3. CONTEXTO
HISTÓRICO
Durante o Renascimento, houve um
movimento de valorização das artes e ciências
clássicas da Grécia e de Roma. Nesse contexto,
a Idade Média foi retratada como um período
de "trevas", onde acreditava-se que pouco ou
nenhum avanço intelectual aconteceu.
• O termo "medieval" acabou adquirindo
conotações negativas, como medíocre ou
obscuro, sugerindo uma época de
ignorância e atraso cultural.
4. FILOSOFIA
CRISTÃ
O termo "Filosofia Cristã" é mais apropriado
porque destaca a influência e os fundamentos
cristãos dessa filosofia, independentemente do
período histórico.
• Gilson buscava resgatar e valorizar o
pensamento filosófico que floresceu no
contexto cristão, especialmente durante a
Idade Média, contrapondo-se à ideia de que
foi um período de trevas intelectuais.
5. LE GOFF
" A IDADE MÉDIA
POSSIBILITA
DESCOBRIR
CERTAS RAÍZES
DA
MODERNIDADE
E DO NOSSO
PRÓPRIO
PENSAMENTO"
6. • Platão e Aristóteles tiveram um impacto
profundo na filosofia medieval.
• Os primeiros padres empreendem uma
tentativa de harmonizar as ideias
filosóficas gregas com as doutrinas
cristãs.
• Pensadores medievais usaram a lógica e a
argumentação racional para explorar
questões religiosas e filosóficas.
HERANÇA GREGA NA
FILOSOFIA
8. • A filosofia cristã busca entender a fé cristã
usando a razão.
• Agostinho sugere que a fé é um ponto de
partida. Ao compreender, nossa fé se torna
mais forte e mais fundamentada.
• Importância dessa Integração: permite que a
fé não seja cega, ao mesmo tempo,
reconhece que a razão tem seus limites. Isso
cria um diálogo dinâmico entre crença e
conhecimento, enriquecendo ambos.
"Creio para
compreender, e
compreendo para
crer."
Santo Agostinho
• INTEGRAÇÃO ENTRE
FÉ E RAZÃO
9. • Filósofos cristãos, como Santo
Tomás de Aquino, se
dedicaram a desenvolver
argumentos racionais para
sustentar a crença na
existência de Deus.
2. EXISTÊNCIA
DE DEUS
11. ARGUMENTO DO
MOVIMENTO
Tudo que se move é movido
por outra coisa, e assim por
diante, mas essa cadeia não
pode ser infinita. Portanto,
deve haver um Primeiro
Motor, que é Deus.
12. CAUSA EFICIENTE
Nada pode ser a causa de si
mesmo. Se seguirmos a
cadeia de causas, deve
haver uma Primeira Causa,
que é Deus.
13. ARGUMENTO DA
CONTINGÊNCIA
Coisas no universo existem,
mas poderiam não existir. Para
tudo que existe contingente,
deve haver algo necessário
que é a causa de sua
existência. Esse ser necessário
é Deus.
14. GRAUS DE
PERFEIÇÃO
Vemos que as coisas têm
diferentes graus de bondade,
verdade, nobreza, etc. Deve
haver um ser supremo que é a
fonte máxima de todas essas
perfeições, e esse ser é Deus.
15. ARGUMENTO
TELEOLÓGICO
Há uma ordem e um
propósito no universo que não
pode ser explicado apenas
pela chance. Isso sugere a
existência de um designer
inteligente, que é Deus.
16. IMPORTÂNCIA DESSES ARGUMENTOS
• Representam uma tentativa de
usar a razão para compreender e
justificar a fé.
• Críticas e limitações: alguns
filósofos argumentam que a
existência de Deus não pode ser
provada (ou refutada) puramente
por meio da razão (agnósticos).
17. • A filosofia cristã coloca um grande
enfoque em valores morais, que são em
grande parte derivados dos
ensinamentos da Bíblia (amor ao
próximo, empatia, compaixão, perdão).
• Esses valores moldam a maneira como os
indivíduos são encorajados a viver e
interagir com os outros.
VALORES
MORAIS
20. BIOGRAFIA
• É uma das figuras mais importantes do
cristianismo primitivo.
