SlideShare uma empresa Scribd logo
Gênero e Sexualidade
Generalidades A concepção geral da humanidade tem como associação a determinação do sexo com o corpo físico. Mas como sempre há particularidades em regras gerais, existem indivíduos que não se identificam com seu corpo, e tendem a querer fazer certas modificações para “consertar” o que a natureza teria se enganado em fazer.
Generalidades Têm-se notícias de inúmeros casos pelo mundo, e com o avançar de novas teorias, as pessoas enxergam de modo mais aceitável esse novo ponto de vista, mesmo com todas as conseqüências geradas por tais medidas.
Diferenças A diferença entre os gêneros é discutida por muitos pensadores e possui diversas teorias, mas a princípio, a seguinte definição é fixada: têm-se “sexo” como as diferenças anatômicas e fisiológicas que definem os corpos masculinos e femininos. “Gênero”, em contrapartida, diz respeito às diferenças psicológicas, sociais e culturais entre homens e mulheres.
Influência Biológica As principais teorias tentam explicar a formação do gênero de um indivíduo através dos estímulos do ambiente que o cerca. Temos algumas teorias como o gênero explicado através da biologia, onde o como o comportamento masculino e feminino é mapeado e justificado por hormônios presentes ou ausentes, predisposição a determinadas atividades e inaptidão a outras, buscando também, mostrar a semelhança na vida animal para o comportamento humano.
Identidade do Gênero Mas existem duas teorias que são capitais para explicar a formação das identidades de gênero, que dão enfoque na dinâmica emocional entre crianças e seus responsáveis. Definem que a fase crucial para a formação dos gêneros é dada de maneira inconsciente nos primeiros anos de vida, em contrapartida da teoria anterior.
Identidade do Gênero - Freudiana Uma delas é a teoria freudiana, que talvez seja a mais influente – e controversa – da formação da identidade do gênero. Nela temos que o aprendizado das diferenças de gênero em bebês e crianças está centrado na presença ou na ausência do pênis. Ele estabelece uma série de premissas relacionadas a isso, onde a identidade masculina vê o pai como rival inconsciente pela disputa do afeto da mãe, e a identidade feminina identifica-se com a mãe, e supostamente sentem inveja de não possuir um pênis e se colocam em segundo lugar.
Identidade do Gênero - Chodorow A outra, desenvolvida por Nancy Chodorow, argumenta que aprender a se sentir como homem ou mulher surge da ligação da criança com seus pais desde cedo. Tem seu foco voltado para a mãe, ao contrário da freudiana que foca no pai, onde a criança tem uma ligação emocional muito forte e a maneira de como essa ligação é quebrada, define o gênero, uma vez que a ruptura ocorre de maneira diferente para meninos e meninas. Ela afirma que as meninas tendem a se manter próximas da mãe e os meninos adquirem um senso de si mesmos, por meio de uma rejeição mais radical de sua proximidade original com a mãe.
Feminilidades, masculinidades e relações de gênero Os homens e a masculinidade eram considerados noções claras e não problemáticas. Ao final da década de 80 dedicou-se maior atenção aos estudos críticos sobre o homem e a masculinidade.
R.W. Connell: a ordem do gênero Connell integrou os conceitos de patriarcado e masculinidade em uma teoria abrangente das relações do gênero. Connell preocupava-se em como o poder social detido pelos homens cria e sustenta a desigualdade de gênero.
R.W. Connell: a ordem do gênero Segundo Connell, as relações de gênero são o produto de interações sociais e práticas cotidianas. Vários tipos de masculinidade e feminilidade estão ordenados em torno de uma permissa central: o domínio dos homens sobre as mulheres.
R.W. Connell: a ordem do gênero Três aspectos da sociedade interagem para formar uma  ordem de gênero . São eles: O trabalho , relativo à divisão sexual do trabalho. O Poder , que opera através de relações sociais como autoridade e violência. A  cathexis , que trata das relações íntimas, emocionais e pessoais.
