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filosofia
cristã
Prof. fábio - cecs
FILOSOF
IA
CRISTÃ
OU
MEDIEV
CONTEXTO
HISTÓRICO
Durante o Renascimento, houve um
movimento de valorização das artes e ciências
clássicas da Grécia e de Roma. Nesse contexto,
a Idade Média foi retratada como um período
de "trevas", onde acreditava-se que pouco ou
nenhum avanço intelectual aconteceu.
• O termo "medieval" acabou adquirindo
conotações negativas, como medíocre ou
obscuro, sugerindo uma época de
ignorância e atraso cultural.
FILOSOFIA
CRISTÃ
O termo "Filosofia Cristã" é mais apropriado
porque destaca a influência e os fundamentos
cristãos dessa filosofia, independentemente do
período histórico.
• Gilson buscava resgatar e valorizar o
pensamento filosófico que floresceu no
contexto cristão, especialmente durante a
Idade Média, contrapondo-se à ideia de que
foi um período de trevas intelectuais.
LE GOFF
" A IDADE MÉDIA
POSSIBILITA
DESCOBRIR
CERTAS RAÍZES
DA
MODERNIDADE
E DO NOSSO
PRÓPRIO
PENSAMENTO"
• Platão e Aristóteles tiveram um impacto
profundo na filosofia medieval.
• Os primeiros padres empreendem uma
tentativa de harmonizar as ideias
filosóficas gregas com as doutrinas
cristãs.
• Pensadores medievais usaram a lógica e a
argumentação racional para explorar
questões religiosas e filosóficas.
HERANÇA GREGA NA
FILOSOFIA
CARACTERÍSTICA
S DA
FILOS0FIA
CRISTÃ
• A filosofia cristã busca entender a fé cristã
usando a razão.
• Agostinho sugere que a fé é um ponto de
partida. Ao compreender, nossa fé se torna
mais forte e mais fundamentada.
• Importância dessa Integração: permite que a
fé não seja cega, ao mesmo tempo,
reconhece que a razão tem seus limites. Isso
cria um diálogo dinâmico entre crença e
conhecimento, enriquecendo ambos.
"Creio para
compreender, e
compreendo para
crer."
Santo Agostinho
• INTEGRAÇÃO ENTRE
FÉ E RAZÃO
• Filósofos cristãos, como Santo
Tomás de Aquino, se
dedicaram a desenvolver
argumentos racionais para
sustentar a crença na
existência de Deus.
2. EXISTÊNCIA
DE DEUS
cinco vias
São Tomás de Aquino
ARGUMENTO DO
MOVIMENTO
Tudo que se move é movido
por outra coisa, e assim por
diante, mas essa cadeia não
pode ser infinita. Portanto,
deve haver um Primeiro
Motor, que é Deus.
CAUSA EFICIENTE
Nada pode ser a causa de si
mesmo. Se seguirmos a
cadeia de causas, deve
haver uma Primeira Causa,
que é Deus.
ARGUMENTO DA
CONTINGÊNCIA
Coisas no universo existem,
mas poderiam não existir. Para
tudo que existe contingente,
deve haver algo necessário
que é a causa de sua
existência. Esse ser necessário
é Deus.
GRAUS DE
PERFEIÇÃO
Vemos que as coisas têm
diferentes graus de bondade,
verdade, nobreza, etc. Deve
haver um ser supremo que é a
fonte máxima de todas essas
perfeições, e esse ser é Deus.
ARGUMENTO
TELEOLÓGICO
Há uma ordem e um
propósito no universo que não
pode ser explicado apenas
pela chance. Isso sugere a
existência de um designer
inteligente, que é Deus.
IMPORTÂNCIA DESSES ARGUMENTOS
• Representam uma tentativa de
usar a razão para compreender e
justificar a fé.
• Críticas e limitações: alguns
filósofos argumentam que a
existência de Deus não pode ser
provada (ou refutada) puramente
por meio da razão (agnósticos).
• A filosofia cristã coloca um grande
enfoque em valores morais, que são em
grande parte derivados dos
ensinamentos da Bíblia (amor ao
próximo, empatia, compaixão, perdão).
• Esses valores moldam a maneira como os
indivíduos são encorajados a viver e
interagir com os outros.
VALORES
MORAIS
filosofia cristã SEGUNDA  SÉRIE PRIMEIRA UNIDADE
AGOSTINHO
DE HIPONA
PROF FÁBIO - CECS
/// AULA 02
BIOGRAFIA
• É uma das figuras mais importantes do
cristianismo primitivo.
• Influenciou profundamente a teologia
cristã, especialmente no que diz
respeito à graça, pecado e
predestinação.
• Nasceu em 354, na atual Argélia
(Tagaste).
• Principal representante da Patrística.
OBRAS PRINCIPAIS
• AUTOBIOGRAFIA
• Relata sua jornada espiritual, suas
lutas com questões de fé e
moralidade e o processo de
conversão ao cristianismo.
• Escrita após a queda de Roma, esta obra
defende o cristianismo contra aqueles que
culpavam a nova fé pela decadência do Império
Romano.
• Refuta as críticas pagãs e demonstra que o
colapso de Roma foi resultado de sua corrupção
moral e decadência interna, não do
cristianismo.
• Defende que a salvação e a ordem verdadeira só
podem ser alcançadas através da fé cristã.
• Agostinho apresenta uma visão da história
humana dividida entre a "Cidade de Deus" e a
"Cidade dos Homens", enfatizando a soberania
divina e a natureza transitória dos reinos
TEMAS
EXPLORADOS
NATUREZA DO MAL
ausência de bem,
uma "privação do
bem".
NÃO É SUBSTÂNCIA
As ações morais erradas são
não podem ser imputadas a
alguma força maligna
independente.
RESPONSABILIDADE MORAL Ajuda a resolver um
problema teológico
importante: se Deus é
bom e todo-poderoso,
como pode existir o mal?
IGREJA E ESTADO
A Igreja e o Estado têm
funções e objetivos
diferentes. O Estado é
responsável pela ordem e
justiça temporal, enquanto a
Igreja se preocupa com a
salvação espiritual e a vida
eterna.
Agostinho vê Igreja e
Estado como
interdependentes. O Estado
precisa da orientação moral
da Igreja para governar
justamente, enquanto a
Igreja opera dentro do
contexto do Estado.
Embora reconheça a
importância do Estado,
Agostinho coloca a Cidade de
Deus como superior. A vida
terrena e as estruturas políticas
são temporárias e imperfeitas,
enquanto a Cidade de Deus é
eterna e perfeita.
