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A BÍBLIA E SUA CANONICIDADE
Um livro é canônico quando, desde o seu primeiro dia, foi aceito
pelo povo de Deus como divinamente inspirado, como realmente
o é.
O termo Cânon vem do grego "kánon", e do hebraico "kaneh" (=
regra; lista autêntica dos livros considerados como inspirados).
Significava originalmente “vara de medir”, depois “norma ou
regra” (Gl 6:16), e hoje significa “catálogo de uma revelação
completa e divina”.
A inspiração diz respeito à ação divina no ato do registro escrito,
garantindo o resultado fiel.
Já a canonização do Texto diz respeito à ação humana, reconhecendo
a qualidade divina daquele material.
A “canonização” de um livro não significa que homens lhe
concederam autoridade e inspiração divina, mas sim que homens
formalmente oficializaram o que sempre foi reconhecido como
inspirado por Deus [em outras bases, suficientes].
Esse processo de reconhecimento se deu no seio da comunidade
da Fé — a comunidade hebraica, quanto ao A.T., e a
comunidade cristã (igreja primitiva), quanto ao N.T.
A Formação do Cânon do Antigo Testamento
O Cânon do Antigo Testamento foi formado num espaço de -/+ 1046
anos - de Moisés a Esdras.
Moisés escreveu as primeiras palavras do Pentateuco por volta de
1491 a.C.
O cânon das Escrituras do V. T. foi encerrado por Esdras e seus
companheiros piedosos, que formaram a Grande Sinagoga (120
membros, segundo a literatura judaica), cerca de 445 anos a.C. (Ed
7:10, 14).
Classificação Técnica do Antigo Testamento
Estudiosos de eras posteriores, nem sempre totalmente
conscientes dos fatos a respeito da aceitação original do cânon,
tornavam a levantar dúvidas sobre certos livros.
Com isso, surgiu a terminologia técnica, conforme vemos abaixo:
A. HOMOLOGOUMENA (falar como um).
São os livros bíblicos que foram aceitos por todos.
A canonicidade de alguns livros jamais foi desafiada por nenhum dos
grandes rabis da comunidade judaica.
Desde que alguns livros foram aceitos pelo povo de Deus como
documentos produzidos pela mão dos profetas de Deus,
continuaram a ser reconhecidos como detentores de inspiração e
de autoridade divina pelas gerações posteriores.
34 dos 39 livros do Antigo Testamento podem ser classificados como
“homologoumena”. Os cinco excluíveis seriam: Cantares de
Salomão, Eclesiastes, Ester, Ezequiel e Provérbios
B. ANTILEGOMENA (falar contra).
São os livros bíblicos que em certa ocasião foram questionados por
alguns.
A canonicidade de 5 livros do Antigo Testamento foi questionada
numa ou noutra época, por algum mestre do Judaísmo: Cantares
de Salomão, Eclesiastes, Ester, Ezequiel e Provérbios.
Cada um deles se tornou controvertido por razões diferentes; todavia,
no fim prevaleceu a autoridade divina de todos os cinco livros.
Cantares de Salomão
Alguns estudiosos da escola de Shammai consideravam esse cântico
como sendo sensual em sua essência.
Porém, é mais provável que a pureza e a nobreza do casamento
façam parte do propósito essencial desse livro.
É preciso ver esse livro da perspectiva espiritual correta. A figura do
casal, neste livro, representa Cristo e igreja (2 Co 11:2; Ef 5:25-
29).
Eclesiastes
Alguns objetaram que esse livro parece cético. Alguns até o chamam de
“O Cântico do ceticismo”. Qualquer pessoa que procure a máxima
satisfação “debaixo do sol”, com toda a certeza há de sentir as mesmas
frustrações sofridas por Salomão, visto que a felicidade eterna não se
encontra neste mundo temporal.
Além do mais, a conclusão e o ensino genérico desse livro estão longe de
ser céticos. Depois “de tudo o que se tem ouvido”, o leitor é
admoestado: “a conclusão é: Teme a Deus, e guarda os seus
mandamentos, pois isto é todo o dever do homem” (Ec 12:13). Assim
como o livro Cantares de Salomão, o problema básico é de
interpretação do texto e não de canonização ou inspiração.