• Influenciou profundamente a teologia
cristã, especialmente no que diz
respeito à graça, pecado e
predestinação.
• Nasceu em 354, na atual Argélia
(Tagaste).
• Principal representante da Patrística.
22. • AUTOBIOGRAFIA
• Relata sua jornada espiritual, suas
lutas com questões de fé e
moralidade e o processo de
conversão ao cristianismo.
23. • Escrita após a queda de Roma, esta obra
defende o cristianismo contra aqueles que
culpavam a nova fé pela decadência do Império
Romano.
• Refuta as críticas pagãs e demonstra que o
colapso de Roma foi resultado de sua corrupção
moral e decadência interna, não do
cristianismo.
• Defende que a salvação e a ordem verdadeira só
podem ser alcançadas através da fé cristã.
• Agostinho apresenta uma visão da história
humana dividida entre a "Cidade de Deus" e a
"Cidade dos Homens", enfatizando a soberania
divina e a natureza transitória dos reinos
25. NATUREZA DO MAL
ausência de bem,
uma "privação do
bem".
NÃO É SUBSTÂNCIA
As ações morais erradas são
não podem ser imputadas a
alguma força maligna
independente.
RESPONSABILIDADE MORAL Ajuda a resolver um
problema teológico
importante: se Deus é
bom e todo-poderoso,
como pode existir o mal?
26. IGREJA E ESTADO
A Igreja e o Estado têm
funções e objetivos
diferentes. O Estado é
responsável pela ordem e
justiça temporal, enquanto a
Igreja se preocupa com a
salvação espiritual e a vida
eterna.
Agostinho vê Igreja e
Estado como
interdependentes. O Estado
precisa da orientação moral
da Igreja para governar
justamente, enquanto a
Igreja opera dentro do
contexto do Estado.
Embora reconheça a
importância do Estado,
Agostinho coloca a Cidade de
Deus como superior. A vida
terrena e as estruturas políticas
são temporárias e imperfeitas,
enquanto a Cidade de Deus é
eterna e perfeita.
27. SUPERIORIDADE
DA ALMA
Bebeu de fontes
Neoplatônicas
Dividia o homem em Mente
e corpo. A alma
representaria todo o Bem e
o corpo todo o Mal.
Defendia a ascese -
abnegação do corpo.
Princípio básico de
todas as religiões
cristãs.
Dedicação exclusiva
às coisas da alma
O corpo é suscetível às paixões,
desejos e pecados da carne em
razão de sua conexão direta
com o mundo material.
28. FÉ E RAZÃO
A razão é usada para explorar, entender
e explicar a fé, enquanto a fé pode
orientar e informar a razão.
NÃO SÃO ANTAGÔNICAS
Para se compreender era necessário
crer, subordinando, portanto, a razão
à fé.
NECESSIDADE DA FÉ
Há verdades da fé que transcendem a
compreensão humana completa e
requerem aceitação pela fé.
MILAGRES
29. INFLUÊNCIA
PLATÔNICA Reinterpreta a obra de
Platão segundo os
valores cristãos,
adaptando seu
conteúdo à análise dos
temas teológicos.
Base teórica na filosofia
clássica grega, mais
especificamente na
filosofia platônica.
30. TEORIA DA
ILUMINAÇÃO
Tudo o que o homem
conhece só é conhecido por
meio da iluminação de Deus,
que iluminando o intelecto
humano permite a
compreensão da realidade.
33. PATRÍSTICA
01. Significa: pais da Igreja
02. Primeiros pensadores cristãos (apologétas).
03. Tarefa: integrar a herança filosófica grega com a
revelação cristã.
04. Objetivo: justificar a fé no cristianismo usando
argumentos racionais.
05. Promoção da ética e moralidade cristã.
34. SANTO ATANÁSIO
Importante na formulação da doutrina da Trindade e na
defesa contra o ARISNISMO. Essa doutrina afirmava que
Jesus Cristo, apesar de ser superior aos seres humanos
e outras criaturas, não era divino da mesma forma que
Deus Pai (não sendo co-eterno nem consubstancial com
o Pai, colocando-o em uma posição subordinada.)
