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Abordagem Comportamental Profa. Dra. Marta Valentim Marília 2007 UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA Faculdade de Filosofia e Ciências – Campus de Marília Departamento de Ciência da Informação
c2007, Valentim Abordagem Comportamental A Teoria Comportamental (ou Teoria Behaviorista) da Administração trouxe uma nova concepção e um novo enfoque dentro da teoria administrativa: a abordagem das ciências do comportamento, o abandono das posições normativas e prescritivas das teorias anteriores e a adoção de posições explicativas e descritivas. A ênfase permanece nas pessoas, mas dentro do contexto organizacional mais amplo. Seguidores da Abordagem Comportamental Kurt Lewin Herbert Simon Douglas McGregor Cris Argyris Abraham Maslow Frederick Herzberg
Abordagem Comportamental Origens da Teoria Comportamental 1 –  A oposição ferrenha da Teoria das Relações Humanas à Teoria Clássica, influenciou o nascimento da Teoria Comportamental; 2 –  A Teoria Comportamental representa um desdobramento da Teoria das Relações Humanas, com a qual se mostra eminentemente crítica e severa; 3 –  A Teoria Comportamental critica a Teoria Clássica, havendo autores que vêem no behaviorismo a verdadeira antítese à teoria da organização formal; 4 –  Com a Teoria Comportamental deu-se a incorporação da Sociologia da Burocracia, ampliando o campo da teoria administrativa. Também em relação à Teoria da Burocracia a Teoria Comportamental mostra-se muito crítica; 5 –  Em 1947, surge um livro que marca o início da Teoria Comportamental na Administração: “O Comportamento Administrativo” de Herbert Simon. c2007, Valentim
Abordagem Comportamental A Abordagem Comportamental fundamenta-se no comportamento individual das pessoas. Torna-se necessário o estudo mais aprofundado da motivação humana. Assim um dos temas fundamentais para a Teoria Comportamental da Administração é a motivação humana. Maslow apresentou uma teoria da motivação segundo a qual as necessidades humanas estão organizadas e dispostas em níveis, visualizada por meio de uma pirâmide. Necessidades Fisiológicas Necessidades de Segurança Necessidades Sociais Necessidades de Estima Necessidades de Auto-realização Necessidades Secundárias Necessidades Primárias c2007, Valentim
Abordagem Comportamental 1 –  Necessidades Fisiológicas: Constituem o nível mais baixo de todas as necessidades humanas, mas de vital importância. Nesse nível estão as necessidades de alimentação, sono, repouso etc. São necessidades relacionadas à sobrevivência do indivíduo. 2 –  Necessidades de Segurança: Constituem o segundo nível e são relacionadas à segurança, estabilidade, busca de proteção contra ameaças ou privação e fuga do perigo. Surgem após as necessidades fisiológicas estarem satisfeitas. 3 –  Necessidades Sociais: Estão relacionadas a aceitação por parte de um grupo, participação, troca, cooperação, amizade, afeto. Surgem após as necessidades de segurança estarem satisfeitas. Quando um indivíduo não satisfaz as suas necessidades sociais, torna-se resistente, antagônico e hostil em relação às pessoas que o cercam. 4 –  Necessidades de Estima: São relacionadas à maneira pela qual o indivíduo se vê e se avalia. Envolvem a auto-apreciação, autoconfiança, aprovação social, respeito, status, prestígio e consideração. 5 –  Necessidades de auto-realização: São as necessidades humanas mais elevadas e estão relacionadas com a realização do próprio potencial e autodesenvolvimento contínuo. c2007, Valentim
