai depender da proposta pedagógica, dos interesses dos envolvidos e do ganho que
se vislumbra com tal atividade.
Antes de qualquer coisa, porém, é preciso conhecer o nível de conhecimento do aluno com
44
em relação aos quadrinhos, desde argumentos como “isso é coisa para crianças”, até “isso não
da disciplina e a proposta pedagógica de cada instituição de ensino. Não indicamos para qual
– a interpretação textual e visual da história
sequencial e espacial dos quadros, pois ela depende do contato do aluno com a linguagem e o
– a ordenação dos quadros. Esse tipo de exercício é interessante, quando se tem tirinhas de três a
cinco quadros, com ou sem texto verbal. A ideia é pegar uma tirinha, recortar os quadros, colocá-
– a edição da história
“esticada”.Assim,um exercício interessante é sugerir ao aluno uma dada história (com os quadros
– a reedição da história
alguns casos, pode ocorrer que a presença de um quadro deixe a história mais compreensível (ou
– a reescrita dos textos e paratextos
“inventem” histórias e diálogos para os quadrinhos que ainda não sabem ler – o escritor Ítalo
pois sua imaginação permitia que uma mesma sequência de quadros equivalesse a n histórias
cópia, somente com as imagens para o aluno “criar” sua história.
45
– o desenvolvimento do traço e do desenho. Todo mundo tem um modo de segurar um lápis e
anteriormente, o que importa nos quadrinhos não é a excelência no desenho (o que pode vir com
terá algo que remete a um rosto (do contrário, as pessoas não criariam os emoticons que abundam
imagem em um “rosto”. O mesmo método pode ser usado, para que o aluno desenvolva desenhos
– o uso de outras matérias-primas
stills
revistas ou manuseadas no computador através de softwares de edição de imagem (essa prática
softwares
experiência pedagógica, é um bom momento para desenvolver com os alunos uma discussão, por
exemplo, sobre os direitos autorais e o uso de imagens alheias.
– a tentativa de adaptação quadrinística.Na medida em que o aluno vai“brincando”com a história
em quadrinhos, ele vai desenvolvendo certas competências sobre a linguagem quadrinística e
tipo de texto.
– a produção de textos
aluno desenvolva, quadrinisticamente, suas histórias, é preciso ter em mente, se elas terão um
– . Apesar da quantidade de possibilidades de narração em quadrinhos,
– a impressão e/ou distribuição do material produzido
deverá desenvolver dois quadros.Assim,ele vai totalizar quatro quadros,que podem ser dispostos
46
enredos (por que a radiação não destruiu Bruce Banner, em vez de criar o Hulk
à velocidade do Flash
toner a serem gastas deverão ser consideradas, bem como
será preciso considerar equipamento de digitalização de imagens (scanner
Material a ser usado
47
Introdução
N educandos e educadores a entrarem no universo das imagens e suas potencialidades
contribuir para o mapeamento da comunidade do entorno da escola, possibilitando uma leitura
possibilitando, assim, que os educandos e educadores
As propostas de atividades apresentadas neste documento buscam motivar o estudante,
partindo de seu repertório de conhecimentos,como base para o trabalho educacional,que envolve
Programa Mais Educação indica a utilização de cinco câmeras
os combinados para utilização dos equipamentos. A gestão coletiva dos equipamentos é uma
estratégia para se trabalhar o respeito e a integração no grupo.
[fós] estilo
ou pincel
se articular aos conhecimentos trabalhados nas disciplinas relacionadas a ciências, história,
no próximo bloco.
A. INTRODUÇÃO À LINGUAGEM FOTOGRÁFICA
48 Fotografia9
19 Alfabetização visual pode ser entendida como a habilidade das pessoas entenderem um sistema de representação visual, associado com a capacidade de expressar-se através dele
porque ele envia luz para nossos olhos.
como o princípio da câmara escura, que diz que a
pequeno orifício na parede de um compartimento totalmente escuro irá formar na parede oposta uma
imagem invertida do que houver no exterior
de investigação.
em dados que podem ser lidos pela própria câmera ou pelo computador.
on/off (ligar e desligar
click
play (onde é possível visualizar a
Sugestões de atividades
Olho no olho:
observar os olhos uns dos outros e descrever o que estão vendo. É importante que observem, com
percebemos o mundo a nossa volta.
se a imagem formada na retina é invertida,
porque não vemos as coisas de cabeça para baixo?
do homem ocorre não apenas em seus olhos, mas no seu cérebro, responsável por processar e
utilizadas pelos pintores no Renascimento para auxiliar na pintura de seus quadros (ver quadro
49
CONSTRUINDO UM OBJETO ÓTICO: LAMBE-LAMBE: a câmera “Lambe-lambe” é um
Material necessário:
Como fazer:
importante vedar, com papel cartão preto e cola, todas as entradas de luz.
enterrando a ponta um pouco para dentro.
papel vegetal.
1 3 4 5 62
Problematização:
B. AUTOIMAGEM E IMAGEM DO GRUPO: INTEGRAÇÃO POR MEIO DA FOTOGRAFIA
Sugestões de atividades
Caixa do tesouro: para realizar esta dinâmica é necessária uma caixa de sapato com um espelho
colado em sua base interna. Organizados em roda, os participantes irão passar a caixa de mão
em mão, onde todos poderão ver o tesouro que existe dentro dela. O tesouro é a própria imagem
desenhos é importante que o educador ressalte o valor da nossa própria imagem e a importância
de cada um para o grupo.
Desenho do colega: a seguir, a próxima atividade propõe a criação de um desenho do colega
colega observando seus traços e suas características. Em seguida, durante a apresentação dos
50
ressaltando a importância e valorização da diversidade, da boa convivência, e do respeito às
características de cada um.
Autorretrato:
zoom
mesmo, os participantes terão que criar alternativas para produzi-las, uma delas, é contar com
analisar
representação do grupo.
FOTOGRAFIA DIGITAL
produzida não estiver com boa qualidade basta apagá-la e produzir outra. Esta característica
o limite estabelecido, os educandos terão que pensar e elaborar melhor suas ideias antes de
C. A DIMENSÃO TÉCNICA COMO RECURSO PEDAGÓGICO
produzidas. Assim, ao trabalhar aspectos como composição, enquadramento e ângulo, por
Composição: é a organização dos elementos dentro de um espaço determinado. No caso da
51
20 Para analisar as fotos em todos os exercícios propostos para o kit datashow (utilizando o cabo com
Enquadramento:
organização dos elementos escolhidos devem ser pensados no processo de construção da imagem.
Ângulo:
Pontos, Linhas e Planos: se observarmos com atenção, podemos perceber que as imagens
vezes, para conduzir o olhar do espectador criando pontos de atenção, movimento, equilíbrio
Luz e Sombra:
o
Sugestões de atividades
Fotos para uma frase: organizados em grupos de até seis pessoas, os participantes deverão
utilizadas na produção de imagens.
Fotocomposição: organizados em grupos de até seis pessoas, os participantes deverão compor
comunidade. Este exercício contribui para a percepção de todos os elementos que compõem uma
anterior.
Fotos dos espaços da escola: organizados em grupos de até seis pessoas, cada grupo deverá
devem observar a relação entre a técnica utilizada e a sensação provocada pela imagem gerada.
52
D. LEITURA E INTERPRETAÇÃO DE IMAGENS
A atividade de leitura e interpretação de imagens pode ser bem interessante e instrutiva. O que
esteticamente.
Sugestões de Atividades
Roteiro básico para leitura de imagens: organize o grupo em uma roda e distribua uma série
de imagens no chão.
asimagens.Orienteosparticipantesaescolheremumadasimagens(aescolhadasimagenspodeser
grupo diga por que escolheu aquela imagem. Os alunos responderão, coletivamente, expressando
três em três imagens e proponha uma leitura comparativa entre elas,ressaltando as características
Análise crítica de imagens e criação de legendas: um ditado oriental diz que “uma
contexto, assim como o poder que os meios de comunicação têm para direcionar a interpretação
de seu público a respeito do que acontece no dia-a-dia de um país ou de uma comunidade.
E. AÇÕES PEDAGÓGICAS ENVOLVENDO A FAMÍLIA
53
Sugestão de atividade
Estúdio de Foto da Família: pode ser produzido durante os eventos, reuniões, na entrega do
F. PRODUÇÃO DE MAPAS E FOTOS DA COMUNIDADE
que temos são dadas pelos meios de comunicação e pela publicidade. Neste processo são
mostradas apenas sob o viés da pobreza e da criminalidade. Entretanto, sabemos que estas
imagens reduzem os valores e as riquezas dos lugares e das pessoas que lá habitam. O exercício
importante no seu ponto de vista.
Sugestões de atividades
Pesquisa sobre a história da comunidade: organizados em grupos, os estudantes deverão
pesquisar a história do bairro, da comunidade ou da cidade onde moram. É importante levantar
54
de suas casas até a escola. Este mapa deve conter ruas, becos, praças e também espaços que
organizados em grupos, com apoio do educador, os
é possível abordar questões técnicas, tais como, enquadramento utilizado, iluminação adequada,
campanhas educativas sobre o meio ambiente, sobre saúde, sobre a conservação dos espaços da
55
Apresentação
A as experiências que vivenciam em sociedade. O vídeo, o cinema e a televisão estão
pensamento, abstrair e aprender.
brasileiros, a leitura de “textos” audiovisuais precedeu a possibilidade de leitura de textos verbais.
produzir, veicular, promover e discutir um vídeo. O que, antes, dependia de produtoras, grandes
Também, é possível usar o vídeo como processo, contemplando a dimensão da produção (quando
gravem em vídeo suas principais conclusões. Não há opção mais ou menos “certa”. Tudo depende
do que se está buscando.
que podem
O vídeo como produto
Como Usar o Cinema na Sala de
Aula
56 10 Vídeo
música, escrita, imagem, um vídeo atinge a todos os sentidos, simultaneamente, e, aí, reside sua
aproveitar na escola essa expectativa positiva em torno do audiovisual.
alunos. Isso pode inibi-los a expressar seus pontos de vista.
