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PROCESSO FONOLÓGICO NA COMPOSIÇÃO DA PRONÚNCIA DO “R”
ANDROFLEXO NO ESTADO DO MATO GROSSO DO SUL.
A importância desse caminho na formação de professores.
Hellen Carolline Pinho Rohr1
carolline_e@hotmail.com
Rebeca Cacho de Souza2
cacho.rebeca@gmail.com
Formação de Professores: Repensando o Currículo e Prática Pedagógica 3
Comunicação Oral
Instituto de Educação Professora Marisa Serrano – OMEP/BR/MS
Resumo: Este artigo que tem como tema Processo Fonológico na Composição da
Pronúncia do “R” Androflexo na capital do Estado do Mato Grosso do Sul – A
importância desse caminho na formação de professores, estuda uma das particularidades
fonéticas da Língua Portuguesa observada em Campo Grande – Mato Grosso do Sul.
Observou-se que em oposição a pronuncia do “R” pelos paulistanos, na capital sul-
mato-grossense essa pronúncia se dá segundo uma variação conhecida popularmente
como “caipira”. Para a investigação desse fenômeno escolheu-se o enfoque histórico de
acordo com LEITE (2009), RODRIGUES (2011), mais especificamente à luz da
fonética e fonologia, por CRISTÓFARO (2003). A partir da confirmação deste
fenômeno cultural elegeram-se ainda algumas pronúncias como as dos mineiros e
paulistanos com o objetivo de analisá-las em oposição à campo-grandense quanto seu
segmento, vozeamento, articulação e nasalização. Desta forma, pode-se finalmente
compreender a diversidade e pré conceitos que podem ser gerados e mediados dentro da
sala de aula.
1 Professora no Instituto de Educação Professora Marisa Serrano da OMEP/BR/MS, Graduada em
Pedagogia pela Faculdade Mato Grosso do Sul.
2 Professora no Instituto de Educação Professora Marisa Serrano da OMEP/BR/MS, Graduada em
Pedagogia pela Universidade Federal Mato Grosso do Sul e cursando Letras na Universidade Estadual
Mato Grosso do Sul.
3 Eixo temático
Introdução
Dentro de uma preocupação com o preconceito lingüístico existente, inclusive
no ensino básico, com a pronúncia sul mato-grossense do “R”, buscou se um
aprofundamento em sua constituição para que haja a possibilidade de intervenções que
não sejam oriundas apenas do senso-comum, demonstrando a relevância de se
aprofundar sobre este tema. Para compreender como se deu a composição da pronúncia
do “R” dito “caipira”, tal e qual é falado em Campo Grande, buscou-se entender
inicialmente os papéis da Fonética e da Fonologia, para saber de que recursos lançar
mão no estudo proposto. Feito isso se verificou o histórico da composição da população
em questão, remetendo aos primeiros habitantes da região e migrantes mais expressivos.
Tal verificação levou a um grupo de amostras que permitiram a comparação de
pronúncia, estabelecendo ou refutando uma relação de semelhança com relação ao
padrão observado na nossa capital.
Por fim, apresenta-se uma reflexão acerca do papel do professor frente a
situações de preconceitos linguísticos e da escola como ambiente acolhedor e
responsável também pela construção de identidades de diferentes sujeitos, independente
de classe social ou econômica.
Fonética e da Fonologia
Para Callou e Leite, fonética e fonologia divergem em seu objeto de estudo, a
primeira estuda os sons como entidades físico-articulatórias isoladas, enquanto que a
outra estuda os sons do ponto de vista funcional como elementos que integram um
sistema lingüístico determinado. Então, se diferenciam por que a uma cumpre descrever
os sons da linguagem e analisar suas particularidades articulatórias, acústicas e
perceptivas, e à outra cabe estudar as diferenças fônicas intencionais, distintivas, isto é,
que se vinculam as diferenças de significação, estabelecer como se relacionam entre si
os elementos de diferenciação e quais as condições em que se combinam uns com os
outros para formar morfemas, palavras e frases. Distingue-se fonética de fonologia
porque para aquela, não interessam mudança de significação em função de troca ou
supressão de sons seus arranjos e disposições lineares no contínuo sonoro. À fonética
interessa o som da fala ou o fone, e à fonologia o fonema. Ambas têm sido entendidas
como interdependentes, uma vez que para qualquer estudo fonológico é indispensável
partir do conteúdo fonético, articulatório e/ou acústico para determinar quais são as
unidades distintivas de cada língua. Ainda segundo Callou e Leite, o fato de suas
caracterizações serem como ciência que trata da substância da expressão (fonética) e
ciência que trata da forma da expressão (fonologia), é aceita pela maioria dos linguístas,
por não opor as áreas do saber ou afetar a independência e autonomia de cada uma
delas.