A hierarquia do gênero Connel acredita que há muitas expressões diferentes de masculinidade e feminilidade. No nível da sociedade, essas versões estão ordenadas numa hierarquia que está orientada em torno da dominação do homem sobre a mulher. A masculinidade hegemônica é dominante sobre todas as outras masculinidades e feminilidades.
Mudança na ordem do gênero: tendências de crise Sexo e gênero são socialmente constituídos. Logo, uma pessoa pode mudar suas orientações de gênero. Estas mudanças estão cada vez mais comuns, e são consideradas indícios de uma tendência a “crise de gêneros”.
Mudança na ordem do gênero: tendências de crise Essas tendências a crise se apresentam em três formas: Crise de institucionalização . O homem vem perdendo força nas instituições que sustentaram seu poder, a família e o Estado. Crise da sexualidade . A heterossexualidade hegemônica é menos dominante do que antes. Crise da formação de interesse . Novos fundamentos em prol dos interesses sociais contradizem a ordem de gênero existente.
Masculinidades em transformação As noções tradicionais de masculinidade estão sendo destruídas por uma combinação de influências, como crises no mercado de trabalho e altas taxas de divórcio.
Masculinidades em transformação A idéia de masculinidade está intimamente ligada a função de “provedor” exercida pelo homem. No entanto, o longo  desemprego  vem minando esse ideal. Este ideal de prover o sustento da família também vem sendo abalado pela  violência , uma vez que jovens imersos no crime não vêem no seu futuro a formação de uma família.
Masculinidades em transformação Assim como na família, o papel dos homens na comunidade também vem sendo  diluído , originando  frustrações . O surgimento do  novo homem , gentil e sensível, se opõe aos ideais tradicionalmente associados a masculinidade. X
Mudanças dramáticas Cada indivíduo pode explorar e moldar Não está mais ligada ao processo de reprodução Não está mais ligada aos termos ‘heterossexualidade’ e ‘monogamia’
Campo desafiante para os sociólogos estudarem A anatomia feminina difere da masculina Necessidade biológica de se reproduzir Os homens tendem a ser sexualmente mais promíscuos que as mulheres A infidelidade feminina é comum
Comparação entre o comportamento sexual humano e o animal O comportamento sexual humano é cheio de significado A atividade sexual não é biológica, é simbólica
A maioria das pessoas é heterossexual A heterossexualidade é o fundamento do casamento e da família Há muitos gostos e inclinações sexuais minoritários Judith Lorder(1994) distingue até dez diferentes identidades sexuais:  a mulher heterossexual,  o homem heterossexual; a mulher lésbica, o homem gay; a mulher bissexual, o homem bissexual; a mulher travesti (mulher que se veste como homem), o homem travesti ( homem que se veste como mulher); a mulher transexual (um homem que se torna mulher) e o homem transexual ( uma mulher que se torna homem).
As práticas sexuais são muito mais diversas Freud denominou como ‘polimorfologicamente perversos’ Grande variedade de gostos sexuais As sociedades apresentam normas sexuais A homossexualidade vai contra essas normas
Clellan Ford e Frank Beach (1951) fizeram um estudo Encontraram uma variedade impressionante no comportamento sexual ‘natural’ e nas normas de atração sexual Alguns paramentos têm significados distintos em determinadas culturas
O comportamento sexual foram moldadas pelo cristianismo Todo comportamento sexual é suspeito, exceto para a reprodução No século XIX, as pressuposições religiosas foram substituídas pelas suposições médicas No período vitoriano, a hipocrisia sexual se expandiu A prostituição era muito comum e muitas vezes abertamente tolerada
Alfred Kinsey, nas décadas de 40 e 50, investigou sobre comportamento sexual, nos EUA Enfrentou condenação de organizações religiosas, e sua obra foi denunciada como imoral nos jornais e no Congresso. Os resultados revelavam uma grande diferença entre as expectativas do público ao comportamento sexual predominante
 
