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História do estudo
do cérebro
Neuropsicologia e Educação
Profa. Joana de Jesus de Andrade
USP – Ribeirão Preto
Provavelmente a humanidade
vencerá, cedo ou tarde, a cegueira, a
surdez e a debilidade mental.
Mas as vencerá muito antes no
plano social e pedagógico do que
nos planos médico e biológico
(Vigotski).
aula 1 (histórico  de neuropsicologia).ppt
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400 cm3 800 cm3 1000 cm3 1300 cm3 1350 cm3
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"Há razões para acreditar-se que a atividade
voluntária, mais do que o intelecto altamente
desenvolvido, diferencia os seres humanos
dos animais filogeneticamente
mais próximos"
(Vigotski)
Papiros Egípcios de Edwin Smith
Escrito por volta de 1700 a.C.
contém referências à textos escritos até 3000 a.C.
É considerado o primeiro documento médico da
história da humanidade e sua autoria é
provavelmente de um grande médico egípcio
chamado Imhotep. Descreve os sintomas, o
provável diagnóstico e, quando possível, sugere
um tratamento para pacientes que haviam sofrido
lesões cerebrais e no pescoço.
Cérebro circunvoluções meninges líquido cefaloraquidiano
470 - 360 a.C. Demócrito
Diz que o cérebro é a sede do pensamento;
localiza as faculdades afetivas em diferentes
partes do corpo – o desejo no fígado e a ira no coração.
A tradição chinesa considera que alguns dos principais
órgãos do corpo são afetados quando há alteração
emocional.
Pulmão - tristeza, expressada em asma e bronquite.
Coração - à ansiedade.
Rim, ossos e medula - medo.
Fígado - raiva e revolta.
Baço e pâncreas - preocupação.
460 – 355 a.C. Hipócrates
* correlaciona ferimentos cranianos a
problemas motores;
* afirma que o cérebro é a parte mais importante do
corpo e é onde está localizado o pensamento.
* postula que tanto as doenças neurológicas quanto as
doenças mentais são distintas e localizam-se no
cérebro.
Descreve a epilepsia como sendo
um distúrbio do cérebro e
estabelece que o cérebro está
envolvido com nossas
sensações e emoções e é o sítio da
inteligência.
428 – 347 a.C Platão
No Timeo, atribui a idéia de
imortalidade ao intelecto situado
na cabeça, atribui a medula
espinhal como sendo a parte
mais importante do corpo.
348 – 322 a.C Aristóteles
Discorda da idéia de se atribuir ao
cérebro a sede do pensamento,
postulada por Platão;
afirma que o coração é a sede da
inteligência, o verdadeiro centro de comando
da vida, da sensação e do movimento.
Ao cérebro nada mais resta que a simples tarefa de
refrigerar o organismo, uma vez que nada mais é
além de um “composto de água e terra”.
O coração sendo visto como o centro da vida faz
renascer o “cardiocentrismo”. Escreve sobre
memória e reminiscência. O sapo e a sapa,
o gato e a gata, o homem e a mulher...
200-129 a.C. Galeno
Volta a atribuir ao cérebro o comando
do corpo e das atividades mentais,
rompendo de vez com o “cardiocentrismo”;
também propõe uma decomposição da alma
em funções específicas, de acordo com três
faculdades: motora, sensitiva e racional.
Foi um intenso dissecador e prestou muita
atenção às meninges e às cavidades encefálicas e
menos atenção ao cérebro em si.
Idade Média – Renascimento
Retorno à Antiguidade Clássica: os estudos
sobre neuroanatomia são retomados por
Leonardo da Vinci que atuou no Hospital de
Santa Maria Nuova – Florença (1504);
- 1020 Avicena sugere que três ventrículos do
cérebro realizam cinco diferentes processos
cognitivos: senso comum, imaginação,
cogitação, avaliação e memória.
- 1506 Marko Marullik usa o termo
Psichiologia pela primeira vez.