No curso de linguística geral de Saussure, podemos perceber a diferença de
modo claro no que se refere à fonética e fonologia, respectivamente, o estudo da
evolução dos sons – uma análise das transformações do movimento do tempo enquanto
a segunda linha não se instaura dentro do tempo, afinal, o mecanismo da articulação
sempre permanece igual a si. Cabe lembrar que em 1928, com o 12º Congresso
Internacional de Lingüística, a fonologia passou a ser vista em um novo campo, com um
objeto próprio de estudo distinto da fonética por meio das pesquisas de Trubetzkoy e
Jakobson. Ainda assim, entende se hoje que essa concepção distinta dos termos só foi
realmente possível a partir do uso das noções de língua e fala (langue e parole), forma e
substância, e, sintagma e paradigma – que nada mais são que os pensamentos
saussurianos.
A noção de sílaba é usada para distinguir entre as duas grandes classes de sons.
É por isso que se diz que vogais ocorrem como núcleos silábicos e consoantes como
margens. E de acordo com cada língua, nas margens pode ocorrer nenhuma, uma ou
mais consoantes. Cada língua tem seus padrões silábicos próprios e permitidos. A
ocorrência de mais de uma consoante no aclive ou declive silábico dá-se o nome de
grupo consonantal. Uma sílaba é aberta quando não há consoante em seu declive (ex.:
'má') e travada quando a tem (ex.: 'mar').
 “Descrição” do fonema R do gaúcho
O r em palavras como 'caro' e 'prato' é pronunciado em português do Brasil
geralmente como tepe. Tepes e flepes são também chamadas vibrantes simples, por
serem produzidos com apenas uma batida em um articulador, em oposição à vibrante
múltipla que é produzida com várias batidas.
 “Descrição” do fonema R do paulistano
Quando um articulador móvel (a ponta da língua ou a úvula) bate repetidas
vezes num articulador fixo (alvéolos, dorso da língua), o som é denominado vibrante.
Na fala do paulista (no carioca mais raramente), encontra-se esse tipo de articulação em
palavras como 'carro', 'rua', 'rato' etc.
Algumas possibilidades bastante comuns de áreas de articulação são
apresentadas esquematicamente na figura 7. Assim um som bilabialé aquele articulado
com os dois lábios ([p] de pata, [b] de bata, [m] de mata); um som labiodental com os
dentes superiores e o lábioinferior ([f]> em faca, [v] em vaca); um alveolar, com a
lâmina da língua e os alvéolos (o [s] em sapo); um som velar, com o dorso da língua e o
palato mole ([g] de gato). Um som retroflexo é aquele em que a ponta da língua se curva
em direção ao palato duro e um exemplo desse som é encontrado na pronúncia caipira
do r numa palavra como 'carne'. As diferentes formas de pronúncia do r no português
em palavras como 'carro' e 'rua' ilustram sons uvulares, faringais e glotais.
Figura 1: Aparelho Fonador.
Fonte: CALLOU, Dinah, 2011, p.24.
Colonização de Campo Grande
Conforme verificado junto ao IBGE, a população de Mato grosso do Sul ou do
Sul do Mato Grosso, como era chamado antes da divisão do estado, se formou a partir
das bandeiras paulistas que se intensificaram após a descoberta e exploração das minas
de ouro em Cuiabá. Mais tarde no século XIX, com a decadência dessas minas,
juntamente com as de Minas Gerais e outras, que trouxe instabilidade política e
financeira a estas províncias, aumenta a migração de cuiabanos, goianos, mineiros,
paulistas e gaúchos para essa região, atraídos pelo solo fértil e a grande quantidade de
gado bovino nos campos de Vacaria e Pantanal, fundam núcleos populacionais nessas
regiões. Após a Guerra do Paraguai, intensifica-se ainda mais essa migração. Levando-
se em consideração tais origens, buscaram-se na descrição fonética de elementos do
falar destes primeiros habitantes da região, evidências sobre uma possível influência que
tenha levado ao modo atual de pronúncia do “R” androflexo. Elegeram-se como
amostras, palavras extraídas de matérias televisivas narradas por jornalistas locais: um
goiano, um paulista, um gaúcho, um mineiro e um campo-grandense.