Surge em 1960 os estilos de vida hippie Quebraram com as normas sexuais existentes Pregaram a liberdade sexual Invenção da pílula anticoncepcional Prazer e Reprodução foram nitidamente separados. Pressão das mulheres por maior independência em relação aos valores sexuais masculinos
Sua pesquisa teve os seguintes resultados: A atividade sexual estava começando mais cedo; As práticas sexuais dos adolescentes estavam tão variadas quanto dos adultos; As mulheres passaram a esperar e ativamente perseguir o prazer sexual nas relações; Os homens se sentiam inadequados e com medo de não conseguir satisfazer as mulheres. Lillian Rubin queria descobrir que mudanças haviam ocorrido no comportamento sexual
Homossexualismo Orientação das atividades sexuais ou dos sentimentos em relação a outras pessoas do mesmo sexo.
Homossexualismo Cultura não-ocidental Mundo ocidental A sodomia O termo “homossexualismo”
Homossexualismo –  Primeiros Passos   Aberração sexual Distúrbio psiquiátrico ou um pecado religioso? Homossexuais, pedófilos, travestis… Patologia Biológica
Pena de morte- séc XVII e XIX Atividade Criminal Homossexualismo –  Primeiros Passos
Homossexualismo –  Rápido Progresso   Publicação do relatório Kinsey Predominância dos homossexuais Falsa crença dos distúrbios Psiquiátricos Revolta de Stonewall Liberação Gay Epidemia de AIDS Imprensa
Homossexualismo –  Na cultura Ocidental   Moderna 4 tipos de Homossexualismo: Casual Atividades Situadas Personalizada Estilo de Vida
Homossexualismo –  Na cultura Ocidental   Moderna Comunidades Gays Experiências homossexuais X Estilo de vida gay
Milk – A voz da Igualdade
Lesbianismo Menor atenção Menos Organizados Proporção menor de relações casuais Feminismo Liberação gay X Feministas radicais X lesbianismo
Homossexualismo –  Intolerância e AIDS Heterossexismo e Homofobia “ Fugas” dos homossexuais à respeito as suas imagens Efeminação Ultrajante Imagem de “machão” A AIDS como um desafio à heterossexualidade Discussão pública, campanhas dos governos e da mídia AIDS: Ameaça à legitimidade das idéias tradicionais
Homossexualismo –  Reconhecimento Legal Legislação para a proteção dos direitos legais África do Sul, Dinamarca, Noruega e a Suécia.  Reconhecimento às relações – Cidades na Holanda, França e Bélgica, assim como Havaí e Vermont. O casamento – status, direitos e obrigações Reconhecido pelo Estado Ser normal!
Prostituição-  A indústria Prostituição infantil Leis contra o trabalho infantil “ As fugitivas” “ As erradias” “ As rejeitadas”
Prostituição-  A indústria: O Extremo Oriente  Turismo Sexual  Protestos públicos  Origem do turismo sexual Relatório da OMT – setor industrial desenvolvido Caráter internacionalizado Desemprego e população “excedente” de mulheres Exôdo Rural
Prostituição-  Algumas consequências  Não há estrutura legal ou politicas sociais Difusão da AIDS – DST Sempre associada à violência e exploração Tráfigo de drogas
Prostituição-  Suas raizes Fenômeno Persistente Não há fator singular Tendência masculina à tratar mulheres como objetos Desigualdade de poder entre homens e mulheres Preenchimento das necessidades sexuais