1596-1650 René Descartes
Primeiro filósofo moderno e anatomista;
afirmava que uma parte do ser
humano, o
corpo, é a máquina responsável pelos
mecanismos físicos e biológicos e está
ligada a outra parte do ser humano que se
compreende como sendo indivisível, racional, imaterial,
responsável pelo juízo moral e sofrimentos, que é a mente.
A glândula pineal é responsável pela união
da mente com o corpo; res cogitans (coisa
pensante)
e res extensa (partes mecânicas).
Em 1649 publica
Paixões da alma e Discurso do método.
1757-1828 Franz Joseph Gall
Médico e neuroanatomista alemão, analisa as conformações da
cabeça atribuindo as faculdades mentais e/ou aptidões às
protuberâncias existentes na caixa craniana; apresentou um mapa
contendo 35 faculdades intelectuais e emocionais. Surge o
localizacionismo. Faz o primeiro dos famosos mapas do cérebro
humano, dividindo a superfície do crânio em 27 fatias, distinguindo
tanto funções psíquicas quanto motrizes.
Usando um método precário, ainda assim acertou as áreas das
palavras e da memória das palavras,
localizada na região
frontal do cérebro.
Assim, Gall abriu o
caminho das
localizações cerebrais.
Localizacionismo: ontem e hoje
1794-1867 Pierre Flourens
Fisiologista francês, no final da
década de 1820, submete a frenologia
à análise experimental demonstrando os
equívocos de Gall: todas as áreas cerebrais
funcionam concomitantemente para a realização
de cada função mental específica. Surge o
unitarismo (mais tarde denominada campo
agregado), “qualquer parte do hemisfério
cerebral é capaz de desempenhar todas as
funções do hemisfério”.
1809-1882 Charles Darwin
Publica A origem das espécies por meio da
seleção natural e em 1871 A descendência
do homem. Para ele a mente também se
desenvolveu pela seleção e adaptação dos
mais “aptos”.
1960 – Jane Goodall – 30 anos de estudos dos chimpanzés
na Tanzânia:
chimpanzés produzem instrumentos (folhas como material
de limpeza, como esponja, limpam gravetos para pegar
insetos, ludibriam seus companheiros, quebram coquinhos
com pedra -martelo- e apoio –bigorna-)
Leakley: “Agora teremos de redefinir ferramenta,
redefinir o homem ou aceitar os chimpanzés como
humanos
1824-1880 Pierre Paul Broca
Demonstra que a perda da fala em alguns
indivíduos é proveniente de uma lesão na terceira
circunvolução do lóbulo frontal
superior esquerdo.
“Nós falamos com o hemisfério esquerdo”.
1834-1863 Otto Friedrich
Karl Deiters
Comprovou que existiam dois tipos de ramificações nas
células do SC ligados ao soma: um que era mais
arborizado, com muitos ramos finos e curtos, que ele
chamou de "extensões protoplasmáticas“ (dendritos), e
outros, na forma de uma fibra mais longa e calibrosa,
com menor número de ramificações, que ele
denominou de "cilindro axial“ (axônios).
1880 Santiago Ramon y Cajal
 Postulou que o sistema nervoso é composto
por bilhões de neurônios distintos e que
estas células se encontram polarizadas,
formando redes e que comunicam-se entre
si através de ligações especializadas
chamadas sinapses.
 Doutrina Neuronal,
 Possível relação com a aprendizagem
1832-1920 Wilhelm Wundt
Oferece um curso denominado
A Psicologia como uma Ciência
Natural. É o início da psicologia experimental, com a
criação de um laboratório dedicado ao estudo do
comportamento humano.
1849-1936 Ivan Pavlov
Publica sobre condicionamento clássico e cria o termo:
reflexo condicionado.
1868-1918 Korbinian Brodmann
Após
minuciosos
estudos
dividiu o
córtex em 52
áreas
numeradas,
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corresponde
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específicas.
1874-1955 Antonio Egaz Moniz
A trepanação usada em povos antigos inspirou cientistas
como Egas Moniz a iniciar as neurocirurgias de
leucotomia (proibidas na década de 50).
