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RESUMO REGIÃO: CENTRO-OESTE
Não se esqueça,
estude pelo livro e
pelas atividades
feitas em classe!

Uma região em expansão
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Ocupação: Início do século XVIII e intensificação a partir do século XX especialmente após a
inauguração de Brasília.
Baixa densidade demográfica
Grande diversidade cultural (migrantes de diversas partes do Brasil e indígenas).
Segunda maior região brasileira.
Importantes ecossistemas (Floresta Amazônica, Pantanal e Cerrado)

OCUPAÇÃO E POVOAMENTO
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a)
b)
c)
d)
e)
f)
g)

Até o início do século XVIII – povos indígenas.
Posteriormente teve início o povoamento com a atividade agropecuária e com a descoberta de ouro.
Com o fim do ouro, que era de aluvião, o número de migrantes diminuiu.
Século XX (década de 50) – Povoamento mais efetivo e integração do Centro-oeste ao espaço
geográfico brasileiro:
Expansão das áreas de criação de gado bovino e de lavouras na região Centro-oeste devido a grande
disponibilidade e o baixo valor de terras.
Ampliação do mercado consumidor e da demanda por gêneros agropecuários principalmente no Sudeste
fez da região Centro-oeste uma nova área de expansão da fronteira econômica do país.
Construção da estrada de ferro Noroeste do Brasil ligando Bauru (SP) a Corumbá (MS)
Atuação do Governo Federal promovendo a ocupação criando as colônias de Ceres, em Goiás e de
Dourados, no Mato Grosso do Sul.
A criação de Brasília em 1950. Este foi o fato que mais contribuiu para o povoamento da região, pois
milhares de migrantes foram atraídos para o local de construção da cidade.
Construções de rodovias: Belém-Brasília, Cuiabá-Santarém, Cuiabá-Porto Velho, Brasília-Fortaleza e
Belo Horizonte-Brasília.
O governo incentivou empresas e fazendeiros com benefícios fiscais para que adquirissem terras ao
longo das rodovias, o que acabou contribuindo para a grande concentração fundiária na região, ou seja,
a presença de latifúndios, que até hoje ainda é marcante na região.

A apropriação do espaço indígena:
Na região Centro-oeste o processo de ocupação foi muito semelhante ao da região Norte. Os incentivos
do Governo para estimular o povoamento da região acabaram resultando na invasão de áreas que já eram
ocupadas por povos indígenas, alguma delas através da “grilagem”, ou seja, da falsificação de documentos de
posse. Violentos conflitos acontecem até hoje devido a estas invasões e a demarcação de terras indígenas não
tem sido suficiente para garantir a segurança dos povos indígenas da região.

Uma população de migrantes
•
•

A maior parte da população da região Centro-oeste é constituída por migrantes de todas as regiões do
Brasil
Os migrantes na maioria das vezes eram lavradores que procuravam trabalho nas novas áreas de cultivo
e criação.
•
•

A partir do momento em que os grandes fazendeiros e empresários passaram a adquirir extensas áreas
de terras na região, teve início um processo de concentração fundiária – o que levou ao Êxodo Rural.
Hoje, a região Centro-oeste possui um dos maiores índices de concentração fundiária do país.

Intensa Urbanização
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Concentração populacional nos grandes centros urbanos. Alta taxa de urbanização.
“Inchaço” das principais cidades da região levando a sérios problemas de infra-estrutura, educação,
policiamento, desemprego, etc.
O maior índice de urbanização está em Brasília.
A construção da capital atraiu milhares de trabalhadores de todas as partes do país, principalmente do
Nordeste e de Minas Gerais, São Paulo e Rio de Janeiro.
O crescimento demográfico foi tão intenso que muitos migrantes tiveram que se estabelecer nas
cidades-satélites.
Cidades-satélites são centros urbanos que se localizam no distrito federal, mas que não fazem parte do
plano piloto de Brasília.
Contraste: De um lado a imponência arquitetônica de Brasília, de outro, a precariedade das moradias nas
periferias das cidades satélites.

A INTEGRAÇÃO ECONÔMICA DO CENTRO-OESTE
• Década de 70: Integração da região Centro-oeste com as demais regiões do país, principalmente com a
região Sudeste.
• Avanço da fronteira econômica = maior participação do Centro-oeste na economia nacional.
Potencialidades agrícolas do Centro-oeste (o que tem levado ao aumento da produção de algumas culturas
como a do milho e da soja):
•
•

Incorporação de novas terras agricultáveis por lavouras monocultoras com alto grau de mecanização.
Características naturais da região: relevo plano, solos profundos e pouco pedregosos favorecem a
utilização de tratores, semeadeiras, etc.
• Condições climáticas favoráveis à agricultura.
• O tipo de vegetação do cerrado facilita o desmatamento para a formação de novas lavouras.
• Utilização de técnicas de manejo que aumentam a produtividade das lavouras.
a) Calagem (enriquecimento dos solos com calcário)
b) Irrigação.
Estas técnicas exigem um alto investimento e, portanto, são desenvolvidas por grandes proprietários com
maior capacidade financeira e com apoio do governo federal através de:
• Linhas especiais de crédito e financiamento
• Renegociação de dívidas antigas
• Apoio à exportação da safra – o que garante preços mais elevados a estes produtos.

