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Aula sobre violência contra crianças
Violência Contra Crianças

 A criança e o adolescente têm
   direito a proteção à vida e à
 saúde, mediante a efetivação de
  políticas sociais e públicas que
   permitam o nascimento e o
     desenvolvimento sadio e
harmonioso, em condições dignas
           de existência.
Mão de Obra infantil



A exploração da mão-de-obra infantil é
  uma prática secular e rotineira em
   todo mundo. Não haveria de ser
     diferente no Brasil, onde as
   desigualdades sociais são mais
gritantes e as crianças são utilizadas
para reforçar o orçamento doméstico
O que é trabalho infantil?


 É toda forma de trabalho exercido por
  crianças e adolescentes abaixo da
  idade mínima legal permitida para o
  trabalho, conforme a legislação de
  cada país. O trabalho infantil, em
  geral, é proibido por lei e, em muitos
  países, a contratação de trabalho
  infantil constitui crime.
Segundo dados do IBGE

  o Brasil é palco da exploração de 3,5
             milhões de crianças
menores 14 anos de idade trabalhando em
     diversos setores da economia. Esta
       realidade não só afeta os países
 subdesenvolvidos ou em desenvolvimento,
mas também os países ditos desenvolvidos.
   O Relatório da Situação Mundial para a
Infância, elaborado pelo UNICEF revela que
250 milhões de crianças trabalham em todo
    mundo, muitas delas em situação de
    elevado risco e contínua exploração.
 As crianças que fazem o trabalho de
 adultos cumprem longas jornadas sem
    reclamar, em trabalhos noturnos,
 insalubres e pesados, tarefas que são
proibidas até mesmo para adolescentes
  (jovens de 14 a 18 anos), recebendo
      menos de um salário mínimo.
• Muitas crianças começam a
trabalhar antes dos dez anos e os
  índices de repetência escolar
  atingem a 60% e até 70% no
            meio rural.
• Essas crianças trabalhadoras
  nunca têm tempo sequer para
   brincar ou praticar esportes,
ocasionando sérios problemas no
   seu desenvolvimento físico e
            intelectual.
• Catar papelão, limpar pára-
brisas e a venda de todo tipo de
produtos fazem parte da rotina
  trabalhista desses pequenos
   miseráveis sem quaisquer
 perspectiva de futuro. Todo o
 lucro é levado para casa, isto
 quando não é entregue a seus
         exploradores.
• A violência das ruas se inicia com
   o aprendizado precoce junto aos
   adultos, mergulhando em vícios
  diversos tais como ingerir bebidas
    alcóolicas, cheirar cola e fumar
   crack, etc., assim como mantêm
              contato com
   agenciadores/exploradores que
   se utilizam dessas crianças para
            práticas sexuais.
  • Acordam cedo e dormem
            tarde.
 Não existe uma causa única
      da violência contra a
   criança. O temperamento
  difícil da criança ou a falta
   de firmeza dos pais pode
     aumentar os riscos de
           maus-tratos.
Violência Psicológica