SUPERIORIDADE
DA ALMA
Bebeu de fontes
Neoplatônicas
Dividia o homem em Mente
e corpo. A alma
representaria todo o Bem e
o corpo todo o Mal.
Defendia a ascese -
abnegação do corpo.
Princípio básico de
todas as religiões
cristãs.
Dedicação exclusiva
às coisas da alma
O corpo é suscetível às paixões,
desejos e pecados da carne em
razão de sua conexão direta
com o mundo material.
FÉ E RAZÃO
A razão é usada para explorar, entender
e explicar a fé, enquanto a fé pode
orientar e informar a razão.
NÃO SÃO ANTAGÔNICAS
Para se compreender era necessário
crer, subordinando, portanto, a razão
à fé.
NECESSIDADE DA FÉ
Há verdades da fé que transcendem a
compreensão humana completa e
requerem aceitação pela fé.
MILAGRES
INFLUÊNCIA
PLATÔNICA Reinterpreta a obra de
Platão segundo os
valores cristãos,
adaptando seu
conteúdo à análise dos
temas teológicos.
Base teórica na filosofia
clássica grega, mais
especificamente na
filosofia platônica.
TEORIA DA
ILUMINAÇÃO
Tudo o que o homem
conhece só é conhecido por
meio da iluminação de Deus,
que iluminando o intelecto
humano permite a
compreensão da realidade.
filosofia cristã SEGUNDA  SÉRIE PRIMEIRA UNIDADE
PATRÍSTICA
PATRÍSTICA
01. Significa: pais da Igreja
02. Primeiros pensadores cristãos (apologétas).
03. Tarefa: integrar a herança filosófica grega com a
revelação cristã.
04. Objetivo: justificar a fé no cristianismo usando
argumentos racionais.
05. Promoção da ética e moralidade cristã.
SANTO ATANÁSIO
Importante na formulação da doutrina da Trindade e na
defesa contra o ARISNISMO. Essa doutrina afirmava que
Jesus Cristo, apesar de ser superior aos seres humanos
e outras criaturas, não era divino da mesma forma que
Deus Pai (não sendo co-eterno nem consubstancial com
o Pai, colocando-o em uma posição subordinada.)
FÉ
HARMONIA FÉ E
RAZÃO
"CREIO PARA
COMPREENDER"
RAZÃO
São complementares e
capazes de trabalhar juntas na
busca da verdade.
Encapsula a ideia de que
a fé não é irracional, mas
uma base necessária
para uma compreensão
mais profunda.
Ferramenta crucial para
a interpretação das
Escrituras e a
compreensão dos
mistérios da fé.
Atua como um guia
para a razão,
fornecendo um quadro
de referência dentro do
qual a razão pode
operar.
SANTO
AGOSTINHO
01
02
ENSINAMENTOS
A fé sem a razão
pode se tornar
superstição ou
fanatismo.
A razão sem fé
pode se tornar
cética e
desorientada.
01
02
SÃO JUSTINO
Escreveu extensivamente para contrariar as
acusações feitas contra os cristãos, as heresias e
para explicar a fé cristã de uma maneira lógica e
acessível.
APOLOGISTA
CRISTÃO
CRISTIANISMO E
FILOSOFIA
Tentou conciliar o cristianismo com a filosofia grega, um
esforço que o torna uma figura chave no
desenvolvimento inicial da teologia cristã.
01
02
A Filosofia grega era incompatível com o cristianismo. A fé cristã não deveria se
misturar com a especulação filosófica, que ele via como uma fonte de erro e
confusão.
03
TERTULIANO
"Eu creio porque é absurdo". Esta perspectiva implica
uma aceitação dos mistérios da fé sem a necessidade
de explicação ou justificação racional.
APOLOGISTA
RADICAL
FILOSOFIA E
CRISTIANISMO
RAZÃO E FÉ
Via uma oposição radical entre a razão, que caracterizava os filósofos, e a fé,
que caracteriza o cristão. Para Tertuliano, a razão humana era falível e
limitada, enquanto a fé proporcionava acesso à verdade divina.
filosofia cristã SEGUNDA  SÉRIE PRIMEIRA UNIDADE
ESCOLÁSTIC
A
Prof. Fábio - CECS
AULA
04
O QUE FOI
A ESCOLÁSTICA?
• Movimento
intelectual e
filosófico
Dominou o pensamento
medieval e as universidades
europeias do século XI e
XVII.
• Tentativa de reconciliar a fé
cristã com a filosofia grega.
Explicar conceitos teológicos dentro de
um quadro racional e sistemático.
CARACTERÍSTICA
01
METODOLOG
IA RIGOROSA
E
SISTEMÁTICA
Formulação de uma
pergunta, a
apresentação de
argumentos a favor e
contra (tese e antítese),
seguida de uma
resolução ou síntese.
Método
Dialético
QUESTÃO
A existência de Deus
pode ser provada pela
razão?
A existência de Deus
pode ser provada pela
razão.
São Tomás de Aquino, um influente teólogo da
escolástica, propôs cinco vias racionais para
provar a existência de Deus. Uma dessas vias é o
argumento do movimento, que parte do
pressuposto de que tudo que está em
movimento é movido por algo. Se seguirmos a
cadeia de movimentos e causas, devemos
chegar a um primeiro motor, que não foi movido
por nada, o qual Tomás identifica como Deus.
TESE
afirmação
inicial
ANTÍTESE
A razão não pode
provar a existência de
Deus.
Por outro lado, alguns filósofos argumentam
que a existência de Deus é uma questão de
fé, não de razão. Eles podem apontar para as
limitações da razão humana ou sugerir que
Deus, sendo infinito e transcendental,
escapa à compreensão total da lógica
humana. Além disso, críticas modernas à
ideia de um "primeiro motor" incluem a
possibilidade de um universo com causas
contraposição/
negativa
busca resolver
o conflito.
SÍNTESE
Quando usada adequadamente, a
razão aponta para a existência de
Deus.
A razão é uma dádiva divina que, quando
usada adequadamente, nos encaminha
para a verdade maior que é Deus. Nesse
sentido, embora limitada, ela pode levar-
nos a reconhecer a ordem, a beleza e a
complexidade do universo, sugerindo um
design inteligente e um propósito divino.
