SlideShare uma empresa Scribd logo
Aula 10   sistemas de projeções ortogonais
Prof. Brenno Ferreira de Souza – Engenheiro Metalúrgico
Introdução
 A representação de objetos tridimensionais
por meio de desenhos bidimensionais,
utilizando projeções ortogonais, foi idealizada
por Gaspar Monge no século XVIII.
 O sistema de representação criado por Gaspar
Monge é denominado Geometria Descritiva.
2
Prof. Brenno Ferreira de Souza – Engenheiro Metalúrgico
Introdução
 Considerando os planos
vertical e horizontal
prolongados além de suas
interseções, como mostra a
figura ao lado, dividiremos o
espaço em quatro ângulos
diedros (que tem duas
faces).
 Os quatros ângulos são
numerados no sentido anti-
horário, e denominados 1º,
2º, 3º, e 4º Diedros.
3
Prof. Brenno Ferreira de Souza – Engenheiro Metalúrgico
Introdução
 Ângulos diedros:
4
Prof. Brenno Ferreira de Souza – Engenheiro Metalúrgico
Introdução
 Utilizando os princípios da Geometria Descritiva, pode-se,
mediante figuras planas, representar formas espaciais
utilizando os rebatimentos de qualquer um dos quatro
diedros.
 Entretanto, para viabilizar o desenvolvimento industrial e
facilitar o exercício da engenharia, foi necessário normalizar
uma linguagem que, a nível internacional, simplifica o
intercâmbio de informações tecnológicas.
 Assim, a partir dos princípios da Geometria Descritiva, as
normas de Desenho Técnico fixaram a utilização das
projeções ortogonais somente pelos 1º e 3º diedros,
criando pelas normas internacionais dois sistemas para
representação de peças:
• sistema de projeções ortogonais pelo 1º diedro
• sistema de projeções ortogonais pelo 3º diedro
5
Prof. Brenno Ferreira de Souza – Engenheiro Metalúrgico
Introdução
 O uso de um ou do outro sistema dependerá das
normas adotadas por cada país.
 Nos Estados Unidos da América (USA) é mais difundido
o uso do 3º diedro; nos países europeus é mais
difundido o uso do 1º diedro.
 No Brasil é mais utilizado o 1º diedro, porém, nas
indústrias oriundas dos USA, da Inglaterra e do Japão,
poderão aparecer desenhos representados no 3º
diedro.
 Como as normas internacionais convencionaram, para
o desenho técnico, o uso dos 1º e 3º diedros é
importante a familiarização com os dois sistemas de
representação.
 A interpretação errônea de um desenho técnico
poderá causar grandes prejuízos.
6
Prof. Brenno Ferreira de Souza – Engenheiro Metalúrgico
Projeções pelo 1º diedro
 As projeções feitas em qualquer plano do 1º
diedro seguem um princípio básico que
determina que o objeto a ser representado
deverá estar entre o observador e o plano de
projeção, conforme mostra a figura abaixo:
7
 A partir daí,
considerando o
objeto imóvel no
espaço, o
observador pode vê-
lo por seis direções
diferentes, obtendo
seis vistas da peça.
Prof. Brenno Ferreira de Souza – Engenheiro Metalúrgico
Projeções pelo 1º diedro
 Ou seja, aplicando o princípio básico em seis
planos circundando a peça, obtemos, de acordo
com as normas internacionais, as vistas principais
no 1º diedro.
 Para serem denominadas vistas principais, as
projeções têm de ser obtidas em planos
perpendiculares entre si e paralelos dois a dois,
formando uma caixa.
8
Prof. Brenno Ferreira de Souza – Engenheiro Metalúrgico
Projeções pelo 1º diedro
 A figura a seguir mostra a peça circundada pelos
seis planos principais, que posteriormente são
rebatidos de modo a se transformarem em um
único plano.
 Cada face se movimenta 90º em relação à outra.
9
Prof. Brenno Ferreira de Souza – Engenheiro Metalúrgico
Projeções pelo 1º diedro
 A projeção que aparece no plano 1(Plano vertical de origem
do 1º diedro) é sempre chamada de vista de frente.
 Em relação à posição da vista de frente, aplicando o
princípio básico do 1º diedro, nos outros planos de projeção
resultam nas seguintes vistas:
• Plano 1 – Vista de Frente ou Elevação – mostra a projeção frontal
do objeto.
• Plano 2 – Vista Superior ou Planta – mostra a projeção do objeto
visto por cima.
• Plano 3 – Vista Lateral Esquerda ou Perfil – mostra o objeto visto
pelo lado esquerdo.
• Plano 4 – Vista Lateral Direita – mostra o objeto visto pelo lado
direito.
• Plano 5 – Vista Inferior – mostra o objeto sendo visto pelo lado
de baixo.
• Plano 6 – Vista Posterior – mostra o objeto sendo visto por trás.
10
Prof. Brenno Ferreira de Souza – Engenheiro Metalúrgico
Projeções pelo 1º diedro
 A padronização dos sentidos de rebatimentos dos
planos de projeção garante que no 1º diedro as
vistas sempre terão as mesmas posições relativas.
 Ou seja, os rebatimentos normalizados para o 1º
diedro mantêm,em relação à vista de frente, as
seguintes posições:
• a vista de cima fica em baixo;
• a vista de baixo fica em cima;
• a vista da esquerda fica à direita;
• a vista da direita fica à esquerda.
11
Prof. Brenno Ferreira de Souza – Engenheiro Metalúrgico
Projeções pelo 1º diedro
 Talvez o entendimento fique mais simples,
raciocinando-se com o tombamento do objeto.
 O resultado será o mesmo se for dado ao objeto
o mesmo rebatimento dado aos planos de
projeção.
12
Prof. Brenno Ferreira de Souza – Engenheiro Metalúrgico
Projeções pelo 1º diedro
 A figura abaixo mostra as 6 vistas de uma peça no
1º diedro.
 Observe que não são colocados os nomes das
vistas, bem como não aparecem as linhas de
limite dos planos de projeções.
13
Prof. Brenno Ferreira de Souza – Engenheiro Metalúrgico
Projeções pelo 1º diedro
 É importante olhar para o desenho sabendo que as
vistas, apesar de serem desenhos bidimensionais,
representam o mesmo objeto visto por diversas
posições.
 Com a consciência de que em cada vista existe uma
terceira dimensão escondida pela projeção ortogonal;
partindo da posição definida pela vista de frente e
sabendo a disposição final convencionada para as
outras vistas, é possível entender os tombos
(rebatimentos) efetuados no objeto.
 Outra conseqüência da forma normalizada para
obtenção das vistas principais do 1º diedro é que as
vistas são alinhadas horizontalmente e verticalmente.
14