Mais conteúdo relacionado

Mais procurados (20)

PPTX
Desigualdade Social
Marcos Alencar
 
PPTX
Gênero e Sexualidade
Ilana Fernandes
 
PDF
Slides da aula de Sociologia (Luciano) sobre Violência
Turma Olímpica
 
PPTX
INTRODUÇÃO AOS DIREITOS HUMANOS
Isabela Espíndola
 
PPTX
Movimento feminista
Laís Hildebrand
 
PDF
Racismo no Brasil
João Alfredo Telles Melo
 
PPTX
Violência contra a mulher
Mônica Alves Silva
 
PPT
Movimentos sociais
Juliana Corvino de Araújo
 
PPTX
Power Point "Racismo e Desigualdades Raciais no Brasil"
ANDI - Comunicação e Direitos
 
PPTX
Sociologia - O que é o trabalho
Jeane Santos
 
PPT
Mulheres na História
Gleisi Hoffmann
 
PPTX
Cidadania no brasil
Isabela Espíndola
 
PPS
Ética Moral e Valores.
Secretaria da Educação
 
PPT
Filosofia
Erica Frau
 
PDF
Minorias Sociais
Paulo Alexandre
 
PPTX
história da sociologia
Colégio Basic e Colégio Imperatrice
 
PDF
7 positivismo comte slide
Erica Frau
 
PPTX
O que é Filosofia?
Claudio Henrique Ramos Sales
 
PPTX
Sociologia no Brasil
Bruno Barbosa
 
Desigualdade Social
Marcos Alencar
 
Gênero e Sexualidade
Ilana Fernandes
 
Slides da aula de Sociologia (Luciano) sobre Violência
Turma Olímpica
 
INTRODUÇÃO AOS DIREITOS HUMANOS
Isabela Espíndola
 
Movimento feminista
Laís Hildebrand
 
Racismo no Brasil
João Alfredo Telles Melo
 
Violência contra a mulher
Mônica Alves Silva
 
Movimentos sociais
Juliana Corvino de Araújo
 
Power Point "Racismo e Desigualdades Raciais no Brasil"
ANDI - Comunicação e Direitos
 
Sociologia - O que é o trabalho
Jeane Santos
 
Mulheres na História
Gleisi Hoffmann
 
Cidadania no brasil
Isabela Espíndola
 
Ética Moral e Valores.
Secretaria da Educação
 
Filosofia
Erica Frau
 
Minorias Sociais
Paulo Alexandre
 
história da sociologia
Colégio Basic e Colégio Imperatrice
 
7 positivismo comte slide
Erica Frau
 
O que é Filosofia?
Claudio Henrique Ramos Sales
 
Sociologia no Brasil
Bruno Barbosa
 

Destaque (20)

PDF
Reflexões sobre Diversidade e Gênero
sinteimp
 
PPSX
Relaçoes.de.genero
Kati Froes
 
PPT
Sexualidade e gênero
Marcelo Ferreira Boia
 
PPT
Corporeidade aula 2
laiscarlini
 
PPT
Corporeidade aula 1
laiscarlini
 
PPT
Corporeidade aula 3
laiscarlini
 
PDF
Apresentação Institucional - Pelado Real 2016
juliavergueiro
 
PPT
Gênero inicialppt
temastransversais
 
PDF
Corpo, gênero e sexualidade - Educando para a diversidade
pstec25
 
PPSX
Diversidade sexual na escola
Louis Oliver
 
PDF
cartilha sexualidade
SA Asperger
 
PDF
kit Gay Nas Escolas Públicas
Pastor Raphael Souza
 
PDF
Diversidade sexual na escola (cartilha do projeto)
Rosane Domingues
 
PPT
Minicurso: Racismos, Relações de Gênero e Ideologias Políticas nas Histórias ...
Valéria Shoujofan
 
PPSX
DEFINIÇÃO CONTEMPORÂNEA DE GÊNERO
Lucas Santana
 
PPTX
Unidade iii sexualidade e questões de gênero
pmarisa
 
PPT
Identidade de gênero e o ambiente escolar
Matheus Lincoln
 
PDF
Cartilha Ideologia do Genero
Guy Valerio
 
PPS
Géneros literarios
liliatorresfernandez
 
PDF
CARTILHA IMORAL DISTRIBUÍDA EM ESCOLAS.
Lauane Bijoteria
 
Reflexões sobre Diversidade e Gênero
sinteimp
 
Relaçoes.de.genero
Kati Froes
 
Sexualidade e gênero
Marcelo Ferreira Boia
 
Corporeidade aula 2
laiscarlini
 
Corporeidade aula 1
laiscarlini
 
Corporeidade aula 3
laiscarlini
 
Apresentação Institucional - Pelado Real 2016
juliavergueiro
 
Gênero inicialppt
temastransversais
 
Corpo, gênero e sexualidade - Educando para a diversidade
pstec25
 
Diversidade sexual na escola
Louis Oliver
 
cartilha sexualidade
SA Asperger
 
kit Gay Nas Escolas Públicas
Pastor Raphael Souza
 
Diversidade sexual na escola (cartilha do projeto)
Rosane Domingues
 
Minicurso: Racismos, Relações de Gênero e Ideologias Políticas nas Histórias ...
Valéria Shoujofan
 