CARACTERÍSTIC
A 02
COMPREENSÃO
RACIONAL E
SISTEMÁTICA DA
FÉ
A lógica e a razão como
ferramentas essenciais para
entender e explicar a fé
cristã. Os escolásticos
aplicavam a lógica para
debater temas como a
existência de Deus, a
natureza da alma, a
Uso da Lógica e
da Razão
A EXISTÊNCIA DO MAL NO
MUNDO
MAS... E O MAL?
Tomás de Aquino começa com a premissa de que
Deus é o sumo bem e que tudo o que Deus criou é
fundamentalmente bom, pois reflete de algum
modo o criador.
O QUE É O MAL?
Para Aquino, o mal não é uma entidade ou
substância, mas uma ausência ou privação do bem
que deveria estar presente em uma coisa. Essa
ideia é conhecida como a "privatio boni" (privação
do bem). O mal, então, é entendido como uma
falha ou deficiência.
QUAL ORIGEM DO MAL?
O mal moral surge quando as criaturas racionais
escolhem desviar-se do bem e do propósito
adequado estabelecido por Deus. Essa escolha
errônea é um uso incorreto do livre arbítrio e
resulta em pecado.
MAS PORQUE DEUS PERMITE QUE O MAL
EXISTA?
A existência do mal
garante o lívre-arbítrio
Aquino argumenta que, embora Deus seja todo-poderoso
e todo-bondoso, Ele permite a existência do mal para
preservar o bem maior do livre arbítrio e para que bens
maiores possam emergir do mal. Deus não é o autor do
mal, mas permite-o como parte do governo providencial
do universo.
CARACTERÍSTICA
03 Os escolásticos viam fé e razão
como opostas, mas como
complementares. A razão era
vista como um meio de
aprofundar a compreensão da
fé, enquanto a fé fornecia as
verdades fundamentais que a
razão podia explorar.
Integração
entre fé e razão
HARMONIZACÃO
DA FÉ COM A
RAZÃO
FILOSÓFICA
INFLUÊNCIAS
ARISTÓTELES
Obras foram redescobertas
e integradas ao
pensamento cristão.
Autoridade intelectual no
mundo medieval.
São Tomás de Aquino
Principal representante e autor
ideológico da Escolástica
PLATÃO
Já vinha sendo usado desde a
Patrística
filosofia cristã SEGUNDA  SÉRIE PRIMEIRA UNIDADE
O PENSAMENTO
DE SÃO TOMÁS
DE AQUINO
AULA 05
Prof. Fábio -
CECS
BIOGRAFIA
Teólogo e filósofo escolástico do século XIII.
Obra principal: "Suma Teológica".
Objetivo: Sintetizar teologia e filosofia aristotélica.
Importância: Impacto na teologia católica e filosofia
ocidental.
SUMA TEOLÓGICA
Primeira Parte: Deus,
sua existência e
natureza, criação,
providência.
Segunda Parte: Ética
e moral cristãs, lei,
liberdade, graça
divina.
Terceira Parte: Jesus
Cristo, a Igreja,
sacramentos.
1
2
3
Objetivo: Sistematizar o pensamento teológico e filosófico.
RAZÃO E FÉ
Conceito chave:
Harmonia entre fé e
razão.
Uso da razão para
compreender a fé.
harmoniosas e
complementares.
Razão como ferramenta dada por
Deus para entender o mundo
espiritual e natural.
• A prova da existência de Deus poderia ser
demonstrada através da razão e da
observação do mundo natural, sem
depender apenas da revelação religiosa.
• Prova da Existência de Deus: Causalidade e
ordem do universo.
TEOLOGIA NATURAL
• Uso de argumentação lógica e princípios
filosóficos em teologia.
• Incorporação de ideias aristotélicas (ética,
metafísica, filosofia da mente).
• Conciliação entre Cristianismo e Aristotelismo
SÍNTESE ENTRE FÉ E RAZÃO
DISTINÇÃO ENTRE GRAÇA
E NATUREZA
Graça divina: Dom de Deus que
aperfeiçoa a natureza humana.
interação e complementaridade.
Natureza humana: Razão, vontade e
liberdade.
CONTRIBUIÇÕES
À ÉTICA
Virtudes como
hábitos morais e
caminho para a
realização moral.
Importância do bem
comum, justiça e
vida virtuosa na
busca da santidade.
LEGADO DE SÃO TOMÁS
DE AQUINO
Impacto no pensamento cristão (Teologia) e
na filosofia ocidental.
Relevância contínua de suas obras e
ideias, especialmente na ética.
filosofia cristã SEGUNDA  SÉRIE PRIMEIRA UNIDADE
A REFORMA
PROTESTANTE E SEU
IMPACTO FILOSÓFICO
Entendendo a transformação religiosa, cultural e
filosófica do século XVI.
Prof. Fábio - CECS
reforma protestante
• Contextualização histórica: século XVI.
• Objetivos iniciais: Reforma da Igreja Católica
e correção de práticas.
• Transformou profundamente a religião,
cultura, política e filosofia na Europa.
O movimento começou
principalmente com a publicação das
95 Teses de Lutero em 1517, que
criticavam a venda de indulgências e
outras práticas da Igreja Católica.
Enfatizava a soberania total
de Deus e a predestinação, a
ideia de que Deus já escolheu
quem seria salvo e quem seria
condenado.
martinho lutero joão calvino
FIGURAS CENTRAIS
IMPACTOS DA
REFORMA
A fragmentação da Igreja
Católica levou à formação de
várias denominações
protestantes, cada uma com
suas próprias crenças e
práticas.
Ênfase na interpretação
pessoal da Bíblia. Desafiou a
autoridade exclusiva da Igreja
Católica na interpretação das
escrituras, promovendo a ideia
de que cada indivíduo poderia
e deveria ler e entender a Bíblia
por si mesmo.
impactos na religião
• Fragmentação do Cristianismo: A Reforma quebrou o monopólio religioso da Igreja
Católica, levando ao surgimento de várias denominações protestantes (como
luteranos, calvinistas e anglicanos), cada uma com suas próprias interpretações das
Escrituras.
• Interpretação Pessoal da Bíblia: Encorajou a leitura individual da Bíblia, diminuindo
a dependência da interpretação da igreja e promovendo a ideia de que cada
indivíduo pode e deve interpretar as escrituras por si mesmo.
• Fim de Práticas Controversas: Criticou e acabou com várias práticas da Igreja
Católica, como a venda de indulgências.
impactos na filosofia
• Autonomia: Promoveu a noção de autonomia individual (Interpretação da Bíblia),
central no pensamento moderno.