Ester
Pela ausência do nome de Deus neste livro, alguns pensaram que ele
não fosse inspirado.
Perguntavam como podia um livro ser Palavra de Deus, se nem ao
menos trazia o Seu nome. (YHWH).
Porém, uma coisa é certa: a ausência do nome de Deus é
compensada pela presença de Deus na preservação de Seu povo.
(Et 4:14). O fato de Deus haver concedido grande livramento,
como narra o livro, serve de fundamento e razão da festa judaica
do Purim (Et 9:26-28). Basta este fato para demonstrar a
autoridade atribuída ao livro, dentro do Judaísmo.
Ezequiel
Alguns na escola rabínica pensavam que esse livro era antimosaico
em seu ensino. Achavam que o livro não estava em harmonia com
a lei mosaica. No entanto, essa tese não prevaleceu e demonstrou
mais uma vez ser uma questão de interpretação e não de
inspiração.
Provérbios
Achavam-no um livro contraditório (Pv 26:4-5). Achavam
contraditório o leitor ser exortado a responder e ao mesmo tempo
não responder.
Todavia, o sentido aqui é que há ocasiões em que o tolo deve receber
resposta de acordo com sua tolice, e em outras ocasiões isso não
deve ocorrer.
Porém, nenhuma “contradição” ficou demonstrada em nenhuma
passagem de Provérbios. É importante frisar que a Bíblia em
momento algum é contraditória, pois é a Palavra de Deus (Infalível).
O que “parece” contradição é erro de interpretação humana.
C. PSEUDEPÍGRAFOS (falsos escritos).
Livros não-bíblicos rejeitados por todos. Grande número de
documentos religiosos espúrios que circulavam entre a antiga
comunidade judaica são conhecidos como “pseudepígrafos”. Nem
tudo nesses escritos é falso. De fato, a maior parte desses
documentos surgiu de dentro de um contexto de fantasia ou
tradição religiosa, possivelmente com raízes em alguma verdade.
Com freqüência, a origem desses escritos estava na especulação
espiritual, a respeito de algo que não ficou bem explicado nas
Escrituras canônicas.
A infundada reivindicação de autoridade divina, o caráter
altamente fantasioso dos acontecimentos e os ensinos
questionáveis (e até mesmo heréticos) desses livros levaram os
pais do Judaísmo a considerá-los espúrios (pseudepígrafos).
1. Lendários: O livro do Jubileu; Epístola de Aristéias; O livro de
Adão e Eva; O martírio de Isaías
2. Apocalípticos: 1 Enoque; Testamento dos doze patriarcas; O
oráculo sibilino; Assunção de Moisés; 2 Enoque, ou O livro dos
segredos de Enoque; 2 Baruque, ou O apocalipse siríaco de
Baruque (*); 3 Baruque, ou O apocalipse grego de Baruque.
3. Didáticos: 3 Macabeus; 4 Macabeus; Pirque Abote; A história de
Aicar.
4. Poéticos: Salmos de Salomão; Salmo 151 (consta na
Septuaginta).
5. Históricos: Fragmentos de uma obra de Sadoque
D. APÓCRIFOS (escondidos ou duvidosos).
Livros não-bíblicos aceitos por alguns, mas rejeitados por outros.
Pelos católicos romanos são conhecidos como Deuterocanônicos (=
2º Cânon). Foram acrescentados às Escrituras (Dt 4:2, 12:32; Pv
30:6; Ec 3:14; Ap 22:18-19).
No grego clássico, a palavra apocrypha significava “oculto” ou
“difícil de entender”. Posteriormente, tomou o sentido de esotérico,
ou algo que só os iniciados (não os de fora) podem entender.
Desde a era da Reforma, essa palavra tem sido usada para denotar os
escritos judaicos não-canônicos originários do período
intertestamentário.