 Das formas de abuso contra a criança, o
   abuso psicológico é, provavelmente, o
     mais dissimulado. É também o mais
     freqüente, pois acompanha todos os
      outros. Ele raramente se apresenta
      sozinho, vem sempre associado às
  agressões físicas, exclusão social, abuso
    sexual, exploração do trabalho, entre
   outras inúmeras formas de privação da
                    infância.
 A violência psicológica, também chamada
  de "tortura psicológica consiste em uma
  agressão não-física, num tratamento
  desumano que assume várias formas de
  manifestação, como a rejeição, a
  depreciação, a indiferença, a
  discriminação e o desrespeito.
 É a violência que humilha, que
  menospreza, que fere moralmente, que
  faz com que a auto-estima da criança seja
  abalada; que ameaça, que mete medo, que
  tortura, que priva deliberadamente do
  afeto"
 É um processo silencioso, que progride
  sem ser identificado, mas que deixa
  marcas profundas.
 Pela sua característica, a violência
  psicológica intrafamiliar geralmente
  evolui e eclode na forma da violência
  física, mas em muitos casos, mesmo
  sem produzir reflexos visíveis, as
  seqüelas emocionais são bem mais
  significativas que as físicas
 Entende-se que a violência
  psicológica provoca um menoscabo
  à integridade física da criança, da
  qual a saúde psicologia é um dos
  elementos.
 Nas lesões psíquicas, assim como
  nas físicas, se requer o emprego de
  meios violentos, que além do dano
  físico também originam dano
  psíquico.
 As crianças são mais expostas à
  violência psicológica, tendo em vista
  que dispõem de menos recursos que
  lhe garantam a proteção. O ambiente
  familiar e a escola tem sido os locais
  mais reportados. Pais e parentes
  próximos podem desencadear uma
  situação conflituosa que envolva a
  criança, por exemplo. Na escola, os
  colegas, professores ou mesmo a
  instituição escolar como um todo
  podem ser os causadores de situações
  de constrangimento.
Violência Sexual
 Segundo dados do LACRI (Laboratório
 de Estudos da Criança, da Universidade
   de São Paulo), cem crianças morrem
 por dia no País, vítimas de maus-tratos
 e mais de 6 milhões de crianças sofrem
  abuso sexual todos os anos no Brasil.
  Na grande maioria das vezes, o abuso
   ocorre dentro de casa. A maior parte
   dessas crianças é do sexo feminino.
 a violência e o abuso sexual contra
  as crianças têm sido tema de grande
  interesse público e, infelizmente,
  esta forma de violência faz parte do
  cotidiano da nossa sociedade.
 as pessoas não têm consciência da
  verdadeira dimensão do abuso
  sexual infantil, suas causas e
  conseqüências para essas crianças.
 Há, invariavelmente, uma
  desestruturação de todo um breve
  processo de aprendizagem e de
  desestruturação da personalidade,
  assim como, a autoconfiança, a
  auto-estima, causando negação de
  si e negação do outro, sentimentos
  de rejeição, medo, raiva,
  insegurança, entre outros danos
  físicos e psicológicos, que podem ter
  como agravante o fato de alguns
  agressores serem pais, mães e/ou
  parentes próximos a criança.
Violência Física
 Os adultos com descontroles
  emocionais covardemente violentam a
  integridade física da criança por atos
  atrabiliários e pela fragilidade da física
  da mesma. As vezes podem não ter a
  reta intenção de ferir, mas assim
  mesmo, pelo uso da força praticam
  atos de violência que culminam em
  graves ferimentos e terríveis seqüelas
  quando não a morte.
 Muitas crianças portam consigo
  seqüelas físicas que não chegam
  ao conhecimento das autoridades
  porque são encobertos pelos
  próprios adultos no caso os pais
  ou tutores.
 São comuns murros e tapas,
  agressões com diversos objetos e
  queimaduras causadas por
  objetos como cigarro, ferro
  elétrico de passar roupa, líquidos
  quentes etc..
 É comum pais afirmarem que apanharam
  de seus pais, e que receberam castigos
  severos, que os pais não esboçavam
  nenhum sorriso e que durante as refeições
  somente o pai podia falar e as crianças
  deveriam ficar caladas. Muitos se referem
  que bastava um simples olhar do pai que
  eles tremiam nas bases, e que hoje são
  pessoas bem situadas. Tais pessoas que
  pensam assim, dizemos que as coisas
  mudaram, e que hoje, devemos buscar
  outras formas de educar os filhos.
Negligência

 A Sociedade Interamericana de
      Abuso e Negligência da
        Infância indica que
     aproximadamente 18 mil
     crianças são espancadas
       diariamente, no País.
 A negligência e a falta de cuidados são
  formas de violência indireta contra
  crianças

 A negligência é uma das principais
  causas de morte entre as crianças mais
  pequenas. As crianças portadoras de
  deficiência podem ser particularmente
  vulneráveis à negligência e abusos.
 A classe econômica e social não
  importa, a violência contra crianças
  e adolescentes não tem prevalência
    maior em função de classe sócio-
               econômica.
 A violência doméstica, seja física ou
     mesmo verbal, é um fenômeno
  absolutamente democrático. Porém,
   a visibilidade em classes baixas é
  maior, porque exige das estruturas
   públicas, dos pronto-socorros, dos
     hospitais do INSS, das escolas
         estaduais e municipais.
 São estas instituições que contabilizam
  dados e criam estatísticas. As classes
  mais altas, ao contrário, procuram
  médicos particulares, psicólogos
  particulares, que mantém o sigilo e
  não contribuem para qualquer
  levantamento estatístico, uma vez que
  individualmente, seus dados não são
  expressivos. Nas classes altas é tudo
  mais velado, mais escondido. Há
  menos denúncias, mas ocorre do
  mesmo jeito.