Leitura de cenas
Antes de iniciar a exibição de um vídeo, apresente a seus alunos algumas “palavras-chave” para a
Você Decide!
57
Jogo da caixa
grupo retoma a brincadeira com a caixa de papelão até que se esgotem os envelopes.
em relação a um tema determinado.
O vídeo como processo
O uso do audiovisual na escola pode contemplar a dimensão da produção, estabelecendo
pesquisar sobre o tema a ser abordado. Deverá organizar seu pensamento na redação do roteiro e
reorganizá-loemváriosmomentosduranteoprocessodegravação.Aindavivenciaráummomento
passiva de “ouvinte” que assumiria numa aula expositiva.
localização dos entrevistados à gestão dos recursos disponibilizados pela escola (equipamentos,
problemas. Em cada etapa da produção há espaço para o desenvolvimento de competências.
Processo de produção audiovisual
O processo de produção audiovisual organiza-se em etapas. A realização da obra começa com
texto curto, de dez a vinte linhas, expressando as principais ideias do audiovisual que se pretende
produzir.
58
e descrever, uma após outra, as cenas que contarão uma história. Nessa etapa, nossa experiência
roteiro deve servir como um guia nos momentos de gravação e edição.
chamamos de “pré-produção”. Os cenários são produzidos, as entrevistas agendadas, os atores
aquilo que se estava esperando, por exemplo. Os imprevistos obrigarão a equipe a revisitar o
roteiro, introduzindo alterações.
Evite gravações desnecessárias e, na medida do possível, procure prender-se ao que está
quando nos preparamos para a edição do material. Isso compreende o visionamento de todo
o material gravado, anotando a localização dos melhores takes (um take é o som e a imagem
gravados, desde a hora que se aciona o botão para “gravar” na câmera, até a hora que a gravação
“FITAnº 1-0h3min–entrevista com a diretora da escola.Nesse momento,ela fala sobre a importância
do laboratório de informática. Até 0h12min”.
59ARGUMENTO ROTEIRO
EDIÇÃO
EXIBIÇÃO
PRÉ-PRODUÇÃO
PÓS-PRODUÇÃO
PRODUÇÃO
Depois de analisado todo o material,descarregamos para um computador as cenas que sabemos
que iremos aproveitar. Na máquina, deve estar instalado um software de edição. Há boas opções
livres como o Kino Cinelerra
Linux
conversão dos arquivos como o Multimedia Converter ou o Transcode
é possível utilizar um aparelho de Bluetooth, que se encontra no mercado por preços cada vez
mais acessíveis.
time-line. (Não
software, mexer sem medo e experimentar
as muitas alternativas.
Sugestões de Atividades de Produção de Vídeos
- O vídeo como material de pesquisa
ainda,se desse diagnóstico derivar um plano de ação,também apresentado em vídeo pelos alunos.
Obs:
- Produzindo um interprograma
produzir o roteiro de um“interprograma”sobre um assunto que se queira trabalhar.Em linguagem
televisiva, “interprogramas” são os vídeos exibidos nos intervalos da programação. Devem ser
longo de aulas anteriores. A seguir, os estudantes são convidados a gravar o que roteirizaram.
- Dublagem de cenas
60
download da mesma
é só “colar” o áudio gravado à cena, usando um software
Formando o espectador crítico
ideia de que a mídia é autora de versões e não de verdades, inconscientemente, tendemos a aceitar
essas ações como produtor de audiovisuais,sobretudo,essa percepção tende a ser ainda mais aguda.
Há várias atividades que permitem aos alunos aplicarem os conhecimentos que construíram
ser convencer seus alunos de sua própria interpretação do texto midiático, mas chamar a atenção
produziu e também de quem o recebe. Trabalhar um espectador crítico da mídia é, em última
debate, às várias leituras que, certamente, emergirão dos estudantes.
61
A conteúdos, para as mídias escolares, tendo como perspectiva a articulação com os
demaiscaderdoProgramaMaisEducação.Dentrodeumaperspectivainterdisciplinar,
assim, múltiplas possibilidades de parceria e cooperação.
Acompanhamento Pedagógico
Resenhas e comentários sobre livros de literatura e outros comprados com os recursos do
Textos e produções, com base em pesquisas e trabalhos realizados durante as diver-sas
Leitura e análise de artigos publicados, histórias em quadrinho e roteiros utilizados em
Educação Ambiental
Esporte e Lazer
Direitos Humanos em Educação
bullying
Cultura e Artes
62
11
Interface das Mídias Escolares com os outros
cadernos do Programa Mais Educação
Cultura Digital
Divulgação de redes sociais de interesse da escola.
Promoção da Saúde
Discussão sobre saúde e sexualidade.
Investigação no Campo das Ciências da Natureza
natureza.
Educação Econômica
63
12
Experiências de Produção de Mídias
Escolares no Brasil
AIC – Associação Imagem Comunitária - www.aic.org
Associação Encine – www.encine.org.br
Auçuba – Comunicação e Educação – www.aucuba.org.br
Bem TV – Educação e Comunicação – www.bemtv.org.br
Centro de Criação da Imagem Popular (CECIP) – www.cecip.org.br
Cidade Escola Aprendiz – www.cidadeescolaaprendiz.org.br
Cipó – Comunicação Interativa – www.cipo.org.br
Ciranda – www.ciranda.org.br
Comunicação e Cultura
Girassolidário – www.girassolidario.org.br
Movimento do Organização Comunitária – MOC - www.moc.org.br
Núcleo de Comunicação e Educação – Universidade de São Paulo NCE/USP
Saúde e Alegria – www.saudeealegria.org.br
Rede CEP – Rede de Comunicação Educação e Participação (reúne experiências em todo o
Brasil) - www.redecep.org.br
Nota: As atividades apresentadas compõem apenas um quadro de sugestões para a exploração do caderno
compor um novo quadro ou enriquecer, ainda mais, este com novas práticas pedagógicas.
64
13 Referências
SOCIEDADE DA INFOMRAÇÃO
História social da criança e da família
O superhomem de massa
Apocalípticos e Integrados
Educação como prática da liberdade
A manipulação do público
Crianças do consumo
A revolução de Gutenberg: a história de um gênio e da invenção que mudaram o mundo. Rio
Dos meios às mediações
_____. Jóvenes: comunicación e identidad. Revista Digital de Cultura de la OEI
O desaparecimento da infância
Ideologia e cultura moderna
A COMUNICAÇÃO E USO DE MÍDIAS NO PROGRAMA MAIS EDUCAÇÃO
Mídias digitais: convergência tecnológica e
inclusão social
A criança e a mídia.
Democracia local e participação popular
Educación para la comunicacíon
Outras linguagens na escola
Inclusão digital: com a palavra,a sociedade
El educomunicar popular, Humanitas
_____. Processos Educativos e canais de comunicação
Mídias comunitárias, juventude e cidadania
O campo da comunicação: discussão sobre seu estatuto disciplinar
A voz do cidadão. Mútua ajuda da cidadania
Retos culturales de Ia educación a Ia comunicación
_____. Ensachando terrritorios em comunicacion/educacion
_____.La educación desde la comunicación
65Cultura y Compromiso.
Pedagogia da comunicação.
Comunicação & educação, questões delicadas na interface.
A pedagogia das competências: autonomia ou adaptação?
Introducción a la teoría de la comunicación educativa
O jovem e a comunicação
_____. Caminhos da educomunicação
_____. Gestão comunicativa e educação: caminhos da educomunicação
_____. Educomunicação, um campo de mediações
O novo pacto educativo: educação,competitividade e cidadania na sociedade moderna.
Aprova Brasil. O Direito de aprender
Comunicación y educación.
PROJETO PEDAGÓGICO DAS MÍDIAS ESCOLARES
O jornal como proposta pedagógica
Pedagogia Freinet: teoria e prática
Como usar o jornal em sala de aula
O jornal escolar
O jornal na escola e a formação de leitores
Jornal escolar e vivências humanas
Freinet: evolução história e atualidades
RÁDIO ESCOLAR
A. Gêneros radiofônicos: os formatos e os programas em áudio
Como usar o rádio na sala de aula.
Rádio escolar: guia para professores e estudantes. Belo
Jornalismo de rádio
Apostila irradiando
66 HISTÓRIAS EM QUADRINHOS
Prática de escrita: histórias em quadrinhos
História em quadrinhos na escola
A educação está no gibi
Traço a traço, quadro a quadro: a produção de histórias em quadrinhos no
ensino da arte
Grassroots comics: a development communication tool
Como usar as histórias em quadrinhos na sala de aula
A leitura dos quadrinhos
Quadrinhos na sala de aula
Quadrinhos na educação: da rejeição à prática
_____.
FOTOGRAFIA
da latinha à internet.
VÍDEO
A comunicação invade a escola.
O vídeo na sala de aula
Como usar o cinema na sala de aula
 
Realização:
Série Mais Educação
Cadernos Pedagógicos Mais Educação
Cultura e artes
Revisão de textos:
Agência Traço Leal Comunicação:
Secretaria de Educação Básica
Esplanada dos Ministérios, Bloco L, Sala 500
CEP 70.047-900 - Brasília, DF
Sítio: portal.mec.gov.br/seb
E-mail: educacaointegral@mec.gov.br
Organização:
Jaqueline Moll
Coordenação Editorial:
Leandro da Costa Fialho
Revisão Pedagógica:
Danise Vivian
Samira Bandeira de Miranda Lima
Carmen Teresinha Brunel do Nascimento
Elaboração de texto e edição:
Adriano Nogueira Taveira
Beatriz Salles
Sueli de Lima
Ellen Neves
Carol Luz
Arte da Capa
Conrado Rezende Soares
Diagramação
Carol Luz
Conrado Rezende Soares
CADERNO COMUNICAÇÃO E USO DE MÍDIAS
67
 
Comunicação e uso de midias
Comunicação e uso de midias

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Comunicação e uso de midias

  • 2. ERA UMA VEZ UMA CIDADE QUE POSSUÍA UMA COMUNIDADE, QUE POSSUÍA UMA ESCOLA. MAS OS MUROS DESSA ESCOLA ERAM FECHADOS A ESSA COMUNIDADE. DE REPENTE, CAÍRAM-SE OS MUROS E NÃO SE SABIA MAIS ONDE TERMINAVA A ESCOLA, ONDE COMEÇAVA A COMUNIDADE. E A CIDADE PASSOU A SER UMA GRANDE AVENTURA DO CONHECIMENTO. Texto extraído do DVD "O Direito de Aprender", uma realização da Associação Cidade Escola Aprendiz, em parceria com a UNICEF.