Abordagem Comportamental Fisiológicas Segurança Sociais Estima Auto- Realização Não-Satisfação Satisfação Insucesso na profissão Desprazer no trabalho Baixo status Baixo salário Sensação de ineqüibilidade Baixa interação e mal relacionamento com colegas, chefia e subordinados Tipo e ambiente de trabalho mal-estruturados Políticas da empresa imprevisíveis Confinamento do local de trabalho Remuneração Sucesso na profissão Prazer no trabalho Interação facilitada pelo arranjo físico Prestígio na profissão Elevada interação e bom relacionamento com colegas, chefia etc. Tipo e ambiente de trabalho bem-estruturados Políticas da empresa previsíveis e estáveis Remuneração adequada c2007, Valentim
Abordagem Comportamental Teoria dos Dois Fatores de Herzberg 1 –  Fatores Higiênicos ou fatores extrínsecos: São fatores administrados e decididos pela empresa, por isso, estão fora do controle das pessoas. Os principais fatores são: salário, benefícios sociais, tipo de chefia ou supervisão, condições físicas e ambientais de trabalho, políticas e diretrizes da empresa, clima de relacionamento entre a empresa e os funcionários, regulamentos internos, etc. 2 –  Fatores Motivacionais ou fatores intrínsecos: São fatores que estão sob o controle dos indivíduos, pois estão relacionados com aquilo que ele faz e desempenha. Envolvem sentimentos de crescimento individual, reconhecimento profissional e auto-realização. Os fatores higiênicos e motivacionais são independentes e não se vinculam entre si. A satisfação no cargo depende dos fatores motivacionais a insatisfação no cargo depende dos fatores higiênicos. c2007, Valentim
Abordagem Comportamental Teoria X e Teoria Y McGregor compara dois estilos opostos e antagônicos de administrar: de um lado, um estilo baseado na teoria tradicional, mecanicista e pragmática (a que deu nome de Teoria X), e, de outro, um estilo baseado nas concepções modernas a respeito do comportamento humano (a que denominou Teoria Y). Teoria X –  É a concepção tradicional de administração e baseia-se em convicções errôneas e incorretas sobre o comportamento humano. Reflete um estilo de administração rígido e autocrático e que faz as pessoas trabalharem dentro de esquemas e padrões planejados e organizados, tendo em vista o alcance dos objetivos organizacionais. As pessoas são consideradas meros recursos ou meios de produção. Teoria Y –  Baseia-se em concepções e premissas atuais e sem preconceitos da natureza humana. Mostra um estilo de administração aberto, dinâmico, participativo e democrático, por meio do qual administrar torna-se um processo de criar oportunidades, liberar potenciais, remover obstáculos, encorajar o crescimento individual e proporcionar orientação quanto a objetivos organizacionais. c2007, Valentim
Abordagem Comportamental Teoria X e Teoria Y Concepções sobre a natureza humana c2007, Valentim Pressuposições da Teoria X As pessoas são preguiçosas e indolentes. As pessoas evitam o trabalho. As pessoas evitam a responsabilidade, a fim de se sentirem mais seguras. As pessoas precisam ser controladas e dirigidas. As pessoas são ingênuas e sem iniciativa. Pressuposições da Teoria Y As pessoas são esforçadas e gostam de ter o que fazer. O trabalho é uma atividade tão natural como brincar ou descansar. As pessoas procuram e aceitam responsabilidade e desafios. As pessoas podem ser automotivadas e autodirigidas. As pessoas são criativas e competentes.
