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Nazismo - Regime político de caráter autoritário que se desenvolve na Alemanha durante as
sucessivas crises da República de Weimar (1919-1933).
Baseia-se na doutrina do nacional-socialismo, formulada por Adolf Hitler (1889-1945), que orienta
o programa do Partido Nacional-Socialista dos Trabalhadores Alemães (NSDAP). A essência da
ideologia nazista encontra-se no livro de Hitler, Minha Luta(Mein Kampf). Nacionalista, defende o
racismo e a superioridade da raça ariana; nega as instituições da democracia liberal e a revolução
socialista; apóia o campesinato e o totalitarismo; e luta pelo expansionismo alemão.
Nazismo
Após a Primeira Guerra Mundial, a Alemanha foi palco de uma revolução democrática que se
instaurou no país. A primeira grande dificuldade da jovem república foi ter que assinar, em 1919, o
Tratado de Versalhes que, impunha pesadas obrigações à Alemanha.
À medida que os conflitos sociais foram se intensificando, surgiram no cenário político-alemão
partidos ultranacionalistas, radicalmente contrários ao socialismo. Curiosamente, um desses
partidos chamava-se Partido Nacional Socialista dos Trabalhadores Alemães (Partido Nazista) e
era liderado por um ex-cabo de nome Adolf Hitler. As eleições presidenciais de 1925 foram
vencidas pelo velho Von Hindenburg que, com a ajuda do capital estrangeiro, especialmente
norte-americano, conseguiu com que a economia do país voltasse a crescer lentamente. Esse
crescimento, porém, perdurou somente até 1929.
Foi quando a crise econômica atingiu com tal força a Alemanha, que, em 1932, já havia no país
mais de 6 milhões de desempregados. Nesse contexto de crise, os milhões de desempregados,
bem como muitos integrantes dos grupos dominantes, passaram a acreditar nas promessas de
Hitler de transformar a Alemanha num país rico e poderoso. Assim, nas eleições parlamentares
de 1932, o Partido Nazista conseguiu obter 38% dos votos (230 deputados), mais do que
qualquer outro partido.
Valendo-se disso, os nazistas passaram a pressionar o presidente e este concedeu a Hitler o
cargo de chanceler (chefe do governo). No poder, Hitler conseguiu rapidamente que o Parlamento
aprovasse uma lei que lhe permitia governar sem dar satisfação de seus atos a ninguém. Em
seguida, com base nessa lei, ordenou a dissolução de todos os partidos, com exceção do Partido
Nazista. Em agosto de 1934, morreu Hindenburg e Hitler passou a ser o presidente da Alemanha,
com o título de Führer (guia, condutor).
Fortalecido, o Führer lançou mão de uma propaganda sedutora e de violência policial para
implantar a mais cruel ditadura que a humanidade já conhecera. A propaganda era dirigida por
Joseph Goebbles, doutor em Humanidades e responsável pelo Ministério da Educação do Povo e
da Propaganda. Esse órgão era encarregado de manter um rígido controle sobre os meios de
comunicação, escolas e universidades e de produzir discursos, hinos, símbolos, saudações e
palavras de ordem nazista. Já a violência policial esteve sob o comando de Heinrich Himmler, um
racista extremado que se utilizava da SS (tropas de elite), das SA (tropas de choque) e da
Gestapo (polícia secreta de Estado) para prender, torturar e eliminar os inimigos do nazismo.
No plano econômico, o governo hitlerista estimulou o crescimento da agricultura, da indústria de
base e, sobretudo, da indústria bélica. Com isso, o desemprego diminuiu, o regime ganhou novos
adeptos e a Alemanha voltou a se equipar novamente, ignorando os termos do Tratado de
Versalhes.
O fascismo é uma doutrina totalitária desenvolvida por Benito Mussolini na Itália, a partir de 1919,
durante seu governo (1922–1943 e 1943–1945). Fascismo deriva de fascio, nome de grupos
políticos ou de militância que surgiram na Itália entre fins do século XIX e começo do século XX;
mas também de fasces, que nos tempos do Império Romano era um símbolo dos magistrados:
um machado cujo cabo era rodeado de varas, simbolizando o poder do Estado e a unidade do
povo. Os fascistas italianos também ficaram conhecidos pela expressão camisas negras, em
virtude do uniforme que utilizavam.O fascismo é uma doutrina e uma prática política estadista e
coletivista, opondo-se aos diversos liberalismos, socialismos e democracias.