Prof. Brenno Ferreira de Souza – Engenheiro Metalúrgico
Projeções pelo 1º diedro
 Para facilitar a elaboração de esboços, como as distâncias
entre as vistas devem ser visualmente iguais, pode-se
relacionar as dimensões do objeto nas diversas vistas,
conforme mostra a figura.
• Verticalmente relacionam se as dimensões de comprimento,
• Horizontalmente relacionam-se as dimensões de altura,
• Os arcos transferem as dimensões de largura.
15
Prof. Brenno Ferreira de Souza – Engenheiro Metalúrgico
Projeções pelo 1º diedro
 Exemplo:
16
Prof. Brenno Ferreira de Souza – Engenheiro Metalúrgico
Exercícios
 Desenhar as 6 vistas principais das peças
abaixo no 1º diedro:
17
Prof. Brenno Ferreira de Souza – Engenheiro Metalúrgico
Escolha das Vistas
 Dificilmente será necessário fazer seis vistas
para representar qualquer objeto.
 Porém, quaisquer que sejam as vistas
utilizadas, as suas posições relativas
obedecerão às disposições definidas pelas
vistas principais.
 Na maioria dos casos, o conjunto formado
pelas vistas de frente, vista superior e uma das
vistas laterais é suficiente para representar,
com perfeição, o objeto desenhado.
18
Prof. Brenno Ferreira de Souza – Engenheiro Metalúrgico
Escolha das Vistas
 No 1º diedro é mais difundido
o uso da vista lateral
esquerda, resultando no
conjunto preferencial
composto pelas vistas de
frente, superior e lateral
esquerda, que também são
chamadas, respectivamente,
de elevação, planta e perfil,
como mostradas na figura.
 Na prática, devido à
simplicidade de forma da
maioria das peças que
compõem as máquinas e
equipamentos, são utilizadas
somente duas vistas.
19
Prof. Brenno Ferreira de Souza – Engenheiro Metalúrgico
Escolha das Vistas
 Em alguns casos, com auxílio de símbolos convencionais, é
possível definir a forma da peça desenhada com uma única
vista.
 Não importa o número de vistas utilizadas, o que importa é
que o desenho fique claro e objetivo.
 O desenho de qualquer peça, em hipótese alguma, pode
dar margem a dupla interpretação.
 O ponto de partida para determinar as vistas necessárias é
escolher o lado da peça que será considerado como frente.
 Normalmente, considerando a peça em sua posição de
trabalho ou de equilíbrio, toma-se como frente o lado que
melhor define a forma da peça.
 Quando dois lados definem bem a forma da peça, escolhe-
se o de maior comprimento.
20
Prof. Brenno Ferreira de Souza – Engenheiro Metalúrgico
Escolha das Vistas
 Feita a vista de frente faz-se tantos rebatimentos quantos forem
necessários para definir a forma da peça.
 Na figura a seguir, considerando como frente a direção indicada, as
três vistas preferenciais do 1º diedro são suficientes para
representar o objeto.
 Observe no conjunto de seis vistas que as outras três vistas, além de
apresentarem partes ocultas, são desnecessárias na definição da
forma do objeto.
21
Prof. Brenno Ferreira de Souza – Engenheiro Metalúrgico
Escolha das Vistas
 Na figura abaixo, considerando a frente indicada no
objeto, o conjunto formado pelas vistas de frente,
superior e lateral direita é o que melhor representa a
peça.
 Na vista lateral esquerda aparecem linhas tracejadas,
que devem ser evitadas.
22
Prof. Brenno Ferreira de Souza – Engenheiro Metalúrgico
Escolha das Vistas
 Quando a vista de frente for uma figura simétrica,
conforme mostra a ilustração abaixo, teoricamente
poderia utilizar qualquer uma das vistas laterais, porém
deve-se utilizar a vista lateral esquerda para compor o
conjunto das vistas preferenciais.
23
Prof. Brenno Ferreira de Souza – Engenheiro Metalúrgico
Escolha das Vistas
 É preciso ter muito cuidado com a escolha das vistas, porque o uso
de vistas inadequadas pode levar a soluções desastrosas.
 A figura à esquerda mostra que as duas vistas escolhidas podem
representar qualquer uma das peças mostradas na figura a direta, se
considerarmos os sentidos de observação indicados no
paralelepípedo.
24
Prof. Brenno Ferreira de Souza – Engenheiro Metalúrgico
Escolha das Vistas
 Ainda que pareça que o problema está resolvido, a
solução pode ser enganosa como é mostrado na
imagem.
 As duas vistas escolhidas (a) podem corresponder a
qualquer uma das quatro peças mostradas na figura a
esquerda (b).
 As vistas precisam ser escolhidas de modo que o
desenho defina fielmente a forma da peça e que, em
hipótese nenhuma, dê margem a dupla interpretação.
25
Prof. Brenno Ferreira de Souza – Engenheiro Metalúrgico
Escolha das Vistas
 Exemplo 1:
26
Prof. Brenno Ferreira de Souza – Engenheiro Metalúrgico
Escolha das Vistas
 Exemplo 2:
27
Prof. Brenno Ferreira de Souza – Engenheiro Metalúrgico
Exercícios
 Dadas as perspectivas faça o esboço das três
vistas que melhor representam as peças:
28
Prof. Brenno Ferreira de Souza – Engenheiro Metalúrgico
Projeções pelo 3º diedro
 Assim como no 1° diedro, qualquer
projeção do 3º diedro também
segue um princípio básico.
 Para fazer qualquer projeção no 3º
diedro, o plano de projeção deverá
estar posicionado entre o
observador e o objeto, conforme
mostra a figura ao lado
 O plano de projeção precisa ser
transparente (como uma placa de
vidro) e o observador, por trás do
plano de projeção, puxa as
projetantes do objeto para o plano.
29
Prof. Brenno Ferreira de Souza – Engenheiro Metalúrgico
Projeções pelo 3º diedro
 As vistas principais são obtidas em seis planos
perpendiculares entre si e paralelos dois a dois, como se
fosse uma caixa de vidro e, posteriormente, rebatidos de
modo a formarem um único plano.
 A figura a seguir mostra os rebatimentos dos planos que
compõem a caixa de vidro, onde cada plano se movimenta
90º em relação ao outro.
30
Prof. Brenno Ferreira de Souza – Engenheiro Metalúrgico
Projeções pelo 3º diedro
 Da mesma forma que no 1° diedro, a projeção que é
representada no plano 1 corresponde ao lado da frente da
peça.
 Deste modo, considerando o princípio básico e os
rebatimentos dados aos planos de projeção, têm-se as
seguintes posições relativas das vistas:
• Plano 1 – Vista de Frente – mostra a projeção frontal do objeto.