A pecuária no Centro-oeste
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A pecuária é a atividade mais importante da região.
A bovinocultura é a criação de maior destaque (36% do total nacional)
Destaca-se também a criação de suínos em Goiás e no Mato Grosso do Sul.
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Condições naturais favoráveis (relevo plano, vegetação de cerrado e clima tropical).
Pecuária em geral extensiva.
Bovinocultura é a principal atividade do Pantanal.
Gado destinado basicamente ao corte para abastecer o mercado consumidor do Sudeste, da própria
região e também para exportação.

Agroindústrias e atividades extrativas
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A região Centro-oeste é a menos industrializada do Brasil (apenas 3% da produção industrial)
Maior impulso nas últimas décadas devido à agropecuária. Principalmente devido às agroindústrias.
Presença de indústrias madeireiras no norte do Mato Grosso (área de domínio da floresta Amazônica)
ligada à região Norte – área de atuação da SUDAM.
Exploração de recursos minerais: garimpagem de ouro e diamantes, exploração de níquel, estanho e
amianto.
Maciço do Urucum: uma das principais áreas de mineração da região que possui uma das maiores
reservas de ferro e manganês do país.

Ameaças aos ecossistemas do Centro-oeste
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Uso de métodos predatórios no desenvolvimento das atividades econômicas.
Devastação da floresta Amazônica no Norte do Mato Grosso pela atividade extrativa da madeira.
Desmatamento e queimadas para abertura de áreas de lavoura ou criação ou novos garimpos.
Eliminação da vegetação do Cerrado – avanço da agropecuária e utilização de arvores e arbustos como
lenha em carvoarias.
Falta de um manejo adequado do solo provocando erosão e assoreamento dos rios.
Garimpagem nos rios do Pantanal causando também o assoreamento e a contaminação das águas pelo
mercúrio.