35. FÉ
HARMONIA FÉ E
RAZÃO
"CREIO PARA
COMPREENDER"
RAZÃO
São complementares e
capazes de trabalhar juntas na
busca da verdade.
Encapsula a ideia de que
a fé não é irracional, mas
uma base necessária
para uma compreensão
mais profunda.
Ferramenta crucial para
a interpretação das
Escrituras e a
compreensão dos
mistérios da fé.
Atua como um guia
para a razão,
fornecendo um quadro
de referência dentro do
qual a razão pode
operar.
SANTO
AGOSTINHO
36. 01
02
ENSINAMENTOS
A fé sem a razão
pode se tornar
superstição ou
fanatismo.
A razão sem fé
pode se tornar
cética e
desorientada.
37. 01
02
SÃO JUSTINO
Escreveu extensivamente para contrariar as
acusações feitas contra os cristãos, as heresias e
para explicar a fé cristã de uma maneira lógica e
acessível.
APOLOGISTA
CRISTÃO
CRISTIANISMO E
FILOSOFIA
Tentou conciliar o cristianismo com a filosofia grega, um
esforço que o torna uma figura chave no
desenvolvimento inicial da teologia cristã.
38. 01
02
A Filosofia grega era incompatível com o cristianismo. A fé cristã não deveria se
misturar com a especulação filosófica, que ele via como uma fonte de erro e
confusão.
03
TERTULIANO
"Eu creio porque é absurdo". Esta perspectiva implica
uma aceitação dos mistérios da fé sem a necessidade
de explicação ou justificação racional.
APOLOGISTA
RADICAL
FILOSOFIA E
CRISTIANISMO
RAZÃO E FÉ
Via uma oposição radical entre a razão, que caracterizava os filósofos, e a fé,
que caracteriza o cristão. Para Tertuliano, a razão humana era falível e
limitada, enquanto a fé proporcionava acesso à verdade divina.
41. O QUE FOI
A ESCOLÁSTICA?
• Movimento
intelectual e
filosófico
Dominou o pensamento
medieval e as universidades
europeias do século XI e
XVII.
• Tentativa de reconciliar a fé
cristã com a filosofia grega.
Explicar conceitos teológicos dentro de
um quadro racional e sistemático.
44. A existência de Deus
pode ser provada pela
razão.
São Tomás de Aquino, um influente teólogo da
escolástica, propôs cinco vias racionais para
provar a existência de Deus. Uma dessas vias é o
argumento do movimento, que parte do
pressuposto de que tudo que está em
movimento é movido por algo. Se seguirmos a
cadeia de movimentos e causas, devemos
chegar a um primeiro motor, que não foi movido
por nada, o qual Tomás identifica como Deus.
TESE
afirmação
inicial
45. ANTÍTESE
A razão não pode
provar a existência de
Deus.
Por outro lado, alguns filósofos argumentam
que a existência de Deus é uma questão de
fé, não de razão. Eles podem apontar para as
limitações da razão humana ou sugerir que
Deus, sendo infinito e transcendental,
escapa à compreensão total da lógica
humana. Além disso, críticas modernas à
ideia de um "primeiro motor" incluem a
possibilidade de um universo com causas
contraposição/
negativa
46. busca resolver
o conflito.
SÍNTESE
Quando usada adequadamente, a
razão aponta para a existência de
Deus.
A razão é uma dádiva divina que, quando
usada adequadamente, nos encaminha
para a verdade maior que é Deus. Nesse
sentido, embora limitada, ela pode levar-
nos a reconhecer a ordem, a beleza e a
complexidade do universo, sugerindo um
design inteligente e um propósito divino.
47. CARACTERÍSTIC
A 02
COMPREENSÃO
RACIONAL E
SISTEMÁTICA DA
FÉ
A lógica e a razão como
ferramentas essenciais para
entender e explicar a fé
cristã. Os escolásticos
aplicavam a lógica para
debater temas como a
existência de Deus, a
natureza da alma, a
Uso da Lógica e
da Razão
48. A EXISTÊNCIA DO MAL NO
MUNDO
MAS... E O MAL?
Tomás de Aquino começa com a premissa de que
Deus é o sumo bem e que tudo o que Deus criou é
fundamentalmente bom, pois reflete de algum
modo o criador.