  • 3. Comunicação e Uso de Mídias SÉRIE CADERNOS PEDAGÓGICOS9
  • 5. 1 2 3 5 4 6 A Série Mais Educação 05 07 10 16 24 30 Apresentação do Caderno Sociedade da Informação A Comunicação e Uso de Mídias no Programa Mais Educação Projeto Pedagógico das Mídias Escolares Mídias Escolares Rádio Escolar 7 37 8 9 10 13 12 11 Histórias em Quadrinhos Fotografia Vídeo Interface das Mídias Escolares com os outros cadernos do Programa Mais Educação Experiências de Produção de Mídias Escolares no Brasil Referências 43 48 63 56 64 62
  • 7. 051A Série Mais Educação P  ensar na elaboração de uma proposta de Educação Integral como política pública impregnado das práticas disciplinares da modernidade. O processo educativo, que se dinamiza na vida social contemporânea, não pode continuar sustentando a certeza de do conhecimento universal. Também não é mais possível acreditar que o sucesso da educação está em uma proposta curricular homogênea e descontextualizada da vida do estudante. Romper esses limites político-pedagógicos que enclausuram o processo educacional na partir dele que será possível promover a ampliação das experiências educadoras sintonizadas sua responsabilidade pela educação, sem perder seu papel de protagonista, porque sua ação é Série Mais Educação Texto Referência para o Debate Nacional, Rede de Saberes: pressupostos para projetos pedagógicos de Educação Integral e Gestão Intersetorial no Território, apresenta os Cadernos Pedagógicos do Programa Mais Educação pensados e elaborados para contribuir perspectiva da Educação Integral. A educação, direito de todos e dever do Estado e da família, será promovida e incentivada com a colaboração da socie- dade, visando ao pleno desenvolvimento da pessoa, seu para o trabalho”. (Art. 205, CF)
  • 8. 06 Educação Econômica. Em cada um dos cadernos apresentados, sugere-se caminhos para a elaboração de propostas pedagógicas a partir do diálogo entre os saberes acadêmicos e os saberes da comunidade. A e a organização escolar visualizando a cidade e a comunidade como locais potencialmente educadores. devem ser entendidas como uma apresentação de modelos prontos para serem colocados em pública brasileira!
  • 9. 072Apresentação do Caderno A  proposta de educação integral do Programa Mais Educação no contexto da educação do país. do Programa Mais Educação. O Brasil caminhou,nas últimas décadas,para o acesso quase universal de crianças,adolescentes As altas taxas de evasão apontam para um distanciamento do papel que a instituição escolar todos – e exercer seu papel emancipatório central – exige da educação uma integralidade de proposta e uma capilaridade na realidade social e particular de cada estudante. Programa Mais Educação completa possível do ser humano, considerando as particularidades das questões sociais do visão tradicional conteudista da educação e do espaço escolar, tais como o desenvolvimento de da saúde pública. Programa Mais Educação propõe repensar a estrutura seriada e compartimentada da escola. As atividades propostas nos cadernos do Mais Educação devem curricular na escola, um debate antigo na sociedade brasileira.
  • 10. 08 acompanhar as demandas sociais de cada estudante, o Programa Mais Educação propõe também A comunidade, assim, ganha vital importância. A territorializacão da escola – ampliando seus de seus livros, torna a proposta da educação potencialmente conectada com demandas reais e cotidianas do público ao qual a escola serve. A escola passa, assim, a ser parte da comunidade COMUNICAÇÃO: CRISE E OPORTUNIDADE A proposta do Programa Mais Educação abre, portanto, caminho e dá diretrizes para a questão propostas de atividades de educação integral, quais elementos podem garantir o vínculo do exemplo, deixou de ser adquirida, desde o advento do rádio, somente pelos livros ou com o nos deixar longe da compreensão de tudo que chega até nós. esse cenário. O surgimento da rede mundial de computadores, não só aumentou a quantidade Ora, se a escola tem no âmago da sua existência a construção da autonomia dos educandos,
  • 11. 09tem uma excelente oportunidade de aproximar-se da realidade de seus educandos, ganhar O que este caderno propõe é uma nova relação entre educação, educandos e meios de comunicação, que promove o acesso aos veículos de comunicação, estimula a leitura crítica DIREITO À COMUNICAÇÃO A produção de mídias escolares é uma proposta pedagógica situada no campo do Direito contextualização. opiniões, pensamentos e ideias. em uma época em que estes eram os únicos que existiam, mas, por extensão, se aplicam à prática de qualquer meio de comunicação. intitulado Um Mundo e MuitasVozes geopolíticos e econômicos com os quais estão associados. o comentário vale tanto para indivíduos, como para grupos, setores sociais e países, cada um no igualitária, contrapondo-se à situação de concentração e controle que se constata universalmente. e Liberdade de Expressão, é, raramente, mencionada nos meios de comunicação.
  • 12. 10 público. Nesse sentido, a escola que produz mídias, vincula-se à rica história da comunicação popular na América Latina. por ditaduras militares, um intenso processo de valorização da palavra dos setores populares, sociedade contemporânea. De maneira cada vez mais abrangente, o mundo vive um processo representações sociais. Esse processo, que a internet tornou ainda mais complexo, questiona o papel e mesmo o sentido da escola na contemporaneidade. A segunda parte do caderno, “A Educomunicação no Programa Mais Educação”, apresenta a educomunicação, uma proposta interdisciplinar que articula dois campos de saberes – educação prática para cada uma das mídias propostas pelo Programa Mais Educação 3 Sociedade da Informação A partir desse momento, a comunicação à distância e através do tempo – o registro da humanidade. dispositivo que permitiu a divulgação massiva de conteúdos, até então, prisioneiros da cópia manuscrita. A circulação de impressos está associada ao desenvolvimento prodigioso da ciência e à decadência do absolutismo político e religioso, pois permitiu socializar conhecimentos e
  • 13. 11 exponencialmente,as possibilidades de comunicação,notadamente,através da interconexão das avançado vários passos. pessimistas – podemos tomar como ponto de partida de nosso raciocínio a constatação de que Aporçãodominantedosmeiosdecomunicaçãoestáconstituídaporempresasqueatuamdentro das regras do mercado capitalista, com suas premissas de realização de lucro e concorrência. É um setor oligopólico , dominado por grupos multimídia, tanto em escala mundial como nacional e expansionista, pois está movimentado por uma lógica interna que, por um lado, empurra as empresas ao crescimento – condição de ampliação do lucro e, mesmo de sobrevivência, em um e serviços . O desenvolvimento constante e combinado desses dois aspectos – o consumo e as empresas que o atendem – é uma das características principais do sistema. É essa lógica expansionista que movimenta, também, os meios de comunicação de massa. Eles buscam, em todos os nichos da cultura, a matéria-prima para atender a gigantesca demanda de programação gerada por seu crescimento continuado. Realizam, assim, um incessante trabalho de apropriação e reelaboração da cultura, através da seleção dos assuntos tratados nas suas negociação com os interesses de patrocinadores e anunciantes. A midiação da cultura moderna . Os meios de comunicação são, por outro lado, o canal utilizado pelas empresas para promover suas marcas e produtos, através da publicidade. O poder persuasivo da publicidade, integrado a estratégias de marketing pareciam necessários, antes do impacto midiático, criar em nós a vontade de possuí-los. A participação dos meios de comunicação na promoção do consumismo não se limita, porém, ao intervalo comercial ou ao merchandising Ela é sistêmica, pois uma empresa de comunicação, que atua no mercado e tira dele seu lucro, não poderia, senão, exteriorizar no seu comportamento a integração a essa lógica. Daí, que constituem um conteúdo transversal permanente dos meios de comunicação de massa. 1 Oligopólio é um tipo de mercado dominado por um reduzido número de empresas. 3 A midiação da cultura é um processo que iniciou com a invenção da imprensa e se desenvolveu com a constituição da comunicação como um mercado, consolidando-se com o surgimento dos meios de comunicação eletrônicos. THOMPSON, John B. Ideologia e cultura moderna, Petrópolis, Rio de Janeiro: Vozes, 1995.
  • 14. 12 A tendência da hora atual é a promoção do consumismo nas crianças e adolescentes, que são sedução,para provocar demandas de consumo nesse público,são utilizadas de maneira intensiva. . pesquisadores norte-americanos analisaram a cobertura dada pela mídia desse país às . comerciais, integradas a outros ramos da economia, isso cria um determinado “olhar” da sistematicamente, valorizados pela imprensa. valores e comportamentos, que sustentam o mercado capitalista e a cristalização do poder, que ele provoca, como uma realidade natural, e não como uma construção humana resultante de determinadas opções que podem ser, eventualmente, questionadas. A busca de alternativas e as imaginário coletivo, a aparente naturalidade da situação posta. práxis comunicativa e resulta dos modos e usos coletivos da comunicação” Alana, São Paulo, 2006 (www.institutoalana.org.br). 5 HERMAN, Edward S.; CHOMSKY, Noam. A manipulação do público. São Paulo: Futura, 2003. 6 MARTIN-BARBERO, Jesus. Dos meios às mediações. Rio de Janeiro: Editora UFRJ, 2008, prefácio a 5 ed. espanhola, p. 17. 7 MARTIN-BARBERO, Jesus, op. cit. p. 19.
