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Por uma Cultura de Paz Itamar Teodoro de Faria O mundo da prática:  exigências da atualidade
Por uma Cultura de Paz “ O homem não é o que é, mas é o que não é.”
Por uma Cultura de Paz O que nos move? Qual o motor?
 
Por uma Cultura de Paz Do século I ao XV, 4 milhões de pessoas foram mortas em conflitos bélicos No século XVI, 2 milhões No século XVII, 6 milhões No século XVIII, 7 milhões No século XIX, 19 milhões No século XX, 111 milhões (até agosto de 2000 )  Fonte: The Washington Post
Por uma Cultura de Paz História Humana SUPERAÇÃO  E CONTROLE
Por uma Cultura de Paz Os Tempos Modernos englobam as Idades Moderna e Contemporânea, a partir do advento da Rev. Industrial e da contraposição à Id. Média; Caracteriza-se pelo império da Ciência, massificação do pensamento,  unificação da verdade, tecnização da educação profissional e mecanização da sociedade; O homem mecânico consome o produto.
Por uma Cultura de Paz Atualmente, os eruditos consideram que os referenciais estão desconexos com os princípios da Idade Contemporânea; Portanto, surge a partir de meados do século XX um novo período para a humanidade, chamado de Pós-Modernidade; Suas características são vistas a partir do pós-guerra na arquitetura, artes, literatura, cinematografia e na forma de entender o homem, porém, ainda não há um marco inicial.
Por uma Cultura de Paz Relacionando: Período  Paradigma  Produção  Poder Id. Antiga  Mitológico  Agrícola (1ª)  Terra Id. Média  Teocêntrico (?)  Agrícola (1ª)  Terra Id. Moderna  Antropocêntrico  Manufaturada (2ª)  Capital Id. Contemp.  Antropocêntrico  Manufaturada (2ª)  Capital
Por uma Cultura de Paz Período  Paradigma  Produção  Poder Pós-Modernidade  Tecno-Homo  Tecnológica (3ª)  Informação Obs : A Tecnologia pode produzir e difundir a Informação, mas, só o homem pode processar o  Conhecimento !
Por uma Cultura de Paz Momento sócio-cultural contemporâneo suplantado pelas TICs (Terceira Onda), em que a informação se tornou o principal produto e referencial nas relações de poder, e sócio-político caracterizado pela mundialização, considerada holística, pelo menos na sua primeira fase
Por uma Cultura de Paz As ciências inauguram novos métodos contra-postos aos antigos métodos dos tempos modernos; Surgem a Comunicação de Massa (50), a Inteligência Artificial (50), a Conquista Espacial (60), as TICs – Tecnologias da Informação e da Comunicação (70, 80 e 90); Finda-se a polarização política e surge a mundialização.
Por uma Cultura de Paz Devido aos desgastes do modo de produção industrial, surge o homem pós-moderno, preocupado com seu próprio equilíbrio emocional e sua sobrevivência; Por isso, surgem a Inteligência Emocional e os movimentos eticistas; As TICs e o dinamismo pós-moderno conduzem à valorização do homem com habilidade e competências, somadas a um conhecimento geral amplo: Tudo é novo e improvável (Profº Milton Santos).
Por uma Cultura de Paz DIALÉTICA HISTÓRICA  A Teoria da História afirma a necessidade de ambigüidades como molas propulsoras do processo histórico; Após o fim da dialética entre Capitalismo e Socialismo, Francis Fokuyama edita o livro “O Fim da História”; Nasce uma nova dialética: Tecno x Homo! Qual o nosso papel nesse contexto?
Por uma Cultura de Paz Em contraposição ao homem mecânico (Id. Moderna),  a Pós-Modernidade conduz a reconstrução de um homem pleno: Psico-bio-energético (Alvin Toffler): Psico: Emocional Humano, em perfeito equilíbrio para o aumento da produtividade; Bio: O homem técnico apto a enfrentar o novo; Energético: O homem em perfeita sintonia com a Biodiversidade (Criador - Deus / Criatura – Homem e Natureza);
Por uma Cultura de Paz Supervaloriza-se a formação humana e profissional:  Holismo;  Cultura Geral + Habiliades e Competências + Equilíbrio  Emocional = Perfil Profissional Contemporâneo; (As ISO começam a exigir qualidade de vida para o  profissional como pré-requisito da Certificação)
Por uma Cultura de Paz QUATRO PILARES DA EDUCAÇÃO DO XXI  Saber Ser: Homem ético, com responsabilidade social e  equilibrado emocionalmente; Saber Conviver: Homem em perfeito equilíbrio com a  diversidade, em busca de soluções comuns; Saber Conhecer: Homem aprendente inserido na educação  continuada; Saber Fazer: Homem competente e habilidoso para fazer  frente a situações imprevisíveis.  com desafios inesperados.