49. O QUE É O MAL?
Para Aquino, o mal não é uma entidade ou
substância, mas uma ausência ou privação do bem
que deveria estar presente em uma coisa. Essa
ideia é conhecida como a "privatio boni" (privação
do bem). O mal, então, é entendido como uma
falha ou deficiência.
50. QUAL ORIGEM DO MAL?
O mal moral surge quando as criaturas racionais
escolhem desviar-se do bem e do propósito
adequado estabelecido por Deus. Essa escolha
errônea é um uso incorreto do livre arbítrio e
resulta em pecado.
MAS PORQUE DEUS PERMITE QUE O MAL
EXISTA?
51. A existência do mal
garante o lívre-arbítrio
Aquino argumenta que, embora Deus seja todo-poderoso
e todo-bondoso, Ele permite a existência do mal para
preservar o bem maior do livre arbítrio e para que bens
maiores possam emergir do mal. Deus não é o autor do
mal, mas permite-o como parte do governo providencial
do universo.
52. CARACTERÍSTICA
03 Os escolásticos viam fé e razão
como opostas, mas como
complementares. A razão era
vista como um meio de
aprofundar a compreensão da
fé, enquanto a fé fornecia as
verdades fundamentais que a
razão podia explorar.
Integração
entre fé e razão
HARMONIZACÃO
DA FÉ COM A
RAZÃO
FILOSÓFICA
53. INFLUÊNCIAS
ARISTÓTELES
Obras foram redescobertas
e integradas ao
pensamento cristão.
Autoridade intelectual no
mundo medieval.
São Tomás de Aquino
Principal representante e autor
ideológico da Escolástica
PLATÃO
Já vinha sendo usado desde a
Patrística
56. BIOGRAFIA
Teólogo e filósofo escolástico do século XIII.
Obra principal: "Suma Teológica".
Objetivo: Sintetizar teologia e filosofia aristotélica.
Importância: Impacto na teologia católica e filosofia
ocidental.
57. SUMA TEOLÓGICA
Primeira Parte: Deus,
sua existência e
natureza, criação,
providência.
Segunda Parte: Ética
e moral cristãs, lei,
liberdade, graça
divina.
Terceira Parte: Jesus
Cristo, a Igreja,
sacramentos.
1
2
3
Objetivo: Sistematizar o pensamento teológico e filosófico.
58. RAZÃO E FÉ
Conceito chave:
Harmonia entre fé e
razão.
Uso da razão para
compreender a fé.
harmoniosas e
complementares.
Razão como ferramenta dada por
Deus para entender o mundo
espiritual e natural.
59. • A prova da existência de Deus poderia ser
demonstrada através da razão e da
observação do mundo natural, sem
depender apenas da revelação religiosa.
• Prova da Existência de Deus: Causalidade e
ordem do universo.
TEOLOGIA NATURAL
60. • Uso de argumentação lógica e princípios
filosóficos em teologia.
• Incorporação de ideias aristotélicas (ética,
metafísica, filosofia da mente).
• Conciliação entre Cristianismo e Aristotelismo
SÍNTESE ENTRE FÉ E RAZÃO
61. DISTINÇÃO ENTRE GRAÇA
E NATUREZA
Graça divina: Dom de Deus que
aperfeiçoa a natureza humana.
interação e complementaridade.
Natureza humana: Razão, vontade e
liberdade.
63. LEGADO DE SÃO TOMÁS
DE AQUINO
Impacto no pensamento cristão (Teologia) e
na filosofia ocidental.
Relevância contínua de suas obras e
ideias, especialmente na ética.
65. A REFORMA
PROTESTANTE E SEU
IMPACTO FILOSÓFICO
Entendendo a transformação religiosa, cultural e
filosófica do século XVI.
Prof. Fábio - CECS
66. reforma protestante
• Contextualização histórica: século XVI.
• Objetivos iniciais: Reforma da Igreja Católica
e correção de práticas.
• Transformou profundamente a religião,
cultura, política e filosofia na Europa.
67. O movimento começou
principalmente com a publicação das
95 Teses de Lutero em 1517, que
criticavam a venda de indulgências e
outras práticas da Igreja Católica.