Abordagem Comportamental Sistemas de Administração de Likert Sistema 1 –   Autoritário e Coercitivo:  é um sistema autocrático e forte, coercitivo e arbitrário, que controla rigidamente tudo o que ocorre dentro da organização. É o sistema mais duro e fechado. Sistema 2 –   Autoritário e Benevolente:  é um sistema administrativo autoritário que constitui uma variação atenuada do Sistema 1. No fundo é um Sistema 1 mais condescendente e menos rígido. Sistema 3 –   Consultivo:  é um sistema que pende mais para o lado participativo do que para o lado autocrático e impositivo, como nos dois sistemas anteriores. Representa um gradativo abrandamento da arbitrariedade organizacional. Sistema 4 –   Participativo:  é um sistema administrativo democrático por excelência. É o mais aberto de todos os sistemas. Likert acredita que quanto mais o estilo administrativo da empresa se aproximar deste sistema, maior será a probabilidade de alta produtividade. c2007, Valentim
Abordagem Comportamental Os Quatro Sistemas de Likert e as Teorias X e Y c2007, Valentim Teoria Y  Participativo Teoria X  Autoritário 1  2  3  4 Sistema
Abordagem Comportamental Teoria das Decisões Herbert Simon a utilizou como base para explicar o comportamento humano nas organizações. Ele concebe a organização como um sistema de decisões. Nesse sistema, cada pessoa participa racional e conscientemente, escolhendo e tomando decisões individuais a respeito de alternativas racionais de comportamento. Assim, a organização está permeada por decisões e de ações. Decisão é o processo de análise e escolha entre as alternativas disponíveis de cursos de ação que a pessoa deverá seguir. Toda decisão envolve seis elementos: 1.  Tomador de decisão – a pessoa; 2.  Objetivos – que pretende alcançar; 3.  Preferências – critérios para a escolha; 4.  Estratégia – ação/ações para atingir os objetivos; 5.  Situação – aspectos do ambiente; 6.  Resultado – a conseqüência da estratégia. c2007, Valentim
Abordagem Comportamental Etapas do Processo Decisorial O processo decisorial é complexo e depende das características pessoais do tomador de decisões, da situação em que está envolvido e da maneira como percebe a situação. São sete as etapas que envolvem o processo decisorial: 1.  Percepção da situação que envolve algum problema; 2.  Análise e definição do problema; 3.  Definição dos objetivos; 4.  Procura de alternativas de solução ou de cursos de ação; 5.  Escolha (Seleção) da alternativa mais adequada ao alcance dos objetivos; 6.  Avaliação e comparação das alternativas; 7.  Implementação da alternativa escolhida. c2007, Valentim
Abordagem Comportamental Comparação - Processo Decisório Clássico e Comportamental Tomada de Decisão Clássica Tomada de Decisão Comportamental Problema claramente definido Conhecimento de todas as alternativas possíveis e suas conseqüências Escolha da alternativa “ótima” Ação administrativa Problema não claramente definido Conhecimento limitado das possíveis alternativas e de suas conseqüências Escolha da alternativa “satisfatória” Ação administrativa Limitação Cognitiva c2007, Valentim
Abordagem Comportamental Comportamento Organizacional c2007, Valentim É o estudo da dinâmica das organizações e como os grupos e indivíduos se comportam no espaço corporativo. Teoria do equilíbrio organizacional: Incentivos feitos pela organização aos seus participantes (salários, benefícios, prêmios, gratificações etc.); Utilidade dos incentivos, pois cada incentivo possui um valor de utilidade que varia de indivíduo para indivíduo, de acordo com as suas necessidades pessoais; Contribuições que cada participante efetua à sua organização (trabalho, dedicação, esforço, lealdade, assiduidade etc.); Utilidade das contribuições é o valor que cada contribuição tem para a organização.
Abordagem Comportamental Teoria da Aceitação de Autoridade c2007, Valentim Barnard desenvolveu uma teoria a respeito da autoridade que se contrapõe aos ensinamentos da Teoria Clássica. Chegou a conclusão de que a autoridade não repousa no poder de quem a possui: ela não flui de cima para baixo, ao contrário, a autoridade repousa na aceitação ou consentimento dos subordinados. Nesta visão a autoridade é um fenômeno psicológico, por meio do qual as pessoas aceitam as ordens e decisões dos superiores sob certas condições. O subordinado aceita a ordem quando quatro condições ocorrem simultaneamente: a.  entende ou compreende a ordem; b.  Julga-a compatível com os objetivos da organização; c.  julga-a compatível com os seus objetivos pessoais; d.  é mental e fisicamente capaz de cumpri-la.