• Plano 2 – Vista Superior – mostra a projeção do objeto visto por
cima.
• Plano 3 – Vista Lateral Direita – mostra o objeto visto pelo lado
direito.
• Plano 4 – Vista Lateral Esquerda – mostra o objeto visto pelo
lado esquerdo
• Plano 5 – Vista Inferior – mostra o objeto sendo visto pelo lado
de baixo.
• Plano 6 – Vista Posterior – mostra o objeto sendo visto por trás.
31
Prof. Brenno Ferreira de Souza – Engenheiro Metalúrgico
Projeções pelo 3º diedro
 A ilustração abaixo mostra as vistas principais
resultantes das projeções na caixa de vidro e
também os tombamentos que devem ser dados à
peça para obter o mesmo resultado.
32
Prof. Brenno Ferreira de Souza – Engenheiro Metalúrgico
Projeções pelo 3º diedro
 No 3° diedro as vistas mais utilizadas, que acabam se
constituindo nas vistas preferenciais, são o conjunto
formado pelas vistas de frente, superior e lateral direita.
 A figura a seguir mostra as vistas principais e as vistas
preferenciais do 3º diedro.
33
Prof. Brenno Ferreira de Souza – Engenheiro Metalúrgico
Projeções pelo 3º diedro
 Exemplo: analise as projeções das peças abaixo e
procure entender os rebatimentos convencionados
para o 3° diedro.
34
Prof. Brenno Ferreira de Souza – Engenheiro Metalúrgico
Projeções pelo 3º diedro
 Exemplo: analise as projeções das peças abaixo e
procure entender os rebatimentos convencionados
para o 3° diedro.
35
Prof. Brenno Ferreira de Souza – Engenheiro Metalúrgico
Exercícios
 Tome como vistas de frente as direções indicadas e,
analisando cuidadosamente os rebatimentos, faça o
esboço das seis vistas principais de cada peça dada.
36
Prof. Brenno Ferreira de Souza – Engenheiro Metalúrgico
Comparação entre as
Projeções dos Diedros.
 Visando facilitar o estudo e o entendimento dos dois
sistemas de projeções ortogonais, normalizados como
linguagem gráfica para o desenho técnico, serão realçadas
as diferenças e as coincidências existentes entre o 1º e o 3º
diedros a seguir.
 Quanto à vista de Frente
• Tanto no 1° como no 3° diedro, deve-se escolher como frente o
lado que melhor representa a forma da peça, respeitando sua
posição de trabalho ou de equilíbrio.
 Quanto às Posições relativas das vistas
• A figura do próximo slide mostra as vistas principais do 1° e do
3° diedros. Para facilitar a comparação, nos dois casos, a vista de
frente corresponde ao mesmo lado do objeto.
• Como é mantida a mesma frente, conseqüentemente, todas as
outras vistas são iguais, modificando somente as suas posições
relativas.
37
Prof. Brenno Ferreira de Souza – Engenheiro Metalúrgico
Comparação entre as
Projeções dos Diedros.
38
Prof. Brenno Ferreira de Souza – Engenheiro Metalúrgico
Comparação entre as
Projeções dos Diedros.
 As figuras abaixo fazem a comparação dos sentidos dos
rebatimentos dos planos de projeções.
39
Prof. Brenno Ferreira de Souza – Engenheiro Metalúrgico
Comparação entre as
Projeções dos Diedros.
 As figuras abaixo fazem a comparação dos sentidos dos
tombamentos do objeto.
40
Prof. Brenno Ferreira de Souza – Engenheiro Metalúrgico
Comparação entre as
Projeções dos Diedros.
 Observe que no 1º diedro, olha-se a peça por um lado
e desenha-se o que se está vendo do outro lado,
enquanto no terceiro diedro, o que se está vendo é
desenhado no próprio lado donde se está olhando a
peça.
 Não se pode esquecer que cada projeção ortogonal
representa o objeto em uma determinada posição e,
assim sendo, no 1º diedro qualquer projeção ortogonal
corresponde àquilo que é visto pelo outro lado da
projeção que estiver ao seu lado.
 Da mesma forma, no 3º diedro qualquer projeção
ortogonal corresponde àquilo que é visto na direção da
projeção que estiver ao seu lado.
41
Prof. Brenno Ferreira de Souza – Engenheiro Metalúrgico
Comparação entre as
Projeções dos Diedros.
 Vistas superior e inferior:
42
Prof. Brenno Ferreira de Souza – Engenheiro Metalúrgico
Comparação entre as
Projeções dos Diedros.
 Vistas laterais:
43
Prof. Brenno Ferreira de Souza – Engenheiro Metalúrgico
Comparação entre as
Projeções dos Diedros.
 Exemplo: A Figura mostra as vistas principais no 1° e no
3° diedros obtidas a partir da mesma vista de frente
(direção indicada na perspectiva).
44
Prof. Brenno Ferreira de Souza – Engenheiro Metalúrgico
Comparação entre as
Projeções dos Diedros.
 De acordo com as normas internacionais, na execução
de desenhos técnicos, pode-se utilizar tanto o 1º como o
3° diedros.
 Para facilitar a interpretação do desenho é recomendado
que se faça a indicação do diedro utilizado na
representação.
 A indicação pode ser feita escrevendo o nome do diedro
utilizado, como mostrado no próximo slide ou utilizando
os símbolos abaixo:
45
Prof. Brenno Ferreira de Souza – Engenheiro Metalúrgico
Comparação entre as
Projeções dos Diedros.
46
Prof. Brenno Ferreira de Souza – Engenheiro Metalúrgico
Exemplos
 No desenho seguinte são dadas as vistas principais no 1º e
no 3º diedros.
 Analise as projeções das superfícies que compõem a peça
procurando entender os seus rebatimentos.
47
Prof. Brenno Ferreira de Souza – Engenheiro Metalúrgico
Exemplos
48
Prof. Brenno Ferreira de Souza – Engenheiro Metalúrgico
Exemplos
 Os desenhos seguintes
mostram as três vistas que
melhor representam a peça
(conjunto de vistas que têm o
menor número possível de
arestas invisíveis), mantendo a
mesma vista de frente tanto no
1º como no 3º diedros.
 Observe que, para manter a
mesma vista de frente nos dois
diedros, foi necessário fugir das
vistas preferenciais em um
deles.
49
Prof. Brenno Ferreira de Souza – Engenheiro Metalúrgico
Exemplos
50
Prof. Brenno Ferreira de Souza – Engenheiro Metalúrgico
Exemplos
 Para utilizar as vistas preferências e minimizar
o aparecimento de linhas tracejadas é preciso
escolher, para cada diedro, o lado da peça que
será tomado como frente.
51
Prof. Brenno Ferreira de Souza – Engenheiro Metalúrgico
OBRIGADO!
brenno.senai@sistemafieg.org.br
Fonte:
Ribeiro, A.C. Peres, M. P. Izidoro, N. Leitura e Interpretação de Desenho
Técnico. Escola de Engenharia de Lorena. Lorena: EEL-USP.
52