A trepanação já era
realizada há cerca de
40 mil anos
1891-1976 Wilder Penfield
Realizou cirurgias em epilépticos
usando pequenos eletródios. Estimulou o
cérebro de pacientes acordados em busca de áreas que
produzissem distúrbio de linguagem para evitar
comprometimento. Pode identificar tanto as áreas
descritas por Broca e Wernick quanto
várias outras áreas, inclusive a
projeção motora e sensitiva do corpo
desenhado no córtex
(boneco de Penfield).
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1902-1977 Alexander
Romanovich Luria
A originalidade da sua
teoria deve-se ao fato de
se poder compreender o
sistema nervoso como
sendo um Sistema de
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Pedagogo, psicólogo e neurologista,
seu trabalho marca a história da
Neuropsicologia.
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A década do cérebro
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ajudam a romper com o mecanicismo
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Neurociências
Neuro... biologia, anatomia, fisiologia,
pediatria, endocrinologia, etologia,
pedagogia...
A Neuropsicologia é estabelecida como
ciência na segunda metade do século XX.
Surge dos estudos de Broca e Wernicke –
afasias e agnosias.
Busca correlações entre processos
cognitivos e suas bases biológicas.
aula 1 (histórico  de neuropsicologia).ppt
INFÂNCIA HISTÓRIA
INTELIGÊNCIA EMOÇÕES
DESENVOLVIMENTO
CÉREBRO AMBIENTE
CRESCIMENTO MEMÓRIA
LINGUAGEM COGNIÇÃO
ADOLESCÊNCIA CULTURA
EDUCAÇÃO APRENDIZAGEM
aula 1 (histórico  de neuropsicologia).ppt
www.sbnec.org.br/site/
www.unifesp.br/suplem/cpnw
ww.neuropsicologia.net
www.ibneuro.com/portal/inde
x.php
www.sbnp.com.br
www.cerebromente.org.br
www.sistemanervoso.com
www.scielo.br
www.sarah.br
www.cienciasecognicao.orgww
w.neuropsicologia.net
www.psiqweb.med.br
www.neurociencias.org.br
www. comciencia.br
www.fcm.unicamp.br/deptos/a
natomia/neuro1.html
www.neuropsiconews.org.br
www.neuroguide.com.
www.med.harvard.edu
www.epub.org.br/cm/home.
www.neuropsicologia.it/
www.phobos.cs.unibuc.ro/mite
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  • 1. História do estudo do cérebro Neuropsicologia e Educação Profa. Joana de Jesus de Andrade USP – Ribeirão Preto
  • 2. Provavelmente a humanidade vencerá, cedo ou tarde, a cegueira, a surdez e a debilidade mental. Mas as vencerá muito antes no plano social e pedagógico do que nos planos médico e biológico (Vigotski).
  • 5. 400 cm3 800 cm3 1000 cm3 1300 cm3 1350 cm3
  • 8. "Há razões para acreditar-se que a atividade voluntária, mais do que o intelecto altamente desenvolvido, diferencia os seres humanos dos animais filogeneticamente mais próximos" (Vigotski)
  • 9. Papiros Egípcios de Edwin Smith Escrito por volta de 1700 a.C. contém referências à textos escritos até 3000 a.C. É considerado o primeiro documento médico da história da humanidade e sua autoria é provavelmente de um grande médico egípcio chamado Imhotep. Descreve os sintomas, o provável diagnóstico e, quando possível, sugere um tratamento para pacientes que haviam sofrido lesões cerebrais e no pescoço. Cérebro circunvoluções meninges líquido cefaloraquidiano
  • 10. 470 - 360 a.C. Demócrito Diz que o cérebro é a sede do pensamento; localiza as faculdades afetivas em diferentes partes do corpo – o desejo no fígado e a ira no coração. A tradição chinesa considera que alguns dos principais órgãos do corpo são afetados quando há alteração emocional. Pulmão - tristeza, expressada em asma e bronquite. Coração - à ansiedade. Rim, ossos e medula - medo. Fígado - raiva e revolta. Baço e pâncreas - preocupação.