Sons do R, transcrição Fonética
Jornal Paulistano: “Olá, bom dia. Hoje é terça-feira, dia dez de março. Você vê
imagens ao vivo de Sorocaba, agora faz dezenove graus, choveu forte durante boa
parte da madrugada e o tempo ainda está bastante fechado”.
 Forte: for.te – adjetivo – f ' ɔɾ.tʃi
 Parte: par.te – substantivo feminino – p ' aɾ.tʃi
Jornal Sul Mato-Grossense: “A chuva e o vento forte que atingiram Três
Lagoas deixaram parte de pontos da cidade completamente destruídos [...].”
 Forte: for.te – adjetivo – f ‘ ɔɽ.ti
 Parte: par.te – substantivo feminino – p ' a [.ti
Jornal Gaúcho: “Bom, uma chuva forte provocou alagamentos e transtornos na
região metropolitana de Porto Alegre e a gente conversa agora com a Giza Guerra. Giza,
quais foram os estragos, hein? ” – “Oi Roberta, bom dia. Essa chuva durou cerca de
quarenta e cinco minutos, tempo suficiente para deixar ruas e avenidas completamente
alagadas. Os bombeiros tiveram que ser chamados para atender duas ocorrências: uma
no shopping de Canoas que acabou tendo parte do teto aí desabando por causa da força
da chuva [...].”
 Forte: for.te – adjetivo - f ' ɔɽ.t
 Parte: par.te – substantivo feminino - p ' a [.t
Jornal Mineiro: “Boa noite, choveu forte a pouco em Ituiutaba. A chuva durou
menos de dez minutos, o tempo suficiente pra alagar algumas avenidas e ruas. Em
alguns pontos a água invadiu a calçada. O tempo chuvoso deve continuar no Estado.
Veja a previsão pra amanhã no mapa: A quarta-feira feira ainda será de chuva na maior
parte de Minas.”
 Forte: for.te – adjetivo - f ' ɔh.tʃІ
 Parte: par.te – substantivo feminino - p ' ah.tʃІ
Jornal Goiano: “A chuva forte provocou também a queda de uma ponte esta
madrugada na principal rodovia de Goiás. A correnteza levou parte da estrutura da
ponte sobre o rio das pedras [...].”
 Forte: for.te – adjetivo – f ' ɔɽ.ti
 Parte: par.te – nome feminino – p ' a [.ti
Preconceito linguístico e o papel do professor
Diante essas reflexões, vale ressaltar que a intervenção do professor torna-se
primordial para que se evite o preconceito linguístico dentro do contexto em que este
está inserido, a isto se deve a importância de discutir este tema dentro dos cursos de
licenciatura, uma vez que um professor capacitado, saberá evitar possíveis situações
pré-conceituais, reconhecendo que o português falado no Brasil, é bem diversificado e
está sempre sujeito a novas construções, rompendo assim com paradigmas baseados em
princípios de exclusão, que a escola tradicional tenta impor a todos, alimentando a falsa
ideia de que a língua portuguesa é difícil de ser aprendida.
Sabe-se que este preconceito, acaba por ser moldado pelos meios de
comunicação e pelos métodos tradicionais de ensino, que determina o que é certo e o
que é errado, sem levar em consideração as singularidades dos sujeitos e sua essência,
se esquecendo que este sujeito é formado por características sociais, cultuais e
históricas, nos fazendo acreditar que todos os indivíduos que deviam desse padrão
linguístico são “anormais” e “desviantes”, dificultando e interferindo diretamente no
processo de ensino e aprendizagem.
Considerações Finais
Na investigação do processo fonológico na composição da pronúncia do “R”,
apoiando-se em bibliografia fonética e fonológica consagrada, percorreu-se um caminho
acerca das influências históricas da composição do grupo de pessoas que praticam
atualmente tal pronúncia. Ao analisar as amostras das demais pronúncias, supostas
influências, foi possível estabelecer a semelhança apenas com a dos goianos, e oposição
aos demais. Dentro desse quadro, de acordo com SILVA (2000), existe um poder
simbólico dentro da fala, assim, é necessário que enquanto educadores haja
maleabilidade e atenção dentro dos possíveis preconceitos linguísticos, conflitos e
diferenças que eventualmente ocorram dentro de sala de aula, evitando assim que as
crianças se sintam excluídas.