Por uma Cultura de Paz A incerteza, o aleatório “ O surgimento do novo não pode ser previsto, senão não seria novo. [...] A história não constitui uma evolução linear... é um complexo de ordem, desordem e organização... Obedece, ao mesmo tempo, a determinismos e aos acasos... Ela tem sempre duas faces opostas: civilização e barbárie, criação e destruição, gênese e morte...” [...] Nossa realidade não é outra senão nossa idéia de realidade... Importa ser realista no sentido complexo: compreender a incerteza do real, saber que há algo possível ainda invisível no real.” Edgar Morin, em  Os sete saberes necessários à educação do futuro
Por uma Cultura de Paz
Por uma Cultura de Paz A beleza da incerteza “ Tudo que comporta oportunidade comporta risco, e o pensamento deve reconhecer as oportunidades de riscos como os  riscos das oportunidades ... saibamos, então, esperar o inesperado e trabalhar pelo improvável.” - Morin
Por uma Cultura de Paz Diálogo O DIÁLOGO TEM POR FINALIDADE  A COMPREENSÃO DA CONSCIÊNCIA EM SI MESMA,  BEM COMO INVESTIGAR A NATUREZA DOS RELACIONAMENTOS E COMUNICAÇÕES  DO COTIDIANO. David Bohn
Por uma Cultura de Paz Diálogo O CONSTRUTO DO MODELO MENTAL DOMINANTE VALORES  DETERMINANTES Ganhe, não perca Mantenha o controle Evite embaraços Mantenha-se racional CONSTRUTO Eu:  Sei a resposta correta O Outro:  É desinformado ou mal intencionado A  Tarefa:  Fazer com que ele veja as coisas à minha maneira
Por uma Cultura de Paz Diálogo CONSTRUTO MODIFICADO Eu: Sou rico em dados e experiência, mas posso não perceber e/ou entender tudo. O Outro: Ele pode ver coisas que não vejo, e elas podem contribuir para minha compreensão. A Tarefa: Acessar nossa inteligência coletiva para fazer as melhores escolhas.
Por uma Cultura de Paz DIÁLOGO Visa abrir questões Visa mostrar Visa estabelecer relações Visa compartilhar idéias Visa questionar e aprender Visa compreender Vê a interação entre as partes e o todo Faz emergir idéias Busca a pluralidade de idéias DISCUSSÃO / DEBATE Visa fechar questões Visa convencer Visa demarcar posições Visa defender idéias Visa persuadir e ensinar Visa explicar Visa as partes em separado Descarta as idéias “vencidas” Busca o acordo sobre uma ou poucas idéias DIÁLOGO  E  DISCUSSÃO: AS  DIFERENÇAS
Por uma Cultura de Paz Respeitar as diferenças e a diversidade. GUIAS PARA O DIÁLOGO Ouvir para aprender algo novo, não para conferir com crenças prévias [pressupostos].  Suspender temporariamente os pressupostos, idéias prévias, crenças, “certezas”. Refletir sem julgar.  O objetivo é aprender e criar, e não “estar certo” nem “sair vencedor”.
Por uma Cultura de Paz “ Encontrei hoje em ruas, separadamente, dois amigos meus que se haviam zangado um com o outro. Cada um me contou a narrativa de por que se haviam zangado. Cada um me disse a verdade. Cada um me contou as suas razões. Ambos tinham razão. Ambos tinham toda a razão. Não era que um via uma coisa e outro outra, ou que um via um lado das coisas e outro um lado diferente. Não: cada um via as coisas exatamente como se haviam passado, cada um via as coisas  com um critério idêntico ao do outro, mas cada um via uma coisa diferente, e cada um, portanto, tinha razão. Fiquei confuso dessa dupla existência da verdade.” FERNANDO PESSOA
Por uma Cultura de Paz Obrigado pela atenção!  Sucesso! Itamar Faria [email_address]
 

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O mundo da prática exigências da atualidade

  • 1. Por uma Cultura de Paz Itamar Teodoro de Faria O mundo da prática: exigências da atualidade
  • 2. Por uma Cultura de Paz “ O homem não é o que é, mas é o que não é.”