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  • 1. RESUMO REGIÃO: CENTRO-OESTE Não se esqueça, estude pelo livro e pelas atividades feitas em classe! Uma região em expansão • • • • • Ocupação: Início do século XVIII e intensificação a partir do século XX especialmente após a inauguração de Brasília. Baixa densidade demográfica Grande diversidade cultural (migrantes de diversas partes do Brasil e indígenas). Segunda maior região brasileira. Importantes ecossistemas (Floresta Amazônica, Pantanal e Cerrado) OCUPAÇÃO E POVOAMENTO • • • a) b) c) d) e) f) g) Até o início do século XVIII – povos indígenas. Posteriormente teve início o povoamento com a atividade agropecuária e com a descoberta de ouro. Com o fim do ouro, que era de aluvião, o número de migrantes diminuiu. Século XX (década de 50) – Povoamento mais efetivo e integração do Centro-oeste ao espaço geográfico brasileiro: Expansão das áreas de criação de gado bovino e de lavouras na região Centro-oeste devido a grande disponibilidade e o baixo valor de terras. Ampliação do mercado consumidor e da demanda por gêneros agropecuários principalmente no Sudeste fez da região Centro-oeste uma nova área de expansão da fronteira econômica do país. Construção da estrada de ferro Noroeste do Brasil ligando Bauru (SP) a Corumbá (MS) Atuação do Governo Federal promovendo a ocupação criando as colônias de Ceres, em Goiás e de Dourados, no Mato Grosso do Sul. A criação de Brasília em 1950. Este foi o fato que mais contribuiu para o povoamento da região, pois milhares de migrantes foram atraídos para o local de construção da cidade. Construções de rodovias: Belém-Brasília, Cuiabá-Santarém, Cuiabá-Porto Velho, Brasília-Fortaleza e Belo Horizonte-Brasília. O governo incentivou empresas e fazendeiros com benefícios fiscais para que adquirissem terras ao longo das rodovias, o que acabou contribuindo para a grande concentração fundiária na região, ou seja, a presença de latifúndios, que até hoje ainda é marcante na região. A apropriação do espaço indígena: Na região Centro-oeste o processo de ocupação foi muito semelhante ao da região Norte. Os incentivos do Governo para estimular o povoamento da região acabaram resultando na invasão de áreas que já eram ocupadas por povos indígenas, alguma delas através da “grilagem”, ou seja, da falsificação de documentos de posse. Violentos conflitos acontecem até hoje devido a estas invasões e a demarcação de terras indígenas não tem sido suficiente para garantir a segurança dos povos indígenas da região. Uma população de migrantes • • A maior parte da população da região Centro-oeste é constituída por migrantes de todas as regiões do Brasil Os migrantes na maioria das vezes eram lavradores que procuravam trabalho nas novas áreas de cultivo e criação.
  • 2. • • A partir do momento em que os grandes fazendeiros e empresários passaram a adquirir extensas áreas de terras na região, teve início um processo de concentração fundiária – o que levou ao Êxodo Rural. Hoje, a região Centro-oeste possui um dos maiores índices de concentração fundiária do país. Intensa Urbanização • • • • • • • Concentração populacional nos grandes centros urbanos. Alta taxa de urbanização. “Inchaço” das principais cidades da região levando a sérios problemas de infra-estrutura, educação, policiamento, desemprego, etc. O maior índice de urbanização está em Brasília. A construção da capital atraiu milhares de trabalhadores de todas as partes do país, principalmente do Nordeste e de Minas Gerais, São Paulo e Rio de Janeiro. O crescimento demográfico foi tão intenso que muitos migrantes tiveram que se estabelecer nas cidades-satélites. Cidades-satélites são centros urbanos que se localizam no distrito federal, mas que não fazem parte do plano piloto de Brasília. Contraste: De um lado a imponência arquitetônica de Brasília, de outro, a precariedade das moradias nas periferias das cidades satélites. A INTEGRAÇÃO ECONÔMICA DO CENTRO-OESTE • Década de 70: Integração da região Centro-oeste com as demais regiões do país, principalmente com a região Sudeste. • Avanço da fronteira econômica = maior participação do Centro-oeste na economia nacional. Potencialidades agrícolas do Centro-oeste (o que tem levado ao aumento da produção de algumas culturas como a do milho e da soja): • • Incorporação de novas terras agricultáveis por lavouras monocultoras com alto grau de mecanização. Características naturais da região: relevo plano, solos profundos e pouco pedregosos favorecem a utilização de tratores, semeadeiras, etc. • Condições climáticas favoráveis à agricultura. • O tipo de vegetação do cerrado facilita o desmatamento para a formação de novas lavouras. • Utilização de técnicas de manejo que aumentam a produtividade das lavouras. a) Calagem (enriquecimento dos solos com calcário) b) Irrigação. Estas técnicas exigem um alto investimento e, portanto, são desenvolvidas por grandes proprietários com maior capacidade financeira e com apoio do governo federal através de: • Linhas especiais de crédito e financiamento • Renegociação de dívidas antigas • Apoio à exportação da safra – o que garante preços mais elevados a estes produtos. A pecuária no Centro-oeste • • • A pecuária é a atividade mais importante da região. A bovinocultura é a criação de maior destaque (36% do total nacional) Destaca-se também a criação de suínos em Goiás e no Mato Grosso do Sul.
  • 3. • • • • Condições naturais favoráveis (relevo plano, vegetação de cerrado e clima tropical). Pecuária em geral extensiva. Bovinocultura é a principal atividade do Pantanal. Gado destinado basicamente ao corte para abastecer o mercado consumidor do Sudeste, da própria região e também para exportação. Agroindústrias e atividades extrativas • • • • • A região Centro-oeste é a menos industrializada do Brasil (apenas 3% da produção industrial) Maior impulso nas últimas décadas devido à agropecuária. Principalmente devido às agroindústrias. Presença de indústrias madeireiras no norte do Mato Grosso (área de domínio da floresta Amazônica) ligada à região Norte – área de atuação da SUDAM. Exploração de recursos minerais: garimpagem de ouro e diamantes, exploração de níquel, estanho e amianto. Maciço do Urucum: uma das principais áreas de mineração da região que possui uma das maiores reservas de ferro e manganês do país. Ameaças aos ecossistemas do Centro-oeste • • • • • • Uso de métodos predatórios no desenvolvimento das atividades econômicas. Devastação da floresta Amazônica no Norte do Mato Grosso pela atividade extrativa da madeira. Desmatamento e queimadas para abertura de áreas de lavoura ou criação ou novos garimpos. Eliminação da vegetação do Cerrado – avanço da agropecuária e utilização de arvores e arbustos como lenha em carvoarias. Falta de um manejo adequado do solo provocando erosão e assoreamento dos rios. Garimpagem nos rios do Pantanal causando também o assoreamento e a contaminação das águas pelo mercúrio.