  • 15. 13estruturado onde acontece a apropriação cotidiana dos produtos de comunicação de massa . de “desvio” inócuo do ponto de vista da hegemonia. Há, por exemplo, milhares de exemplos de não cabe dúvida de que a publicidade é o suporte mediático do consumismo. consensos hegemônicos, passando, inclusive, por cima das mediações. Interessa,antes de concluir este ponto,registrar que as mediações são dinâmicas,pois mudam institucional, como veremos mais adiante. INTERNET, UM CAMPO DE POSSIBILIDADES E DISPUTAS grupos reduzidos de pessoas produzem os conteúdos que a maioria tem acesso, no marco de um sistema empresarial direcionado para o lucro. YouTube é apenas o mais conhecido, as opções são Orkut, Facebook Twitter em quase todos os países do mundo – o acesso livre à internet passou a ser um medidor de software livre colocou a andar, pela primeira vez, em escala planetária, um modelo de relacionamento, ao mesmo tempo social, econômico e ideológico que ultrapassa a lógica do mercado. É inegável, portanto, que a internet rompe com a comunicação vertical e mercantilizada, sendo, desse ponto de vista, revolucionária. Nunca, antes, houve tantas possibilidades reais de democratizar a comunicação. internet evidencia-se na disputa que travam para controlar a troca de arquivos entre usuários, sucesso, seus conteúdos, permitindo-se, inclusive, abrir espaços de participação subordinada aos leitores e ouvintes, que são convidados a participar, para alimentar uma lógica comunicativa 8 THOMPSON, J. B., op. cit.
  • 16. 14 marketing, por sua banners ou hyperlinks, até a promoção de comunidades de seguidores de determinados produtos, passando pela produção de vídeos publicitários ousados que as pessoas, achando-os engraçados ou transgressores, enviam umas às outras. No Brasil, por exemplo, em rádio , que não demorará em ser ultrapassada. possibilidadesdacomunicaçãoindependenteehorizontal,tambéméverdadequeavelhacomunicação, DESAFIOS PARA A ESCOLA , que a participava da vida social, integrando-se ao mundo do trabalho e à convivência social plena. A ideia de se dar atenção e carinho especial à criança, para além desses anos iniciais, é concomitante com o desenvolvimento das escolas, que substituem a aprendizagem no trabalho, das crianças do mundo adulto é presidida pela disseminação da ideia do cuidado, dentro de conhecimentos aos quais as crianças tinham acesso. ocultar-lhes durante séculos.” que representam o passado. raízes – se constroem e reconstroem permanentemente. 9 Almanaque IBOPE, www.almanaqueibope.com.br. 10 ÁRIES, Philippe. História social da criança e da família 11 MEYROWITZ, Joshua. No Sense of Place, University of New Hamsphire, 1992, apud MARTIN-BARBERO. Jóvenes: comunicación e identidad. Revista Digital de Cultura de La OEI, nº. 0, fev./2002.www.oei.es/pensariberoamerica/ric00a00.htm 12 MEAD, Margaret. Cultura y compromiso
  • 17. 15“a escola deixou de ser o único lugar de legitimação do saber, pois existe uma multiplicidade de saberes que circulam por outros canais e não pedem autorização à escola para se expandir socialmente.” POTENCIAL PEDAGÓGICO DA CRÍTICA acontece, concomitantemente, com o surgimento de outra instituição educativa “de adultos” próprio desenvolvimento de sua lógica interna. Decorre disso que, para a escola recuperar o seu papel, deveria, em primeiro lugar, lutar por mundo da comunicação-mercado. Essa crítica gera a possibilidade de se criar uma cumplicidade existencial íntima, do pensamento e do conhecimento, e não como uma proposta condicionada, subliminarmente, pela lógica mercantil. A recuperação do papel da escola está relacionada à capacidade que tiver de converter-se num espaço privilegiado para garantir às novas gerações os conhecimentos e as habilidades indispensáveis, para que se comuniquem com autonomia e autenticidade. A partir de uma e as maneiras de se comunicar adotadas e privilegiadas pela escola. comunicação, na perspectiva de recriar a cumplicidade da escola com o seu público. 13 MARTIN-BARBERO, Jesus, op cit.
  • 18. 16 4 A Comunicação e Uso de Mídias no Programa Mais Educação O  Comunicação e o Uso de Mídias na escola com um termo, a mantêm os tradicionais campos do saber isolados e incomunicáveis. Historicamente,algumas linhas de estudo dentro do uso de mídias na escola têm se destacado. sobre a sociedade midiática, mediante o exercício do uso de seus recursos, sempre numa perspectiva participativa e integradora dos interesses da vida na comunidade. Registra, desta – Área da “mediação tecnológica na educação” (information literacy): área relativa à sociais e comportamentais das mídias tradicionais e, também, das novas mídias, bem como a a serviço apenas dos docentes. – Área da “educação para a comunicação” (media literacy): também conhecida como educação relação entre elementos do processo de comunicação (relação entre os produtores, o processo o entendimento de como se processa a comunicação, detectando os compromissos que o sistema a comunicação é a própria produção midiática grupal e coletiva na escola e a sua autoanálise. –Áreadaexpressãocomunicativaatravésdaproduçãoestética:épelaarte,emsuasinúmeras despertem neles a vocação para o exercício da comunicação humana, tirando-os do isolamento e lançando-os no diálogo com seus semelhantes em torno do belo e do construtivo.
  • 19. 17–Área da gestão comunicativa: de políticas de comunicação educativa.As práticas da gestão comunicativa buscam convergências humanas, como a ampliação dos espaços de expressão. No caso, pela gestão comunicativa, busca- mediação tecnológica na educação,educação para a comunicação e expressão comunicativa através da produção estética casos, os membros da comunidade do entorno. Comunicação e Uso de Mídias, marketing de grandes empresas de comunicação ou de tecnologia, que envolvem o trabalho de comunicação meramente como por crianças, ou, em outros casos, a produção de conteúdo de acordo com linhas editoriais pré- ou na cooptação de um novo público-alvo consumidor de determinada publicação. Trata-se de marketing que não agrega nada de educativo. Nas últimas décadas, a comunicação e o uso de mídias na escola vêm se tornando importante submetidos durante horas do seu dia. Estudantes podem utilizar-se da Rádio de uma escola como voz de seus anseios e prática de antenada No Brasil, historicamente, as práticas educomunicativas estão vinculadas às propostas de
  • 20. e metodológicos comuns. no desenvolvimento das práticas da comunicação e uso de mídias na escola. O conhecimento empírico e tácito produzido por elas têm servido de material, para que a academia sistematize CARACTERÍSTICAS E DESAFIOS DA COMUNICAÇÃO E USO DE MÍDIAS Mais Educação. Este caderno possibilita que cada uma das linguagens utilizadas nessas mídias abra um espaço um valor na comunicação. O vídeo possibilita a desconstrução e a recriação da linguagem da televisão, tão presente na vida dos estudantes. O rádio exercita a linguagem oral e a capacidade de comunicação – mas tem valor, por si só, como uma expressão dos educandos. Além disso, esses produtos têm potencial de se tornarem parte de um sistema de comunicação características de uma escola que tenha importância na vida de seus estudantes e da comunidade. INTERDISCIPLINARIDADE E SABERES POPULARES e tornar o conhecimento integrado a uma realidade. Em termos de políticas públicas, o modelo 18
  • 21. dos exames nacionais, que, ainda, estão presos aos conteúdos e não às habilidades ou outras queremos ou não recebê-la. Mais Educação,pormeiodaComunicaçãoeUsodeMídias Comunicação e Uso de Mídias aplicação de múltiplos saberes acadêmicos na sua elaboração. A produção em comunicação é autonomia dos estudantes e que deve envolver as mais diversas disciplinas. O trabalho em grupo, ao conteúdo escolar. são temas importantes, para serem trazidos para debate e podem acabar tornando-se assunto dos veículos trabalhados. Os saberes comunitários e estudantis têm, também, espaço nessa construção. As redes que potencial da comunidade torna-se visível e ativo no conteúdo proposto e discutido. torne-se articuladora de uma comunidade de aprendizagem, isto é “uma comunidade humana Programa Mais Educação LEITURA E ESCRITA: O PAPEL SOCIAL O Programa Mais Educação autêntico e inovador nos programas de Comunicação e Uso de Mídias. É preciso antes de qualquer 19
  • 22. é, atualmente, o prisma sobre o qual uma cultura global dominante impõe-se sobre culturas identidade e sua visão de mundo. Trata-se de desconstruir o conceito de uma cultura única e imutável,passado pela mídia e começar a comunicar a cultura própria e viva daquela comunidade. fanzines, rádios, vídeos ou quadrinhos, o estudante é discussão e pautem debates sobre soluções e problemas comunitários ou relativos às questões da Torna-se aconselhável, portanto, que outros cadernos do Programa Mais Educação cadernos Direitos Humanos e Promoção da Saúde respectivamente. Os educandos tendem a perceber que é, a partir da mudança e leitura de mundo locais, que são e autêntico tipo de comunicação. VOZ DOS ESTUDANTES estimulados pela produção coletiva de comunicação. Trata-se de um tempo e espaço raros onde anseios.Ele busca sua pauta,pesquisa,escreve,analisa e opina com o suporte do ambiente escolar, mas não subordinado a ele. A voz dos estudantes, comunicação autêntica explícita nos produtos desenvolvidos, deve veículo de comunicação, com regras, condução, pauta e reportagens organizadas por eles 20
  • 23. educandos e gestores. A importância prática desse processo é a de que o trabalho em grupo entre alunos, e também a relação entre educador e educando, ganharão novos papéis. de construção dessas relações. Trata-se de uma desconstrução das relações de poder e da criação de novos espaços dialógicos educador e educando desenvolverão novos processos de ensino aprendizagem, distintos da conectadas ao trabalho com computadores e acesso à internet, além de outros aparatos. Lidam Numtrabalhointergeracionalcomoeste,entreeducadoreeducando,há,notadamente,relações information literacy A troca de conhecimento entre atores do processo educativo, de diversas idades, principalmente, no que tange ao aspecto tecnológico, pode resultar em uma enriquecedora experiência mútua, ou pelos meios de comunicação. Essa é outra característica desse novo espaço dialógico surgido comportamento de seus pares. Isso acontece, segundo ela, especialmente, após o advento da Trata-se de uma oportunidade democrática e salutar, para que essa transmissão de 21
  • 24. pelas práticas do Mais Educação é a construção de uma gestão democrática na escola, uma gestão, com a voz dos estudantes, circulando em um ambiente onde “as outras comunicações” (podemos escolar, muitas vezes positivo. blog sobe na internet,essas diretamente, na vida daquele locus. gestão mais próxima da comunidade, melhoraram a qualidade da educação e o desempenho reconhecida por especialistas como uma boa prática na melhoria da gestão e qualidade escolares. locus sociais em que a democracia e os direitos humanos devem ser resguardados pelo Estado e pela Mais Educação. moradores e, assim, estreitar seus laços com a escola. Esse envolvimento vem se mostrando cada vez mais importante para uma educação de qualidade. 22