A palavra fascismo adquiriu o significado de qualquer sistema de governo que, de maneira
semelhante ao de Benito Mussolini, exalta o Estado e usa modernas técnicas de propaganda e
censura para suprimir a oposição política, fazendo uma severa arregimentação econômica, social
e cultural, sustentando-se no nacionalismo e por vezes na xenofobia (nacionalismo étnico),
privilegiando os nascidos no próprio país, apresentando uma certa apatia ou indiferença para com
os imigrantes.
Fascismo
Regime político de caráter totalitário que surge na Europa no entre - guerras (1919-1939).
Originalmente é empregado para denominar o regime político implantado pelo italiano Benito
Mussolini entre 1919 e 1943.
Suas principais características são o nacionalismo, que tem a nação como forma suprema de
desenvolvimento, e o corporativismo, em que os sindicatos patronais e trabalhistas são os
mediadores das relações trabalhistas. O fascismo nasce oficialmente em 1919, em Milão, quando
Mussolini funda o movimento intitulado Fascio de Combatimento, cujos integrantes, os camisas
pretas (camicie nere), se opõem à classe liberal. Em 1922, as milícias fascistas desfilam na
Marcha sobre Roma. Pretendem tomar o poder militarmente e ocupam prédios públicos e
estações ferroviárias, exigindo a formação de um novo gabinete.
Mussolini é convocado para chefiar o governo do país, que atravessa profunda crise econômica,
agravada por greves e manifestações de trabalhadores. Por meio de fraudes, os fascistas
conseguem maioria parlamentar. Em seguida, Mussolini dissolve os partidos de oposição,
persegue parlamentares oposicionistas e passa a governar por decretos.
As características do regime são cerceamento da liberdade civil e política, unipartidarismo, derrota
dos movimentos de esquerda e limitação ao direito dos empresários de administrar sua força de
trabalho. A política adotada, entretanto, é eficiente na modernização da economia industrial e na
diminuição do desemprego.
Os fatores que promoveram a ascensão destes dois regimes tanto na Alemanha e na Itália
quanto em outros países da Europa e na América, foram:
Os problemas econômicos ocorridos nestes locais após a Guerra;
A ignorância da grande massa popular, a qual se deixava levar facilmente pelas ideias
totalitaristas em troca de pequenas melhoras nas suas vidas;
A rejeição às ideias opostas, de movimentos como o comunismo e o anarquismo que promoviam
certa desordem na sociedade através de suas manifestações;
A influência de pessoas da alta sociedades, industriais, militares, etc. Pessoas que inspiravam
confiança e que se beneficiavam financeiramente com tais regimes;
As dificuldades das classes trabalhadoras com a crise econômica.
Principais características do nazi-fascismo:
- Nacionalismo: valorização exacerbada da cultura, símbolos (bandeiras, hinos, heróis nacionais)
e valores da nação.
- Totalitarismo: concentração de poderes nas mãos do líder da nação. Falta total de democracia e
liberdade. No sistema totalitário as pessoas devem seguir tudo que é determinado pelo governo.
Os opositores são presos e, em muito casos, executados.
- Militarismo: investimentos pesados no desenvolvimento e produção de armas. Além de proteção,
os nazifascistas defendiam o uso deste poderio militar para fins de expansão territorial.
- Anticomunismo: os comunistas foram culpados pelos nazifascistas como sendo os grandes
responsáveis pelos problemas sociais e econômicos existentes. Muitos comunistas foram
perseguidos, presos e executados pelos nazifascistas da Alemanha e Itália.
- Anti-liberalismo: ao invés da liberdade econômica, defendiam o controle econômico por parte do
governo. O governo deveria controlar a economia, visando o desenvolvimento da nação.
- Romantismo: para os nazifascistas a razão não seria capaz de gerar o desenvolvimento de uma
nação, mas sim o auto-sacrifício, as atitudes heroicas, o amor a pátria e a fé e dedicação
incondicional ao líder político.
- Antissemitismo: atitudes de preconceito e violência contra judeus. De acordo com os seguidores
do nazi-fascismo, os judeus eram, junto com os comunistas, os grandes responsáveis pelos
problemas econômicos do mundo. Dentro deste pensamento, Hitler tentou eliminar os judeus
durante a Segunda Guerra Mundial, matando-os em campos de concentração. Este evento ficou
conhecido como Holocausto.
- Idealismo: transformação das coisas baseada nos anseios e instintos.
- Expansionismo: busca de expansão territorial através de invasões, ocupação e domínios de
territórios de outros países. Para isso era necessário investir no setor bélico e promover guerras.
Baseado neste ideal, a Alemanha Nazista invadiu a Polônia em 1939, dando início a Segunda
Guerra Mundial.
- Superioridade racial: linha de pensamento que defende a ideia de que algumas raças são mais
desenvolvidas do que outras. Os nazistas, por exemplo, defendiam que os arianos (no caso
homens brancos alemães) eram superiores às outras raças e, portanto, deveriam exercer a
supremacia mundial.