• Secularização do Pensamento: Incentivou uma abordagem mais secular e crítica ao
conhecimento e à autoridade, pavimentando o caminho para o Iluminismo.
• Ética do Trabalho: Influenciou a ética do trabalho (Cada profissão era vista como
uma "vocação" divina, uma forma de servir a Deus, não apenas no clero ou
atividades religiosas, mas em todos os aspectos da vida cotidiana).
impactos na sociedade
• Educação e Literacia: Incentivou a alfabetização e a educação, pois a leitura da
Bíblia era vista como importante para todos. Isso levou à fundação de escolas e
universidades.
• Mudança nos Valores Sociais: Transformou valores e práticas sociais, como o
casamento, a família, o trabalho e a vida comunitária, com base nos princípios
protestantes.
• Diversidade Cultural e Religiosa: Introduziu uma maior diversidade religiosa e
cultural nas comunidades, com a convivência e, por vezes, o conflito entre
diferentes grupos religiosos.
Formação de igrejas
nacionais - Exemplo
da Igreja Anglicana
IMPLICAÇÕES POLÍTICAS DA
REFORMA
• Independência Religiosa: A Reforma
permitiu que os líderes nacionais
estabelecessem igrejas autônomas em
seus próprios territórios, reduzindo
assim a influência do Papado e
aumentando a soberania nacional.
2. Legitimação do Poder Régio: O monarca
passou a ser também o líder supremo da
igreja nacional. Isso fortaleceu o poder e a
legitimidade dos governantes, que agora
tinham autoridade tanto sobre assuntos
civis quanto religiosos.
a igreja anglicana e
henrique viii
IMPLICAÇÕES POLÍTICAS DA
REFORMA
• Cisma da Igreja Católica: Henrique VIII,
rompeu com a Igreja Católica após o
Papa Clemente VII recusar anular seu
casamento com Catarina de Aragão. Em
1534, o Ato de Supremacia foi aprovado,
declarando Henrique como o "Supremo
Chefe da Igreja da Inglaterra".
• Consolidação do Poder Régio: A criação
da Igreja Anglicana permitiu a Henrique
VIII e seus sucessores controlar as
riquezas da igreja, nomear bispos e
influenciar significativamente a doutrina
e as práticas religiosas.
filosofia cristã SEGUNDA  SÉRIE PRIMEIRA UNIDADE
FILOSOFIA DA
RENASCENÇA
Prof. Fábio - CECS
Uma Era de Transformação na
Mentalidade Europeia
características
Transição do teocentrismo para o
antropocentrismo.
Valorização da filosofia
greco-romana.
Ruptura da hegemonia católica.
01
02
03
RUPTURA COM A VISÃO TEOLÓGICA
Ruptura com a
cultura teológica
medieval.
Em vez de se concentrar
exclusivamente na religião, a
sociedade começou a valorizar
a liberdade e a criatividade
humanas.
"O Homem Vitruviano", de
Da Vinci, demonstra o
interesse renovado pela
figura humana e pela
ciência.
O HOMEM VITRUVIANO
Simboliza a fusão da arte e da ciência e a
crença na harmonia do corpo humano.
Exemplifica o espírito de investigação e
apreciação pela beleza e precisão,
características da Renascença.
Reflete o movimento em direção ao
antropocentrismo e a busca pelo
entendimento humano.
01
02
03
TEOCENTRISMO
O teocentrismo é uma visão de
mundo onde Deus (ou uma
divindade) é o centro do universo
e a explicação última para a
existência e os eventos que
ocorrem na vida e no universo.
ANTROPOCENTISMO
O antropocentrismo coloca o
ser humano no centro do
universo, considerando-o
como a medida de todas as
coisas e valorizando sua
racionalidade e capacidade de
influenciar o mundo.
O ELOGIO DA LOUCURA
A obra utiliza a ironia e a sátira para
criticar as superstições, a corrupção e o
comportamento moral e intelectual das
autoridades eclesiásticas e seculares.
Erasmo usa a Loucura como narradora
para tecer suas críticas, permitindo-lhe
falar verdades que seriam perigosas ou
controversas se ditas diretamente.
01
O ELOGIO DA LOUCURA
Um dos alvos principais de "Elogio da
Loucura" é a corrupção dentro da Igreja
Católica. Erasmo critica os clérigos, monges e
até mesmo os papas que, segundo ele,
estavam mais interessados em riqueza e
poder do que em viver os verdadeiros
ensinamentos cristãos. Além disso, ele aponta
as superstições e práticas dogmáticas que
afastavam as pessoas do verdadeiro espírito
religioso.
02
O ELOGIO DA LOUCURA
Enquanto critica a corrupção e a
irracionalidade, Erasmo louva a razão, a
educação e o potencial humano. Ele
defende que o verdadeiro conhecimento e
a moralidade vêm do uso crítico da razão e
do entendimento profundo das escrituras,
em contraste com a cega aceitação da
autoridade e da tradição.
03
O ELOGIO DA LOUCURA
Transição de Paradigmas: "Elogio da Loucura" é
um exemplo vívido da transição do
teocentrismo para o antropocentrismo. Erasmo,
através de sua obra, promove o humanismo,
valorizando a capacidade individual de razão e
crítica. Ele desafia a autoridade absoluta da
Igreja e coloca o ser humano, sua inteligência e
sua capacidade ética no centro do pensamento.
04
Isso representou uma mudança
fundamental em relação à ênfase exclusiva
na teologia medieval.
REVALORIZACÃO DA FILOSOFIA
GREGO-ROMANA
Acreditavam que o estudo das obras clássicas
poderia enriquecer a mente humana e promover o
desenvolvimento das capacidades individuais
filosofia cristã SEGUNDA  SÉRIE PRIMEIRA UNIDADE
Prof. Fábio - CECS
NICOLAU
MAQUIAVEL
BIOGRAFIA MAQUIAVEL
Foi um diplomata,
funcionário
público, filósofo e
escritor italiano
nascido em 1469
em Florença, na
Itália.
Viveu durante o auge
do Renascimento
italiano, um período
de intensa atividade
intelectual e artística.
"O Príncipe" é um manual
prático sobre a governança e a
acumulação de poder.
Maquiavel descreve como um
governante deve agir para
manter o poder e controlar o
povo e os nobres.
DESAFIO ÀS IDEIAS
TRADICIONAIS
• "O Príncipe" e a ruptura com o
pensamento político da época.