Enfatizava a soberania total
de Deus e a predestinação, a
ideia de que Deus já escolheu
quem seria salvo e quem seria
condenado.
martinho lutero joão calvino
FIGURAS CENTRAIS
68. IMPACTOS DA
REFORMA
A fragmentação da Igreja
Católica levou à formação de
várias denominações
protestantes, cada uma com
suas próprias crenças e
práticas.
Ênfase na interpretação
pessoal da Bíblia. Desafiou a
autoridade exclusiva da Igreja
Católica na interpretação das
escrituras, promovendo a ideia
de que cada indivíduo poderia
e deveria ler e entender a Bíblia
por si mesmo.
69. impactos na religião
• Fragmentação do Cristianismo: A Reforma quebrou o monopólio religioso da Igreja
Católica, levando ao surgimento de várias denominações protestantes (como
luteranos, calvinistas e anglicanos), cada uma com suas próprias interpretações das
Escrituras.
• Interpretação Pessoal da Bíblia: Encorajou a leitura individual da Bíblia, diminuindo
a dependência da interpretação da igreja e promovendo a ideia de que cada
indivíduo pode e deve interpretar as escrituras por si mesmo.
• Fim de Práticas Controversas: Criticou e acabou com várias práticas da Igreja
Católica, como a venda de indulgências.
70. impactos na filosofia
• Autonomia: Promoveu a noção de autonomia individual (Interpretação da Bíblia),
central no pensamento moderno.
• Secularização do Pensamento: Incentivou uma abordagem mais secular e crítica ao
conhecimento e à autoridade, pavimentando o caminho para o Iluminismo.
• Ética do Trabalho: Influenciou a ética do trabalho (Cada profissão era vista como
uma "vocação" divina, uma forma de servir a Deus, não apenas no clero ou
atividades religiosas, mas em todos os aspectos da vida cotidiana).
71. impactos na sociedade
• Educação e Literacia: Incentivou a alfabetização e a educação, pois a leitura da
Bíblia era vista como importante para todos. Isso levou à fundação de escolas e
universidades.
• Mudança nos Valores Sociais: Transformou valores e práticas sociais, como o
casamento, a família, o trabalho e a vida comunitária, com base nos princípios
protestantes.
• Diversidade Cultural e Religiosa: Introduziu uma maior diversidade religiosa e
cultural nas comunidades, com a convivência e, por vezes, o conflito entre
diferentes grupos religiosos.
72. Formação de igrejas
nacionais - Exemplo
da Igreja Anglicana
IMPLICAÇÕES POLÍTICAS DA
REFORMA
• Independência Religiosa: A Reforma
permitiu que os líderes nacionais
estabelecessem igrejas autônomas em
seus próprios territórios, reduzindo
assim a influência do Papado e
aumentando a soberania nacional.
2. Legitimação do Poder Régio: O monarca
passou a ser também o líder supremo da
igreja nacional. Isso fortaleceu o poder e a
legitimidade dos governantes, que agora
tinham autoridade tanto sobre assuntos
civis quanto religiosos.
73. a igreja anglicana e
henrique viii
IMPLICAÇÕES POLÍTICAS DA
REFORMA
• Cisma da Igreja Católica: Henrique VIII,
rompeu com a Igreja Católica após o
Papa Clemente VII recusar anular seu
casamento com Catarina de Aragão. Em
1534, o Ato de Supremacia foi aprovado,
declarando Henrique como o "Supremo
Chefe da Igreja da Inglaterra".
• Consolidação do Poder Régio: A criação
da Igreja Anglicana permitiu a Henrique
VIII e seus sucessores controlar as
riquezas da igreja, nomear bispos e
influenciar significativamente a doutrina
e as práticas religiosas.
77. RUPTURA COM A VISÃO TEOLÓGICA
Ruptura com a
cultura teológica
medieval.
Em vez de se concentrar
exclusivamente na religião, a
sociedade começou a valorizar
a liberdade e a criatividade
humanas.
"O Homem Vitruviano", de
Da Vinci, demonstra o
interesse renovado pela
figura humana e pela
ciência.
78. O HOMEM VITRUVIANO
Simboliza a fusão da arte e da ciência e a
crença na harmonia do corpo humano.