  • 25. EXPRESSÃO: UMA QUESTÃO DE DIREITO A proposta da integralidade de educação em tempo e espaço, base da elaboração do Mais Educação escolar, perante os riscos sociais, sem cair na armadilha das atividades assistencialistas. Ela locus escolar é um espaço que deve promover essas características. ecossistemas comunicativos. A construção de autonomia e estímulo ao protagonismo desses estudantes nesses novos espaços constitui um sistema de garantia de direitos. No campo político, os direitos necessitam, necessariamente, de instrumentos para serem concretude desde sua origem em leis e cartas de princípios. Inicialmente, a Educomunicação pessoas devem ter voz e com ela se expressar livremente. O acesso aos veículos de comunicação, construção da autonomia perante os veículos existentes e dominantes. independente. rádio dos estudantes, ou mesmo os assuntos de sexualidade e saúde pública trabalhados em um Discutir Direitos Humanos, durante o processo de produção dessas pautas, é uma maneira de da garantia e, ao mesmo tempo, estão assegurados por eles. Direitos Humanos. 23
  • 26. A  s mídias escolares são uma tradição educativa nascida durante essa revolução que construíram essa nova perspectiva constataram que a aprendizagem é um o inverso. Trata-se de uma revolução copernicana, pois inverte a proposição que sustentava a que aparecem nas escolas as quais aderem a esse movimento, desde o início do século XX, impressos escolares. Na primeira perspectiva, que chamaremos de Mídias da Escola comunicação para dar conta dessa exigência. A divulgação das produções de alunos em este tipo As Mídias Estudantis produzidas autonomamente pelos estudantes, como o seu nome indica, através das múltiplas 5 Projeto Pedagógico das Mídias Escolares24
  • 27. As Mídias Escolares Programa Mais Educação, dentro da qual, construímos os aconselhamentos que seguem. QUESTÕES CRUCIAIS PARA O PROJETO PEDAGÓGICO Daremos, a seguir, algumas indicações universais – isto é, aplicáveis a qualquer mídia escolar escolher os conteúdos, como aprimorar os conteúdos e como selecionar os conteúdos. A. Como escolher os conteúdos Programa Mais Educação. O potencial renovador da produção de mídia na escola desapareceria por completo se os sobre o qual irá trabalhar e o aluno tem de se adaptar a uma diretriz que não necessariamente participação dos alunos. – Conteúdo livre – alunos livres para escolher o tema sobre o qual opinar,quem retratar,o tema do documentário,etc. – Conteúdo livre dentro de áreas temáticas – 25
  • 28. conteúdo livres, determinada parte terá orientação temática ou de gênero textual. Na sequência de produção, ao longo do ano, com qualquer mídia, o monitor pode também alterar várias das diversas possibilidades indicadas. O respeito à liberdade de expressão dos alunos pode criar situações delicadas, quando eles focam do respeito à liberdade de expressão dos alunos, condicionada a algumas normas básicas, como a a liberdade de expressão pode ser entendida como direito a difamar, caluniar ou invadir a privacidade de outras pessoas. B. Como aprimorar os conteúdos A revisão e correção da produção do aluno são cruciais em dois aspectos. – Não existe progressão, se a pessoa não trabalha para ampliar seus limites, revisando e . – A escola não pode divulgar produções que tornem públicas as vulnerabilidades dos alunos, expondo-os a piadinhas e mesmo reprimendas.Isso seria um contrassenso no plano moral–expor Assim, recomenda-se que o educador organize sequências didáticas, que permitam ao aluno casos a participação dos pares é um valor agregado – ou em exercícios individuais com o monitor aconteça a aprendizagem. É nesse trabalho de revisão que os conceitos vão sendo apropriados pelo aluno. O interesse vinculado à vida, ao aqui-e-agora do aluno. 26
  • 29. É durante esse processo de revisões sucessivas, que se consolida a ideia da autoria e da contribuição em uma produção coletiva. de expressão do aluno. Não se trata de inventar uma capacidade de produção inexistente. O capacidade expressiva do aluno, mas os erros não devem passar despercebidos. pouco! C. Como selecionar os conteúdos escolar, ainda mais em programas como o Programa Mais Educação, onde há um grande número que têm como base o uso e a circulação social das produções –, é preciso selecionar o que será aproveitado pela mídia escolar, o que é um ato bastante delicado. cooperativa, ao contrário, abre um novo campo. Nesta segunda via, de início, o educador deve esclarecer ao aluno sobre o problema – as produções escolhidas passarão por processo de aprimoramento, em que todos os alunos – o educador pode ter direito a uma quota de indicações,para garantir a divulgação de produções 27
  • 30. autoestima, porque está passando por um momento difícil na sua vida). COOPERAÇÃO É SOLUÇÃO recomendação é realizar produções cooperativas. A cooperação pode ser mais ou menos completa. Na Produção Coletiva, todos os alunos O recurso da produção cooperativa só é válido se o monitor tiver condições de evitar a Divisão de Tarefas. um. Ele pode, na sucessão de produções, durante o ano, estabelecer um rodízio na distribuição de responsabilidade. Autoria história de aprendizagem do aluno. Para que isso possa acontecer, as produções devem ser assinadas com o nome, idade e ano que está cursando. Desse modo, estará também ensinando ao aluno algo im- portante do mundo da comunicação: a responsabilidade com o que se escreve e se diz. 28
  • 31. PRODUTO E PROCESSO Nas perspectivas instrumentalistas ou autoritárias, o comando passa por um determinado capacidade de produção do aluno. O imperativo pedagógico de considerar o processo de produção da mídia escolar, como mais desconhecer o papel do educador como companheiro do aluno na exploração do conhecimento. pública – pode ter na vida das crianças e dos adolescentes, como estímulo para a aprendizagem. deve ter a pretensão de imitar as mídias comercias. Não pode, porque as condições de produção e de aprendizagem que promove a criticidade dos alunos, respeita a expressão livre e assume as limitações resultantes do momento de aprendizagem de cada um (abordagens inexistentes nas ” . Essa percepção é determinante na recepção da mídia escolar. 29
  • 32. 6 Mídias Escolares 30 16 FREINET, Célestin, op cit, p. 37. N Comunicação e Uso de Mídias são apresentadas, do ponto de vista prático, como atividades dos outros temas do Programa Mais Educação. JORNAL ESCOLAR Conteúdos do jornal escolar os conteúdos trabalhados em sala de aula e nas outras atividades do Mais Educação espaço para a publicação de produções do “turno” e colaborações espontâneas de outros alunos. . Tudo que nasce da concepção pedagógica que preside à preparação e à escolha dos textos do material empregado. Como um e outro são originais e, portanto, estamos habituados, como são, por assim dizer, uma criação total, é natural que normas e as suas leis, que tem, é certo, as suas imperfeições, mas que apresenta também a vantagem histórica de abrir uma nova via de conhecimento da criança e da prática pedagógica de que o futuro mostrará a fecundidade.” 16
  • 33. a todas as vozes que existem na escola é uma grande contribuição para a criação de um ambiente – um ecossistema comunicativo, diz a teoria da educomunicação – propício para o diálogo e o A elaboração de conteúdos, a partir da realidade de vida dos alunos, por sua vez, traz à tona a do ponto de vista dos conteúdos, escolhidos com a intencionalidade política de empoderar a comunidade a que a escola pertence. Gestão pedagógica Mais Educação pode optar por Na ordem em que é apresentada, cada uma dessas opções supõe um grau crescente de para os educadores com menos experiência. Etapas na organização do jornal Mais Educação Momentos na produção de um número do jornal 31
  • 34. Avaliação do processo e do produto. A problematização pedagógica relativa às diversas questões implícitas, nos roteiros acima, Projeto Pedagógico das Mídias Escolares. 1. O jornal só acolhe produções dos alunos do Mais Educação? Mais Educação, acolhendo produções espontâneas, realizadas por grupos organizados (Grêmio Estudantil, Grupo realizado, dentro do Programa Mais Educação de um valor agregado muito importante. 2. A direção e os professores terão um espaço no jornal? visão institucional da mídia sobrepõe-se à visão propriamente educativa. É, talvez, o maior risco / (um Notícias Escolares, ou similar. 3. Qual é a periodicidade do jornal? serão publicadas, ilustração, pré- diagramação, diagramação eletrônica, impressão, distribuição 32
  • 35. 4. Quantas páginas são necessárias? pelo menos, um texto de cada aluno do Mais Educação considerados como tamanho médio – alguns necessárias, para que todos os alunos do Mais Educação publiquem pelo menos um texto a cada duas edições. Alunos Páginas necessárias, para que todos publiquem a cada duas edições Arredondando para múltiplo de 2 – impressão em folhas A4 Arredondando para múltiplo de 4 – impressão em folhas A3 (*) 80 4,5 4 ou 6 4 ou 8 120 7 8 8 160 9,5 10 12 200 12 12 12 240 14 14 16 280 16,6 16 ou 18 16 ou 20 320 19 20 20 (*) Uma folha A3, dobrada ao meio, forma uma brochura com duas folhas (= 4 páginas) A4. Por isso, quem imprime com folhas A4 utiliza múltiplos de dois. Observações: impõe-se, para reduzir o número de textos a publicar. 33
  • 36. 5. Qual a tiragem do jornal? está nos recursos para a impressão e a capacidade de distribuição. colocados, para retirada, em locais estratégicos da comunidade – cabeleireira, comércios, postos de saúde. 6. Qual a qualidade de impressão necessária? preto e branco dá conta do recado – nesse caso, existe mesmo a possibilidade de se imprimir em 7. Preparando o Projeto Editorial Tiragem: Impressão – colorida ou preto e branco (1). Periodicidade: Quantidade de páginas para os textos produzidos pelos alunos do Mais Educação Quantidade de páginas para outros textos produzidos pelos alunos do Mais Educação Quantidade de páginas para as produções dos outros alunos da escola Espaço para a direção, Conselho Escolar, professores. Total de páginas Total de páginas arredondadas para múltiplos de 2 ou de 4 (impressões em folha A4 ou A3 respectivamente). 34
  • 37. 8. Impressão do jornal Diagramação do jornal A diagramação consiste no ordenamento dos textos e desenhos, no uso de recursos, como quadros, marcas d’água e retículas, na determinação do tipo e tamanho de letras utilizadas e do repassados a uma equipe mais reduzida ou até a uma única pessoa, que realiza a diagramação. Times New Roman, Descontar o espaço ocupado por outros elementos, usando regra de três simples (por exemplo, Escolher os textos para cada página considerando o espaço disponível e as linhas de cada texto. PRIMEIRA FASE que quer publicar na primeira página. O educador recolhe os textos não selecionados e forma O educador pode pular a fase da análise individual e formar grupos que receberão vários textos, dentre os quais escolhem um para a primeira página; Os grupos podem pleitear a publicação de mais de um texto, caso considerem que eles são igualmente importantes; 35
  • 38. SEGUNDA FASE O educador organiza dois grupos Grupo A: cinco alunos vão trabalhar na primeira página. Recebem os textos escolhidos na atividade anterior e os desenhos/fotos correspondentes (não participam deste grupo os autores dos textos). Escolhem a ilustração ou as ilustrações que querem publicar (deverão retirar do espaço dos textos); Fazem o esboço de diagramação (em uma folha solta indicam a localização aproximada de cada texto e ilustração). Grupo B: demais alunos A seguir, escolhem as páginas onde esses temas serão publicados; TERCEIRA FASE Cada grupo recebe os textos escolhidos para a sua página e os desenhos/fotos correspondentes; Os grupos repetem o procedimento realizado pelo grupo da primeira página na atividade anterior; Os textos que sobram são devolvidos ao educador. Diagramação  Eletrônica por esse espaço. 36 * À época de elaboração deste documento, em sua primeira versão, houve a distribuição dos CDs para algumas escolas.