  • 3. Por uma Cultura de Paz O que nos move? Qual o motor?
  • 4.  
  • 5. Por uma Cultura de Paz Do século I ao XV, 4 milhões de pessoas foram mortas em conflitos bélicos No século XVI, 2 milhões No século XVII, 6 milhões No século XVIII, 7 milhões No século XIX, 19 milhões No século XX, 111 milhões (até agosto de 2000 )  Fonte: The Washington Post
  • 6. Por uma Cultura de Paz História Humana SUPERAÇÃO E CONTROLE
  • 7. Por uma Cultura de Paz Os Tempos Modernos englobam as Idades Moderna e Contemporânea, a partir do advento da Rev. Industrial e da contraposição à Id. Média; Caracteriza-se pelo império da Ciência, massificação do pensamento, unificação da verdade, tecnização da educação profissional e mecanização da sociedade; O homem mecânico consome o produto.
  • 8. Por uma Cultura de Paz Atualmente, os eruditos consideram que os referenciais estão desconexos com os princípios da Idade Contemporânea; Portanto, surge a partir de meados do século XX um novo período para a humanidade, chamado de Pós-Modernidade; Suas características são vistas a partir do pós-guerra na arquitetura, artes, literatura, cinematografia e na forma de entender o homem, porém, ainda não há um marco inicial.
  • 9. Por uma Cultura de Paz Relacionando: Período Paradigma Produção Poder Id. Antiga Mitológico Agrícola (1ª) Terra Id. Média Teocêntrico (?) Agrícola (1ª) Terra Id. Moderna Antropocêntrico Manufaturada (2ª) Capital Id. Contemp. Antropocêntrico Manufaturada (2ª) Capital
  • 10. Por uma Cultura de Paz Período Paradigma Produção Poder Pós-Modernidade Tecno-Homo Tecnológica (3ª) Informação Obs : A Tecnologia pode produzir e difundir a Informação, mas, só o homem pode processar o Conhecimento !
  • 11. Por uma Cultura de Paz Momento sócio-cultural contemporâneo suplantado pelas TICs (Terceira Onda), em que a informação se tornou o principal produto e referencial nas relações de poder, e sócio-político caracterizado pela mundialização, considerada holística, pelo menos na sua primeira fase
  • 12. Por uma Cultura de Paz As ciências inauguram novos métodos contra-postos aos antigos métodos dos tempos modernos; Surgem a Comunicação de Massa (50), a Inteligência Artificial (50), a Conquista Espacial (60), as TICs – Tecnologias da Informação e da Comunicação (70, 80 e 90); Finda-se a polarização política e surge a mundialização.
  • 13. Por uma Cultura de Paz Devido aos desgastes do modo de produção industrial, surge o homem pós-moderno, preocupado com seu próprio equilíbrio emocional e sua sobrevivência; Por isso, surgem a Inteligência Emocional e os movimentos eticistas; As TICs e o dinamismo pós-moderno conduzem à valorização do homem com habilidade e competências, somadas a um conhecimento geral amplo: Tudo é novo e improvável (Profº Milton Santos).
  • 14. Por uma Cultura de Paz DIALÉTICA HISTÓRICA A Teoria da História afirma a necessidade de ambigüidades como molas propulsoras do processo histórico; Após o fim da dialética entre Capitalismo e Socialismo, Francis Fokuyama edita o livro “O Fim da História”; Nasce uma nova dialética: Tecno x Homo! Qual o nosso papel nesse contexto?
  • 15. Por uma Cultura de Paz Em contraposição ao homem mecânico (Id. Moderna), a Pós-Modernidade conduz a reconstrução de um homem pleno: Psico-bio-energético (Alvin Toffler): Psico: Emocional Humano, em perfeito equilíbrio para o aumento da produtividade; Bio: O homem técnico apto a enfrentar o novo; Energético: O homem em perfeita sintonia com a Biodiversidade (Criador - Deus / Criatura – Homem e Natureza);
  • 16. Por uma Cultura de Paz Supervaloriza-se a formação humana e profissional: Holismo; Cultura Geral + Habiliades e Competências + Equilíbrio Emocional = Perfil Profissional Contemporâneo; (As ISO começam a exigir qualidade de vida para o profissional como pré-requisito da Certificação)
  • 17. Por uma Cultura de Paz QUATRO PILARES DA EDUCAÇÃO DO XXI Saber Ser: Homem ético, com responsabilidade social e equilibrado emocionalmente; Saber Conviver: Homem em perfeito equilíbrio com a diversidade, em busca de soluções comuns; Saber Conhecer: Homem aprendente inserido na educação continuada; Saber Fazer: Homem competente e habilidoso para fazer frente a situações imprevisíveis. com desafios inesperados.