• A visão de Maquiavel sobre a política
como uma arena realista e pragmática.
• A influência de sua obra no
pensamento político moderno.
ANÁLISE DO PODER
• O poder como um fato político
central.
• A necessidade de governar
eficazmente, além de
considerações morais.
• Estratégias para a manutenção
do poder e a estabilidade.
A NECESIDADE
DO PRAGMATISMO
• Uso da força, astúcia
e manipulação.
• "Os fins justificam os
meios".
• Distinção entre
política e moral.
SEPARACÃO MORAL E
POLÍTICA
• A distinção entre esferas
morais e políticas.
• Ruptura com a tradição
moral-religiosa.
• Foco na eficácia e
estabilidade do Estado.
PAPEL ATIVO
DO SOBERANO
• Transição de um papel passivo
para um papel ativo na
política.
• Importância da autonomia
política e tomada de decisão
estratégica.
• Responsabilidade pelo destino
do Estado.
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filosofia cristã SEGUNDA SÉRIE PRIMEIRA UNIDADE

  • 3. CONTEXTO HISTÓRICO Durante o Renascimento, houve um movimento de valorização das artes e ciências clássicas da Grécia e de Roma. Nesse contexto, a Idade Média foi retratada como um período de "trevas", onde acreditava-se que pouco ou nenhum avanço intelectual aconteceu. • O termo "medieval" acabou adquirindo conotações negativas, como medíocre ou obscuro, sugerindo uma época de ignorância e atraso cultural.
  • 4. FILOSOFIA CRISTÃ O termo "Filosofia Cristã" é mais apropriado porque destaca a influência e os fundamentos cristãos dessa filosofia, independentemente do período histórico. • Gilson buscava resgatar e valorizar o pensamento filosófico que floresceu no contexto cristão, especialmente durante a Idade Média, contrapondo-se à ideia de que foi um período de trevas intelectuais.
  • 5. LE GOFF " A IDADE MÉDIA POSSIBILITA DESCOBRIR CERTAS RAÍZES DA MODERNIDADE E DO NOSSO PRÓPRIO PENSAMENTO"
  • 6. • Platão e Aristóteles tiveram um impacto profundo na filosofia medieval. • Os primeiros padres empreendem uma tentativa de harmonizar as ideias filosóficas gregas com as doutrinas cristãs. • Pensadores medievais usaram a lógica e a argumentação racional para explorar questões religiosas e filosóficas. HERANÇA GREGA NA FILOSOFIA
  • 8. • A filosofia cristã busca entender a fé cristã usando a razão. • Agostinho sugere que a fé é um ponto de partida. Ao compreender, nossa fé se torna mais forte e mais fundamentada. • Importância dessa Integração: permite que a fé não seja cega, ao mesmo tempo, reconhece que a razão tem seus limites. Isso cria um diálogo dinâmico entre crença e conhecimento, enriquecendo ambos. "Creio para compreender, e compreendo para crer." Santo Agostinho • INTEGRAÇÃO ENTRE FÉ E RAZÃO
  • 9. • Filósofos cristãos, como Santo Tomás de Aquino, se dedicaram a desenvolver argumentos racionais para sustentar a crença na existência de Deus. 2. EXISTÊNCIA DE DEUS
  • 11. ARGUMENTO DO MOVIMENTO Tudo que se move é movido por outra coisa, e assim por diante, mas essa cadeia não pode ser infinita. Portanto, deve haver um Primeiro Motor, que é Deus.
  • 12. CAUSA EFICIENTE Nada pode ser a causa de si mesmo. Se seguirmos a cadeia de causas, deve haver uma Primeira Causa, que é Deus.
  • 13. ARGUMENTO DA CONTINGÊNCIA Coisas no universo existem, mas poderiam não existir. Para tudo que existe contingente, deve haver algo necessário que é a causa de sua existência. Esse ser necessário é Deus.
  • 14. GRAUS DE PERFEIÇÃO Vemos que as coisas têm diferentes graus de bondade, verdade, nobreza, etc. Deve haver um ser supremo que é a fonte máxima de todas essas perfeições, e esse ser é Deus.
  • 15. ARGUMENTO TELEOLÓGICO Há uma ordem e um propósito no universo que não pode ser explicado apenas pela chance. Isso sugere a existência de um designer inteligente, que é Deus.
  • 16. IMPORTÂNCIA DESSES ARGUMENTOS • Representam uma tentativa de usar a razão para compreender e justificar a fé. • Críticas e limitações: alguns filósofos argumentam que a existência de Deus não pode ser provada (ou refutada) puramente por meio da razão (agnósticos).
  • 17. • A filosofia cristã coloca um grande enfoque em valores morais, que são em grande parte derivados dos ensinamentos da Bíblia (amor ao próximo, empatia, compaixão, perdão). • Esses valores moldam a maneira como os indivíduos são encorajados a viver e interagir com os outros. VALORES MORAIS
  • 19. AGOSTINHO DE HIPONA PROF FÁBIO - CECS /// AULA 02
  • 20. BIOGRAFIA • É uma das figuras mais importantes do cristianismo primitivo. • Influenciou profundamente a teologia cristã, especialmente no que diz respeito à graça, pecado e predestinação. • Nasceu em 354, na atual Argélia (Tagaste). • Principal representante da Patrística.
  • 22. • AUTOBIOGRAFIA • Relata sua jornada espiritual, suas lutas com questões de fé e moralidade e o processo de conversão ao cristianismo.
  • 23. • Escrita após a queda de Roma, esta obra defende o cristianismo contra aqueles que culpavam a nova fé pela decadência do Império Romano. • Refuta as críticas pagãs e demonstra que o colapso de Roma foi resultado de sua corrupção moral e decadência interna, não do cristianismo. • Defende que a salvação e a ordem verdadeira só podem ser alcançadas através da fé cristã. • Agostinho apresenta uma visão da história humana dividida entre a "Cidade de Deus" e a "Cidade dos Homens", enfatizando a soberania divina e a natureza transitória dos reinos
  • 25. NATUREZA DO MAL ausência de bem, uma "privação do bem". NÃO É SUBSTÂNCIA As ações morais erradas são não podem ser imputadas a alguma força maligna independente. RESPONSABILIDADE MORAL Ajuda a resolver um problema teológico importante: se Deus é bom e todo-poderoso, como pode existir o mal?