  • 11. 460 – 355 a.C. Hipócrates * correlaciona ferimentos cranianos a problemas motores; * afirma que o cérebro é a parte mais importante do corpo e é onde está localizado o pensamento. * postula que tanto as doenças neurológicas quanto as doenças mentais são distintas e localizam-se no cérebro. Descreve a epilepsia como sendo um distúrbio do cérebro e estabelece que o cérebro está envolvido com nossas sensações e emoções e é o sítio da inteligência.
  • 12. 428 – 347 a.C Platão No Timeo, atribui a idéia de imortalidade ao intelecto situado na cabeça, atribui a medula espinhal como sendo a parte mais importante do corpo.
  • 13. 348 – 322 a.C Aristóteles Discorda da idéia de se atribuir ao cérebro a sede do pensamento, postulada por Platão; afirma que o coração é a sede da inteligência, o verdadeiro centro de comando da vida, da sensação e do movimento. Ao cérebro nada mais resta que a simples tarefa de refrigerar o organismo, uma vez que nada mais é além de um “composto de água e terra”. O coração sendo visto como o centro da vida faz renascer o “cardiocentrismo”. Escreve sobre memória e reminiscência. O sapo e a sapa, o gato e a gata, o homem e a mulher...
  • 14. 200-129 a.C. Galeno Volta a atribuir ao cérebro o comando do corpo e das atividades mentais, rompendo de vez com o “cardiocentrismo”; também propõe uma decomposição da alma em funções específicas, de acordo com três faculdades: motora, sensitiva e racional. Foi um intenso dissecador e prestou muita atenção às meninges e às cavidades encefálicas e menos atenção ao cérebro em si.
  • 15. Idade Média – Renascimento Retorno à Antiguidade Clássica: os estudos sobre neuroanatomia são retomados por Leonardo da Vinci que atuou no Hospital de Santa Maria Nuova – Florença (1504); - 1020 Avicena sugere que três ventrículos do cérebro realizam cinco diferentes processos cognitivos: senso comum, imaginação, cogitação, avaliação e memória. - 1506 Marko Marullik usa o termo Psichiologia pela primeira vez.
  • 16. 1596-1650 René Descartes Primeiro filósofo moderno e anatomista; afirmava que uma parte do ser humano, o corpo, é a máquina responsável pelos mecanismos físicos e biológicos e está ligada a outra parte do ser humano que se compreende como sendo indivisível, racional, imaterial, responsável pelo juízo moral e sofrimentos, que é a mente. A glândula pineal é responsável pela união da mente com o corpo; res cogitans (coisa pensante) e res extensa (partes mecânicas). Em 1649 publica Paixões da alma e Discurso do método.
  • 17. 1757-1828 Franz Joseph Gall Médico e neuroanatomista alemão, analisa as conformações da cabeça atribuindo as faculdades mentais e/ou aptidões às protuberâncias existentes na caixa craniana; apresentou um mapa contendo 35 faculdades intelectuais e emocionais. Surge o localizacionismo. Faz o primeiro dos famosos mapas do cérebro humano, dividindo a superfície do crânio em 27 fatias, distinguindo tanto funções psíquicas quanto motrizes. Usando um método precário, ainda assim acertou as áreas das palavras e da memória das palavras, localizada na região frontal do cérebro. Assim, Gall abriu o caminho das localizações cerebrais.
  • 19. 1794-1867 Pierre Flourens Fisiologista francês, no final da década de 1820, submete a frenologia à análise experimental demonstrando os equívocos de Gall: todas as áreas cerebrais funcionam concomitantemente para a realização de cada função mental específica. Surge o unitarismo (mais tarde denominada campo agregado), “qualquer parte do hemisfério cerebral é capaz de desempenhar todas as funções do hemisfério”.