  • 18. Por uma Cultura de Paz A incerteza, o aleatório “ O surgimento do novo não pode ser previsto, senão não seria novo. [...] A história não constitui uma evolução linear... é um complexo de ordem, desordem e organização... Obedece, ao mesmo tempo, a determinismos e aos acasos... Ela tem sempre duas faces opostas: civilização e barbárie, criação e destruição, gênese e morte...” [...] Nossa realidade não é outra senão nossa idéia de realidade... Importa ser realista no sentido complexo: compreender a incerteza do real, saber que há algo possível ainda invisível no real.” Edgar Morin, em Os sete saberes necessários à educação do futuro
  • 19. Por uma Cultura de Paz
  • 20. Por uma Cultura de Paz A beleza da incerteza “ Tudo que comporta oportunidade comporta risco, e o pensamento deve reconhecer as oportunidades de riscos como os riscos das oportunidades ... saibamos, então, esperar o inesperado e trabalhar pelo improvável.” - Morin
  • 21. Por uma Cultura de Paz Diálogo O DIÁLOGO TEM POR FINALIDADE A COMPREENSÃO DA CONSCIÊNCIA EM SI MESMA, BEM COMO INVESTIGAR A NATUREZA DOS RELACIONAMENTOS E COMUNICAÇÕES DO COTIDIANO. David Bohn
  • 22. Por uma Cultura de Paz Diálogo O CONSTRUTO DO MODELO MENTAL DOMINANTE VALORES DETERMINANTES Ganhe, não perca Mantenha o controle Evite embaraços Mantenha-se racional CONSTRUTO Eu: Sei a resposta correta O Outro: É desinformado ou mal intencionado A Tarefa: Fazer com que ele veja as coisas à minha maneira
  • 23. Por uma Cultura de Paz Diálogo CONSTRUTO MODIFICADO Eu: Sou rico em dados e experiência, mas posso não perceber e/ou entender tudo. O Outro: Ele pode ver coisas que não vejo, e elas podem contribuir para minha compreensão. A Tarefa: Acessar nossa inteligência coletiva para fazer as melhores escolhas.
  • 24. Por uma Cultura de Paz DIÁLOGO Visa abrir questões Visa mostrar Visa estabelecer relações Visa compartilhar idéias Visa questionar e aprender Visa compreender Vê a interação entre as partes e o todo Faz emergir idéias Busca a pluralidade de idéias DISCUSSÃO / DEBATE Visa fechar questões Visa convencer Visa demarcar posições Visa defender idéias Visa persuadir e ensinar Visa explicar Visa as partes em separado Descarta as idéias “vencidas” Busca o acordo sobre uma ou poucas idéias DIÁLOGO E DISCUSSÃO: AS DIFERENÇAS
  • 25. Por uma Cultura de Paz Respeitar as diferenças e a diversidade. GUIAS PARA O DIÁLOGO Ouvir para aprender algo novo, não para conferir com crenças prévias [pressupostos]. Suspender temporariamente os pressupostos, idéias prévias, crenças, “certezas”. Refletir sem julgar. O objetivo é aprender e criar, e não “estar certo” nem “sair vencedor”.
  • 26. Por uma Cultura de Paz “ Encontrei hoje em ruas, separadamente, dois amigos meus que se haviam zangado um com o outro. Cada um me contou a narrativa de por que se haviam zangado. Cada um me disse a verdade. Cada um me contou as suas razões. Ambos tinham razão. Ambos tinham toda a razão. Não era que um via uma coisa e outro outra, ou que um via um lado das coisas e outro um lado diferente. Não: cada um via as coisas exatamente como se haviam passado, cada um via as coisas com um critério idêntico ao do outro, mas cada um via uma coisa diferente, e cada um, portanto, tinha razão. Fiquei confuso dessa dupla existência da verdade.” FERNANDO PESSOA
  • 27. Por uma Cultura de Paz Obrigado pela atenção! Sucesso! Itamar Faria [email_address]
  • 28.