  • 26. IGREJA E ESTADO A Igreja e o Estado têm funções e objetivos diferentes. O Estado é responsável pela ordem e justiça temporal, enquanto a Igreja se preocupa com a salvação espiritual e a vida eterna. Agostinho vê Igreja e Estado como interdependentes. O Estado precisa da orientação moral da Igreja para governar justamente, enquanto a Igreja opera dentro do contexto do Estado. Embora reconheça a importância do Estado, Agostinho coloca a Cidade de Deus como superior. A vida terrena e as estruturas políticas são temporárias e imperfeitas, enquanto a Cidade de Deus é eterna e perfeita.
  • 27. SUPERIORIDADE DA ALMA Bebeu de fontes Neoplatônicas Dividia o homem em Mente e corpo. A alma representaria todo o Bem e o corpo todo o Mal. Defendia a ascese - abnegação do corpo. Princípio básico de todas as religiões cristãs. Dedicação exclusiva às coisas da alma O corpo é suscetível às paixões, desejos e pecados da carne em razão de sua conexão direta com o mundo material.
  • 28. FÉ E RAZÃO A razão é usada para explorar, entender e explicar a fé, enquanto a fé pode orientar e informar a razão. NÃO SÃO ANTAGÔNICAS Para se compreender era necessário crer, subordinando, portanto, a razão à fé. NECESSIDADE DA FÉ Há verdades da fé que transcendem a compreensão humana completa e requerem aceitação pela fé. MILAGRES
  • 29. INFLUÊNCIA PLATÔNICA Reinterpreta a obra de Platão segundo os valores cristãos, adaptando seu conteúdo à análise dos temas teológicos. Base teórica na filosofia clássica grega, mais especificamente na filosofia platônica.
  • 30. TEORIA DA ILUMINAÇÃO Tudo o que o homem conhece só é conhecido por meio da iluminação de Deus, que iluminando o intelecto humano permite a compreensão da realidade.
  • 33. PATRÍSTICA 01. Significa: pais da Igreja 02. Primeiros pensadores cristãos (apologétas). 03. Tarefa: integrar a herança filosófica grega com a revelação cristã. 04. Objetivo: justificar a fé no cristianismo usando argumentos racionais. 05. Promoção da ética e moralidade cristã.
  • 34. SANTO ATANÁSIO Importante na formulação da doutrina da Trindade e na defesa contra o ARISNISMO. Essa doutrina afirmava que Jesus Cristo, apesar de ser superior aos seres humanos e outras criaturas, não era divino da mesma forma que Deus Pai (não sendo co-eterno nem consubstancial com o Pai, colocando-o em uma posição subordinada.)
  • 35. FÉ HARMONIA FÉ E RAZÃO "CREIO PARA COMPREENDER" RAZÃO São complementares e capazes de trabalhar juntas na busca da verdade. Encapsula a ideia de que a fé não é irracional, mas uma base necessária para uma compreensão mais profunda. Ferramenta crucial para a interpretação das Escrituras e a compreensão dos mistérios da fé. Atua como um guia para a razão, fornecendo um quadro de referência dentro do qual a razão pode operar. SANTO AGOSTINHO
  • 36. 01 02 ENSINAMENTOS A fé sem a razão pode se tornar superstição ou fanatismo. A razão sem fé pode se tornar cética e desorientada.
  • 37. 01 02 SÃO JUSTINO Escreveu extensivamente para contrariar as acusações feitas contra os cristãos, as heresias e para explicar a fé cristã de uma maneira lógica e acessível. APOLOGISTA CRISTÃO CRISTIANISMO E FILOSOFIA Tentou conciliar o cristianismo com a filosofia grega, um esforço que o torna uma figura chave no desenvolvimento inicial da teologia cristã.
  • 38. 01 02 A Filosofia grega era incompatível com o cristianismo. A fé cristã não deveria se misturar com a especulação filosófica, que ele via como uma fonte de erro e confusão. 03 TERTULIANO "Eu creio porque é absurdo". Esta perspectiva implica uma aceitação dos mistérios da fé sem a necessidade de explicação ou justificação racional. APOLOGISTA RADICAL FILOSOFIA E CRISTIANISMO RAZÃO E FÉ Via uma oposição radical entre a razão, que caracterizava os filósofos, e a fé, que caracteriza o cristão. Para Tertuliano, a razão humana era falível e limitada, enquanto a fé proporcionava acesso à verdade divina.
  • 41. O QUE FOI A ESCOLÁSTICA? • Movimento intelectual e filosófico Dominou o pensamento medieval e as universidades europeias do século XI e XVII. • Tentativa de reconciliar a fé cristã com a filosofia grega. Explicar conceitos teológicos dentro de um quadro racional e sistemático.
  • 42. CARACTERÍSTICA 01 METODOLOG IA RIGOROSA E SISTEMÁTICA Formulação de uma pergunta, a apresentação de argumentos a favor e contra (tese e antítese), seguida de uma resolução ou síntese. Método Dialético
  • 43. QUESTÃO A existência de Deus pode ser provada pela razão?
  • 44. A existência de Deus pode ser provada pela razão. São Tomás de Aquino, um influente teólogo da escolástica, propôs cinco vias racionais para provar a existência de Deus. Uma dessas vias é o argumento do movimento, que parte do pressuposto de que tudo que está em movimento é movido por algo. Se seguirmos a cadeia de movimentos e causas, devemos chegar a um primeiro motor, que não foi movido por nada, o qual Tomás identifica como Deus. TESE afirmação inicial
  • 45. ANTÍTESE A razão não pode provar a existência de Deus. Por outro lado, alguns filósofos argumentam que a existência de Deus é uma questão de fé, não de razão. Eles podem apontar para as limitações da razão humana ou sugerir que Deus, sendo infinito e transcendental, escapa à compreensão total da lógica humana. Além disso, críticas modernas à ideia de um "primeiro motor" incluem a possibilidade de um universo com causas contraposição/ negativa
  • 46. busca resolver o conflito. SÍNTESE Quando usada adequadamente, a razão aponta para a existência de Deus. A razão é uma dádiva divina que, quando usada adequadamente, nos encaminha para a verdade maior que é Deus. Nesse sentido, embora limitada, ela pode levar- nos a reconhecer a ordem, a beleza e a complexidade do universo, sugerindo um design inteligente e um propósito divino.