DEFINIÇÃO CONTEMPORÂNEA DE GÊNERO
Lucas Santana
 
Unidade iii sexualidade e questões de gênero
pmarisa
 
Identidade de gênero e o ambiente escolar
Matheus Lincoln
 
Cartilha Ideologia do Genero
Guy Valerio
 
Géneros literarios
liliatorresfernandez
 
CARTILHA IMORAL DISTRIBUÍDA EM ESCOLAS.
Lauane Bijoteria
 
Anúncio

Semelhante a Sexualidade e Gênero (20)

PPT
Gênero.ppt
Eraldo Carlos
 
PPTX
Sociologia Gênero e Saúde
Cláudia Hellena Ribeiro
 
DOCX
Cultura e sexualidade resumo
Tradicao Viva
 
PPT
Uma VisãO Cristã Sobre Sexualidade
Flávia Smarti
 
PPTX
Aula de filosofia sobre Sexo, Gênero e sexualidade
AlessandraRibas7
 
PDF
Sexualidade
Adalila Leitão
 
PPT
Amor E Sexualidade Na Contemporaneidade A Perspectiva HomoeróTica Do Enamor...
Thiago de Almeida
 
PPTX
Sexualidade, direitos sexuais e homofobia
Paulo Alexandre
 
PPTX
Palestra Homossexualidade
Vinicius Bruno
 
PDF
Sexualidade feminina
Bruno Morais Lopes
 
PDF
Conceito de gênero.
Fábio Fernandes
 
PPTX
Nascido gay... ou não? (palestra)
AntiSaint
 
PDF
Seminário novas configurações familiares
Fabiano Macedo
 
PPS
Uma visao sobre homossexualidade
Mensagens Virtuais
 
PDF
Identidade de gênero e orientação sexual.
Fábio Fernandes
 
PPTX
sexualidadenavelhice-141208083343-conversion-gate01.pptx
ednacastroas
 
PDF
Homossexualidade e Espiritismo: Um Encontro de Respeito e Evolução
JfersonGntzel
 
PPT
SJSXXI - Cap 23 - Diversidade sexual e de gênero - Parte I.ppt
Professor de História
 
PDF
Precisamos falar com os HOMENS? Uma jornada pela igualdade de gênero
Prof. Marcus Renato de Carvalho
 
PPT
O que é sexo
Carmem Rocha
 
Gênero.ppt
Eraldo Carlos
 
Sociologia Gênero e Saúde
Cláudia Hellena Ribeiro
 
Cultura e sexualidade resumo
Tradicao Viva
 
Uma VisãO Cristã Sobre Sexualidade
Flávia Smarti
 
Aula de filosofia sobre Sexo, Gênero e sexualidade
AlessandraRibas7
 
Sexualidade
Adalila Leitão
 
Amor E Sexualidade Na Contemporaneidade A Perspectiva HomoeróTica Do Enamor...
Thiago de Almeida
 
Sexualidade, direitos sexuais e homofobia
Paulo Alexandre
 
Palestra Homossexualidade
Vinicius Bruno
 
Sexualidade feminina
Bruno Morais Lopes
 
Conceito de gênero.
Fábio Fernandes
 
Nascido gay... ou não? (palestra)
AntiSaint
 
Seminário novas configurações familiares
Fabiano Macedo
 
Uma visao sobre homossexualidade
Mensagens Virtuais
 
Identidade de gênero e orientação sexual.
Fábio Fernandes
 
sexualidadenavelhice-141208083343-conversion-gate01.pptx
ednacastroas
 
Homossexualidade e Espiritismo: Um Encontro de Respeito e Evolução
JfersonGntzel
 
SJSXXI - Cap 23 - Diversidade sexual e de gênero - Parte I.ppt
Professor de História
 