Referências Bibliográficas
Academia Sul-Mato-Grossense de Letras. Disponível em
<http://acletrasms.com.br/lersuplem.asp?IDSupl=252>. Acesso em 24 Abr. 2016
Bom dia MS. Disponível em <https://www.youtube.com/watch?v=IzVjp6acRBA>.
Acesso em 24 Abr. 2016
Bom dia SP. Disponível em <https://www.youtube.com/watch?v=zIuy55r-9pI>. Acesso
em 24 Abr. 2016
CALLOU, Dinah. Iniciação à fonética e à fonologia / Dinah Callou, Yonne Leite. 11
ed. - 11 ed. - Rio de Janeiro: Jorge Zahar Ed., 2009.
ENCICLOPÉDIA dos Municípios Brasileiros. Rio de Janeiro: Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística, 1957, 41p. Disponível em
<http://biblioteca.ibge.gov.br/visualizacao/monografias/GEBIS%20-%20RJ/EMB-
Enciclopedia%20dos%20Municipios%20Brasileiros/EMB_Volume24_BH_Separata.pd
f>. Acesso em 24 Abr. 2016.
Jornal do RS. Disponível em <https://www.youtube.com/watch?v=TDdr5wyndNU>.
Acesso em 24 Abr. 2016
Jornal Nacional/Goiás. Disponível em
<https://www.youtube.com/watch?v=MdX_XBdt>. Acesso em 24 Abr. 2016
MGTV. Disponível em <https://www.youtube.com/watch?v=_FRBGo1Y07U>. Acesso
em 24 Abr. 2016
SILVA, F.L. da & MOURA, H.M de M. (orgs.) (2000) O Direito à Fala. A Questão do
Preconceito Lingüístico. Florianópolis: Insular, 128p.
SILVA, Thaís Cristófaro. Fonética e fonologia do português: roteiro e guias de
exercícios./Thaís Cristófaro Silva. 8ed. – São Paulo: Contexto, 2005.
<http://www.cidades.ibge.gov.br/painel/historico.php?lang=&codmun=500270&search
=mato-grosso-do-sul|campo-grande|infograficos:-historico>. Acesso em 24 Abr. 2016
<http://www.portaldalinguaportuguesa.org/>. Acesso em 24 Abr. 2016

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  • 1. PROCESSO FONOLÓGICO NA COMPOSIÇÃO DA PRONÚNCIA DO “R” ANDROFLEXO NO ESTADO DO MATO GROSSO DO SUL. A importância desse caminho na formação de professores. Hellen Carolline Pinho Rohr1 carolline_e@hotmail.com Rebeca Cacho de Souza2 cacho.rebeca@gmail.com Formação de Professores: Repensando o Currículo e Prática Pedagógica 3 Comunicação Oral Instituto de Educação Professora Marisa Serrano – OMEP/BR/MS Resumo: Este artigo que tem como tema Processo Fonológico na Composição da Pronúncia do “R” Androflexo na capital do Estado do Mato Grosso do Sul – A importância desse caminho na formação de professores, estuda uma das particularidades fonéticas da Língua Portuguesa observada em Campo Grande – Mato Grosso do Sul. Observou-se que em oposição a pronuncia do “R” pelos paulistanos, na capital sul- mato-grossense essa pronúncia se dá segundo uma variação conhecida popularmente como “caipira”. Para a investigação desse fenômeno escolheu-se o enfoque histórico de acordo com LEITE (2009), RODRIGUES (2011), mais especificamente à luz da fonética e fonologia, por CRISTÓFARO (2003). A partir da confirmação deste fenômeno cultural elegeram-se ainda algumas pronúncias como as dos mineiros e paulistanos com o objetivo de analisá-las em oposição à campo-grandense quanto seu segmento, vozeamento, articulação e nasalização. Desta forma, pode-se finalmente compreender a diversidade e pré conceitos que podem ser gerados e mediados dentro da sala de aula. 1 Professora no Instituto de Educação Professora Marisa Serrano da OMEP/BR/MS, Graduada em Pedagogia pela Faculdade Mato Grosso do Sul. 2 Professora no Instituto de Educação Professora Marisa Serrano da OMEP/BR/MS, Graduada em Pedagogia pela Universidade Federal Mato Grosso do Sul e cursando Letras na Universidade Estadual Mato Grosso do Sul. 3 Eixo temático
  • 2. Introdução Dentro de uma preocupação com o preconceito lingüístico existente, inclusive no ensino básico, com a pronúncia sul mato-grossense do “R”, buscou se um aprofundamento em sua constituição para que haja a possibilidade de intervenções que não sejam oriundas apenas do senso-comum, demonstrando a relevância de se aprofundar sobre este tema. Para compreender como se deu a composição da pronúncia do “R” dito “caipira”, tal e qual é falado em Campo Grande, buscou-se entender inicialmente os papéis da Fonética e da Fonologia, para saber de que recursos lançar mão no estudo proposto. Feito isso se verificou o histórico da