Abordagem Comportamental Novas Proposições sobre Liderança A liderança transformadora é a nova visão deste elemento importante para a administração, na Teoria Comportamental. Para eles as organizações precisam de líderes transformadores (liderança transacional – Burns). Likert aborda quatro estilos de liderança: 1.   Autoritário explorador:  Típico da gerência baseada na punição e no medo; 2.   Autoritário benevolente:  Típico da gerência baseada na hierarquia, com mais ênfase na premiação do que na punição; 3.   Consultivo:  Baseado na comunicação vertical descendente e ascendente, com a maioria das decisões vindas do topo; 4.   Participativo:  baseado no processo decisório em grupos de trabalho que se comunicam entre si, por meio de indivíduos (elos de ligação), líderes de equipes ou outros que também fazem parte de um ou mais grupos. c2007, Valentim
Abordagem Comportamental Teoria Comportamental da ADM Simon/ Maslow/ Likert Ênfase nas pessoas e no ambiente Período: 1947 Princípios: Conflito entre objetivos individuais e organizacionais Diferença entre problema, dilema e conflito Habilidades de Negociação Habilidades de liderança Organizações formais e informais Organizações complexas Homem administrativo Críticas: Excesso psicologização Autoridade x obediência Reforço (muito simplista) Visão tendenciosa Surgem Estudos: Motivação Humana Necessidades das Pessoas Estilos de Administração Teoria X e Y Escala de Likert Teoria das Decisões Comportamento  Organizacional Teoria do Desenvolvimento Organizacional (DO) c2007, Valentim
BIBLIOGRAFIA BÁSICA CHIAVENATO, I.  Introdução à teoria geral da Administração . 7.ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2003. 634p. LODI, J. B.  História da Administração . São Paulo: Pioneira Thomson Learning, 2003. 217p. MAXIMIANO, A. C. A.  Teoria geral da Administração : da revolução urbana à revolução digital. 4.ed. São Paulo: Atlas, 2004. 521p. c2007, Valentim

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Abordagem Comportamental

  • 1. Abordagem Comportamental Profa. Dra. Marta Valentim Marília 2007 UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA Faculdade de Filosofia e Ciências – Campus de Marília Departamento de Ciência da Informação
  • 2. c2007, Valentim Abordagem Comportamental A Teoria Comportamental (ou Teoria Behaviorista) da Administração trouxe uma nova concepção e um novo enfoque dentro da teoria administrativa: a abordagem das ciências do comportamento, o abandono das posições normativas e prescritivas das teorias anteriores e a adoção de posições explicativas e descritivas. A ênfase permanece nas pessoas, mas dentro do contexto organizacional mais amplo. Seguidores da Abordagem Comportamental Kurt Lewin Herbert Simon Douglas McGregor Cris Argyris Abraham Maslow Frederick Herzberg
  • 3. Abordagem Comportamental Origens da Teoria Comportamental 1 – A oposição ferrenha da Teoria das Relações Humanas à Teoria Clássica, influenciou o nascimento da Teoria Comportamental; 2 – A Teoria Comportamental representa um desdobramento da Teoria das Relações Humanas, com a qual se mostra eminentemente crítica e severa; 3 – A Teoria Comportamental critica a Teoria Clássica, havendo autores que vêem no behaviorismo a verdadeira antítese à teoria da organização formal; 4 – Com a Teoria Comportamental deu-se a incorporação da Sociologia da Burocracia, ampliando o campo da teoria administrativa. Também em relação à Teoria da Burocracia a Teoria Comportamental mostra-se muito crítica; 5 – Em 1947, surge um livro que marca o início da Teoria Comportamental na Administração: “O Comportamento Administrativo” de Herbert Simon. c2007, Valentim
  • 4. Abordagem Comportamental A Abordagem Comportamental fundamenta-se no comportamento individual das pessoas. Torna-se necessário o estudo mais aprofundado da motivação humana. Assim um dos temas fundamentais para a Teoria Comportamental da Administração é a motivação humana. Maslow apresentou uma teoria da motivação segundo a qual as necessidades humanas estão organizadas e dispostas em níveis, visualizada por meio de uma pirâmide. Necessidades Fisiológicas Necessidades de Segurança Necessidades Sociais Necessidades de Estima Necessidades de Auto-realização Necessidades Secundárias Necessidades Primárias c2007, Valentim