Precisamos falar com os HOMENS? Uma jornada pela igualdade de gênero
Prof. Marcus Renato de Carvalho
 
O que é sexo
Carmem Rocha
 
Anúncio

Sexualidade e Gênero

  • 2. Generalidades A concepção geral da humanidade tem como associação a determinação do sexo com o corpo físico. Mas como sempre há particularidades em regras gerais, existem indivíduos que não se identificam com seu corpo, e tendem a querer fazer certas modificações para “consertar” o que a natureza teria se enganado em fazer.
  • 3. Generalidades Têm-se notícias de inúmeros casos pelo mundo, e com o avançar de novas teorias, as pessoas enxergam de modo mais aceitável esse novo ponto de vista, mesmo com todas as conseqüências geradas por tais medidas.
  • 4. Diferenças A diferença entre os gêneros é discutida por muitos pensadores e possui diversas teorias, mas a princípio, a seguinte definição é fixada: têm-se “sexo” como as diferenças anatômicas e fisiológicas que definem os corpos masculinos e femininos. “Gênero”, em contrapartida, diz respeito às diferenças psicológicas, sociais e culturais entre homens e mulheres.
  • 5. Influência Biológica As principais teorias tentam explicar a formação do gênero de um indivíduo através dos estímulos do ambiente que o cerca. Temos algumas teorias como o gênero explicado através da biologia, onde o como o comportamento masculino e feminino é mapeado e justificado por hormônios presentes ou ausentes, predisposição a determinadas atividades e inaptidão a outras, buscando também, mostrar a semelhança na vida animal para o comportamento humano.
  • 6. Identidade do Gênero Mas existem duas teorias que são capitais para explicar a formação das identidades de gênero, que dão enfoque na dinâmica emocional entre crianças e seus responsáveis. Definem que a fase crucial para a formação dos gêneros é dada de maneira inconsciente nos primeiros anos de vida, em contrapartida da teoria anterior.
  • 7. Identidade do Gênero - Freudiana Uma delas é a teoria freudiana, que talvez seja a mais influente – e controversa – da formação da identidade do gênero. Nela temos que o aprendizado das diferenças de gênero em bebês e crianças está centrado na presença ou na ausência do pênis. Ele estabelece uma série de premissas relacionadas a isso, onde a identidade masculina vê o pai como rival inconsciente pela disputa do afeto da mãe, e a identidade feminina identifica-se com a mãe, e supostamente sentem inveja de não possuir um pênis e se colocam em segundo lugar.
  • 8. Identidade do Gênero - Chodorow A outra, desenvolvida por Nancy Chodorow, argumenta que aprender a se sentir como homem ou mulher surge da ligação da criança com seus pais desde cedo. Tem seu foco voltado para a mãe, ao contrário da freudiana que foca no pai, onde a criança tem uma ligação emocional muito forte e a maneira de como essa ligação é quebrada, define o gênero, uma vez que a ruptura ocorre de maneira diferente para meninos e meninas. Ela afirma que as meninas tendem a se manter próximas da mãe e os meninos adquirem um senso de si mesmos, por meio de uma rejeição mais radical de sua proximidade original com a mãe.
  • 9. Feminilidades, masculinidades e relações de gênero Os homens e a masculinidade eram considerados noções claras e não problemáticas. Ao final da década de 80 dedicou-se maior atenção aos estudos críticos sobre o homem e a masculinidade.
  • 10. R.W. Connell: a ordem do gênero Connell integrou os conceitos de patriarcado e masculinidade em uma teoria abrangente das relações do gênero. Connell preocupava-se em como o poder social detido pelos homens cria e sustenta a desigualdade de gênero.
  • 11. R.W. Connell: a ordem do gênero Segundo Connell, as relações de gênero são o produto de interações sociais e práticas cotidianas. Vários tipos de masculinidade e feminilidade estão ordenados em torno de uma permissa central: o domínio dos homens sobre as mulheres.