  • 47. CARACTERÍSTIC A 02 COMPREENSÃO RACIONAL E SISTEMÁTICA DA FÉ A lógica e a razão como ferramentas essenciais para entender e explicar a fé cristã. Os escolásticos aplicavam a lógica para debater temas como a existência de Deus, a natureza da alma, a Uso da Lógica e da Razão
  • 48. A EXISTÊNCIA DO MAL NO MUNDO MAS... E O MAL? Tomás de Aquino começa com a premissa de que Deus é o sumo bem e que tudo o que Deus criou é fundamentalmente bom, pois reflete de algum modo o criador.
  • 49. O QUE É O MAL? Para Aquino, o mal não é uma entidade ou substância, mas uma ausência ou privação do bem que deveria estar presente em uma coisa. Essa ideia é conhecida como a "privatio boni" (privação do bem). O mal, então, é entendido como uma falha ou deficiência.
  • 50. QUAL ORIGEM DO MAL? O mal moral surge quando as criaturas racionais escolhem desviar-se do bem e do propósito adequado estabelecido por Deus. Essa escolha errônea é um uso incorreto do livre arbítrio e resulta em pecado. MAS PORQUE DEUS PERMITE QUE O MAL EXISTA?
  • 51. A existência do mal garante o lívre-arbítrio Aquino argumenta que, embora Deus seja todo-poderoso e todo-bondoso, Ele permite a existência do mal para preservar o bem maior do livre arbítrio e para que bens maiores possam emergir do mal. Deus não é o autor do mal, mas permite-o como parte do governo providencial do universo.
  • 52. CARACTERÍSTICA 03 Os escolásticos viam fé e razão como opostas, mas como complementares. A razão era vista como um meio de aprofundar a compreensão da fé, enquanto a fé fornecia as verdades fundamentais que a razão podia explorar. Integração entre fé e razão HARMONIZACÃO DA FÉ COM A RAZÃO FILOSÓFICA
  • 53. INFLUÊNCIAS ARISTÓTELES Obras foram redescobertas e integradas ao pensamento cristão. Autoridade intelectual no mundo medieval. São Tomás de Aquino Principal representante e autor ideológico da Escolástica PLATÃO Já vinha sendo usado desde a Patrística
  • 55. O PENSAMENTO DE SÃO TOMÁS DE AQUINO AULA 05 Prof. Fábio - CECS
  • 56. BIOGRAFIA Teólogo e filósofo escolástico do século XIII. Obra principal: "Suma Teológica". Objetivo: Sintetizar teologia e filosofia aristotélica. Importância: Impacto na teologia católica e filosofia ocidental.
  • 57. SUMA TEOLÓGICA Primeira Parte: Deus, sua existência e natureza, criação, providência. Segunda Parte: Ética e moral cristãs, lei, liberdade, graça divina. Terceira Parte: Jesus Cristo, a Igreja, sacramentos. 1 2 3 Objetivo: Sistematizar o pensamento teológico e filosófico.
  • 58. RAZÃO E FÉ Conceito chave: Harmonia entre fé e razão. Uso da razão para compreender a fé. harmoniosas e complementares. Razão como ferramenta dada por Deus para entender o mundo espiritual e natural.
  • 59. • A prova da existência de Deus poderia ser demonstrada através da razão e da observação do mundo natural, sem depender apenas da revelação religiosa. • Prova da Existência de Deus: Causalidade e ordem do universo. TEOLOGIA NATURAL
  • 60. • Uso de argumentação lógica e princípios filosóficos em teologia. • Incorporação de ideias aristotélicas (ética, metafísica, filosofia da mente). • Conciliação entre Cristianismo e Aristotelismo SÍNTESE ENTRE FÉ E RAZÃO
  • 61. DISTINÇÃO ENTRE GRAÇA E NATUREZA Graça divina: Dom de Deus que aperfeiçoa a natureza humana. interação e complementaridade. Natureza humana: Razão, vontade e liberdade.
  • 62. CONTRIBUIÇÕES À ÉTICA Virtudes como hábitos morais e caminho para a realização moral. Importância do bem comum, justiça e vida virtuosa na busca da santidade.
  • 63. LEGADO DE SÃO TOMÁS DE AQUINO Impacto no pensamento cristão (Teologia) e na filosofia ocidental. Relevância contínua de suas obras e ideias, especialmente na ética.
  • 65. A REFORMA PROTESTANTE E SEU IMPACTO FILOSÓFICO Entendendo a transformação religiosa, cultural e filosófica do século XVI. Prof. Fábio - CECS
  • 66. reforma protestante • Contextualização histórica: século XVI. • Objetivos iniciais: Reforma da Igreja Católica e correção de práticas. • Transformou profundamente a religião, cultura, política e filosofia na Europa.
  • 67. O movimento começou principalmente com a publicação das 95 Teses de Lutero em 1517, que criticavam a venda de indulgências e outras práticas da Igreja Católica. Enfatizava a soberania total de Deus e a predestinação, a ideia de que Deus já escolheu quem seria salvo e quem seria condenado. martinho lutero joão calvino FIGURAS CENTRAIS
  • 68. IMPACTOS DA REFORMA A fragmentação da Igreja Católica levou à formação de várias denominações protestantes, cada uma com suas próprias crenças e práticas. Ênfase na interpretação pessoal da Bíblia. Desafiou a autoridade exclusiva da Igreja Católica na interpretação das escrituras, promovendo a ideia de que cada indivíduo poderia e deveria ler e entender a Bíblia por si mesmo.
  • 69. impactos na religião • Fragmentação do Cristianismo: A Reforma quebrou o monopólio religioso da Igreja Católica, levando ao surgimento de várias denominações protestantes (como luteranos, calvinistas e anglicanos), cada uma com suas próprias interpretações das Escrituras. • Interpretação Pessoal da Bíblia: Encorajou a leitura individual da Bíblia, diminuindo a dependência da interpretação da igreja e promovendo a ideia de que cada indivíduo pode e deve interpretar as escrituras por si mesmo. • Fim de Práticas Controversas: Criticou e acabou com várias práticas da Igreja Católica, como a venda de indulgências.
  • 70. impactos na filosofia • Autonomia: Promoveu a noção de autonomia individual (Interpretação da Bíblia), central no pensamento moderno. • Secularização do Pensamento: Incentivou uma abordagem mais secular e crítica ao conhecimento e à autoridade, pavimentando o caminho para o Iluminismo. • Ética do Trabalho: Influenciou a ética do trabalho (Cada profissão era vista como uma "vocação" divina, uma forma de servir a Deus, não apenas no clero ou atividades religiosas, mas em todos os aspectos da vida cotidiana).