Os livros são: 1 Esdras, 2 Esdras, Tobias, Judite, Adição a Ester,
Sabedoria de Salomão, Eclesiástico, Baruque, Adições a Daniel
(Cântico dos 3 Rapazes, História de Susana, Bel e o Dragão),
Oração de Manassés, 1 Macabeus, 2 Macabeus
21.3. Localização Histórica dos Apócrifos
Os apócrifos foram produzidos entre o 3º e 1º século a.C. (com o
cânon já definido), no período intertestamentário, com exceção
de 2 Esdras (escrito em 100 d.C.).
Foram colocados no cânon em uma sessão em 08 de Abril de 1546,
no Concílio de Trento, com 5 cardeais e 48 bispos, apenas, e não
foi por unanimidade.
Em 1827, a Sociedade Bíblica Britânica e Estrangeira os excluiu da
Bíblia (não os editando nem mesmo como adendo).
Desde então esta é a postura protestante.
Razões da Rejeição dos Apócrifos
1. O Velho Testamento já estava produzido.
2. A maioria dos apócrifos foi produzida em grego ao inves de
hebraico.
3. Prevaleceu para os judeus o cânon palestiniano.
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Alguns erros ensinados pelos apócrifos Refutação dos
canônicos
Narração de anjo mentindo sobre sua origem.
Tobias 5:1-9
Isaías 63:8; Oséias
4:2
Diz que se deve negar o pão aos ímpios.
Eclesiástico 12:4-6
Provérbios 25:21-22
Uma mulher jejuando toda a sua vida. Judite 8:5-
6
Mateus 4:1-2
Deus dá espada para Simeão matar siquemitas,
Judite 9:2
Gênesis 34:30; 49:5-
7
Dar esmola purifica do pecado. Tobias 12:9 e
Eclesiástico 3:30
1 Pedro 1:18-19
Queimar fígado de peixe expulsa demônios.
Tobias 6:6-8
Atos 16:18
Nabucodonossor foi rei da Assíria, em Nínive.
Judite 1:1
Daniel 1:1
Honrar o pai traz o perdão dos pecados.
Eclesiástico 3:3
1 Pedro 1:18-19
Ensino de magia e superstição. Tobias 2:9 e 10;
6:5-8; 11:7-16
Tiago 5:14-16
Antíoco morre de três maneiras. 1 Macabeus
6:16; 2 Macabeus 1:16; 9:28
Isaías 63:8;
Mateus 5:37
Recomenda a oferta pelos mortos. 2 Macabeus
12:42-45
Eclesiastes 9:5-6
Ensino do purgatório ou imortalidade da alma.
Sabedoria 3:14
1 João 1:7;
Hebreus 9:27
O suicídio é justificado e louvado. 2 Macabeus
14:41-46
Êxodo 20:13
A Formação do Cânon do Novo Testamento
O cânon do N. T. encontrou acordo geral no seio da igreja. Não
há N. T. com apócrifos.
Classificação Técnica do Novo Testamento
A. HOMOLOGOUMENA (falar como um).
São os livros bíblicos que foram aceitos por todos.
Em geral, 20 dos 27 livros do N. T. foram aceitos por todos. Exceto:
Hebreus, Tiago, 2 Pedro, 2 e 3 João, Judas e Apocalipse.
Outros três livros, Filemom, 1 Pedro e 1 João, foram omitidos, não
questionados.
B. ANTILEGOMENA (falar contra)
São os livros bíblicos que em certa ocasião foram questionados por alguns. De
acordo com o historiador cristão Eusébio, houve 7 livros cuja autenticidade
foi questionada por alguns dos pais da igreja, e por isto ainda não haviam
obtido reconhecimento universal por volta do século IV. Isto não significa
que não haviam tido aceitação inicial por parte das comunidades apostólicas
e subapostólicas. Tampouco, o fato de terem sido questionados, em certa
época, por alguns estudiosos, é indício de que sua presença no cânon seja
menos firme que os demais livros. Ao contrário, o problema básico a respeito
da aceitação da maioria desses livros não era o reconhecimento de sua
inspiração divina ou falta de inspiração; mas sim, a falta de comunicação
entre o Oriente e o Ocidente a respeito de sua autoridade divina. São eles:
Hebreus, Tiago, 2 Pedro, 2 e 3 João, Judas e Apocalipse.