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  • 2. Violência Contra Crianças  A criança e o adolescente têm direito a proteção à vida e à saúde, mediante a efetivação de políticas sociais e públicas que permitam o nascimento e o desenvolvimento sadio e harmonioso, em condições dignas de existência.
  • 3. Mão de Obra infantil A exploração da mão-de-obra infantil é uma prática secular e rotineira em todo mundo. Não haveria de ser diferente no Brasil, onde as desigualdades sociais são mais gritantes e as crianças são utilizadas para reforçar o orçamento doméstico
  • 4. O que é trabalho infantil?  É toda forma de trabalho exercido por crianças e adolescentes abaixo da idade mínima legal permitida para o trabalho, conforme a legislação de cada país. O trabalho infantil, em geral, é proibido por lei e, em muitos países, a contratação de trabalho infantil constitui crime.
  • 5. Segundo dados do IBGE  o Brasil é palco da exploração de 3,5 milhões de crianças menores 14 anos de idade trabalhando em diversos setores da economia. Esta realidade não só afeta os países subdesenvolvidos ou em desenvolvimento, mas também os países ditos desenvolvidos. O Relatório da Situação Mundial para a Infância, elaborado pelo UNICEF revela que 250 milhões de crianças trabalham em todo mundo, muitas delas em situação de elevado risco e contínua exploração.
  • 6.  As crianças que fazem o trabalho de adultos cumprem longas jornadas sem reclamar, em trabalhos noturnos, insalubres e pesados, tarefas que são proibidas até mesmo para adolescentes (jovens de 14 a 18 anos), recebendo menos de um salário mínimo.
  • 7. • Muitas crianças começam a trabalhar antes dos dez anos e os índices de repetência escolar atingem a 60% e até 70% no meio rural. • Essas crianças trabalhadoras nunca têm tempo sequer para brincar ou praticar esportes, ocasionando sérios problemas no seu desenvolvimento físico e intelectual.
  • 8. • Catar papelão, limpar pára- brisas e a venda de todo tipo de produtos fazem parte da rotina trabalhista desses pequenos miseráveis sem quaisquer perspectiva de futuro. Todo o lucro é levado para casa, isto quando não é entregue a seus exploradores.
  • 9. • A violência das ruas se inicia com o aprendizado precoce junto aos adultos, mergulhando em vícios diversos tais como ingerir bebidas alcóolicas, cheirar cola e fumar crack, etc., assim como mantêm contato com agenciadores/exploradores que se utilizam dessas crianças para práticas sexuais. • Acordam cedo e dormem tarde.
  • 10.  Não existe uma causa única da violência contra a criança. O temperamento difícil da criança ou a falta de firmeza dos pais pode aumentar os riscos de maus-tratos.
  • 11. Violência Psicológica  Das formas de abuso contra a criança, o abuso psicológico é, provavelmente, o mais dissimulado. É também o mais freqüente, pois acompanha todos os outros. Ele raramente se apresenta sozinho, vem sempre associado às agressões físicas, exclusão social, abuso sexual, exploração do trabalho, entre outras inúmeras formas de privação da infância.
  • 12.  A violência psicológica, também chamada de "tortura psicológica consiste em uma agressão não-física, num tratamento desumano que assume várias formas de manifestação, como a rejeição, a depreciação, a indiferença, a discriminação e o desrespeito.  É a violência que humilha, que menospreza, que fere moralmente, que faz com que a auto-estima da criança seja abalada; que ameaça, que mete medo, que tortura, que priva deliberadamente do afeto"
  • 13.  É um processo silencioso, que progride sem ser identificado, mas que deixa marcas profundas.  Pela sua característica, a violência psicológica intrafamiliar geralmente evolui e eclode na forma da violência física, mas em muitos casos, mesmo sem produzir reflexos visíveis, as seqüelas emocionais são bem mais significativas que as físicas
  • 14.  Entende-se que a violência psicológica provoca um menoscabo à integridade física da criança, da qual a saúde psicologia é um dos elementos.  Nas lesões psíquicas, assim como nas físicas, se requer o emprego de meios violentos, que além do dano físico também originam dano psíquico.