Mais conteúdo relacionado

PPT
Historia da eletricidade
Colegio CMC
 
PDF
Introdução ao Desenho Técnico (Apostila)
Gutierry Prates
 
PDF
Comandos e atalhos do autocad em inglês e português
Tharssia Baldasso
 
PDF
Projeções ortogonais
Ellen Assad
 
PPT
3. Paisagismo - Evolução Histórica II
Ana Cunha
 
PPTX
Fontes de energia do brasil
João José Ferreira Tojal
 
PDF
Elementos de maquinas, pinos, contra-pinos, cavilhas, anel elástico
ordenaelbass
 
Historia da eletricidade
Colegio CMC
 
Introdução ao Desenho Técnico (Apostila)
Gutierry Prates
 
Comandos e atalhos do autocad em inglês e português
Tharssia Baldasso
 
Projeções ortogonais
Ellen Assad
 
3. Paisagismo - Evolução Histórica II
Ana Cunha
 
Fontes de energia do brasil
João José Ferreira Tojal
 
Elementos de maquinas, pinos, contra-pinos, cavilhas, anel elástico
ordenaelbass
 

Mais procurados (20)

PDF
Desenho técnico 1
David Jorge Braz Martins
 
PDF
DESENHO TECNICO PROJEÇÃO ORTOGRAFICA
ordenaelbass
 
PDF
DESENHO TECNICO Corte mais de um corte nas vistas ortográficas
ordenaelbass
 
PDF
Aula 1 - Introdução ao Desenho Técnico
Ellen Assad
 
PDF
DESENHO TÉCNICO ESCALA
ordenaelbass
 
PDF
DESENHO TECNICO PERSPECTIVA ISOMETRICA
ordenaelbass
 
PDF
Exercicios perspectiva
Paula Pauleira
 
PDF
Caderno exercícios desenho_tecnico 3
Heromo
 
PDF
Fundamentos do desenho técnico
leobispo28
 
PDF
DESENHO TÉCNICO
WELLINGTON MARTINS
 
PDF
Aula 5 - Projeções Ortogonais
Gutierry Prates
 
PDF
Apostilacortesdimensionamento
Eneias Schwebel
 
PDF
DESENHO TÉCNICO COTAGEM
ordenaelbass
 
PDF
DESENHO TÉCNICO SEÇÃO E ENCURTAMENTO
ordenaelbass
 
PDF
38083393 01-iniciacao-ao-desenho-tecnico-exercicios
Marco Aurélio dos Santos Bernardes
 
PDF
DESENHO TÉCNICO HACHURAS
ordenaelbass
 
PDF
DESENHO TECNICO CORTE
ordenaelbass
 
PDF
51725631 caderno-de-exercicios-desenho-tecnico (1)
Heromo
 
PDF
DESENHO TÉCNICO MEIO CORTE
ordenaelbass
 
PPTX
Aula de desenho 2 vistas
Roberto Villardo
 
Desenho técnico 1
David Jorge Braz Martins
 
DESENHO TECNICO PROJEÇÃO ORTOGRAFICA
ordenaelbass
 
DESENHO TECNICO Corte mais de um corte nas vistas ortográficas
ordenaelbass
 
Aula 1 - Introdução ao Desenho Técnico
Ellen Assad
 
DESENHO TÉCNICO ESCALA
ordenaelbass
 
DESENHO TECNICO PERSPECTIVA ISOMETRICA
ordenaelbass
 
Exercicios perspectiva
Paula Pauleira
 
Caderno exercícios desenho_tecnico 3
Heromo
 
Fundamentos do desenho técnico
leobispo28
 
DESENHO TÉCNICO
WELLINGTON MARTINS
 
Aula 5 - Projeções Ortogonais
Gutierry Prates
 
Apostilacortesdimensionamento
Eneias Schwebel
 
DESENHO TÉCNICO COTAGEM
ordenaelbass
 
DESENHO TÉCNICO SEÇÃO E ENCURTAMENTO
ordenaelbass
 
38083393 01-iniciacao-ao-desenho-tecnico-exercicios
Marco Aurélio dos Santos Bernardes
 
DESENHO TÉCNICO HACHURAS
ordenaelbass
 
DESENHO TECNICO CORTE
ordenaelbass
 
51725631 caderno-de-exercicios-desenho-tecnico (1)
Heromo
 
DESENHO TÉCNICO MEIO CORTE
ordenaelbass
 
Aula de desenho 2 vistas
Roberto Villardo
 
Anúncio

Destaque (20)

PDF
Interpretaçao de desenhos exercícios
gtalhate
 
PDF
Aula 7 [projeções ortogonais des té capitulo 2 c
Lucas Barbosa
 
DOCX
Apostila geometria descritiva
Ayla Leite
 
PDF
05 noções de desenho técnico
bluesky659
 
PPT
Iaa 011 aula5
Lucas Barbosa
 
PDF
Projeções e sistemas de representação
Hiran Ferreira Lira
 
PPT
Desenho 4 arq-ppt-ebookdelest
Delcio Sousa
 
PDF
Aula03 ConstruçõEs Fundamentais
UFPR
 
DOC
Atividade desenho técnico -torneiro mecânico gratuidade - matutino - 31-10-...
Ederronio Mederos
 