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Nazismo

  • 1. Nazismo - Regime político de caráter autoritário que se desenvolve na Alemanha durante as sucessivas crises da República de Weimar (1919-1933). Baseia-se na doutrina do nacional-socialismo, formulada por Adolf Hitler (1889-1945), que orienta o programa do Partido Nacional-Socialista dos Trabalhadores Alemães (NSDAP). A essência da ideologia nazista encontra-se no livro de Hitler, Minha Luta(Mein Kampf). Nacionalista, defende o racismo e a superioridade da raça ariana; nega as instituições da democracia liberal e a revolução socialista; apóia o campesinato e o totalitarismo; e luta pelo expansionismo alemão. Nazismo Após a Primeira Guerra Mundial, a Alemanha foi palco de uma revolução democrática que se instaurou no país. A primeira grande dificuldade da jovem república foi ter que assinar, em 1919, o Tratado de Versalhes que, impunha pesadas obrigações à Alemanha. À medida que os conflitos sociais foram se intensificando, surgiram no cenário político-alemão partidos ultranacionalistas, radicalmente contrários ao socialismo. Curiosamente, um desses partidos chamava-se Partido Nacional Socialista dos Trabalhadores Alemães (Partido Nazista) e era liderado por um ex-cabo de nome Adolf Hitler. As eleições presidenciais de 1925 foram vencidas pelo velho Von Hindenburg que, com a ajuda do capital estrangeiro, especialmente norte-americano, conseguiu com que a economia do país voltasse a crescer lentamente. Esse crescimento, porém, perdurou somente até 1929. Foi quando a crise econômica atingiu com tal força a Alemanha, que, em 1932, já havia no país mais de 6 milhões de desempregados. Nesse contexto de crise, os milhões de desempregados, bem como muitos integrantes dos grupos dominantes, passaram a acreditar nas promessas de Hitler de transformar a Alemanha num país rico e poderoso. Assim, nas eleições parlamentares de 1932, o Partido Nazista conseguiu obter 38% dos votos (230 deputados), mais do que qualquer outro partido. Valendo-se disso, os nazistas passaram a pressionar o presidente e este concedeu a Hitler o cargo de chanceler (chefe do governo). No poder, Hitler conseguiu rapidamente que o Parlamento aprovasse uma lei que lhe permitia governar sem dar satisfação de seus atos a ninguém. Em seguida, com base nessa lei, ordenou a dissolução de todos os partidos, com exceção do Partido Nazista. Em agosto de 1934, morreu Hindenburg e Hitler passou a ser o presidente da Alemanha, com o título de Führer (guia, condutor). Fortalecido, o Führer lançou mão de uma propaganda sedutora e de violência policial para implantar a mais cruel ditadura que a humanidade já conhecera. A propaganda era dirigida por Joseph Goebbles, doutor em Humanidades e responsável pelo Ministério da Educação do Povo e da Propaganda. Esse órgão era encarregado de manter um rígido controle sobre os meios de comunicação, escolas e universidades e de produzir discursos, hinos, símbolos, saudações e palavras de ordem nazista. Já a violência policial esteve sob o comando de Heinrich Himmler, um racista extremado que se utilizava da SS (tropas de elite), das SA (tropas de choque) e da Gestapo (polícia secreta de Estado) para prender, torturar e eliminar os inimigos do nazismo. No plano econômico, o governo hitlerista estimulou o crescimento da agricultura, da indústria de base e, sobretudo, da indústria bélica. Com isso, o desemprego diminuiu, o regime ganhou novos adeptos e a Alemanha voltou a se equipar novamente, ignorando os termos do Tratado de Versalhes.