  • 39. Introdução C  omo vimos nos capítulos anteriores, ao considerar o tema Comunicação e Uso de Mídias entre as diversas estratégias adotadas. A natureza integradora das mídias se estende, no contexto da escola, à articulação entre as atores da comunidade escolar. O exercício da Rádio Escolar possibilita,inclusive,interação com os diversos temas do Programa Mais Educação. É possível, por exemplo, realizar entrevistas sobre meio ambiente, divulgar uma competição de capoeira, criar campanhas para a melhoria da convivência na escola e para a para trabalhar o direito à livre expressão e à opinião. É, também, uma estratégia para se debater pessoas da comunidade escolar. Neste caderno, buscamos apontar diretrizes básicas para o uso do rádio, como atividade que Não temos a pretensão de esgotar todas as possibilidades de uso da Rádio Escolar, mas sim, Comunicação e Uso de Mídias no contexto das políticas públicas de educação. contudo, as ações podem ser ampliadas passando a envolver toda a comunidade escolar. O que é uma rádio escolar? Assim como existe a rádio que você sintoniza para ouvir músicas, eventos esportivos e notícias comunidade escolar. 377Rádio Escolar
  • 40. A. INTRODUÇÃO À LINGUAGEM RADIOFÔNICA rádio, com todas as possibilidades e limitações desse meio. executar outras atividades paralelamente. outro, ela deve se adequar às normas da língua padrão, especialmente, no caso de uma rádio No quadro, a seguir, apresentamos algumas sugestões para nortear o trabalho de introdução Sugestões de atividades Conta vida Escuta radiofônica 1 da programação da rádio. Escuta radiofônica 2 duração, temática, quantidade de apresentadores e os programas concorrentes que passam, de programação. 38
  • 41. B. PESQUISA COM A COMUNIDADE ESCOLAR Ninguém se comunica sozinho. Não é por acaso que o próprio termo “comunicação”– derivado do latim communicatio que qualquer atividade de comunicação, inclusive, uma rádio escolar, não pode se isolar da comunidade em que se insere. os vínculos entre os envolvidos, diretamente, com a rádio e a comunidade escolar como um todo. Trata-se de desenvolver estratégias para colher opiniões e sugestões dos estudantes e dos demais por seu público. A seguir, listamos algumas sugestões de realização dessa aproximação, que é, Programa Mais Educação. Sugestões de atividades Pesquisa de gosto musical e programação da rádio Os estudantes realizam entrevistas e distribuem questionários levantando os gêneros musicais educativa do rádio. Estudantes e educadores devem compreender que nem todo o tipo de música completamente, a programação da rádio, mas ser um primeiro mapeamento dos interesses da Eleição do nome da rádio escolar Os estudantes, que participam, mais diretamente, das atividades da rádio criam sugestões de nome e um slogan para o veículo. Os nomes devem sintetizar a identidade que se quer dar à rádio e os slogans eleição do nome para a rádio,além de ser um exercício de democracia,propõe a toda a comunidade um vínculo de corresponsabilidade. O dia da eleição pode se tornar um grande evento, quem sabe até uma espécie de inauguração. C. FORMATOS RADIOFÔNICOS a seguir, podem ser produzidos para serem lidos “ao vivo” ou gravados para serem exibidos posteriormente. 39
  • 42. Notícia Nota – é semelhante à notícia, porém mais resumida, devendo conter em média trinta segundos. Entrevista pode contribuir com essa pesquisa. A entrevista pode ser inserida dentro de uma notícia ou ser Spots educativos à saúde, segurança, meio ambiente, boas maneiras, sexualidade, entre outros. Programa de variedades comentários sobre a rotina da escola ou sobre os últimos acontecimentos que repercutiram nos meios de comunicação. D. PRODUÇÃO DE CONTEÚDO PARA A RÁDIO ESCOLAR tem de se articular com atividades de outros temas, ampliando o leque possível de abordagens e possibilitando que os conteúdos gerados e veiculados,durante a programação da rádio,dialoguem com os interesses do público ouvinte. Produção de entrevista de ensaios coletivos envolvendo o grupo de estudantes que participam das atividades com a como “sim” e “não”. Além disso, os seis questionamentos básicos para a produção de uma notícia da entrevista, os estudantes utilizam apenas o gravador de voz e a veiculação pode ser direta na Produção de pílulas radiofônicas ou spot temáticas trabalhadas na escola. Os programas podem conter dicas e curiosidades relacionadas 40
  • 43. aos conteúdos escolares ou assuntos do interesse de todos, como campanhas sobre o meio a produção de pílulas – E. FORMAÇÃO DE UM PÚBLICO CRÍTICO E CIDADÃO Educomunicação e se gerir uma rádio deve ser integrado com atividades de leitura crítica de mídia e análise de música. Apresentamos, a seguir, possibilidades para o desenvolvimento desse tipo de trabalho. Análise de capas de jornal por ser um material mais prático e acessível, podendo ser recortado, colado e remontado. Declamação de música O educador pede aos estudantes sugestões de músicas “boas” e músicas “ruins” para se tocar numa rádio escolar. Em seguida, ele conseguirá a letra dessas canções, para levar aos estudantes. outras canções, que rendam alguns debates interesses. Pesquisa sobre gêneros musicais O educador levanta os gêneros musicais conhecidos dos estudantes (samba, rock a origem, as características musicais e os artistas mais importantes no estilo. Ao comentar os expressão artística de um povo. Toda a discussão deve ser integrada com a programação da rádio escolar. A discussão sobre música prepara os estudantes para a construção de uma programação 41
  • 44. F. PROGRAMAÇÃO E GESTÃO DA RÁDIO ESCOLAR a participação da comunidade escolar não pode resumir-se a ações pontuais como o pedido de músicas, a eleição do nome da rádio ou mesmo pesquisas de opinião. A participação tem de estar na rotina de gestão da rádio. Os educadores e estudantes envolvidos com a rádio devem estar sempre abertos a sugestões de todos os setores da escola, realizando reuniões periódicas com rádio com os conteúdos trabalhados em sala de aula e demais questões da instituição. Da mesma G. INSTALAÇÃO DOS EQUIPAMENTOS DA RÁDIO ESCOLAR ovos recicladas e coladas nas paredes internas. Entretanto, caso a escola não possua esse espaço para montagem da Rádio Escolar, os equipamentos podem ser montados em uma sala de aula, ou no pátio, para a realização de dinâmicas de rádio ao vivo. Programa Mais Educação é composto por uma série de materiais de – aparelho microsystem – mesa de quatro canais – microfones (dois) que podem ser utilizados para o exercício de rádio ao vivo e para a gravação – gravador digital com porta USB – fones de ouvido (dois) – caixas de som a abranger as principais áreas de recreação dos estudantes e circulação das pessoas. Na maioria das computadores do laboratório,é possível editar spots educativos e campanhas utilizando softwares livres. 42
  • 45. O  uso dos quadrinhos, em sala de aula, vem se tornando um tema cada vez mais inclusão deles nos Parâmetros Curriculares Nacionais no Brasil, que e gêneros possíveis, o que tem sido cada vez mais avaliado nas provas do Exame Nacional do charges, tirinhas e trechos em relação ao texto sugerido. modalidades, pois estes não são uma modalidade voltada apenas para crianças e adolescentes. Em alguns casos, é grande a tentação, por exemplo, de substituir a leitura de um livro (digamos, e imaginado pelo leitor. as ações que estão “escondidas” entre um quadro e outro, através do recurso de elipse – tanto técnicas de quadrinização (essa demora ocorre mesmo com quem domina essas técnicas, cumpre 438Histórias em Quadrinhos
  • 46. Dicas práticas é preciso que seu produtor saiba desenhar. Na verdade, o que é preciso, minimamente, para que e um esboço visual desse roteiro (o modo como os quadros serão preenchidos, por exemplo, por e assim por diante. texto em outra linguagem (um desenho animado, um curta-metragem, um conto, uma redação atividade deve ser estimulada entre todos os alunos, independentemente, de sua capacidade para o desenho. O importante, aqui, é que o aluno consiga criar um esboço visual de sua História em aluno tenda a perceber o que ele errou e acertou. Modos de usar os quadrinhos em sala de aula As histórias em quadrinhos são um tipo de linguagem que permite a expressão e transmissão dos mais variados tipos de conteúdos e gêneros possíveis. Isso possibilita pensar nessa linguagem, como um ótimo exercício para a produção de suportes midiáticos, por parte dos alunos, e, essa escolha vai depender da proposta pedagógica, dos interesses dos envolvidos e do ganho que se vislumbra com tal atividade. Antes de qualquer coisa, porém, é preciso conhecer o nível de conhecimento do aluno com 44