PPT
Projeções
williandadalto
 
DOCX
Exercícios projeções ortogonais
Gualter Santos
 
PPTX
Cartografia primeiro ano
Tuh Caldas
 
PPT
Desenho 3 ppt-ebookdelest
Delcio Sousa
 
PPT
Desenho t+®cnico parte 1
Luciano Otavio
 
PDF
Apostila Rsolvida de desenho tecnico
Nome Sobrenome
 
DOC
Cortes secções 10ª classe
Avatar Cuamba
 
PDF
1.desenho projetivo e_perspectivas
Renata Montenegro
 
PPT
Projeções cartográficas aula
Marcia Silva
 
PDF
10ª educaçaovisual
Avatar Cuamba
 
Interpretaçao de desenhos exercícios
gtalhate
 
Aula 7 [projeções ortogonais des té capitulo 2 c
Lucas Barbosa
 
Apostila geometria descritiva
Ayla Leite
 
05 noções de desenho técnico
bluesky659
 
Iaa 011 aula5
Lucas Barbosa
 
Projeções e sistemas de representação
Hiran Ferreira Lira
 
Desenho 4 arq-ppt-ebookdelest
Delcio Sousa
 
Aula03 ConstruçõEs Fundamentais
UFPR
 
Atividade desenho técnico -torneiro mecânico gratuidade - matutino - 31-10-...
Ederronio Mederos
 
Projeções
williandadalto
 
Exercícios projeções ortogonais
Gualter Santos
 
Cartografia primeiro ano
Tuh Caldas
 
Desenho 3 ppt-ebookdelest
Delcio Sousa
 
Desenho t+®cnico parte 1
Luciano Otavio
 
Apostila Rsolvida de desenho tecnico
Nome Sobrenome
 
Cortes secções 10ª classe
Avatar Cuamba
 
1.desenho projetivo e_perspectivas
Renata Montenegro
 
Projeções cartográficas aula
Marcia Silva
 
10ª educaçaovisual
Avatar Cuamba
 
Anúncio

Semelhante a Aula 10 sistemas de projeções ortogonais (20)

PDF
MÉTODOS DE REPRESENTAÇÃO E PROJEÇÃO DE 2 PONTOS NUMA RETA.pdf
Christopher Xavier
 
PDF
Aula 03 -- Vistas Ortográficas.pdf
LucianoCarvalho99
 
PDF
Desenho Técnico
Elton Magno
 
PDF
Capitulo3
Luciano Otavio
 
PDF
MAPA - DESENHO TECNICO.pdf
comixik699
 
PDF
MAPA - DESENHO TECNICO.pdf
xayohac733
 
PDF
ETAPA 2 a precisão da projeção ortogonal no desenho técnico A projeção ortogo...
wapoc40328
 
PDF
MAPA - DESENHO TECNICO - 542023.pdf
wapoc40328
 
PDF
MAPA - DESENHO TECNICO - 542023.pdf
katican638
 
PDF
ETAPA 2 a precisão da projeção ortogonal no desenho técnico A projeção ortogo...
jeyisi9376
 
PDF
ETAPA 2 a precisão da projeção ortogonal no desenho técnico A projeção ortogo...
netoje1143
 
PDF
ETAPA 1 a importância da perspectiva no desenho técnico No desenho técnico, a...
jeyisi9376
 
PDF
ETAPA 1 a importância da perspectiva no desenho técnico No desenho técnico, a...
netoje1143
 
PDF
MAPA - DESENHO TECNICO - 542023.pdf
wiwoja1421
 
PDF
MAPA - DESENHO TECNICO.pdf
sefinav351
 
PDF
MAPA - DESENHO TECNICO - 542023.pdf
vajota8414
 
PDF
MAPA - DESENHO TECNICO - 542023.pdf
netoje1143
 
PDF
ETAPA 1 a importância da perspectiva no desenho técnico No desenho técnico, a...
bexore5034
 
PDF
MAPA - DESENHO TECNICO - 542023.pdf
bexore5034
 
PDF
MAPA - DESENHO TECNICO - 542023.pdf
yopevi3832
 
MÉTODOS DE REPRESENTAÇÃO E PROJEÇÃO DE 2 PONTOS NUMA RETA.pdf
Christopher Xavier
 
Aula 03 -- Vistas Ortográficas.pdf
LucianoCarvalho99
 
Desenho Técnico
Elton Magno
 
Capitulo3
Luciano Otavio
 
MAPA - DESENHO TECNICO.pdf
comixik699
 
MAPA - DESENHO TECNICO.pdf
xayohac733
 
ETAPA 2 a precisão da projeção ortogonal no desenho técnico A projeção ortogo...
wapoc40328
 
MAPA - DESENHO TECNICO - 542023.pdf
wapoc40328
 
MAPA - DESENHO TECNICO - 542023.pdf
katican638
 
ETAPA 2 a precisão da projeção ortogonal no desenho técnico A projeção ortogo...
jeyisi9376
 
ETAPA 2 a precisão da projeção ortogonal no desenho técnico A projeção ortogo...
netoje1143
 
ETAPA 1 a importância da perspectiva no desenho técnico No desenho técnico, a...
jeyisi9376
 
ETAPA 1 a importância da perspectiva no desenho técnico No desenho técnico, a...
netoje1143
 
MAPA - DESENHO TECNICO - 542023.pdf
wiwoja1421
 
MAPA - DESENHO TECNICO.pdf
sefinav351
 
MAPA - DESENHO TECNICO - 542023.pdf
vajota8414
 
MAPA - DESENHO TECNICO - 542023.pdf
netoje1143
 
ETAPA 1 a importância da perspectiva no desenho técnico No desenho técnico, a...
bexore5034
 