  • 12. R.W. Connell: a ordem do gênero Três aspectos da sociedade interagem para formar uma ordem de gênero . São eles: O trabalho , relativo à divisão sexual do trabalho. O Poder , que opera através de relações sociais como autoridade e violência. A cathexis , que trata das relações íntimas, emocionais e pessoais.
  • 13. A hierarquia do gênero Connel acredita que há muitas expressões diferentes de masculinidade e feminilidade. No nível da sociedade, essas versões estão ordenadas numa hierarquia que está orientada em torno da dominação do homem sobre a mulher. A masculinidade hegemônica é dominante sobre todas as outras masculinidades e feminilidades.
  • 14. Mudança na ordem do gênero: tendências de crise Sexo e gênero são socialmente constituídos. Logo, uma pessoa pode mudar suas orientações de gênero. Estas mudanças estão cada vez mais comuns, e são consideradas indícios de uma tendência a “crise de gêneros”.
  • 15. Mudança na ordem do gênero: tendências de crise Essas tendências a crise se apresentam em três formas: Crise de institucionalização . O homem vem perdendo força nas instituições que sustentaram seu poder, a família e o Estado. Crise da sexualidade . A heterossexualidade hegemônica é menos dominante do que antes. Crise da formação de interesse . Novos fundamentos em prol dos interesses sociais contradizem a ordem de gênero existente.
  • 16. Masculinidades em transformação As noções tradicionais de masculinidade estão sendo destruídas por uma combinação de influências, como crises no mercado de trabalho e altas taxas de divórcio.
  • 17. Masculinidades em transformação A idéia de masculinidade está intimamente ligada a função de “provedor” exercida pelo homem. No entanto, o longo desemprego vem minando esse ideal. Este ideal de prover o sustento da família também vem sendo abalado pela violência , uma vez que jovens imersos no crime não vêem no seu futuro a formação de uma família.
  • 18. Masculinidades em transformação Assim como na família, o papel dos homens na comunidade também vem sendo diluído , originando frustrações . O surgimento do novo homem , gentil e sensível, se opõe aos ideais tradicionalmente associados a masculinidade. X
  • 19. Mudanças dramáticas Cada indivíduo pode explorar e moldar Não está mais ligada ao processo de reprodução Não está mais ligada aos termos ‘heterossexualidade’ e ‘monogamia’
  • 20. Campo desafiante para os sociólogos estudarem A anatomia feminina difere da masculina Necessidade biológica de se reproduzir Os homens tendem a ser sexualmente mais promíscuos que as mulheres A infidelidade feminina é comum
  • 21. Comparação entre o comportamento sexual humano e o animal O comportamento sexual humano é cheio de significado A atividade sexual não é biológica, é simbólica
  • 22. A maioria das pessoas é heterossexual A heterossexualidade é o fundamento do casamento e da família Há muitos gostos e inclinações sexuais minoritários Judith Lorder(1994) distingue até dez diferentes identidades sexuais: a mulher heterossexual, o homem heterossexual; a mulher lésbica, o homem gay; a mulher bissexual, o homem bissexual; a mulher travesti (mulher que se veste como homem), o homem travesti ( homem que se veste como mulher); a mulher transexual (um homem que se torna mulher) e o homem transexual ( uma mulher que se torna homem).
  • 23. As práticas sexuais são muito mais diversas Freud denominou como ‘polimorfologicamente perversos’ Grande variedade de gostos sexuais As sociedades apresentam normas sexuais A homossexualidade vai contra essas normas
  • 24. Clellan Ford e Frank Beach (1951) fizeram um estudo Encontraram uma variedade impressionante no comportamento sexual ‘natural’ e nas normas de atração sexual Alguns paramentos têm significados distintos em determinadas culturas