composição da população em questão, remetendo aos primeiros habitantes da região e migrantes mais expressivos. Tal verificação levou a um grupo de amostras que permitiram a comparação de pronúncia, estabelecendo ou refutando uma relação de semelhança com relação ao padrão observado na nossa capital. Por fim, apresenta-se uma reflexão acerca do papel do professor frente a situações de preconceitos linguísticos e da escola como ambiente acolhedor e responsável também pela construção de identidades de diferentes sujeitos, independente de classe social ou econômica. Fonética e da Fonologia Para Callou e Leite, fonética e fonologia divergem em seu objeto de estudo, a primeira estuda os sons como entidades físico-articulatórias isoladas, enquanto que a outra estuda os sons do ponto de vista funcional como elementos que integram um sistema lingüístico determinado. Então, se diferenciam por que a uma cumpre descrever os sons da linguagem e analisar suas particularidades articulatórias, acústicas e perceptivas, e à outra cabe estudar as diferenças fônicas intencionais, distintivas, isto é, que se vinculam as diferenças de significação, estabelecer como se relacionam entre si os elementos de diferenciação e quais as condições em que se combinam uns com os outros para formar morfemas, palavras e frases. Distingue-se fonética de fonologia porque para aquela, não interessam mudança de significação em função de troca ou supressão de sons seus arranjos e disposições lineares no contínuo sonoro. À fonética interessa o som da fala ou o fone, e à fonologia o fonema. Ambas têm sido entendidas como interdependentes, uma vez que para qualquer estudo fonológico é indispensável partir do conteúdo fonético, articulatório e/ou acústico para determinar quais são as unidades distintivas de cada língua. Ainda segundo Callou e Leite, o fato de suas
  • 3. caracterizações serem como ciência que trata da substância da expressão (fonética) e ciência que trata da forma da expressão (fonologia), é aceita pela maioria dos linguístas, por não opor as áreas do saber ou afetar a independência e autonomia de cada uma delas. No curso de linguística geral de Saussure, podemos perceber a diferença de modo claro no que se refere à fonética e fonologia, respectivamente, o estudo da evolução dos sons – uma análise das transformações do movimento do tempo enquanto a segunda linha não se instaura dentro do tempo, afinal, o mecanismo da articulação sempre permanece igual a si. Cabe lembrar que em 1928, com o 12º Congresso Internacional de Lingüística, a fonologia passou a ser vista em um novo campo, com um objeto próprio de estudo distinto da fonética por meio das pesquisas de Trubetzkoy e Jakobson. Ainda assim, entende se hoje que essa concepção distinta dos termos só foi realmente possível a partir do uso das noções de língua e fala (langue e parole), forma e substância, e, sintagma e paradigma – que nada mais são que os pensamentos saussurianos. A noção de sílaba é usada para distinguir entre as duas grandes classes de sons. É por isso que se diz que vogais ocorrem como núcleos silábicos e consoantes como margens. E de acordo com cada língua, nas margens pode ocorrer nenhuma, uma ou mais consoantes. Cada língua tem seus padrões silábicos próprios e permitidos. A ocorrência de mais de uma consoante no aclive ou declive silábico dá-se o nome de grupo consonantal. Uma sílaba é aberta quando não há consoante em seu declive (ex.: 'má') e travada quando a tem (ex.: 'mar').  “Descrição” do fonema R do gaúcho O r em palavras como 'caro' e 'prato' é pronunciado em português do Brasil geralmente como tepe. Tepes e flepes são também chamadas vibrantes simples, por serem produzidos com apenas uma batida em um articulador, em oposição à vibrante múltipla que é produzida com várias batidas.  “Descrição” do fonema R do paulistano Quando um articulador móvel (a ponta da língua ou a úvula) bate repetidas vezes num articulador fixo (alvéolos, dorso da língua), o som é denominado vibrante. Na fala do paulista (no carioca mais raramente), encontra-se esse tipo de articulação em palavras como 'carro', 'rua', 'rato' etc.