MAPA - DESENHO TECNICO - 542023.pdf
bexore5034
 
MAPA - DESENHO TECNICO - 542023.pdf
yopevi3832
 

Aula 10 sistemas de projeções ortogonais

  • 2. Prof. Brenno Ferreira de Souza – Engenheiro Metalúrgico Introdução  A representação de objetos tridimensionais por meio de desenhos bidimensionais, utilizando projeções ortogonais, foi idealizada por Gaspar Monge no século XVIII.  O sistema de representação criado por Gaspar Monge é denominado Geometria Descritiva. 2
  • 3. Prof. Brenno Ferreira de Souza – Engenheiro Metalúrgico Introdução  Considerando os planos vertical e horizontal prolongados além de suas interseções, como mostra a figura ao lado, dividiremos o espaço em quatro ângulos diedros (que tem duas faces).  Os quatros ângulos são numerados no sentido anti- horário, e denominados 1º, 2º, 3º, e 4º Diedros. 3
  • 4. Prof. Brenno Ferreira de Souza – Engenheiro Metalúrgico Introdução  Ângulos diedros: 4
  • 5. Prof. Brenno Ferreira de Souza – Engenheiro Metalúrgico Introdução  Utilizando os princípios da Geometria Descritiva, pode-se, mediante figuras planas, representar formas espaciais utilizando os rebatimentos de qualquer um dos quatro diedros.  Entretanto, para viabilizar o desenvolvimento industrial e facilitar o exercício da engenharia, foi necessário normalizar uma linguagem que, a nível internacional, simplifica o intercâmbio de informações tecnológicas.  Assim, a partir dos princípios da Geometria Descritiva, as normas de Desenho Técnico fixaram a utilização das projeções ortogonais somente pelos 1º e 3º diedros, criando pelas normas internacionais dois sistemas para representação de peças: • sistema de projeções ortogonais pelo 1º diedro • sistema de projeções ortogonais pelo 3º diedro 5
  • 6. Prof. Brenno Ferreira de Souza – Engenheiro Metalúrgico Introdução  O uso de um ou do outro sistema dependerá das normas adotadas por cada país.  Nos Estados Unidos da América (USA) é mais difundido o uso do 3º diedro; nos países europeus é mais difundido o uso do 1º diedro.  No Brasil é mais utilizado o 1º diedro, porém, nas indústrias oriundas dos USA, da Inglaterra e do Japão, poderão aparecer desenhos representados no 3º diedro.  Como as normas internacionais convencionaram, para o desenho técnico, o uso dos 1º e 3º diedros é importante a familiarização com os dois sistemas de representação.  A interpretação errônea de um desenho técnico poderá causar grandes prejuízos. 6
  • 7. Prof. Brenno Ferreira de Souza – Engenheiro Metalúrgico Projeções pelo 1º diedro  As projeções feitas em qualquer plano do 1º diedro seguem um princípio básico que determina que o objeto a ser representado deverá estar entre o observador e o plano de projeção, conforme mostra a figura abaixo: 7  A partir daí, considerando o objeto imóvel no espaço, o observador pode vê- lo por seis direções diferentes, obtendo seis vistas da peça.
  • 8. Prof. Brenno Ferreira de Souza – Engenheiro Metalúrgico Projeções pelo 1º diedro  Ou seja, aplicando o princípio básico em seis planos circundando a peça, obtemos, de acordo com as normas internacionais, as vistas principais no 1º diedro.  Para serem denominadas vistas principais, as projeções têm de ser obtidas em planos perpendiculares entre si e paralelos dois a dois, formando uma caixa. 8
  • 9. Prof. Brenno Ferreira de Souza – Engenheiro Metalúrgico Projeções pelo 1º diedro  A figura a seguir mostra a peça circundada pelos seis planos principais, que posteriormente são rebatidos de modo a se transformarem em um único plano.  Cada face se movimenta 90º em relação à outra. 9
  • 10. Prof. Brenno Ferreira de Souza – Engenheiro Metalúrgico Projeções pelo 1º diedro  A projeção que aparece no plano 1(Plano vertical de origem do 1º diedro) é sempre chamada de vista de frente.  Em relação à posição da vista de frente, aplicando o princípio básico do 1º diedro, nos outros planos de projeção resultam nas seguintes vistas: • Plano 1 – Vista de Frente ou Elevação – mostra a projeção frontal do objeto. • Plano 2 – Vista Superior ou Planta – mostra a projeção do objeto visto por cima. • Plano 3 – Vista Lateral Esquerda ou Perfil – mostra o objeto visto pelo lado esquerdo. • Plano 4 – Vista Lateral Direita – mostra o objeto visto pelo lado direito. • Plano 5 – Vista Inferior – mostra o objeto sendo visto pelo lado de baixo. • Plano 6 – Vista Posterior – mostra o objeto sendo visto por trás. 10
  • 11. Prof. Brenno Ferreira de Souza – Engenheiro Metalúrgico Projeções pelo 1º diedro  A padronização dos sentidos de rebatimentos dos planos de projeção garante que no 1º diedro as vistas sempre terão as mesmas posições relativas.  Ou seja, os rebatimentos normalizados para o 1º diedro mantêm,em relação à vista de frente, as seguintes posições: • a vista de cima fica em baixo; • a vista de baixo fica em cima; • a vista da esquerda fica à direita; • a vista da direita fica à esquerda. 11
  • 12. Prof. Brenno Ferreira de Souza – Engenheiro Metalúrgico Projeções pelo 1º diedro  Talvez o entendimento fique mais simples, raciocinando-se com o tombamento do objeto.  O resultado será o mesmo se for dado ao objeto o mesmo rebatimento dado aos planos de projeção. 12
  • 13. Prof. Brenno Ferreira de Souza – Engenheiro Metalúrgico Projeções pelo 1º diedro  A figura abaixo mostra as 6 vistas de uma peça no 1º diedro.  Observe que não são colocados os nomes das vistas, bem como não aparecem as linhas de limite dos planos de projeções. 13
  • 14. Prof. Brenno Ferreira de Souza – Engenheiro Metalúrgico Projeções pelo 1º diedro  É importante olhar para o desenho sabendo que as vistas, apesar de serem desenhos bidimensionais, representam o mesmo objeto visto por diversas posições.  Com a consciência de que em cada vista existe uma terceira dimensão escondida pela projeção ortogonal; partindo da posição definida pela vista de frente e sabendo a disposição final convencionada para as outras vistas, é possível entender os tombos (rebatimentos) efetuados no objeto.  Outra conseqüência da forma normalizada para obtenção das vistas principais do 1º diedro é que as vistas são alinhadas horizontalmente e verticalmente. 14