  • 25. O comportamento sexual foram moldadas pelo cristianismo Todo comportamento sexual é suspeito, exceto para a reprodução No século XIX, as pressuposições religiosas foram substituídas pelas suposições médicas No período vitoriano, a hipocrisia sexual se expandiu A prostituição era muito comum e muitas vezes abertamente tolerada
  • 26. Alfred Kinsey, nas décadas de 40 e 50, investigou sobre comportamento sexual, nos EUA Enfrentou condenação de organizações religiosas, e sua obra foi denunciada como imoral nos jornais e no Congresso. Os resultados revelavam uma grande diferença entre as expectativas do público ao comportamento sexual predominante
  • 27.  
  • 28. Surge em 1960 os estilos de vida hippie Quebraram com as normas sexuais existentes Pregaram a liberdade sexual Invenção da pílula anticoncepcional Prazer e Reprodução foram nitidamente separados. Pressão das mulheres por maior independência em relação aos valores sexuais masculinos
  • 29. Sua pesquisa teve os seguintes resultados: A atividade sexual estava começando mais cedo; As práticas sexuais dos adolescentes estavam tão variadas quanto dos adultos; As mulheres passaram a esperar e ativamente perseguir o prazer sexual nas relações; Os homens se sentiam inadequados e com medo de não conseguir satisfazer as mulheres. Lillian Rubin queria descobrir que mudanças haviam ocorrido no comportamento sexual
  • 30. Homossexualismo Orientação das atividades sexuais ou dos sentimentos em relação a outras pessoas do mesmo sexo.
  • 31. Homossexualismo Cultura não-ocidental Mundo ocidental A sodomia O termo “homossexualismo”
  • 32. Homossexualismo – Primeiros Passos Aberração sexual Distúrbio psiquiátrico ou um pecado religioso? Homossexuais, pedófilos, travestis… Patologia Biológica
  • 33. Pena de morte- séc XVII e XIX Atividade Criminal Homossexualismo – Primeiros Passos
  • 34. Homossexualismo – Rápido Progresso Publicação do relatório Kinsey Predominância dos homossexuais Falsa crença dos distúrbios Psiquiátricos Revolta de Stonewall Liberação Gay Epidemia de AIDS Imprensa
  • 35. Homossexualismo – Na cultura Ocidental Moderna 4 tipos de Homossexualismo: Casual Atividades Situadas Personalizada Estilo de Vida
  • 36. Homossexualismo – Na cultura Ocidental Moderna Comunidades Gays Experiências homossexuais X Estilo de vida gay
  • 37. Milk – A voz da Igualdade
  • 38. Lesbianismo Menor atenção Menos Organizados Proporção menor de relações casuais Feminismo Liberação gay X Feministas radicais X lesbianismo
  • 39. Homossexualismo – Intolerância e AIDS Heterossexismo e Homofobia “ Fugas” dos homossexuais à respeito as suas imagens Efeminação Ultrajante Imagem de “machão” A AIDS como um desafio à heterossexualidade Discussão pública, campanhas dos governos e da mídia AIDS: Ameaça à legitimidade das idéias tradicionais
  • 40. Homossexualismo – Reconhecimento Legal Legislação para a proteção dos direitos legais África do Sul, Dinamarca, Noruega e a Suécia. Reconhecimento às relações – Cidades na Holanda, França e Bélgica, assim como Havaí e Vermont. O casamento – status, direitos e obrigações Reconhecido pelo Estado Ser normal!
  • 41. Prostituição- A indústria Prostituição infantil Leis contra o trabalho infantil “ As fugitivas” “ As erradias” “ As rejeitadas”
  • 42. Prostituição- A indústria: O Extremo Oriente Turismo Sexual Protestos públicos Origem do turismo sexual Relatório da OMT – setor industrial desenvolvido Caráter internacionalizado Desemprego e população “excedente” de mulheres Exôdo Rural
  • 43. Prostituição- Algumas consequências Não há estrutura legal ou politicas sociais Difusão da AIDS – DST Sempre associada à violência e exploração Tráfigo de drogas
  • 44. Prostituição- Suas raizes Fenômeno Persistente Não há fator singular Tendência masculina à tratar mulheres como objetos Desigualdade de poder entre homens e mulheres Preenchimento das necessidades sexuais