  • 2. O fascismo é uma doutrina totalitária desenvolvida por Benito Mussolini na Itália, a partir de 1919, durante seu governo (1922–1943 e 1943–1945). Fascismo deriva de fascio, nome de grupos políticos ou de militância que surgiram na Itália entre fins do século XIX e começo do século XX; mas também de fasces, que nos tempos do Império Romano era um símbolo dos magistrados: um machado cujo cabo era rodeado de varas, simbolizando o poder do Estado e a unidade do povo. Os fascistas italianos também ficaram conhecidos pela expressão camisas negras, em virtude do uniforme que utilizavam.O fascismo é uma doutrina e uma prática política estadista e coletivista, opondo-se aos diversos liberalismos, socialismos e democracias. A palavra fascismo adquiriu o significado de qualquer sistema de governo que, de maneira semelhante ao de Benito Mussolini, exalta o Estado e usa modernas técnicas de propaganda e censura para suprimir a oposição política, fazendo uma severa arregimentação econômica, social e cultural, sustentando-se no nacionalismo e por vezes na xenofobia (nacionalismo étnico), privilegiando os nascidos no próprio país, apresentando uma certa apatia ou indiferença para com os imigrantes. Fascismo Regime político de caráter totalitário que surge na Europa no entre - guerras (1919-1939). Originalmente é empregado para denominar o regime político implantado pelo italiano Benito Mussolini entre 1919 e 1943. Suas principais características são o nacionalismo, que tem a nação como forma suprema de desenvolvimento, e o corporativismo, em que os sindicatos patronais e trabalhistas são os mediadores das relações trabalhistas. O fascismo nasce oficialmente em 1919, em Milão, quando Mussolini funda o movimento intitulado Fascio de Combatimento, cujos integrantes, os camisas pretas (camicie nere), se opõem à classe liberal. Em 1922, as milícias fascistas desfilam na Marcha sobre Roma. Pretendem tomar o poder militarmente e ocupam prédios públicos e estações ferroviárias, exigindo a formação de um novo gabinete. Mussolini é convocado para chefiar o governo do país, que atravessa profunda crise econômica, agravada por greves e manifestações de trabalhadores. Por meio de fraudes, os fascistas conseguem maioria parlamentar. Em seguida, Mussolini dissolve os partidos de oposição, persegue parlamentares oposicionistas e passa a governar por decretos. As características do regime são cerceamento da liberdade civil e política, unipartidarismo, derrota dos movimentos de esquerda e limitação ao direito dos empresários de administrar sua força de trabalho. A política adotada, entretanto, é eficiente na modernização da economia industrial e na diminuição do desemprego. Os fatores que promoveram a ascensão destes dois regimes tanto na Alemanha e na Itália quanto em outros países da Europa e na América, foram: Os problemas econômicos ocorridos nestes locais após a Guerra; A ignorância da grande massa popular, a qual se deixava levar facilmente pelas ideias totalitaristas em troca de pequenas melhoras nas suas vidas; A rejeição às ideias opostas, de movimentos como o comunismo e o anarquismo que promoviam certa desordem na sociedade através de suas manifestações; A influência de pessoas da alta sociedades, industriais, militares, etc. Pessoas que inspiravam confiança e que se beneficiavam financeiramente com tais regimes; As dificuldades das classes trabalhadoras com a crise econômica.
  • 3. Principais características do nazi-fascismo: - Nacionalismo: valorização exacerbada da cultura, símbolos (bandeiras, hinos, heróis nacionais) e valores da nação. - Totalitarismo: concentração de poderes nas mãos do líder da nação. Falta total de democracia e liberdade. No sistema totalitário as pessoas devem seguir tudo que é determinado pelo governo. Os opositores são presos e, em muito casos, executados. - Militarismo: investimentos pesados no desenvolvimento e produção de armas. Além de proteção, os nazifascistas defendiam o uso deste poderio militar para fins de expansão territorial. - Anticomunismo: os comunistas foram culpados pelos nazifascistas como sendo os grandes responsáveis pelos problemas sociais e econômicos existentes. Muitos comunistas foram perseguidos, presos e executados pelos nazifascistas da Alemanha e Itália. - Anti-liberalismo: ao invés da liberdade econômica, defendiam o controle econômico por parte do governo. O governo deveria controlar a economia, visando o desenvolvimento da nação. - Romantismo: para os nazifascistas a razão não seria capaz de gerar o desenvolvimento de uma nação, mas sim o auto-sacrifício, as atitudes heroicas, o amor a pátria e a fé e dedicação incondicional ao líder político. - Antissemitismo: atitudes de preconceito e violência contra judeus. De acordo com os seguidores do nazi-fascismo, os judeus eram, junto com os comunistas, os grandes responsáveis pelos problemas econômicos do mundo. Dentro deste pensamento, Hitler tentou eliminar os judeus durante a Segunda Guerra Mundial, matando-os em campos de concentração. Este evento ficou conhecido como Holocausto. - Idealismo: transformação das coisas baseada nos anseios e instintos. - Expansionismo: busca de expansão territorial através de invasões, ocupação e domínios de territórios de outros países. Para isso era necessário investir no setor bélico e promover guerras. Baseado neste ideal, a Alemanha Nazista invadiu a Polônia em 1939, dando início a Segunda Guerra Mundial. - Superioridade racial: linha de pensamento que defende a ideia de que algumas raças são mais desenvolvidas do que outras. Os nazistas, por exemplo, defendiam que os arianos (no caso homens brancos alemães) eram superiores às outras raças e, portanto, deveriam exercer a supremacia mundial.