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  • 2. A BÍBLIA E SUA CANONICIDADE Um livro é canônico quando, desde o seu primeiro dia, foi aceito pelo povo de Deus como divinamente inspirado, como realmente o é. O termo Cânon vem do grego "kánon", e do hebraico "kaneh" (= regra; lista autêntica dos livros considerados como inspirados). Significava originalmente “vara de medir”, depois “norma ou regra” (Gl 6:16), e hoje significa “catálogo de uma revelação completa e divina”.
  • 3. A inspiração diz respeito à ação divina no ato do registro escrito, garantindo o resultado fiel. Já a canonização do Texto diz respeito à ação humana, reconhecendo a qualidade divina daquele material. A “canonização” de um livro não significa que homens lhe concederam autoridade e inspiração divina, mas sim que homens formalmente oficializaram o que sempre foi reconhecido como inspirado por Deus [em outras bases, suficientes].
  • 4. Esse processo de reconhecimento se deu no seio da comunidade da Fé — a comunidade hebraica, quanto ao A.T., e a comunidade cristã (igreja primitiva), quanto ao N.T.
  • 5. A Formação do Cânon do Antigo Testamento O Cânon do Antigo Testamento foi formado num espaço de -/+ 1046 anos - de Moisés a Esdras. Moisés escreveu as primeiras palavras do Pentateuco por volta de 1491 a.C. O cânon das Escrituras do V. T. foi encerrado por Esdras e seus companheiros piedosos, que formaram a Grande Sinagoga (120 membros, segundo a literatura judaica), cerca de 445 anos a.C. (Ed 7:10, 14).
  • 6. Classificação Técnica do Antigo Testamento Estudiosos de eras posteriores, nem sempre totalmente conscientes dos fatos a respeito da aceitação original do cânon, tornavam a levantar dúvidas sobre certos livros. Com isso, surgiu a terminologia técnica, conforme vemos abaixo:
  • 7. A. HOMOLOGOUMENA (falar como um). São os livros bíblicos que foram aceitos por todos. A canonicidade de alguns livros jamais foi desafiada por nenhum dos grandes rabis da comunidade judaica. Desde que alguns livros foram aceitos pelo povo de Deus como documentos produzidos pela mão dos profetas de Deus, continuaram a ser reconhecidos como detentores de inspiração e de autoridade divina pelas gerações posteriores. 34 dos 39 livros do Antigo Testamento podem ser classificados como “homologoumena”. Os cinco excluíveis seriam: Cantares de Salomão, Eclesiastes, Ester, Ezequiel e Provérbios
  • 8. B. ANTILEGOMENA (falar contra). São os livros bíblicos que em certa ocasião foram questionados por alguns. A canonicidade de 5 livros do Antigo Testamento foi questionada numa ou noutra época, por algum mestre do Judaísmo: Cantares de Salomão, Eclesiastes, Ester, Ezequiel e Provérbios. Cada um deles se tornou controvertido por razões diferentes; todavia, no fim prevaleceu a autoridade divina de todos os cinco livros.
  • 9. Cantares de Salomão Alguns estudiosos da escola de Shammai consideravam esse cântico como sendo sensual em sua essência. Porém, é mais provável que a pureza e a nobreza do casamento façam parte do propósito essencial desse livro. É preciso ver esse livro da perspectiva espiritual correta. A figura do casal, neste livro, representa Cristo e igreja (2 Co 11:2; Ef 5:25- 29).
  • 10. Eclesiastes Alguns objetaram que esse livro parece cético. Alguns até o chamam de “O Cântico do ceticismo”. Qualquer pessoa que procure a máxima satisfação “debaixo do sol”, com toda a certeza há de sentir as mesmas frustrações sofridas por Salomão, visto que a felicidade eterna não se encontra neste mundo temporal. Além do mais, a conclusão e o ensino genérico desse livro estão longe de ser céticos. Depois “de tudo o que se tem ouvido”, o leitor é admoestado: “a conclusão é: Teme a Deus, e guarda os seus mandamentos, pois isto é todo o dever do homem” (Ec 12:13). Assim como o livro Cantares de Salomão, o problema básico é de interpretação do texto e não de canonização ou inspiração.