  • 4. Algumas possibilidades bastante comuns de áreas de articulação são apresentadas esquematicamente na figura 7. Assim um som bilabialé aquele articulado com os dois lábios ([p] de pata, [b] de bata, [m] de mata); um som labiodental com os dentes superiores e o lábioinferior ([f]> em faca, [v] em vaca); um alveolar, com a lâmina da língua e os alvéolos (o [s] em sapo); um som velar, com o dorso da língua e o palato mole ([g] de gato). Um som retroflexo é aquele em que a ponta da língua se curva em direção ao palato duro e um exemplo desse som é encontrado na pronúncia caipira do r numa palavra como 'carne'. As diferentes formas de pronúncia do r no português em palavras como 'carro' e 'rua' ilustram sons uvulares, faringais e glotais. Figura 1: Aparelho Fonador. Fonte: CALLOU, Dinah, 2011, p.24. Colonização de Campo Grande Conforme verificado junto ao IBGE, a população de Mato grosso do Sul ou do Sul do Mato Grosso, como era chamado antes da divisão do estado, se formou a partir das bandeiras paulistas que se intensificaram após a descoberta e exploração das minas de ouro em Cuiabá. Mais tarde no século XIX, com a decadência dessas minas, juntamente com as de Minas Gerais e outras, que trouxe instabilidade política e financeira a estas províncias, aumenta a migração de cuiabanos, goianos, mineiros, paulistas e gaúchos para essa região, atraídos pelo solo fértil e a grande quantidade de gado bovino nos campos de Vacaria e Pantanal, fundam núcleos populacionais nessas regiões. Após a Guerra do Paraguai, intensifica-se ainda mais essa migração. Levando- se em consideração tais origens, buscaram-se na descrição fonética de elementos do falar destes primeiros habitantes da região, evidências sobre uma possível influência que tenha levado ao modo atual de pronúncia do “R” androflexo. Elegeram-se como
  • 5. amostras, palavras extraídas de matérias televisivas narradas por jornalistas locais: um goiano, um paulista, um gaúcho, um mineiro e um campo-grandense. Sons do R, transcrição Fonética Jornal Paulistano: “Olá, bom dia. Hoje é terça-feira, dia dez de março. Você vê imagens ao vivo de Sorocaba, agora faz dezenove graus, choveu forte durante boa parte da madrugada e o tempo ainda está bastante fechado”.  Forte: for.te – adjetivo – f ' ɔɾ.tʃi  Parte: par.te – substantivo feminino – p ' aɾ.tʃi Jornal Sul Mato-Grossense: “A chuva e o vento forte que atingiram Três Lagoas deixaram parte de pontos da cidade completamente destruídos [...].”  Forte: for.te – adjetivo – f ‘ ɔɽ.ti  Parte: par.te – substantivo feminino – p ' a [.ti Jornal Gaúcho: “Bom, uma chuva forte provocou alagamentos e transtornos na região metropolitana de Porto Alegre e a gente conversa agora com a Giza Guerra. Giza, quais foram os estragos, hein? ” – “Oi Roberta, bom dia. Essa chuva durou cerca de quarenta e cinco minutos, tempo suficiente para deixar ruas e avenidas completamente alagadas. Os bombeiros tiveram que ser chamados para atender duas ocorrências: uma no shopping de Canoas que acabou tendo parte do teto aí desabando por causa da força da chuva [...].”  Forte: for.te – adjetivo - f ' ɔɽ.t  Parte: par.te – substantivo feminino - p ' a [.t Jornal Mineiro: “Boa noite, choveu forte a pouco em Ituiutaba. A chuva durou menos de dez minutos, o tempo suficiente pra alagar algumas avenidas e ruas. Em alguns pontos a água invadiu a calçada. O tempo chuvoso deve continuar no Estado. Veja a previsão pra amanhã no mapa: A quarta-feira feira ainda será de chuva na maior parte de Minas.”