  • 5. Abordagem Comportamental 1 – Necessidades Fisiológicas: Constituem o nível mais baixo de todas as necessidades humanas, mas de vital importância. Nesse nível estão as necessidades de alimentação, sono, repouso etc. São necessidades relacionadas à sobrevivência do indivíduo. 2 – Necessidades de Segurança: Constituem o segundo nível e são relacionadas à segurança, estabilidade, busca de proteção contra ameaças ou privação e fuga do perigo. Surgem após as necessidades fisiológicas estarem satisfeitas. 3 – Necessidades Sociais: Estão relacionadas a aceitação por parte de um grupo, participação, troca, cooperação, amizade, afeto. Surgem após as necessidades de segurança estarem satisfeitas. Quando um indivíduo não satisfaz as suas necessidades sociais, torna-se resistente, antagônico e hostil em relação às pessoas que o cercam. 4 – Necessidades de Estima: São relacionadas à maneira pela qual o indivíduo se vê e se avalia. Envolvem a auto-apreciação, autoconfiança, aprovação social, respeito, status, prestígio e consideração. 5 – Necessidades de auto-realização: São as necessidades humanas mais elevadas e estão relacionadas com a realização do próprio potencial e autodesenvolvimento contínuo. c2007, Valentim
  • 6. Abordagem Comportamental Fisiológicas Segurança Sociais Estima Auto- Realização Não-Satisfação Satisfação Insucesso na profissão Desprazer no trabalho Baixo status Baixo salário Sensação de ineqüibilidade Baixa interação e mal relacionamento com colegas, chefia e subordinados Tipo e ambiente de trabalho mal-estruturados Políticas da empresa imprevisíveis Confinamento do local de trabalho Remuneração Sucesso na profissão Prazer no trabalho Interação facilitada pelo arranjo físico Prestígio na profissão Elevada interação e bom relacionamento com colegas, chefia etc. Tipo e ambiente de trabalho bem-estruturados Políticas da empresa previsíveis e estáveis Remuneração adequada c2007, Valentim
  • 7. Abordagem Comportamental Teoria dos Dois Fatores de Herzberg 1 – Fatores Higiênicos ou fatores extrínsecos: São fatores administrados e decididos pela empresa, por isso, estão fora do controle das pessoas. Os principais fatores são: salário, benefícios sociais, tipo de chefia ou supervisão, condições físicas e ambientais de trabalho, políticas e diretrizes da empresa, clima de relacionamento entre a empresa e os funcionários, regulamentos internos, etc. 2 – Fatores Motivacionais ou fatores intrínsecos: São fatores que estão sob o controle dos indivíduos, pois estão relacionados com aquilo que ele faz e desempenha. Envolvem sentimentos de crescimento individual, reconhecimento profissional e auto-realização. Os fatores higiênicos e motivacionais são independentes e não se vinculam entre si. A satisfação no cargo depende dos fatores motivacionais a insatisfação no cargo depende dos fatores higiênicos. c2007, Valentim
  • 8. Abordagem Comportamental Teoria X e Teoria Y McGregor compara dois estilos opostos e antagônicos de administrar: de um lado, um estilo baseado na teoria tradicional, mecanicista e pragmática (a que deu nome de Teoria X), e, de outro, um estilo baseado nas concepções modernas a respeito do comportamento humano (a que denominou Teoria Y). Teoria X – É a concepção tradicional de administração e baseia-se em convicções errôneas e incorretas sobre o comportamento humano. Reflete um estilo de administração rígido e autocrático e que faz as pessoas trabalharem dentro de esquemas e padrões planejados e organizados, tendo em vista o alcance dos objetivos organizacionais. As pessoas são consideradas meros recursos ou meios de produção. Teoria Y – Baseia-se em concepções e premissas atuais e sem preconceitos da natureza humana. Mostra um estilo de administração aberto, dinâmico, participativo e democrático, por meio do qual administrar torna-se um processo de criar oportunidades, liberar potenciais, remover obstáculos, encorajar o crescimento individual e proporcionar orientação quanto a objetivos organizacionais. c2007, Valentim