  • 15. Prof. Brenno Ferreira de Souza – Engenheiro Metalúrgico Projeções pelo 1º diedro  Para facilitar a elaboração de esboços, como as distâncias entre as vistas devem ser visualmente iguais, pode-se relacionar as dimensões do objeto nas diversas vistas, conforme mostra a figura. • Verticalmente relacionam se as dimensões de comprimento, • Horizontalmente relacionam-se as dimensões de altura, • Os arcos transferem as dimensões de largura. 15
  • 16. Prof. Brenno Ferreira de Souza – Engenheiro Metalúrgico Projeções pelo 1º diedro  Exemplo: 16
  • 17. Prof. Brenno Ferreira de Souza – Engenheiro Metalúrgico Exercícios  Desenhar as 6 vistas principais das peças abaixo no 1º diedro: 17
  • 18. Prof. Brenno Ferreira de Souza – Engenheiro Metalúrgico Escolha das Vistas  Dificilmente será necessário fazer seis vistas para representar qualquer objeto.  Porém, quaisquer que sejam as vistas utilizadas, as suas posições relativas obedecerão às disposições definidas pelas vistas principais.  Na maioria dos casos, o conjunto formado pelas vistas de frente, vista superior e uma das vistas laterais é suficiente para representar, com perfeição, o objeto desenhado. 18
  • 19. Prof. Brenno Ferreira de Souza – Engenheiro Metalúrgico Escolha das Vistas  No 1º diedro é mais difundido o uso da vista lateral esquerda, resultando no conjunto preferencial composto pelas vistas de frente, superior e lateral esquerda, que também são chamadas, respectivamente, de elevação, planta e perfil, como mostradas na figura.  Na prática, devido à simplicidade de forma da maioria das peças que compõem as máquinas e equipamentos, são utilizadas somente duas vistas. 19
  • 20. Prof. Brenno Ferreira de Souza – Engenheiro Metalúrgico Escolha das Vistas  Em alguns casos, com auxílio de símbolos convencionais, é possível definir a forma da peça desenhada com uma única vista.  Não importa o número de vistas utilizadas, o que importa é que o desenho fique claro e objetivo.  O desenho de qualquer peça, em hipótese alguma, pode dar margem a dupla interpretação.  O ponto de partida para determinar as vistas necessárias é escolher o lado da peça que será considerado como frente.  Normalmente, considerando a peça em sua posição de trabalho ou de equilíbrio, toma-se como frente o lado que melhor define a forma da peça.  Quando dois lados definem bem a forma da peça, escolhe- se o de maior comprimento. 20
  • 21. Prof. Brenno Ferreira de Souza – Engenheiro Metalúrgico Escolha das Vistas  Feita a vista de frente faz-se tantos rebatimentos quantos forem necessários para definir a forma da peça.  Na figura a seguir, considerando como frente a direção indicada, as três vistas preferenciais do 1º diedro são suficientes para representar o objeto.  Observe no conjunto de seis vistas que as outras três vistas, além de apresentarem partes ocultas, são desnecessárias na definição da forma do objeto. 21
  • 22. Prof. Brenno Ferreira de Souza – Engenheiro Metalúrgico Escolha das Vistas  Na figura abaixo, considerando a frente indicada no objeto, o conjunto formado pelas vistas de frente, superior e lateral direita é o que melhor representa a peça.  Na vista lateral esquerda aparecem linhas tracejadas, que devem ser evitadas. 22
  • 23. Prof. Brenno Ferreira de Souza – Engenheiro Metalúrgico Escolha das Vistas  Quando a vista de frente for uma figura simétrica, conforme mostra a ilustração abaixo, teoricamente poderia utilizar qualquer uma das vistas laterais, porém deve-se utilizar a vista lateral esquerda para compor o conjunto das vistas preferenciais. 23
  • 24. Prof. Brenno Ferreira de Souza – Engenheiro Metalúrgico Escolha das Vistas  É preciso ter muito cuidado com a escolha das vistas, porque o uso de vistas inadequadas pode levar a soluções desastrosas.  A figura à esquerda mostra que as duas vistas escolhidas podem representar qualquer uma das peças mostradas na figura a direta, se considerarmos os sentidos de observação indicados no paralelepípedo. 24
  • 25. Prof. Brenno Ferreira de Souza – Engenheiro Metalúrgico Escolha das Vistas  Ainda que pareça que o problema está resolvido, a solução pode ser enganosa como é mostrado na imagem.  As duas vistas escolhidas (a) podem corresponder a qualquer uma das quatro peças mostradas na figura a esquerda (b).  As vistas precisam ser escolhidas de modo que o desenho defina fielmente a forma da peça e que, em hipótese nenhuma, dê margem a dupla interpretação. 25
  • 26. Prof. Brenno Ferreira de Souza – Engenheiro Metalúrgico Escolha das Vistas  Exemplo 1: 26
  • 27. Prof. Brenno Ferreira de Souza – Engenheiro Metalúrgico Escolha das Vistas  Exemplo 2: 27
  • 28. Prof. Brenno Ferreira de Souza – Engenheiro Metalúrgico Exercícios  Dadas as perspectivas faça o esboço das três vistas que melhor representam as peças: 28
  • 29. Prof. Brenno Ferreira de Souza – Engenheiro Metalúrgico Projeções pelo 3º diedro  Assim como no 1° diedro, qualquer projeção do 3º diedro também segue um princípio básico.  Para fazer qualquer projeção no 3º diedro, o plano de projeção deverá estar posicionado entre o observador e o objeto, conforme mostra a figura ao lado  O plano de projeção precisa ser transparente (como uma placa de vidro) e o observador, por trás do plano de projeção, puxa as projetantes do objeto para o plano. 29
  • 30. Prof. Brenno Ferreira de Souza – Engenheiro Metalúrgico Projeções pelo 3º diedro  As vistas principais são obtidas em seis planos perpendiculares entre si e paralelos dois a dois, como se fosse uma caixa de vidro e, posteriormente, rebatidos de modo a formarem um único plano.  A figura a seguir mostra os rebatimentos dos planos que compõem a caixa de vidro, onde cada plano se movimenta 90º em relação ao outro. 30
  • 31. Prof. Brenno Ferreira de Souza – Engenheiro Metalúrgico Projeções pelo 3º diedro  Da mesma forma que no 1° diedro, a projeção que é representada no plano 1 corresponde ao lado da frente da peça.  Deste modo, considerando o princípio básico e os rebatimentos dados aos planos de projeção, têm-se as seguintes posições relativas das vistas: • Plano 1 – Vista de Frente – mostra a projeção frontal do objeto. • Plano 2 – Vista Superior – mostra a projeção do objeto visto por cima. • Plano 3 – Vista Lateral Direita – mostra o objeto visto pelo lado direito. • Plano 4 – Vista Lateral Esquerda – mostra o objeto visto pelo lado esquerdo • Plano 5 – Vista Inferior – mostra o objeto sendo visto pelo lado de baixo. • Plano 6 – Vista Posterior – mostra o objeto sendo visto por trás. 31