  • 20. 1809-1882 Charles Darwin Publica A origem das espécies por meio da seleção natural e em 1871 A descendência do homem. Para ele a mente também se desenvolveu pela seleção e adaptação dos mais “aptos”. 1960 – Jane Goodall – 30 anos de estudos dos chimpanzés na Tanzânia: chimpanzés produzem instrumentos (folhas como material de limpeza, como esponja, limpam gravetos para pegar insetos, ludibriam seus companheiros, quebram coquinhos com pedra -martelo- e apoio –bigorna-) Leakley: “Agora teremos de redefinir ferramenta, redefinir o homem ou aceitar os chimpanzés como humanos
  • 21. 1824-1880 Pierre Paul Broca Demonstra que a perda da fala em alguns indivíduos é proveniente de uma lesão na terceira circunvolução do lóbulo frontal superior esquerdo. “Nós falamos com o hemisfério esquerdo”.
  • 22. 1834-1863 Otto Friedrich Karl Deiters Comprovou que existiam dois tipos de ramificações nas células do SC ligados ao soma: um que era mais arborizado, com muitos ramos finos e curtos, que ele chamou de "extensões protoplasmáticas“ (dendritos), e outros, na forma de uma fibra mais longa e calibrosa, com menor número de ramificações, que ele denominou de "cilindro axial“ (axônios).
  • 23. 1880 Santiago Ramon y Cajal  Postulou que o sistema nervoso é composto por bilhões de neurônios distintos e que estas células se encontram polarizadas, formando redes e que comunicam-se entre si através de ligações especializadas chamadas sinapses.  Doutrina Neuronal,  Possível relação com a aprendizagem
  • 24. 1832-1920 Wilhelm Wundt Oferece um curso denominado A Psicologia como uma Ciência Natural. É o início da psicologia experimental, com a criação de um laboratório dedicado ao estudo do comportamento humano. 1849-1936 Ivan Pavlov Publica sobre condicionamento clássico e cria o termo: reflexo condicionado.
  • 25. 1868-1918 Korbinian Brodmann Após minuciosos estudos dividiu o córtex em 52 áreas numeradas, que corresponde m à funções específicas.
  • 26. 1874-1955 Antonio Egaz Moniz A trepanação usada em povos antigos inspirou cientistas como Egas Moniz a iniciar as neurocirurgias de leucotomia (proibidas na década de 50). A trepanação já era realizada há cerca de 40 mil anos
  • 27. 1891-1976 Wilder Penfield Realizou cirurgias em epilépticos usando pequenos eletródios. Estimulou o cérebro de pacientes acordados em busca de áreas que produzissem distúrbio de linguagem para evitar comprometimento. Pode identificar tanto as áreas descritas por Broca e Wernick quanto várias outras áreas, inclusive a projeção motora e sensitiva do corpo desenhado no córtex (boneco de Penfield).
  • 29. 1902-1977 Alexander Romanovich Luria A originalidade da sua teoria deve-se ao fato de se poder compreender o sistema nervoso como sendo um Sistema de Unidades Funcionais. Pedagogo, psicólogo e neurologista, seu trabalho marca a história da Neuropsicologia.
  • 30. Século XX 1991 – 2000 – A década do cérebro Física e conhecimento humano: Einstein, Bohr, Heisenberg, Planck ajudam a romper com o mecanicismo e o reducionismo cientificista. IRM, IRMf, PET, EIVP, EEG, MEG.
  • 32. Neurociências Neuro... biologia, anatomia, fisiologia, pediatria, endocrinologia, etologia, pedagogia... A Neuropsicologia é estabelecida como ciência na segunda metade do século XX. Surge dos estudos de Broca e Wernicke – afasias e agnosias. Busca correlações entre processos cognitivos e suas bases biológicas.
  • 34. INFÂNCIA HISTÓRIA INTELIGÊNCIA EMOÇÕES DESENVOLVIMENTO CÉREBRO AMBIENTE CRESCIMENTO MEMÓRIA LINGUAGEM COGNIÇÃO ADOLESCÊNCIA CULTURA EDUCAÇÃO APRENDIZAGEM