  • 15.  As crianças são mais expostas à violência psicológica, tendo em vista que dispõem de menos recursos que lhe garantam a proteção. O ambiente familiar e a escola tem sido os locais mais reportados. Pais e parentes próximos podem desencadear uma situação conflituosa que envolva a criança, por exemplo. Na escola, os colegas, professores ou mesmo a instituição escolar como um todo podem ser os causadores de situações de constrangimento.
  • 16. Violência Sexual  Segundo dados do LACRI (Laboratório de Estudos da Criança, da Universidade de São Paulo), cem crianças morrem por dia no País, vítimas de maus-tratos e mais de 6 milhões de crianças sofrem abuso sexual todos os anos no Brasil. Na grande maioria das vezes, o abuso ocorre dentro de casa. A maior parte dessas crianças é do sexo feminino.
  • 17.  a violência e o abuso sexual contra as crianças têm sido tema de grande interesse público e, infelizmente, esta forma de violência faz parte do cotidiano da nossa sociedade.  as pessoas não têm consciência da verdadeira dimensão do abuso sexual infantil, suas causas e conseqüências para essas crianças.
  • 18.  Há, invariavelmente, uma desestruturação de todo um breve processo de aprendizagem e de desestruturação da personalidade, assim como, a autoconfiança, a auto-estima, causando negação de si e negação do outro, sentimentos de rejeição, medo, raiva, insegurança, entre outros danos físicos e psicológicos, que podem ter como agravante o fato de alguns agressores serem pais, mães e/ou parentes próximos a criança.
  • 19. Violência Física  Os adultos com descontroles emocionais covardemente violentam a integridade física da criança por atos atrabiliários e pela fragilidade da física da mesma. As vezes podem não ter a reta intenção de ferir, mas assim mesmo, pelo uso da força praticam atos de violência que culminam em graves ferimentos e terríveis seqüelas quando não a morte.
  • 20.  Muitas crianças portam consigo seqüelas físicas que não chegam ao conhecimento das autoridades porque são encobertos pelos próprios adultos no caso os pais ou tutores.
  • 21.  São comuns murros e tapas, agressões com diversos objetos e queimaduras causadas por objetos como cigarro, ferro elétrico de passar roupa, líquidos quentes etc..
  • 22.  É comum pais afirmarem que apanharam de seus pais, e que receberam castigos severos, que os pais não esboçavam nenhum sorriso e que durante as refeições somente o pai podia falar e as crianças deveriam ficar caladas. Muitos se referem que bastava um simples olhar do pai que eles tremiam nas bases, e que hoje são pessoas bem situadas. Tais pessoas que pensam assim, dizemos que as coisas mudaram, e que hoje, devemos buscar outras formas de educar os filhos.
  • 23. Negligência  A Sociedade Interamericana de Abuso e Negligência da Infância indica que aproximadamente 18 mil crianças são espancadas diariamente, no País.
  • 24.  A negligência e a falta de cuidados são formas de violência indireta contra crianças  A negligência é uma das principais causas de morte entre as crianças mais pequenas. As crianças portadoras de deficiência podem ser particularmente vulneráveis à negligência e abusos.
  • 25.  A classe econômica e social não importa, a violência contra crianças e adolescentes não tem prevalência maior em função de classe sócio- econômica.  A violência doméstica, seja física ou mesmo verbal, é um fenômeno absolutamente democrático. Porém, a visibilidade em classes baixas é maior, porque exige das estruturas públicas, dos pronto-socorros, dos hospitais do INSS, das escolas estaduais e municipais.
  • 26.  São estas instituições que contabilizam dados e criam estatísticas. As classes mais altas, ao contrário, procuram médicos particulares, psicólogos particulares, que mantém o sigilo e não contribuem para qualquer levantamento estatístico, uma vez que individualmente, seus dados não são expressivos. Nas classes altas é tudo mais velado, mais escondido. Há menos denúncias, mas ocorre do mesmo jeito.