  • 11. Ester Pela ausência do nome de Deus neste livro, alguns pensaram que ele não fosse inspirado. Perguntavam como podia um livro ser Palavra de Deus, se nem ao menos trazia o Seu nome. (YHWH). Porém, uma coisa é certa: a ausência do nome de Deus é compensada pela presença de Deus na preservação de Seu povo. (Et 4:14). O fato de Deus haver concedido grande livramento, como narra o livro, serve de fundamento e razão da festa judaica do Purim (Et 9:26-28). Basta este fato para demonstrar a autoridade atribuída ao livro, dentro do Judaísmo.
  • 12. Ezequiel Alguns na escola rabínica pensavam que esse livro era antimosaico em seu ensino. Achavam que o livro não estava em harmonia com a lei mosaica. No entanto, essa tese não prevaleceu e demonstrou mais uma vez ser uma questão de interpretação e não de inspiração.
  • 13. Provérbios Achavam-no um livro contraditório (Pv 26:4-5). Achavam contraditório o leitor ser exortado a responder e ao mesmo tempo não responder. Todavia, o sentido aqui é que há ocasiões em que o tolo deve receber resposta de acordo com sua tolice, e em outras ocasiões isso não deve ocorrer. Porém, nenhuma “contradição” ficou demonstrada em nenhuma passagem de Provérbios. É importante frisar que a Bíblia em momento algum é contraditória, pois é a Palavra de Deus (Infalível). O que “parece” contradição é erro de interpretação humana.
  • 14. C. PSEUDEPÍGRAFOS (falsos escritos). Livros não-bíblicos rejeitados por todos. Grande número de documentos religiosos espúrios que circulavam entre a antiga comunidade judaica são conhecidos como “pseudepígrafos”. Nem tudo nesses escritos é falso. De fato, a maior parte desses documentos surgiu de dentro de um contexto de fantasia ou tradição religiosa, possivelmente com raízes em alguma verdade. Com freqüência, a origem desses escritos estava na especulação espiritual, a respeito de algo que não ficou bem explicado nas Escrituras canônicas.
  • 15. A infundada reivindicação de autoridade divina, o caráter altamente fantasioso dos acontecimentos e os ensinos questionáveis (e até mesmo heréticos) desses livros levaram os pais do Judaísmo a considerá-los espúrios (pseudepígrafos).
  • 16. 1. Lendários: O livro do Jubileu; Epístola de Aristéias; O livro de Adão e Eva; O martírio de Isaías 2. Apocalípticos: 1 Enoque; Testamento dos doze patriarcas; O oráculo sibilino; Assunção de Moisés; 2 Enoque, ou O livro dos segredos de Enoque; 2 Baruque, ou O apocalipse siríaco de Baruque (*); 3 Baruque, ou O apocalipse grego de Baruque. 3. Didáticos: 3 Macabeus; 4 Macabeus; Pirque Abote; A história de Aicar. 4. Poéticos: Salmos de Salomão; Salmo 151 (consta na Septuaginta). 5. Históricos: Fragmentos de uma obra de Sadoque
  • 17. D. APÓCRIFOS (escondidos ou duvidosos). Livros não-bíblicos aceitos por alguns, mas rejeitados por outros. Pelos católicos romanos são conhecidos como Deuterocanônicos (= 2º Cânon). Foram acrescentados às Escrituras (Dt 4:2, 12:32; Pv 30:6; Ec 3:14; Ap 22:18-19). No grego clássico, a palavra apocrypha significava “oculto” ou “difícil de entender”. Posteriormente, tomou o sentido de esotérico, ou algo que só os iniciados (não os de fora) podem entender. Desde a era da Reforma, essa palavra tem sido usada para denotar os escritos judaicos não-canônicos originários do período intertestamentário.