  • 9. Abordagem Comportamental Teoria X e Teoria Y Concepções sobre a natureza humana c2007, Valentim Pressuposições da Teoria X As pessoas são preguiçosas e indolentes. As pessoas evitam o trabalho. As pessoas evitam a responsabilidade, a fim de se sentirem mais seguras. As pessoas precisam ser controladas e dirigidas. As pessoas são ingênuas e sem iniciativa. Pressuposições da Teoria Y As pessoas são esforçadas e gostam de ter o que fazer. O trabalho é uma atividade tão natural como brincar ou descansar. As pessoas procuram e aceitam responsabilidade e desafios. As pessoas podem ser automotivadas e autodirigidas. As pessoas são criativas e competentes.
  • 10. Abordagem Comportamental Sistemas de Administração de Likert Sistema 1 – Autoritário e Coercitivo: é um sistema autocrático e forte, coercitivo e arbitrário, que controla rigidamente tudo o que ocorre dentro da organização. É o sistema mais duro e fechado. Sistema 2 – Autoritário e Benevolente: é um sistema administrativo autoritário que constitui uma variação atenuada do Sistema 1. No fundo é um Sistema 1 mais condescendente e menos rígido. Sistema 3 – Consultivo: é um sistema que pende mais para o lado participativo do que para o lado autocrático e impositivo, como nos dois sistemas anteriores. Representa um gradativo abrandamento da arbitrariedade organizacional. Sistema 4 – Participativo: é um sistema administrativo democrático por excelência. É o mais aberto de todos os sistemas. Likert acredita que quanto mais o estilo administrativo da empresa se aproximar deste sistema, maior será a probabilidade de alta produtividade. c2007, Valentim
  • 11. Abordagem Comportamental Os Quatro Sistemas de Likert e as Teorias X e Y c2007, Valentim Teoria Y Participativo Teoria X Autoritário 1 2 3 4 Sistema
  • 12. Abordagem Comportamental Teoria das Decisões Herbert Simon a utilizou como base para explicar o comportamento humano nas organizações. Ele concebe a organização como um sistema de decisões. Nesse sistema, cada pessoa participa racional e conscientemente, escolhendo e tomando decisões individuais a respeito de alternativas racionais de comportamento. Assim, a organização está permeada por decisões e de ações. Decisão é o processo de análise e escolha entre as alternativas disponíveis de cursos de ação que a pessoa deverá seguir. Toda decisão envolve seis elementos: 1. Tomador de decisão – a pessoa; 2. Objetivos – que pretende alcançar; 3. Preferências – critérios para a escolha; 4. Estratégia – ação/ações para atingir os objetivos; 5. Situação – aspectos do ambiente; 6. Resultado – a conseqüência da estratégia. c2007, Valentim
  • 13. Abordagem Comportamental Etapas do Processo Decisorial O processo decisorial é complexo e depende das características pessoais do tomador de decisões, da situação em que está envolvido e da maneira como percebe a situação. São sete as etapas que envolvem o processo decisorial: 1. Percepção da situação que envolve algum problema; 2. Análise e definição do problema; 3. Definição dos objetivos; 4. Procura de alternativas de solução ou de cursos de ação; 5. Escolha (Seleção) da alternativa mais adequada ao alcance dos objetivos; 6. Avaliação e comparação das alternativas; 7. Implementação da alternativa escolhida. c2007, Valentim
  • 14. Abordagem Comportamental Comparação - Processo Decisório Clássico e Comportamental Tomada de Decisão Clássica Tomada de Decisão Comportamental Problema claramente definido Conhecimento de todas as alternativas possíveis e suas conseqüências Escolha da alternativa “ótima” Ação administrativa Problema não claramente definido Conhecimento limitado das possíveis alternativas e de suas conseqüências Escolha da alternativa “satisfatória” Ação administrativa Limitação Cognitiva c2007, Valentim
  • 15. Abordagem Comportamental Comportamento Organizacional c2007, Valentim É o estudo da dinâmica das organizações e como os grupos e indivíduos se comportam no espaço corporativo. Teoria do equilíbrio organizacional: Incentivos feitos pela organização aos seus participantes (salários, benefícios, prêmios, gratificações etc.); Utilidade dos incentivos, pois cada incentivo possui um valor de utilidade que varia de indivíduo para indivíduo, de acordo com as suas necessidades pessoais; Contribuições que cada participante efetua à sua organização (trabalho, dedicação, esforço, lealdade, assiduidade etc.); Utilidade das contribuições é o valor que cada contribuição tem para a organização.