Exemplifica o espírito de investigação e
apreciação pela beleza e precisão,
características da Renascença.
Reflete o movimento em direção ao
antropocentrismo e a busca pelo
entendimento humano.
01
02
03
79. TEOCENTRISMO
O teocentrismo é uma visão de
mundo onde Deus (ou uma
divindade) é o centro do universo
e a explicação última para a
existência e os eventos que
ocorrem na vida e no universo.
ANTROPOCENTISMO
O antropocentrismo coloca o
ser humano no centro do
universo, considerando-o
como a medida de todas as
coisas e valorizando sua
racionalidade e capacidade de
influenciar o mundo.
80. O ELOGIO DA LOUCURA
A obra utiliza a ironia e a sátira para
criticar as superstições, a corrupção e o
comportamento moral e intelectual das
autoridades eclesiásticas e seculares.
Erasmo usa a Loucura como narradora
para tecer suas críticas, permitindo-lhe
falar verdades que seriam perigosas ou
controversas se ditas diretamente.
01
81. O ELOGIO DA LOUCURA
Um dos alvos principais de "Elogio da
Loucura" é a corrupção dentro da Igreja
Católica. Erasmo critica os clérigos, monges e
até mesmo os papas que, segundo ele,
estavam mais interessados em riqueza e
poder do que em viver os verdadeiros
ensinamentos cristãos. Além disso, ele aponta
as superstições e práticas dogmáticas que
afastavam as pessoas do verdadeiro espírito
religioso.
02
82. O ELOGIO DA LOUCURA
Enquanto critica a corrupção e a
irracionalidade, Erasmo louva a razão, a
educação e o potencial humano. Ele
defende que o verdadeiro conhecimento e
a moralidade vêm do uso crítico da razão e
do entendimento profundo das escrituras,
em contraste com a cega aceitação da
autoridade e da tradição.
03
83. O ELOGIO DA LOUCURA
Transição de Paradigmas: "Elogio da Loucura" é
um exemplo vívido da transição do
teocentrismo para o antropocentrismo. Erasmo,
através de sua obra, promove o humanismo,
valorizando a capacidade individual de razão e
crítica. Ele desafia a autoridade absoluta da
Igreja e coloca o ser humano, sua inteligência e
sua capacidade ética no centro do pensamento.
04
84. Isso representou uma mudança
fundamental em relação à ênfase exclusiva
na teologia medieval.
REVALORIZACÃO DA FILOSOFIA
GREGO-ROMANA
Acreditavam que o estudo das obras clássicas
poderia enriquecer a mente humana e promover o
desenvolvimento das capacidades individuais
87. BIOGRAFIA MAQUIAVEL
Foi um diplomata,
funcionário
público, filósofo e
escritor italiano
nascido em 1469
em Florença, na
Itália.
Viveu durante o auge
do Renascimento
italiano, um período
de intensa atividade
intelectual e artística.
"O Príncipe" é um manual
prático sobre a governança e a
acumulação de poder.
Maquiavel descreve como um
governante deve agir para
manter o poder e controlar o
povo e os nobres.
88. DESAFIO ÀS IDEIAS
TRADICIONAIS
• "O Príncipe" e a ruptura com o
pensamento político da época.
• A visão de Maquiavel sobre a política
como uma arena realista e pragmática.
• A influência de sua obra no
pensamento político moderno.
89. ANÁLISE DO PODER
• O poder como um fato político
central.
• A necessidade de governar
eficazmente, além de
considerações morais.
• Estratégias para a manutenção
do poder e a estabilidade.
90. A NECESIDADE
DO PRAGMATISMO
• Uso da força, astúcia
e manipulação.
• "Os fins justificam os
meios".
• Distinção entre
política e moral.
91. SEPARACÃO MORAL E
POLÍTICA
• A distinção entre esferas
morais e políticas.
• Ruptura com a tradição
moral-religiosa.
• Foco na eficácia e
estabilidade do Estado.
92. PAPEL ATIVO
DO SOBERANO
• Transição de um papel passivo
para um papel ativo na
política.
• Importância da autonomia
política e tomada de decisão
estratégica.
• Responsabilidade pelo destino
do Estado.