  • 71. impactos na sociedade • Educação e Literacia: Incentivou a alfabetização e a educação, pois a leitura da Bíblia era vista como importante para todos. Isso levou à fundação de escolas e universidades. • Mudança nos Valores Sociais: Transformou valores e práticas sociais, como o casamento, a família, o trabalho e a vida comunitária, com base nos princípios protestantes. • Diversidade Cultural e Religiosa: Introduziu uma maior diversidade religiosa e cultural nas comunidades, com a convivência e, por vezes, o conflito entre diferentes grupos religiosos.
  • 72. Formação de igrejas nacionais - Exemplo da Igreja Anglicana IMPLICAÇÕES POLÍTICAS DA REFORMA • Independência Religiosa: A Reforma permitiu que os líderes nacionais estabelecessem igrejas autônomas em seus próprios territórios, reduzindo assim a influência do Papado e aumentando a soberania nacional. 2. Legitimação do Poder Régio: O monarca passou a ser também o líder supremo da igreja nacional. Isso fortaleceu o poder e a legitimidade dos governantes, que agora tinham autoridade tanto sobre assuntos civis quanto religiosos.
  • 73. a igreja anglicana e henrique viii IMPLICAÇÕES POLÍTICAS DA REFORMA • Cisma da Igreja Católica: Henrique VIII, rompeu com a Igreja Católica após o Papa Clemente VII recusar anular seu casamento com Catarina de Aragão. Em 1534, o Ato de Supremacia foi aprovado, declarando Henrique como o "Supremo Chefe da Igreja da Inglaterra". • Consolidação do Poder Régio: A criação da Igreja Anglicana permitiu a Henrique VIII e seus sucessores controlar as riquezas da igreja, nomear bispos e influenciar significativamente a doutrina e as práticas religiosas.
  • 75. FILOSOFIA DA RENASCENÇA Prof. Fábio - CECS Uma Era de Transformação na Mentalidade Europeia
  • 76. características Transição do teocentrismo para o antropocentrismo. Valorização da filosofia greco-romana. Ruptura da hegemonia católica. 01 02 03
  • 77. RUPTURA COM A VISÃO TEOLÓGICA Ruptura com a cultura teológica medieval. Em vez de se concentrar exclusivamente na religião, a sociedade começou a valorizar a liberdade e a criatividade humanas. "O Homem Vitruviano", de Da Vinci, demonstra o interesse renovado pela figura humana e pela ciência.
  • 78. O HOMEM VITRUVIANO Simboliza a fusão da arte e da ciência e a crença na harmonia do corpo humano. Exemplifica o espírito de investigação e apreciação pela beleza e precisão, características da Renascença. Reflete o movimento em direção ao antropocentrismo e a busca pelo entendimento humano. 01 02 03
  • 79. TEOCENTRISMO O teocentrismo é uma visão de mundo onde Deus (ou uma divindade) é o centro do universo e a explicação última para a existência e os eventos que ocorrem na vida e no universo. ANTROPOCENTISMO O antropocentrismo coloca o ser humano no centro do universo, considerando-o como a medida de todas as coisas e valorizando sua racionalidade e capacidade de influenciar o mundo.
  • 80. O ELOGIO DA LOUCURA A obra utiliza a ironia e a sátira para criticar as superstições, a corrupção e o comportamento moral e intelectual das autoridades eclesiásticas e seculares. Erasmo usa a Loucura como narradora para tecer suas críticas, permitindo-lhe falar verdades que seriam perigosas ou controversas se ditas diretamente. 01
  • 81. O ELOGIO DA LOUCURA Um dos alvos principais de "Elogio da Loucura" é a corrupção dentro da Igreja Católica. Erasmo critica os clérigos, monges e até mesmo os papas que, segundo ele, estavam mais interessados em riqueza e poder do que em viver os verdadeiros ensinamentos cristãos. Além disso, ele aponta as superstições e práticas dogmáticas que afastavam as pessoas do verdadeiro espírito religioso. 02
  • 82. O ELOGIO DA LOUCURA Enquanto critica a corrupção e a irracionalidade, Erasmo louva a razão, a educação e o potencial humano. Ele defende que o verdadeiro conhecimento e a moralidade vêm do uso crítico da razão e do entendimento profundo das escrituras, em contraste com a cega aceitação da autoridade e da tradição. 03
  • 83. O ELOGIO DA LOUCURA Transição de Paradigmas: "Elogio da Loucura" é um exemplo vívido da transição do teocentrismo para o antropocentrismo. Erasmo, através de sua obra, promove o humanismo, valorizando a capacidade individual de razão e crítica. Ele desafia a autoridade absoluta da Igreja e coloca o ser humano, sua inteligência e sua capacidade ética no centro do pensamento. 04
  • 84. Isso representou uma mudança fundamental em relação à ênfase exclusiva na teologia medieval. REVALORIZACÃO DA FILOSOFIA GREGO-ROMANA Acreditavam que o estudo das obras clássicas poderia enriquecer a mente humana e promover o desenvolvimento das capacidades individuais
  • 86. Prof. Fábio - CECS NICOLAU MAQUIAVEL
  • 87. BIOGRAFIA MAQUIAVEL Foi um diplomata, funcionário público, filósofo e escritor italiano nascido em 1469 em Florença, na Itália. Viveu durante o auge do Renascimento italiano, um período de intensa atividade intelectual e artística. "O Príncipe" é um manual prático sobre a governança e a acumulação de poder. Maquiavel descreve como um governante deve agir para manter o poder e controlar o povo e os nobres.
  • 88. DESAFIO ÀS IDEIAS TRADICIONAIS • "O Príncipe" e a ruptura com o pensamento político da época. • A visão de Maquiavel sobre a política como uma arena realista e pragmática. • A influência de sua obra no pensamento político moderno.
  • 89. ANÁLISE DO PODER • O poder como um fato político central. • A necessidade de governar eficazmente, além de considerações morais. • Estratégias para a manutenção do poder e a estabilidade.
  • 90. A NECESIDADE DO PRAGMATISMO • Uso da força, astúcia e manipulação. • "Os fins justificam os meios". • Distinção entre política e moral.
  • 91. SEPARACÃO MORAL E POLÍTICA • A distinção entre esferas morais e políticas. • Ruptura com a tradição moral-religiosa. • Foco na eficácia e estabilidade do Estado.
  • 92. PAPEL ATIVO DO SOBERANO • Transição de um papel passivo para um papel ativo na política. • Importância da autonomia política e tomada de decisão estratégica. • Responsabilidade pelo destino do Estado.