  • 47. em relação aos quadrinhos, desde argumentos como “isso é coisa para crianças”, até “isso não da disciplina e a proposta pedagógica de cada instituição de ensino. Não indicamos para qual – a interpretação textual e visual da história sequencial e espacial dos quadros, pois ela depende do contato do aluno com a linguagem e o – a ordenação dos quadros. Esse tipo de exercício é interessante, quando se tem tirinhas de três a cinco quadros, com ou sem texto verbal. A ideia é pegar uma tirinha, recortar os quadros, colocá- – a edição da história “esticada”.Assim,um exercício interessante é sugerir ao aluno uma dada história (com os quadros – a reedição da história alguns casos, pode ocorrer que a presença de um quadro deixe a história mais compreensível (ou – a reescrita dos textos e paratextos “inventem” histórias e diálogos para os quadrinhos que ainda não sabem ler – o escritor Ítalo pois sua imaginação permitia que uma mesma sequência de quadros equivalesse a n histórias cópia, somente com as imagens para o aluno “criar” sua história. 45
  • 48. – o desenvolvimento do traço e do desenho. Todo mundo tem um modo de segurar um lápis e anteriormente, o que importa nos quadrinhos não é a excelência no desenho (o que pode vir com terá algo que remete a um rosto (do contrário, as pessoas não criariam os emoticons que abundam imagem em um “rosto”. O mesmo método pode ser usado, para que o aluno desenvolva desenhos – o uso de outras matérias-primas stills revistas ou manuseadas no computador através de softwares de edição de imagem (essa prática softwares experiência pedagógica, é um bom momento para desenvolver com os alunos uma discussão, por exemplo, sobre os direitos autorais e o uso de imagens alheias. – a tentativa de adaptação quadrinística.Na medida em que o aluno vai“brincando”com a história em quadrinhos, ele vai desenvolvendo certas competências sobre a linguagem quadrinística e tipo de texto. – a produção de textos aluno desenvolva, quadrinisticamente, suas histórias, é preciso ter em mente, se elas terão um – . Apesar da quantidade de possibilidades de narração em quadrinhos, – a impressão e/ou distribuição do material produzido deverá desenvolver dois quadros.Assim,ele vai totalizar quatro quadros,que podem ser dispostos 46
  • 49. enredos (por que a radiação não destruiu Bruce Banner, em vez de criar o Hulk à velocidade do Flash toner a serem gastas deverão ser consideradas, bem como será preciso considerar equipamento de digitalização de imagens (scanner Material a ser usado 47
  • 50. Introdução N educandos e educadores a entrarem no universo das imagens e suas potencialidades contribuir para o mapeamento da comunidade do entorno da escola, possibilitando uma leitura possibilitando, assim, que os educandos e educadores As propostas de atividades apresentadas neste documento buscam motivar o estudante, partindo de seu repertório de conhecimentos,como base para o trabalho educacional,que envolve Programa Mais Educação indica a utilização de cinco câmeras os combinados para utilização dos equipamentos. A gestão coletiva dos equipamentos é uma estratégia para se trabalhar o respeito e a integração no grupo. [fós] estilo ou pincel se articular aos conhecimentos trabalhados nas disciplinas relacionadas a ciências, história, no próximo bloco. A. INTRODUÇÃO À LINGUAGEM FOTOGRÁFICA 48 Fotografia9 19 Alfabetização visual pode ser entendida como a habilidade das pessoas entenderem um sistema de representação visual, associado com a capacidade de expressar-se através dele
  • 51. porque ele envia luz para nossos olhos. como o princípio da câmara escura, que diz que a pequeno orifício na parede de um compartimento totalmente escuro irá formar na parede oposta uma imagem invertida do que houver no exterior de investigação. em dados que podem ser lidos pela própria câmera ou pelo computador. on/off (ligar e desligar click play (onde é possível visualizar a Sugestões de atividades Olho no olho: observar os olhos uns dos outros e descrever o que estão vendo. É importante que observem, com percebemos o mundo a nossa volta. se a imagem formada na retina é invertida, porque não vemos as coisas de cabeça para baixo? do homem ocorre não apenas em seus olhos, mas no seu cérebro, responsável por processar e utilizadas pelos pintores no Renascimento para auxiliar na pintura de seus quadros (ver quadro 49
  • 52. CONSTRUINDO UM OBJETO ÓTICO: LAMBE-LAMBE: a câmera “Lambe-lambe” é um Material necessário: Como fazer: importante vedar, com papel cartão preto e cola, todas as entradas de luz. enterrando a ponta um pouco para dentro. papel vegetal. 1 3 4 5 62 Problematização: B. AUTOIMAGEM E IMAGEM DO GRUPO: INTEGRAÇÃO POR MEIO DA FOTOGRAFIA Sugestões de atividades Caixa do tesouro: para realizar esta dinâmica é necessária uma caixa de sapato com um espelho colado em sua base interna. Organizados em roda, os participantes irão passar a caixa de mão em mão, onde todos poderão ver o tesouro que existe dentro dela. O tesouro é a própria imagem desenhos é importante que o educador ressalte o valor da nossa própria imagem e a importância de cada um para o grupo. Desenho do colega: a seguir, a próxima atividade propõe a criação de um desenho do colega colega observando seus traços e suas características. Em seguida, durante a apresentação dos 50
  • 53. ressaltando a importância e valorização da diversidade, da boa convivência, e do respeito às características de cada um. Autorretrato: zoom mesmo, os participantes terão que criar alternativas para produzi-las, uma delas, é contar com analisar representação do grupo. FOTOGRAFIA DIGITAL produzida não estiver com boa qualidade basta apagá-la e produzir outra. Esta característica o limite estabelecido, os educandos terão que pensar e elaborar melhor suas ideias antes de C. A DIMENSÃO TÉCNICA COMO RECURSO PEDAGÓGICO produzidas. Assim, ao trabalhar aspectos como composição, enquadramento e ângulo, por Composição: é a organização dos elementos dentro de um espaço determinado. No caso da 51 20 Para analisar as fotos em todos os exercícios propostos para o kit datashow (utilizando o cabo com
  • 54. Enquadramento: organização dos elementos escolhidos devem ser pensados no processo de construção da imagem. Ângulo: Pontos, Linhas e Planos: se observarmos com atenção, podemos perceber que as imagens vezes, para conduzir o olhar do espectador criando pontos de atenção, movimento, equilíbrio Luz e Sombra: o Sugestões de atividades Fotos para uma frase: organizados em grupos de até seis pessoas, os participantes deverão utilizadas na produção de imagens. Fotocomposição: organizados em grupos de até seis pessoas, os participantes deverão compor comunidade. Este exercício contribui para a percepção de todos os elementos que compõem uma anterior. Fotos dos espaços da escola: organizados em grupos de até seis pessoas, cada grupo deverá devem observar a relação entre a técnica utilizada e a sensação provocada pela imagem gerada. 52
  • 55. D. LEITURA E INTERPRETAÇÃO DE IMAGENS A atividade de leitura e interpretação de imagens pode ser bem interessante e instrutiva. O que esteticamente. Sugestões de Atividades Roteiro básico para leitura de imagens: organize o grupo em uma roda e distribua uma série de imagens no chão. asimagens.Orienteosparticipantesaescolheremumadasimagens(aescolhadasimagenspodeser grupo diga por que escolheu aquela imagem. Os alunos responderão, coletivamente, expressando três em três imagens e proponha uma leitura comparativa entre elas,ressaltando as características Análise crítica de imagens e criação de legendas: um ditado oriental diz que “uma contexto, assim como o poder que os meios de comunicação têm para direcionar a interpretação de seu público a respeito do que acontece no dia-a-dia de um país ou de uma comunidade. E. AÇÕES PEDAGÓGICAS ENVOLVENDO A FAMÍLIA 53
  • 56. Sugestão de atividade Estúdio de Foto da Família: pode ser produzido durante os eventos, reuniões, na entrega do F. PRODUÇÃO DE MAPAS E FOTOS DA COMUNIDADE que temos são dadas pelos meios de comunicação e pela publicidade. Neste processo são mostradas apenas sob o viés da pobreza e da criminalidade. Entretanto, sabemos que estas imagens reduzem os valores e as riquezas dos lugares e das pessoas que lá habitam. O exercício importante no seu ponto de vista. Sugestões de atividades Pesquisa sobre a história da comunidade: organizados em grupos, os estudantes deverão pesquisar a história do bairro, da comunidade ou da cidade onde moram. É importante levantar 54
  • 57. de suas casas até a escola. Este mapa deve conter ruas, becos, praças e também espaços que organizados em grupos, com apoio do educador, os é possível abordar questões técnicas, tais como, enquadramento utilizado, iluminação adequada, campanhas educativas sobre o meio ambiente, sobre saúde, sobre a conservação dos espaços da 55
  • 58. Apresentação A as experiências que vivenciam em sociedade. O vídeo, o cinema e a televisão estão pensamento, abstrair e aprender. brasileiros, a leitura de “textos” audiovisuais precedeu a possibilidade de leitura de textos verbais. produzir, veicular, promover e discutir um vídeo. O que, antes, dependia de produtoras, grandes Também, é possível usar o vídeo como processo, contemplando a dimensão da produção (quando gravem em vídeo suas principais conclusões. Não há opção mais ou menos “certa”. Tudo depende do que se está buscando. que podem O vídeo como produto Como Usar o Cinema na Sala de Aula 56 10 Vídeo