  • 16. Abordagem Comportamental Teoria da Aceitação de Autoridade c2007, Valentim Barnard desenvolveu uma teoria a respeito da autoridade que se contrapõe aos ensinamentos da Teoria Clássica. Chegou a conclusão de que a autoridade não repousa no poder de quem a possui: ela não flui de cima para baixo, ao contrário, a autoridade repousa na aceitação ou consentimento dos subordinados. Nesta visão a autoridade é um fenômeno psicológico, por meio do qual as pessoas aceitam as ordens e decisões dos superiores sob certas condições. O subordinado aceita a ordem quando quatro condições ocorrem simultaneamente: a. entende ou compreende a ordem; b. Julga-a compatível com os objetivos da organização; c. julga-a compatível com os seus objetivos pessoais; d. é mental e fisicamente capaz de cumpri-la.
  • 17. Abordagem Comportamental Novas Proposições sobre Liderança A liderança transformadora é a nova visão deste elemento importante para a administração, na Teoria Comportamental. Para eles as organizações precisam de líderes transformadores (liderança transacional – Burns). Likert aborda quatro estilos de liderança: 1. Autoritário explorador: Típico da gerência baseada na punição e no medo; 2. Autoritário benevolente: Típico da gerência baseada na hierarquia, com mais ênfase na premiação do que na punição; 3. Consultivo: Baseado na comunicação vertical descendente e ascendente, com a maioria das decisões vindas do topo; 4. Participativo: baseado no processo decisório em grupos de trabalho que se comunicam entre si, por meio de indivíduos (elos de ligação), líderes de equipes ou outros que também fazem parte de um ou mais grupos. c2007, Valentim
  • 18. Abordagem Comportamental Teoria Comportamental da ADM Simon/ Maslow/ Likert Ênfase nas pessoas e no ambiente Período: 1947 Princípios: Conflito entre objetivos individuais e organizacionais Diferença entre problema, dilema e conflito Habilidades de Negociação Habilidades de liderança Organizações formais e informais Organizações complexas Homem administrativo Críticas: Excesso psicologização Autoridade x obediência Reforço (muito simplista) Visão tendenciosa Surgem Estudos: Motivação Humana Necessidades das Pessoas Estilos de Administração Teoria X e Y Escala de Likert Teoria das Decisões Comportamento Organizacional Teoria do Desenvolvimento Organizacional (DO) c2007, Valentim
  • 19. BIBLIOGRAFIA BÁSICA CHIAVENATO, I. Introdução à teoria geral da Administração . 7.ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2003. 634p. LODI, J. B. História da Administração . São Paulo: Pioneira Thomson Learning, 2003. 217p. MAXIMIANO, A. C. A. Teoria geral da Administração : da revolução urbana à revolução digital. 4.ed. São Paulo: Atlas, 2004. 521p. c2007, Valentim