  • 6.  Forte: for.te – adjetivo - f ' ɔh.tʃІ  Parte: par.te – substantivo feminino - p ' ah.tʃІ Jornal Goiano: “A chuva forte provocou também a queda de uma ponte esta madrugada na principal rodovia de Goiás. A correnteza levou parte da estrutura da ponte sobre o rio das pedras [...].”  Forte: for.te – adjetivo – f ' ɔɽ.ti  Parte: par.te – nome feminino – p ' a [.ti Preconceito linguístico e o papel do professor Diante essas reflexões, vale ressaltar que a intervenção do professor torna-se primordial para que se evite o preconceito linguístico dentro do contexto em que este está inserido, a isto se deve a importância de discutir este tema dentro dos cursos de licenciatura, uma vez que um professor capacitado, saberá evitar possíveis situações pré-conceituais, reconhecendo que o português falado no Brasil, é bem diversificado e está sempre sujeito a novas construções, rompendo assim com paradigmas baseados em princípios de exclusão, que a escola tradicional tenta impor a todos, alimentando a falsa ideia de que a língua portuguesa é difícil de ser aprendida. Sabe-se que este preconceito, acaba por ser moldado pelos meios de comunicação e pelos métodos tradicionais de ensino, que determina o que é certo e o que é errado, sem levar em consideração as singularidades dos sujeitos e sua essência, se esquecendo que este sujeito é formado por características sociais, cultuais e históricas, nos fazendo acreditar que todos os indivíduos que deviam desse padrão linguístico são “anormais” e “desviantes”, dificultando e interferindo diretamente no processo de ensino e aprendizagem. Considerações Finais Na investigação do processo fonológico na composição da pronúncia do “R”, apoiando-se em bibliografia fonética e fonológica consagrada, percorreu-se um caminho acerca das influências históricas da composição do grupo de pessoas que praticam atualmente tal pronúncia. Ao analisar as amostras das demais pronúncias, supostas influências, foi possível estabelecer a semelhança apenas com a dos goianos, e oposição aos demais. Dentro desse quadro, de acordo com SILVA (2000), existe um poder
  • 7. simbólico dentro da fala, assim, é necessário que enquanto educadores haja maleabilidade e atenção dentro dos possíveis preconceitos linguísticos, conflitos e diferenças que eventualmente ocorram dentro de sala de aula, evitando assim que as crianças se sintam excluídas. Referências Bibliográficas Academia Sul-Mato-Grossense de Letras. Disponível em <http://acletrasms.com.br/lersuplem.asp?IDSupl=252>. Acesso em 24 Abr. 2016 Bom dia MS. Disponível em <https://www.youtube.com/watch?v=IzVjp6acRBA>. Acesso em 24 Abr. 2016 Bom dia SP. Disponível em <https://www.youtube.com/watch?v=zIuy55r-9pI>. Acesso em 24 Abr. 2016 CALLOU, Dinah. Iniciação à fonética e à fonologia / Dinah Callou, Yonne Leite. 11 ed. - 11 ed. - Rio de Janeiro: Jorge Zahar Ed., 2009. ENCICLOPÉDIA dos Municípios Brasileiros. Rio de Janeiro: Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, 1957, 41p. Disponível em <http://biblioteca.ibge.gov.br/visualizacao/monografias/GEBIS%20-%20RJ/EMB- Enciclopedia%20dos%20Municipios%20Brasileiros/EMB_Volume24_BH_Separata.pd f>. Acesso em 24 Abr. 2016. Jornal do RS. Disponível em <https://www.youtube.com/watch?v=TDdr5wyndNU>. Acesso em 24 Abr. 2016 Jornal Nacional/Goiás. Disponível em <https://www.youtube.com/watch?v=MdX_XBdt>. Acesso em 24 Abr. 2016 MGTV. Disponível em <https://www.youtube.com/watch?v=_FRBGo1Y07U>. Acesso em 24 Abr. 2016
  • 8. SILVA, F.L. da & MOURA, H.M de M. (orgs.) (2000) O Direito à Fala. A Questão do Preconceito Lingüístico. Florianópolis: Insular, 128p. SILVA, Thaís Cristófaro. Fonética e fonologia do português: roteiro e guias de exercícios./Thaís Cristófaro Silva. 8ed. – São Paulo: Contexto, 2005. <http://www.cidades.ibge.gov.br/painel/historico.php?lang=&codmun=500270&search =mato-grosso-do-sul|campo-grande|infograficos:-historico>. Acesso em 24 Abr. 2016 <http://www.portaldalinguaportuguesa.org/>. Acesso em 24 Abr. 2016