  • 59. música, escrita, imagem, um vídeo atinge a todos os sentidos, simultaneamente, e, aí, reside sua aproveitar na escola essa expectativa positiva em torno do audiovisual. alunos. Isso pode inibi-los a expressar seus pontos de vista. Leitura de cenas Antes de iniciar a exibição de um vídeo, apresente a seus alunos algumas “palavras-chave” para a Você Decide! 57
  • 60. Jogo da caixa grupo retoma a brincadeira com a caixa de papelão até que se esgotem os envelopes. em relação a um tema determinado. O vídeo como processo O uso do audiovisual na escola pode contemplar a dimensão da produção, estabelecendo pesquisar sobre o tema a ser abordado. Deverá organizar seu pensamento na redação do roteiro e reorganizá-loemváriosmomentosduranteoprocessodegravação.Aindavivenciaráummomento passiva de “ouvinte” que assumiria numa aula expositiva. localização dos entrevistados à gestão dos recursos disponibilizados pela escola (equipamentos, problemas. Em cada etapa da produção há espaço para o desenvolvimento de competências. Processo de produção audiovisual O processo de produção audiovisual organiza-se em etapas. A realização da obra começa com texto curto, de dez a vinte linhas, expressando as principais ideias do audiovisual que se pretende produzir. 58
  • 61. e descrever, uma após outra, as cenas que contarão uma história. Nessa etapa, nossa experiência roteiro deve servir como um guia nos momentos de gravação e edição. chamamos de “pré-produção”. Os cenários são produzidos, as entrevistas agendadas, os atores aquilo que se estava esperando, por exemplo. Os imprevistos obrigarão a equipe a revisitar o roteiro, introduzindo alterações. Evite gravações desnecessárias e, na medida do possível, procure prender-se ao que está quando nos preparamos para a edição do material. Isso compreende o visionamento de todo o material gravado, anotando a localização dos melhores takes (um take é o som e a imagem gravados, desde a hora que se aciona o botão para “gravar” na câmera, até a hora que a gravação “FITAnº 1-0h3min–entrevista com a diretora da escola.Nesse momento,ela fala sobre a importância do laboratório de informática. Até 0h12min”. 59ARGUMENTO ROTEIRO EDIÇÃO EXIBIÇÃO PRÉ-PRODUÇÃO PÓS-PRODUÇÃO PRODUÇÃO
  • 62. Depois de analisado todo o material,descarregamos para um computador as cenas que sabemos que iremos aproveitar. Na máquina, deve estar instalado um software de edição. Há boas opções livres como o Kino Cinelerra Linux conversão dos arquivos como o Multimedia Converter ou o Transcode é possível utilizar um aparelho de Bluetooth, que se encontra no mercado por preços cada vez mais acessíveis. time-line. (Não software, mexer sem medo e experimentar as muitas alternativas. Sugestões de Atividades de Produção de Vídeos - O vídeo como material de pesquisa ainda,se desse diagnóstico derivar um plano de ação,também apresentado em vídeo pelos alunos. Obs: - Produzindo um interprograma produzir o roteiro de um“interprograma”sobre um assunto que se queira trabalhar.Em linguagem televisiva, “interprogramas” são os vídeos exibidos nos intervalos da programação. Devem ser longo de aulas anteriores. A seguir, os estudantes são convidados a gravar o que roteirizaram. - Dublagem de cenas 60
  • 63. download da mesma é só “colar” o áudio gravado à cena, usando um software Formando o espectador crítico ideia de que a mídia é autora de versões e não de verdades, inconscientemente, tendemos a aceitar essas ações como produtor de audiovisuais,sobretudo,essa percepção tende a ser ainda mais aguda. Há várias atividades que permitem aos alunos aplicarem os conhecimentos que construíram ser convencer seus alunos de sua própria interpretação do texto midiático, mas chamar a atenção produziu e também de quem o recebe. Trabalhar um espectador crítico da mídia é, em última debate, às várias leituras que, certamente, emergirão dos estudantes. 61
  • 64. A conteúdos, para as mídias escolares, tendo como perspectiva a articulação com os demaiscaderdoProgramaMaisEducação.Dentrodeumaperspectivainterdisciplinar, assim, múltiplas possibilidades de parceria e cooperação. Acompanhamento Pedagógico Resenhas e comentários sobre livros de literatura e outros comprados com os recursos do Textos e produções, com base em pesquisas e trabalhos realizados durante as diver-sas Leitura e análise de artigos publicados, histórias em quadrinho e roteiros utilizados em Educação Ambiental Esporte e Lazer Direitos Humanos em Educação bullying Cultura e Artes 62 11 Interface das Mídias Escolares com os outros cadernos do Programa Mais Educação
  • 65. Cultura Digital Divulgação de redes sociais de interesse da escola. Promoção da Saúde Discussão sobre saúde e sexualidade. Investigação no Campo das Ciências da Natureza natureza. Educação Econômica 63 12 Experiências de Produção de Mídias Escolares no Brasil AIC – Associação Imagem Comunitária - www.aic.org Associação Encine – www.encine.org.br Auçuba – Comunicação e Educação – www.aucuba.org.br Bem TV – Educação e Comunicação – www.bemtv.org.br Centro de Criação da Imagem Popular (CECIP) – www.cecip.org.br Cidade Escola Aprendiz – www.cidadeescolaaprendiz.org.br Cipó – Comunicação Interativa – www.cipo.org.br Ciranda – www.ciranda.org.br Comunicação e Cultura Girassolidário – www.girassolidario.org.br Movimento do Organização Comunitária – MOC - www.moc.org.br Núcleo de Comunicação e Educação – Universidade de São Paulo NCE/USP Saúde e Alegria – www.saudeealegria.org.br Rede CEP – Rede de Comunicação Educação e Participação (reúne experiências em todo o Brasil) - www.redecep.org.br
  • 66. Nota: As atividades apresentadas compõem apenas um quadro de sugestões para a exploração do caderno compor um novo quadro ou enriquecer, ainda mais, este com novas práticas pedagógicas. 64 13 Referências SOCIEDADE DA INFOMRAÇÃO História social da criança e da família O superhomem de massa Apocalípticos e Integrados Educação como prática da liberdade A manipulação do público Crianças do consumo A revolução de Gutenberg: a história de um gênio e da invenção que mudaram o mundo. Rio Dos meios às mediações _____. Jóvenes: comunicación e identidad. Revista Digital de Cultura de la OEI O desaparecimento da infância Ideologia e cultura moderna A COMUNICAÇÃO E USO DE MÍDIAS NO PROGRAMA MAIS EDUCAÇÃO Mídias digitais: convergência tecnológica e inclusão social A criança e a mídia. Democracia local e participação popular Educación para la comunicacíon Outras linguagens na escola Inclusão digital: com a palavra,a sociedade El educomunicar popular, Humanitas _____. Processos Educativos e canais de comunicação Mídias comunitárias, juventude e cidadania O campo da comunicação: discussão sobre seu estatuto disciplinar A voz do cidadão. Mútua ajuda da cidadania Retos culturales de Ia educación a Ia comunicación _____. Ensachando terrritorios em comunicacion/educacion _____.La educación desde la comunicación
  • 67. 65Cultura y Compromiso. Pedagogia da comunicação. Comunicação & educação, questões delicadas na interface. A pedagogia das competências: autonomia ou adaptação? Introducción a la teoría de la comunicación educativa O jovem e a comunicação _____. Caminhos da educomunicação _____. Gestão comunicativa e educação: caminhos da educomunicação _____. Educomunicação, um campo de mediações O novo pacto educativo: educação,competitividade e cidadania na sociedade moderna. Aprova Brasil. O Direito de aprender Comunicación y educación. PROJETO PEDAGÓGICO DAS MÍDIAS ESCOLARES O jornal como proposta pedagógica Pedagogia Freinet: teoria e prática Como usar o jornal em sala de aula O jornal escolar O jornal na escola e a formação de leitores Jornal escolar e vivências humanas Freinet: evolução história e atualidades RÁDIO ESCOLAR A. Gêneros radiofônicos: os formatos e os programas em áudio Como usar o rádio na sala de aula. Rádio escolar: guia para professores e estudantes. Belo Jornalismo de rádio Apostila irradiando
  • 68. 66 HISTÓRIAS EM QUADRINHOS Prática de escrita: histórias em quadrinhos História em quadrinhos na escola A educação está no gibi Traço a traço, quadro a quadro: a produção de histórias em quadrinhos no ensino da arte Grassroots comics: a development communication tool Como usar as histórias em quadrinhos na sala de aula A leitura dos quadrinhos Quadrinhos na sala de aula Quadrinhos na educação: da rejeição à prática _____. FOTOGRAFIA da latinha à internet. VÍDEO A comunicação invade a escola. O vídeo na sala de aula Como usar o cinema na sala de aula
  • 69.   Realização: Série Mais Educação Cadernos Pedagógicos Mais Educação Cultura e artes Revisão de textos: Agência Traço Leal Comunicação: Secretaria de Educação Básica Esplanada dos Ministérios, Bloco L, Sala 500 CEP 70.047-900 - Brasília, DF Sítio: portal.mec.gov.br/seb E-mail: educacaointegral@mec.gov.br Organização: Jaqueline Moll Coordenação Editorial: Leandro da Costa Fialho Revisão Pedagógica: Danise Vivian Samira Bandeira de Miranda Lima Carmen Teresinha Brunel do Nascimento Elaboração de texto e edição: Adriano Nogueira Taveira Beatriz Salles Sueli de Lima Ellen Neves Carol Luz Arte da Capa Conrado Rezende Soares Diagramação Carol Luz Conrado Rezende Soares CADERNO COMUNICAÇÃO E USO DE MÍDIAS 67
  • 70.