  • 32. Prof. Brenno Ferreira de Souza – Engenheiro Metalúrgico Projeções pelo 3º diedro  A ilustração abaixo mostra as vistas principais resultantes das projeções na caixa de vidro e também os tombamentos que devem ser dados à peça para obter o mesmo resultado. 32
  • 33. Prof. Brenno Ferreira de Souza – Engenheiro Metalúrgico Projeções pelo 3º diedro  No 3° diedro as vistas mais utilizadas, que acabam se constituindo nas vistas preferenciais, são o conjunto formado pelas vistas de frente, superior e lateral direita.  A figura a seguir mostra as vistas principais e as vistas preferenciais do 3º diedro. 33
  • 34. Prof. Brenno Ferreira de Souza – Engenheiro Metalúrgico Projeções pelo 3º diedro  Exemplo: analise as projeções das peças abaixo e procure entender os rebatimentos convencionados para o 3° diedro. 34
  • 35. Prof. Brenno Ferreira de Souza – Engenheiro Metalúrgico Projeções pelo 3º diedro  Exemplo: analise as projeções das peças abaixo e procure entender os rebatimentos convencionados para o 3° diedro. 35
  • 36. Prof. Brenno Ferreira de Souza – Engenheiro Metalúrgico Exercícios  Tome como vistas de frente as direções indicadas e, analisando cuidadosamente os rebatimentos, faça o esboço das seis vistas principais de cada peça dada. 36
  • 37. Prof. Brenno Ferreira de Souza – Engenheiro Metalúrgico Comparação entre as Projeções dos Diedros.  Visando facilitar o estudo e o entendimento dos dois sistemas de projeções ortogonais, normalizados como linguagem gráfica para o desenho técnico, serão realçadas as diferenças e as coincidências existentes entre o 1º e o 3º diedros a seguir.  Quanto à vista de Frente • Tanto no 1° como no 3° diedro, deve-se escolher como frente o lado que melhor representa a forma da peça, respeitando sua posição de trabalho ou de equilíbrio.  Quanto às Posições relativas das vistas • A figura do próximo slide mostra as vistas principais do 1° e do 3° diedros. Para facilitar a comparação, nos dois casos, a vista de frente corresponde ao mesmo lado do objeto. • Como é mantida a mesma frente, conseqüentemente, todas as outras vistas são iguais, modificando somente as suas posições relativas. 37
  • 38. Prof. Brenno Ferreira de Souza – Engenheiro Metalúrgico Comparação entre as Projeções dos Diedros. 38
  • 39. Prof. Brenno Ferreira de Souza – Engenheiro Metalúrgico Comparação entre as Projeções dos Diedros.  As figuras abaixo fazem a comparação dos sentidos dos rebatimentos dos planos de projeções. 39
  • 40. Prof. Brenno Ferreira de Souza – Engenheiro Metalúrgico Comparação entre as Projeções dos Diedros.  As figuras abaixo fazem a comparação dos sentidos dos tombamentos do objeto. 40
  • 41. Prof. Brenno Ferreira de Souza – Engenheiro Metalúrgico Comparação entre as Projeções dos Diedros.  Observe que no 1º diedro, olha-se a peça por um lado e desenha-se o que se está vendo do outro lado, enquanto no terceiro diedro, o que se está vendo é desenhado no próprio lado donde se está olhando a peça.  Não se pode esquecer que cada projeção ortogonal representa o objeto em uma determinada posição e, assim sendo, no 1º diedro qualquer projeção ortogonal corresponde àquilo que é visto pelo outro lado da projeção que estiver ao seu lado.  Da mesma forma, no 3º diedro qualquer projeção ortogonal corresponde àquilo que é visto na direção da projeção que estiver ao seu lado. 41
  • 42. Prof. Brenno Ferreira de Souza – Engenheiro Metalúrgico Comparação entre as Projeções dos Diedros.  Vistas superior e inferior: 42
  • 43. Prof. Brenno Ferreira de Souza – Engenheiro Metalúrgico Comparação entre as Projeções dos Diedros.  Vistas laterais: 43
  • 44. Prof. Brenno Ferreira de Souza – Engenheiro Metalúrgico Comparação entre as Projeções dos Diedros.  Exemplo: A Figura mostra as vistas principais no 1° e no 3° diedros obtidas a partir da mesma vista de frente (direção indicada na perspectiva). 44
  • 45. Prof. Brenno Ferreira de Souza – Engenheiro Metalúrgico Comparação entre as Projeções dos Diedros.  De acordo com as normas internacionais, na execução de desenhos técnicos, pode-se utilizar tanto o 1º como o 3° diedros.  Para facilitar a interpretação do desenho é recomendado que se faça a indicação do diedro utilizado na representação.  A indicação pode ser feita escrevendo o nome do diedro utilizado, como mostrado no próximo slide ou utilizando os símbolos abaixo: 45
  • 46. Prof. Brenno Ferreira de Souza – Engenheiro Metalúrgico Comparação entre as Projeções dos Diedros. 46
  • 47. Prof. Brenno Ferreira de Souza – Engenheiro Metalúrgico Exemplos  No desenho seguinte são dadas as vistas principais no 1º e no 3º diedros.  Analise as projeções das superfícies que compõem a peça procurando entender os seus rebatimentos. 47
  • 48. Prof. Brenno Ferreira de Souza – Engenheiro Metalúrgico Exemplos 48
  • 49. Prof. Brenno Ferreira de Souza – Engenheiro Metalúrgico Exemplos  Os desenhos seguintes mostram as três vistas que melhor representam a peça (conjunto de vistas que têm o menor número possível de arestas invisíveis), mantendo a mesma vista de frente tanto no 1º como no 3º diedros.  Observe que, para manter a mesma vista de frente nos dois diedros, foi necessário fugir das vistas preferenciais em um deles. 49
  • 50. Prof. Brenno Ferreira de Souza – Engenheiro Metalúrgico Exemplos 50
  • 51. Prof. Brenno Ferreira de Souza – Engenheiro Metalúrgico Exemplos  Para utilizar as vistas preferências e minimizar o aparecimento de linhas tracejadas é preciso escolher, para cada diedro, o lado da peça que será tomado como frente. 51
  • 52. Prof. Brenno Ferreira de Souza – Engenheiro Metalúrgico OBRIGADO! brenno.senai@sistemafieg.org.br Fonte: Ribeiro, A.C. Peres, M. P. Izidoro, N. Leitura e Interpretação de Desenho Técnico. Escola de Engenharia de Lorena. Lorena: EEL-USP. 52