  • 18. Os livros são: 1 Esdras, 2 Esdras, Tobias, Judite, Adição a Ester, Sabedoria de Salomão, Eclesiástico, Baruque, Adições a Daniel (Cântico dos 3 Rapazes, História de Susana, Bel e o Dragão), Oração de Manassés, 1 Macabeus, 2 Macabeus
  • 19. 21.3. Localização Histórica dos Apócrifos Os apócrifos foram produzidos entre o 3º e 1º século a.C. (com o cânon já definido), no período intertestamentário, com exceção de 2 Esdras (escrito em 100 d.C.). Foram colocados no cânon em uma sessão em 08 de Abril de 1546, no Concílio de Trento, com 5 cardeais e 48 bispos, apenas, e não foi por unanimidade. Em 1827, a Sociedade Bíblica Britânica e Estrangeira os excluiu da Bíblia (não os editando nem mesmo como adendo). Desde então esta é a postura protestante.
  • 20. Razões da Rejeição dos Apócrifos 1. O Velho Testamento já estava produzido. 2. A maioria dos apócrifos foi produzida em grego ao inves de hebraico. 3. Prevaleceu para os judeus o cânon palestiniano.
  • 22. Alguns erros ensinados pelos apócrifos Refutação dos canônicos Narração de anjo mentindo sobre sua origem. Tobias 5:1-9 Isaías 63:8; Oséias 4:2 Diz que se deve negar o pão aos ímpios. Eclesiástico 12:4-6 Provérbios 25:21-22 Uma mulher jejuando toda a sua vida. Judite 8:5- 6 Mateus 4:1-2 Deus dá espada para Simeão matar siquemitas, Judite 9:2 Gênesis 34:30; 49:5- 7 Dar esmola purifica do pecado. Tobias 12:9 e Eclesiástico 3:30 1 Pedro 1:18-19 Queimar fígado de peixe expulsa demônios. Tobias 6:6-8 Atos 16:18 Nabucodonossor foi rei da Assíria, em Nínive. Judite 1:1 Daniel 1:1
  • 23. Honrar o pai traz o perdão dos pecados. Eclesiástico 3:3 1 Pedro 1:18-19 Ensino de magia e superstição. Tobias 2:9 e 10; 6:5-8; 11:7-16 Tiago 5:14-16 Antíoco morre de três maneiras. 1 Macabeus 6:16; 2 Macabeus 1:16; 9:28 Isaías 63:8; Mateus 5:37 Recomenda a oferta pelos mortos. 2 Macabeus 12:42-45 Eclesiastes 9:5-6 Ensino do purgatório ou imortalidade da alma. Sabedoria 3:14 1 João 1:7; Hebreus 9:27 O suicídio é justificado e louvado. 2 Macabeus 14:41-46 Êxodo 20:13
  • 24. A Formação do Cânon do Novo Testamento O cânon do N. T. encontrou acordo geral no seio da igreja. Não há N. T. com apócrifos.
  • 25. Classificação Técnica do Novo Testamento A. HOMOLOGOUMENA (falar como um). São os livros bíblicos que foram aceitos por todos. Em geral, 20 dos 27 livros do N. T. foram aceitos por todos. Exceto: Hebreus, Tiago, 2 Pedro, 2 e 3 João, Judas e Apocalipse. Outros três livros, Filemom, 1 Pedro e 1 João, foram omitidos, não questionados.
  • 26. B. ANTILEGOMENA (falar contra) São os livros bíblicos que em certa ocasião foram questionados por alguns. De acordo com o historiador cristão Eusébio, houve 7 livros cuja autenticidade foi questionada por alguns dos pais da igreja, e por isto ainda não haviam obtido reconhecimento universal por volta do século IV. Isto não significa que não haviam tido aceitação inicial por parte das comunidades apostólicas e subapostólicas. Tampouco, o fato de terem sido questionados, em certa época, por alguns estudiosos, é indício de que sua presença no cânon seja menos firme que os demais livros. Ao contrário, o problema básico a respeito da aceitação da maioria desses livros não era o reconhecimento de sua inspiração divina ou falta de inspiração; mas sim, a falta de comunicação entre o Oriente e o Ocidente a respeito de sua autoridade divina. São eles: Hebreus, Tiago, 2 Pedro, 2 e 3 João, Judas e Apocalipse.